V e t e r i n a r i a n D o c s Aqüicultura. -Aqüicultura: cultivo em condições controladas de organismos aquáticos;
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- Manuela Lima Medina
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1 V e t e r i n a r i a n D o c s Aqüicultura Introdução Conceitos Básicos -Pesca: captura de indivíduos selvagens ou mantidos em tanques sem controle do crescimento e da reprodução; -Aqüicultura: cultivo em condições controladas de organismos aquáticos; -Piscicultura: criação em condições controladas peixes de água doce, salobra ou marinha; -Monocultivo: cultivo de uma única espécie -Policultivo: cultivo de mais de uma espécie no mesmo viveiro -Consórcio: criação integrada de espécies em diferentes ambientes Organismos Produzidos: Carcinocultura -Camarão marinho: Litopenaeus vannamei -Local: Nordeste e sul; -Camarão rosa - Região sul; -Bentônico; -Alto valor agregado; -Problema com doenças virais; 1
2 Ranicultura -Camarão água-doce: Macrobrachium rosenbergii -Alguns produtores sudeste e sul; -Existe demanda por pós-larvas; -Nichos de mercado específicos; -Policultivo; -Espécie utilizada: Rã-touro; -Metamorfose: fase aquática e fase terrestre; -Anfigranja e sistema inundado; -Produção menor que a demanda; Malacocultura -Produção de ostras, mexilhões e vieiras; -Santa Catarina é o principal produtor; -Restrições: demanda por sementes, variação genética (identificação espécies) e poluição Macroalgas e microalgas -Macroalgas: -Microalgas: -Utilizadas na alimentação de países asiáticos (Kombu, wakame e nori) -Agar e carragena -Policultivo -Larviculturas -Fontes de ácidos graxos essenciais -Carotenóides -Biocombustíveis 2
3 Sistemas de Cultivo -Sistema Extensivo: -Viveiros grandes ou açudes; -Alimentação: natural; -Policultivo; -Sistema Semi-Intensivo: -Viveiros de médio e grande porte; -Alimentação: natural e ração; -Policultivo ou monocultivo; -Sistema Intensivo e Super-Intensivo: Cadeia Produtiva: -Densidade elevada; -Alta renovação de água; -Sistema de recirculação de água; -Alimentação: ração balanceada; -Maior impacto ambiental; -Reprodução: necessita-se dominar a tecnologia de produção, estímulos ambientais e hormonais, alimento vivo e mão-de-obra especializada. Há maior rentabilidade. -Larvicultura; -Engorda: há mais gastos com a alimentação, mas custos com mão-de-obra são mais baratos. -Processamento: sem tem maior valor agregado final Objetivos da Produção: Ex.: salga, defumação, filetagem, etc. -Produção de carne; -Produção de organismos ornamentais; -Programas de repovoamento; 3
4 Construção de Viveiros (tanques): -Tipos: -Açudes: estruturas para retenção de água por meio de barragens eventualmente utilizada para produção de organismos aquáticos, sem controle de entrada e saída de água; -Viveiros: estruturas escavadas em terra, projetadas e construídas para aqüicultura com a possibilidade de controle e saída de água; -Tanque-rede: tanques construídos em tela com diferentes formas, geralmente circulares, quadrados ou poligonais. Utilizado quando não se pode ter controle sobre o ambiente de criação e são confeccionados de Polietileno, plástico ou aço; -Race-way: -Posicionamento adequado: -Profundidade mínima de 1,8 m; -Movimentação da água; -Evitar aglomeração de tanques; -Tanques pequenos geralmente construídos em alvenaria, mas podem ser também de plástico ou PVC, podem ser circulares ou retangulares estreitos; Escolha do Local: 01-Água: Qualidade da água -Propriedades físicas: temperatura, cor, turbidez, etc. -Propriedades químicas: ph, oxigênio, alcalinidade, etc. -Propriedades biológicas: plâncton, parasitas, etc. -Construção açude reservatório não deve interromper o curso de água; -Canais de abastecimento; -Nascente deve ficar a no mínimo 30 cm acima do nível máximo do reservatório; -Podem ser construídos viveiros sem renovação continua; -Race-way: renovação total a cada 15 a 60 segundos; 4
5 02-Solo: -Melhores solos são argilosos de coloração avermelhada -Solos arenosos e ricos em matéria orgânica devem ser evitados; 03-Topografia: -Determina aspectos técnicos e econômicos do investimento; -Possibilidade de abastecimento por gravidade; -Áreas acidentadas exigem maior movimentação de terra; -Terrenos ligeiramente acidentados e declividade constante possibilitam aproveitamento do desnível; 04-Tamanho e Formato: 04.1-Criação extensiva e semi-intensiva: -Em geral viveiros ou açudes retangulares de 350 a metros quadrados (0,035 a 60 ha); 04.2-Criação intensiva: -Viveiros pequenos retangulares ou redondos de até 100 metros quadrados (0,01ha); -Respeitar as recomendações da legislação ambiental; -Mínimo 50 metros de outras construções e 30 metros de estradas públicas -Área inundada deve ser desmatada e limpa de troncos, pedras, etc. -Taipas de no máximo 2 metros: profundidade da água de 1,5 metros; -Viveiros profundos: zonas anaeróbicas e formação de substâncias tóxicas; -Talude: plano inclinado que limita um aterro; -Fundo do viveiro: Plano com leve declividade (0,5-1,0%) em direção a saída de água; 05-Entrada de Água: -Gravidade ou bombeamento; -Abastecimento individual dos viveiros; 5
6 -Abastecimento seqüencial deve ser evitado; -0,50 m acima do nível de entrada de água para dissolução natural do oxigênio; -Filtros na entrada para evitar contaminação com peixes estranhos ao cultivo; 06-Saída de Água: -Drenagem deve ser rápida e completa; -A saída de água deve ser preferencialmente no fundo do viveiro; -Vertedouro de segurança para retirada do excesso de água; -Canos de PVC com bitolas de 100 a 150 mm, -Caixa de retenção: acumular lodo precipitado e servir de refugio para os peixes; 06.1-Sistemas de Controle de Nível: -Canos de PVC (interno ou externo); -Monge; Construção de Race-way 01-Circulares: -Entrada de água próxima a parede externa; -Fundo em declive para o centro; -Saída pelo meio; 02-Retangulares: -Entrada por um lado e saída pelo outro; -Evitar cantos mortos ; -Anteparo submerso no primeiro quarto da extensão para quebrar a força da corrente, revolver os detritos do fundo e facilitar a alimentação Etapas da Construção: -Marcação do terreno; 6
7 -Drenagem e limpeza da área; -Instalações hidráulicas; -Trabalhos de escavação e movimentação de terra; -Compactação do fundo; -Enchimento do tanque por 20 dias; -Esvaziamento; -Recompactação do solo; -Reenchimento e povoamento; 7
8 Ranicultura -Introdução: -Os asiáticos são os maiores produtores e consumidores; -Ciclo de Vida: -Fase aquática e fase terrestre; -Fase aquática: desenvolvimento embrionário e girinos -Imago faz a transição da fase aquática para a fase terrestre -Dimorfismo Sexual: Macho Região timpânica 2 a 3 vezes maior que a ocular Papo mais amarelado Membros anteriores mais fortes (musculosos) Coaxam Verruga ou esponja nupcial Fêmea São semelhantes Papo creme esbranquiçado Membros anteriores mais finos Não coaxam Não apresentam -Dimorfismo nas rãs nativas: machos apresentam acúleos na região do dedo polegar, verrugas no peito e região interna do braço, possuem braço e antebraços mais musculosos e tamanho (comprimento e peso), maior que a fêmea. -Reprodução: -Fatores que interferem na maturação das gônadas: chuva, aumento de temperatura e aumento do fotoperíodo. -Normalmente a reprodução ocorre na primavera e no verão; com 254g; com 209g; -Macho: tem inicio da maturação com 45g e chega à maturidade sexual -Fêmea: tem inicio da maturação com 109g e chega à maturidade sexual -Desova: -Rã-touro: aspecto gelationos; -Rãs nativas: espuma 8
9 Reprodução Induzida -A desova induzida possibilita a reprodução independente dos estímulos ambientais; -O extrato de hipófise é barato e amplamente utilizado; -A quantidade de gonadotropinas na hipófise não é padronizada, nem sempre são obtidos os resultados esperados; vivo; -O extrato bruto de hipófise é utilizado na dose de 7mg para cada quilo de peso -Nas fêmeas são aplicadas duas doses, a primeira com 10% da dosagem e a segunda 12 horas depois; -No macho é feita somente uma aplicação 12 horas depois da segunda dose da fêmea; -Uma vez induzidos os reprodutores podem ser colocados em baias de acasalamento individual para desovarem naturalmente, ou pode ser feita a fertilização artificial; -O sêmen do macho é coletado uma hora depois da aplicação da hipófise, cada macho produz de 2 a 4 ml de sêmen. -Nas fêmeas a coleta dos ovos é feita por extrusão manual. Os ovos devem ser coletados em um recipiente seco e limpo; -Pouco antes da fertilização o sêmen deve ser diluído em água; -No momento da fertilização o esperma diluído é vertido sobre os óvulos. Após dois minutos de leve agitação os ovos fecundados devem ser misturados com água até completar a hidratação; -O intervalo mínimo de desovas para as fêmeas é de 2 a 2,5 meses; -Os machos podem ser utilizados uma vez por semana durante um mês e depois descansar; -Reprodutores com idade máxima de três anos; Principais Modificações: -Fase Aquática: possui cauda natatória, a respiração se dá pela pele, pulmão e brânquias, são onívoros, a excreção é feita por um intestino longo, o qual o produto de excreção é a amônia, possui pela fina e sem glândulas e o sistema nervoso é pelo sistema de linha lateral. 9
10 -Fase Terrestre: a locomoção é feita através dos membros, a respiração se dá pelos pulmões, pele e mucosa oral, são carnívoros, a excreção é feita através de um intestino curto o qual o produto de excreção é a uréia, possui epiderme estratificada com várias glândulas e há perda da linha lateral. Técnicas de Criação -Ranário Aurora: -Instalações simples; -Tanque cercado com chapas de zinco; -Vegetação não era cortada para atrair alimento; -Moscário flutuante para atrair as moscas; -Todas as fases eram criadas no mesmo tanque e as desovas obtidas de forma natural; Tanques Múltiplos: -Neste sistema ainda eram utilizados restos em decomposição para atrair moscas (impacto negativo); -Tanques Ilha; -Confinamento; -Anfigranja; -Sistema Vertical (Ranabox); -Sistema Inundado; 01-Ranário Tradicional: 01.1-Setor de Reprodução: -Formas variadas; -Deve ser mais afastado; -Água circulante com abastecimento individual; - -Além das piscinas, também podem haver tanques pequenos de desova, o que facilita as coletas e aumenta o número de ovos viáveis; -A densidade é de 2 rãs/m 2, na proporção macho:fêmea de 1:1 ou 1: Desenvolvimento Embrionário: 10
11 -Tanques de eclosão que consistem de caixas plásticas ou de cimento amianto com circulação de água; -A utilização destes tanques permite um maior controle de predadores, facilita a observação das desovas e aumenta a porcentagem de eclosão e a sobrevivência dos girinos; -Duração: 5 a 7 dias; 01.3-Criação de Girinos: -Tanques de terra ou de alvenaria; -Dimensões variam de acordo com o número de girinos; -Densidade: 0,05 até 1 girino por litro de água; -Abastecimento individual de água (evitando doenças); -Cobertura para evitar predadores; -Duração: Cerca de 3 meses; -Os girinos são onívoros filtradores; -Dois sistemas: extensivo e intensivo; -Sistema Extensivo: -No sistema extensivo são utilizados tanques grandes (6.000 a m 2 ) profundidade máxima de 1 metro (ideal 0,4) a alimentação é exclusivamente com alimento natural; -Fertilização para estimular a produtividade primária; -Pode ser fornecida ração suplementar; -Sistema Intensivo: -No sistema intensivo a ração deve ser farelada contendo 35-40% de proteína bruta e fornecida inicialmente na proporção de 12% peso vivo; -Alimentação deve ser fracionada em pequenas porções varias vezes por dia, para evitar sobras que podem comprometer a qualidade da água; -Níveis muito altos de proteína podem estimular a heterogeneidade; -No primeiro mês, recomenda-se fornecer 10% do peso vivo do animal por dia; no 2º mês, 5% e no 3º mês, 2%; -Alguns estudos foram realizados sobre a reversão sexual de girinos fornecendo ração contento hormônio masculinizante. As rãs machos crescem 11
12 mais rápido e a utilização de lotes do mesmo sexo proporcionaria plantel mais homogêneo, reduzindo as perdas por canibalismo e produzindo carcaças mais homogêneas.diversas técnicas de reversão: injeção, imersão, etc Setor de Engorda: -Baias na densidade de 50 rãs /m 2 ; -Duração: média de três meses; -O peso médio de abate das rãs é de gramas; -O formato das baias varia bastante, mas em geral seguem o modelo de confinamento da UFV (10 m 2 ); -As baias em geral possuem uma piscina e são parcialmente cobertas. Em regiões de clima mais frio as baias são colocadas dentro de estufas; -Após a metamorfose as rãs são carnívoras e devem receber ração peletizada ou extrusada contendo entre 40 e 46% de proteína; -Conversão alimentar de aproximadamente 2:1; -O nível de aproveitamento dos carboidratos varia bastante dependendo do tipo de alimento e da idade das rãs, mas a adição de 40 a 45% de carboidratos como fonte de energia pode ajudar a economizar proteína; -A ração deve ser fornecida na proporção de 5% do peso vivo; -As rãs precisam de estimulo para consumir a ração, tradicionalmente eram utilizadas larvas de mosca; -No inicio larvas de mosca misturada na ração na proporção de 50%; -Posteriormente redução da proporção para 20%; -Durante a fase de imagos a ração umedecida favorece consumo; -Devem ser fornecidas rações diferentes tamanhos conforme os animais vão crescendo; 02-Anfigranja -Basicamente mesmos setores do ranário tradicional; -Engorda realizada em galpões fechados permitindo maior conforto térmico e facilidade de higinienização; 12
13 -Inovações tecnológicas permitem melhores resultados em relação ao ranário tradicional; -Redução da mortalidade (40-70% para 10% plantel); 02.1-Reprodução: -Baias de acasalamento individual, que permitem maior controle da progênie; -Fora da época reprodutiva os reprodutores são mantidos em baias de mantença na densidade de 10 rãs/m 2. -Nas baias de acasalamento individual é colocado um casal ou duas fêmeas e um macho; -Possibilidade de reprodução induzida; 02.2-Crescimento e Engorda: -O setor de girinos é praticamente o mesmo do ranário tradicional, com algumas variações; -A engorda é conduzida em galpões de alvenaria coberto com telhas e aberturas nas laterais; -Inicialmente eram utilizados dois tipos de baias, crescimento inicial (rãs com até 40 gramas de peso vivo) e terminação; fases. -A seguir foram desenvolvidas baias versáteis utilizadas para as duas 03-Sistema Inundado: -Cochos vibratórios; -Tecnologia desenvolvida em Taiwan; -Variação da engorda onde a totalidade do piso das baias de engorda é inundado; -Redução dos custos, pois possibilita um aumento na densidade e uniformidade diminuindo as perdas de ração e eliminando a utilização de alimento vivo; -Todo o piso deve ser ocupado pro rãs, sem sobreposições, em densidades que variam de 100 a 150 rãs por m 2 ; -Este sistema exige grande disponibilidade de água e a ração preferencialmente extrusada para evitar as perdas por lixiviação. 13
14 Carcinicultura Doenças Virais (introdução) -No final dos anos 80 foi registrada a primeira ocorrência de vírus no camarão de Taiwan, com graves perdas para os produtores de todo o país; -A deterioração da qualidade da água, decorrente da alta densidade de fazendas e do excesso de lodo no fundo dos viveiros, entre outras dificuldades, levou o camarão ao estresse e ao surgimento de viroses. mil t; -A China também foi afetada e teve sua produção reduzida de 200 mil t para 50 -De 1995 a 2005, surgiu como fato marcante a presença do vírus da mancha branca (originário da Ásia) nos cultivos da costa sul-americana do Pacífico, da América Central e do México; Litopenaeus vannamei -Resultados limitados com espécies nativas: F. paulensis e F. subtilis; -L. vannamei já era cultivada no Equador e Panamá, demonstrando grande capacidade de adaptação ao ambiente; -Na primeira metade da década de 90 os laboratórios já haviam dominado a reprodução do L. vannamei; -1995/1996 foi demonstrada a viabilidade técnica da criação; Safra 2004/2005 (problemas) -Doenças virais e barreiras alfandegárias; -Muitas fazendas fecharam; -Produção em 2005 caiu para toneladas; Doenças na Carcinicultura 01-Necrose Hipodérmica: -Mortalidade relacionada com aspectos estressantes do meio (alta densidade e baixo oxigênio dissolvido); -Heterogeneidade no final do cultivo; -Perda do equilíbrio e deformações (exoesqueleto em forma de sela de cavalo); -Normal incidência de até 5% da população; 14
15 02-Vírus da Mancha Branca: -Sinais Clínicos: redução na alimentação, letargia, coloração vermelha do camarão, carapaça macia e solta, mancha branca e mortalidade até 100%. -Sem tratamento especifico; -Recomendações para fazendas: desinfecção entre ciclos, assegurar a limpeza da água, realizar monitoramento dos viveiros, minimizar as contaminações cruzadas e mudanças no sistema de produção. -Atualmente: -No Nordeste a introdução de boas práticas de manejo possibilitaram a recuperação parcial da atividade; -Carcinicultura responsável e camarão orgânico; -Diminuição da produtividade por área, de 40 para 15 camarões/m 2 e maior utilização de alimento natural; Espécies Cultivadas -Aumento da área produtiva (mais de ha); -Em Santa Catarina a maioria das fazendas não esta produzindo -Penaeus monodom (camarão tigre); -Litopenaeus vannamei (camarão branco); -Fenneropenaeus chinensis (camarão da china); -Marsupenaeus japonicus; Sistemas de Produção Classificação: 01-Pelo tamanho da propriedade: -Pequena escala: pequenos empreendimentos, com área máxima de 10 ha de lâmina de água; -Média escala: propriedades têm entre 11 a 100 ha de lâmina de água e empregam regime semi-intensivo, mantendo densidade máxima de 45 camarões/m² -Grande escala: praticada em áreas com mais de 100 ha de lâmina de água 15
16 02-Pelo grau de intensificação: -Extensivo: baixa densidade (5 cam/m 2 ) e sem fornecimento de dieta artificial, com produção de 600 kg/ha/ciclo; -Semi-Intensivo: médias densidades (40 cam/m 2 ) e suplementação com dietas artificiais (60-80% alimento natural) com produção de kg/ha/ciclo; -Intensivo: altas densidades ( cam/m 2 ) e dependente de dietas artificiais, com produção de kg/ha/ciclo; -Super-Intensivo: elevadas densidades (500 cam/m 2 ) e dependente das dietas artificiais, com produção de kg/ha/ciclo; 03-Pelo tipo de cultivo: -Cultivo em viveiros escavados; -Cultivo em cercados (nova tecnologia, utilizadas nas comunidades costeiras do RS e SC, utilizando o camarão-rosa Farfantepenaeus paulensis). -Cultivo em tanque-rede; Reprodução do Camarão Marinho Biologia Reprodutiva -Acasalamento e desova em mar aberto; -Zonas profundas: -L. vannamei 72 m -F. paulensis 100 m -Ovos são liberados durante a noite; -Fecundação externa, ovos são fecundados no momento da liberação; -Na desova as fêmeas nadam rapidamente; μm); -12 horas após a ovulação os náuplios eclodem (seres planctônicos entre 3-4 -Atraídos pela luminosidade; -O náuplio se alimenta das reservas de vitelo, quando se transformam em protozoea passam a se alimentar de fitoplanctôn; -Mísis persegue e devora fito e zooplanctôn; 16
17 -Pós-larva deixa de ser planctônica e passa a ser bentônica (pós-larvas abandonam o ambiente marinho e se mudam para o estuário); Órgãos Sexuais -Petasma: órgão reprodutor masculino, localizado no primeiro par de pleópodos e é responsável pela transferência do espermatóforo -Télico: órgão reprodutor feminino, localizado no quinto par de pereiópodos e pode estar coberta por placa: -L. vannamei (sem placa) -F. paulensis (com placa) *Nas espécies com placas a cópula acontece logo após a ecdise, quando o exoesqueleto ainda está mole. Depois que o exoesqueleto endurece o espermatóforo fica protegido; *Nas espécies sem placa a cópula acontece quando a carapaça já esta consolidada para que o espermatóforo não se perca; Desenvolvimento Gonadal na Fêmea -5 fases (não desenvolvido, em desenvolvimento, semi maduro, maduro e desova); -Controle Hormonal da Reprodução: -Glândulas localizadas no pedúnculo ocular fazer o controle hormonal da reprodução e da muda; -Reprodução e muda geralmente são eventos antagônicos; -Ablação de um dos pedúnculos provoca mudança no equilíbrio hormonal, estimulando a reprodução; -Ablação bilateral ineficaz: cegueira, desequilíbrio hormonal excessivo; Controle Ambiental da Reprodução -Apesar de ser fortemente influenciada por aspectos hormonais a reprodução só é alcançada com o controle do ambiente; -Salinidade, temperatura, ph, oxigênio dissolvido, fotoperíodo, etc. -Reprodução ocorre em zonas marinhas onde as condições ambientais praticamente não se alteram; Formação do Plantel de Reprodutores -Cerca de 10 a 11 meses para formação; 17
18 -Três fases: engorda (3 a 4 meses), fase intermediária (2 a 3 meses) e fase final (4 meses); 01-Fase de Engorda: -Processo normal de cultivo; -Viveiro com área total entre 2,5 e 20 ha; -Duração do cultivo relacionada com a temperatura da água; -3 a 4 meses; -Alimentação somente com ração comercial; -Animais despescados com 14 a 16 gramas 02-Fase Intermediária: -Objetivo desta fase é permitir que os animais tenham espaço para crescer; -Densidade reduzida de 25 camarões/m 2 para no máximo 2 camarões /m 2 ; -Crescimento médio de 1,5 a 2,0 gramas por semana; -Ração (50%) e alimentos frescos (50%); -Peso médio de 25 gramas após mais 3 meses de cultivo; 03-Fase Final: -Crescimento final dos reprodutores; -Densidade de 1 camarão/m2; -Viveiros de 0,09 ha; -30% ração e 70% de alimentos frescos; -Peso final: -Machos > 30 gramas -Fêmeas > 35 gramas Manutenção dos Reprodutores -Tanques de Aclimatação: -Ao chegar no laboratório os reprodutores deverão ser transferidos para tanques circulares ou retangulares com área útil entre 12 e 15 m3; -Renovação em torno de 150% ao dia; 18
19 -Alimentação com 12% da biomassa /dia; -Alimentos frescos: Lula, artêmia, marisco e ração -Densidade de 4 a 6 reprodutores m2 e biomassa máxima de 240 g/m 2 ; -Condições ambientais: -Período de 4 horas sem renovação (descanso) -Salinidade: 30 ppm -Temperatura: 27,5ºC -ph: 8,2 -Fotoperiodo: 14 horas de luz e 10 horas escuro; -Ablação do Pedículo Ocular: -Enucleação: com uma lâmina de barbear é realizado um corte no globo ocular seguido da retirada do conteúdo interno do olho. Utilizar água fria para diminuir o metabolismo -Esmagamento: base do pedúnculo é esmagada com um alicate de ponta fina de forma que ele não caia imediatamente. Pode-se utilizar Furacin na dosagem de 2 ppm para diminuir risco de infecção -Extirpação: seguida ou não de cauterização, é a técnica mais simples e rápido. Pedúnculo é cortado com uma tesoura. -Desova: -Fêmeas são transferidas para os tanques de desova; -Certificar de que estão impregnadas com as bolsas espermáticas e em estágio final de maturação das gônadas; -Tanques individuais ou coletivos: -Individuais: apenas uma fêmea madura, tanque de formato cilíndrico de fundo cônico ou retangular com litros água do mar filtrada, no escuro e com aeração suave ou renovação. Fêmea desova após cerca de 6 a 10 horas. -Coletivas: várias fêmeas em tanques de 5 a 20 metros cúbicos e as fêmeas retiradas após desova ou tempo pré estabelecido. -Eclosão: -Tanques cilíndrico cônico com capacidade de 100 litros; -Densidades de a ovos/litros; -Nos tanques de desova coletiva a eclosão pode acontecer no próprio tanque; 19
20 -Após a eclosão os náuplios são concentrados com lâmpadas na bordas dos tanques; Larvicultura -Dois sistemas: monofásico ou bifásico; -Sistema monofásico: é utilizado apenas um tipo de tanque do inicio até o final (até PLXII); -Sistema bifásico: primeiro são utilizados tanques de a litros durante os primeiros 12 dias, levando as larvas até o estágio PL I ou PL II ; Vantagens do sistema bifásico: -Otimização das instalações -Maior número de ciclos anuais -Pós Larvas (PL) maior fortes e saudáveis -Segunda fase os animais são transferidos -Densidade e Estocagem: -Aumentar a disponibilidade conforme as larvas crescem; -Densidade também varia em função do tipo de instalação; -Renovação de Água: -Náuplios não necessitam renovação de água. Com o crescimento do camarão tem-se a necessidade de aumentar a renovação de água gradativamente, até chegar em 100% no mísis. -Alimentação das Larvas: -Alimentação deve ser fornecida em no mínimo 4 alimentações diárias, ideal são 6 alimentações; -Tamanho da partícula varia de acordo com o estágio de evolução (Ex.: náuplios não se alimentam); -Microalgas devem ser fornecidas durante toda larvicultura; -Alimentação artificial está crescendo, mas artêmia ainda é imprescindível; -Náuplios de artêmia podem ser parcialmente substituídos por rotíferos; -Rotíferos e artêmias adultas podem ser enriquecidos com nutrientes; 20
21 -Inoculação de microrganismos vivos (probiótico) produz bons resultados já na larvicultura; -Desinfecção: -Objetivo é eliminar microrganismos potencialmente patogênicos; -Realizada a cada ciclo de produção; -Principais químicos: cloro, formalina, iodo, etc. -Além dos tanques, deve ser feita desinfecção geral do laboratório: sistema de água, salas, vidrarias, etc. -Resíduos de cloro podem ser retirados com vitamina C (10% da quantidade total de Cl 2 disponível) ou com Tiossulfato de sódio concentração de 1N; Cultivo de Microalgas -Microalgas que formam colônias não são muito utilizadas: difícil ingestão pelas larvas; -Microalgas redondas e pequenas também não são eficientes: crescimento rápido, mas pobres em nutrientes; -Microalgas quadradas são as mais utilizadas: resistentes e ricas em nutrientes; -Diatomáceas: algas com parede celular formada por dióxido de silício. Importantes na alimentação do camarão; Fases do Cultivo: 01-Fase Lag: -Fase inicial de desenvolvimento -Logo após inoculação -Sem mudanças no número de células -Células aumentam de tamanho e se tornam mais ativas 02-Fase Log: -Crescimento exponencial do número de células -Divisão constante e continua das células -Taxa máxima de crescimento na cultura 03-Fase Estacionária: 21
22 -Estabilização do crescimento -Mesmo em condições favoráveis -Crescimento igual a mortalidade 04-Fase de Declínio: -Mortalidade maior do que a natalidade -Proliferação de bactérias *Na larvicultura do camarão o ideal é utilizar cultura em fase log, neste fase as células aumentam a produção de ácidos graxos poliinsaturados fundamentais na alimentação das larvas; Métodos de Cultivo -Sistema unialgal: grandes volumes de algas são obtidos a partir do inóculo de uma única espécie; -Método estacionário ( batch ): as culturas são sucessivamente transferidas para recipientes maiores até atingirem o patamar desejado; -Método semi-contínuo: as culturas não são transferidas de recipiente. Antes de atingirem a fase estacionária o recipiente é parcialmente drenado e usado na larvicultura. Depois o volume é recomposto com água de meio de cultura; -Método contínuo: é mais complexo, a cultura é mantida com volume constante e em equilíbrio dinâmico; Meios de Cultura: -Nutrientes para crescer e se multiplicar; -Não possuem raízes, absorvem nutrientes diretamente da água; -Inúmeros meios: extrato de solo, água do mar enriquecida com nitratos e fosfatos, metais, meio de Guillard, etc. Condições de Cultivo: -Cada espécie possui requerimentos específicos; -Espécies de água frias (10 graus) e águas quentes (> 40 graus); -A maioria precisa de luminosidade superior a lux; Armazenamento de Algas: -Algumas espécies podem ser concentradas para posterior utilização; 22
23 -Suspensão da aeração e adição de formalina para fazer as algas decantarem; -Armazenagem em geladeira com temperatura de 4ºC; *Espuma na cultura indica que está havendo mortalidade excessiva; Cultivo de Artêmia: -Alimento vivo extensamente utilizado; -Micro crustáceo; -Alta tolerância ambiental: temperaturas de entre -18 e 40 graus, salinidade entre 12 e 34 partes por mil; -Ciclo de 30 dias; -Náuplio de artêmia é a larva recém-eclodida. Possui vitelo rico em nutrientes. Utilizar náuplios recém eclodidos na larvicultura; -Duas vias de reprodução; -Em condições normais fêmeas são ovovivíparas; -Em estresse produzem cistos; -300 cistos/náuplios a cada 5 dias; -Quantidade de náuplios por grama de cisto ideal são mais de náuplios/grama; -Eclosão em tanques cilíndricos cônicos translúcidos ou brancos; -Salinidade entre 22 e 25 ; -Máximo de 2 gramas de cisto para cada litro de água; -Mecanismo fisiológico da eclosão é disparado pela luz; -Eclosão em cerca de 24 horas; -Temperatura influência na eclosão; Cultivo de Rotíferos: -3 μg e 950 células; -Boas características para o cultivo e alimento vivo; graus; -Reprodução rápida: células pode chegar a em 7 dias a 25 23
24 -Tamanho pequeno ( μm); -Baixa velocidade de natação; -Não possui as mesmas características nutricionais do náuplio de artêmia, mas pode ser enriquecido artificialmente; -Alternativa na utilização da artêmia em função de oscilação na oferta; -Dois tipos de reprodução: sexuada e assexuada; -Rotíferos vivem poucos dias. Fêmeas começam a se reproduzir com 18 horas; -Na reprodução sexuada os rotíferos produzem cistos semelhantes aos da artêmia; -Ao contrário da artêmia não é utilizado logo após a eclosão, como o ciclo é curto compensa esperar as fêmeas terem a primeira reprodução; Engorda do Camarão Manejo Produtivo: -Preparo do Viveiro: -Correção do solo, adubação e desinfecção; -Evitar solos ácidos e ricos em matéria orgânica; ph neutro; -Solo ideal: 15 a 25% de argila, com teores médios de matéria orgânica e -Colocar filtros de tela nas entradas de água; -Fertilização inicial para estimular a produtividade. Importante disponibilizar alimento natural desde início; -Carboidratos (melaço, farelos vegetais) melhora a relação carbono nitrogênio, e melhora a produtividade natural; -Trocas de Água: evaporação; -Ideal seria renovação somente para repor as perdas por infiltração e -Aumento da renovação deve ser feito sempre que for necessário; -Projeto de construção deve prever renovação diária de cerca de 15% do volume dos tanques; 24
25 -Berçários: engorda; -Recria é realizada em viveiros berçário menores do que o viveiro de -Densidade de 50 a 200 Pl/m 2 ; -Alimentação em bandejas e à lanço para favorecer alimentação; -Ponto crítico é a transferência juvenis para o viveiro de engorda; -Pode ser feita em tanques-rede dentro do viveiro de engorda; -Pré-Berçário: -Menos comum na região Sul. Venda de pós-larvas maiores (Pls20); -No Nordeste são vendidas pós larvas menores (Pls7,10); -Substratos verticais; -Povoamento Direto: -Maiores riscos: larvas sensíveis, sem muita capacidade de osmoregulação; Manejo das Pós-Larvas: -Aclimatação correta é importante; camarões por m 2 ; -Transporte das Pós-Larvas: -Água, ph e salinidade dos sacos próximos ao do ambiente; -Horários de temperatura amena; -Sacos plásticos contendo oxigênio; -Sacos transportados em caixas térmicas; -Densidade de Pl/L; -Aclimatação das Pós-Larvas: aeração; -Ideal é usar tanques de aclimatação de 500 litros com sistema de -Densidade varia de pós-larvas por litro; -Desinfetar bem os tanques; 25
26 -Encher tanques com água e utilizar 1 grama de EDTA/ 500 litros; -EDTA produto químico que remove metais da água, reduzindo contaminação e estresse dos animais; aclimatação; -Pode ser utilizado gelo para reduzir a temperatura do tanque de -Colocar sacos de transporte ainda fechados dentro dos tanques; -Misturar lentamente as águas; -A aclimatação de salinidade deve seguir um padrão; -Manter sempre a água oxigenada; -Carvão ativado absorve compostos tóxicos e pode ser utilizado para melhorar a qualidade da água quando a aclimatação demorar muito; Alimentação: -Alimento Natural: -Camarões preferem se alimentar de alimento natural; -Quanto maior a disponibilidade, menor o consumo de ração; -Pode corresponder a 85% da alimentação do camarão em sistemas semiintensivos; -Mesmo em regime intensivo corresponde a 35%; -Substratos Verticais: -Técnica recente; -Aumento da eficiência do processo produtivo; -Mantas especificas, ou mesmo tela de mosquiteiro; biofilme; -Telas são colonizadas por organismos bentônicos que formam um -Telas correspondem a até 10% da área do viveiro; -Qualidade da Dieta: tecidos; -Proteína da dieta fornece os aminoácidos para a formação de órgãos e 26
27 -Ração mais rica em proteína (45% PB) no inicio do cultivo; -Inicio 12% do peso vivo; -Proteína animal pode ser totalmente substituída; -Redução na proteína e na quantidade conforme o animal cresce; -Fonte de lipídeo é muito importante para o camarão marinho; -Omega-3, omega-6, eicosapentaóico (EPA) e decohexaenóico (DHA); -Fosfolipídios e colesterol também são essenciais. Colesterol é precursor de hormônio (ecdisona) relacionado com ciclo da muda; -Os camarões utilizam os carboidratos da dieta de forma limitada. Mesmo assim devem ser incluídos na dieta para economizar proteína. Manejo Alimentar: -Alimentação a lanço e em bandejas; -Comedouros fixados em estacas (20-50 unidades por hectare); -Vantagens: -Maior possibilidade de controle da alimentação -Diminuição do desperdício de ração -É possível observar os animais -Substrato e proteção -Biofilme de bactérias -Menor impacto ambiental -Ração peletizada; -Camarão se alimenta mais de noite; -No mínimo 3 alimentações diárias; -Conversão alimentar entre 0,9 e 1,5; -Muda é um processo que envolve alto gasto de energia; -Exoesqueleto mole impede manipulação do alimento; -Na época da muda os camarões diminuem o consumo; 27
28 -Intervalo de mudas de 7 a 18 dias, normalmente na época da mudança de lua para quarto crescente ou quarto minguante; -Reduzir o fornecimento de ração em até 75%; Sanidade do Camarão Marinho: -Doenças: -Equilíbrio dos organismos com o meio ambiente; -Enfermidades geralmente estão ligados a um desequilíbrio; -Estresse dos animais ou ambientes adversos; -Uso indiscriminado de quimioterápicos trouxe problemas; -Algumas doenças não estão muito ligados as condições ambientais, como a doença da mancha branca; -Os protozoários e fungos estão presente normalmente nos cultivos, e o tamanho da população é indicador da qualidade ambiental; -Controle: -Bactérias também provocam infecções secundárias; -Bactérias heterotróficas inibem bactérias patogênicas (probiótico); -Não existem drogas eficazes; -Há a necessidade de boas práticas de manejo -Tratamentos preventivos; -Formalina na concentração de 100 a 150 ppm é utilizada para separar pós-larvas doentes das saudáveis. Coletar somente as pós-larvas que nadam ativamente; -A cada ciclo de produção eliminar do viveiro possíveis vetores do vírus; -Preparo viveiros: -Viveiro seco por 10 dias -Encher com 5 cm de água por 3 dias -Aplicar cloro acidificado (hipoclorito de sódio) -180 kg/ha -Esperar dois dias antes de encher 28
29 -Pós-larvas SPF: são criadas em condições controladas para serem livres da contaminação com patógenos; -Probióticos: -Inoculação de microrganismos benéficos na água para melhorar as condições de qualidade da água e a saúde dos camarões; -Bactérias láticas, leveduras, actinomicetos, etc. -Microrganismos colonizam o ambiente e ocupam os espaços disponíveis; -Liberação de substâncias bactericidas; -Produtos comerciais normalmente precisam ser ativados antes da aplicação; -Solução com água e melaço durante dois dias até iniciar a produção de gases; -O probiótico pode ser utilizado em conjunto com Bokashi para aumentar a eficiência. Bokashi é uma mistura fermentada de farelos vegetais e farinhas animais; Despesca: -Esvaziamento do viveiro deve ser lento (ideal 2 dias); -Redução do nível estimula a muda, deve haver tempo para exoesqueleto endurecer completamente; -Observar porcentagem de camarões com casca mole na despesca. Porcentagem não deve ser maior que 7%; -Suspensão do arraçoamento para evitar o surgimento de manchas negras; -Nível de água inferior a 30%; -Gelo é indispensável para realizar choque térmico e posterior armazenamento dos animais. Rápida deterioração; -Transporte rápido a proporção deve ser 25% de gelo e 75% de camarões na caixas de transporte; -Bissulfito de sódio é utilizado para evitar a proliferação de bactérias; -Concentração final não pode exceder 100 mg/kg no camarão fresco e 30 mg/kg no camarão cozido; Cultivo em Água Doce: -Condições mínimas: -Salinidade superior a 0,5 29
30 -Cloretos maior que 300 ppm -Alcalinidade superior a 100 ppm -Alcalinidade e dureza são fundamentais; -Vantagens: -Menores restrições ambientais -Menores investimentos na construção -Utilização de águas salobras impróprias para consumo -Menor disseminação de doenças virais -Desvantagens: -Aclimatação mais difícil -Maior incidência de competidores -Maior incidência de bacterioses -Maior estresse 01-Cultivo em Tanque-Rede: -Variação na chuva pode ser fatal -Maiores cuidados com efluente; -Alternativa de renda para micro produtores e comunidades tradicionais; -Alternativa mais barata; -Alternativa para restrições topográficas; -4 a 7 kilos/m 2 (até 500 camarões/m 2 ) ; -Menos controle em relação as doenças virais; -Restrições dos órgãos ambientais por ser uma espécie exótica; -Maior dependência da ração; 02-Cultivo em Race-way: -Cultivo em raceway em estufas está despertando a atenção de pesquisadores em clima temperado; -Sistema de alta tecnologia; 30
31 03-Cultivo em Meio Heterotrófico: -Sistema de cultivo superintensivo; -Sem renovação de água; -Cultivo de uma biota predominantemente aeróbica e heterotrófica (organismo incapazes de sintetizar o seu próprio alimento e que necessitam de oxigênio para sobreviver); -Aeração intensiva; -Formação de bioflocos bacterianos *Formação dos Bioflocos: -Relação Carbono: Nitrogênio (Ideal entre 15:1 e 20:1); -Nitrogênio proveniente das rações e das excretas dos animais; -Melaço de cana ou dextrose como fonte de carbono; -Bio-flocos formados no final da sucessão bacteriana; -Bactérias, microalgas, fezes, exoesqueletos, restos de organismos mortos, protozoários, etc. -Microrganismos mantém a qualidade e servem como suplemento alimentar; -Até 30% da alimentação e redução dos níveis de proteína da dieta; 04-Policultivo com Tilápia: -Salinidade ideal entre 8 e 14 ppt; -Linhagens de tilápia adaptadas a água salobra; -Salinidades entre 10 e 12 ppt são consideradas isosmóticas para a tilápia; -Menor gasto de energia na osmoregulação e maior potencial de crescimento -Somente as tilápias são alimentadas com ração; -Restos de ração e excremento dos peixes fertilizam o meio ambiente, estimulando a produção de alimento vivo para o camarão; -No ambiente marinho a tilápia cresce bem e não apresenta problema de gosto desagradável (off-flavor); -Alevinos de tilápia tipo 2 e PL 2 ; -1 a 2 peixes e 10 a 15 camarões/m 2 ; 31
32 -Primeiro o camarão e um mês depois coloca a tilápia; -Tilápia controla macrofilas, fitoplâncton e acumulo de matéria orgânica; -Melhoria da qualidade da água e das condições do viveiro; 05-Modelo Asiático: -Modelo de cultivo intensivo cerca de 100 camarões/m 2 ; -Praticado na Ásia a 10 anos por produtores sem conhecimento técnico, mas com experiência e convívio com os viveiros; -Não exige alto conhecimento tecnológico, mas demanda acompanhamento continuo e intenso; -Viveiros pequenos de 0,5 a 1,0 há; -Revestimento dos viveiros para corrigir a influência do solo; -Tratamento da água para retirar os sólidos em suspensão e potenciais vetores; -Utilização de Pós-larvas SPF; -Ração de boa qualidade com cerca de 40% PB; -Probióticos e manejo das populações microbianas (cultivo heterotrófico); -Aeração, baixa taxa de renovação e reaproveitamento da água de um ciclo para o outro; -Desinfecção dos tanques nos intervalos entre os ciclos; 32
33 Referências Bibliográficas Material de Aqüicultura: Prof. Dr. Thiago El Hadi Perez Fabregat CAV/UDESC 33
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