Análise de Sinais de Ultra-som usando Decomposição Autorregressiva e Rastreamento de Pólos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Análise de Sinais de Ultra-som usando Decomposição Autorregressiva e Rastreamento de Pólos"

Transcrição

1 Universidade Estadual de Londrina Centro de Tecnologia e Urbanismo Departamento de Engenharia Elétrica Análise de Sinais de Ultra-som usando Decomposição Autorregressiva e Rastreamento de Pólos Paulo Rogério Scalassara Carlos Dias Maciel Orientador Banca Examinadora Carlos Dias Maciel - Presidente Ailton Akira Shinoda - UEL/Londrina José Carlos Pereira - USP/São Carlos Dissertação submetida ao Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina, para preenchimento dos pré-requisitos parciais para obtenção do título de Mestre em Engenharia Elétrica. Londrina, 10 de Março de 2005.

2 ii

3 iii Dedico este trabalho a minha noiva Melissa.

4 iv

5 Resumo Neste trabalho, foram realizados estudos de sinais de ultra-som, tanto artificiais, gerados por modelos simplificados de tecidos biológicos, quanto reais, obtidos por inspeções de ultra-som em phantoms. Esses modelos utilizados consideravam que os ecos retroespalhados por tecidos moles, como o fígado, eram gerados por dois tipos de espalhadores, um aleatório, que modelava a parte difusa do tecido, e outro, regular, com distâncias definidas por uma propriedade do meio chamada espaçamento médio dos espalhadores (MSS). Os sinais foram analisados usando decomposição autorregressiva e rastreamento dos pólos. Como o MSS pode ser caracterizado pelos picos do espectro de potência do eco e os pólos da decomposição AR são diretamente relacionados a esses picos, podia-se encontrar o valor do MSS sem a necessidade de estimar o PSD. Foram feitas várias simulações utilizando o método de Monte Carlo para encontrar os efeitos de variações dos parâmetros: jitter, que mede a regularidade do meio, amplitude da parte difusa e ordem da decomposição. Percebeu-se que o aumento do jitter ou da amplitude provoca um aumento do erro de estimativa do MSS, sendo o primeiro o parâmetro mais sensível. Sobre a ordem da decomposição, não foram obtidos resultados conclusivos. Os resultados com sinais de phantoms foram muito bons, pois os erros eram compatíveis ou até menores que os apresentados nas simulações. A grande vantagem do método usado é a sua simplicidade, pois não é necessária a estimativa do PSD e os resultados encontrados são similares aos da literatura. Ele também traz uma contribuição aos estudos de ecos de ultra-som retroespalhados por meios pela análise das amplitudes relativas dos primeiros picos do PSD e suas larguras de banda quando se varia a regularidade do meio. v

6 vi

7 Abstract In this work, two kinds of ultrasound signals were studied: artificial ones, generated by simplified biological tissue models, and real ones, obtained by ultrasound inspection of phantoms. These models considered the fact that the echoes backscattered by soft tissues, like liver, were generated by two kinds of scatterers: first, a random one, modelling the diffuse part of the tissue, and second, a regular one, with positions defined by a tissue property called mean scatterer spacing (MSS). The signals were analyzed using an autoregressive decomposition and pole tracking. Since the MSS may be characterized by the peaks of the echo power spectral density and the poles of the AR decomposition are directly related to these peaks, it was possible to find the MSS value without estimating the PSD. Several simulations using the Monte Carlo method were performed seeking for the effects of the following parameters variations: jitter, that measures the medium regularity, amplitude of the diffuse components and decomposition order. It could be noticed that a raise in the jitter or the amplitude resulted in an increase of the MSS estimated error, being the jitter the most sensitive parameter. The results for the order of the decomposition were not conclusive. The results with phantom signals were very good, because the errors were compatible or even smaller than those obtained in the simulations. The best advantage of this method is its simplicity, because it not necessary to estimate the PSD and the obtained results are similar to those presented by the literature. It also brings a contribution to the study of ultrasound backscattered echoes by the analysis of the relative amplitudes of the PSD first echoes and their bandwidths when the medium regularity is varied. vii

8 viii

9 Agradecimentos - Eu gostaria de agradecer primeiramente a Deus, por ter me guiado e iluminado neste caminho várias vezes árduo. Também por ter me capacitado a não perder as esperanças nos momentos de erros. - Em seguida, aos meus pais por terem dado suporte neste período e nos anteriores e, também, ajudado a levantar meu ânimo quando este estava para baixo. - Um agradecimento especial para a minha noiva Melissa, por ter me incentivado, mesmo quando eu deixava de dar atenção a ela para me dedicar ao trabalho. - Agradeço ao professor Carlos Maciel por ter me orientado e gasto horas discutindo os problemas encontrados, além de ter feito de tudo para que este trabalho seguisse por um caminho interessante para a Ciência. - Quero agradecer aos meus colegas pelo apoio e ajuda quando eu precisava, e também para meus amigos da USP por terem me ajudado durante o tempo que passei em São Carlos. Érica, bolsista júnior do CNPq, pelo auxílio na fa- - Um outro agradecimento à bricação dos phantoms. - Por fim, gostaria de agradecer aos professores que me acompanharam neste período, inclusive aqueles que, mesmo sem dar aulas, conseguiram passar um pouco de seus conhecimentos. Também, à UEL, pela estrutura e serviços, e ao CNPq pelo financiamento. ix

10 x

11 Sumário Resumo Abstract Agradecimentos Sumário Lista de Figuras Lista de Tabelas vi viii x xii xix xxi 1 Introdução Objetivos Justificativa Introdução ao Ultra-som Revisão Bibliográfica Modelamento de Tecidos Biológicos Espaçamento Médio dos Espalhadores Teoria Processos Estocásticos Modelos Autorregressivos Filtragem Adaptativa Rastreamento de Pólos Simulação de Monte Carlo Materiais e Métodos Phantoms Equipamentos e Software de Aquisição Softwares de Simulação e Análise Aspectos Computacionais Resultados Resultados com Sinais Artificiais Simulações de Monte Carlo Resultados de Sinais Coletados de Phantoms xi

12 SUMÁRIO 6 Discussões e Conclusão Discussão Conclusão Próximos Passos Referências Bibliográficas 133 xii

13 Lista de Figuras 1.1 Ilustração do espalhamento causado pela incidência de uma onda de ultra-som nos três tipos de distribuições de espalhadores. As setas em linha cheia correspondem à propagação sem atenuação e as linhas pontilhadas, com atenuação. (a) Distribuição tênue. (b) Distribuição menos tênue. (c) Distribuição densa Ilustração de um trem de pulsos de ultra-som típico usado nas técnicas de pulso-eco. Apresentam-se a duração do pulso, τ, e o período de repetição do pulso, P RP [7] Ilustração das resoluções axial e lateral de dois sistemas. As imagens nomeadas 1 são de um sistema com resoluções suficientes e as 2 de um sistema com resoluções insuficientes. (a) Resolução axial. (b) Resolução lateral Exemplo do processo de obtenção de ecos de ultra-som de tecidos. (a) Interação da onda de ultra-som com as interfaces do tecido mostrando as diferenças nas reflexões. (b) Sinal de eco recebido em função da distância das interfaces, desconsiderando o espalhamento do tecido Exemplo da Figura 1.4 considerando-se também o espalhamento do tecido. As interfaces são identificadas pelos picos e os valores intermediários são referentes à constituição do meio Diagrama simplificado de um equipamento modo A. (a) Diagrama de blocos. (b) Exemplos dos principais sinais Exemplo de formação de imagem modo B, utilizando-se os ecos para modificar o brilho dos feixes de elétrons do monitor CRT Diagrama de blocos simplificado de um equipamento modo B Ilustração do modelo unidimensional apresentado em [21] considerando os tecidos biológicos como uma distribuição aleatória de espalhadores (scatterers) com forma e força de espalhamento aleatórios (a) Esquema da constituição do tecido de fígado humano. (b) Corte de um fígado humano mostrando as estruturas que o compõem (Figuras retiradas de [38]) Ilustração do espaçamento médio dos espalhadores, considerando o modelo unidimensional apresentado anteriormente Exemplos da resposta impulsiva do tecido usando o modelo, junto com seus espectros de potência, para jitter de (a) 5% e (b) 50%. A variação da amplitude dos ecos, nestes exemplos, é imperceptível visualmente.. 21 xiii

14 LISTA DE FIGURAS 2.5 (a) Espectro de potência da resposta do transdutor. (b) Espectro de potência do eco mostrando o deslocamento provocado pela freqüência de ressonância e largura de banda do transdutor (a) Espectro de potência do exemplo de sinal de eco apresentado na figura anterior. (b) Espectro de potência do sinal ao quadrado, mostrando o primeiro harmônico com maior amplitude, correspondendo a f MSS, e a diminuição do efeito da resposta do transdutor Ilustração da formação de um processo estocástico, x(n), considerandose o espaço amostral Ω, cujos eventos ω i geram as variáveis aleatórias x k (i) Diagrama de um modelo ARMA para um processo estocástico, considerando a entrada x[n], tipicamente ruído branco, e a saída y[n]. Para ilustração, considera-se p = q Diagrama de um modelo média móvel (MA) para um processo estocástico, considerando a entrada x[n] e a saída y[n] Diagrama de um modelo autorregressivo (AR) para um processo estocástico, considerando a entrada x[n] e a saída y[n] Efeito da variação do raio dos pólos complexos conjugados de um filtro AR de segunda ordem, percebendo-se o aumento do pico e a diminuição da largura de banda proporcionalmente à aproximação do raio ao círculo unitário Efeito da variação do raio dos zeros complexos conjugados de um filtro MA de segunda ordem, percebendo-se o aumento da profundidade do vale e a diminuição da largura de banda proporcionalmente à aproximação do raio ao círculo unitário Comparação do PSD do modelamento de um processo AR de segunda ordem com banda larga (raio dos pólos complexos conjugados iguais a 0,7071) por modelos MA de ordem 2, 5 e Comparação do PSD do modelamento de um processo AR de segunda ordem com banda estreita (raio dos pólos complexos conjugados iguais a 0,9592) por modelos MA de ordem 2, 5 e Aproximação de um processo ARMA(2,2), que corresponde a um AR(2) mais ruído branco, por modelos AR de segunda e quinta ordens. Os zeros daquele processo são 0, 5 e 0,6 π e 0, 5 e 0,6 π, com módulos longe do círculo unitário, ou seja, a variância do ruído é baixa Aproximação de um processo ARMA(2,2), que corresponde a um AR(2) mais ruído branco, por modelos AR de segunda e quinta ordens. Os zeros daquele processo são 0, 9 e 0,6 π e 0, 9 e 0,6 π, com módulos perto do círculo unitário, ou seja, a variância do ruído é alta Diagrama de blocos geral dos filtros Wiener, sendo x[n] a entrada, y[n] a saída, d[n] a resposta desejada, e[n] o erro de estimativa e w os coeficientes do filtro Diagrama de blocos de um preditor linear para frente, sendo x[n 1],..., x[n M] as entradas e ˆx[n] a estimativa de x[n] xiv

15 LISTA DE FIGURAS 3.13 Diagrama de blocos de um preditor linear para trás, sendo x[n],..., x[n M + 1] as entradas e ˆx[n M] a estimativa de x[n M] Valores dos coeficientes para o modelo LMS aplicado a um processo autorregressivo de segunda ordem. O gráfico de cima apresenta os resultados para passo dividido por 50 e, o de baixo, para passo dividido por Diagrama de blocos do método de prony, mostrando a forma de se encontrar o erro e[n], sendo ˆb[n] a estimativa de b[n] Pólos de H(z) do exemplo apresentados no plano z, sendo 0, 3626; 0, , 4425i; 0, , 4425i; 0, , 6077i e 0, , 6077i Densidade espectral de potência de y[n] mostrando dois picos, o menor com freqüência central normalizada 0,1402 Hz, o maior com freqüência 0,4222 Hz Histograma das distâncias dos pontos aleatórios até a origem para o caso de n = Erro de estimativa para 100 simulações com diferentes valores de n, começando em 500 até Percebe-se o erro diminui com o aumento do número de pontos Ilustração da constituição dos phantoms usados como meios de teste para inspeção de ultra-som Foto de três phantoms usados para se coletar sinais. Pode-se ver as marcas de três interfaces no phantom da esquerda e quatro no da direita, no do meio não é possível se observar Os dois transdutores usados nas coletas de sinais de ultra-som. O da direita é focalizado com diâmetro de 10 mm e freqüência de operação de 8 MHz, e o da esquerda é não focalizado com diâmetro de 15 mm e freqüência de 3, 5 MHz Ilustração da montagem experimental usada nas coletas de sinais de ultra-som de meios de teste Foto do equipamento usado nos testes, montado no Laboratório de Instrumentação Biomédica da UEL Ilustração da disposição do campo de ultra-som criado por um transdutor circular com impedância casada com a do meio Ilustração dos campos próximo e distante para um transdutor focalizado no qual se utiliza lente, apresentando-se também a região de foco Interface do programa de controle e aquisição de dados, SADUS, atualmente na versão Modelo geral utilizado pelo software para salvar os dados em arquivos. Apresenta-se também o cabeçalho usado para identificação dos dados [42] Codificação usada no cabeçalho dos arquivos para identificação dos dados. A tensão é dada em volts, a freqüência em hertz Ilustração dos resultados do algoritmo gerador de ecos. (a) Pulso de ultra-som. (b) PSD do pulso. (c) Resposta impulsiva do meio. (d) Eco simulado xv

16 LISTA DE FIGURAS 4.12 (a) Envoltória de uma janela de 512 pontos do eco apresentado na Figura 4.11, com Ad = 15% e V = 10%. (b) PSD desse sinal janelado mostrando os picos das três primeiras harmônicas Gráficos com os módulos dos pólos da decomposição AR em função da freqüência (até 2 M Hz) utilizando os dois métodos propostos. (a) Método da autocorrelação. (b) Algoritmo LMS Sinal de envoltória com média nula usado na análise do caso de teste 1 (em cima) e espectro de potência do sinal (embaixo) Sinal de envoltória com média nula usado na análise do caso de teste 2 (em cima) e espectro de potência do sinal (embaixo) Sinal de envoltória com média nula usado na análise do caso de teste 3 (em cima) e espectro de potência do sinal (embaixo) Sinal de envoltória com média nula usado na análise do caso de teste 4 (em cima) e espectro de potência do sinal (embaixo) Módulo dos pólos da decomposição AR do sinal usado no caso 1 em função da freqüência (somente a parte positiva do espectro) Módulo dos pólos da decomposição AR do sinal usado no caso 2 em função da freqüência (somente a parte positiva do espectro) Módulo dos pólos da decomposição AR do sinal usado no caso 3 em função da freqüência (somente a parte positiva do espectro) Módulo dos pólos da decomposição AR do sinal usado no caso 4 em função da freqüência (somente a parte positiva do espectro) Variações dos valores de erro para os quatro casos de teste Histograma das ocorrências dos valores de MSS encontrados para jitter igual a 5% para a primeira harmônica. (a) Ad = 15%. (b) Ad = 30% Histograma das ocorrências dos valores de MSS encontrados para jitter igual a 15% para a primeira harmônica. (a) Ad = 15%. (b) Ad = 30% Histograma das ocorrências dos valores de MSS encontrados para jitter igual a 25% para a primeira harmônica. (a) Ad = 15%. (b) Ad = 30% Histograma das ocorrências dos valores de MSS encontrados para jitter igual a 35% para a primeira harmônica. (a) Ad = 15%. (b) Ad = 30% Resultados consolidados para as simulações de variação de jitter mostrando os erros de MSS para as três harmônicas. (a) Ad = 15%. (b) Ad = 30% Resultados consolidados para as simulações com variação de quantidade de ruído, mostram-se os erros de MSS para as três harmônicas. (a) Jitter = 10%. (b) Jitter = 30% Histograma das ocorrências dos valores de MSS encontrados para Ad igual a 10% para a primeira harmônica. (a) Jitter = 10%. (b) Jitter = 30% Histograma das ocorrências dos valores de MSS encontrados para Ad igual a 25% para a primeira harmônica. (a) Jitter = 10%. (b) Jitter = 30% xvi

17 LISTA DE FIGURAS 5.18 Histograma das ocorrências dos valores de MSS encontrados para Ad igual a 40% para a primeira harmônica. (a) Jitter = 10%. (b) Jitter = 30% Histograma das ocorrências dos valores de MSS encontrados para Ad igual a 55% para a primeira harmônica. (a) Jitter = 10%. (b) Jitter = 30% Percentual de acertos médios do MSS para a primeira harmônica em 512 simulações variando-se o jitter e Ad. (a) Margem de 5%. (b) Margem de 25% Percentual de acertos médios do MSS para a segunda harmônica em 512 simulações variando-se o jitter e Ad. (a) Margem de 5%. (b) Margem de 25% Percentual de acertos médios do MSS para a terceira harmônica em 512 simulações variando-se o jitter e Ad. (a) Margem de 5%. (b) Margem de 25% Valores obtidos para os parâmetros jitter e Ad utilizando a regra apresentada Erro médio do MSS para a primeira harmônica em 512 simulações com 1024 combinações de valores de jitter e Ad Erro médio do MSS para a segunda harmônica em 512 simulações com 1024 combinações de valores de jitter e Ad Erro médio do MSS para a terceira harmônica em 512 simulações com 1024 combinações de valores de jitter e Ad Erro médio do MSS para a primeira harmônica com 1024 combinações dos parâmetros considerando-se somente pólos com freqüências menores que 2 MHz Erro médio do MSS para a segunda harmônica com 1024 combinações dos parâmetros considerando-se somente pólos com freqüências menores que 2 MHz Erro médio do MSS para a terceira harmônica com 1024 combinações dos parâmetros considerando-se somente pólos com freqüências menores que 2 MHz Distância acumulada dos módulos dos três maiores pólos das simulações ao círculo unitário em função das variações de jitter e Ad Erro médio do MSS de 1,25 mm, equivalente a 40 amostras, para 128 simulações, variando-se a ordem da decomposição AR de 5 a 100, de 5 em 5 unidades Erro médio do MSS de 1,25 mm, equivalente a 40 amostras, para 128 simulações, variando-se a ordem da decomposição AR de 26 a 64, de 2 em 2 unidades Erro médio do MSS de 1,5 mm, equivalente a 49 amostras, para 128 simulações, variando-se a ordem da decomposição AR de 32 a 73, de 1 em 1 unidade Erro médio do MSS de 2,5 mm, equivalente a 80 amostras, para 128 simulações, variando-se a ordem da decomposição AR de 39 a 92, de 3 em 3 unidades xvii

18 LISTA DE FIGURAS 5.35 Erro médio do MSS de 2,5 mm, equivalente a 80 amostras, para 128 simulações, variando-se a ordem da decomposição AR de 25 a 225, de 25 em 25 unidades Erro médio do MSS de 3,125 mm, equivalente a 102 amostras, para 128 simulações, variando-se a ordem da decomposição AR de 5 a 100, de 5 em 5 unidades Erro médio do MSS de 3,125 mm, equivalente a 102 amostras, para 128 simulações, variando-se a ordem da decomposição AR de 70 a 127, de 3 em 3 unidades Sinais coletados do phantom no. 1 com transdutor de 3,5 M Hz, mostramse o sinal de referência (em cima) e o da amostra (embaixo) Sinal do phantom no.1, N = 512, taxa de amostragem de 12,5 MHz (em cima). Densidade espectral de potência da envoltória do sinal (embaixo) Pólos da decomposição AR para o sinal do phantom no.1, apresentam-se os pólos de fase positiva com freqüências menores do que 1 MHz Sinal do phantom no.2, N = 512, taxa de amostragem de 12,5 MHz (em cima). Densidade espectral de potência da envoltória do sinal (embaixo) Pólos da decomposição AR do sinal do phantom no.2, pólos com freqüências menores do que 1 MHz. (a) Ordem igual a 57. (b) Ordem igual a Sinal do phantom no.3, N = 640, taxa de amostragem de 12,5 MHz (em cima). Densidade espectral de potência da envoltória do sinal (embaixo) Pólos da decomposição AR para o sinal do phantom no.3, pólos com freqüências menores do que 1 MHz. (a) Ordem igual a 63. (b) Ordem igual a Sinal do phantom no.4, N = 512, taxa de amostragem de 12,5 MHz (em cima). Densidade espectral de potência da envoltória do sinal (embaixo) Pólos da decomposição AR para o sinal do phantom no.4, apresentam-se os pólos de fase positiva com freqüências menores do que 1 MHz. (a) Ordem igual a 64. (b) Ordem igual a Sinal do phantom no.5, N = 512, taxa de amostragem de 12,5 MHz (em cima). Densidade espectral de potência da envoltória do sinal (embaixo) Pólos da decomposição AR para o sinal do phantom no.5, pólos com freqüências menores do que 1 MHz. (a) Ordem igual a 66. (b) Ordem igual a Sinal do phantom no.6, N = 640, taxa de amostragem de 12,5 MHz (em cima). Densidade espectral de potência da envoltória do sinal (embaixo) Pólos da decomposição AR para o sinal do phantom no.6, pólos com freqüências menores do que 1 MHz. (a) Ordem igual a 73. (b) Ordem igual a Sinal do phantom no.7, N = 512, taxa de amostragem de 12,5 MHz (em cima). Densidade espectral de potência da envoltória do sinal (embaixo) Pólos da decomposição AR para o sinal do phantom no.7, apresentam-se os pólos de fase positiva com freqüências menores do que 1 MHz, ordem igual a Sinal do phantom no.8, N = 512, taxa de amostragem de 12,5 MHz (em cima). Densidade espectral de potência da envoltória do sinal (embaixo). 118 xviii

19 5.54 Pólos da decomposição AR para o sinal do phantom no.8, pólos com freqüências menores do que 1 MHz. (a) Ordem igual a 107. (b) Ordem igual a Sinal do phantom no.9, N = 512, taxa de amostragem de 12,5 MHz (em cima). Densidade espectral de potência da envoltória do sinal (embaixo) Pólos da decomposição AR para o sinal do phantom no.9, pólos com freqüências menores do que 1 MHz. (a) Ordem igual a 54. (b) Ordem igual a Sinal do phantom no.10, N = 512, taxa de amostragem de 12,5 MHz (em cima). Densidade espectral de potência da envoltória do sinal (embaixo) Pólos da decomposição AR para o sinal do phantom no.10, pólos com freqüências menores do que 1 MHz. (a) Ordem igual a 38. (b) Ordem igual a xix

20 xx LISTA DE FIGURAS

21 Lista de Tabelas 1.1 Velocidade de propagação do som, impedância característica e coeficiente de atenuação para vários meios conhecidos [11] Parâmetros de aquisição de dados do programa SADUS Parâmetros mantidos constantes nas análises dos quatro casos de teste Parâmetros variados nas análises dos quatro casos de teste Resultados encontrados para os quatro casos de teste Resultados médios encontrados em 100 simulações para os quatro casos de teste. Apresentam-se a média (µ) e desvio padrão (σ) dos resultados. 87 xxi

22 xxii LISTA DE TABELAS

23 Capítulo 1 Introdução Neste trabalho, realiza-se um estudo sobre tecidos biológicos utilizando inspeção por ultra-som em meios artificiais de teste, chamados phantoms, os quais simulam as características de tecidos reais. O enfoque principal do trabalho é o processamento digital dos ecos capturados das inspeções dos meios e também em sinais criados por modelos matemáticos utilizando técnicas de parametrização e rastreamento. Apresentam-se os equipamentos e softwares utilizados nos experimentos com ultra-som junto com a descrição dos meios e sinais envolvidos, além de uma revisão da teoria envolvida. A abordagem utilizada é a decomposição autorregressiva desses sinais, busca-se avaliar a localização dos pólos do sistema e monitorar suas movimentações quando parâmetros dos meios, como o espaçamento médio dos espalhadores ou a quantidade de ruído presente no sinal, são modificados. 1.1 Objetivos O objetivo deste trabalho é realizar estudos de sinais de ultra-som simulados e coletados de meios de teste utilizando métodos de processamento de sinais não extensivamente explorados na literatura. Pela análise dos sinais, objetiva-se encontrar um parâmetro do meio chamado espaçamento médio dos espalhadores sem a necessidade de se estimar a densidade espectral de potência do eco. Assim, deseja-se encontrar a eficiência da técnica em estimar esse parâmetro tanto para sinais simulados quanto para reais. E, a partir disso, observar os efeitos da variação do nível de ruído do sinal e da regularidade do meio nos resultados obtidos. Por fim, tem-se por objetivo encontrar uma relação entre a diminuição das amplitudes das harmônicas do espectro de potência (obtidas pelos pólos da decomposição autorregressiva do sinal) e o aumento de suas larguras de banda com o grau de regularidade e/ou quantidade de ruído do eco. 1.2 Justificativa Faz-se um estudo por análise de ultra-som, pois esse método apresenta várias vantagens em relação a outros, como o Raio-X. Pode-se citar a possibilidade de produzir imagens em tempo real e não ser uma forma de radiação ionizante. Utiliza-se a inspeção modo 1

24 Capítulo 1 - Introdução A, que fornece informações qualitativas das estruturas do meio, as quais podem ser usadas para correlação com patologias pela comparação entre os resultados de tecidos normais e doentes em conjunto com análises biológicas. Essa área de pesquisa é muito promissora, devido a quantidade de estudos e publicações recentes. Os estudos sobre propriedades dos tecidos como a regularidade das estruturas são importantes, pois, conforme apresentado em trabalhos recentes, a variação desses parâmetros pode indicar problemas ou mesmo doenças, como é o caso da cirróse em tecidos de fígado. 1.3 Introdução ao Ultra-som A aplicação do ultra-som para diagnósticos médicos era conhecida desde a década de 1940, quando se começou a explorar suas capacidades utilizando a tecnologia do sonar desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial. Nos Estados Unidos, um grupo formado pelo médico John Wild e o engenheiro John Reid construiu um instrumento de pulso-eco, demonstrando que o ultra-som podia ser usado para detectar tumores em vários tipos de tecidos. Outras frentes de estudo, como a formada por Willian Fly e Floyd Dunn na Universidade de Illinois, mostraram que o ultra-som de alta intensidade podia ser usado para fins terapêuticos, quando conseguiram modificar estruturas do cérebro de pacientes no tratamento do mal de Parkinson [7]. Embora tenha sido uma ferramenta utilizada em muitos diagnósticos médicos desde aquela época, só foi totalmente aceita a partir da década de 1970, quando se começou a usar tons de cinza em imagens geradas por ultra-som para mostrar o grau de reflexão de um meio. Desde então, suas aplicações cresceram bastante, principalmente devido a algumas características vantajosas, como: ser uma forma de radiação não-ionizante, considerada segura pelo conhecimento científico atual; produzir imagens em tempo real; ter uma resolução de alcance milimétrico para as freqüências usadas atualmente; e ser utilizado para se estudar o fluxo de líquidos pelo princípio Doppler [7]. O princípio físico para a geração de ondas de ultra-som é o efeito piezelétrico, o qual é uma propriedade de alguns tipos especiais de cristais, que reagem à aplicação de uma pressão mecânica produzindo uma polarização elétrica proporcional, sendo que o efeito oposto também é observado. A piezeletricidade foi descoberta por Pierre e Jacques Curie em 1880, sendo piezo uma palavra derivada do grego piezin, que significa pressionar [38]. Outros materiais com essa propriedade, como as cerâmicas (materiais ferroelétricos), podem ser criados por processos industriais, sendo o PZT (zirconato titanato de chumbo) o mais comum, devido ao seu forte efeito piezelétrico. Utilizam-se as cerâmicas na construção de transdutores, os quais são dispositivos de converção de uma forma de energia em outra, sendo que, nas aplicações de ultra-som, usam-se os transdutores piezelétricos. As propriedades acústicas são importantes para uma boa utilização do ultra-som no estudo de materiais. Entre algumas, pode-se citar: a velocidade do som no meio, a impedância acústica, a compressibilidade e os coeficientes de atenuação, retroespalhamento e reflexão. Essas características são relevantes porque podem ser obtidas por técnicas não-invasivas de ultra-som, sem a necessidade da criação de imagens, pois 2

25 1.3 Introdução ao Ultra-som possuem mais informações sobre o meio inspecionado [17, 22]. Em tecidos biológicos, a análise desses parâmetros quantitativos e suas variações pode indicar mudanças nos tecidos, aumentando, de forma significativa, a utilização do ultra-som na determinação de doenças [3, 18, 22]. Algumas das características vantajosas do uso do ultra-som como ferramenta de diagnóstico já foram citadas, como a não-ionização do meio em que se propaga, por ser uma onda mecânica. Mas, além disso, outro detalhe importante é não haver translação de partículas individuais, pois o ultra-som é gerado por uma deformação em uma cerâmica, assim, a energia mecânica é transferida pela oscilação das partículas. Se as ondas de ultra-som possuem baixa intensidade, estas passam pelos tecidos vivos sem alterar suas funções, mas as de alta energia podem produzir aquecimento e cavitação, o que acarretaria danos celulares. O aquecimento é causado pela energia atenuada e espalhada pela passagem da onda no tecido; e a cavitação, que ocorre a densidades altas de potência, é o processo de aparecimento de bolhas de gás devido ao alto gradiente de pressão local [38]. Alguns conceitos básicos de propagação acústica devem ser apresentados, como o comprimento de onda, λ, com unidade em metros (m), definido como a distância entre os pontos de máxima (ou mínima) amplitude da oscilação das partículas do meio onde a onda se propaga. A freqüência da onda, f, expressa em Hertz (Hz); o período, T, em segundos (s), que é o inverso da freqüência. Essas grandezas são relacionadas pela Equação 1.1, sendo c a velocidade de propagação, em metros por segundo (m/s). c = λf (1.1) A velocidade do som, que é diretamente proporcional à rigidez do meio, depende somente da temperatura e desse meio em que se propaga (se este for isotrópico), sendo determinada pelo atraso entre o movimento de partículas adjacentes, o qual depende da compressibilidade, G (em m 2 /N), e da densidade do meio, ρ (em kg/m 3 ). Essa relação é apresentada na Equação 1.2, [7]. Para aplicações médicas, a velocidade em tecidos moles, como os tecidos do fígado, pode ser considerada constante e igual a 1540 m/s [11, 38]. c = 1 ρg (1.2) A impedância acústica característica de um meio é definida como a razão entre a pressão e a velocidade de propagação do meio, de forma análoga a tensão e corrente em um circuito elétrico, portanto, com o mesmo significado físico. Para fluidos, a impedância acústica, Z, com unidade kg/m 2 s ou Rayl, é apresentada pela Equação 1.3, [7, 9]. Z = ρc (1.3) O comprimento de onda do ultra-som nas freqüências usadas em aplicações médicas tem dimensões comparáveis a de muitas estruturas dos tecidos, assim, as interações entre estas acontecem de maneiras complexas [9]. Quando a onda penetra em um tecido, a sua energia é absorvida por ele, sendo convertida em calor e espalhada para outras 3

26 Capítulo 1 - Introdução direções sempre que encontra uma descontinuidade nas características acústicas. Portanto, ao atravessar um tecido uniforme, a intensidade da onda decresce ao longo do trajeto, sendo essa diminuição chamada atenuação, a qual apresenta uma dependência da freqüência aproximadamente linear para tecidos moles na faixa de 1 a 50 MHz [7]. Para se quantificar essa característica, utiliza-se o coeficiente de atenuação, o qual é uma medida usada para descrever a habilidade de um meio em atenuar ondas de ultra-som. Sua unidade é o db/m. O valor para tecidos moles é de aproximadamente 0, 3 db/cmm Hz [7]. Para uma dada freqüência, pode-se calcular o coeficiente de atenuação, α, utilizando-se a amplitude incidente (A i ) e emergente (A e ) conforme a Equação 1.4, sendo z a distância percorrida pela onda. A Tabela 1.1 apresenta a velocidade de propagação do som, impedância característica e coeficiente de atenuação para vários meios conhecidos. α = 20 log(a e/a i ) z (1.4) Tabela 1.1: Velocidade de propagação do som, impedância característica e coeficiente de atenuação para vários meios conhecidos [11]. Meio Velocidade de Impedância Coeficiente de Propagação Acústica Atenuação (m/s) (MRayl) a 1 MHz (db/cm) Ar 330 0, Pulmão ,26-0,46 40 Água ,52 0,002 Tecidos Moles ,35-1,68 0,3-1,5 Sangue ,61 0,18 Osso (Crânio) Alumínio ,02 Quando uma onda de ultra-som que esteja se propagando por um meio encontra um segundo com incidência normal (perpendicular), parte de sua energia é refletida e outra continua sem desvio. A onda refletida é chamada de eco, e depende das características dos dois meios. Para uma onda plana, o coeficiente de reflexão R é definido pela Equação 1.5, sendo Z 1 e Z 2 as impedâncias acústicas desses meios respectivamente [20]. ( ) 2 Z2 Z 1 R = (1.5) Z 2 + Z 1 Quando as impedâncias dos meios são iguais, o coeficiente de reflexão é zero, portanto toda a energia é transmitida. Ao contrário, quando as impedâncias são muito diferentes, o coeficiente é bem próximo da unidade, então quase toda a energia é refletida. A diferença de impedâncias tem implicações importantes no uso do ultra-som, pois sabe-se que uma estrutura abaixo de tecidos com muito ar, como o pulmão, não é detectada pela inspeção de ultra-som, devido às baixas impedâncias. Isso, pois a onda é quase totalmente refletida pelo tecido com ar, não chegando até a outra estrutura. 4

27 1.3 Introdução ao Ultra-som Se a onda de ultra-som não incidir perpendicularmente à interface, ocorre divergência, sendo o ângulo de incidência e de transmissão relacionados pela chamada Lei de Snell [20]. Quando a interface é rugosa, o que é comum na prática, a reflexão é chamada difusa, em oposição à reflexão especular da interface plana. A atenuação não é só causada pela absorção da onda, mas também, pelo espalhamento, pois, a energia da onda pode se espalhar quando entra em um meio, conforme for encontrando pequenas falhas na homogeneidade, ocupando, assim, uma área maior ao avançar. O processo de espalhamento de ultra-som em tecidos biológicos é um fenômeno complicado, mas como este é de muita importância para a caracterização desses meios, vários estudos foram feitos nessa área [38]. Estes tratam os tecidos de duas maneiras diferentes: a primeira como uma distribuição de espalhadores (scatterers) discretos e, segundo, como um contínuo com variações de densidade e compressibilidade. A forma utilizada neste trabalho é a primeira, descrita extensivamente em [16]. Neste, os tecidos biológicos são considerados como meios aleatórios, sendo que as ondas que neles se propagam apresentam variações randômicas em amplitude e fase, devendo ser tratadas em termos estatísticos e probabilísticos. A abordagem para análise do espalhamento é dividida em duas etapas: primeira, considera-se o espalhamento e absorção de um único espalhador, e segundo, considera-se as características de onda quando muitos espalhadores são distribuídos aleatóriamente. Para a análise de um único espalhador, faz-se uso de uma de suas propriedades físicas, a seção reta de espalhamento, a qual relaciona as densidades de fluxo de potência das ondas incidente e espalhada em uma dada direção. Essa característica depende, de maneira geral, da capacidade de espalhamento da partícula e das direções de incidência e espalhamento. Pode-se usar também a seção reta de retroespalhamento, com a consideração da onda refletida na direção da incidente, e a seção reta de absorção, que mede a capacidade de absorção do espalhador (também dependente da direção de incidência). Para a segunda etapa da análise, quando a onda se propaga em meios contendo várias partículas, considera-se dois casos: distribuições tênues e densas. No primeiro, pode-se usar a aproximação de espalhamento singular, pois, assume-se que a onda incidente do transmissor alcança o receptor após encontrar poucas partículas, desprezandose múltiplos espalhamentos. Nessa aproximação, somam-se as potências espalhadas por cada partícula considerada. Em distribuições com maiores densidades (mas ainda tênues), deve-se considerar a atenuação por espalhamento e absorção pelo caminho. Essa aproximação é chamada de múltiplo espalhamento de primeira ordem. Para distribuições densas, utilizam-se aproximações de espalhamento múltiplo ou de difusão. A Figura 1.1 ilustra o espalhamento para esses três tipos de distribuição apresentados, respectivamente os items (a), (b) e (c). As setas em linha cheia correspondem à propagação sem atenuação e as linhas pontilhadas, com atenuação. Uma consideração importante é a questão da coerência do campo. Como as partículas de um meio são distribuídas aleatoriamente, o campo espalhado não é constante e sua amplitude e fase devem flutuar de maneira randômica, assim, a potência também flutua dessa forma. Pode-se escrever o campo como uma soma de duas componentes: uma média, chamada coerente, e outra aleatória, chamada incoerente. Assim, em análises de espalhamento, pode-se considerar que as ondas espalhadas por distri- 5

28 Capítulo 1 - Introdução Figura 1.1: Ilustração do espalhamento causado pela incidência de uma onda de ultrasom nos três tipos de distribuições de espalhadores. As setas em linha cheia correspondem à propagação sem atenuação e as linhas pontilhadas, com atenuação. (a) Distribuição tênue. (b) Distribuição menos tênue. (c) Distribuição densa. buições aleatórias de partículas são quase totalmente incoerentes, além disso, em muitos casos, também é possível considerar esse campo incoerente como uma função aleatória estacionária no tempo, em determinados tamanhos de janela [16]. O princípio para análise por ultra-som é a propagação de pulsos no meio, causando reflexões devido as descontinuidades no caminho. Esses pulsos têm velocidades relativamente baixas, em torno de 1500 m/s para tecidos moles (Tabela 1.1), quando comparadas com as ondas eletromagnéticas, caso do raio-x, com valor igual a m/s. Devido a essa diferença, os instrumentos eletrônicos podem distinguir reflexões de diferentes profundidades do corpo, pois o tempo consumido para o eco voltar até o equipamento é da ordem de microsegundos, o que não é possível com raio-x. Assim, pode-se reconstruir imagens com muito mais detalhes e sem nenhum dano (aparente) às células e tecidos. Uma variedade de técnicas são usadas para inspeção, sendo as mais importantes: modos A, B, C, M e Doppler. O modo A mostra a amplitude do eco em função do tempo, o qual passa a ser proporcional à profundidade no meio. O modo B mostra uma imagem bidimensional, diferenciando os tecidos pelo brilho. O modo M é usado para detectar movimento, basicamente das válvulas do coração. O modo C é uma técnica que inspeciona profundidades constantes. Por último, a inspeção por efeito Doppler usa a variação da freqüência da onda de ultra-som devido ao fluxo sangüíneo 6

29 1.3 Introdução ao Ultra-som para obtenção de informações [11, 50]. Dessas técnicas, as mais usadas são o modo B e Doppler, devido a facilidade de implementação [22]. As imagens formadas são apresentadas usando uma escala de tons de cinza, sendo as propriedades diferentes do meio responsáveis pelas variações nas imagens. Pode-se citar a atenuação e velocidade da onda de ultra-som e impedância acústica como algumas dessas propriedades. O modo A, apesar de menos usado, é o que apresenta maior quantidade de informações, pois analisa diretamente o sinal de RF (radiofreqüência), mas requer análises mais complexas. Para as inspeções, enviam-se pulsos de ultra-som de curta duração para o tecido e detectam-se os ecos que retornam das estruturas com diferentes impedâncias. Podese usar o transdutor em modo pulso-eco, ou seja, como emissor e receptor, ou em uma configuração com dois elementos piezelétricos. Quanto menor a duração do pulso, maior a resolução axial do sistema, isso pois a onda de ultra-som consegue interagir com estruturas menores. Um trem de pulsos de ultra-som típico, utilizado nas técnicas de pulso-eco, é apresentado na Figura 1.2, [7]. Figura 1.2: Ilustração de um trem de pulsos de ultra-som típico usado nas técnicas de pulso-eco. Apresentam-se a duração do pulso, τ, e o período de repetição do pulso, P RP [7]. A duração do pulso τ é bem curta, tipicamente menor que 1 µs, mas o período de repetição do pulso P RP é relativamente longo, geralmente maior que 1 ms. A intensidade e pressão instantâneas durante o pulso podem ser altas, algumas vezes alcançando dezenas de W/cm 2 e alguns MP a, mas a intensidade média durante um ciclo inteiro é baixa, geralmente menor que 100 mw/cm 2 [7]. Essa duração do pulso está relacionada à largura de banda do transdutor. Pequenos intervalos de tempo correspondem a grandes intervalos no espectro de freqüências, assim transdutores com largas bandas de freqüência são preferíveis. Na fabricação desses transdutores, conseguem-se bandas maiores para freqüências de operação maiores, assim, essas duas características estão geralmente atreladas. Dessa forma, como o coeficiente de atenuação aumenta linearmente com a freqüência para tecidos moles, faz-se necessário usar um transdutor com freqüência de operação mais baixa para se analisar uma estrutura mais profunda, em detrimento da resolução axial. Para diminuir esse problema, alguns equipamentos possuem vários transdutores, escolhendo-se o mais apropriado para cada situação, levando-se em conta a relação alcance-resolução. 7

30 Capítulo 1 - Introdução A resolução lateral de um transdutor é proporcional ao produto da distância focal pelo comprimento de onda na freqüência utilizada, dividido pela abertura (aperture). Portanto, aumentando-se a freqüência (diminuindo o comprimento de onda) ou aumentando a abertura, tem-se uma melhora na resolução lateral. A Figura 1.3 (a) ilustra a resolução axial e a Figura 1.3 (b), a lateral, considerando-se as imagens nomeadas como 1 para um sistema com resoluções suficientes e as 2 para um sistema com resoluções insuficientes [38]. Figura 1.3: Ilustração das resoluções axial e lateral de dois sistemas. As imagens nomeadas 1 são de um sistema com resoluções suficientes e as 2 de um sistema com resoluções insuficientes. (a) Resolução axial. (b) Resolução lateral. Um detalhe importante em imagens de ultra-som é a difração nos tecidos, a qual causa divergência da frente de onda. Pode-se somente focalizar o sistema em determinadas profundidades. Assim, devido a esse efeito, não se consegue focalizar em regiões muito próximas ou muito distantes do transdutor [7]. Como exemplo do processo de obtenção de ecos de ultra-som de tecidos, apresentase a Figura 1.4(a) [38]. Neste, utiliza-se um transdutor que envia, pela aplicação de um pulso de tensão elétrica em seus terminais, uma onda de ultra-som no tecido, a qual se propaga através de suas interfaces. Os ecos gerados por cada interface são diferentes, devido às propriedades destas, como impedância acústica, rugosidade e inclinação. Desconsiderando o espalhamento do tecido, o sinal de eco recebido em função da distância das interfaces é, de forma geral, como o apresentado na Figura 1.4(b). Quando se considera o espalhamento, acrescentam-se informações sobre a constituição dos tecidos, além de suas interfaces. Assim, os sinais de eco são mais complexos, devido a interação com partículas do meio de tamanho comparável ao comprimento de onda do ultra-som. A Figura 1.5 apresenta um exemplo de sinal de eco proveniente da inspeção do tecido da Figura 1.4, considerando-se também o espalhamento. As interfaces são identificadas pelos picos e os valores intermediários são referentes à constituição do tecido. Como o sinal de ultra-som é atenuado conforme avança pelo meio, tecidos de igual poder de reflexão, mas a profundidades diferentes, gerarão ecos com intensidades diferentes, o que não é desejado. Para se compensarem esses problemas, usa-se uma 8

31 1.3 Introdução ao Ultra-som (a) (b) Figura 1.4: Exemplo do processo de obtenção de ecos de ultra-som de tecidos. (a) Interação da onda de ultra-som com as interfaces do tecido mostrando as diferenças nas reflexões. (b) Sinal de eco recebido em função da distância das interfaces, desconsiderando o espalhamento do tecido. pré-amplificação do sinal recebido com ganho variável em função do tempo. Essa função é geralmente logarítmica, sendo mínima quando o pulso é emitido e progressivamente maior com o avanço do tempo. Inspeção Modo A A inspeção modo A apresenta a amplitude do eco em função da distância percorrida pela onda de ultra-som, a qual é proporcional ao tempo, pois a velocidade do ultra-som no meio é considerada constante. Essa técnica foi desenvolvida em 1945 para detectar falhas em metal, sendo, em 1950, utilizada pela primeira vez para examinar tumores em tecidos humanos mortos, descobrindo-se variações de amplitudes dos ecos nos diversos tecidos [11]. O princípio de funcionamento, como já explicado, consiste em observar os ecos provenientes das estruturas dos tecidos inspecionados, conforme exemplificado pelas Figuras 1.4 e 1.5. Como o eco de ultra-som consiste em um sinal com alguns ciclos, de amplitudes positivas e negativas, a informação está contida somente no envelope do sinal, o qual é usado para obtenção das propriedades dos tecidos [11]. O tempo 9

32 Capítulo 1 - Introdução Figura 1.5: Exemplo da Figura 1.4 considerando-se também o espalhamento do tecido. As interfaces são identificadas pelos picos e os valores intermediários são referentes à constituição do meio. que um eco demora para ser capturado pelo sistema, representa duas vezes a distância do transdutor até a estrutura do tecido que gerou esse eco. Portanto, sabendo-se a velocidade do ultra-som nesse meio, pode-se encontrar essa distância. A Figura 1.6(a) mostra um diagrama de blocos simplificado de um equipamento modo A, conforme [9]. O elemento inicial do diagrama é o Gerador PRF (Pulse Repetition Frequency), que cria um trem de pulsos com freqüência fixa, como mostra o sinal A da Figura 1.6(b), o qual é usado como referência para os outros componentes. O Gerador de pulsos de tensão tem como função limitar a largura de pulso a ser aplicada ao transdutor, sinal B da Figura 1.6(b). O componente Base de tempo cria um sinal dente-de-serra para varredura horizontal do mostrador CRT (Cathode Ray Tube), sinal C da Figura. O Pré-processamento do sinal realiza um condicionamento do sinal recebido do transdutor, como mostra o sinal D, este constitui-se por um limitador de tensão, um pré-amplificador e um gerador TGC (Time Gain Control), de controle de ganho no tempo do pré-amplificador. O bloco Demodulador e Amplificador é responsável por fazer a detecção da envoltória do sinal recebido e a sua suavização, sinal E, além de fazer a compressão logarítmica da faixa dinâmica do mesmo para que este possa ser melhor observado pelo ser humano. O CRT recebe o sinal de varredura horizontal da base de tempo e de varredura vertical do Demodulador e Amplificador. 10

Curso de Capacitação Básica em Ultrassonografia haroldomillet.com

Curso de Capacitação Básica em Ultrassonografia haroldomillet.com Curso de Capacitação Básica em Ultrassonografia haroldomillet.com PRINCÍPIOS FÍSICOS DO ULTRASSOM O ultrassom é uma onda mecânica, longitudinal produzida pelo movimento oscilatório das partículas de um

Leia mais

Sensores Ultrasônicos

Sensores Ultrasônicos Sensores Ultrasônicos Introdução A maioria dos transdutores de ultra-som utiliza materiais piezelétricos para converter energia elétrica em mecânica e vice-versa. Um transdutor de Ultra-som é basicamente

Leia mais

Você sabia que, por terem uma visão quase. nula, os morcegos se orientam pelo ultra-som?

Você sabia que, por terem uma visão quase. nula, os morcegos se orientam pelo ultra-som? A U A UL LA Ultra-som Introdução Você sabia que, por terem uma visão quase nula, os morcegos se orientam pelo ultra-som? Eles emitem ondas ultra-sônicas e quando recebem o eco de retorno são capazes de

Leia mais

Experimento 2 Gerador de funções e osciloscópio

Experimento 2 Gerador de funções e osciloscópio Experimento 2 Gerador de funções e osciloscópio 1. OBJETIVO O objetivo desta aula é introduzir e preparar o estudante para o uso de dois instrumentos muito importantes no curso: o gerador de funções e

Leia mais

Tecnologia de faixa para falha

Tecnologia de faixa para falha Tecnologia de faixa para falha Por Tom Bell e John Nankivell Índice 1. Introdução 1 2. Equipamento de teste / processo de teste de PIM existente 2 3. Nova análise de RTF / limitações técnicas 3 4. Fluxograma

Leia mais

Transitores de tempo em domínio de tempo

Transitores de tempo em domínio de tempo Em muitos processos, a regulação do caudal permite controlar reacções químicas ou propriedades físicas através de um controlo de variáveis como a pressão, a temperatura ou o nível. O caudal é uma variável

Leia mais

FÍSICA. Professor Felippe Maciel Grupo ALUB

FÍSICA. Professor Felippe Maciel Grupo ALUB Revisão para o PSC (UFAM) 2ª Etapa Nas questões em que for necessário, adote a conversão: 1 cal = 4,2 J Questão 1 Noções de Ondulatória. (PSC 2011) Ondas ultra-sônicas são usadas para vários propósitos

Leia mais

Analisador de Espectros

Analisador de Espectros Analisador de Espectros O analisador de espectros é um instrumento utilizado para a análise de sinais alternados no domínio da freqüência. Possui certa semelhança com um osciloscópio, uma vez que o resultado

Leia mais

FÍSICA - 3 o ANO MÓDULO 32 ACÚSTICA

FÍSICA - 3 o ANO MÓDULO 32 ACÚSTICA FÍSICA - 3 o ANO MÓDULO 32 ACÚSTICA (FIOLHAIS, C. Física divertida. Brasília: UnB, 2001 [Adaptado].) Em qual das situações a seguir está representado o fenômeno descrito no texto? a) Ao se esconder

Leia mais

NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE TRANSMISSORES E TRANSCEPTORES MONOCANAIS ANALÓGICOS AM

NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE TRANSMISSORES E TRANSCEPTORES MONOCANAIS ANALÓGICOS AM ANEXO À RESOLUÇÃO N o 370, DE 13 DE MAIO DE 2004. NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE TRANSMISSORES E TRANSCEPTORES MONOCANAIS ANALÓGICOS AM 1. Objetivo Esta norma estabelece os requisitos técnicos

Leia mais

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE ANÁLISE LABORATORIAL

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE ANÁLISE LABORATORIAL DIREÇÃO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES DIREÇÃO DE SERVIÇOS DA REGIÃO CENTRO ANO LECTIVO 2015 2016 CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE ANÁLISE LABORATORIAL MÉTODOS OPTICOS ESPECTROFOTOMETRIA MOLECULAR (UV

Leia mais

Mário Antônio Bernal Rodríguez 1

Mário Antônio Bernal Rodríguez 1 Física da Radiología-F852. Aulas Cap. 16-1. Mário Antônio Bernal 1 1 Departamento de Física Aplicada-DFA Universidade Estadual de Campinas- Local-DFA 68 email: mabernal@ifi.unicamp.br url pessoal: www.ifi.unicamp.br\

Leia mais

CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE ALTERNADA

CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE ALTERNADA CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE ALTERNADA Existem dois tipos de corrente elétrica: Corrente Contínua (CC) e Corrente Alternada (CA). A corrente contínua tem a característica de ser constante no tempo, com

Leia mais

Instrumentação para Espectroscopia Óptica. CQ122 Química Analítica Instrumental II 2º sem. 2014 Prof. Claudio Antonio Tonegutti

Instrumentação para Espectroscopia Óptica. CQ122 Química Analítica Instrumental II 2º sem. 2014 Prof. Claudio Antonio Tonegutti Instrumentação para Espectroscopia Óptica CQ122 Química Analítica Instrumental II 2º sem. 2014 Prof. Claudio Antonio Tonegutti INTRODUÇÃO Os componentes básicos dos instrumentos analíticos para a espectroscopia

Leia mais

Estudo de técnicas de rastreamento de objetos aplicadas à detecção de múltiplas larvas

Estudo de técnicas de rastreamento de objetos aplicadas à detecção de múltiplas larvas Estudo de técnicas de rastreamento de objetos aplicadas à detecção de múltiplas larvas Guilherme de Oliveira Vicente Orientador: Prof. Dr. Hemerson Pistori Coorientador: Prof. Me. Kleber Padovani de Souza

Leia mais

EXPERÊNCIA 4 - MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA

EXPERÊNCIA 4 - MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA EXPERÊNCIA 4 - MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA Modulação em freqüência ocorre quando uma informação em banda básica modula a freqüência ou alta freqüência de uma portadora com sua amplitude permanecendo constante.

Leia mais

Estes sensores são constituídos por um reservatório, onde num dos lados está localizada uma fonte de raios gama (emissor) e do lado oposto um

Estes sensores são constituídos por um reservatório, onde num dos lados está localizada uma fonte de raios gama (emissor) e do lado oposto um Existem vários instrumentos de medição de nível que se baseiam na tendência que um determinado material tem de reflectir ou absorver radiação. Para medições de nível contínuas, os tipos mais comuns de

Leia mais

ANEMÔMETRO A FIO QUENTE

ANEMÔMETRO A FIO QUENTE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA INSTRUMENTAÇÀO ELTRÔNICA ANEMÔMETRO A FIO QUENTE Cayo Cid de França Moraes 200321285 Natal/RN ANEMÔMETRO

Leia mais

CAPÍTULO 08/ MÓDULO 01: ONDAS.

CAPÍTULO 08/ MÓDULO 01: ONDAS. FÍSICA PROF. HELTON CAPÍTULO 08/ MÓDULO 01: ONDAS. MOVIMENTO PERIÓDICO Um fenômeno é periódico quando se repete identicamente em intervalos de tempos iguais. Exemplos: DEFINIÇÕES: Amplitude: distância

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica Apostila de Automação Industrial Elaborada pelo Professor M.Eng. Rodrigo Cardozo Fuentes Prof. Rodrigo

Leia mais

Introdução ao Estudo da Corrente Eléctrica

Introdução ao Estudo da Corrente Eléctrica Introdução ao Estudo da Corrente Eléctrica Num metal os electrões de condução estão dissociados dos seus átomos de origem passando a ser partilhados por todos os iões positivos do sólido, e constituem

Leia mais

Introd. Física Médica

Introd. Física Médica Introd. Física Médica Aula 04 Atenuação de RX 2012 http://www.upscale.utoronto.ca/generali nterest/harrison/flash/nuclear/xrayinte ract/xrayinteract.html 2 Propriedades do alvo Boa Condutividade Térmica:

Leia mais

n 1 L 1 n 2 L 2 Supondo que as ondas emergentes podem interferir, é correto afirmar que

n 1 L 1 n 2 L 2 Supondo que as ondas emergentes podem interferir, é correto afirmar que QUESTÃO 29 QUESTÃO 27 Uma escada de massa m está em equilíbrio, encostada em uma parede vertical, como mostra a figura abaixo. Considere nulo o atrito entre a parede e a escada. Sejam µ e o coeficiente

Leia mais

Antenas e Propagação. Artur Andrade Moura. amoura@fe.up.pt

Antenas e Propagação. Artur Andrade Moura. amoura@fe.up.pt 1 Antenas e Propagação Artur Andrade Moura amoura@fe.up.pt 2 Parâmetros fundamentais das antenas Permitem caracterizar o desempenho, sobre vários aspectos, das antenas Apresentam-se definições e utilização

Leia mais

Seleção de comprimento de onda com espectrômetro de rede

Seleção de comprimento de onda com espectrômetro de rede Seleção de comprimento de onda com espectrômetro de rede Fig. 1: Arranjo do experimento P2510502 O que você vai necessitar: Fotocélula sem caixa 06779.00 1 Rede de difração, 600 linhas/mm 08546.00 1 Filtro

Leia mais

No manual da webcam, ele descobriu que seu sensor de imagem tem dimensão total útil de 2

No manual da webcam, ele descobriu que seu sensor de imagem tem dimensão total útil de 2 1. (Ufsc 2015) Fotografar é uma arte que se popularizou com os celulares e se intensificou com as redes sociais, pois todos querem postar, publicar os seus registros, suas selfies. Talvez alguns celulares

Leia mais

4. Tarefa 16 Introdução ao Ruído. Objetivo: Método: Capacitações: Módulo Necessário: Análise de PCM e de links 53-170

4. Tarefa 16 Introdução ao Ruído. Objetivo: Método: Capacitações: Módulo Necessário: Análise de PCM e de links 53-170 4. Tarefa 16 Introdução ao Ruído Objetivo: Método: Ao final desta Tarefa você: Estará familiarizado com o conceito de ruído. Será capaz de descrever o efeito do Ruído em um sistema de comunicações digitais.

Leia mais

Qual gráfico expressa as intensidades das forças que a Terra exerce sobre cada satélite em função do tempo?

Qual gráfico expressa as intensidades das forças que a Terra exerce sobre cada satélite em função do tempo? 1. (Enem 2013) A Lei da Gravitação Universal, de Isaac Newton, estabelece a intensidade da força de atração entre duas massas. Ela é representada pela expressão: F G mm d 1 2 2 onde m1 e m2 correspondem

Leia mais

Automação Industrial Parte 5

Automação Industrial Parte 5 Automação Industrial Parte 5 Prof. Ms. Getúlio Teruo Tateoki http://www.getulio.eng.br/meusalunos/autind.html Sensores capacitivos -Sensores de proximidade capacitivos estão disponíveis em formas e tamanhos

Leia mais

5 Comportamento Dinâmico de um EDFA com Ganho Controlado sob Tráfego de Pacotes

5 Comportamento Dinâmico de um EDFA com Ganho Controlado sob Tráfego de Pacotes 86 5 Comportamento Dinâmico de um EDFA com Ganho Controlado sob Tráfego de Pacotes No capítulo anterior estudamos a resposta do EDFA sob variações lentas da potência em sua entrada e vimos que é possível

Leia mais

Laboratório 7 Circuito RC *

Laboratório 7 Circuito RC * Laboratório 7 Circuito RC * Objetivo Observar o comportamento de um capacitor associado em série com um resistor e determinar a constante de tempo do circuito. Material utilizado Gerador de função Osciloscópio

Leia mais

Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente

Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente Introdução Você já deve ter reparado que, quando colocamos

Leia mais

TIPO-A FÍSICA. x v média. t t. x x

TIPO-A FÍSICA. x v média. t t. x x 12 FÍSICA Aceleração da gravidade, g = 10 m/s 2 Constante gravitacional, G = 7 x 10-11 N.m 2 /kg 2 Massa da Terra, M = 6 x 10 24 kg Velocidade da luz no vácuo, c = 300.000 km/s 01. Em 2013, os experimentos

Leia mais

1 Introdução simulação numérica termoacumulação

1 Introdução simulação numérica termoacumulação 22 1 Introdução Atualmente o custo da energia é um dos fatores mais importantes no projeto, administração e manutenção de sistemas energéticos. Sendo assim, a economia de energia está recebendo maior atenção

Leia mais

3 Transdutores de temperatura

3 Transdutores de temperatura 3 Transdutores de temperatura Segundo o Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM 2008), sensores são elementos de sistemas de medição que são diretamente afetados por um fenômeno, corpo ou substância

Leia mais

FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES

FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES 2015 1 a QUESTÃO Valor: 1,00 Uma mola comprimida por uma deformação x está em contato com um corpo de massa m, que se encontra

Leia mais

ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL

ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL ESPECTROFOTÔMETRO - EQUIPAMENTO 6 Ed. Cap. 13 Pg.351-380 6 Ed. Cap. 1 Pg.1-28 6 Ed. Cap. 25 Pg.703-725 09/04/2015 2 1 Componentes dos instrumentos (1) uma fonte estável de

Leia mais

DEFIJI Semestre2014-1 10:07:19 1 INTRODUÇÃO

DEFIJI Semestre2014-1 10:07:19 1 INTRODUÇÃO 1 DEFIJI Semestre2014-1 Ótica Lentes Esféricos Prof. Robinson 10:07:19 1 O ÍNDICE DE REFRAÇÃO INTRODUÇÃO Quando a luz passa de um meio para outro, sua velocidade aumenta ou diminui devido as diferenças

Leia mais

3. FORMAÇÃO DA IMAGEM

3. FORMAÇÃO DA IMAGEM 3. FORMAÇÃO DA IMAGEM 3.1 INTRODUÇÃO O sistema de geração da imagem de RM emprega muitos fatores técnicos que devem ser considerados, compreendidos e algumas vezes modificados no painel de controle durante

Leia mais

DIAGRAMA DE BLOCOS DE UMA FONTE DE TENSÃO

DIAGRAMA DE BLOCOS DE UMA FONTE DE TENSÃO DIAGRAMA DE BLOCOS DE UMA FONTE DE TENSÃO Essa deficiência presente nos retificadores é resolvida pelo emprego de um filtro Essa deficiência presente nos retificadores é resolvida pelo emprego de um filtro

Leia mais

TRANSFORMADORES. P = enrolamento do primário S = enrolamento do secundário

TRANSFORMADORES. P = enrolamento do primário S = enrolamento do secundário TRANSFORMADORES Podemos definir o transformador como sendo um dispositivo que transfere energia de um circuito para outro, sem alterar a frequência e sem a necessidade de uma conexão física. Quando existe

Leia mais

CONSIDERAÇÕES SOBRE OS RECEPTORES DE CONVERSÃO DIRETA

CONSIDERAÇÕES SOBRE OS RECEPTORES DE CONVERSÃO DIRETA CONSIDERAÇÕES SOBRE OS RECEPTORES DE CONVERSÃO DIRETA Muito se tem falado sobre os receptores de conversão direta, mas muita coisa ainda é desconhecida da maioria dos radioamadores sobre tais receptores.

Leia mais

3.4 O Princípio da Equipartição de Energia e a Capacidade Calorífica Molar

3.4 O Princípio da Equipartição de Energia e a Capacidade Calorífica Molar 3.4 O Princípio da Equipartição de Energia e a Capacidade Calorífica Molar Vimos que as previsões sobre as capacidades caloríficas molares baseadas na teoria cinética estão de acordo com o comportamento

Leia mais

Aula 2 Revisão 1. Ciclo de Vida. Processo de Desenvolvimento de SW. Processo de Desenvolvimento de SW. Processo de Desenvolvimento de SW

Aula 2 Revisão 1. Ciclo de Vida. Processo de Desenvolvimento de SW. Processo de Desenvolvimento de SW. Processo de Desenvolvimento de SW Ciclo de Vida Aula 2 Revisão 1 Processo de Desenvolvimento de Software 1 O Processo de desenvolvimento de software é um conjunto de atividades, parcialmente ordenadas, com a finalidade de obter um produto

Leia mais

DATA: / / 2014 ETAPA: 3ª VALOR: 20,0 pontos NOTA:

DATA: / / 2014 ETAPA: 3ª VALOR: 20,0 pontos NOTA: DISCIPLINA: Física PROFESSORES: Fabiano Vasconcelos Dias DATA: / / 2014 ETAPA: 3ª VALOR: 20,0 pontos NOTA: NOME COMPLETO: ASSUNTO: TRABALHO DE RECUPERAÇÃO FINAL SÉRIE: 3ª SÉRIE EM TURMA: Nº: I N S T R

Leia mais

Fundamentos de Medidas Elétricas em Alta Freqüência

Fundamentos de Medidas Elétricas em Alta Freqüência Centro de Pesquisas de Energia Elétrica Fundamentos de Medidas Elétricas em Alta Freqüência Apresentador: André Tomaz de Carvalho Área: DLE Medidas Elétricas em Alta Frequência Quando o comprimento de

Leia mais

Lentes. Parte I. www.soexatas.com Página 1

Lentes. Parte I. www.soexatas.com Página 1 Parte I Lentes a) é real, invertida e mede cm. b) é virtual, direta e fica a 6 cm da lente. c) é real, direta e mede cm. d) é real, invertida e fica a 3 cm da lente. 1. (Ufg 013) Uma lente convergente

Leia mais

Aula 19. Conversão AD e DA Técnicas

Aula 19. Conversão AD e DA Técnicas Aula 19 Conversão AD e DA Técnicas Introdução As características mais importantes dos conversores AD e DA são o tempo de conversão, a taxa de conversão, que indicam quantas vezes o sinal analógico ou digital

Leia mais

Ondas Sonoras. Velocidade do som

Ondas Sonoras. Velocidade do som Ondas Sonoras Velocidade do som Ondas sonoras são o exemplo mais comum de ondas longitudinais. Tais ondas se propagam em qualquer meio material e sua velocidade depende das características do meio. Se

Leia mais

Medição de Nível. Profa. Michelle Mendes Santos

Medição de Nível. Profa. Michelle Mendes Santos Medição de Nível Profa. Michelle Mendes Santos Introdução Medir a variável nível em processos industriais é quantificar referenciais por meio da monitoração contínua ou discreta com o objetivo de avaliar

Leia mais

x d z θ i Figura 2.1: Geometria das placas paralelas (Vista Superior).

x d z θ i Figura 2.1: Geometria das placas paralelas (Vista Superior). 2 Lentes Metálicas Este capítulo destina-se a apresentar os princípios básicos de funcionamento e dimensionamento de lentes metálicas. Apresenta, ainda, comparações com as lentes dielétricas, cujas técnicas

Leia mais

Fontes de Alimentação

Fontes de Alimentação Fontes de Alimentação As fontes de alimentação servem para fornecer energia eléctrica, transformando a corrente alternada da rede pública em corrente contínua. Estabilizam a tensão, ou seja, mesmo que

Leia mais

Bibliografia. Forouzan, Behrouz A. Comunicação de Dados e Redes de Computadores. 4. ed. McGraw-Hill, 2008.

Bibliografia. Forouzan, Behrouz A. Comunicação de Dados e Redes de Computadores. 4. ed. McGraw-Hill, 2008. Redes Sem Fio Você vai aprender: Contextualização das redes sem fio; Fundamentos de transmissão de sinais digitais; Fundamentos de radio comunicação; Arquiteturas em redes sem fio; Redes WLAN padrão IEEE

Leia mais

Assinale a alternativa que contém o gráfico que representa a aceleração em função do tempo correspondente ao movimento do ponto material.

Assinale a alternativa que contém o gráfico que representa a aceleração em função do tempo correspondente ao movimento do ponto material. Física 53. O gráfico da velocidade em função do tempo (em unidades aritrárias), associado ao movimento de um ponto material ao longo do eixo x, é mostrado na figura aaixo. Assinale a alternativa que contém

Leia mais

Faculdade Sagrada Família

Faculdade Sagrada Família AULA 12 - AJUSTAMENTO DE CURVAS E O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS Ajustamento de Curvas Sempre que desejamos estudar determinada variável em função de outra, fazemos uma análise de regressão. Podemos dizer

Leia mais

INSTRUMENTAÇÃO. Eng. Marcelo Saraiva Coelho

INSTRUMENTAÇÃO. Eng. Marcelo Saraiva Coelho INSTRUMENTAÇÃO CONCEITOS E DEFINIÇÕES Nas indústrias, o termo PROCESSO tem um significado amplo. Uma operação unitária, como por exemplo, destilação, filtração ou aquecimento, é considerado um PROCESSO.

Leia mais

Circuitos Digitais 144L

Circuitos Digitais 144L Circuitos Digitais Notas de Aula - 02 INSTITUTO: CURSO: DISCIPLINA: Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia Ciência da Computação e Sistemas de Informação Circuitos Digitais 144L 1.0 Circuitos Combinacionais.

Leia mais

EE531 - Turma S. Diodos. Laboratório de Eletrônica Básica I - Segundo Semestre de 2010

EE531 - Turma S. Diodos. Laboratório de Eletrônica Básica I - Segundo Semestre de 2010 EE531 - Turma S Diodos Laboratório de Eletrônica Básica I - Segundo Semestre de 2010 Professor: José Cândido Silveira Santos Filho Daniel Lins Mattos RA: 059915 Raquel Mayumi Kawamoto RA: 086003 Tiago

Leia mais

Trabalho 7 Fila de prioridade usando heap para simulação de atendimento

Trabalho 7 Fila de prioridade usando heap para simulação de atendimento Trabalho 7 Fila de prioridade usando heap para simulação de atendimento Data: 21/10/2013 até meia-noite Dúvidas até: 09/10/2013 Faq disponível em: http://www2.icmc.usp.br/~mello/trabalho07.html A estrutura

Leia mais

Comunicação de Dados. Aula 5 Transmissão Analógica

Comunicação de Dados. Aula 5 Transmissão Analógica Comunicação de Dados Aula 5 Transmissão Analógica Sumário Modulação de sinais digitais Tipos de Modulação Taxa de transmissão x Taxa de modulação Modulação por amplitude Modulação por freqüência Modulação

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM ROBÔ MANIPULADOR INDUSTRIAL

DESENVOLVIMENTO DE UM ROBÔ MANIPULADOR INDUSTRIAL 1 DESENVOLVIMENTO DE UM ROBÔ MANIPULADOR INDUSTRIAL Carlos Henrique Gonçalves Campbell Camila Lobo Coutinho Jediael Pinto Júnior Associação Educacional Dom Bosco 1. Objetivo do Trabalho Desenvolvimento

Leia mais

1 Propagação de Onda Livre ao Longo de um Guia de Ondas Estreito.

1 Propagação de Onda Livre ao Longo de um Guia de Ondas Estreito. 1 I-projeto do campus Programa Sobre Mecânica dos Fluidos Módulos Sobre Ondas em Fluidos T. R. Akylas & C. C. Mei CAPÍTULO SEIS ONDAS DISPERSIVAS FORÇADAS AO LONGO DE UM CANAL ESTREITO As ondas de gravidade

Leia mais

Trabalho prático: O contador de Geiger-Muller. Descrição geral

Trabalho prático: O contador de Geiger-Muller. Descrição geral Trabalho prático: O contador de Geiger-Muller Descrição geral Um dos primeiros tipos de detector desenvolvidos foi o chamado contador (ou tubo) de Geiger-Muller. Este contador permite detectar a presença

Leia mais

= + + = = + = = + 0 AB

= + + = = + = = + 0 AB FÍSIC aceleração da gravidade na Terra, g 0 m/s densidade da água, a qualquer temperatura, r 000 kg/m 3 g/cm 3 velocidade da luz no vácuo 3,0 x 0 8 m/s calor específico da água @ 4 J/(ºC g) caloria @ 4

Leia mais

3 Qualidade de Software

3 Qualidade de Software 3 Qualidade de Software Este capítulo tem como objetivo esclarecer conceitos relacionados à qualidade de software; conceitos estes muito importantes para o entendimento do presente trabalho, cujo objetivo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA SÉRIE DE EXERCÍCIO #A4 (1A) FONTE CHAVEADA PAINEL SOLAR Uma aplicação possível

Leia mais

PROCESSO SELETIVO 2006 QUESTÕES OBJETIVAS

PROCESSO SELETIVO 2006 QUESTÕES OBJETIVAS 3 PROCESSO SELETIVO 006 QUESTÕES OBJETIVAS FÍSICA 0 - Um trem de passageiros executa viagens entre algumas estações. Durante uma dessas viagens, um passageiro anotou a posição do trem e o instante de tempo

Leia mais

1 Esfera de aço 1 Transitor BC547

1 Esfera de aço 1 Transitor BC547 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO VICENTE DO SUL ROTEIRO DE MONTAGEM DA ATIVIDADE DE AQUISIÇÃO AUTOMÁTICA DE DADOS REOMETRIA DE FLUIDOS NEWTONIANOS PROFESSOR RAFHAEL BRUM WERLANG 1.0 OBJETIVO

Leia mais

3 Metodologia de calibração proposta

3 Metodologia de calibração proposta Metodologia de calibração proposta 49 3 Metodologia de calibração proposta A metodologia tradicional de calibração direta, novamente ilustrada na Figura 22, apresenta uma série de dificuldades e limitações,

Leia mais

e R 2 , salta no ar, atingindo sua altura máxima no ponto médio entre A e B, antes de alcançar a rampa R 2

e R 2 , salta no ar, atingindo sua altura máxima no ponto médio entre A e B, antes de alcançar a rampa R 2 FÍSICA 1 Uma pista de skate, para esporte radical, é montada a partir de duas rampas R 1 e R 2, separadas entre A e B por uma distância D, com as alturas e ângulos indicados na figura. A pista foi projetada

Leia mais

Distribuição de probabilidades

Distribuição de probabilidades Luiz Carlos Terra Para que você possa compreender a parte da estatística que trata de estimação de valores, é necessário que tenha uma boa noção sobre o conceito de distribuição de probabilidades e curva

Leia mais

Figura 5.1.Modelo não linear de um neurônio j da camada k+1. Fonte: HAYKIN, 2001

Figura 5.1.Modelo não linear de um neurônio j da camada k+1. Fonte: HAYKIN, 2001 47 5 Redes Neurais O trabalho em redes neurais artificiais, usualmente denominadas redes neurais ou RNA, tem sido motivado desde o começo pelo reconhecimento de que o cérebro humano processa informações

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA AUTOMATIZADO PARA INSPEÇÃO ULTRA-SÔNICA EM CASCO DE NAVIO

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA AUTOMATIZADO PARA INSPEÇÃO ULTRA-SÔNICA EM CASCO DE NAVIO DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA AUTOMATIZADO PARA INSPEÇÃO ULTRA-SÔNICA EM CASCO DE NAVIO Antonio A. de Carvalho, Raphael C. S. B. Suita, Ivan C. da Silva, João M. A. Rebello Universidade Federal do Rio

Leia mais

FUVEST 2000-2 a Fase - Física - 06/01/2000 ATENÇÃO

FUVEST 2000-2 a Fase - Física - 06/01/2000 ATENÇÃO ATENÇÃO VERIFIQUE SE ESTÃO IMPRESSOS EIXOS DE GRÁFICOS OU ESQUEMAS, NAS FOLHAS DE RESPOSTAS DAS QUESTÕES 1, 2, 4, 9 e 10. Se notar a falta de uma delas, peça ao fiscal de sua sala a substituição da folha.

Leia mais

Comunicações Digitais Manual do Aluno Capítulo 7 Workboard PCM e Análise de Link

Comunicações Digitais Manual do Aluno Capítulo 7 Workboard PCM e Análise de Link Comunicações Digitais Manual do Aluno Capítulo 7 Workboard PCM e Análise de Link Laboratório de Telecomunicações - Aula Prática 4 Sub-turma: 3 Nomes dos alunos: Tarefa 17 Ruído em um Link Digital Objetivo:

Leia mais

Estudo de Casos 57. 5.1. Estudo de Caso 1: Velocidade Intervalar e Espessura da Camada

Estudo de Casos 57. 5.1. Estudo de Caso 1: Velocidade Intervalar e Espessura da Camada Estudo de Casos 57 5 Estudo de Casos Neste capítulo são relatados três estudos de caso com sismogramas de referência sintéticos que têm como objetivo avaliar o modelo proposto. Na descrição dos estudos

Leia mais

Capítulo 5: Aplicações da Derivada

Capítulo 5: Aplicações da Derivada Instituto de Ciências Exatas - Departamento de Matemática Cálculo I Profª Maria Julieta Ventura Carvalho de Araujo Capítulo 5: Aplicações da Derivada 5- Acréscimos e Diferenciais - Acréscimos Seja y f

Leia mais

Amostragem e PCM. Edmar José do Nascimento (Princípios de Comunicações) http://www.univasf.edu.br/ edmar.nascimento

Amostragem e PCM. Edmar José do Nascimento (Princípios de Comunicações) http://www.univasf.edu.br/ edmar.nascimento Amostragem e PCM Edmar José do Nascimento (Princípios de Comunicações) http://www.univasf.edu.br/ edmar.nascimento Universidade Federal do Vale do São Francisco Roteiro 1 Amostragem 2 Introdução O processo

Leia mais

FÍSICA FENÔMENOS ONDULATÓRIOS E MAGNETISMO FÍSICA 1

FÍSICA FENÔMENOS ONDULATÓRIOS E MAGNETISMO FÍSICA 1 20_Física_2 ano FÍSICA Prof. Bruno Roberto FENÔMENOS ONDULATÓRIOS E MAGNETISMO FÍSICA 1 1. (Ufg 20) O princípio de funcionamento do forno de micro-ondas é a excitação ressonante das vibrações das moléculas

Leia mais

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br PRJET DE REDES www.projetoderedes.com.br urso de Tecnologia em Redes de omputadores Disciplina: Redes I Fundamentos - 1º Período Professor: José Maurício S. Pinheiro AULA 1: onceitos de Redes de Dados

Leia mais

Matriz do Teste de Avaliação de Física e Química A - 11.º ano 1 de fevereiro de 2016 120 minutos

Matriz do Teste de Avaliação de Física e Química A - 11.º ano 1 de fevereiro de 2016 120 minutos Ano Letivo 2015/ 2016 Matriz do Teste de Avaliação de Física e Química A - 11.º ano 1 de fevereiro de 2016 120 minutos Objeto de avaliação O teste tem por referência o programa de Física e Química A para

Leia mais

4 Experimentos Computacionais

4 Experimentos Computacionais 33 4 Experimentos Computacionais O programa desenvolvido neste trabalho foi todo implementado na linguagem de programação C/C++. Dentre as bibliotecas utilizadas, destacamos: o OpenCV [23], para processamento

Leia mais

PROVA DE FÍSICA QUESTÃO 01 UFMG

PROVA DE FÍSICA QUESTÃO 01 UFMG QUESTÃO 01 Em uma corrida de Fórmula 1, o piloto Miguel Sapateiro passa, com seu carro, pela linha de chegada e avança em linha reta, mantendo velocidade constante Antes do fim da reta, porém, acaba a

Leia mais

1 Problemas de transmissão

1 Problemas de transmissão 1 Problemas de transmissão O sinal recebido pelo receptor pode diferir do sinal transmitido. No caso analógico há degradação da qualidade do sinal. No caso digital ocorrem erros de bit. Essas diferenças

Leia mais

Densímetro de posto de gasolina

Densímetro de posto de gasolina Densímetro de posto de gasolina Eixo(s) temático(s) Ciência e tecnologia Tema Materiais: propriedades Conteúdos Densidade, misturas homogêneas e empuxo Usos / objetivos Introdução ou aprofundamento do

Leia mais

FÍSICA DO RX. Cristina Saavedra Almeida fisicamed

FÍSICA DO RX. Cristina Saavedra Almeida fisicamed FÍSICA DO RX Cristina Saavedra Almeida fisicamed O QUE É RADIAÇÃO Pode ser gerada por fontes naturais ou por dispositivos construídos pelo homem. Possuem energia variável desde valores pequenos até muito

Leia mais

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta *

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta * 40 Capítulo VI Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta * A ABNT NBR 15749, denominada Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície

Leia mais

Principais Meios de Transmissão Par Trançado Cabo Coaxial Fibra Ótica Micro Ondas

Principais Meios de Transmissão Par Trançado Cabo Coaxial Fibra Ótica Micro Ondas Modelo de Comunicação Propósito principal A troca de informação entre dois agentes Comunicação de Computadores Comunicação de Dados Transmissão de Sinais Agente Dispositivo de entrada Transmissor Meio

Leia mais

Alguma das vantagens e desvantagens dos computadores ópticos é apresenta a seguir.

Alguma das vantagens e desvantagens dos computadores ópticos é apresenta a seguir. Computação Óptica Introdução Um dos grandes obstáculos para aprimorar o desempenho dos computadores modernos está relacionado com a tecnologia convencional dos semicondutores, que está alcançando o seu

Leia mais

INSTITUTO DE FÍSICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Grupo:... (nomes completos) Prof(a).:... Diurno ( ) Noturno ( ) Experiência 8 LINHA DE TRANSMISSÃO

INSTITUTO DE FÍSICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Grupo:... (nomes completos) Prof(a).:... Diurno ( ) Noturno ( ) Experiência 8 LINHA DE TRANSMISSÃO INSTITUTO DE FÍSICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Laboratório de Eletromagnetismo (4300373) Grupo:......... (nomes completos) Prof(a).:... Diurno ( ) Noturno ( ) Data : / / Experiência 8 LINHA DE TRANSMISSÃO

Leia mais

FÍSICA-2011. Questão 01. Questão 02

FÍSICA-2011. Questão 01. Questão 02 Questão 01-2011 UFBA -- 2ª 2ª FASE 2011 A maioria dos morcegos possui ecolocalização um sistema de orientação e localização que os humanos não possuem. Para detectar a presença de presas ou de obstáculos,

Leia mais

Um especialista em manutenção preditiva

Um especialista em manutenção preditiva Análise de vibrações A UU L AL A Um especialista em manutenção preditiva foi chamado para monitorar uma máquina em uma empresa. Ele colocou sensores em pontos estratégicos da máquina e coletou, em um registrador,

Leia mais

Aula 4 Conceitos Básicos de Estatística. Aula 4 Conceitos básicos de estatística

Aula 4 Conceitos Básicos de Estatística. Aula 4 Conceitos básicos de estatística Aula 4 Conceitos Básicos de Estatística Aula 4 Conceitos básicos de estatística A Estatística é a ciência de aprendizagem a partir de dados. Trata-se de uma disciplina estratégica, que coleta, analisa

Leia mais

Medição tridimensional

Medição tridimensional A U A UL LA Medição tridimensional Um problema O controle de qualidade dimensional é tão antigo quanto a própria indústria, mas somente nas últimas décadas vem ocupando a importante posição que lhe cabe.

Leia mais

2. Fundamentos Físicos: Laser e Luz Intensa Pulsada

2. Fundamentos Físicos: Laser e Luz Intensa Pulsada 2. Fundamentos Físicos: Laser e Luz Intensa Pulsada A luz está presente em praticamente todos os momentos de nossas vidas e tem fundamental importância para a sobrevivência da vida no planeta. Atualmente,

Leia mais

Refração da Luz Prismas

Refração da Luz Prismas Refração da Luz Prismas 1. (Fuvest 014) Um prisma triangular desvia um feixe de luz verde de um ângulo θ A, em relação à direção de incidência, como ilustra a figura A, abaixo. Se uma placa plana, do mesmo

Leia mais

Medidas elétricas em altas frequências

Medidas elétricas em altas frequências Medidas elétricas em altas frequências A grande maioria das medidas elétricas envolve o uso de cabos de ligação entre o ponto de medição e o instrumento de medida. Quando o comprimento de onda do sinal

Leia mais

MEDIÇÃO DE PRESSÃO -0-

MEDIÇÃO DE PRESSÃO -0- MEDIÇÃO DE PRESSÃO -0- SUMÁRIO 1 - PRESSÃO 2 2.1 - MEDIÇÃO DE PRESSÃO 2 2.2 - PRESSÃO ATMOSFÉRICA 2 2.3 - PRESSÃO RELATIVA POSITIVA OU MANOMÉTRICA 2 2.4 - PRESSÃO ABSOLUTA 2 2.5 - PRESSÃO RELATIVA NEGATIVA

Leia mais

Além do Modelo de Bohr

Além do Modelo de Bohr Além do Modelo de Bor Como conseqüência do princípio de incerteza de Heisenberg, o conceito de órbita não pode ser mantido numa descrição quântica do átomo. O que podemos calcular é apenas a probabilidade

Leia mais

UTILIZANDO O HISTOGRAMA COMO UMA FERRAMENTA ESTATÍSTICA DE ANÁLISE DA PRODUÇÃO DE ÁGUA TRATADA DE GOIÂNIA

UTILIZANDO O HISTOGRAMA COMO UMA FERRAMENTA ESTATÍSTICA DE ANÁLISE DA PRODUÇÃO DE ÁGUA TRATADA DE GOIÂNIA UTILIZANDO O HISTOGRAMA COMO UMA FERRAMENTA ESTATÍSTICA DE ANÁLISE DA PRODUÇÃO DE ÁGUA TRATADA DE GOIÂNIA Edson Kurokawa (*) Engenheiro Civil pela UFG e Mestre em Engenharia de Produção pela UFSC. Trabalha

Leia mais