ponto P terá as projecções P 1 e P 2. E o eixo X passa para X. Vamos ver o que acontece no plano do
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- Heloísa Carlos Oliveira
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1 Mudança de planos 1- Introdução As projecções de uma figura só representam as suas verdadeiras grandezas se essa figura está contida num plano paralelo aos planos de projecção. Caso contrário as projecções e a verdadeira grandeza têm valores diferentes. Mantendo fixa a figura a projectar, podemos contudo mudar os planos de projecção, mantendo-os de qualquer das formas perpendiculares um ao outro, ou seja, mantendo um sistema de projecções ortogonais, e tornar assim um dos planos paralelo ao plano da figura. Temos assim uma das projecções igual à verdadeira grandeza. A este processo chamamos mudança de planos. Para executarmos este processo só podemos mudar um plano de cada vez, e com a condição de os dois planos de projecção se manterem sempre perpendiculares. 2- Transformação das projecções de um ponto 2.1- Mudança do plano frontal Consideremos um ponto P e as sua projecções P 1 e P 2 em ϕ o e ν o. Imaginemos que o plano frontal (ϕ o ) roda para uma nova posição (ϕ o ), mantendo-se perpendicular a ν o. Neste novo sistema de projecções o ponto P terá as projecções P 1 e P 2. E o eixo X passa para X. Vamos ver o que acontece no plano do Se mesma no novo sistema, ou seja, P 1 coincide com P 1. Por outro lado a cota de P no novo sistema de projecções também é a mesma, logo, como P 2 tem de estar na perpendicular a X que passa em P 1, facilmente o encontramos, basta a partir de X marcar a cota. papel. o plano horizontal se mantém, a projecção horizontal do ponto também vai ser a 1
2 2.2- Mudança do plano horizontal Neste caso é a projecção frontal que se mantém e o afastamento é o mesmo. 3- Transformação das projecções de uma recta 3.1- Transformar uma recta de nível numa recta de topo Como uma recta de nível é paralela ao plano horizontal, e uma recta de topo é perpendicular ao plano frontal, se tivermos uma recta de nível, podemos rodar o plano frontal, mantendo-o sempre perpendicular ao plano horizontal, até este ficar perpendicular recta. Ficamos assim com um sistema de projecções onde a recta passa a ser de topo. O novo eixo (X ) é agora perpendicular a n 1. à 3.2- Transformar uma recta de frente em recta vertical Mudamos o plano horizontal até ficar perpendicular à recta X vai ficar perpendicular a f Transformar uma recta oblíqua em recta de nível. Mudamos o plano horizontal até ficar paralelo à recta. X vai ficar paralelo a r 2. 2
3 3.4- Transformar uma recta oblíqua em recta de frente Mudamos o plano frontal até ficar paralelo à recta X vai ficar paralelo a r 1. Nota: O facto de considerarmos as novas projecções para um ou para o outro lado do novo eixo, não acarreta nenhum problema. Apenas devemos ter em atenção o seguinte. Marcando coordenadas com determinado sinal para um lado do eixo, todas as do mesmo sinal devem ser marcadas para esse lado, e para o outro lado as de sinal contrário. 4- Transformação dos elementos de um plano 4.1- Transformar um plano de topo num de nível Neste caso o novo eixo X vai ficar paralelo ao traço frontal do plano. O novo traço frontal vai ficar coincidente com o antigo, quer isto dizer que houve uma mudança do plano horizontal de projecção. Se o plano de topo for definido por duas rectas concorrentes, como é de topo, as projecções frontais das duas rectas são coincidentes, para o transformar num plano de nível fazemos uma mudança do plano horizontal de projecção, ficando o novo eixo X, paralelo às projecções frontais das rectas. 3
4 4.2- Transformação dos traços de um plano Mudança do plano frontal de projecção Neste caso o traço horizontal mantém-se. Os traços que no sistema inicial se cruzavam no ponto O de X, vão passar a ter o seu ponto de cruzamento em O de X. Se considerarmos o ponto P de α, que tem P 1 no cruzamento dos dois eixos X e X, P é do traço frontal inicial e vai ser do traço frontal do novo sistema, logo achando P 2 e unindo-o a O temos o novo traço frontal Mudança do plano horizontal de projecções 5- Estudo da recta de perfil Se fizermos uma mudança de plano horizontal, fazendo as mudanças de A e B, obtemos a recta no novo sistema. O ponto onde a nova projecção encontra X, dá-nos a nova projecção horizontal do traço frontal, o ponto onde a nova projecção encontra X, dá-nos a nova projecção do traço horizontal. A partir destes pontos podemos obter as projecções no sistema inicial. Nota: Podíamos ter optado por uma mudança do plano frontal. 4
5 6- Determinar a verdadeira grandeza de um segmento oblíquo AB Dadas as projecções de AB, se considerarmos uma mudança do plano horizontal, tal que o novo eixo X fique paralelo à projecção frontal de AB, este fica de nível, logo A 1 ívelb 1 dá-nos a verdadeira grandeza de AB. Notar que A 1 foi marcado para um lado de X e B 1 para outro lado, uma vez que o afastamento de A é positivo e o de B negativo. 7- Caso em que é necessário fazer mais do que uma mudança de planos Nos casos anteriores uma única mudança de um dos planos de projecção resolvia o nosso problema. Existem casos, por exemplo tornar um plano oblíquo de nível, em que o problema só se resolve com duas mudanças de planos. De facto, uma vez que um plano de projecção só pode mudar mantendo-se perpendicular ao outro, não conseguimos rodar nestas condições o plano horizontal e pô-lo paralelo ao plano oblíquo. Podemos resolver o problema se em primeiro lugar transformarmos o plano oblíquo num plano de topo, rodando o plano frontal. Posteriormente rodamos o plano horizontal até ficar paralelo ao plano dado, que é o que pretendemos. Nota: Se o plano for definido por duas rectas concorrentes, ou paralelas, consideramos uma recta de nível do plano, transformámo-la numa recta de topo (mudança de plano frontal) e depois fazemos a mudança do plano horizontal. 5
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