CEFAC PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO EM CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CEFAC PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO EM CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO"

Transcrição

1 CEFAC CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA AUDIOLOGIA CLÍNICA PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO EM CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO ANA TEREZA TORRES PARAGUAY RECIFE Setembro

2 ANA TEREZA TORRES PARAGUAY PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO EM CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Especialização em Audiologia Clínica, orientada pela profª. Miriam Goldenberg. RECIFE 6

3 Setembro 1999 AGRADECIMENTOS À equipe de Cirurgiões-Dentistas do SESI - Serviço Social das Indústrias Natal/RN, que gentilmente participou na realização desta pesquisa. 7

4 RESUMO O objetivo desse trabalho teórico-prático é verificar se o ruído do consultório odontológico exerce alterações na acuidade auditiva do Cirurgião-Dentista. Pretendese pesquisar o padrão audiológico do odontólogo, para realizar um programa de orientação e prevenção dos possíveis danos auditivos ocasionados pela exposição ao ruído. Foi realizada uma pesquisa prática com exames auditivos e amnese para coleta dos dados de profissionais, classificando-os de acordo com o tempo de exposição ao ruído. Odontólogos com, aproximadamente, 5 (cinco) anos de vida profissional não referiram queixas audiológicas e após este período, as queixas começam a surgir: cefaléia, zumbidos, diminuição auditiva, irritabilidade. As audiometrias tonais e vocais confirmam que a perda auditiva induzida por ruído acomete esses profissionais e que eles nada fazem para minimizar o barulho no ambiente. Os dentistas referem que o uso de equipamento de proteção individual (EPI) é praticamente inviável e que não conhecem profissionais competentes para ajudá-los. Esta pesquisa é direcionada ao Cirurgião-Dentista, tentando conscientizá-lo da necessidade de criar um ambiente adaptado para suas atividades diárias. ABSTRACT This theoric-practice work aim verify if the noise of odontological offices provoke modifications on audition capacity of dentistry professinals. To research the audiological pattern of the dentists, for develop a orientation and prevention program of possibles audition problems caused by exposition to noise. There was made a practical research with audition exams and interview to ortain the datas of is professionals, classified in agree with the time of exposition on noise. Dentists with near 5 (five) years of professional life don t refer audition complaint e after this period, the complaint began to appear: Headache, buza, audition loss and irritability. The voice and tone audiometrics confirm that the audition lost induzed by noise occur with these professionals and them don t make nothing for to soften the noise of environmente. The dentists refer that the use of individual equipaments of protection (IEP) is little practice and they don t know competent professional to help them. This research was directed to dentistry professionals, trying to motivate to creat a environment adapted for the diary activities. 8

5 ANEXO 01 IDENTIFICAÇÃO NOME: DATA: / / IDADE: SEXO: ANAMNESE PROFISSIONAL RISCOS DE RUÍDO 1. TEMPO DE TRABALHO: 2. LOCAL DE TRABALHO: ( ) Consultório Particular ( ) Instituições 3. TIPO DE ATIVIDADE ( ) Dentística ( ) Periodontia ( ) Cirurgia ( ) Ortodontia ( ) Prótese ( ) Endodontia ( ) Outros 4. TEMPO APROXIMADO DE TRABALHO: 5. RISCO AUDITIVO FORA DO TRABALHO: ( ) Trauma Acústico? ( ) Exposição a ruído intenso (arma de fogo, walkman, discoteca, moto etc.)? 6. ANAMNESE FAMILIAR: Casos de surdez na família? Doenças otológicas precedentes (otite, cirurgia ou traumatismo craniano)? 7. FAZ USO DO EPI (Equipamento de Proteção Individual)? QUAL? 8. DIMINUIÇÃO AUDITIVA? 9. ZUMBIDOS? 10. USO DE MEDICAMENTOS POR TEMPO PROLONGADO? QUAL? 9

6 11. DOENÇAS ( ) Tuberculose ( ) Cachumba ( ) Diabete ( ) Sarampo ( ) Meningite ( ) Sífilis ( ) Hipertensão ANEXO 02 MAPEAMENTO DO RUÍDO DE DECIBÉIS (db) db Turbina 83 Micromotor 80 Sugador 77 Aspirador 74 Amalgamador 88 Todos 87 10

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO DISCUSSÃO TEÓRICA Aspectos Educativos Sugestões PESQUISA CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS

8 INTRODUÇÃO Com o desenvolvimento mundial, tecnológico e industrial, passaram a existir fatores que geraram estudos específicos e direcionados sobre os danos desta evolução no trabalhador. Dentre estes, estaria o ruído, agente físico que pode causar danos ao organismo humano com efeitos de curto e médio prazo. O ruído apresenta-se mensurável no ambiente de trabalho; ao atuar sobre o trabalhador pode alterar processos internos do organismo, afetando por exemplo o sistema nervoso com conseqüências fisiológicas e emocionais. Os dentistas tiveram o interesse e a preocupação com a perda auditiva induzida por ruído (PAIR) somente no final da década de 50, quando surgiram dispositivos de alta rotação movidos a turbinas, por causa dos altos níveis de ruídos que emitiam. O presente estudo tem o objetivo de verificar se o ruído no consultório odontológico exerce alterações na acuidade auditiva e pesquisar o padrão audiológico do Cirurgião-Dentista, como realizar um programa de orientação e prevenção dos possíveis danos auditivos ocasionados pela constante exposição ao ruído, considerando que seu ambiente profissional possui vários agentes agressores à audição, tais como a caneta de rotação, micromotor, compressor, sugadores, ar condicionado, ruídos externos etc.; através de anamnese laborativa, verificação dos níveis do ruído e exames audiométricos. 12

9 DISCUSSÃO TEÓRICA Durante muito tempo ou toda vida o indivíduo recebe uma grande quantidade de informações sonoras que são captadas por suas orelhas e guardadas em sua memória: tratamentos cardíacos, música preferida, cantiga de ninar, buzina de carro, decolagem de avião. Dependendo do indivíduo os sons podem provocar diferentes reações físicas e emocionais. PEREIRA (1987) e BUSCHINELLI et al. (1994) relatam que os termos som e ruído são com freqüência usados indiferencialmente, mas em geral, som é utilizado para as sensações prazerosas, como música ou fala, enquanto que ruído é usado para descrever um som indesejável como buzina, explosão, barulho de trânsito e máquinas. Para um som ser percebido é necessário que ele esteja dentro da faixa de frequência captável pelo ouvido humano. Essa faixa para um ouvido normal varia em média de 20 a Hz. WELLS (1991) afirma que o organismo humano está sujeito aos efeitos das vibrações, quando elas apresentam valores específicos de amplitude que depende da intensidade do fenômeno e da frequência. Intensidade: é a quantidade de energia vibratória que se propaga nas áreas próximas a partir da fonte emissora. Pode ser definida em termos de energia (Watt/m 2 ) ou em termos de pressão (N/ m 2 ou Pascal). 13

10 Frequência: é representado pelo número de vibrações completas em segundo, sendo sua unidade de medida expressa em Hertz (Hz). A PAIR, também conhecido como Perda Auditiva Ocupacional, Surdez Profissional, Disacusia Ocupacional, constitui-se em doença profissional, de enorme prevalência nas comunidades urbanas industrializadas, é decorrente da exposição contínua a níveis elevados de pressão sonora. São características da PAIR: ser sempre neurosensorial; ser quase sempre bilateral; a perda tem seu início nas freqüências 6.000, e/ou 3.000, progredindo lentamente às freqüências 8.000, 2.000,1.000, 500 e 250 Hz. Inúmeros estudos também vêm evidenciando que os efeitos nocivos que dependem da intensidade e duração da exposição - não se limitam apenas às lesões do aparelho auditivo, mas comprometem diversos outros órgãos, aparelhos e funções do organismo. Sendo assim, podemos didaticamente dividir a sintomatologia da PAIR em auditivos e não-auditivos. Dentre os sintomas auditivos, podemos encontrar a perda auditiva aguda (trauma acústico), que ocorre quando uma concentração sonora é aplicada em um único momento; é a perda auditiva por exposição crônica (PAIR) quando a ação de uma energia é aplicada de forma repetitiva, durante um longo período de tempo. O tinnitus zumbidos freqüentes e não agradáveis que acompanham as perdas auditivas ocupacionais, também seria outro sintoma auditivo, com a dificuldade para entender a fala e localização sonora, sensação de plenitude auricular e audição abafada. Os sintomas não-auditivos seriam compostos pelos transtornos da comunicação; alteração do sono; transtornos neurológicos, vestibulares, digestivos e 14

11 comportamentais. Estudos feitos pela SECRETARIA DO ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO (1994), informam os transtornos cardiovasculares: aceleração cardíaca, redução do volume circulatório, vasoconstrição periférica, aumento da viscosidade do sangue e hipertensão. COLLEONI e COLABORADORES (1981) ressaltam que faixa de baixa frequência, iniciando-se com as freqüências infra-sônicas (abaixo de 16 Hz) os efeitos não são auditivos. Dentre eles, citam enjôo, vômito, tonturas etc. À medida em que a frequência aumenta, os efeitos passam a ser diferentes e pode encontrar alterações na atenção e concentração mental, aumento da irritabilidade, perda do apetite e estados pré-neuróticos. Ainda afirmam que no ser humano o excesso de ruído altera a condutividade elétrica no cérebro e pode provocar queda na atividade motora geral. MANGABEIRA (1975) afirma que a audição é o mais social dos sentidos humanos, a sua deficiência priva o homem da comunicação. Quando ocorre a surdez, diminui sensivelmente a eficiência do processo de socialização, pela incapacidade de ouvir e reagir aos sons da fala. O órgão responsável pela audição é o ouvido, contido no osso temporal, é dividido em ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno. O ouvido externo compreende o pavilhão auricular ou orelha e o meato acústico externo, desempenha a função de proteger a membrana timpânica e ressonância sonora. O ouvido médio, conhecido por capacidade timpânica ou caixa do tímpano, é um espaço irregular, preenchido por ar, nele há elementos importantes para transmissão sonora: 1) trompa de eustáquio: deixa a membrana timpânica livre para vibrar, pois iguala as pressões do lado externo e interno que lá atuam; 2) músculo timpânico: o 15

12 músculo tensor do tímpano, inervado pelo V par craniano (trigêmeo) liga-se ao cabo do martelo, que quando se contrai puxa este ossículo para dentro do ouvido médio, e o músculo inervado pelo facial (VII par craniano) liga-se a cabeça do estribo e quando se contrai puxa a bigorna contra a janela oval, protegendo o ouvido interno e as células do órgão de Córti contra lesões; 3) sistema tímpano-assicular: é constituído pela membrana timpânica, martelo, bigorna e estribo, é um transformador de energia, com finalidade de igualar as impedâncias do ouvido médio e interno, para transmissão sonora efetiva. A cóclea faz parte do ouvido interno, possui paredes ósseas limitando 3 tubos enrolados em duas voltas e meia em um osso chamado medíolo ou columela. Sua base apresenta duas janelas: oval e redonda. Os três tubos cocleares são: rampa vestibular - que limita o ouvido média pela janela oval; rampa média ou canal coclear - contém o órgão de Córti; a rampa timpânica - que se limita com o ouvido médio pela janela redonda. O helicotrema, ápice da cóclea, contém o líquido perlinfa, e comunica a rampa timpânica com o vestibular; o canal coclear, o endolinfa. O órgão de Córti é constituído por células de sustentação e por células ciliadas sensoriais, que são denominadas células ciliadas internas e células ciliadas externas, OLIVEIRA (1997). Alterações lustopatológicas - o achado mais comum em caso de PAIR é a degeneração das células ciliadas, principalmente das células ciliadas externas, que são mais vulneráveis, mais tarde as células ciliadas internas e as células de suporte. Toda a cóclea pode ser atingida nesse processo, restando apenas a membrana basilar. 16

13 Portanto, uma lesão que envolva somente as células ciliadas externas será menos evidente, uma vez que só no caso da extensiva lesão das células ciliadas internas virá ocorrer um substancial degeneração de fibras nervosas. Isso ocorre porque aproximadamente 95% dos neurônios da VII nervo craniano se comunicam com as células ciliadas internas. Mecanismo e localização da lesão - DUNN (1997) afirmou que as alterações observadas na cóclea, decorrente da exposição a ruído, são provavelmente resultado de lesão mecânica, estresse metabólico, ou a combinação dos dois. Presume-se que o metabolismo das células sensoriais, permaneça inalterada enquanto houver uma reserva de glicogênio. Entretanto, quando ocorre um déficit, que se expressa pela redução da atividade metabólica avaliada através do nível de enzimas, tem início as alterações metabólicas. Estas alterações, das que precedem as mudanças estruturais, parecem ser conseqüência da redução da tensão de oxigênio no ducto coclear, devido a hiperestimulação provocada pelo ruído. A exposição a sons internos pode afetar o nível de oxigênio na cóclea, implicando mudanças no seu suprimento sangüíneo. HAWKINS, JOSHNSON e PRESTON (1972) sugerem que o processo normal de degeneração da cóclea pode estar sendo acelerado pela exposição a ruído e a outras condições adversas. O registro de fenômenos eletrofisiológicos é um índice objetivo das mudanças ocorridas na cóclea. A cóclea, transmite a energia acústica recebida pela janela oval às células ciliadas do órgão de Córti, onde ocorre a conversão para energia elétrica. 17

14 Quanto à contribuição dos efeitos mecânicos na lesão coclear, LIM e DUNN (1976) apresentaram de forma sucinta, algumas hipóteses de como uma força mecânica poderia causar lesão às células sensoriais, são elas: a) Movimentação brusca dos fluídos da cóclea, causando ruptura na membrana de Plissner, com encontro da perlinfa e endolinfa, e lesão das células sensoriais; b) Movimentação brusca da membrana básica, causando ruptura da lâmina reticular do órgão de Córti; a perlinfa alcançaria a endolinfa provocando uma mudança crônica em seus conteúdos, terminando por lesar as células ciliadas; c) Movimentação brusca dos fluídos da cóclea que atingiria diretamente as células ciliadas, separaria o órgão de Córti da membrana basilar ou romperia a membrana basilar; d) A separação da membrana tectória dos cílios das células sensoriais, como resultado da hiperestimulação. Desde os trabalhos de Bekesy, se reconhece a importância que o paredão da membrana basilar tem no processo de discriminação de freqüências do estímulo sonoro. As altas freqüências têm seu ponto de ressonância na porção basal da cóclea, e as baixas freqüências, no ápice da cóclea. A região do órgão de Córti a 8mm da janela oval, corresponde à recepção das freqüências em torno de 4kHz e tem sido detectada como especialmente vulnerável as lesões por exposição a ruído, devido a maior fragilidade da estrutura do órgão nessa região, em virtude do desenvolvimento de excessivo estresse durante a estimulação. (FREUD, DUDEK e BONHEM, 1976). 18

15 Os sintomas decorrentes da exposição crônica a ruído, evoluem passando períodos: nos primeiros dez e vinte dias de exposição, o trabalhador costuma acusar zumbidos acompanhados de leve cefaléia, fadiga e tontura. Segue-se alguns meses de adaptação em que os sintomas tendem a desaparecer. Geralmente, após anos, o indivíduo refere dificuldades em escutar sons agudos, principalmente em ambientes ruidosos, tem sido observado que a habilidade em diferenciar os sons da fala mediante a um ruído competitivo fica bastante prejudicada. Por fim, o déficit auditivo interfere na comunicação oral e, freqüentemente, reaparece o zumbido, relata MERLUZZI (1981). Como regra geral, é tolerada exposição de oito horas diárias, no máximo, a ruído, contínuo ou intermitente, a 85dB. Vários fatores podem agredir o órgão auditivo ou, através da interação com o ruído, influenciar o desenvolvimento da perda auditiva. Alguns fatores merecem referência: agentes químicos (solventes, gases asfixiantes, fumos), agentes físicos (vibrações, radiações e calor), agentes biológicos (vírus, bactérias etc.), medicamentos e genéticos. A suscetibilidade individual jamais deve ser esquecida, pois algumas pessoas possuem maior facilidade em adquirir a doença, quando expostas às mesmas condições ambientais. A prevenção é a principal medida a ser tomada, já que a PAIR é uma lesão de caráter irreversível, não existindo tratamento clínico ou cirurgia para recuperação das limiares auditivas. É de responsabilidade dos profissionais envolvidos implementar e gerenciar PCA (Programa de Conservação Auditiva), que não visam somente a prevenção bem como 19

16 evitam a progressão da perda auditiva do trabalhador exposto a níveis elevados de pressão sonora, conforme preceituam as normas do ministério do Trabalho. O ambiente de trabalho e a exposição a níveis elevados de pressão sonora devem ser controladas de modo que o trabalhador possa dar continuidade às suas funções sem prejuízo adicional à sua saúde. LOPES (1994), BUSCHINELLI (1994) e a SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO (1994) afirmam que embora seja o ruído o agente mais difuso no consultório odontológico, os esforços no seu controle têm sido limitado. Se faz necessário a criação de ambientes adaptados ao Cirurgião-Dentista, tendo este um papel determinante no monitoramento ambiental, na identificação de problemas e soluções, em suas atividades diárias. Avaliação e Monitoramento da Exposição ao Ruído Conhecer o ambiente de trabalho; presença de ruídos, produtos ototóxicos, retma, jornadas relacionadas ao trabalho; Avaliar se o ruído interfere na comunicação oral; Identificar o trabalhador exposto; Identificar e avaliar as fontes emissoras de ruídos; Avaliar a eficácia dos controles propostos. Medidas de Controle Ambiental e Organizativas Reduzir o ruído na emissão: colocação de barreiras; Redução de revelação: colocação de materiais fonoabsorventes; Reduzir a vibração nas estruturas: lubrificação, balanceamento e instalação de suportes amortecedores; Alterações no esquema de trabalho ou das operações para permitir a redução de exposição ao ruído. 20

17 Aspectos Educativos É importante que os trabalhadores conheçam os efeitos nocivos dos elevados níveis de pressão sonora e as medidas necessárias para eliminação desses riscos. Iniciação de EPI (Equipamento de Proteção Individual): tem a função de atenuar a potência da energia sonora transmitida ao aparelho auditivo. Deve ser observado os seguintes aspectos: adequação do EPI ao trabalhador, às características do nível de pressão sonora, do conforto, e do tipo de função exercida; período de utilização, que deve ser todo tempo de exposição à pressão sonora elevada; o trabalhador deve receber informações sobre o uso adequado e a conservação dos protetores. Para que o PCA alcance seus objetivos, é necessário que sua eficácia seja avaliada sistemática e periodicamente. A avaliação deve constituir três aspectos básicos: 1. avaliação da perfeição e qualidade dos componentes do programa; 2. avaliação dos dados do exame audiológico; 3. opinião dos trabalhadores. Sugestões Isolamento do compressor com materiais fonoabsorventes; Lubrificação da turbina; Uso do EPI; Realização de exames auditivos a cada 6 meses. 21

18 Para diagnosticar as alterações auditivas decorrentes de exposição a ruído, é necessário considerar os dados de história laboral e extralaboral do Cirurgião-Dentista, bem como suas principais queixas. É importante também que tenhamos um conhecimento do ambiente de trabalho para facilitar a caracterização do diagnóstico. Deve-se realizar Anamnese Coletando Dados, Relativos a: História Laborativa: Exposição a ruído atual e pregressa; Ambiente de trabalho (presença de ruído no consultório ou em setores vizinhos); Funções ou atividades atuais e pregressos; Exposição a substâncias ototóxicas. Outros Antecedentes: Uso de medicamentos ototóxicos; História familiar; Exposição extralaborativa a ruído; Antecedentes mórbidos que possam influir na audição (Sarampo, Cachumba). Anamnese Clínica: Queixa hipoacusia; Queixa de tonturas; Queixa de zumbidos; Dificuldade em discriminar a voz. Realizar otoscopia visando verificar a presença de rolha de cerume no conduto auditivo externo, alteração na membrana timpânica como perfuração, opacificação ou hiperemia. 22

19 A audiometria total limiar é o procedimento mais utilizado para avaliar quantitativamente a audição, com a finalidade, também, de auxiliar o diagnóstico diferencial das perdas auditivas. Os limiares auditivos podem ser determinados por via aérea e via óssea, fornecendo dados topodiagnóstico das lesões auditivas que possam atingir o ouvido externo, médio e interno. As freqüências que devem ser testadas são: 250, 500, 1.000, 2.000, 3.000, 4.000, 6.000, 8.000Hz, para via aérea (VA). A via óssea (VO) é testada de 500 a 4.000Hz. As condições para a realização do exame audiométrico deve ter audiômetro construído de acordo com EIC 645/79 e calibrado segundo as normas ISSO 389/91, ANSI S. 3.6/69 e ANSI S. 3.13/72; ambiente silencioso, que atenda a norma OSHA 1983; testagem no limiar de audição por VA para as freqüências 250, 500, 1.000, 2.000, e 4.000Hz, com possibilidade de mascaramento controlateral por VA, com ruído de banda estreita. Há outros exames que podem ser úteis na confirmação das perdas auditivas e na localização da lesão. Dentre eles pode nos mencionar a imitância acústica, a eletrocolcleografia, ABR, otoemissões acústicas evocadas etc.. 23

20 PESQUISA Esta pesquisa foi aplicada no grupo de 15 (quinze) odontólogos prestadores de serviço no SESI Serviço Social das Indústrias Natal/RN, sendo 07 (sete) do sexo feminino e 08 (oito) do sexo masculino. A faixa etária varia dos 25 aos 45 anos, descartando assim a possibilidade da presbiacusia envelhecimento do sistema auditivo interferir nas informações. A duração da exposição diária ao ruído não excede 10 horas e tempo de formação superior a 1 ano. Houve repouso auditivo por mais de 14 horas para a realização dos exames. 24

21 CONSIDERAÇÕES FINAIS Dentro da proposta de definição ao ruído ocupacional e suas conseqüências, bem como do correlato programa de conservação auditiva, é imprescindível tecer alguns comentários sobre a Legislação Nacional acerca do assunto. A maneira encontrada pelo legislador para tratar da Segurança e Medicina do Trabalho, foi a exposição de Normas Regulamentares (NR) sobre os diferentes aspectos da rotina laboral. NR de números 06 (equipamentos de proteção individual), 07 (exame médico) e 15 (atividades e operações insalubres); transformando-as num instrumento facilitador, que dê respostas seguras às questões médicas periciais. A PAIR, na grande maioria dos casos, não acarreta incapacidade para o trabalhador. Inicialmente não traz grandes prejuízos auditivos, lesa a orelha de modo insidioso, sendo imperceptível pelo trabalhador afetado e pelas outras pessoas. Os indivíduos tendem a negar seus problemas, não exteriorizam suas dificuldades auditivas, atribuindo a outras causas: falta de concentração e interesse. Com a evolução do quadro surgem desabilidades auditivas, gerando insatisfação e pouca compreensão pelo trabalhador e sua família. No ambiente social irá existir interação social reduzida e no trabalho problemas de comunicação, aumento dos riscos de acidentes, mudanças de função, como também estresse, ansiedade, auto-imagem negativa, depressão e sentimento de incapacidade. O barulho está em qualquer lugar e não podemos escapar sempre de sua exposição, quando não pode ser impedido; medidas de proteção devem ser tomadas para limitar ou possivelmente prevenir danos aos ouvidos. 25

22 A exposição a níveis elevados de pressão sonora pode causar perdas auditivas irreversíveis e outros danos à saúde em geral. Portanto, todo esforço deve ser realizado para que os ambientes sejam adequados ao homem. A perda auditiva induzida por ruído é uma doença previsível e evitável. 26

23 CONCLUSÃO Quanto maior o tempo de exposição ao ruído pelos Cirurgiões-Dentistas em sua vida profissional, maior será a possibilidade de acarretar a perda ou a redução da capacidade auditiva. Os efeitos nocivos do ruído podem levar a comprometimentos diversos nas esferas físicas, mental e social do odontólogo. Considerando que não existem dados audiométricos anteriores à pesquisa, sugere-se que sejam realizados exames audiométricos periódicos para acompanhar a evolução e que permitam ser obtidos resultados mais conclusivos. Propiciar medidas de controle com técnicas eficazes para redução ou eliminação dos mesmos, possibilitando ao Cirurgião-Dentista melhores condições de trabalho e saúde. 27

24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUSCHINELLI, J. T.; ROCHA, L.; RIGOTTO, R. M.. Isto é trabalho de gente? Vida, doença e trabalho no Brasil. Editora Nozes, CIPA, Perda Auditiva Induzida pelo Ruído Ocupacional. Rev. CIPA, São Paulo, n. 201, p , Art COSTA, E. A. Classificação e quantificação das perdas auditivas em audiometrias industriais. Rev. Brasileira de Saúde Ocupacional, 61 (16): 35-38, jan./fev./mar., COSTA, Edivaldo; IBANEZ, Raul N.; NUDELMANN, Alberto A.; SEGMAN, José. PAIR Perda Auditiva Induzida por Ruído KATZ, JACK, PLD. Tratado da Audiologia Clínica. Editora Cortez KITAMURA, Satashi. Perdas Auditivas ocupacionais induzidas pelo barulho: considerações legais. Rev. Brasileira de Saúde Ocupacional, 74 (19): 32-5, jul./dez., KWITKO, Airton. Conservação Auditiva Induzida pelo Ruído Ocupacional. Rev. CIPA, 201: 24-5, out., LOPES, Atílio; GENOVESE, Valter João. Doenças Profissionais. Editora Pancast, MORATA, Tais Catalani. Audiologia e Saúde dos Trabalhadores. EDUC, PEREIRA, Carlos Alberto. Surdez Profissional: caracterização e encaminhamento. Rev. Brasileira de Saúde Pública, São Paulo, 65 (17): 43-5, jan./fev./mar., RUSSO, Leda Pacheco. A prática da Audiologia Clínica. Editora Cortez, SAQUY, P. C.; PECORA, J. D.. Ergonomia e as doenças ocupacionais do Cirurgião-Dentista. Editora Daer Atlante, SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE DE SÃO PAULO. Norma: uma técnica que dispõe sobre o diagnóstico de perda auditiva induzida por ruído e a redução e controle do ruído nos ambientes e postos de trabalho. São Paulo,

25 ANEXOS 29

PERDA AUDITIVA INDUZIA POR RUIDO - PAIR CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR GVSAST/SUVISA/SES/GO 1

PERDA AUDITIVA INDUZIA POR RUIDO - PAIR CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR GVSAST/SUVISA/SES/GO 1 PERDA AUDITIVA INDUZIA POR RUIDO - PAIR CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR GVSAST/SUVISA/SES/GO 1 Apesar dos diversos benefícios trazidos pelo progresso, os impactos ambientais decorrentes

Leia mais

PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR). CID 10 (H 83.3) 1 CARACTERÍTICAS GERAIS

PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR). CID 10 (H 83.3) 1 CARACTERÍTICAS GERAIS PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR). CID 10 (H 83.3) 1 CARACTERÍTICAS GERAIS As doenças otorrinolaringológicas relacionadas ao trabalho são causadas por agentes ou mecanismos irritativos, alérgicos

Leia mais

DOENÇAS DO OUVIDO E DA APÓFISE MASTÓIDE (H60 H95) Justificativa Tipos N máximo de sessões Pedido médico + Laudo médico + Exames complementares

DOENÇAS DO OUVIDO E DA APÓFISE MASTÓIDE (H60 H95) Justificativa Tipos N máximo de sessões Pedido médico + Laudo médico + Exames complementares DOENÇAS DO OUVIDO E DA APÓFISE MASTÓIDE (H60 H95) Guias SP/SADT Protocolo Conduta Indicação Clinica Perda Auditiva Justificativa Tipos N máximo de sessões Pedido médico + Laudo médico + Exames complementares

Leia mais

DECLARAÇÃO DE GUERRA AO RUÍDO

DECLARAÇÃO DE GUERRA AO RUÍDO DECLARAÇÃO DE GUERRA AO RUÍDO Diz-se que a capacidade auditiva deficiente não pode ser curada nem corrigida devido ao fato de que a perda da audição produzida pelo ruído é sempre permanente. O ouvido humano

Leia mais

Sistema Vestíbulo-Coclear. Matheus Lordelo Camila Paula Graduandos em Medicina pela EBMSP

Sistema Vestíbulo-Coclear. Matheus Lordelo Camila Paula Graduandos em Medicina pela EBMSP Sistema Vestíbulo-Coclear Matheus Lordelo Camila Paula Graduandos em Medicina pela EBMSP Salvador BA 27 de março de 2012 Componentes Orelha Externa Pavilhão Auditivo Meato Acústico Externo até a membrana

Leia mais

Diretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição em Trabalhadores Expostos a Níveis de Pressão Sonora Elevados

Diretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição em Trabalhadores Expostos a Níveis de Pressão Sonora Elevados MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO PORTARIA 3214 - NR 7 - ANEXO I - QUADRO II Diretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição em Trabalhadores Expostos a Níveis de Pressão Sonora

Leia mais

1. CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

1. CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA GRUPO 5.2 MÓDULO 6 Índice 1. Crianças com Deficiência Auditiva...3 1.1. Os Ouvidos... 3 1.2. Mecanismo da Audição... 3 2. Saúde Auditiva...4 3. Definição de Deficiência Auditiva...5 3.1. Classificação...

Leia mais

Perda Auditiva Induzida Pelo Ruído

Perda Auditiva Induzida Pelo Ruído Anatomia do Ouvido O ouvido consiste em três partes básicas o ouvido externo, o ouvido médio, e ouvido interno. Perda da audição, por lesão do ouvido interno, provocada pela exposição ao ruído ou à vibração

Leia mais

PERCEPÇÃO DE SINTOMAS AUDITIVOS E NÃO-AUDITIVOS DOS MOTORISTAS DE ÔNIBUS DE TRANSPORTE

PERCEPÇÃO DE SINTOMAS AUDITIVOS E NÃO-AUDITIVOS DOS MOTORISTAS DE ÔNIBUS DE TRANSPORTE PERCEPÇÃO DE SINTOMAS AUDITIVOS E NÃO-AUDITIVOS DOS MOTORISTAS DE ÔNIBUS DE TRANSPORTE Alexandre Ramos NOVAFAPI Rita de Cássia - Orientadora - NOVAFAPI INTRODUÇÃO A saúde do trabalhador constitui uma área

Leia mais

PORTARIA N.º 19, DE 09 DE ABRIL DE 1998

PORTARIA N.º 19, DE 09 DE ABRIL DE 1998 PORTARIA N.º 19, DE 09 DE ABRIL DE 1998 O Secretário de Segurança e Saúde no Trabalho, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto no artigo 168 da Consolidação das Leis do Trabalho, o disposto

Leia mais

Proteção Auditiva. Existem coisas que você não precisa perder. A audição é uma delas. Proteja-se! Itabira/2007

Proteção Auditiva. Existem coisas que você não precisa perder. A audição é uma delas. Proteja-se! Itabira/2007 Proteção Auditiva Existem coisas que você não precisa perder. A audição é uma delas. Proteja-se! Itabira/2007 O Som O som é definido como qualquer variação na pressão do ar que o ouvido humano possa detectar.

Leia mais

O RUÍDO LABORAL E A SUA PREVENÇÃO

O RUÍDO LABORAL E A SUA PREVENÇÃO ARTIGO O RUÍDO LABORAL E A SUA PREVENÇÃO Humberto J. P. Guerreiro Engenheiro de Minas INTRODUÇÃO O ruído é um dos agentes físicos que gera mais incomodidade. É responsável por conflitos entre pessoas e

Leia mais

ANEXO I CONDIÇÕES DE CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS

ANEXO I CONDIÇÕES DE CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS 1.OBJETO ANEXO I CONDIÇÕES DE CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de Assistência Médica de Segurança e Medicina do Trabalho, para atendimento aos colaboradores

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Humana OUVIDO: SENTIDO DA AUDIÇÃO E DO EQUILÍBRIO. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais)

Anatomia e Fisiologia Humana OUVIDO: SENTIDO DA AUDIÇÃO E DO EQUILÍBRIO. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais) Anatomia e Fisiologia Humana OUVIDO: SENTIDO DA AUDIÇÃO E DO EQUILÍBRIO DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais) 1ª edição novembro/2006 OUVIDO: SENTIDO DA AUDIÇÃO E DO EQUILÍBRIO SUMÁRIO Sobre a Bio Aulas... 03

Leia mais

Perda Auditiva Induzida Por Ruído Ocupacional (PAIR-O)

Perda Auditiva Induzida Por Ruído Ocupacional (PAIR-O) Perda Auditiva Induzida Por Ruído Ocupacional (PAIR-O) Objetivos da Aula Saber Reconhecer: Características do som e do ruído ocupacional Noções de fisiologia auditiva e de audiometria clínicas Tipos de

Leia mais

Curso Técnico Segurança do Trabalho. Higiene, Análise de Riscos e Condições de Trabalho MÄdulo 8 Programa de ConservaÇÉo Auditiva

Curso Técnico Segurança do Trabalho. Higiene, Análise de Riscos e Condições de Trabalho MÄdulo 8 Programa de ConservaÇÉo Auditiva Curso Técnico Segurança do Trabalho Higiene, Análise de Riscos e Condições de Trabalho MÄdulo 8 Programa de ConservaÇÉo Auditiva O ouvido humano pode ser separado em três grandes partes, de acordo com

Leia mais

Perda Auditiva Ocupacional. Profa. Ms. Angélica Pezzin Palheta

Perda Auditiva Ocupacional. Profa. Ms. Angélica Pezzin Palheta Perda Auditiva Ocupacional Profa. Ms. Angélica Pezzin Palheta Fatores para a Perda Auditiva Ocupacional Agentes físicos: ruído, vibrações, radiações, temperaturas extremas, pressões anormais, umidade;

Leia mais

Avaliação dos Efeitos do Ruído sobre o Homem

Avaliação dos Efeitos do Ruído sobre o Homem 71 Capítulo 9 Avaliação dos Efeitos do Ruído sobre o Homem Nos últimos anos, os altos níveis de ruído se transformaram em uma das formas de poluição que atinge maior número de pessoas. A poluição sonora

Leia mais

O Ouvido Humano e a Audição

O Ouvido Humano e a Audição 36 Capítulo 4 O Ouvido Humano e a Audição Neste capítulo faremos um estudo sobre o ouvido humano, a fisiologia da audição e a sensibilidade do nosso sistema auditivo. 1. Conceitos básicos sobre a anatomia

Leia mais

PATOLOGIAS DO APARELHO AUDITIVO ANDERSON CELSO LUANA MUNIQUE PRISCILA PAMELA

PATOLOGIAS DO APARELHO AUDITIVO ANDERSON CELSO LUANA MUNIQUE PRISCILA PAMELA PATOLOGIAS DO APARELHO AUDITIVO ANDERSON CELSO LUANA MUNIQUE PRISCILA PAMELA 1 INTRODUÇÃO A audição possibilita a aquisição da linguagem e a conseqüente integração do homem com o mundo sonoro e social.

Leia mais

ÓRGÃOS DOS SENTIDOS (2)

ÓRGÃOS DOS SENTIDOS (2) Disciplina: Biologia Série: 6ª série - 1º TRIM Professora: Ivone Azevedo da Fonseca Assunto: Órgãos dos sentidos (2) ÓRGÃOS DOS SENTIDOS (2) A Audição O ouvido é o órgão coletor dos estímulos externos,

Leia mais

PAIRO. Carla Marineli

PAIRO. Carla Marineli PAIRO Carla Marineli Fonoaudióloga / Psicopedagogia Especialista em Audiologia Mestranda em Ciências Médicas - UNIFOR Coordenadora e Docente da Especialização em Audiologia da UNIFOR Coordenadora dos Cursos

Leia mais

Ouvir melhor é viver melhor. Descobrindo sua audição

Ouvir melhor é viver melhor. Descobrindo sua audição Ouvir melhor é viver melhor Descobrindo sua audição O mundo o está chamando A capacidade de ouvir é uma parte tão importante da nossa vida e a maioria das pessoas nem se dá conta disso. Ouvir é um dom,

Leia mais

ESTRESSE OCUPACIONAL SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

ESTRESSE OCUPACIONAL SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO ESTRESSE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO Página 1 de 9 1. OBJETIVO... 3 2. ESCOPO... 3 3. DEFINIÇÕES... 4 4. ESTRESSE OCUPACIONAL: CARACTERIZAÇÃO... 4 4.1. Conceitos fundamentais... 4 4.2. Conseqüências

Leia mais

Proteção Auditiva. Existem coisas que você não precisa perder. A audição é uma delas. Proteja se!

Proteção Auditiva. Existem coisas que você não precisa perder. A audição é uma delas. Proteja se! Proteção Auditiva Existem coisas que você não precisa perder. A audição é uma delas. Proteja se! Conhecendo o Risco O SOM O som é uma vibração que se propaga pelo ar em forma de ondas e que é percebida

Leia mais

Treinamento de Prot. Auditiva. Treinamento aos usuários de protetores auriculares

Treinamento de Prot. Auditiva. Treinamento aos usuários de protetores auriculares Treinamento de Prot. Auditiva Treinamento aos usuários de protetores auriculares 1 Objetivo Reconhecer o agente físico ruído Conhecer os efeitos à saúde causado por exposição ao ruído Conhecer os tipos

Leia mais

As principais causas das perdas condutivas são:

As principais causas das perdas condutivas são: Perda auditiva: Existem três partes principais da orelha envolvidas no processo de audição: a orelha externa, a orelha média e a orelha interna. O processo auditivo começa quando as ondas sonoras entram

Leia mais

AUDIÇÃO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL. O valor da comunicação verbal faz com que a audição, em alguns momentos, seja ainda mais importante que a visão.

AUDIÇÃO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL. O valor da comunicação verbal faz com que a audição, em alguns momentos, seja ainda mais importante que a visão. SISTEMA NERVOSO SENSORIAL Sunol Alvar O valor da comunicação verbal faz com que a audição, em alguns momentos, seja ainda mais importante que a visão. 1 CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS

Leia mais

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição Sistema Sensorial Biofísica da Audição Falar pelos cotovelos... Ouvir pelos joelhos... SENTIDO DA AUDIÇÃO - FINALIDADE Detectar predadores, presas e perigo Comunicação acústica intra - específica Som propagação

Leia mais

FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENÇÃO DE RISCOS

FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENÇÃO DE RISCOS PP. 1/5 FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENÇÃO DE RISCOS 1 TAREFA EXPOSIÇÃO AO RUÍDO 2 DESCRIÇÃO A sociedade moderna tem multiplicado as fontes de ruído e aumentado o seu nível de pressão sonora. O ruído é uma

Leia mais

Resumo sobre o Sistema Auditivo Humano

Resumo sobre o Sistema Auditivo Humano Universidade Federal de Minas Gerais Pampulha Ciências da Computação Resumo sobre o Sistema Auditivo Humano Trabalho apresentado à disciplina Processamento Digital de Som e Vídeo Leonel Fonseca Ivo 2007041418

Leia mais

ERGONOMIA, QUALIDADE e Segurança do Trabalho: Estratégia Competitiva para Produtividade da Empresa.

ERGONOMIA, QUALIDADE e Segurança do Trabalho: Estratégia Competitiva para Produtividade da Empresa. ERGONOMIA, QUALIDADE e Segurança do Trabalho: Estratégia Competitiva para Produtividade da Empresa. 1. INTRODUÇÃO Prof. Carlos Maurício Duque dos Santos Mestre e Doutorando em Ergonomia pela Escola Politécnica

Leia mais

APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES

APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES 1 Copyright 2014 por Publicado por: Diabetes & Você Autora: Primeira edição: Maio de 2014 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta apostila pode

Leia mais

EMPRESAS CONTRATADAS Como manter com elas um relacionamento efetivo

EMPRESAS CONTRATADAS Como manter com elas um relacionamento efetivo EMPRESAS CONTRATADAS Como manter com elas um relacionamento efetivo O treinamento de trabalhadores, voltado para a conscientização sobre os perigos existentes em suas áreas de trabalho, reduz ao mínimo

Leia mais

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO PR UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Pato Branco Gerência de Pesquisa e Pós-Graduação ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA

Leia mais

O Sentido da Audição Capítulo10 (pág. 186)

O Sentido da Audição Capítulo10 (pág. 186) O Sentido da Audição Capítulo10 (pág. 186) - Possibilita a percepção de sons diversos (fala, canto dos pássaros, barulho das ondas do mar, chacoalhar das folhas ao vento); - Os sons são transmitidos por

Leia mais

Perda Auditiva Induzida pelo Ruído - PAIR

Perda Auditiva Induzida pelo Ruído - PAIR Perda Auditiva Induzida Disciplina Medicina Social e do Trabalho MLS 0412 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Graduação 3º Ano Grupo A1 Trata-se de uma perda auditiva do tipo neuro-sensorial,

Leia mais

- NORMA REGULAMENTADORA Nº 9 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

- NORMA REGULAMENTADORA Nº 9 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - NORMA REGULAMENTADORA Nº 9 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS 9.1 - Do Objeto e Campo de Aplicação Item 9.1 da NR 9 alterado pelo art. 1º da Portaria SSST nº 25 - DOU 30/12/1994 - Republicada

Leia mais

AVALIAÇÃO AUDITIVA DE BOLSISTAS VINCULADOS A UM PROJETO EXTENSIONISTA SOBRE SAÚDE AUDITIVA DESENVOLVIDO NA CIDADE DE MACAÉ, RIO DE JANEIRO.

AVALIAÇÃO AUDITIVA DE BOLSISTAS VINCULADOS A UM PROJETO EXTENSIONISTA SOBRE SAÚDE AUDITIVA DESENVOLVIDO NA CIDADE DE MACAÉ, RIO DE JANEIRO. AVALIAÇÃO AUDITIVA DE BOLSISTAS VINCULADOS A UM PROJETO EXTENSIONISTA SOBRE SAÚDE AUDITIVA DESENVOLVIDO NA CIDADE DE MACAÉ, RIO DE JANEIRO. VIVIAN DE OLIVEIRA SOUSA 1 IZABELLA MENDES NOGUEIRA1 ARIADNE

Leia mais

PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUIDO PAIR. Ana Cláudia F.B. Moreira Fonoaudióloga

PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUIDO PAIR. Ana Cláudia F.B. Moreira Fonoaudióloga PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUIDO PAIR Ana Cláudia F.B. Moreira Fonoaudióloga O QUE É? A Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), relacionada ao trabalho, é uma diminuição gradual da acuidade auditiva

Leia mais

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010 ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO: ANÁLISE COMPARATIVA DOS RUÍDOS EM UMA OFICINA MECÂNICA E RECAPAGEM EM FORMIGA-MG MARCELO CARVALHO RAMOS 1, FERNANDA MOREIRA LOPES ASSUMPÇÃO 2, JUSSARA MARIA SILVA RODRIGUES

Leia mais

ANÁLISE DE RUÍDO CONFORME NR-15 EM UMA EMPRESA METAL MECÂNICA

ANÁLISE DE RUÍDO CONFORME NR-15 EM UMA EMPRESA METAL MECÂNICA ANÁLISE DE RUÍDO CONFORME NR-15 EM UMA EMPRESA METAL MECÂNICA SÉRGIO TAKAHASHI 1 Resumo: O ser humano se for submetido a níveis de ruído acima do tolerável, pode induzir a PAIR (perda auditiva induzida

Leia mais

Infra estrutura precária Máquinas e Equipamentos

Infra estrutura precária Máquinas e Equipamentos Variável: Infra estrutura precária Máquinas e Equipamentos Participantes do Aprofundamento da Variável: Coordenador: Mário Vinícius Bueno Cerâmica Betel - Uruaçu-Go Colaboradores: Juarez Rodrigues dos

Leia mais

O Nosso Corpo Volume XXIV O Ouvido Parte 2

O Nosso Corpo Volume XXIV O Ouvido Parte 2 O Nosso Corpo Volume XXIV um Guia de O Portal Saúde Outubro de 2010 O Portal Saúde Rua Braancamp, 52-4º 1250-051 Lisboa Tel. 212476500 geral@oportalsaude.com Copyright O Portal Saúde, todos os direitos

Leia mais

Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo

Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo ESTADO DO ESPÍRITO SANTO ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA PROJETO DE LEI Nº 451/2009 "Estabelece políticas públicas para garantir a saúde auditiva da população Capixaba, através de medidas e políticas para a redução

Leia mais

PROGRAMAS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

PROGRAMAS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 1 PROGRAMAS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 2 PPRA Desde 1994, por exigência legal, as empresas são obrigadas a montar o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais). Esse programa foi definido pela

Leia mais

SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO Conjunto de medidas educacionais, técnicas, médicas e psicológicas adotadas com o objetivo de prevenir acidentes. As causas de um acidente: a) condição insegura: Tal condição

Leia mais

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EPI EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL A principal norma brasileira que regulamenta os dispositivos ou produtos relacionados ao EPI é a NR 06, Portaria 3214 do MTE.

Leia mais

ESPECIALIZAÇAO EM CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO ACÚSTICA

ESPECIALIZAÇAO EM CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO ACÚSTICA ESPECIALIZAÇAO EM CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO ACÚSTICA INTRODUÇÃO É o segmento da Física que interpreta o comportamento das ondas sonoras audíveis frente aos diversos fenômenos ondulatórios. Acústica

Leia mais

Vera Lúcia Castro Jaguariúna, novembro 2005.

Vera Lúcia Castro Jaguariúna, novembro 2005. HORIZONTES DA AVALIAÇÃO NEUROTOXICOLÓGICA DE AGROQUÍMICOS Vera Lúcia Castro Jaguariúna, novembro 2005. Uma vez que a neurotoxicidade contribui para vários distúrbios mentais e neurológicos é cada vez mais

Leia mais

ATIVIDADES FÍSICAS PARA SURDOS

ATIVIDADES FÍSICAS PARA SURDOS ATIVIDADES FÍSICAS PARA SURDOS Profª. Ms. * Introdução A deficiência auditiva traz algumas limitações para o desenvolvimento do indivíduo, uma vez que a audição é essencial para a aquisição da língua oral.

Leia mais

----- CARTILHA ORIENTATIVA ----- ------- Agente Físico: RUÍDO ------- Ilustração: Beto Soares - Foto Revista Proteção

----- CARTILHA ORIENTATIVA ----- ------- Agente Físico: RUÍDO ------- Ilustração: Beto Soares - Foto Revista Proteção Membros do Comitê Cícero Firmino da Silva STIG de Taubaté e Vale do Paraíba José Augusto de Oliveira STIG do Estado do Paraná; Marcelo de Souza Marques STIG de Jundiaí e Região; ----- CARTILHA ORIENTATIVA

Leia mais

A importância da audição e da linguagem

A importância da audição e da linguagem A importância da audição e da linguagem A linguagem não é apenas uma função entre muitas[...] mas uma característica muito difusa do indivíduo, a tal ponto que ele se torna um organismo verbal.(joseph

Leia mais

Segurança e Saúde dos Trabalhadores

Segurança e Saúde dos Trabalhadores Segurança e Saúde dos Trabalhadores [1]CONVENÇÃO N. 155 I Aprovada na 67ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1981), entrou em vigor no plano internacional em 11.8.83. II Dados referentes

Leia mais

LAUDO 015/2013 - SMS LAUDO FISIOTERAPEUTA EM UNIDADES DE SAÚDE LAUDO PERICIAL DE INSALUBRIDADE E/OU PERICULOSIDADE N.º 015/2013 1

LAUDO 015/2013 - SMS LAUDO FISIOTERAPEUTA EM UNIDADES DE SAÚDE LAUDO PERICIAL DE INSALUBRIDADE E/OU PERICULOSIDADE N.º 015/2013 1 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE - SMS GERÊNCIA DE SAÚDE DO SERVIDOR MUNICIPAL - GSSM EQUIPE DE PERÍCIA TÉCNICA - EPT LAUDO 015/2013 - SMS LAUDO FISIOTERAPEUTA EM UNIDADES

Leia mais

OS S ENTIDOS Profe f sso s ra: a Edilene

OS S ENTIDOS Profe f sso s ra: a Edilene OS SENTIDOS Professora: Edilene OS SENTIDOS DO CORPO HUMANO O Paladar identificamos os sabores; OOlfato sentimosodoroucheiro; O Tato sentimos o frio, o calor, a pressão atmosférica, etc; AAudição captamosossons;

Leia mais

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS MODELO PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS NOME DA EMPRESA PERÍODO Dia / Mês / Ano a Dia / Mês / Ano 1 SUMÁRIO 3 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 4 4 OBJETIVO GERAL CONDIÇÕES PRELIMINARES 5 DESENVOLVIMENTO

Leia mais

3 Estetoscópios. 3.1. Contextualização Histórica.

3 Estetoscópios. 3.1. Contextualização Histórica. . 3 Estetoscópios. 3.1. Contextualização Histórica. No fim do século XVIII o exame físico foi melhorado com a introdução da auscultação direta do tórax introduzido pelo médico austríaco Leopold Auenbrugger

Leia mais

Matéria: Técnicas de medição Aula 7 - Ruido Parte 02

Matéria: Técnicas de medição Aula 7 - Ruido Parte 02 Página1 Nível de Pressão Sonora Decibel Como o ouvido humano pode detectar uma gama muito grande de pressão sonora, que vai de 20 μ Pa até 200 Pa (Pa = Pascal), seria totalmente inviável a construção de

Leia mais

21-12-2015. Sumário. Comunicações. O som uma onda mecânica longitudinal

21-12-2015. Sumário. Comunicações. O som uma onda mecânica longitudinal 24/11/2015 Sumário UNIDADE TEMÁTICA 2. 1.2 - O som uma onda mecânica longitudinal. - Produção e propagação de um sinal sonoro. - Som como onda mecânica. - Propagação de um som harmónico. - Propriedades

Leia mais

Página 1 de 5 Sequência Didática As ondas sonoras e suas propriedades físicas Utilizando elementos cotidianos e instrumentos musicais, explique à classe os conceitos físicos do som e os limites saudáveis

Leia mais

PROJETO DE LEI N /2007

PROJETO DE LEI N /2007 PROJETO DE LEI N /2007 O Congresso Nacional decreta: Art. 1 Fica instituído o Programa de Saúde Auditiva P.S.A., de caráter permanente, com o objetivo de promover ações de prevenção, promoção e desenvolvimento

Leia mais

PROCEDIMENTO GERAL. Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais

PROCEDIMENTO GERAL. Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais PÁG. 1/8 1. OBJETIVO Definir a sistemática para identificação e avaliação contínua dos aspectos ambientais das atividades, produtos, serviços e instalações a fim de determinar quais desses tenham ou possam

Leia mais

TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS. CONFORTO AMBIENTAL Aula 12

TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS. CONFORTO AMBIENTAL Aula 12 TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS CONFORTO AMBIENTAL Aula 12 AUDIÇÃO HUMANA A função do ouvido é captar e converter ondas de pressão em sinais elétricos que são transmitidos ao cérebro para produzir

Leia mais

Resumo. 1 Alunos do Curso de Fonoaudiologia, componentes do programa de Iniciação Científica.

Resumo. 1 Alunos do Curso de Fonoaudiologia, componentes do programa de Iniciação Científica. O RUÍDO URBANO E A SAÚDE AUDITIVA Aretuza Serrão Pinto 1 Leandro Jares P. da Cunha 1 Lucianna Daniella S. dos Santos 1 Erick Maklin Machado Távora 2 Jarbas da Silveira Coelho Sarmento Filho 2 Leano Nobuyuki

Leia mais

RESUMO. Palavras-chave: Segurança do trabalho, Protetor Auricular, ração animal. Introdução

RESUMO. Palavras-chave: Segurança do trabalho, Protetor Auricular, ração animal. Introdução DETERMINAÇÃO DE NÍVEIS DE RUÍDOS EM DPM (DESINTEGRADOR/PICADOR/MOEDOR) ACOPLADOS A MOTORES ELÉTRICOS EM LOCAL FECHADO PARA PROCESSAMENTO DE CANA-DE-AÇUCAR Maria Joselma de Moraes 2 ; Sueli Martins de Freitas

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO Atualizado em 11/01/2016 MOTIVAÇÃO Estar motivado é visto como uma condição necessária para que um trabalhador entregue um desempenho superior. Naturalmente, como a motivação

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos NOÇÕES DE OHSAS 18001:2007 CONCEITOS ELEMENTARES SISTEMA DE GESTÃO DE SSO OHSAS 18001:2007? FERRAMENTA ELEMENTAR CICLO DE PDCA (OHSAS 18001:2007) 4.6 ANÁLISE CRÍTICA 4.3 PLANEJAMENTO A P C D 4.5 VERIFICAÇÃO

Leia mais

Capítulo 6. O Ruído Ambiental. Acústica e Ruídos. 1. Avaliação do Ruído Ambiental

Capítulo 6. O Ruído Ambiental. Acústica e Ruídos. 1. Avaliação do Ruído Ambiental 48 Capítulo 6 O Ruído Ambiental Os altos níveis de ruído urbano têm se transformado, nas últimas décadas, em uma das formas de poluição que mais tem preocupado os urbanistas e arquitetos. Os valores registrados

Leia mais

Figura 6.1 - Ar sangrado do compressor da APU

Figura 6.1 - Ar sangrado do compressor da APU 1 Capítulo 6 - SANGRIA DE AR 6.1 - Finalidade e características gerais A finalidade da APU é fornecer ar comprimido para os sistemas pneumáticos da aeronave e potência de eixo para acionar o gerador de

Leia mais

Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar

Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar Nesta aula, apresentaremos o panorama geral das comorbidades envolvidas na dependência química que serão estudadas ao

Leia mais

Perda Auditiva Induzida por Ruído

Perda Auditiva Induzida por Ruído AUDIÇÃO E TRABALHO Audição e Trabalho Ouvir é essencial para a comunicação verbal. É pela audição que percebemos os sons e temos uma boa orientação ambiental. A audição é um canal importante de entrada

Leia mais

Filmes. Filmes. Gestão de RH. Medicina e segurança no trabalho. Prof. Rafael Marcus Chiuzi

Filmes. Filmes. Gestão de RH. Medicina e segurança no trabalho. Prof. Rafael Marcus Chiuzi Gestão de RH Prof. Rafael Marcus Chiuzi Medicina e segurança no trabalho Filmes Vídeo humorístico sobre segurança no trabalho. Duração: 3 20 Filmes Sequência de vídeos de acidente de trabalho. Duração:

Leia mais

FLAXIN finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 5 mg

FLAXIN finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 5 mg FLAXIN finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 5 mg Flaxin finasterida MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA APRESENTAÇÃO Comprimidos revestidos de 5 mg em embalagem com 30

Leia mais

INTRODUÇÃO À ACÚSTICA

INTRODUÇÃO À ACÚSTICA INTRODUÇÃO À ACÚSTICA 1. Introdução As sociedades industriais com o seu desenvolvimento tecnológico têm contribuído para o aumento dos níveis de ruído, sendo um dos principais factores de risco para a

Leia mais

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador WELLINGTON DIAS

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador WELLINGTON DIAS PARECER Nº, DE 2013 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 286, de 2010, do Senador Raimundo Colombo, que flexibiliza limites de ruído para cidades litorâneas de vocação turística.

Leia mais

1. A adoção da auto avaliação como

1. A adoção da auto avaliação como Questionário de Auto avaliação da Saúde Vocal: * Aqui específico para professores, podendo ser adaptado para demais profissões que utilizem a voz. 1. A adoção da auto avaliação como parte integrante dos

Leia mais

4 Experimentos Computacionais

4 Experimentos Computacionais 33 4 Experimentos Computacionais O programa desenvolvido neste trabalho foi todo implementado na linguagem de programação C/C++. Dentre as bibliotecas utilizadas, destacamos: o OpenCV [23], para processamento

Leia mais

DISLEXIA PERGUNTAS E RESPOSTAS

DISLEXIA PERGUNTAS E RESPOSTAS Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira DISLEXIA PERGUNTAS E RESPOSTAS A avaliação é importante? Muito importante. Ela é fundamental para

Leia mais

Neurociência e Saúde Mental

Neurociência e Saúde Mental 1 DICAS PARA MELHORAR O SONO Dormir bem pode fazer toda a diferença para ir bem em uma prova, ser mais criativo no trabalho e manter uma boa memória. O sono é essencial para manter uma rotina saudável,

Leia mais

Tópicos Avançados em Banco de Dados Gerenciamento de Transações em Banco de Dados. Prof. Hugo Souza

Tópicos Avançados em Banco de Dados Gerenciamento de Transações em Banco de Dados. Prof. Hugo Souza Tópicos Avançados em Banco de Dados Gerenciamento de Transações em Banco de Dados Prof. Hugo Souza Até agora vimos como é formada a infraestrutura física e lógica das bases de dados com os principais componentes

Leia mais

Metadados. 1. Introdução. 2. O que são Metadados? 3. O Valor dos Metadados

Metadados. 1. Introdução. 2. O que são Metadados? 3. O Valor dos Metadados 1. Introdução O governo é um dos maiores detentores de recursos da informação. Consequentemente, tem sido o responsável por assegurar que tais recursos estejam agregando valor para os cidadãos, as empresas,

Leia mais

ACIDENTES DE TRABALHO PREVINA-SE

ACIDENTES DE TRABALHO PREVINA-SE ACIDENTES DE TRABALHO PREVINA-SE NÚMEROS ALARMANTES São 160 milhões de trabalhadores no mundo. Não essa não é uma estatística sobre um mega evento comemorativo ou o número de vagas disponíveis no Mercado

Leia mais

PREFEITURA DE GOIÂNIA 1 GABINETE DO PREFEITO

PREFEITURA DE GOIÂNIA 1 GABINETE DO PREFEITO PREFEITURA DE GOIÂNIA 1 GABINETE DO PREFEITO DECRETO Nº 2597, DE 22 DE SETEMBRO DE 2003. Regulamenta a Lei n.º 8.160, de 31 de março de 2003, que dispõe sobre a Política Municipal de Atenção às Pessoas

Leia mais

PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUIDO PAIR. Ana Cláudia F. B. Moreira

PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUIDO PAIR. Ana Cláudia F. B. Moreira PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUIDO PAIR Ana Cláudia F. B. Moreira O QUE É? A Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), relacionada ao trabalho, é uma diminuição gradual da acuidade auditiva decorrente da

Leia mais

Curso Técnico Segurança do Trabalho. Identificação e Análise de Riscos MÄdulo 1 NoÇÉes de Higiene Ocupacional

Curso Técnico Segurança do Trabalho. Identificação e Análise de Riscos MÄdulo 1 NoÇÉes de Higiene Ocupacional Curso Técnico Segurança do Trabalho Identificação e Análise de Riscos MÄdulo 1 NoÇÉes de Higiene Ocupacional Noções de Higiene do Ocupacional Higiene Ocupacional é um conjunto de medidas preventivas multidisciplinares

Leia mais

MÉDICO: ESSE REMÉDIO IGNORADO ABRAM EKSTERMAN

MÉDICO: ESSE REMÉDIO IGNORADO ABRAM EKSTERMAN MÉDICO: ESSE REMÉDIO IGNORADO ABRAM EKSTERMAN Centro de Medicina Psicossomática Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia, RJ Perguntas aos Cavaleiros do Conselho Federal de Medicina Perguntas ingênuas:

Leia mais

Projecto de diploma. que estabelece o regime jurídico aplicável aos aparelhos áudio portáteis

Projecto de diploma. que estabelece o regime jurídico aplicável aos aparelhos áudio portáteis Projecto de diploma que estabelece o regime jurídico aplicável aos aparelhos áudio portáteis A exposição prolongada ao ruído excessivo é, a nível mundial, a maior causa de distúrbios auditivos. O ruído

Leia mais

Saúde é um dos direitos fundamentais do ser humano. Muito mais do que a ausência de doenças, ela pode ser definida como qualidade de vida.

Saúde é um dos direitos fundamentais do ser humano. Muito mais do que a ausência de doenças, ela pode ser definida como qualidade de vida. AULA 1 INTRODUÇÃO E O que é SAÚDE? Saúde é o que toda a pessoa tem quando está com todo o organismo saudável e se sentindo completamente bem em relação a doenças ou a qualquer indisposição física. Saúde

Leia mais

AÇÕES SOCIAIS CATEGORIA SAÚDE

AÇÕES SOCIAIS CATEGORIA SAÚDE VOLTADO À COMUNIDADE MAMAMÓVEL VOLTADOS AOS COLABORADORES FITNESS VIVENDO COM SAÚDE GINÁSTICA LABORAL(GL) PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS

Leia mais

CRONOLÓGICO DOS TRABALHOS TÉCNICOS

CRONOLÓGICO DOS TRABALHOS TÉCNICOS CRONOLÓGICO, DO ANEXO 3 CALOR - NR 15 Luiz Antonio Chiummo Maio /14 CRONOLÓGICO DOS TRABALHOS TÉCNICOS Em março/14 foi realizada reunião técnica envolvendo a FIESP, FIRJAN, CNI E SENAI/SP para discussão

Leia mais

Vida saudável. Dicas e possibilidades nos dias de hoje.

Vida saudável. Dicas e possibilidades nos dias de hoje. CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO- Vida saudável. Dicas e possibilidades nos dias de hoje. Profa. Dra. Valéria Batista O que é vida saudável? O que é vida saudável? Saúde é o estado de complexo bem-estar físico,

Leia mais

INSTRUÇÕES BÁSICAS P ARA A ELABORAÇÃO DE MAPA DE RISCOS. Dilaine RS Schneider SESMT/UNICAMP. Maurício Gervanutti SESMT/UNICAMP

INSTRUÇÕES BÁSICAS P ARA A ELABORAÇÃO DE MAPA DE RISCOS. Dilaine RS Schneider SESMT/UNICAMP. Maurício Gervanutti SESMT/UNICAMP INSTRUÇÕES BÁSICAS P ARA A ELABORAÇÃO DE MAPA DE RISCOS Dilaine RS Schneider SESMT/UNICAMP Maurício Gervanutti SESMT/UNICAMP 2014 1. INTRODUÇÃO Com o decorrer do tempo e os avanços tecnológicos tornando

Leia mais

OTOPLASTIA (CIRURGIA ESTÉTICA DAS ORELHAS)

OTOPLASTIA (CIRURGIA ESTÉTICA DAS ORELHAS) OTOPLASTIA (CIRURGIA ESTÉTICA DAS ORELHAS) Orelha em abano é um defeito congênito, de característica familiar, geralmente bilateral, cujas alterações consistem em um aumento do ângulo (abertura da orelha)

Leia mais

Curso de Capacitação Básica em Ultrassonografia haroldomillet.com

Curso de Capacitação Básica em Ultrassonografia haroldomillet.com Curso de Capacitação Básica em Ultrassonografia haroldomillet.com PRINCÍPIOS FÍSICOS DO ULTRASSOM O ultrassom é uma onda mecânica, longitudinal produzida pelo movimento oscilatório das partículas de um

Leia mais

PPRA PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS COOPERCON COOPERATIVA DO TRABALHO MÉDICO DE CONTAGEM

PPRA PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS COOPERCON COOPERATIVA DO TRABALHO MÉDICO DE CONTAGEM PPRA PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS COOPERCON COOPERATIVA DO TRABALHO MÉDICO DE CONTAGEM PAC SÃO JOSÉ ANO BASE: MAIO 2016 / MAIO 2017 1- PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro O Decreto nº 31/94, de 5 de Agosto, estabelece no ponto 2 do artigo 18º, a obrigatoriedade da criação e organização de Serviços de Segurança e Higiene no Trabalho

Leia mais