UMA ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DO TESTEMUNHO EM JK E A DITADURA

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1 UMA ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DO TESTEMUNHO EM JK E A DITADURA TIAGO CONTE Universidade do Vale do Rio dos Sinos tconteste@gmail.com Este trabalho tem por objetivo problematizar o status do livro JK e a ditadura, de Carlos Heitor Cony. Publicado com o título original de JK - Memorial do exílio, o livro era parte do projeto de publicação das memórias de Juscelino Kubitschek. Elas começaram a ser escritas pelo próprio Juscelino na década de 1960, e os primeiros volumes foram publicados em 1974, quando o autor ainda tinha seus direitos políticos cassados. Esses volumes cobriam sua trajetória desde o começo de sua carreira política em Minas Gerais até a construção de Brasília, mas o período posterior ainda estava por ser escrito e publicado. Contudo, a morte de JK em 1976 deixou esse projeto em suspenso. Cony, que trabalhava como jornalista na revista Manchete, da Editora Bloch, por onde as memórias de JK haviam sido publicadas, recebeu a tarefa de escrever sobre a vida de Juscelino após a presidência. A mudança de título do livro em sua nova edição não se deu por acaso. Tampouco foi uma decisão exclusiva de Cony: como ele mesmo relata na introdução, Ao lançarmos nova edição, e em outro contexto da vida nacional, o editor e o autor combinaram mudar o título para JK e a ditadura, uma vez que o tempo da narrativa excede aos três anos de seu exílio, abrangendo antecedentes e as consequências do regime ditatorial instaurado no país pelo movimento militar de 1964 (Cony, 2012, p.10). 1 Ou seja, as circunstâncias políticas de cada momento influenciaram na recepção e na feitura do livro. JK é colocado numa perspectiva mais ampla, sobretudo quanto às perseguições e perda dos direitos políticos que sofreu após o golpe de Essas mudanças que o livro sofreu entre as edições acabam por refletir o contexto de recepção da obra em cada momento, "Pois o momento preciso do testemunho nos diz muito sobre a cultura política da sociedade na qual vive a testemunha." (WIERVIORKA, apud PIERRON, 2010, p ) Sem poder se referir às arbitrariedades de que JK foi vítima pelo regime militar enquanto ele ainda se encontrava vigente, a história de sua

2 cassação, da perda dos direitos políticos e dos inquéritos movidos contra ele foi narrada décadas depois, quando o contexto político o permitiu. Contudo, as críticas que se possam fazer ao livro enquanto testemunho histórico não se esgotam em seus aspectos externos, referentes à sua transmissão e recepção. Pois o status de JK e a ditadura também se mostra ambíguo conforme o analisamos em seus significados e intenções. Originalmente o volume seria escrito pelo próprio Juscelino, mas sua morte fez com que a redação coubesse a um terceiro. Cony assume a tarefa, mas seria possível assumir a perspectiva de um personagem falecido como se fosse a sua própria? O próprio Cony reconhece a dificuldade inerente a esse projeto: Assim sendo, este livro não é uma biografia autorizada, mas tem a pretensão (talvez absurda, talvez explicável) de ser a continuação das memórias de JK, a crônica do seguimento natural de sua trajetória política e pessoal. Tanto quanto me permitiram o engenho e a escassa arte, tentei relatar atos e fatos de seus últimos anos sob um foco que, a meu ver, teria sido idêntico ou análogo ao de JK (Cony, 2012, p.10-11). Apesar da pretensão do autor, poderíamos considerar JK e a ditadura como parte das memórias de Juscelino ou trata-se de um testemunho vicário, reconstituído através de mediações? A discussão sobre uma possível distinção entre essas duas formas persiste, sobretudo quando se trata da experiência de pessoas já falecidas. Beatriz Sarlo não reconhece essa diferença, ao afirmar que [...] toda experiência do passado é vicária, pois implica sujeitos que procuram entender alguma coisa colocando-se, pela imaginação ou pelo conhecimento, no lugar dos que a viveram de fato. Toda narração do passado é uma representação, algo dito no lugar de um fato (Sarlo, 2007, p.93). 2 Nessa perspectiva poderíamos tomar JK e a ditadura como um exercício de memória, ainda que se tratem de memórias escritas por um terceiro. No entanto, isso redobra nossa atenção ao analisar o modo pelo qual Cony procurou reconstituir a figura de Juscelino, pois as experiências pessoais e políticas que ele atravessou podem estar impregnadas pelas ideias e intenções do próprio Cony. Se o testemunho se configura "quando estamos diante de narrativas escritas para as quais reconhecemos tanto finalidades éticas e políticas quanto estéticas" (ELMIR, 2010, p.160-1), não podemos ignorar as características deste testemunho em específico. Portanto, nossa finalidade é situar JK e a ditadura em relação à literatura de testemunho em geral, ao mesmo tempo em que apontaremos para aspectos que o tornam um tanto diferente dos testemunhos

3 "diretos", no sentido de serem narrados por alguém que vivenciou as experiências relatadas. A literatura de testemunho enquanto fonte historiográfica Nas últimas décadas, as pesquisas em história têm recorrido a novas fontes para a análise de determinadas conjunturas e períodos. Postas em segundo plano por uma historiografia quantitativa, que preferia ver os movimentos e transformações de uma sociedade através de índices numéricos distribuídos em longas seções de tempo, essas fontes ganharam importância num contexto de crise dos grandes paradigmas explicativos, como o marxismo e o estruturalismo. Os atores individuais voltaram a ganhar espaço na historiografia, com seus projetos, possibilidades e limitações, inclusive de grupos que não costumavam ser mencionados até então. Como observa Beatriz Sarlo, O passado volta como quadro de costumes em que se valorizam os detalhes, as originalidades, a exceção à regra, as curiosidades que já não se encontram no presente. [...] Esses sujeitos marginais, que teriam sido relativamente ignorados em outros modos de narração do passado, demandam novas exigências de método e tendem à escuta sistemática dos "discursos de memória": diários, cartas, conselhos, orações (Sarlo, 2007, p.17). 3 O passado ganha outra significação, pois trata-se de observar e analisar casos que desmentem as grandes explicações para o funcionamento das sociedades, ou que apresentam os limites e as inconsistências desses funcionamentos. Ao mesmo tempo, essas novas abordagens evidenciam a crise dos paradigmas anteriores, sobretudo os que viam a história como uma marcha em direção a um objetivo determinado. Sem definir quais as razões específicas para essa crise, Andreas Huyssen salienta que Quaisquer que sejam as suas causas específicas, motivos ou contextos, as intensas práticas de memória que vemos em tantas e distintas partes do mundo de hoje articulam uma crise fundamental de uma estrutura de temporalidade anterior, que marcou a época da alta modernidade, com sua fé no progresso e no desenvolvimento, celebrando o novo e o utópico, como o radical e irredutivelmente outro, e uma fé inabalável em algum telos da história (Huyssen, 2000, p.34). Dos relatos sobre o holocausto na Europa da Segunda Guerra até as narrativas sobre o Apartheid na África do Sul, e passando pelos monumentos em homenagem à luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, essas práticas de memória buscavam dar um rosto e uma voz a pessoas e grupos que não tiveram espaço até então.

4 No contexto latino-americano, a literatura de testemunho recuperou diversas histórias de pessoas perseguidas pelas ditaduras militares que ascenderam ao poder na região entre as décadas de 1960 e Histórias de sobreviventes, mas também dos mortos e dos desaparecidos pelos regimes de então. Reprimidas em suas épocas, "As histórias de crueldades e opressão, uma vez recontadas, constituem atos de desafio: através do narrador as vozes dos mortos e dos mutilados ainda podem ser ouvidas" (WINTER, 2006, p.72). Ao mesmo tempo, o termo "literatura de testemunho" indica se tratar de uma forma híbrida, entre a história e a literatura. Sem ser uma imitação do real, o testemunho não deixa de se referir a uma realidade específica, embora de maneira precária e incompleta. Essa condição não é derivada de alguma falha num testemunho específico, mas faz parte da literatura de testemunho enquanto tal: Literatura e testemunho só existem no espaço entre as palavras e as "coisas": "o testemunho tem sempre parte com a possibilidade ao menos da ficção, do perjúrio e da mentira, afirma Derrida. Eliminada essa possibilidade, nenhum testemunho será possível e, de todo modo, não terá mais o sentido do testemunho (Seligmann-Silva, 2003, p.378). O que não invalida o uso da literatura de testemunho como subsídio para a pesquisa histórica, mas exige uma leitura atenta para essas especificidades. Afinal, o testemunho de alguém que foi vítima de perseguição e violência por parte do Estado tem o efeito de mobilizar a empatia ao mesmo tempo em que desarma a incredulidade. Contudo, isso não deve fazer o historiador prescindir da crítica, pois a pesquisa histórica busca um relato racional a respeito de um determinado acontecimento ou período. Na busca pela verdade, o historiador precisa ter em mente que "... tende-se a confundir a proximidade de fato da testemunha com o acontecimento e o fato histórico eles próprios, simulando ignorar que ele é reconstruído, jamais dado" (PIERRON, 2010, p.129). O testemunho é uma fonte entre outras, não devendo ser tomado como a "verdadeira" história sobre o que se pesquisa. No caso das ditaduras militares da América Latina, o uso dos testemunhos teve um objetivo primeiramente jurídico, quando os governos democráticos que se seguiram buscaram apurar quem foram os responsáveis pelas violações. O uso dos testemunhos na historiografia veio depois, criticado em seus fundamentos e contextualizado em relação a outras fontes de informação. 4

5 Posta em dúvida por seu apelo à subjetividade e até mesmo negada enquanto literatura, a literatura de testemunho conjuga sujeito e experiência, numa relação que está longe de ser simples. Afinal, as condições para a difusão do testemunho são as do presente, enquanto que a matéria dessa enunciação refere-se ao passado. Essa discrepância nos tempos do testemunho não pode ser eliminada, mas Reconhecer isso, porém, não implica que todo relato do passado se entregue a essa heterogeneidade como a um destino fatal, mas que trabalhe com ela para alcançar uma reconstrução inteligível, ou seja: que saiba com que fibras está construída e, como se se tratasse da trama de um tecido, que as disponha para mostrar da melhor maneira o desenho pretendido (Sarlo 2007, p.60). Contudo, para Sarlo a centralidade do sujeito no testemunho, em lugar das estruturas e das relações sociais, põe em xeque a própria objetividade do relato. O ideal seria separar o sujeito da narrativa principal, que deveria incidir sobre as estruturas e relações. Compartilhando das ressalvas sobre a necessidade de se analisar o testemunho interna e externamente, entendemos que tal separação entre sujeito e relato não é o único caminho para se compreender o testemunho. Afinal, ele é um relato pessoal que remete a valores e interesses da época em que está sendo difundido. O testemunho emerge porque tem uma significação em nosso tempo, e [...] a articulação entre o estritamente pessoal e o que pode ser compartilhado forja um discurso que se alimenta e reivindica adesão também por meio de um esforço interpretativo, e não apenas pela "razão sensível" que ele é capaz de suscitar (Elmir,apud Tettamanzy, 2010, p.157). 5 Não conseguimos isolar o sujeito de sua enunciação, mas a interpretação que fazemos de seu relato é um exercício com significações diferentes de acordo com o tempo, os objetivos e a formação daqueles que o leem, sobretudo os historiadores. O testemunho em JK e a ditadura Na busca por uma definição do status de JK e a ditadura, recapitulamos brevemente algumas das definições de testemunho e seus usos na historiografia mais recente. Feita essa exposição, tentamos analisar algumas características do livro a fim de localizarmos o gênero no qual ele se encontra, se no testemunhal ou no memorialístico. Sabendo que tais definições estão longe de serem rígidas, procuramos avaliar JK e a ditadura para além das intenções expressas pelo autor. Afinal, conforme a leitura que fizemos da obra, percebemos que o hibridismo de gêneros, ainda que característico da

6 literatura de testemunho em geral, não basta para definir um texto como testemunhal. É preciso observá-lo em suas mediações, no quanto as vozes do escritor e do depoente coincidem ou são combinadas pelo autor. JK e a ditadura divide-se em duas partes. A primeira, Memorial do exílio, é composta por doze capítulos, que vão desde a entrega da faixa presidencial a Jânio Quadros até o acidente fatal que vitimou Juscelino em Como o próprio Cony deixa claro na introdução, ele decidiu adotar a ordem cronológica por ser a mais comum, mas enfatizou aspectos diferentes na figura de Kubitschek conforme a sucessão dos acontecimentos: Na primeira parte, de 1961 a 1964, coloquei maior ênfase no painel político da época, limitando-me a pequenas notas de caráter pessoal. [...] A partir de 1964, porém, sua vida particular foi crescendo, ocupando cada vez mais espaço na narrativa. Assim, o leitor encontrará, nos primeiros capítulos, a confluência de outros personagens que conduzem a narração em escala maior que o próprio JK (Cony, 2012, p.12). Grosso modo, podemos perceber essa divisão entre os sete primeiros capítulos e os cinco restantes. Na primeira parte, os governos de Jânio Quadros e João Goulart são analisados em comparação ao de JK, quase sempre de forma desvantajosa. Sobre Jânio, Cony diz que Acomodado em sua formação acadêmica, Jânio governava à sua maneira, ou seja, sem maneira nenhuma. [...] Enquanto Juscelino trouxera para o governo uma equipe de trabalho agressiva e otimista, Jânio governava fechado em si mesmo, solitário, comunicando-se através de bilhetinhos que, talvez em seu subconsciente, deveriam ter a força de decretos-leis (Cony, 2012, p.22). 6 Nesse trecho percebe-se, além da imagem desfavorável de Jânio em comparação a Juscelino, uma reprodução da imagem que JK pretendeu passar de si e de seu governo. Juscelino aparece vinculado ao desenvolvimento, ao otimismo e à democracia, enquanto que Jânio surge como alguém fechado ao diálogo e conservador. De maneira semelhante, os apoiadores de João Goulart são apresentados como grupos que "Pensavam num grande programa ideológico que, na prática, se tornaria fisiológico, reduzindo-se a meia dúzia de espasmos reformistas que provocariam a dolorosa - e demorada - cólica de 1964" (CONY, 2012, p.62). Além da referência pejorativa às reformas de base, percebe-se uma responsabilização do governo deposto pelo golpe de que foi vítima. Contudo, de que maneira podemos compreender as posições do autor a respeito?

7 Segundo Anselmo Peres Alós, podemos identificar os testemunhos em duas grandes categorias: os testemunhos mediados e os não-mediados. No segundo grupo, há uma coincidência entre quem narra e quem escreve, como em muitos livros de memórias e autobiografias. Já nos testemunhos mediados, há uma pessoa que conta sua história e uma outra que a transcreve e edita. Nesses casos, "Cria-se por vezes a ilusão de que existe homogeneidade no relato do informante mas, na verdade, seu relato está completamente filtrado pela perspectiva do transcritor/editor" (ALÓS, 2008, p.6). Ainda que JK e a ditadura não seja um depoimento oral transcrito e editado por um terceiro, acreditamos que ele pode se inserir nessa categoria pela diferença entre informante e escritor e pela presença da polifonia. Afinal, várias passagens do livro são compostas por depoimentos e textos de autoria de JK, embora a maior parte do texto seja escrita por Cony. Contudo, identificar essa diferença entre informante e escritor não basta para pensar no modo como a narrativa foi construída. Pois o historiador deve ter em mente que [...] sua particular relação com a literatura de testemunho necessariamente terá de ser mediada por outras aproximações, que irão "expulsá-lo" - ainda que provisoriamente - desta narrativa em direção a outros referentes (Elmir, apud Tettamanzy,2010, p.159). 7 O testemunho sempre faz referência a outros textos, seja para apoiar a sua visão a respeito do que é narrado quanto para contestar outras interpretações sobre os acontecimentos. E neste caso, é necessário buscar paratextos referentes ao autor para tentar explicar algumas das interpretações presentes no livro. Sobre Cony, sabemos que trabalhou como jornalista no Correio da Manhã entre 1961 e 1965, justamente no período entre o governo Jânio e o golpe que derrubou João Goulart, com o apoio declarado do jornal. Tal observação talvez não tivesse maior relevância se não encontrássemos um possível reflexo dessas posições na narrativa sobre JK: Como simples cidadão, JK participava do alívio que a deposição de Jango trouxera ao país. Nos últimos dias, tornara-se insustentável a sua posição. Em dois editoriais veementes, o conservador e liberal Correio da Manhã havia dado um basta e um fora a Goulart. Era, em certo sentido, a voz geral da nação (Cony, 2012, p.105). Dentre as funções que Cony exerceu estava a de editorialista. No entanto, como essa seção costuma representar a posição do veículo, ela não costuma ser assinada por

8 nenhum jornalista em específico. De qualquer forma, podemos encontrar um eco das posições do veículo na imagem que Cony representa de JK no momento do golpe, e que parecem refletir as posições de Cony. Trata-se da impressão de homegeneidade mencionada por Alós, que busca mesclar as vozes do personagem da narrativa e de quem a escreve a fim de produzir um certo efeito sobre o leitor. Nesse sentido de ordenamento dos elementos narrativos para causar uma impressão no público é que podemos distinguir traços de ficcionalidade no texto, uma das características do testemunho. Procedimentos semelhantes também podem ser observados nos capítulos referentes ao período entre a cassação de Juscelino, seu exílio e os últimos anos de sua vida. Ao discutir as causas da cassação, por exemplo, Cony expõe seus argumentos como se fossem os do personagem, identificando-se com ele: Se, no uso de sua natural liderança, reforçada pela posição de candidato oficial do partido, JK mudasse o rumo das conversações e fizesse o PSD indicar e eleger Dutra, tudo teria sido diferente. Castelo Branco representava o desconhecido, a mentalidade gerada e exagerada pela Escola Superior de Guerra, trazia ressentimentos antigos da classe militar, nunca exercera cargo civil, evidente que se tratava de um patriota, com um passado respeitável na FEB, mas politicamente era um dado perigosamente novo para presidir um período de transição legal (Cony, 2012, p ). 8 Nesse trecho percebemos que o autor projeta não apenas as qualidades que compõem o seu personagem principal, mas concepções a respeito do período. Juscelino foi cassado pelo regime que se seguiu ao golpe, mas esse se justificava enquanto período de transição até as eleições previstas para Quando as cassações, prisões e outras formas de violência se seguiram, retira-se o apoio aos militares. A partir destes capítulos, que cobrem o período em que JK perdeu seus direitos políticos, ressalta-se a vida pessoal do personagem, quase sempre de maneira positiva. Dessa maneira estabelece-se o que Pierron chama de pacto testemunhal com vistas ao ensinamento do público presente: "O testemunho constrói uma figura transcendental, um ideal-tipo do agir que, para mobilizar os afetos, mobiliza também a razão e a imaginação" (PIERRON, 2010, p.135). Ao encarnar valores como democracia e tolerância, a figura de Juscelino torna-se um exemplo de político numa época em que o país reconquistava seus direitos nesse campo, considerando-se que a primeira edição do livro foi lançada em 1982.

9 No entanto, algumas questões ainda se levantam quanto ao status testemunhal. A segunda parte, intitulada O Beijo da Morte, é dedicada à análise do acidente que vitimou Juscelino em Em uma nota introdutória ao texto, Cony explica que recebeu o diário de JK pelas mãos de seu editor, mas preferiu não utilizá-lo por conter referências a acontecimentos que não teriam sido publicados caso Juscelino estivesse vivo. E mais uma vez o autor afirma sua intenção de adotar a perspectiva de JK: "Como não me considerava biógrafo, e sim colaborador do ex-presidente na redação de suas memórias, evitei escrever sobre a crise conjugal que marcaria os últimos anos de sua vida" (CONY, 2012, p.208). Assim, sabemos que certas informações referentes ao personagem não serão publicadas, impedindo que se tome a narrativa como abrangendo toda a realidade na qual ele se moveu. Em vez disso, Cony apresenta outra abordagem. Na mesma introdução, o autor comenta que publicou um romance-reportagem (palavras do autor) a respeito do acidente, chamado O beijo da morte. Escrito em pareceria com Anna Lee, o livro tem como protagonista um repórter que investiga a morte de Juscelino, relacionando-a com as mortes de João Goulart e Carlos Lacerda, ocorridas num período bastante próximo. Para a segunda parte de JK e a ditadura, Cony transcreve trechos desse livro referentes à Kubitschek em que aparecem artigos do próprio Cony sobre o acidente. Até aí talvez pudéssemos enquadrar o texto como um testemunho jornalístico, pois a narrativa das investigações é conduzida pela ótica de um determinado personagem. Contudo, em certas passagens o próprio Cony aparece como personagem da narrativa: Cony tinha alguma coisa na cabeça e disse-lhe isso. Haveria lugar para alguma dúvida? Ele titubeou. Quase falou qualquer coisa, preferiu ficar em silêncio. Somente algum tempo depois, me perguntou: - Você não acha estranho que o dr. Guilherme Romano, homem notoriamente ligado ao general Golbery, ao SNI, tenha sido o primeiro a aparecer no local do acidente? (Cony, 2012, p.211) 9 Em vez de incorporar as dúvidas ao corpo da narrativa, o autor opta por destacálas como se fosse uma terceira pessoa no relato, talvez com o objetivo de manter certa distância em relação a um assunto cercado de incertezas. Ao mencionar o fato de que um laudo preparado por militares serviu de base para a perícia sobre o acidente, Cony levanta dúvidas sobre a versão oficial dos fatos, sem no entanto concluir pelo assassinato. Reportando-se como um personagem entre outros, o autor se apresenta

10 como uma testemunha parcial dos acontecimentos. A esse respeito, guardadas as circunstâncias, pode-se dizer o mesmo que Beatriz Sarlo afirma sobre os testemunhos dos campos de concentração: [...] o sujeito do testemunho do campo não está convencido de ser sujeito pleno do que vai enunciar. Pelo contrário, é um sujeito ferido, não porque pretenda ocupar vicariamente o lugar dos mortos, mas porque sabe de antemão que esse lugar não lhe corresponde. Então falará transmitindo uma "matéria-prima", pois quem deveria ter sido o sujeito em primeira pessoa do testemunho está ausente, é um morto do qual não existe representação vicária. Os "condenados" não podem falar e esse silêncio imposto pelo assassinato torna incompleto o testemunho dos sobreviventes (Sarlo, 2007, p.34-35). O caráter testemunhal de JK e a ditadura se afirma no reconhecimento dessa incompletude por parte do autor. Incapaz de encontrar respostas definitivas sobre as circunstâncias da morte de Juscelino, resta a Cony transmitir as dúvidas e as conjecturas que se seguiram. As dúvidas em torno do acidente e as informações que ele levanta são postas ao lado das perguntas e informações de outros personagens, sem que nenhum deles tenha a palavra definitiva a respeito do que realmente aconteceu. Assim, o autor remete a uma dimensão coletiva de incerteza quanto ao destino do personagem, tornando JK e a ditadura um testemunho representativo das posições do autor e das questões levantadas pelo público a respeito da morte de JK. 10 Referências bibliográficas ALÓS, Anselmo Peres. Literatura de resistência na América Latina: a questão das narrativas de testimonio. Especulo, n.37, p. 1-12, jan CONY, Carlos Heitor. JK e a ditadura. Rio de Janeiro: Objetiva, ELMIR, Cláudio Pereira. Desafios metodológicos da literatura de testemunho para o trabalho do historiador. In: TETTAMANZY, Ana Lúcia Liberato; ZALLA, Jocelito; D AJELLO, Luís Fernando Telles (orgs.). Sobre as poéticas do dizer: pesquisas e reflexões em oralidade. São Paulo: Letra e Voz, 2010, p HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, PIERRON, Jean-Philippe. Transmissão: uma filosofia do testemunho. São Paulo: Loyola, 2010.

11 SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: UFMG, SELIGMANN-SILVA, Márcio (org.). História, memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes. Campinas: Unicamp, WINTER, Jay. A geração da memória: reflexões sobre o boom da memória nos estudos contemporâneos de história. In: SELIGMANN-SILVA, Márcio (org.). Palavra e imagem: memória e escritura. Chapecó: Argos, 2006, p

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