AS PERFORMANCES DO PERIGOSO E A DANÇA CONTEMPORANEA BRASILEIRA BREVES APONTAMENTOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AS PERFORMANCES DO PERIGOSO E A DANÇA CONTEMPORANEA BRASILEIRA BREVES APONTAMENTOS"

Transcrição

1 Ano 1 Nº 4 Mai 2013 ISSN AS PERFORMANCES DO PERIGOSO E A DANÇA CONTEMPORANEA BRASILEIRA BREVES APONTAMENTOS por André Masseno Inicio aqui com uma antiquada (porém necessária) mea culpa pelo título tão pretensioso deste ensaio [1], como se eu pudesse resumir, em poucos parágrafos, duas questões tão complexas e peculiares, a saber: 1) a relação entre performance e sexualidade, que resultou em uma pesquisa empreendida por mim durante três anos no âmbito acadêmico e há uma década através de minhas produções artísticas; e 2) a imprecisão inerente ao termo dança contemporânea brasileira. Evidente que me vejo situado em um desafio extremamente audacioso, quase uma impostura em relação ao tempo dedicado a estas questões nas minhas práticas artística e acadêmica, pois estarei aqui às voltas com a exposição daquelas de modo condensado e, ainda assim, tentando ser compreensível. Porém confesso que é um desafio instigante e mobilizador. Entretanto, espero que o subtítulo deste ensaio como breves apontamentos possa ser levado em consideração para que as problematizações que se seguirão não sejam tomadas como definitivas. Na realidade, são passagens de uma investigação ainda em fluxo e que não considero finalizada, mas esta, através da escrita, será por mim temporariamente coagulada. Ao fazer estes coágulos de pensamento, eu acabo por contrair um débito que, na realidade, considero inerente a toda pesquisa: o de compartilhar com os meus possíveis leitores, os múltiplos trajetos de minhas leituras. Sendo assim, sinto-me impelido a colocar em discussão o que chamo de a performance do perigoso, que foi o fruto, ácido e ao mesmo tempo saboroso, de uma pesquisa na área de Mestrado em Literatura Brasileira na Universidade do Estado do Rio de Janeiro [2]. I Em uma série de entrevistas concedidas à pesquisadora Lisette Lagnado em 1995, o jovem artista visual José Leonilson deu a seguinte declaração: eu tenho uma coisa dentro de

2 mim que me torna perigoso. No mesmo período, o cantor de rock Cazuza, célebre pela sua irreverência e declarações provocativas, afirmou durante um show que o seu amor havia se tornado perigoso, mas que não o impediria de morrer amando. Deste modo, o adjetivo perigoso ganhava uma nuança peculiar através destes dois artistas brasileiros que, ao utilizá-lo em suas falas públicas, deixavam subentendido que portavam algo considerado ameaçador circulando em suas correntes sanguíneas; um vírus, então letal e invisível, que veio a ser cunhado como HIV. Nos dois últimos decênios do século anterior, quando houve o surgimento e a enunciação da epidemia do HIV/AIDS, artistas soropositivos como o cantor Cazuza e o artista visual Leonilson tornavam visível a tensão, naquele momento, entre a condição do sujeito portador da síndrome e a curiosidade pública. Cazuza, por exemplo, recorreu ao campo midiático para problematizar a maneira como o espaço público lidava e convivia com a imagem da epidemia e a de seus portadores, ao estampar o seu rosto na edição da revista Veja de abril de 1989, embora sob o preconceituoso título de Cazuza: uma vítima da AIDS agoniza em praça pública. Já Leonilson escolheu encenar, em seus bordados, pinturas e desenhos, uma intimidade perigosa e deslocada pelo gesto de não revelar tudo sobre si, ou seja, toda a periculosidade buscada pelo observador. Embora de modos diversos, ambos transformaram o gesto confessional (expressão enquanto sinônimo de manifestação de uma interioridade trazida à superfície) em performance corporal e discursiva, produzindo poses diante do olhar e do desejo alheios. Neste período inicial de pavor e paranoia em relação ao HIV/AIDS, quando os sujeitos infectados eram fortemente estigmatizados, posso dizer que Cazuza e Leonilson pertenceram à leva de tantos outros artistas que produziram o que chamo de a performance do perigoso, colocando em jogo a tensão entre a enunciação e a não-enunciação da soropositividade nas esferas pública, artística e/ou privada. Quando enunciada, seja em declarações públicas ou em práticas artísticas, a síndrome podia se apresentar de duas maneiras: a primeira, pela sua enunciação explícita embora isso não significasse que o artista estivesse dizendo a mais pura verdade sobre a sua experiência de conviver com a doença; a segunda, sob o disfarce da abordagem deslizante sobre o vírus, tal qual empreendida por Leonilson na obra intitulada O perigoso (1992), constituída por uma pequena mancha escurecida sobre uma folha branca de papel. Esta mancha no papel, na realidade, é uma gota de sangue ressecada do artista. Aqui, a síndrome é entrevista pela apropriação de Leonilson da imagem do sangue e seus emblemas: o sangue perigoso, o sangue como arma letal, o sangue como dispêndio, o sangue como uma memória pulsante.

3 Neste contexto, a performance do perigoso configura-se como a encenação de uma pose corporal situada entre o confronto e a resposta, astuciosa e oblíqua, à estigmatização de corpos soropositivos/aidéticos. Até o presente momento, pretendi demarcar o ponto de partida histórico-cultural que fundamentou a minha argumentação de uma performance do perigoso, que tem como herança o debate crítico-literário a respeito das produções artística e midiática sobre o HIV/AIDS no final do século anterior. Porém, não considero a performance de perigoso uma noção estritamente datada, somente relacionada aos contextos artístico-culturais dos decênios de 1980 e 1990, mas sim como um operador de leitura, não pragmático e flexível, que pode abranger produções artísticas de décadas subsequentes e que lidam com questões de gênero e de sexualidade. Sendo assim, permito-me apropriar desta noção para empreender uma leitura breve e nada exaustiva de duas produções da dança contemporânea brasileira que colocam em xeque o desejo da esfera social de normatização e catalogação de comportamentos sexuais considerados dissidentes. Produções que são perigosas por evidenciarem que as estruturas binárias homem/mulher, masculino/feminino, homossexual/heterossexual, são precárias e insuficientes para dar conta dos corpos e dos desejos na contemporaneidade. No entanto, como rapidamente apontei no início deste ensaio, friso que dança contemporânea brasileira é um termo plural por abraçar modos diferentes de se pensar e fazer dança; termo do qual se desprendem três questões que considero relevantes e abrangentes, que são: 1) o que é a dança; 2) o que é o contemporâneo; e 3) o que é (identificar algo como) brasileiro. São questões inconclusas por se esquivarem de qualquer resposta definitiva e categórica, já que existem várias danças contemporâneas, várias frentes de leitura do que é e quando uma obra e um tempo podem ser chamados de contemporâneos; várias maneiras de problematizar, ler e identificar registros imagético-culturais que possam nos levar a enunciar uma dança como brasileira. Embora o tempo aqui seja exíguo para desenvolver estas perguntas com maior acuidade, eu as suscito pela minha necessidade em fazer um recorte preciso, ainda que provisório, na dita dança contemporânea brasileira, no intuito de ressaltar a noção de uma performance do perigoso no cerne daquela. Logo, concentro a minha leitura do perigoso sobre duas produções de dança da atualidade, de caráter solo e autoral, concebidas e performadas por artistas do sexo masculino, que executam estratégias artísticas que embaralham as relações entre sexualidade e gênero, ao colocarem em cena um corpo em crise com o ideal de masculinidade. Mas antes de nos direcionarmos aos trabalhos que aqui pretendo discutir, qual é a noção de masculinidade a qual me refiro? O que a caracteriza e o que a faz ser posta em

4 contato estreito e direto com o corpo biologicamente masculino? Podemos dizer que existe uma masculinidade única ou várias constituições da mesma? Em linhas gerais, proponho pensarmos a masculinidade como prática normativa que, para se inscrever nos corpos biologicamente masculinos, precisa ser continuamente reiterada, como podemos averiguar, por exemplo, nos atos iniciáticos ocidentais que marcam a passagem do menino para homem. Para constituir-se como tal, a masculinidade faz-se enquanto um dispositivo regulatório, no intuito de distanciar tudo aquilo que possa colocá-la em risco, que possa invalidar o seu projeto de inscrever no corpo, como dado natural, a equação sexo masculino = gênero masculino. Logo, a masculinidade é uma produção de controle que, para garantir a eficiência de sua operação normativa, faz o sujeito nascido biologicamente no sexo masculino incorporar e enunciar uma recusa a tudo aquilo que é visto como informe e abjeto, isto é, aos comportamentos, corpos e sexualidades considerados desviantes. Nisto, dá-se o afastamento de registros como o da sensibilidade, da delicadeza e da interioridade, já que estes se encontram culturalmente relacionados à feminidade; busca-se uma diferenciação absoluta entre os sujeitos masculinos e femininos, assim como entre os corpos do sexo masculino e os do sexo feminino; alicerça-se uma repulsa à homossexualidade e a outras manifestações abertamente sexuais, amorosas e/ou afetivas que possam existir entre indivíduos do mesmo sexo. A masculinidade a qual me refiro se revela enquanto uma ficção cultural e heteronormativa, que se mantém pela sua repetição constante, dissimulada e compulsória, moldando e tornando socialmente aceitável uma imagem masculina de força, hegemonia e poder, em detrimento de outras identidades de gênero, tais como as multiplicidades do feminino e as dos sujeitos transgêneros e até mesmo as do masculino. Se recuarmos rapidamente na história da dança ocidental sendo mais preciso, na história da dança como espetáculo, enxergaremos instantes nos quais a estratégia reiterativa da masculinidade ora foi estabilizada, ora foi fissurada pelos corpos que a constituíam. Tomemos como exemplo a estrutura disciplinar poderosa da técnica do balé clássico tal como aplicada no século XIX, que, além de promover o conhecimento e o método de uma prática de dança, também circunscrevia os corpos em uma grade comportamental que afirmava condições pré-estabelecidas das identidades de gênero entre os componentes de um corpo de baile. Neste período, a figura masculina não podia ser emocional e cenicamente expressiva, enquanto, paradoxalmente, o coreógrafo e o produtor eram homens e figuras centrais no poder, ditando a organização coreográfica e a maquinaria do espetáculo. O foco de atenção direcionava-se à bailarina, que então tinha o seu corpo controlado pelo olhar masculino ao lhe depositar imagens de graciosidade; olhar que a idealizava sobre uma condição etérea, e que

5 desumanizava cenicamente o seu corpo através de imagens de sílfides, cisnes e fadas, retirando-lhe a devida carnalidade. No período do balé romântico, o bailarino era considerado inapto para representar o status de homem que então vigorava, isto é, o de um sujeito burguês, branco, racional e não dominado pelas emoções. Por enquanto, o que importava era a crítica à inoperância do corpo do bailarino para representar cenicamente as figurações sociais do homem na esfera pública. A paranoia a respeito da falibilidade da concomitância entre gênero masculino e heterossexualidade ainda não estava em jogo nos palcos e bastidores do balé. A sexualidade do bailarino torna-se-á um problema, silencioso e silenciado, a partir do início do século XX, quando é tornada pública a relação amorosa entre o bailarino e coreógrafo Nijinski e o fundador do Ballets Russes Serge Diaghilev. A (homos)sexualidade, transformada em estigma, assombrará o corpo do bailarino, independentemente de sua orientação sexual: se demonstrar uma graciosidade de movimentos, será chamado de efeminado (uma palavra que enuncia indiretamente o sujeito como homossexual); se, por outro lado, exibir uma virilidade exagerada, suspeitar-se-á logo que esteja escondendo publicamente a sua homossexualidade ao compensá-la com o excesso de esforço muscular. Já na última metade do século XX, as representações de gênero nas formas culturais, inclusive na dança, passaram a ser levadas em consideração por alguns pesquisadores e artistas, não só por refletirem diretamente as mudanças sociais das definições de feminidade e masculinidade, mas também por se encontrarem intensamente envolvidos com os processos nos quais o gênero é construído [3]. Nas manifestações artísticas norte-americana e europeia, podemos mencionar nomes emblemáticos como os de Bill T. Jones e Stephen Petronio, além de outros tantos. Nos trópicos brasileiros, encontramos o lendário grupo carioca Dzi Croquettes nos meados de 1970 composto por homens que criavam um jogo de afetação e travestimento através de uma apropriação bem abrasileirada do registro do jazz dance americano. E justamente aqui, após este rápido panorama sobre as questões de gênero e sexualidade, que proponho avançar algumas décadas da história da dança brasileira, para nos concentrarmos, finalmente, nos dois trabalhos que pretendo problematizar a noção de performance do perigoso, que são os solos Ai ai ai (1995), de Marcelo Evelin, e Não alimente os animais (2010), de Ricardo Marinelli. II A primeira imagem com a qual o espectador se depara no espetáculo Ai ai ai, de Marcelo Evelin, é a de um palco vestido por uma rotunda e chão brancos, ou seja, um terreno no qual tudo e nada podem acontecer, onde tudo e nada podem ser inscritos e demarcados

6 com a presença de um corpo. Então surge Evelin, vestido de peruca loura, cílios postiços e calção prateado, calçando luvas e sapatos de salto alto pretos e empunhando um leque de plumas brancas. Ele adentra o espaço calmamente enquanto olha tranquilo para a plateia e se abana com o leque. Fica por um tempo nas ações de andar, olhar e se abanar, enquanto as caixas de som reproduzem o ruído de um farfalhar repetitivo que, mais tarde, revela-se como o chacoalhar de pompons prateados típicos das team leaders americanas, que Marcelo traz consigo acoplados a parte de trás do calção prateado, parecendo aumentar o tamanho de suas nádegas. Marcelo Evelin está montado, está toda feita, como se diz no jargão das drag queens e das travestis, respectivamente. Contudo, a presença corporal de Marcelo não é expansiva; ele não parece reforçar o que já está presentificado: um corpo masculino apropriando-se de elementos culturalmente considerados do feminino tal como utilizados pelas drag queens. O corpo masculino de Evelin, montado como uma quase drag/quase mulher, não tem o registro da paródia sobre a figura feminina (que muitas vezes algumas pesquisadoras feministas alegam entrever no modo como as drag queens se utilizam dos trajes femininos) e tampouco o tom de uma brincadeira debochada e estereotipada (que é visível, por exemplo, na maneira como alguns homens no Carnaval brasileiro se vestem e reproduzem a imagem da mulher através de gestos afetados, porém sempre realçando uma certa brutalidade na sua execução, como se estes homens se esquivassem de se identificar de fato, ou de fazer o olhar do outro os identificarem, com os gestos e jeitos de vestir ditos femininos que canhestra e publicamente reproduzem). O corpo de Marcelo vestido com uma indumentária que remete ao feminino também não é irônico na realidade, a vestimenta lhe cai belamente, e não sem propósito, já que o corpo travestido em Ai ai ai aponta a falibilidade do projeto normativo da masculinidade sobre o corpo do homem. Além disso, Ai ai ai descondiciona o olhar do público ao propor um travestimento dissociado das ideias de espetacularização e entretenimento. Um corpo travestido, porém sem glamour, coloca-se vulnerável diante dos olhos da plateia, mostrando-se como uma pin-up decadente, uma diva antiga, ou dizendo de outro modo, como o sonho envelhecido de uma identidade de gênero demarcada e precisa, que, entretanto, não condiz com a pluralidade de nossos desejos afetivos e sexuais e tampouco com o modo como enxergamos e experienciamos o nosso corpo na atualidade. Ele e ela revelam-se como discursos, como pura montagem, como um gesto enunciativo que, para se instaurar nos corpos, precisa de uma repetição que o reitere continuamente. Contudo, o corpo de Evelin em Ai ai ai revela que, se o discurso de uma identidade de gênero binominal necessita da repetição para a sua inscrição

7 nos corpos, é porque aquele, na realidade, não é de todo estável. Se a repetição é necessária, é porque os corpos relutam, recusam a ser disciplinados como evidencia a corrida de Marcelo Evelin de salto alto ao som de um chorinho brasileiro. O bailarino esforça-se para se equilibrar no salto durante a corrida, apesar de o seu corpo falhar e a respiração ficar extremamente ofegante. O corpo de Evelin desmonta-se e, portanto, frustra a afirmação de uma identidade de gênero única. Mesmo quando se desfaz do aparato de vestimenta feminino e se veste como um homem isto é, paletó, camisa, calça e sapato, o corpo de Evelin não se impõe de modo viril e autocontrolado como socialmente se espera do sujeito do sexo masculino: a sua mão balança de modo incansável e frenético, como se estivesse independente de seu corpo; sorri afetuosamente enquanto rebola o quadril ao girar um bambolê. A repetição dá-se em diferença, desautoriza e desautomatiza a plateia de qualquer leitura peremptória acerca da sexualidade e identidade de gênero daquele corpo em cena. Composta por imagens corporais delicadas e extremamente afetivas, Ai ai ai é uma obra de dança na qual enxergo uma performance do perigoso, que se dá na destituição do masculino de qualquer ação agressiva e confrontadora, resistindo, portanto, à reprodução da lei heteronormativa. É a performance do corpo masculino em estado de delicadeza e vulnerabilidade, de um corpo que também geme (vide a interjeição ai ai ai do título), que afirma que homem também chora e que, se quiser, pode ser menina, mulher, diva e, até mesmo, ser menino. Um corpo masculino que procura se desidentificar da heteronormatividade ao promover a ideia de uma masculinidade que se mostra como travestimento, ou que, também, pode sair de cena ao brincar de ser invisível como acontece no momento em que Evelin se cobre de um manto branco e desaparece por alguns segundos sobre o chão, também branco, do palco. Já o trabalho Não alimente os animais (2010), de Ricardo Marinelli, opta por um diálogo direto com a esfera pública ao revelar a existência de outras corporeidades que, muitas vezes, não são levadas em consideração no debate social. Interessado pelas questões da transexualidade e dos transgêneros, o artista desenvolve uma ação performática nos espaços urbanos onde os corpos das transexuais, ou melhor, das transmulheres, são renegados à vida noturna e à marginalidade. Categorizados e circunscritos espacialmente como animais não-domesticados, estes sujeitos, estigmatizados como abjetos e bestializados, acabam por ficar restritos às ruelas e aos becos da cidade, sendo a sua presença somente aceita e tolerada para a afirmação do discurso compulsoriamente heteronormativo que, ironicamente, depende daquilo que é dado como exceção para, com isso, afirmar-se enquanto norma.

8 Partindo deste contexto, Ricardo Marinelli interfere nestes locais sob a luz do dia e sob a pele de Ana Princesa dos Cabelos Mágicos que é o nome de um corpo-manifesto definido pelo próprio artista como travesqueen, isto é, uma figura corporal imageticamente ambígua, portando a transformação física das travestis e a atitude irreverente das drags. Por aproximadamente quarenta minutos, com uma maquiagem impecável, calçando meia calça arrastão, de peça íntima feminina e de salto alto, Ricardo-travestido-de-Princesa rasteja literalmente pelas calçadas onde as transexuais profissionais do sexo mercantilizam os seus corpos. Durante o seu arrastar, Princesa carrega em seu tornozelo uma corrente atrelada a uma placa verde com os dizeres Por favor não alimente os animais. A performance do perigoso em Ricardo Marinelli situa-se em fazer com que o espaço público se depare, de forma crua, com o preconceito moral e sexual que sofre o corpo da transmulher ou de qualquer sujeito que não se identifica com as normas vigentes de definição de gênero e de sexo. Todavia, ressalto que Não alimente os animais esquiva-se de cair na armadilha do discurso da vitimização, pois a travesqueen de Ricardo Marinelli apropria-se das enunciações heteronormativas e fóbicas que recaem sobre os corpos transexuais para, consequentemente, subvertê-las ao se apresentar na cena social diurna, sem o registro do pudor ou moralista. O rastejar de certo modo contorcido da Princesa pode ser encarado como uma atitude ambígua e provocadoramente posada, levando o transeunte a ver o seu arrastar no asfalto não somente como um corpo porta-voz da morte real e simbólica de certas corporeidades e sexualidades nas calçadas citadinas, mas também como o gesto de um corpo que, perigosamente, se contorce em um espasmo de prazer em plena luz do dia, dando aos passantes o espetáculo de um gozo em câmera lenta. A travesqueen de Ricardo Marinelli parece ralentar o instante do prazer como uma maneira de afrontar o olhar do outro sobre seu corpo gozoso. Com sua maquiagem, vestimenta e atitude, Ana Princesa dos Cabelos Mágicos apodera-se do palco urbano, tentando resistir à cultura de gueto (in)diretamente imposta sobre os corpos que não se encaixam no ideal heteronormativo de controle das práticas sexuais, afetivas e corporais. Deste modo, ao deslocar, artisticamente, os corpos transexuais e transgêneros dos guetos noturnos aos quais são renegados para apresentá-los em pleno convívio com os outros integrantes do espaço público, Não alimente os animais produz uma performance do perigoso que rechaça as alcunhas de corpos indóceis, anormais e criminosos que são impostas a tais sujeitos. Portanto, a performance de Marinelli é perigosa por desafiar o discurso homofóbico e heterossexista, que busca, a todo custo, penalizar as sexualidades e corpos dissidentes com a invisibilidade social.

9 III Caminhando para o desfecho de minha fala, concluo que, a partir do trabalho destes dois artistas da dança, podemos encontrar duas nuanças da performance do perigoso, e que são complementares entre si: uma, entrevista na obra de Marcelo Evelin, que é a de um jogo delicado e afetuoso com o corpo, bordando imagens e embaralhamentos de gênero na tessitura do tempo; a outra, que pode ser apreendida da ação performativa de Ricardo Marinelli, que é a de um confronto, irreverente e corajoso, com as resistências da esfera social a aceitar configurações corporais que não coadunam com a ideia do sexo e da sexualidade enquanto condições irreversíveis e imutáveis. Portanto, através de suas performances perigosas, os corpos de Marcelo Evelin e Ricardo Marinelli desafiam a ideia de uma masculinidade rígida e pragmática ao propor artisticamente outros imaginários, outras possibilidades de relação entre corpo e gênero. Além disso, evidenciam a instabilidade de qualquer prática performativa de gênero, seja a masculina ou feminina, quando seus respectivos trabalhos borram os limites que possam existir entre ele e ela ou, também, entre qualquer relação binominal contida nos discursos e práticas do sexo e da sexualidade. Notas [1] O presente ensaio é a versão escrita, com algumas modificações, da fala homônima enunciada durante a palestra/discussão Gênero e corporeidade: uma discussão ambígua, pertencente à programação do Festival Brasil Move Berlim e ocorrida no teatro Hebbel am Ufer 3 (HAU3), em Berlim, no dia 14 de abril de [2] Cf. VIANA, [3] Cf. BURT, 1995, p. 12. Bibliografia BURT, Ramsay. The male dancer: bodies, spectacle, sexualities. Londres: Routledge, BUTLER, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do sexo. In: LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. p NOLASCO, Sócrates. De Tarzan a Homer Simpson: banalização e violência masculina em sociedades contemporâneas ocidentais. Rio de Janeiro: Rocco, WEEKS, Jeffrey. Cultura, economia política e construção social da sexualidade. In: LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. p

10 VIANA, André Luiz Masseno [André Masseno]. Ele está presente: a obra de Silviano Santiago e as performances do artista perigoso. Dissertação (Mestrado em Literatura Brasileira). Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, erevista Performatus e o autor

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

Alguns exemplos de problemas resolvidos

Alguns exemplos de problemas resolvidos Alguns exemplos de problemas resolvidos Partilhamos contigo alguns problemas e respetivas resoluções que selecionámos, para ilustrar todo este desafiante processo de resolução de problemas. Vais reparar

Leia mais

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses Estudo de Caso Cliente: Rafael Marques Duração do processo: 12 meses Coach: Rodrigo Santiago Minha idéia inicial de coaching era a de uma pessoa que me ajudaria a me organizar e me trazer idéias novas,

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

Gestão da Informação e do Conhecimento

Gestão da Informação e do Conhecimento Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 05 Aquisição da Informação Dalton Lopes Martins dmartins@gmail.com 2sem/2014 Aquisição da Informação PROCESSO 2 - A aquisição da informação envolve as seguintes

Leia mais

Áudio. GUIA DO PROFESSOR Síndrome de Down - Parte I

Áudio. GUIA DO PROFESSOR Síndrome de Down - Parte I Síndrome de Down - Parte I Conteúdos: Tempo: Síndrome de Down 5 minutos Objetivos: Auxiliar o aluno na compreensão do que é síndrome de Down Descrição: Produções Relacionadas: Neste programa de Biologia

Leia mais

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR Autoras: Natália Aparecida DAL ZOT, Rafaela Alice HORN, Neusa MARTINI Identificação autores: Acadêmica do Curso de Matemática-Licenciatura

Leia mais

O HOMEM DE VERDADE 1 : Olhando pelas lentes pelas quais vêem as mulheres

O HOMEM DE VERDADE 1 : Olhando pelas lentes pelas quais vêem as mulheres Introdução O HOMEM DE VERDADE 1 : Olhando pelas lentes pelas quais vêem as mulheres Sonia de Alcantara IFRJ/UGB sonia.alcantara@ifrj.edu.br Letícia Mendes Pereira, Lohanna Giovanna Gonçalves da Silva,

Leia mais

Gtp+ PROGRAMAS E PROJETOS Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+) Fundação em 2000, Recife-PE O Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo é a única ONG da Região Nordeste do Brasil coordenada

Leia mais

Duração: Aproximadamente um mês. O tempo é flexível diante do perfil de cada turma.

Duração: Aproximadamente um mês. O tempo é flexível diante do perfil de cada turma. Projeto Nome Próprio http://pixabay.com/pt/cubo-de-madeira-letras-abc-cubo-491720/ Público alvo: Educação Infantil 2 e 3 anos Disciplina: Linguagem oral e escrita Duração: Aproximadamente um mês. O tempo

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ DISCIPLINA:TEORIA E ENSINO DA DANÇA PROF.ESP.SAMANDA NOBRE Elementos Estruturantes da dança RITMO MOVIMENTO Ritmo Ritmo vem do grego Rhytmos e designa aquilo que flui,

Leia mais

CENA 11 CIA DE DANÇA

CENA 11 CIA DE DANÇA CENA 11 CIA DE DANÇA [Companhia de Dança - Florianópolis SC Brasil] Imagens do espetáculo Violência (2002). Disponíveis em: http://crisprim.blogspot.com/2008_07_01_archive.html Desde 1990 o grupo Cena

Leia mais

KIT CÉLULA PARA CRIANÇAS: 18-11-15

KIT CÉLULA PARA CRIANÇAS: 18-11-15 KIT CÉLULA PARA CRIANÇAS: 18-11-15 A ORAÇÃO MANISFESTA O PODER DE DEUS ATRAVÉS DE MIM Princípio: Quando eu oro, o poder de Deus se manifesta através de mim! Versículo: Ora, àquele que é poderoso para fazer

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

Cuidando da Minha Criança com Aids

Cuidando da Minha Criança com Aids Cuidando da Minha Criança com Aids O que é aids/hiv? A aids atinge também as crianças? Como a criança se infecta com o vírus da aids? Que tipo de alimentação devo dar ao meu bebê? Devo amamentar meu bebê

Leia mais

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

Prefácio... 9. A mulher do pai... 14. A mulher do pai faz parte da família?... 17. A mulher do pai é parente?... 29. Visita ou da casa?...

Prefácio... 9. A mulher do pai... 14. A mulher do pai faz parte da família?... 17. A mulher do pai é parente?... 29. Visita ou da casa?... Sumário Prefácio... 9 A mulher do pai... 14 A mulher do pai faz parte da família?... 17 A mulher do pai é parente?... 29 Visita ou da casa?... 37 A mulher do pai é madrasta?... 43 Relação civilizada?...

Leia mais

As crianças adotadas e os atos anti-sociais: uma possibilidade de voltar a confiar na vida em família 1

As crianças adotadas e os atos anti-sociais: uma possibilidade de voltar a confiar na vida em família 1 As crianças adotadas e os atos anti-sociais: uma possibilidade de voltar a confiar na vida em família 1 Resumo: Os atos anti-sociais são para Winnicott, quando ocorrida a perda da confiabilidade no ambiente,

Leia mais

Exercícios para estabelecer o contato com a nossa criança interior

Exercícios para estabelecer o contato com a nossa criança interior Exercícios para estabelecer o contato com a nossa criança interior C omo este é o mês das crianças, decidi propor para aqueles que estão em busca de autoconhecimento, alguns exercícios que ajudam a entrar

Leia mais

E Entrevistador E18 Entrevistado 18 Sexo Masculino Idade 29anos Área de Formação Técnico Superior de Serviço Social

E Entrevistador E18 Entrevistado 18 Sexo Masculino Idade 29anos Área de Formação Técnico Superior de Serviço Social Transcrição de Entrevista nº 18 E Entrevistador E18 Entrevistado 18 Sexo Masculino Idade 29anos Área de Formação Técnico Superior de Serviço Social E - Acredita que a educação de uma criança é diferente

Leia mais

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti Jogos Redes Sociais e Econômicas Prof. André Vignatti Teoria dos Jogos Neste curso, queremos olhar para redes a partir de duas perspectivas: 1) uma estrutura subjacente dos links de conexão 2) o comportamentos

Leia mais

AS INTERFACES ENTRE A PSICOLOGIA E A DIVERSIDADE SEXUAL: UM DESAFIO ATUAL 1

AS INTERFACES ENTRE A PSICOLOGIA E A DIVERSIDADE SEXUAL: UM DESAFIO ATUAL 1 AS INTERFACES ENTRE A PSICOLOGIA E A DIVERSIDADE SEXUAL: UM DESAFIO ATUAL 1 CHRISTO, Aline Estivalet de 2 ; MOTTA, Roberta Fin 3 1 Trabalho de Pesquisa referente ao Projeto de Trabalho Final de Graduação

Leia mais

Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund*

Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund* 1 Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund* 1. Suporte para lideranças Discuta que ajuda os líderes podem necessitar para efetuar o seu papel efetivamente. Os seguintes podem fornecer lhe algumas idéias:

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

INTRODUÇÃO. Fui o organizador desse livro, que contém 9 capítulos além de uma introdução que foi escrita por mim.

INTRODUÇÃO. Fui o organizador desse livro, que contém 9 capítulos além de uma introdução que foi escrita por mim. INTRODUÇÃO LIVRO: ECONOMIA E SOCIEDADE DIEGO FIGUEIREDO DIAS Olá, meu caro acadêmico! Bem- vindo ao livro de Economia e Sociedade. Esse livro foi organizado especialmente para você e é por isso que eu

Leia mais

ESTRUTURAS NARRATIVAS DO JOGO TEATRAL. Prof. Dr. Iremar Maciel de Brito Comunicação oral UNIRIO Palavras-chave: Criação -jogo - teatro

ESTRUTURAS NARRATIVAS DO JOGO TEATRAL. Prof. Dr. Iremar Maciel de Brito Comunicação oral UNIRIO Palavras-chave: Criação -jogo - teatro ESTRUTURAS NARRATIVAS DO JOGO TEATRAL 1 Prof. Dr. Iremar Maciel de Brito Comunicação oral UNIRIO Palavras-chave: Criação -jogo - teatro I - Introdução O teatro, como todas as artes, está em permanente

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos 2015 Resolução de Exercícios Orientações aos alunos Área de Concentração: EXATAS Disciplina de Concentração: FÍSICA Professores: Gustavo Castro de Oliveira, Reine Agostinho Ribeiro. UBERABA 2015 Colégio

Leia mais

SEMANA 3 A CONTRIBUIÇAO DOS ESTUDOS DE GÊNERO

SEMANA 3 A CONTRIBUIÇAO DOS ESTUDOS DE GÊNERO SEMANA 3 A CONTRIBUIÇAO DOS ESTUDOS DE GÊNERO Autor (unidade 1 e 2): Prof. Dr. Emerson Izidoro dos Santos Colaboração: Paula Teixeira Araujo, Bernardo Gonzalez Cepeda Alvarez, Lívia Sousa Anjos Objetivos:

Leia mais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1. Introdução. Daniel+Durante+Pereira+Alves+

FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1. Introdução. Daniel+Durante+Pereira+Alves+ I - A filosofia no currículo escolar FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1 Daniel+Durante+Pereira+Alves+ Introdução O+ ensino+ médio+ não+ profissionalizante,+

Leia mais

Homens. Inteligentes. Manifesto

Homens. Inteligentes. Manifesto Homens. Inteligentes. Manifesto Ser homem antigamente era algo muito simples. Você aprendia duas coisas desde cedo: lutar para se defender e caçar para se alimentar. Quem fazia isso muito bem, se dava

Leia mais

Projeto Prevenção Também se Ensina

Projeto Prevenção Também se Ensina Projeto Prevenção Também se Ensina Vera Lúcia Amorim Guimarães e-mail veramorim@ig.com.br Escola Estadual Padre Juca Cachoeira Paulista, SP Dezembro de 2007 Disciplina: Ciências Séries: EF todas da 5ª

Leia mais

Roteiro de Áudio. SOM: abertura (Vinheta de abertura do programa Hora do Debate )

Roteiro de Áudio. SOM: abertura (Vinheta de abertura do programa Hora do Debate ) 1 Roteiro de Áudio Episódio 1 A língua, a ciência e a produção de efeitos de verdade Programa Hora de Debate. Campanhas de prevenção contra DST: Linguagem em alerta SOM: abertura (Vinheta de abertura do

Leia mais

TUDO BEM SER DIFERENTE?!? A PRÁTICA CURRICULAR COMO ESPELHO DA CULTURA.

TUDO BEM SER DIFERENTE?!? A PRÁTICA CURRICULAR COMO ESPELHO DA CULTURA. Culturas e Conhecimentos Disciplinares Débora Barreiros TUDO BEM SER DIFERENTE?!? A PRÁTICA CURRICULAR COMO ESPELHO DA CULTURA. Numa sociedade em que o discurso sobre o respeito à diferença ganha cada

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

Dia_Logos. café teatral

Dia_Logos. café teatral café Café Teatral Para esta seção do Caderno de Registro Macu, a coordenadora do Café Teatral, Marcia Azevedo fala sobre as motivações filosóficas que marcam esses encontros. Partindo da etimologia da

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

A lógica de programação ajuda a facilitar o desenvolvimento dos futuros programas que você desenvolverá.

A lógica de programação ajuda a facilitar o desenvolvimento dos futuros programas que você desenvolverá. INTRODUÇÃO A lógica de programação é extremamente necessária para as pessoas que queiram trabalhar na área de programação, seja em qualquer linguagem de programação, como por exemplo: Pascal, Visual Basic,

Leia mais

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Hulda Gomides OLIVEIRA. Elza Kioko Nakayama Nenoki do COUTO. Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras. huldinha_net@hotmail.com

Leia mais

Histórico do livro Menino brinca de boneca?

Histórico do livro Menino brinca de boneca? Histórico do livro Menino brinca de boneca? Menino brinca de boneca? foi lançado em 1990, com grande aceitação de público e crítica, e vem sendo referência de trabalho para profissionais, universidades,

Leia mais

BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6]

BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6] BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6] O tema central desta edição do Boletim Informativo será a Psicologia Infantil. A Psicologia Infantil é a área da Psicologia que estuda o desenvolvimento da

Leia mais

"Brasil é um tipo de país menos centrado nos EUA"

Brasil é um tipo de país menos centrado nos EUA "Brasil é um tipo de país menos centrado nos EUA" Neill Lochery, pesquisador britânico, no seu livro Brasil: os Frutos da Guerra mostrou os resultados da sua investigação histórica de um dos períodos mais

Leia mais

Leonardo Cavalcante Daniel Santos Costa

Leonardo Cavalcante Daniel Santos Costa Leonardo Cavalcante Daniel Santos Costa Novatec capítulo 1 INTRODUÇÃO Provavelmente você, leitor, perderá dinheiro com o mercado financeiro. Isso mesmo. Repito: provavelmente perderá dinheiro com o mercado

Leia mais

BEM-VINDO AO ESPAÇO DO PROFESSOR

BEM-VINDO AO ESPAÇO DO PROFESSOR BEM-VINDO AO ESPAÇO DO PROFESSOR APRESENTAÇÃO Nosso objetivo é inaugurar um espaço virtual para o encontro, o diálogo e a troca de experiências. Em seis encontros, vamos discutir sobre arte, o ensino da

Leia mais

no. 49 O NU FEMININO COMO IDEAL DE BELEZA

no. 49 O NU FEMININO COMO IDEAL DE BELEZA O NU FEMININO COMO IDEAL DE BELEZA por rose klabin Escrevo-te toda inteira e sinto um sabor em ser e o sabor-ati é abstrato como o instante. É também com o corpo todo que pinto os meus quadros e na tela

Leia mais

MURAL- MARÇO 2015. Compromisso. Declaração Imposto de Renda

MURAL- MARÇO 2015. Compromisso. Declaração Imposto de Renda Compromisso Declaração Imposto de Renda O prazo para declaração de Imposto de Renda em 2015 (referente aos rendimentos de 2014) vai começar em 2 de março e terminar em 30 de abril, segundo publicação da

Leia mais

A Alienação (Karl Marx)

A Alienação (Karl Marx) A Alienação (Karl Marx) Joana Roberto FBAUL, 2006 Sumário Introdução... 1 Desenvolvimento... 1 1. A alienação do trabalho... 1 2. O Fenómeno da Materialização / Objectivação... 2 3. Uma terceira deterninação

Leia mais

Gênero no processo. construindo cidadania

Gênero no processo. construindo cidadania Gênero no processo de educação: construindo cidadania Kátia Souto Jornalista e Executiva Nacional da União Brasileira de Mulheres A educação tem caráter permanente. Não há seres educados e não educados.

Leia mais

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750 John Locke (1632-1704) Biografia Estudou na Westminster School; Na Universidade de Oxford obteve o diploma de médico; Entre 1675 e 1679 esteve na França onde estudou Descartes (1596-1650); Na Holanda escreveu

Leia mais

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil.

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. 1 Autora :Rosângela Azevedo- PIBID, UEPB. E-mail: rosangelauepb@gmail.com ²Orientador: Dr. Valmir pereira. UEPB E-mail: provalmir@mail.com Desde

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates

Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates 1º ano do Ensino Fundamental I O que você gosta de fazer junto com a sua mã e? - Dançar e jogar um jogo de tabuleiro. - Eu gosto de jogar futebol

Leia mais

Investigando números consecutivos no 3º ano do Ensino Fundamental

Investigando números consecutivos no 3º ano do Ensino Fundamental Home Índice Autores deste número Investigando números consecutivos no 3º ano do Ensino Fundamental Adriana Freire Resumo Na Escola Vera Cruz adota-se como norteador da prática pedagógica na área de matemática

Leia mais

Ana Beatriz Bronzoni

Ana Beatriz Bronzoni Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal de Viçosa Viçosa (MG) - CEP 36570-000 CNPJ: 07.245.367/0001-14 Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Universidade Federal

Leia mais

Os Quatros Elementos Ter, 02 de Dezembro de 2008 09:12

Os Quatros Elementos Ter, 02 de Dezembro de 2008 09:12 O estudo das forças ocultas da natureza presente nos quatro elementos e seus elementais, são comuns a todas as culturas por tratar-se de uma necessidade latente do ser humano. A Iniciação Hermética quase

Leia mais

Técnico em Biotecnologia Módulo III Prof. Fernando Domingo Zinger

Técnico em Biotecnologia Módulo III Prof. Fernando Domingo Zinger Elaboração de Projetos Técnico em Biotecnologia Módulo III Prof. Fernando Domingo Zinger OBJETIVOS RESENHAS: Resenha-resumo: É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de

Leia mais

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA CONVIVER COM OS HUMANOS APRIMORADOS? http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=voce-esta-preparado-conviver-humanosaprimorados&id=010850090828 Redação do

Leia mais

Você é comprometido?

Você é comprometido? Você é comprometido? Não, isso não é uma cantada. O que o seu chefe quer saber é se você veste a camisa da organização. Você adora seu trabalho e desempenha suas funções com eficiência, mas não aposta

Leia mais

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos)

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton Silveira de Pinho Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Universidade Estadual de Montes Claros / UNIMONTES abril / 2003 Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton

Leia mais

EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU

EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU 1 EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU Resumo Rodrigo Rafael Pinheiro da Fonseca Universidade Estadual de Montes Claros digasmg@gmail.com

Leia mais

Como fazer uma página WEB

Como fazer uma página WEB Como fazer uma página WEB Pontos a ter em conta na criação de uma página web. 1. O posicionamento 2. O crescimento 3. O ponto de vista do cliente 4. As operações mais frequentes 5. A análise da concorrência

Leia mais

Contagem I. Figura 1: Abrindo uma Porta.

Contagem I. Figura 1: Abrindo uma Porta. Polos Olímpicos de Treinamento Curso de Combinatória - Nível 2 Prof. Bruno Holanda Aula 4 Contagem I De quantos modos podemos nos vestir? Quantos números menores que 1000 possuem todos os algarismos pares?

Leia mais

Quem mais torce, incentiva, acompanha e

Quem mais torce, incentiva, acompanha e Capa esporte de pai para filho Edgard Rondina, o filho Felipe e uma paixão em comum: velejar no Lago Paranoá Por Leane Ribeiro Quem mais torce, incentiva, acompanha e muitas vezes até sofre com a carreira

Leia mais

UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO.

UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO. UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO. PARTE 1 O QUE É FILOSOFIA? não é possível aprender qualquer filosofia; só é possível aprender a filosofar. Kant Toda às vezes que

Leia mais

II ENCONTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA BAHIA A EDUCAÇÃO COMO MATRIZ DE TODAS AS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS SALVADOR, BA 2013

II ENCONTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA BAHIA A EDUCAÇÃO COMO MATRIZ DE TODAS AS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS SALVADOR, BA 2013 II ENCONTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA BAHIA A EDUCAÇÃO COMO MATRIZ DE TODAS AS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS SALVADOR, BA 2013 TEMÁTICA: EDUCAÇÃO, QUESTÃO DE GÊNERO E DIVERSIDADE EDUCAÇÃO

Leia mais

Motivar pessoas para o foco da organização

Motivar pessoas para o foco da organização PORTWAY Motivar pessoas para o foco da organização Série 4 pilares da liderança Volume 3 4 pilares da liderança Motivar pessoas para o foco da organização E m Julho de 2014, fui procurado por algumas diretoras

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS ALCIDES DE SOUZA JUNIOR, JÉSSICA AMARAL DOS SANTOS, LUIS EDUARDO SILVA OLIVEIRA, PRISCILA SPERIGONE DA SILVA, TAÍS SANTOS DOS ANJOS ACADÊMICOS DO PRIMEIRO ANO DE

Leia mais

Aprenda como estudar em quatro etapas PORVIR

Aprenda como estudar em quatro etapas PORVIR ENG POR!FAZER POR?PENSAR POR+CRIAR POR PESSOAS POR:VIR DIÁRIO DE INOVAÇÕES WIKI DICAS BLOG DESTAQUE // POR?PENSAR 1 COMENTÁRIO // 10 TWEETS // 999 LIKES Aprenda como estudar em quatro etapas Educador Fábio

Leia mais

6. Considerações Finais

6. Considerações Finais 6. Considerações Finais O estudo desenvolvido não permite nenhuma afirmação conclusiva sobre o significado da família para o enfrentamento da doença, a partir da fala das pessoas que têm HIV, pois nenhum

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo saber como é desenvolvido o trabalho de Assessoria de Imprensa, sendo um meio dentro da comunicação que através

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO MASCULINA E SUAS ARTICULAÇÕES COM O RECALCAMENTO. o processo de constituição do psiquismo. A discussão será feita à luz das idéias

IDENTIFICAÇÃO MASCULINA E SUAS ARTICULAÇÕES COM O RECALCAMENTO. o processo de constituição do psiquismo. A discussão será feita à luz das idéias IDENTIFICAÇÃO MASCULINA E SUAS ARTICULAÇÕES COM O RECALCAMENTO Cristiana de Amorim Mazzini 1 O presente trabalho discorrerá sobre a identificação masculina ocorrida durante o processo de constituição do

Leia mais

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Palestrante: Pedro Quintanilha Freelapro Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Quem sou eu? Eu me tornei um freelancer

Leia mais

IV EDIPE Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino 2011 A IMPORTÂNCIA DAS ARTES NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

IV EDIPE Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino 2011 A IMPORTÂNCIA DAS ARTES NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL A IMPORTÂNCIA DAS ARTES NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL Marília Darc Cardoso Cabral e Silva 1 Tatiane Pereira da Silva 2 RESUMO Sendo a arte uma forma do ser humano expressar seus sentimentos,

Leia mais

O papel da mulher na construção de uma sociedade sustentável

O papel da mulher na construção de uma sociedade sustentável O papel da mulher na construção de uma sociedade sustentável Sustentabilidade Socioambiental Resistência à pobreza Desenvolvimento Saúde/Segurança alimentar Saneamento básico Educação Habitação Lazer Trabalho/

Leia mais

Educação Infantil - Ensino Fundamental - Ensino Médio. Atividade: Reflexão sobre Amadurecimento e Relacionamento Interpessoal

Educação Infantil - Ensino Fundamental - Ensino Médio. Atividade: Reflexão sobre Amadurecimento e Relacionamento Interpessoal Educação Infantil - Ensino Fundamental - Ensino Médio Atividade: Reflexão sobre Amadurecimento e Relacionamento Interpessoal Público: Oitavos anos Data: 25/5/2012 181 Dentro deste tema, foi escolhida para

Leia mais

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008 Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008 Seção: Entrevista Pág.: www.catho.com.br SABIN: A MELHOR EMPRESA DO BRASIL PARA MULHERES Viviane Macedo Uma empresa feita sob medida para mulheres. Assim

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE economia solidária, ensino fundamental, jogos cooperativos, clube de troca. Introdução

PALAVRAS-CHAVE economia solidária, ensino fundamental, jogos cooperativos, clube de troca. Introdução ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( X ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA Economia solidária no ensino fundamental

Leia mais

PRECONCEITO E INVISIBILIDADE: UMA ANÁLISE SOBRE QUESTÕES ACERCA DAS HOMOSSEXUALIDADES

PRECONCEITO E INVISIBILIDADE: UMA ANÁLISE SOBRE QUESTÕES ACERCA DAS HOMOSSEXUALIDADES PRECONCEITO E INVISIBILIDADE: UMA ANÁLISE SOBRE QUESTÕES ACERCA DAS HOMOSSEXUALIDADES PRADO, Marco Aurélio Máximo & MACHADO, Frederico Viana. Preconceito contra homossexualidades: a hierarquia da invisibilidade.

Leia mais

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO FALANDO SOBRE NEXO EPIDEMIOLOGICO Um dos objetivos do CPNEWS é tratar de assuntos da área de Segurança e Medicina do Trabalho de forma simples de tal forma que seja possível a qualquer pessoa compreender

Leia mais

Hiperconexão. Micro-Revoluções. Não-dualismo

Hiperconexão. Micro-Revoluções. Não-dualismo ESTUDO SONHO BRASILEIRO APRESENTA 3 DRIVERS DE COMO JOVENS ESTÃO PENSANDO E AGINDO DE FORMA DIFERENTE E EMERGENTE: A HIPERCONEXÃO, O NÃO-DUALISMO E AS MICRO-REVOLUÇÕES. -- Hiperconexão 85% dos jovens brasileiros

Leia mais

Corpos em cena na formação crítica docente. Rosane Rocha Pessoa Universidade Federal de Goiás

Corpos em cena na formação crítica docente. Rosane Rocha Pessoa Universidade Federal de Goiás Corpos em cena na formação crítica docente Rosane Rocha Pessoa Universidade Federal de Goiás 1 Nosso trabalho na perspectiva crítica Objetivo: problematizar questões sociais e relações desiguais de poder

Leia mais

f r a n c i s c o d e Viver com atenção c a m i n h o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot

f r a n c i s c o d e Viver com atenção c a m i n h o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot Viver com atenção O c a m i n h o d e f r a n c i s c o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot 2 Viver com atenção Conteúdo 1 O caminho de Francisco 9 2 O estabelecimento

Leia mais

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN. Prof. Helder Salvador

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN. Prof. Helder Salvador ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN Prof. Helder Salvador 3 - A ANTROPOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA PEDAGOGIA. Para Edith Stein existe uma profunda relação entre os termos metafísica, antropologia e pedagogia

Leia mais

Sou Helena Maria Ferreira de Morais Gusmão, Cliente NOS C827261492, Contribuinte Nr.102 297 878 e venho reclamar o seguinte:

Sou Helena Maria Ferreira de Morais Gusmão, Cliente NOS C827261492, Contribuinte Nr.102 297 878 e venho reclamar o seguinte: Exmos. Senhores. Sou Helena Maria Ferreira de Morais Gusmão, Cliente NOS C827261492, Contribuinte Nr.102 297 878 e venho reclamar o seguinte: Sou cliente desde a época da TVTel nunca, até hoje, mudei de

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

A PSICANÁLISE E OS MODERNOS MOVIMENTOS DE AFIRMAÇÃO HOMOSSEXUAL 1

A PSICANÁLISE E OS MODERNOS MOVIMENTOS DE AFIRMAÇÃO HOMOSSEXUAL 1 A PSICANÁLISE E OS MODERNOS MOVIMENTOS DE AFIRMAÇÃO HOMOSSEXUAL 1 Este artigo trata da difícil relação entre a teoria psicanalítica, que tradicionalmente considerava os comportamentos eróticos entre pessoas

Leia mais

0 cosmo revela-se ao homem inicialmente do lado da Terra e do lado do mundo extra terrestre, do mundo das estrelas.

0 cosmo revela-se ao homem inicialmente do lado da Terra e do lado do mundo extra terrestre, do mundo das estrelas. 0 cosmo revela-se ao homem inicialmente do lado da Terra e do lado do mundo extra terrestre, do mundo das estrelas. 0 homem se sente aparentado com a Terra e suas forças. A própria vida instrui-o claramente

Leia mais

DOENÇAS VIRAIS: UM DIÁLOGO SOBRE A AIDS NO PROEJA

DOENÇAS VIRAIS: UM DIÁLOGO SOBRE A AIDS NO PROEJA DOENÇAS VIRAIS: UM DIÁLOGO SOBRE A AIDS NO PROEJA Graciane Marchezan do Nascimento Lopes Instituto Federal Farroupilha Câmpus Alegrete Introdução Há um grande número de doenças transmissíveis que causam

Leia mais

Desdobramentos: A mulher para além da mãe

Desdobramentos: A mulher para além da mãe Desdobramentos: A mulher para além da mãe Uma mulher que ama como mulher só pode se tornar mais profundamente mulher. Nietzsche Daniela Goulart Pestana Afirmar verdadeiramente eu sou homem ou eu sou mulher,

Leia mais

Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade

Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade Pergunte a um gestor de qualquer nível hierárquico qual foi o instante em que efetivamente ele conseguiu obter a adesão de sua equipe aos processos

Leia mais

SEXUALIDADE E PREVENÇÃO ÀS DST E HIV/AIDS NA TERCEIRA IDADE

SEXUALIDADE E PREVENÇÃO ÀS DST E HIV/AIDS NA TERCEIRA IDADE SEXUALIDADE E PREVENÇÃO ÀS DST E HIV/AIDS NA TERCEIRA IDADE MARIA BEATRIZ DREYER PACHECO Membro do MOVIMENTO NACIONAL DAS CIDADÃS POSITHIVAS Membro do MOVIMENTO LATINO-AMERICANO E CARIBENHO DE MULHERES

Leia mais