A segurança do paciente e a qualidade dos serviços de saúde
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- Francisco Bonilha Weber
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1 A segurança do paciente e a qualidade dos serviços de saúde 18/03/2014 Ana Maria Malik
2 Qualidade e segurança Quem vem primeiro? Vigilância sanitária alvará redução de riscos evitáveis ONA 1 segurança estrutura Depende do conceito de qualidade?
3 Conceitos de qualidade Qualidade é atender continuamente as necessidades do cliente, a um preço que ele esteja disposto a pagar DEMING segurança...? Qualidade é adequação ao uso e Ausência de defeitos - JURAN segurança...? Fazer certo logo da primeira vez CROSBY segurança em saúde?...
4 Qualidade em saúde «...até que ponto os serviços de saúde aumentam a probabilidade de resultados de saúde desejáveis para os indivíduos e as populações, em conformidade com os conhecimentos profissionais atuais» - IOM
5 OMS atenção o mais próximo possível do problema da segurança de pacientes e o fortalecimento de evidências científicas necessárias para melhorar a segurança dos pacientes e a qualidade do cuidado em saúde desenvolver e difundir conhecimentos sobre políticas baseadas em evidências científicas e as melhores práticas na segurança do paciente. iniciar e desenvolver pesquisas nas áreas que terão maior impacto nos problemas de segurança.
6 Metas internacionais de Segurança do paciente - OMS 1. Identificar os pacientes corretamente 2. Melhorar a eficiência da comunicação entre profissionais da assistência 3. Melhorar a segurança de medicações de alta vigilância 4. Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto 5. Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde 6. Reduzir o risco de lesões ao pacientes, decorrentes de quedas Fonte: JCI 2008
7 Incidência e evitabilidade (estudo com foco em melhoria de qualidade) Estudos Incidência Evitabilidade Austrália ,6 51% Nova Zelândia ,2 46,1% Inglaterra ,8 48% Canadá ,5 37% Dinamarca ,0 40,4% França ,5 27,7% PROQUALIS
8 Incidência e evitabilidade (estudos com foco em melhoria de qualidade) Estudos Incidência Evitabilidade Espanha ,3 42,8% Suécia ,3 70% Holanda ,7 40% Brasil ,6 66,7% Portugal ,1 53,2% Tunísia ,0 60% PROQUALIS
9 Resultados do estudo português - Incidência 11,1% - Impacto/impacte clínico, econômico e social - EA associados a cirurgia; Quedas/úlceras de pressão; Infecção Associada ao Cuidado em Saúde; EAs relacionados com o medicamento; - 53,2% preveníveis - Envolvimento do doente e seus familiares (área a dar atenção no futuro) Sousa P, Uva AS, Serranheira F, Leite E, Nunes C. Segurança do doente: eventos adversos em hospitais portugueses: estudo piloto de incidência, impacte e evitabilidade. Editora Escola Nacional de Saúde Pública: Lisboa. ISBN Ano 2011 PROQUALIS
10 Resultados do estudo brasileiro Tipo de lesão ou dano Proporção de pacientes com EA evitáveis (%) Estimativa de pacientes com EA evitáveis Dano por atraso ou falha no diagnóstico e/ou tratamento 18, Complicações cirúrgicas 20, Complicações por punção venosa 7, Dano por medicamento 4,62 64 Dano por queda 6,15 86 Infecção associada ao cuidado 24, Úlcera de pressão 18, Total 100, Mendes W, Martins M, Rozenfeld S, Travassos C. The assessment of adverse events in hospitals in Brazil. Int J Qual Health Care 2009; 22: 1-6. PROQUALIS
11 No Brasil local de ocorrência do evento: 48.5% no quarto do paciente eventos adversos cirúrgicos: 35.2% (mais frequentes) Fonte: Mendes 2009
12 Um exemplo bem brasileiro São consideradas Comissões Obrigatórias no país: Infecção Hospitalar (CCIH), Ética Médica (caso possua mais de 10 médicos em seu corpo clínico), Revisão de Prontuários (desde 2002, por meio da resolução do Conselho Federal de Medicina, em qualquer estabelecimento onde se preste assistência médica) Revisão de Óbitos ( Conselhos Regionais de Medicina do Rio de Janeiro (1992), de Pernambuco (2005), de São Paulo (2005), da Paraíba (2009) e do Rio Grande do Norte (2011 )).
13 CCIH recomendável pelo Ministério da Saúde desde a Portaria MS 196/83. Em 1992, portaria revogada e criada a Portaria MS 930/92: dispõe sobre a criação do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e realização de busca ativa de casos. Em consequência do não cumprimento da Portaria MS 930/1992, o Ministério da Saúde emitiu a Lei Federal 9.431/1997: obrigatoriedade de manutenção de Programas de Controle de Infecção Hospitalar em todos os hospitais do país, MAS vetava a obrigatoriedade de serviços de controle de infecção e busca ativa. Em 1998, foi revogada a portaria 930, substituída pela pela 2.616/98:define papéis das Comissões de Controle de Infecção, dos Serviços de Controle de Infecção Hospitalar e do Programa de Controle de Infecção Hospitalar. ANVISA emitiu a Resolução RDC 48/2.000, estabelecendo a sistemática para avaliação/inspeção dos Programas de Controle de Infecção Hospitalar, que serviu para dar suporte à fiscalização sanitária e aos profissionais das CCIH dos hospitais. (OLIVEIRA; MARUYAMA, 2008).
14 Tabela 1 Número de hospitais acreditados por modelo/acreditadora presente no Brasil, entre 2000 e fevereiro de 2014 (Malik, 2014)
15
16 O Brasil e a acreditação não chegam a 5% do total os hospitais acreditados. São Paulo pouco mais de 14% dos hospitais do país, mais de 12% deles são acreditados. Entre os acreditados, eles representam mais de 42%. Distrito Federal pouco mais de 1% dos hospitais do Brasil, cerca de 12% são acreditados Entre os acreditados, eles representam 3% Minas Gerais 10% dos hospitais do Brasil, embora no total do estado menos de 7% tenham acreditação Entre os acreditados, 15%.
17 O Brasil e a acreditação Não há hospitais acreditados: Acre, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins. Amapá tem 0,19% dos hospitais (menor %), um deles acreditado Roraima e Acre 0, 21% e 0, 31% Tocantins 1,05% dos hospitais Piauí 2,03% dos hospitais
18 Qualidade, segurança e acreditação overuse, misuse e underuse (AHRQ, [s.d.]a). overuse ou uso excessivo processo de cuidado em circunstâncias em que o dano potencial seja maior do que o benefício possível. (realizar um procedimento porque ele existe, independente do seu risco ou de seu benefício. Também pode se referir aos procedimentos desnecessários) misuse, ou utilização equivocada quando se seleciona um processo adequado mas, perante o aparecimento de uma complicação ou variação prevenível, o paciente acaba por não receber o benefício esperado. underuse, ou uso aquém do necessário quando um serviço com grande probabilidade de trazer um resultado positivo não é prestado. Por exemplo, não realizar exames para diagnóstico precoce de alguma doença cujo tratamento é muito mais eficaz na fase inicial.
19 Questão nacional?
20 Qualidade, segurança, eficiência COMPETITIVIDADE? O mercado é competitivo na busca por pacientes? Competição por resultados financeiros, por resultados assistenciais, por ocupação de sua capacidade instalada, por sua atratividade para personalidades de destaque na sociedade. No Brasil de 2014 ela não se dá em função da utilização de serviços. Quanto à acreditação, ela é um trunfo que, uma vez obtido, passa requerer, quase sempre, sua manutenção, mesmo no Brasil onde não é obrigatório. Afinal, trata se de um símbolo, que pode significar a entrada para um grupo, por exemplo, como é o caso da ANAHP
21 Então, há qualidade e segurança nos hospitais brasileiros? Não há vantagem em ser acreditado no Brasil, nem penalidade por não sê lo. Até fevereiro de 2014 buscar este tipo de certificado fica a critério dos dirigentes dos hospitais e de sua disponibilidade de recursos Por que ainda não há qualidade e segurança nos hospitais brasileiros?
22 Respostas???? 14 de abril de
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