CULTURA DE PREVENÇÃO APOSTANDO NA VIDA. Reportagem de Marla Cardoso ANDERSON MARCOS J. DOS ANJOS 34 REVISTA PROTEÇÃO

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1 CULTURA DE PREVENÇÃO APOSTANDO NA VIDA Reportagem de Marla Cardoso ANDERSON MARCOS J. DOS ANJOS 34 REVISTA PROTEÇÃO

2 Refletir e discutir sobre a forma como a Saúde e a Segurança têm sido tratada dentro e fora das empresas é essencial. O foco deve ser a valorização da vida e não apenas a obrigação legal. Desde que a Medicina do Trabalho ganhou força no Brasil, em meados do século XX, a preocupação com a Saúde e Segurança esteve mais atrelada à expectativa de conservar os níveis de produtividade do que a um interesse real de promover melhores condições de trabalho e de saúde. Essa é a impressão de alguns especialistas da área que entendem que, por este motivo, a SST ganhou dentro das empresas, ao longo dos anos, um status baseado apenas no cumprimento da legislação. Sua atuação em relação à divulgação dos reais benefícios que os investimentos e esforços na área pudessem trazer aos trabalhadores sempre foi bastante tímida. Nos últimos tempos informações sobre saúde e segurança tem até tido maior visibilidade, mas, sempre através das estatísticas de acidentes e de adoecimentos dos trabalhadores, em detrimento dos resultados que trazem para a vida dos indivíduos. Este não tem sido um comportamento somente das organizações e dos profissionais do setor, mas também da própria mídia e demais atores sociais que acabam contribuindo para fortalecer ainda mais o modelo de cultura prevencionista adotado no país. Refletir e discutir sobre a forma como a saúde e segurança tem sido tratada dentro e fora das empresas é sem dúvida uma iniciativa de primeira necessidade. Pesquisadores e especialistas entendem como urgente uma mudança de paradigma que passe a tratar deste assunto como vida e preservação de pessoas. Quem já vem a- postando e criando ações a partir deste conceito, acredita que este é o caminho para transformar a relação que os trabalhadores têm com a sua própria atividade e o seu entendimento sobre a importância do tema. REVISTA PROTEÇÃO 35

3 CULTURA DE PREVENÇÃO Ana: contradição Quando chegam às nossas mãos as estatísticas de Saúde e Segurança do Trabalho do País os dados são sempre negativos mostrando apenas o número de trabalhadores acidentados e mortos em acidentes de trabalho. Dificilmente vemos a divulgação de informações sobre quantos operários deixaram de se acidentar por causa de investimentos em SST. Uma projeção baseada nos índices existentes no Brasil na década de 1970 indica que de 1980 até o ano passado teriam sido evitadas pouco mais de 100 mil mortes nas empresas. O levantamento, realizado pelo jornalista e diretor da revista Proteção Alexandre Gusmão, usou a mortalidade em acidentes de trabalho entre 1970 e cerca de 29 mortes para cada 100 mil trabalhadores - e aplicou ao total de profissionais com carteira assinada a partir da década de 80. No período, o levantamento revelou que foram registradas mortes, mas a projeção com base nos índices da década de 70 nos levaria a ter mortes no trabalho. Com isso, podemos dizer que o trabalho prevencionista brasileiro já economizou a vida de trabalhadores, constata Gusmão, mesmo reconhecendo que a subnotificação nestes casos pode comprometer a projeção. Os resultados são muito positivos e podem ainda ser melhorados se os investimentos e esforços em prol da qualidade dos ambientes de trabalho continuarem sendo uma tendência dentro das empresas e os profissionais da área tiverem mais espaço para suas ações, reforça o diretor. CENÁRIO Na opinião da pesquisadora e coordenadora do Núcleo USP (Universidade de São Paulo) de Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho Ana Cristina Limongi-França, este cenário que trata a SST do ponto de vista negativo revela que o próprio e- xercício do trabalho é contraditório em relação à preservação da saúde pessoal e organizacional. Embora a cultura prevencionista pressuponha a presença de valores, políticas, ferramentas e práticas que tenham como horizonte uma produtividade saudável e possua em seu conjunto um modelo de normas claras e factuais, infelizmente não existe educação para a valorização da vida no trabalho. Isso é reforçado por necessidade de resultado a qualquer preço e é o tipo de prática que cega os gestores e, às vezes, os próprios trabalhadores para o cuidado com a eliminação dos acidentes de trabalho, opina. Para avaliar o modelo atual de prevenção em SST adotado por grande parte das empresas, o mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/Minas) Carlos Carrusca indica que é preciso, em primeiro lugar, caracterizá-lo e indicar porque suas ações podem ser ineficazes. Na opinião do especialista, a cultura de SST tradicionalmente presente em muitas empresas possui características que podem ser facilmente identificadas. Uma delas é a tendência de observar e garantir que certos fatores de risco estejam dentro dos limites de tolerância e a ênfase para que as ações de SST recaiam sobre o indivíduo trabalhador, considerado objeto das ações de prevenção e não protagonista. Embora os discursos empresariais apregoem que é fundamental a colaboração dos trabalhadores, não se trata, na maioria dos casos, de um convite legítimo para que eles participem da identificação dos riscos e da construção das ações em SST. Ao contrário, o discurso de colaboração tem visado mais a adesão passiva dos trabalhadores às normas e procedimentos já definidos pelos gestores, pontua o psicólogo. Ele reforça que as margens de participação são ainda muito estreitas, talvez porque as situações reais de trabalho, os MONSANTO DO BRASIL LTDA Carrusca: desconhecimento 36 REVISTA PROTEÇÃO MARÇO // 2009

4 CULTURA DE PREVENÇÃO problemas vividos, as estratégias, os saberes e os valores que os trabalhadores utilizam para definir suas decisões ainda são desconhecidos pelos supervisores ou gestores. NEGAÇÃO Outra tônica atribuída à perspectiva tradicional refere-se à responsabilização dos trabalhadores por ocasião dos acidentes de trabalho em detrimento da análise do processo laboral, uma vez que os esforços se dirigem mais à procura dos culpados do que para a análise e modificação das condições de trabalho. É muito comum a adoção de um modelo de formação que segue o estilo da educação bancária. Mas é preciso mais do que depositar informações na cabeça dos trabalhadores para criar ações efetivas em SST, aponta o psicólogo Carlos Carrusca. Nelson Passagem, professor da disciplina de Saúde do Trabalhador no curso de Psicologia do Centro Universitário Unicapital e psicólogo do Serviço de Segurança e Saúde do Servidor na Prefeitura de Guarulhos (SP), também defende que ao se destacar o acidente e o acidentado, atribui-se implicitamente ao trabalhador a responsabilidade pelos acidentes de trabalho. Para ele, exagerar, expor os casos mais graves, e muitas vezes letais, incitando o medo, nunca traz o efeito desejado, mas pode mobilizar a aversão e a negação. Passagem cita os desenvolvimentos teóricos do psicanalista francês Cristophe Dejours para apontar que a negação é um dos principais mecanismos de defesa posto em ação no trabalho. As situações de perigo no trabalho evidentemente provocam medo em qualquer pessoa. Não dá para continuar trabalhando com medo, com insegurança, com a- meaça constante à sua integridade física. Assim, na ausência de efetivas mudanças no ambiente de trabalho, o indivíduo passa por uma transformação psíquica que o leva a minimizar o perigo, eufemizar o risco - o que muitas vezes leva a comportamentos de desafio ao perigo, tomados pela equipe de segurança como ações imprudentes ou exposição voluntária ao risco, explica. De acordo com o psicólogo, a negação do risco permite encarar as situações de perigo e superar o medo para que se consiga continuar a trabalhar e somente deve ser enfrentada e dirimida quando há efetivas mudanças nas situações de risco. O destaque a acidentes e adoecimentos atua no sentido de desestabilizar tais defesas psíquicas, e mesmo esse efeito seria indesejável, pois o que o indivíduo coloca no lugar da negação quando não há outras possibilidades de ação?, questiona Passagem. EUCATEX Quebrando paradigmas Ao modificar a forma como a Saúde e Segurança do Trabalho é hoje tratada nas empresas, passando a considerá-la com o foco no bem-estar do trabalhador e na perspectiva que trata a prevenção como promoção da vida, os trabalhadores passam a incorporar em sua rotina de vida a desejada sensação de bem-estar. O mestre em educação e tecnologista da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), Luiz Brasil, também aponta que as empresas ganham muito mais com a adoção deste conceito que prima pela vida. Ganham na redução dos custos, no cumprimento dos prazos, na diminuição do retrabalho, na melhoria do clima organizacional e na qualidade dos produtos. Por outro lado, os trabalhadores ganham mais educação para prevenção, menor número de aciden- APATIA A maneira como o trabalhador constrói sua relação com a atividade laboral e mesmo com a própria Saúde e Segurança do Trabalho também está intimamente relacionada com o modelo de cultura prevencionista adotado pelas empresas. Organizações que limitam a participação dos trabalhadores, em questões de SST, à execução de estratégias pré-definidas por supervisores ou gestores tendem a provocar um envolvimento limitado por parte dos colaboradores. Isso estimula uma visão simplesmente passiva ao modelo, ou muito mais grave, uma apatia no dia-a-dia de trabalho, como se o que estivesse acontecendo na empresa não tivesse nada a ver com quem trabalha nela, contribui o pesquisador em Psicologia Social e do Trabalho e Pós-Doutor em Ciências Humanas, José Vieira Leite. Reflexão sobre o novo modelo incorpora o bem-estar à rotina CIPA: Eucatex acreditou no potencial da Comissão e já colhe os benefícios tes e doenças decorrentes do trabalho, melhores ambientes laborais, menor dependência dos benefícios da previdência, melhor qualidade de vida e respeito à dignidade, complementa. Promover o bem-estar faz com que o trabalhador se envolva mais nas discussões e proposições a cerca da prevenção de sua vida e da segurança de seu ambiente de trabalho. A Eucatex/SA, fabricante de chapas de fibras de madeira (Salto/SP), envolveu os seus colaboradores neste conceito e hoje já colhe os resultados. Ao perceber que não tinha uma sistematização dos trabalhos da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e que cada gestão se comportava de uma forma, a empresa criou, em 2002 o projeto Cipativa. A intenção era fortalecer a atuação da CIPA e conseguir o engajamento de to- 38 REVISTA PROTEÇÃO

5 CULTURA DE PREVENÇÃO Brasil: benefícios dos os membros do grupo. Tínhamos problema com relação à Comissão, dificuldade comum na maioria das empresas. As pessoas que se envolviam não se comprometiam com a Saúde e Segurança do Trabalho, estavam mais preocupadas com a estabilidade no emprego, lembra Silvano de Oliveira Pinheiro, técnico de Segurança do Trabalho e supervisor do Departamento de Segurança do Trabalho e Patrimônio da empresa. O primeiro passo para que a Comissão começasse a mudar foi a adequação do treinamento, que foi remodelado para mostrar a importância do cipeiro no contexto da prevenção. Extrapolamos o legalmente exigido, já que a lei determina o currículo mínimo do curso de formação, cita as atribuições do cipeiro, mas não indica como ele pode fazer para cumpri-las, afirma o técnico. Através de um treinamento diferenciado, a Eucatex passou a orientar os integrantes do grupo sobre como atuar na prática em prol de melhorias para os ambientes de trabalho. Para isso, a empresa começou a direcionar para que as atividades propostas tivessem relação com suas reais necessidades de melhoria, ouvindo os trabalhadores para a configuração inicial do Cipativa e em todos os a- justes promovidos. RECONHECIMENTO Hoje, as nove equipes da CI- PA, compostas por 14 trabalhadores em cada uma e divididas de acordo com os setores da empresa são responsáveis por cerca de mil colaboradores, que recebem orientações dos técnicos da área de saúde e segurança. O Diálogo Semanal de Segurança é um desses momentos, onde o cipeiro passa a ter contato com os trabalhadores e a ouvir as suas demandas Pinheiro: demandas ARQUIVO ALUMAR e sugestões para a melhoria do ambiente laboral, expõe o supervisor. Para dar um reforço aos cipeiros, em 2009 a Eucatex ainda criou dentro da empresa a figura dos agentes de segurança, trabalhadores que em outras gestões já integraram a Comissão e agora surgem como um reforço para colaborar em prol da SST. Tivemos uma adesão de 98% das pessoas que já integraram a Comissão e agora retornaram Saindo do discurso Empresas precisam envolver empregados nos processos Alumar: guia de boas práticas é elaborado em conjunto Quando se fala no movimento que as empresas precisam fazer para modificar a abordagem negativa em relação à SST, é unanimidade entre os especialistas ouvidos por nossa reportagem que o começo desta mudança de mentalidade esteja no envolvimento e na participação ativa dos trabalhadores nos processos que envolvem a Saúde e Segurança do Trabalho. É o que ressalta o psicólogo Nelson Passagem: não se trata somente de uma ação marcada pelo conhecimento técnico. O sucesso das ações somente se dá quando também está presente o conhecimento do trabalhador acerca de seu trabalho, indica. O especialista acredita que as ações de SST precisam ganhar status de prioritárias nas empresas, e, como prova disso, é necessário o engajamento de todos e a participação respeitada e autônoma dos trabalhadores, que pode se dar através de comissões de saúde com suporte dos sincomo agentes de segurança, comemora Pinheiro, destacando que com a instituição do novo modelo alguns resultados também já começaram a aparecer, entre eles, a redução das ocorrências de acidentes de trabalho e das taxas de frequência de acidentes. De janeiro de 2003 a dezembro de 2007, a Unidade Chapas da Eucatex teve uma redução nos acidentes de 51% e as taxas de frequência caíram 38%. Outro reconhecimento veio do próprio setor de Saúde e Segurança do Trabalho com a conquista do Prêmio Proteção 2008 na categoria Ação de CIPA. dicatos, sugere. A mesma opinião é compartilhada pelo psicólogo Carlos Carrusca, que defende que um dos princípios para essa mudança é colocar a experiência e os saberes dos trabalhadores no centro das discussões e planejamentos das ações de SST. Por que não pensar na prevenção a partir do diálogo com aquilo que os trabalhadores fazem efetivamente, com os problemas que enfrentam e estratégias que utilizam cotidianamente?, questiona. Ainda no que diz respeito ao envolvimento dos trabalhadores nos programas de gestão de SST, Carrusca diz que é necessário criar espaços onde o coletivo de trabalho possa se fortalecer e refletir sobre as dificuldades e estratégias de trabalho. Se a humanização do trabalho não sair do discurso e tocar a realidade, se não ousar se aproximar do próprio trabalho, da realidade vivida pelos trabalhadores, nunca deixará de ser uma falácia, sentencia o especialista. ENVOLVIMENTO VIMENTO O Grupo Alcoa (São Luiz/MA) vem dando exemplo neste aspecto ao propor aos empregados que desenvolvam alternativas e inovações para melhorar o seu ambiente laboral. Um bom exemplo foi o guia de boas práticas criado por eles com a sugestão de ferramentas para controlar riscos potenciais nas frentes de trabalho. Uma das ferramentas criadas é voltada aos trabalhos com chapas e vigas. Os 40 REVISTA PROTEÇÃO

6 CULTURA DE PREVENÇÃO trabalhadores criaram um sistema para que não precisem mais pegar diretamente com as mãos as lâminas, evitando a ocorrência de acidentes com esses membros. Como eles estão ligados diretamente nas operações, são as pessoas mais indicadas para ajudar a solucionar problemas e propor alternativas para a melhoria do ambiente laboral, reforça o técnico de Segurança do Trabalho da Alcoa, Wilson da Costa Júnior. Aos trabalhadores, também são distribuídos adesivos da campanha para que eles identifiquem os locais que possuem potencial de risco e sinalizem com as orientações. RESULTADOS Ainda sobre o papel das empresas na mudança deste conceito, as ações não podem ficar restritas a campanhas, SIPAT s (Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho) e ações pontuais, mas lho, coordenador do Grupo de Estudos e Aplicada à Qualidade de Vida no Traba- estender-se para atividades que se insiram Pesquisas em Ergonomia Aplicada ao Setor Público, da Universidade de Brasília no cotidiano do trabalhador. O psicólogo Nélson Passagem recomenda que sempre (UNB) Mário César Ferreira, é preciso que houver mudanças na estrutura produtiva da empresa, novas tecnologias ou ça. Segundo ele, que é também professor transcender a ideia corrente de seguran- a introdução de um programa de qualidade total, por exemplo, é preciso se per- UNB, o problema é que a segurança apare- pesquisador do Instituto de Psicologia da guntar qual o impacto dessas ações para ce fortemente associada às condições físicas (local, espaço, iluminação, temperatu- a saúde dos trabalhadores. Se há impactos negativos, as mudanças devem ser feitas antes da efetiva implantação. Projetos, (equipamentos, mobiliário, posto de trara), materiais (insumos), instrumentais investimentos e reestruturações devem balho) e de suporte (apoio técnico). Todos estes fatores influenciam a atividade contar com o apoio dos conhecimentos em SST e respeitar os limites dos trabalhadores, complementa. O mestre em física, porém ele reforça: é tarefa urgen- laboral e colocam em risco a segurança Educação e tecnologista da Fundacentro, te agregar a este conceito, a ideia de segurança psicológica, incorporando um con- Luiz Brasil, vai mais longe, e diz que a mudança passa pelo envolvimento de toda a junto de outras variáveis que influenciam sociedade, através da mídia, dos educadores nas escolas e igrejas e dos profissi- empresa, como o reconhecimento no tra- a atividade cotidiana dos trabalhadores na onais que atuam na área. balho, comenta. O princípio de toda essa transformação também está ligado ao ENVOLVIMENTO VIMENTO envolvimento da alta direção da empresa Já para o pós-doutor em Ergonomia em relação ao tema. Na prática, o engenheiro de Segurança do Trabalho e consultor da Du Pont Safety Resources, Anis Saliba, diz que as organizações precisam instituir uma política de SST que reflita os princípios consistentes de uma cultura evoluída, com a capacitação da alta administração para adotar comportamentos que reforcem essa postura, através de pro- Magdaleno: formação Passagem: impactos Educação para a SST: dentro da empresa, na comunidade ou nos sindicatos gramas de comunicação e de reconhecimento e motivação. Entre as ações e esforços, Anis destaca a promoção do conceito de responsabilidade de linha, através do qual, lideranças, supervisores e empregados sejam os responsáveis pela prevenção, sendo o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) um facilitador. Considero que organizações nas quais a prevenção é assunto somente dos SESMT's estão muito distantes de uma cultura preventiva verdadeira, reflete. Outra iniciativa que pode auxiliar decisivamente na consolidação dessa cultura são programas de conscientização e informação para saúde e segurança fora do trabalho, como segurança no lar, direção segura, entre outros. Esta atitude reforça a visão de prevenção nas situações mais corriqueiras das pessoas e isto se reverte para um estado mental de percepção de risco e valorização pela prevenção, finaliza o engenheiro de segurança. PAPEL DO GOVERNO Na visão da Fundacentro, a mudança deste modelo também está relacionada com a educação. Por isso, vem apostando fortemente em estabelecer parcerias com entidades de classe e instituições de diversos segmentos. Através de um protocolo de intenções firmado com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SE- NAI), o tema Saúde e Segurança do Trabalho será inserido em cursos e treinamentos, fazendo com que a formação do profissional transcenda a área técnica e colabore para criar uma consciência preventi- 42 REVISTA PROTEÇÃO

7 va desde a sua formação. Jorge Magdaleno, diretor-executivo da Fundacentro, diz que a intenção é transversalizar o conteúdo de Saúde e Segurança do Trabalho. Queremos auxiliar na formação da aprendizagem e colaborar para formar o trabalhador com essa consciência focada na vida, completa. Para isso, existe a previsão da assinatura de outras parcerias como a que pretende criar a Escola Nacional do Trabalhador (ENAT). O espaço deve ser estruturado dentro das próprias empresas, com a oferta de aulas voltadas para a promoção da vida e prevenção em Saúde e Segurança do Trabalho. A Fundacentro ainda entende que o processo de educação precisa começar a ser tratado desde a formação das crianças e jovens, que serão os trabalhadores do futuro. Por isso, vem dialogando com a Fundação Roberto Marinho para inserir o tema no projeto Aprendiz Legal, que atua para contribuir na inserção de jovens no mundo do trabalho. Nossa intenção é que esses futuros profissionais também sejam conscientizados sobre a importância da saúde e segurança antes mesmo de ingressarem no mercado de trabalho, completa. MULTIPLICADORES Outra parceria que em breve será concretizada deve atingir os pequenos e microempresários. No caso dos Conselhos Regionais de Contabilidade do País, a Fundacentro pretende sensibilizá-los sobre a importância do investimento em SST. O projeto deve começar pelo Conselho Regional do Estado do Rio de Janeiro e se estender para outras unidades ao longo dos anos. A intenção é agregar aos cursos dessas entidades conteúdos de qualificação em relação à SST. Começamos por essa categoria, pois acreditamos que o contabilista é um dos primeiros profissionais a ter contato com este público e acreditamos que ele possa ser multiplicador do tema, esclarece. Para tornar o conteúdo mais acessível, desde fevereiro, os títulos da editora da Fundacentro também devem extrapolar as bibliotecas localizadas nas unidades da Fundação e ganhar as prateleiras das livrarias de todo o País. Através do sistema Forte aliada de consignação, a instituição está trabalhando para viabilizar essa proposta, que deve ampliar o acesso das pessoas aos temas ligados à área. Para facilitar ao máximo a produção e distribuição desses materiais, a gráfica que imprime os títulos da Fundacentro está sendo deslocada para situar-se ao lado da sede da instituição, uma vez que a tiragem dos exemplares deve aumentar. Também queremos propor para as livrarias que criem uma sessão de Saúde e Segurança do Trabalho, reunindo em um único espaço os títulos que tratam de temas do setor, finaliza Magdaleno. A comunicação é ferramenta essencial para a prevenção Acidente mata 14 trabalhadores que voltavam de lavoura de café. Acidente mata seis operários. Acidente mata trabalhador da construção civil. Caminhão tomba e mata 10 trabalhadores. Acidente com elevador mata cinco trabalhadores em mina. Já se tornou rotina nos depararmos com manchetes como essas estampando capas de jornais, sites e noticiários de rádio e televisão pelo País. Se, por um lado, sabemos que os veículos de comunicação de massa estão muito mais preocupados com o impacto que as notícias podem ocasionar ao focarem somente nas estatísticas negativas para atrair a atenção de leitores, ouvintes e telespectadores, por outro, este cenário impõe um sério problema ao setor de Saúde e Segurança do Trabalho. Enquanto os veículos gastam seu tempo reforçando e até ajudando a construir uma imagem negativa da área de SST, eles deixam de mostrar os efetivos resultados que esforços e investimentos em saúde e segurança trazem para as pessoas e as empresas. A comunicação está entre as ferramentas que pode colaborar para a mudança deste paradigma, fazendo com que a sociedade e os trabalhadores entendam a prevenção em SST como promoção da vida. Na opinião do jornalista e diretor da Oboré - Projetos Especiais em Comunicações e Artes (São Paulo/SP), Sérgio Gomes, as questões de Saúde e Segurança nunca foram tratadas a sério pelos veículos de comunicação de massa. É preciso REVISTA PROTEÇÃO 43

8 CULTURA DE PREVENÇÃO Quando o projeto de expansão da fábrica de alumínio do Consórcio Alumar, do Grupo Alcoa, teve início em São Luiz (MA), em 2005, a empresa criou uma campanha de valorização da vida de seus trabalhadores que vem modificando a forma como eles percebem a Saúde e a Segurança do Trabalho. Como a maioria dos operários do projeto está exposto a riscos de acidentes envolvendo mãos e dedos, a organização estruturou uma ação que os levou a refletir sobre a importância desses membros para sua vida. Entendemos que a saúde e a segurança do trabalhador é importante, em primeiro lugar, para ele mesmo, para a sua família e depois para a companhia, justifica o técnico de Segurança do Trabalho da Alumar, Wilson da Costa Júnior. Uma das Cartazes sensibilizam para prevenção quebrar essa cortina de silêncio e sensibilizar estes profissionais para que, através de seu instrumento de trabalho, passem a enxergar o setor com um outro olhar, acrescenta. Mas como fazer esse movimento em empresas de comunicação cada vez mais enxutas e onde Saúde e Segurança do Trabalho não integram a agenda de temas mais importantes que são pautados diariamente pelos veículos, a exemplo das editorias de economia, mundo, esporte e cultura? PROVOCAR O movimento, na visão do jornalista e diretor da Proteção Publicações e Eventos, Alexandre Gusmão, pode partir dos MÃOS QUE VALEM OURO fases da campanha de sensibilização mostrava os trabalhadores executando atividades no seu dia-a-dia, fora do ambiente laboral. Tiramos fotografias de pessoas tocando guitarra, no convívio com a família, fazendo atividades de lazer que necessitam do uso das mãos, e espalhamos banners com essas fotos por toda a área de trabalho, lembra Costa Júnior. Dinâmicas nas áreas de vivência do projeto estão entre as práticas utilizadas pela empresa. Esquetes teatrais, atividades que incitam o trabalhador a tentar executar atividades sem as mãos, além da apresentação de vídeo educativo são recursos de divulgação diária. REFORÇO O processo de prevenção ainda foi reforçado através dos murais de comunicação, com a colocação de cartazes com orientações sobre cuidados com as mãos; disposição de faixas e adesivos nas áreas operacionais e de vivência; execução de Diálogo Prático de Segurança; implantação de blitz comportamental para mãos e dedos; uso de carimbo em EPI s como luvas. Para Costa Júnior, quando se busca envolver os trabalhadores no contexto em que atuam, além de reduzir os acidentes depara-se com pessoas mais motivadas. Até o final da obra, que deve ser entregue em julho deste ano, o técnico de segurança acredita que a redução de acidentes desse porte siga diminuindo. Nas 37 milhões de horas trabalhadas que a Alumar registra nesse projeto, mais de 20 milhões de horas foram trabalhadas sem afastamento. Somente quatro acidentes ocorreram durante todo o projeto, num universo onde circulam diariamente mais de 12 mil trabalhadores. próprios profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho, provocando os veículos com pautas sobre o setor. É preciso que o profissional de segurança seja um vendedor das práticas positivas que executa dentro da empresa. Para isso precisa conhecer as qualidades de seu produto bem como suas limitações, sugere acrescentando que essa comunicação também deve ser estendida para dentro das organizações junto à direção. Gusmão ainda lembra que, geralmente, as empresas são procuradas por veículos de comunicação quando são registradas ocorrências de acidentes, e que seus profissionais precisam estar preparados para falar sobre o tema, mas também devem ter informações sobre os efeitos positivos dos investimentos que fazem em saúde e segurança. É necessário apostar na divulgação da mudança de comportamento dentro das organizações, nas boas práticas que revertem em resultados positivos para a vida dos trabalhadores, reforça o jornalista. INTRAMUROS Além de estimular os veículos de comunicação de massa a pautarem temas relativos à SST, é preciso que empresas e órgãos de classe utilizem a comunicação para informar os trabalhadores sobre o tema. Informativos internos, jornal mural, programas internos de rádio e televisão podem ser muito bem aproveitados nesse sentido. Gomes lembra que as entidades de classe que representam os trabalhadores também dispõem de meios de comunicação que podem ser aproveitados para tratar de temas relacionados à SST. O ideal é abastecer os responsáveis por esses meios de comunicação com boas informações, seguras, precisas e compreensíveis para que repassem aos trabalhadores, indica. O jornalista lembra que as salas de espera dos sindicatos e mesmo as assembleias que eles organizam também podem ser espaços aproveitados para tratar do tema. Dentro das empresas, a comunicação interpessoal pode ser fortalecida através da própria CIPA, que pode registrar o conteúdo de suas reuniões e disponibilizar para os trabalhadores. Gomes lembra de uma experiência onde foram reunidas uma seleção de músicas de artistas brasileiros que retratavam as condições de vida dos trabalhadores, a exemplo de canções de Chico Buarque, Gilberto Gil e Noel Rosa, e as gravaram em um CD para distribuir aos trabalhadores. A ideia era que essas canções que hoje já não tocam mais no rádio pudessem chegar às mãos das pessoas e até servir como mote para conversas em reuniões da CIPA, sugere. Outro canal que pode ser explorado são os estudantes de comunicação. É preciso incitar que eles produzam reportagens que retratem a Saúde e Segurança do Trabalho, que esses futuros profissionais de comunicação sejam chamados para esse desafio de comunicar sobre o setor, finaliza Gomes. VIDA COMPLETA Por estar ciente e alerta para essas 44 REVISTA PROTEÇÃO

9 constatações citadas ao longo da reportagem, em relação à forma como a Saúde e Segurança do Trabalho vêm sendo reconhecida e tratada no País, é que a Proteção Publicações e Eventos encontrou motivação para idealizar e lançar, no final do ano passado, a campanha Trabalho Seguro Vida Completa. Percebemos que as estatísticas ligadas à SST revelam sempre os maus resultados da ação prevencionista e propomos uma mudança de paradigma, no sentido de valorizar os resultados obtidos através das ações em prol da SST, explica o jornalista e diretor da Proteção, Alexandre Gusmão. A ideia é propor uma reflexão entre os trabalhadores do setor para que o tema seja discutido e, consequentemente, passe a provocar resultados efetivos dentro das empresas. Não queremos ser os donos da campanha, mas os pais da iniciativa, frisa Gusmão, explicando que para participar basta aderir voluntariamente e gratuitamente e passar a adotar o seu conceito. Para isso, foram criadas logomarcas, incluindo o selo da campanha, que podem ser usadas livremente por profissionais, entidades e organismos públicos. A própria logomarca desenvolvida pela Proteção já reflete o espírito da campanha: a mão de um trabalhador estendida sendo tocada pela mão de uma criança, representando a relação entre trabalho e família, e indicando que a prevenção, mais do que colaborar para evitar acidentes de trabalho, promove a vida do trabalhador. Possibilita que, ao final de sua jornada laboral, volte para sua casa saudável para viver momentos de lazer e bem-estar jun- CAIO TENEDINI Informativos e murais internos são importantes canais to de sua família. É uma mudança de a- bordagem, substituir a cultura do acidente e do adoecimento pela cultura da vida, reforça o diretor. Todo o conteúdo da campanha pode ser acessado no site e está disponível para os profissionais utilizarem dentro de suas empresas, seja em materiais de promoção da saúde e segurança ou adotando o conceito para campanhas e ações internas. APOIE ESSA IDEIA Através do site também é possível que empresários, profissionais e trabalhadores registrem depoimentos de histórias que já vivenciaram e que confirmam a importância dos resultados de uma postura prevencionista positiva, colaborando para modificar a forma como as pessoas encaram a prevenção de acidentes e doenças ligadas ao trabalho. Acreditamos que as empresas que aderirem ao conceito da campanha passarão a ter resultados mais efetivos, podendo ser uma ferramenta para que mais trabalhadores e empresas adotem a SST como aspecto vital para o País, enfatiza Gusmão. O diretor ainda lembra que aqueles que quiserem integrar a campanha estão autorizados a utilizar o material e se intitularem apoiadores da iniciativa. Para isso, a Proteção somente solicita ser informada, através do site da campanha, da decisão de apoio à proposta. Uma das empresas que já manifestou seu apoio à Trabalho Seguro Vida Completa é a Fetterolf SchuF do Brasil (Indaiatuba/SP), fabricante de válvulas industriais. REVISTA PROTEÇÃO 45

10 CULTURA DE PREVENÇÃO ALINHADOS COM A QUALIDADE DE VIDA Profissionais que atuam em empresas, consultorias e instituições públicas opinam sobre a importância de tratar a Saúde e Segurança no Trabalho de forma pró-ativa. Os depoimentos foram colhidos especialmente para esta reportagem ou postados no site da Proteção, por ocasião da campanha Trabalho Seguro Vida Completa lançada pela revista O sonho de todos, é um dia ser pai, mãe, ter sua própria família, seu lar, trabalhar com prazer. Prazer este que só é completo quando ao retornamos para nosso lar, somos recebidos por um sorriso, um abraço, gargalhadas. Só assim podemos dizer que tivemos um dia de Trabalho Seguro, e que nossa Vida está Completa. Marcos Alexandre Grisi de Oliveira - Técnico de Segurança do Trabalho Rio das Pedras/SP A Segurança e a Saúde no Trabalho não pode ser considerada apenas uma obrigação legal, pois está diretamente associada à qualidade de vida dos trabalhadores, promove a eficiência dos negócios e contribui significativamente para o sucesso e sobrevivência das organizações. José Ernesto da Costa Carvalho de Jesus - Diretor Técnico da Hiconseg Ribeirão Preto/SP O trabalho tem que figurar na cabeça de todas as pessoas como um fator promotor de saúde. Para isso, o envolvimento na Saúde e Segurança do Trabalho precisa extrapolar os muros das empresas, ganhar a sociedade, os meios de comunicação, as universidades e o movimento sindical. Maria Maeno - Médica sanitarista e pesquisadora da Fundacentro São Paulo/SP CLODOALDO NOVAES KAMILLA PACHECO A Saúde e Segurança do Trabalho precisa ser trabalhada de forma ativa e pró-ativa e não pelo viés da obediência. O meio ambiente laboral necessita ser organizado com a participação efetiva daqueles que constróem o trabalho e com o pensamento de que a condição de vida do trabalhador está em primeiro lugar. Remígio Todeschini - Diretor de Políticas de Saúde e Segurança do Ministério da Previdência Brasília/DF É preciso criar um ambiente laboral de colaboração mútua, onde as pessoas exerçam seu trabalho com prazer e sejam felizes. A Saúde e Segurança do Trabalho necessita ser estruturada através de uma política de promoção da saúde e das condições de vida do trabalhador, com foco na qualidade de vida do indivíduo, que ao sair do trabalho vai desfrutar da convivência da família e dos seus momentos de lazer. Koshiro Otani - Médico do Trabalho e Coordenador do Cerest São Paulo/SP Cabe às empresas redirecionarem o foco da Saúde e Segurança do Trabalho, indicando que sua atuação não está atrelada à prevenção do adoecimento e dos acidentes de trabalho, mas a um processo de construção nos mais diversos sentidos, desde um patrimônio e satisfação até a qualidade de vida do trabalhador. Anadergh Barbosa-Branco - Doutora em Saúde Ocupacional, professora e pesquisadora da UnB Brasília/DF É de suma importância que todos saibam a verdadeira face da segurança no país. É fácil criticar e levantar o número de mortes causadas por acidentes de trabalho. Chegou a hora de divulgar os índices de acidentes evitados pelos profissionais ligados à área de Segurança do Trabalho. Leandro Magalhães Ribeiro Estudante de TST Arraial do Cabo - RJ Rafael Eduardo Araújo, técnico de Segurança do Trabalho da empresa, conta que ao saber da iniciativa percebeu uma oportunidade de ampliar ainda mais o conceito de SST que a Fetterolf SchuF trabalha hoje entre seus colaboradores. Entendemos que, ao proteger o nosso colaborador, não estamos somente protegendo ele, mas aquele indivíduo que leva o sustento para a sua família e que desfruta do convívio com os filhos, comenta Araújo. Ainda de acordo com o técnico, a próxima SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes) já deve passar a utilizar o conceito da campanha. Os filhos são o maior valor de qualquer pessoa, por isso vamos envolvê-los no nosso próximo encontro, adianta Araújo. Para isso, os integrantes da área de SST da empresa foram até a casa dos trabalhadores registrar fotos dos filhos dos colaboradores utilizando EPI s. Além disso, os pequenos gravaram mensagens estimulando comportamentos seguros. Os materiais serão exibidos em telões durante o evento. Assim que tomou conhecimento da campanha Trabalho Seguro Vida Completa, a empresa Seção Demais Suzuki (São Paulo/SP), que atua na produção de peças teatrais para treinamentos e sensibilizações, encontrou uma identificação com a iniciativa, já que desde 1995 vem produzindo peças que tratam a SST com um foco positivo. Nas encenações, os acidentes e adoecimentos do trabalho dão lugar a sensibilizações sobre os efetivos resultados que a prevenção traz aos trabalhadores e seus familiares, como conta o diretor da empresa, Marcos Horta. Temos mais de 20 opções de encenações teatrais na área de SST, mas nenhuma delas encena o acidente ou mesmo retrata um trabalhador mutilado. Boa parte delas são ambientadas na casa do trabalhador, retratadas no seu convívio com a família, acrescenta. De acordo com Horta, a ideia da Demais Suzuki é desenvolver mais um argumento teatral, desta vez, com foco bem específico neste assunto. Já aderimos à campanha, porque temos consciência do quanto essa abordagem positiva em relação à Saúde e Segurança do Trabalho favorece o ambiente de trabalho, completa. A partir do mês de março a Suzuky pretende colocar a peça à disposição daqueles que tenham interesse em tratar o tema dentro de suas empresas. 46 REVISTA PROTEÇÃO

11 MONSANTO DO BRASIL LTDA CULTURA DE PREVENÇÃO O papel dos profissionais Valorização virá com o amadurecimento dos especialistas Prevenção é responsabilidade de todos Se a mudança deste paradigma passa por questões sociais, como a comunicação e a própria educação, também cabe aos especialistas em Saúde e Segurança do Trabalho começar a refletir sobre este conceito dentro das empresas onde atuam. Qual o papel destes profissionais que acompanham cotidianamente a realidade dos trabalhadores? E de que forma eles podem exercer com mais autonomia a disseminação deste conceito dentro das organizações? Para o consultor em Saúde e Segurança do Trabalho João Cândido Oliveira, o processo deve ser anterior ao ingresso desses especialistas nas organizações. Começa ainda na formação dos engenheiros, técnicos e enfermeiros do Trabalho. No ensino médio a formação é extremamente deficitária, os cursos são fracos e a grade curricular não atende as especificidades das empresas, critica. Armando Henrique, presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado de São Paulo (Sintesp), também acredita que o erro começa na formação desses profissionais que, ao invés de serem estimulados na conquista de espaços para a obtenção de resultados, são limitados a atividades simplificadas, como a coordenação da equipe do SESMT. Ao invés de estimular os profissionais a atuarem em prol das boas práticas, eles são formados para procurar falhas dentro das empresas e acabam utilizando isso co- ADEMILDE COSTA mo um amuleto, complementa. Cândido afirma que hoje os especialistas estão muito focados em questões burocráticas dentro das empresas, como o controle de documentos e que sua presença dentro da corporação deve ser permeada pela pergunta: o que o especialista faz que está efetivamente gerando resultados?. O consultor acredita que a presença do especialista dentro da empresa tenha um cunho voltado para atividades de assessoria técnica. Enquanto a SST for tratada apenas como de responsabilidade dos especialistas da área seguiremos com esta cultura. É preciso ter consciência que a Saúde e Segurança do Trabalho é de responsabilidade da linha organizacional e que o técnico deve atuar como um assessor especializado, contribui Anis Saliba, engenheiro de Segurança do Trabalho e consultor da Du Pont Safety Resources, João Cândido: formação Freitas: autonomia reforçando que o papel dos técnicos não deve se limitar ao de vigia ou de cobrador de boas práticas em SST. Quem é responsável por produzir, dar lucro, economizar energia, também é responsável por prevenir, finaliza Saliba. CONHECIMENTO O engenheiro de Segurança do Trabalho e consultor sindical, Nilton Freitas, afirma que os profissionais de SST precisam conhecer melhor as diretrizes de Saúde e Segurança do Trabalho e, consequentemente, os benefícios da adoção de uma aposta mais positiva em relação à SST, para que adquiram outro patamar dentro das empresas, de mais reconhecimento e de maior qualificação. Cabe também a esses profissionais levar esse conhecimento aos seus superiores para que seja reconhecido e incorporado. Para que a empresa perceba este modelo como algo que contribua para o seu crescimento, pontua Freitas. A falta de autonomia destes profissionais dentro das organizações e a luta que travam diariamente com o sistema produtivo são outros fatores que estimulam a adoção de uma perspectiva mais negativista em relação à SST. Um pequeno, mas significativo movimento para que se vislumbre mudanças na cultura prevencionista vigente pode começar com simples, mas consistentes atos no dia-a-dia dos profissionais. O presidente do Sintesp exemplifica a- conselhando que se evite o uso de termos pejorativos e o estímulo da cultura que visa mostrar o erro e penalizar as ações incorretas. É preciso ter habilidade para vender essa ideia. À medida que empresários e trabalhadores começam a perceber os bons resultados têm mais facilidade para incorporarem este novo modelo, afirma o presidente do Sintesp. No exercício de sua função na FMC Química do Brasil Ltda (Uberaba/MG), o técnico de Segurança do Trabalho, Paulo Sérgio de Carvalho, diz que procura passar essa conscientização aos trabalhadores já desde o ato de sua contratação durante o treinamento. Além de a- lertar para os riscos ambientais que o colaborador terá que conviver e conhecer, também é transmitida a mensagem de que no final do dia tem alguém em casa 48 REVISTA PROTEÇÃO

12 SERGIO TEIXEIRA CULTURA DE PREVENÇÃO Ajinomoto: além das normas que o aguarda, seja sua esposa com seus filhos, ou até mesmo seus pais. Todos esperando que o trabalhador retorne no final de cada jornada de trabalho com um sorriso no rosto e a certeza do dever cumprido, relata. NA PRÁTICA Na Ajinomoto, a SST transcende o cumprimento de normas. Além de atuar no tratamento das condições ambientais e promover práticas preventivas, como preconizam as legislações na área, a empresa procura atuar na conscientização dos trabalhadores sobre o verdadeiro papel da saúde e segurança. A adoção dessa postura conferiu à empresa um melhor envolvimento dos gestores e trabalhadores nestas questões e colaborou para a conquista de um marco de dias sem acidentes de trabalho com afastamento. Para o supervisor técnico do SESMT da Ajinomoto (Unidade de Valparaíso/SP), Caio Tenedini, o resultado é fruto da forma como a empresa resolveu encarar a SST. Quem trata da SST em nossa empresa não é o SESMT, é o gestor de área e o colaborador. O Serviço Especializado atua como um setor de apoio técnico, sem adotar uma postura de fiscalização ou punição diante dos trabalhadores, conta Tenedini. A postura dá mais autonomia aos trabalhadores para que eles também ajudem a identificar condições inadequadas de trabalho, já que são eles que atuam diretamente nas frentes de trabalho e convivem com os riscos. O modelo fez com que os colaboradores começassem a se envolver mais com os assuntos de ordem ocupacional, inclusive procurando o SESMT para trocar ideias e contribuir com sugestões. Conseguimos estabelecer um contato estreito entre a fábrica e a área de segurança, acrescenta o supervisor técnico, mostrando como é possível fazer a diferença. SIPAT Durante a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) da Ajinomoto, promovida pela CIPA, o comprometimento dos trabalhadores pode ser percebido pelo nível de envolvimento que demonstram com as ações propostas. Há três anos a empresa promove durante a programação uma gincana que envolve temas de saúde e segurança. Divididos em grupos, de acordo com o setor a que pertencem, os trabalhadores são estimulados a cumprir provas bastante diversificadas. Aproveitamos também as fotos que foram divulgadas na última página da revista Proteção, com imagens negativas ou positivas de SST, para que os trabalhadores apontem os erros ou acertos daquela prática, indicando o que pode ser feito para a melhoria das ações incorretas, comenta Tenedini. Um dos pontos altos da gincana, e que faz com que os trabalhadores também se envolvam diretamente com os temas de saúde e segurança, fica por conta da prova da paródia musical. Os grupos se responsabilizam por criar letras de músicas com assuntos relacionados à segurança, meio ambiente e qualidade no trabalho e, a partir de uma melodia musical fazem a apresentação para um grupo de jurados. Os trabalhadores levam tão a sério a atividade que não dispensam o figurino para as apresentações. 50 REVISTA PROTEÇÃO

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