APLICAÇÕES DA FÍSICA NO COTIDIANO A PARTIR DE VÍDEOS DE CURTA DURAÇÃO: TIC COMO CONTRIBUIÇÃO AO ENSINO APRENDIZAGEM

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1 APLICAÇÕES DA FÍSICA NO COTIDIANO A PARTIR DE VÍDEOS DE CURTA DURAÇÃO: TIC COMO CONTRIBUIÇÃO AO ENSINO APRENDIZAGEM Resumo SOUZA, Ericarla de Jesus 1 - UFS Grupo de Trabalho - Didática: Teorias, Metodologias e Práticas Agência Financiadora: não contou com financiamento O despertar pela Física e gosto pelas ciências não serão alcançados se continuarmos a basear nossas aulas no livro-texto, na forma conservadora de transmissão e recepção de informações e ficamos limitados ao uso de teorias e expressões matemáticas. Para desenvolver uma mente crítica e gosto pela ciência em nossos alunos, devemos levar em consideração o seu dia a dia, as influencias das tecnologias que eles vivenciam. Com a evolução dos computadores, e consequentemente da tecnologia, a sociedade tem vivido constantemente os impactos desses avanços tecnológicos em seu cotidiano. Não podendo o ensino ficar alheio a essa realidade, nesse sentido o professor tem o papel de contribuir para a disseminação das TIC S no contexto escolar. Dentro desta perspectiva este artigo tem o objetivo de mostrar a importância da utilização dessas tecnologias no processo de ensino aprendizagem da Física, através da produção de vídeos mostrando a aplicação da Física no cotidiano dos alunos. Os Vídeos foram produzidos pelos alunos do 1º ano do Ensino Médio de uma escola da rede particular, Centro Educacional Cri Arte. A turma foi dividida em cinco equipes cada uma composta por seis alunos. Os temas trabalhados foram: A Física na Medicina, A Física no Esporte, Nas ondas da comunicação, Física: Mitos e Verdades, Sustentabilidade e a Tecnologia. Esses temas estão integrados no currículo da série citada, foram desenvolvidos no decorrer das aulas, cujo objetivo de cada equipe era pesquisar sobre o tema sorteado e construir um vídeo com o auxilio do celular, câmera digital ou qualquer instrumento que apresentasse a função de filmar, cuja duração seria de no mínimo dez minutos e máximo vinte minutos. Palavras-chave: TICs. Ensino de Física. Vídeos. 1 Licenciada em Física pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), Especialista em Docência em Ensino de Ciências com ênfase em Química, Física e Biologia pela Faculdade Pio Décimo (FPD), Mestranda em Ensino de Ciências Naturais e Matemática NPGECIMA pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). ericarla-matos@hotmail.com.

2 15340 Introdução Vivemos em uma realidade digital, onde nossos alunos dedicam uma grande parte do seu tempo usando a internet. Essa geração digital está sempre ligada e conectada com redes sociais e jogos eletrônicos, sejam por uso de computadores, notebooks, aparelhos celulares, Ipad, entre outros. Essa conexão acontece em qualquer momento e lugar, as atenções dos nossos alunos estão todas voltadas para o mundo virtual-digital. Muitos autores a exemplo de Marc Prensky (2001), Palfrey e Gasser (2011) os classificam com uma nova nomenclatura: os nativos digitais. Este termo nativos digitais foi adotado por Palfrey e Gasser no livro Nascidos na era digital. Refere-se àqueles nascidos após 1980 e que tem habilidade para usar as tecnologias digitais. Eles se relacionam com as pessoas através das novas mídias, por meio de blogs, redes sociais, e nelas se surpreendem com as novas possibilidades que encontram e são possibilitadas pelas novas tecnologias. Os avanços tecnológicos crescem em ritmo acelerado e os nossos jovens usam seus potenciais e capacidades para acompanhar e utilizar dessas modernidades tecnológicas como ação primordial do seu dia a dia. Nossos alunos está há anos-luz de muitos adultos e professores em relação ao uso dessas mídias. Em contrapartida a esse avanço encontramos uma realidade diferente vivenciada em grande parte dos professores em sala de aula. Os professores muitas vezes não utilizam recursos digitais e/ou o faz o uso de maneira inadequada. Pois, o ensino continua tradicional, sem utilização correta e interativa a ferramenta didática. Libâneo (2009, p. 78) define ensino tradicional como: O professor passa a matéria, o aluno recebe e reproduz mecanicamente o que absorveu. O elemento ativo é o professor que fala e interpreta o conteúdo. Grande parte dos docentes, especificamente o das Ciências exatas continua seguindo essa linha de ensino, sem contextualização com o cotidiano do aluno se prendendo, por exemplo, ao formalismo matemático, dedicando-se parte das aulas em cálculos e esquecem de mostrar o significado das fórmulas e suas aplicações e relações com as tecnologias. Resultando em uma geração de alunos desinteressados pela Física e com baixo rendimento escolar, onde não sabem explicar nem entender o cientificismo das tecnologias que os cercam. Neste contexto, este artigo relata uma experiência desenvolvida por alunos do Ensino Médio, cujo objetivo foi à utilização de uma prática alternativa para o aprendizado da Física, que seria a construção de vídeos de curta duração com temas do cotidiano dos alunos. É importante salientar que a proposta é vincular os conceitos trabalhados em sala de aula ao contexto do cotidiano dos estudantes, o que está plenamente de acordo com Morin (2001, p.

3 ), ao afirmar que o conhecimento das informações ou dos dados isolados é insuficiente. É preciso situar as informações e os dados em seu contexto para que adquiram sentido. E isso está também de acordo com a Teoria de Ausubel (2002) no que se refere ao uso de organizadores prévios, uma vez que nossa proposta é que os vídeos de curta duração façam esse papel. Este trabalhado foi desenvolvido com a turma do primeiro ano do Ensino Médio, do Centro Educacional Cri Arte. A turma foi escolhida, por apresentar dificuldades e desinteresse nas aulas de Física. Tecnologias da Informação e da Comunicação TIC Para Heckler et al. (2007), o ensino da Física é completamente descontextualizado e o fracasso nessa disciplina se deve à falta de uma metodologia moderna, tanto do ponto de vista pedagógico como tecnológico. Para Silva e Silva (2008) no início do século XX, o telefone e o telégrafo eram os meios de comunicação mais importantes e avançados de que a humanidade dispunha. No entanto, a invenção dos chips, microprocessadores, fibras óticas e satélites imprimiram a essa realidade uma nova fase, visto que permitiu que a produção do conhecimento pudesse ser feita em escala exponencial e com a participação de múltiplos e variados atores. Com essas novas TICs, as interligações estabelecidas sob a forma de redes ampliaram e permitiram que a disseminação do conhecimento pudesse ocorrer por meio de uma obra coletiva. As TICs são essenciais no processo ensino aprendizagem, tanto presenciais quanto a distância ou semipresenciais, pois a sociedade em geral já foi invadida por vários equipamentos eletrônicos, como celulares, TV digital interativa, Ipad, PS3, etc. Os surgimentos de novas tecnologias incrementam o mercado, prometendo facilitar nossa vida e, isso, certamente, precisa de um novo questionamento sobre o uso das mesmas nas escolas. A incorporação das TICs no contexto escolar deve proporcionar aos estudantes novas situações de aprendizagem bem como aos professores. Um dos principais ganhos da atual revolução técnico-científica a partir das TICs é o desenvolvimento na tecnologia eletrônica e, aliado a esta, a computação e a informática. A introdução das tecnologias computacionais está transformando nossa maneira de trabalhar, de aprender, de se relacionar e também nossa forma de pensar. Não obstante essa estreita relação entre nossa vida e o mundo virtual proposto nesses novos tempos, a relação do ser humano com a tecnologia é menos simples do que parece. Por um lado, a utilizamos para

4 15342 adaptá-la às nossas necessidades e para ampliar nossas capacidades, mas isso acaba transformando-nos a nós mesmos e a nossa sociedade de forma dialética. Para Canabrava e Vieira (2006), o emprego adequado das TICs, combinado a estímulos, principalmente visão e audição, aumenta a retenção da mensagem enviada pelo professor ao estudante. Para Araújo et al. (2004), dentre as varias possibilidades de uso da informática no ensino da física estão a simulação, utilização de vídeos e modelagem computacional, juntas possibilitam um enriquecimento do aprendizado, levando os estudantes a trabalhar com o processo de construção e analise do conhecimento, partindo de conceitos mais gerais, para os mais específicos, proporcionando uma aprendizagem mais significativa. Foi dentro deste contexto, que ressaltamos a importância de utilizarmos esse tipo de ferramenta de maneira a auxiliar o processo educativo, mas sabemos que o professor possui papel fundamental nesse processo como incentivador da utilização das TICs na educação, pois através delas, o aluno pode ser levado a criar e construir com eficácia, o seu próprio conhecimento, não só na escola, mas no seu cotidiano, oportunizando lhe a ampliação do seu próprio conhecimento, como um ser político social. Através da construção de vídeos de curta duração com temas do cotidiano do aluno eles mostraram-se mais motivados, bem como relataram suas experiências e opiniões ao final dos vídeos. Aprendizagem Significativa Um dos principais objetivos do professor é um ensino que conduza o aprendizado do aluno, e para que essa aprendizagem seja duradora deve ser significativa. Para atingir este proposto não basta ao professor dar uma boa aula, trabalhar bem os conteúdos, ele deve ter bem claro as concepções de práticas pedagógicas atrativas para a dinamização das aulas e o aprendizado dos conteúdos, com metodologias diversificadas. Para Ausubel (1980) a aprendizagem significativa dá-se quando há interação de uma informação a um aspecto relevante da estrutura cognitiva do aluno. O conteúdo é apreendido de forma significativa quando relacionada a outras ideias práticas. O professor deve considerar os conhecimentos não científicos (empíricos) trazidos pelos alunos, e ajudá-los a partir desse ponto a transformar esses conhecimentos em conceitos científicos utilizando recursos tecnológicos como forma de atrativo e dinamização do ensino aprendizado. Criando uma ponte entre sala de aula teorias Físicas Tecnologia - realidade vivenciada pelos alunos. Pois, a aprendizagem significativa dá-se quando há interação de uma

5 15343 informação a um aspecto relevante da estrutura cognitiva do aluno. O conteúdo é apreendido de forma significativa quando relacionada a outras ideias e conceitos e ficando claro na mente do aluno de modo a funcionar como âncora. Por isso a importância da interação prática e teoria no ensino de física, facilitando a assimilação dos conteúdos e melhorando o aprendizado. Freire (1996) sempre defendeu em suas publicações pela formação de um professor que sempre buscasse a ética universal do ser humano. O professor deve ter sempre em mente o respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola, visto ser ele uma pessoa social e histórica. A prática pedagógica do docente foi um trabalho desenvolvido pelo autor, pensando na relação da autonomia do ser e saber do estudante. A ética é inseparável da prática educativa. Defende que quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender (p. 58), isto é, o docente tem que dar autonomia ao aluno para aprender e ele deve também aprender ao ensinar. A educação na cibecultura deve apoiar-se nas mudanças da relação com os saberes. Essas mudanças em relação aos saberes ocorrem, primeiramente, com a velocidade do surgimento e da renovação dos saberes. A maioria das competências aprendidas no início da vida por um individua acaba se tornando ultrapassada do meio para o fim da carreira profissional. As TICs e o Ensino de Física A Física é uma disciplina em que os alunos necessitam fazer as ligações entre conhecimentos pré-aprendidos e as ideias novas que serão ensinadas e também construir uma relação lógica no processo ensino-aprendizagem, além de serem estimulados com aproximações do seu cotidiano para, assim, terem disposição de aprender. Por exemplo, na Física, como relacionar os conhecimentos de cinemática com o esporte? Ou a relação da radiação com a medicina? Ou simplesmente como relacionar sustentabilidade com a Física? São temas do cotidiano dos alunos que muitas vezes se passam despercebidos e sem conexão com os conteúdos trabalhados em sala de aula. Os alunos precisam conhecer os conceitos das teorias da Física, como também, suas aplicações e importância para a tecnologia e, para isso, o professor necessita estimular o aluno com exemplos do cotidiano como forma de comunicação eficiente e eficaz (fatores afetivo-sociais) fatores internos para aprendizagem significativa e, além disso, a necessidade do docente construir material instrucional potencialmente significativo e agregar ambientes propícios à aprendizagem. Precisa-se ter em

6 15344 mente que os alunos do século XXI, alunos nativos digitais, passam a maior parte do tempo em um mundo virtual. O professor, em especial de Física necessita trabalhar o processo ensino-aprendizagem de tal forma que faça o aluno aproximar seu mundo virtual do cotidiano do, mundo real, pois, assim os deixarão motivados a aprenderem. No tocante atoo uso do computador, por exemplo, tem crescido aceleradamente com os avanços das tecnologias nas últimas décadas. Com isso fica cada vez mais necessário inseri-lo no contexto de sala de aula; muitas escolas já buscam essa evolução criando unidades como laboratórios de informática com acesso a internet. O computador deve ser inserido como uma ferramenta de ensino, assim como o livro didático, apostilas entre outros. Um fator de preocupação e debate deve ser a maneira de como essa ferramenta é utilizada, pois deve servir como uma forma de complemento na sala de aula, não como o fim da interação professor - aluno. Nesta ótica, Nogueira e Rinaldi (2000) faz uma crítica a grande maioria dos softwares educacionais que não são interativos, pois independem das concepções dos alunos-usuários. Sendo utilizada de forma similar aos livros didáticos, meramente ilustrativos e de forma mecânica. Rezende (2002) ao discutir o uso do computador sob um enfoque construtivista destaca algumas das características que potencializam o uso das ferramentas computacionais aplicadas ao ensino. As principais características das novas tecnologias da informação e da comunicação presentes na elaboração de materiais didáticos e projetos fundamentados na abordagem construtivista seriam: a possibilidade de interatividade; simulação de aspectos da realidade; interação a distância e possibilidade de armazenamento e organização de informações representadas de várias formas, tais como textos, vídeos, áudios, possível nos bancos de dados eletrônicos e sistemas multimídia. Mediante as perspectivas citadas os recursos tecnológicos quando usados corretamente podem tranformar o conteúdo em uma forma de conhecimento amplo e atraente para o aluno, pois deve ter caráter interativo e dinâmico. Diante disso, foi proposto a confecção de videos de curta duração relacionando a Física e ao cotidiano dos alunos, para que eles consigam despertar a capacidade de selecionar informaçoes e aprender de forma autonoma e duradoura.

7 15345 Metodologia e Elaboração dos Vídeos Foram escolhidos os alunos do primeiro ano do Ensino Médio do Centro Educacional Cri Arte, escola da rede particular de ensino onde a pesquisadora leciona a disciplina Física. A escolha da turma ocorreu devido o baixo rendimento dos alunos e a desmotivação deles com a disciplina Física. A turma foi dividida em cinco equipes cada uma composta por seis alunos; as equipes participaram de um sorteio para saber qual o tema iriam desenvolver. Os temas trabalhados foram: A Física na Medicina, A Física no Esporte, Nas ondas da comunicação, Física: Mitos e Verdades, Sustentabilidade e a Tecnologia. Esses temas estão integrados no currículo da série citada, foram desenvolvidos no decorrer das aulas, cujo objetivo de cada equipe era pesquisar sobre o tema sorteado e construir um vídeo com o auxilio do celular, câmera digital ou qualquer instrumento que apresentasse a função de filmar, cuja duração seria de no mínimo dez minutos e máximo vinte minutos. Foi deixado em aberto qualquer tipo de estrutura do vídeo, apenas não poderia fugir do tema e que todos os alunos deveriam participar. Após a divisão das equipes estas tinham um encontro semanal no laboratório de informática, onde eram discutidas as ideias, dificuldades, debates entre os participantes e as dúvidas sobre as teorias físicas a desenvolver. Ao todo foram dois meses de pesquisas e reuniões. A culminância ocorreu na última semana de outubro de 2012, na sala de vídeo para todos os alunos do ensino médio. O público no momento que assistia as apresentações dos vídeos respondiam a uma pequena tabela, como podemos ver na Figura 1, para análise dos vídeos.

8 15346 Figura 1 - Questionário em forma de tabela. Fonte: Organizado pela autora, com base na pesquisa. Resultados e Discussões No total foram cem fichas respondidas por professores, coordenação e alunos do Ensino Médio. As fichas foram digitadas e suas notas foram expressas em forma de gráficos percentuais do tipo colunas. A primeira analise foi feita em relação à criatividade que cada equipe teve no desenvolver do vídeo. Figura 2 - Análise da criatividade do vídeo. Fonte: Organizado pela autora, com base na pesquisa.

9 15347 Os vídeos foram muito criativos, a equipe do tema Física na Medicina foi o que mais se destacou, obtendo a uma maior porcentagem de excelentes, essa equipe criou um telejornal noturno. Abusaram da imaginação e incluíram horário eleitoral sobre o tema. Os alunos que assistiram ao mesmo tempo em que riam da comédia apresentada poderam conhecer mais sobre aparelhos de raio-x, tomógrafos e ressonância magnética. No vídeo Física: Mitos e Verdades, obteve as notas mais baixas por falta de organização e não terem acabado o vídeo, a equipe apenas apresentou vídeos no próprio celular sem formatação e com pouca explicação dos conteúdos. As outras equipes obtiveram notas semelhantes, onde também não faltou criatividade, eles fizeram entrevista em uma feira livre próxima a escola, onde eles explicaram para os feirantes conceitos e a importância da Física. A equipe Nas ondas da Comunicação foi em uma emissora de rádio onde gravaram o vídeo e entrevistaram a parte técnica da radio. Participaram também do programa da emissora ao vivo, onde a equipe fazia as explicações Físicas dos fenômenos envolvidos para o funcionamento da rádio. Figura 3 - Análise da organização do vídeo. Fonte: Organizado pela autora, com base na pesquisa. Em questão de organização foi avaliado inicio, meio e fim do vídeo. As notas foram equilibradas entre ótimo e bom. Apenas a equipe Mitos e Verdade que obteve notas baixas, pois não editaram o vídeo. A equipe Física nos esportes reproduziu o globo esporte, os entrevistados foram os alunos na aula de educação física.

10 15348 Figura 4 - Analise da qualidade de edição do vídeo. Fonte: Organizado pela autora, com base na pesquisa. A qualidade de edição do vídeo apresentou resultados semelhantes para as equipes Física no Esporte, Nas ondas da comunicação e Sustentabilidade. Apenas a equipe de Física na Medicina, apresentou 70% de notas excelente, eles apresentaram um vídeo de excelente qualidade. Figura 5 - Analise do conteúdo físico apresentado no vídeo. Fonte: Organizado pela autora, com base na pesquisa. Em relação ao conteúdo Físico abordado no vídeo, as equipes souberam relacionar os conteúdos físicos com o tema abordado. O primeiro vídeo, contém uma entrevista com médico e técnico de radiação. Já a terceira equipe mostrou como recebemos a frequência das rádios em nossas casas.

11 15349 Figura 6 - Notas 0 à 10 para o nível de compreensão do vídeo. Fonte: Organizado pela autora, com base na pesquisa. O nível de compreensão foi uma análise muito importante, onde o público pontuou o vídeo com notas de zero á dez. Obtivemos resultados onde duas equipes ficaram acima dos 40% para o intervalo de notas de 8,1 à 10.A segunda e a quinta equipe obtiveram notas entre 6,1 e 8,0. Podemos perceber com a análise dos gráficos a interação dos alunos ouvintes e os alunos produtores. No decorrer dos vídeos surgiram dúvidas, como edição, aparelho utilizado para filmar, tipo do programa utilizado para editar o vídeo. Todas as perguntas foram respondidas com êxito, mostrando assim o envolvimento e a confirmação do aprendizado com essa atividade. Houve também um debate com alguns professores presentes de outras disciplinas, envolvendo seus conteúdos. Considerações Finais Percebeu-se a partir das análises dos resultados que conseguimos desenvolver um processo interativo entre as questões gerais de investigação e o domínio temático em estudo. Nesta concepção ressalta-se a importância da utilização desse tipo de ferramenta de forma a auxiliar o processo educativo, pois, o professor possui papel fundamental nesse processo, como mediador na utilização das TICs na educação, tendo em vista que o aluno pode ser levado a criar e construir com eficácia o seu próprio conhecimento não só na escola, mas no seu cotidiano.

12 15350 Através da construção dos vídeos de curta duração, os alunos mostraram-se motivados às aulas, bem como relataram que a produção do vídeo proporcionou uma aprendizagem mais dinâmica e interativa, apresentando os princípios da teoria de Ausubel sobre a aprendizagem significativa, uma vez que o mesmo aproveita os conhecimentos prévios dos alunos, levando os a relacionar os conhecimentos adquiridos com o seu cotidiano e tornando mais fácil o entendimento de conceitos mais específicos, incentivando a tomada de decisões, bem como a interação social. Haja vista que metodologias diversificadas, contribuem para um aprendizado significativo, afastando mitos em relação a determinadas disciplinas, a exemplo da Física, considerados por muitos como de difícil assimilação, conclui-se que exemplos como este relato, contribuem a partir da relação teoria-prática e uma aplicação no cotidiano, apontam para uma aprendizagem significativa. REFERÊNCIAS ARAÚJO, I. S. et al. Atividades de modelagem computacional no auxílio à interpretação de gráficos da cinemática. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 26, n. 2, p , Disponível em: < >. Acesso em: 3 jul. 13. AUSUBEL, D. P. Adquisición y retención del conocimento: uma perspectiva cognitiva. Barcelona: Paidós, AUSUBEL, D. P. et al. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Internamericana, CANABRAVA, T.; VIEIRA, O. F. A. Treinamento e desenvolvimento para empresas que aprendem. Brasília, DF: SENAC, FREIRE, P. R. N. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, HECKLER, V. et al. Uso de simuladores, imagens e animações como ferramentas auxiliares no ensino/aprendizagem de óptica. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 29, n. 2, p , Disponível em: < Acesso em: 21 jun LIBÂNEO, J. C. Adeus professor, adeus professora?: novas exigências educacionais e profissão docente. 11. ed. São Paulo: Cortez, (Coleção da Nossa Época, n. 67). MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina E. F. da Silva e Jeanne Sawaya. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

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