Universidade de São Paulo - USP Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia GABARITO DA LISTA 3

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1 Universidade de São Paulo - USP Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia Disciplina: REC Teoria Macroeconômica I Profa. Dra. Roseli da Silva Blog: 1 o Semestre/2019 GABARITO DA LISTA 3 OBS: As respostas foram elaboradas pelos monitores e servem apenas como guia de respostas desejadas para as questões. Os estudos devem se basear no livro-texto da disciplina e nas notas de aula. CAPÍTULO 9 2. u t u t 1 = 0, 4(g yt 3%) a) A taxa de desemprego cresce a 1% ao ano quando g=0,5%. Sem crescimento do produto, o crescimento da produtividade tende a aumentar a taxa de desemprego, uma vez que poucos trabalhadores são requeridos para produzir uma dada quantidade de bens. O crescimento da força de trabalho tende a aumentar a taxa de desemprego, uma vez que mais trabalhadores estão competindo pelo mesmo número de emprego. Logo, o desemprego crescerá a menos que a taxa de crescimento supere a soma do crescimento da produtividade e da força de trabalho. b) Corresponde a uma diminuição de 0,5% aa. O crescimento deverá ser de 4,25% aa pelos próximos 4 anos. c) u t u t 1 = 0, 4(g yt 5%) 3. Lei de Okun u t u t 1 = 0, 4(g yt 3%) Curva de Phillips π t π t 1 = (u t 5%) Demanda agregada g yt = g mt π t

2 a) Pela Curva de Phillips: 5% b) Assumindo que a economia estivesse na taxa de desemprego natural por dois anos(t e t-1). Assim: crescimento do produto é 3% e crescimento da moeda de 11% c) pi u gyt gmt t-1 8% 5% 3% 11% t 4% 9% -7% -3% t+1 4% 5% 13% 17% t+2 4% 5% 3% 7% 7+3 4% 5% 3% 7% 4. Governo quer reduzir a taxa de inflação, há duas opções: uma redução gradual ao longo de vários anos e uma redução imediata a) Uma redução gradual da inflação reduz a necessidade de um grande choque de política macroeconômica; no entanto, seus resultados são difíceis de se prever, pois depende da credibilidade com a qual o público irá avaliar o combate inflacionário. Sem a presença de rigidez nominal, uma redução rápida gera credibilidade e favorece a implementação da política. Porém, com preços e salários rígidos, uma desinflação gradual é consistente com um aumento quase pequeno ou nulo do desemprego. b e c) Pela evidência de Ball, uma desinflação rápida provavelmente resulta em uma baixa taxa de sacrifício, a depender dos seguintes fatores: grau de indexação da economia, a natureza da determinação de salários (se, por exemplo, há justaposição dos contratos) e da taxa inicial de inflação. 5. Há um aumento de mark-up e o desemprego esteja na sua taxa natural, suponha que a autoridade monetária continue mantendo a taxa de desemprego em seu valor anterior a) A partir de todo o desenvolvimento do capítulo 7 do livro-texto, sabemos que um aumento da taxa de mark-up leva a uma aceleração da inflação, tudo o mais constante. b) A autoridade monetária deveria deixar a taxa de desemprego subir até sua nova taxa natural. Intervir na economia para elevar o produto só levará a um aumento maior da inflação no médio prazo. 6. a) A razão é 1 b) Em: t=11%; t+1=10%; t+2=9%; t+3=8% e t+4=7%. Ou seja, a inflação decairá ao longo do tempo de acordo com a taxa de sacrifício. c) Em 10 anos a taxa de sacrifício será a razão entre 10 anos-ponto de excesso de desemprego e 10 pontos percentuais de redução da inflação, o que dá 1, sendo consistente com a resposta em a). d) Em: t=8,5%; t+1=5,875%; t+3=2,43%; t+4=1,322% Menos de 5 anos. Razão de

3 Figura 1 sacrifício = 5 = 0, , 322 Tal taxa é menor porque agora os agentes não se pautam apenas pela inflação passada, passando a incorporar a meta de inflação à suas expectativas. e) Com este processo de formação de expectativas, o Banco Central pode deixar o desemprego retornar à sua taxa natural a partir de t + 1. A taxa de sacrifício então será a razão entre 1 ano-ponto de excesso de desemprego e 10 pontos percentuais de redução da inflação, sendo igual a 0,1. f) O melhor conselho que se poderia dar a este BC é que ele tenha credibilidade, de modo a fazer com que as pessoas acreditem na meta de inflação anunciada e reforcem o processo desinflacionário. 7. Efeitos de uma diminuição permanente da taxa de crescimento da moeda nominal a) π t π t 1 = (u t 0, 05) u t u t 1 = 0, 4(g mt π t 0, 03) b) c) A inflação não cai suavemente, porque inicialmente as altas taxas de desemprego levam a uma deflação (taxas negativas de inflação). Ainda, neste exemplo, a queda da inflação pode estimular tanto o produto de modo a fazer com que o desemprego fique por algum tempo abaixo de seu nível natural, o que eleva o nível de preços da economia. Tal ciclo prossegue, com amplitude cada vez menor. d) u=5% e inflação igual a zero no médio prazo. CAPÍTULO Considere a função de produção: Y = K 1/2 N 1/2 a) Y=63 b) Y dobra c) Sim. Explique d) Y/N=(K/N) elevado (1/2) e) K/N=4 nos dá Y/N=2. K/N=8 nos dá Y/N=2.83. O produto menos que dobra

4 f e g) Não, a relação entre Y/N e K/N não apresenta retornos constantes de escala. Isto porque consideramos o que acontece quando aumentamos apenas o capital, e não o capital e o trabalho na mesma proporção. Como há retornos decrescentes dos fatores, a produção irá se elevar menos do que o aumento de um dos insumos. h) Sim, devido à presença de retornos decrescentes do capital. Figura 2 Exercício 4 - item h 5. Considere a função de produção da questão anterior e considere que N seja 1 a) b) Se δy Y = 2%, então δk K = 4% δy Y = 0, 5δK K c) Se o capital cresce a uma taxa maior do que o produto (4% e 2%, respectivamente), K/Y se eleva ao longo do tempo. d) Não se trata de uma situação sustentável. Como o capital cresce a uma taxa maior do que o produto, a taxa de poupança deve se elevar de modo a manter tal ritmo de crescimento. Mas, devido aos retornos decrescentes do capital, chegará em um momento em que se precisará ter uma taxa de poupança maior do que o produto, o que é impossível em uma economia fechada. CAPÍTULO Considere a função de produção: Y = 0, 5(K 1/2 N 1/2 ) a)k/n = (s/2δ) 2 ; Y/N = s/4δ b)c/n = (1 s)y/n = s(1 s)/(4δ) c, d e e) Realizando os cálculos, poderemos ver que a taxa de poupança que maximiza o produto por trabalhador é s = 1, enquanto a taxa que maximiza o consumo por trabalhador é s = 0; 5. Após este valor, C=N começa a decair.quando a taxa de poupança é zero, não há formação de capital e investimento, e portanto o produto e o consumo por trabalhador são iguais a zero. Conforme s aumenta e ultrapassa 0,5, valor que maximiza C=N, e dado a depreciação do capital e seus retornos decrescentes, cada vez maior parte do produto passa a ser destinado a recompor o estoque de capital e pouco para o consumo. Quando s = 1, todo o produto é destinado à compensar a depreciação (que é elevada, devido ao alto montante de capital), de modo que o consumo por trabalhador passa a ser zero.

5 6. Y = K α N 1 α ; α = 1/3 a) Sim. f(tk, tn) = (tk) 1/3 (tn) 1/3 = tk 1/3 N 2/3 = ty Ou seja, se multiplicarmos todos os insumos por um fator t, o produto também será multiplicado por esse mesmo fator, caracterizando a presença de retornos constantes de escala. b e c) Sim. Y K = αkα 1 N 1 α > 0 2 Y K 2 = α(α 1)Kα 2 N 1 α < 0 Y N = (1 α)kα N α > 0 2 Y N 2 = α(1 α)kα N 1 α < 0 Ou seja, aumentos tanto do capital quanto do trabalho elevam a produção, o que está matematicamente caracterizado pelas primeiras derivadas positivas. No entanto, incrementos de cada insumo isoladamente causam aumentos cada vez menores no produto, o que está simbolizado pelas segundas derivadas negativas e que caracteriza os retornos decrescentes dos insumos d) Y/N = (K/N) 1/3 e e f) A partir da equação que caracteriza o processo de acumulação de capital por trabalhador (k) ao longo do tempo: k t+1 k t = s(k t ) 1/3 δk t. k * = (s/δ) 3/2 e y * = (s/δ) 1/2 No estado estacionário, temos que: s(k t ) 1/3 = δk t ; logo g) y*=2 h) Com a queda pela metade da taxa de poupança, o produto por trabalhador reduz menos que proporcionalmente, devido aos retornos decrescentes do capital: y** = 1,4. 7. a) Substituindo na expressão de k* do exercício anterior: k*=1 b) Substituindo na expressão de y* do exercício anterior: y*=1 c) Substituindo os valores na expressão anterior em que δ = 0, 2: k**=0,35; y*=0,71. Ou seja, o aumento da taxa de depreciação do capital levará a um nível de depreciação maior, o que reduzirá os níveis de capital e produto por trabalhador no novo estado estacionário. d) Usando a equação, a evolução de k* é: 0,9; 0,81; 0,74. E a evolução de y* é: 0,97; 0,93; 0,91

6 8. a) No estado estacionário (equilíbrio), o investimento por trabalhador é igual à depreciação do capital por trabalhador, de modo que, a partir da função de produção em termos de capital e produto por trabalhador: s(k t ) 1/2 = δk t ; logo k * = (s/δ) 2 e y * = (s/δ) 1/2 b) k* = (0, 15/0, 075) 2 = 4 y* = (4) 1/2 = 2 c) k* = (0, 2/0, 075) 2 = 7, 1 y* = (7, 1) 1/2 = 2, 7 CAPÍTULO P&D e crescimento a) Mais progresso tecnológico parece vir de atividades de P&D b) Menor crescimento em países pobres e maior crescimento em países ricos c) Aumento nos gastos com P&D. Se a fertilidade da pesquisa não cai, haverá maior progresso tecnológico e uma taxa maior de crescimento do produto d) Uma diminuição na fertilidade de recursos aplicados; uma pequena diminuição no crescimento e) Uma diminuição na apropriabilidade de pesquisas com drogas. Uma queda no desenvolvimento de novas drogas. Menor progresso tecnológico e menor crescimento CAPÍTULO a) u = 1 (1/(1 + μ))(a/a e ) Se a produtividade esperada crescer mais do que a produtividade efetiva ((A=Ae) cair), os trabalhadores aspirarão por maiores salários, os quais as empresas não podem fornecer. Para estabilizar a demanda salarial, a taxa de desemprego deve se elevar, a fim de reduzir o poder de barganha dos trabalhadores, mesmo que haja compatibilidade entre o preço esperado e o preço efetivo. b) u = 1 (1/(1 + μ)) = 4, 8% c) A taxa natural de desemprego não depende da produtividade, pois os preços se ajustam de modo proporcionalmente igual a mudanças na produtividade, de modo a elevar o salário real no mesmo montante do aumento em A. Assim, no novo equilíbrio temos um salário real maior a uma mesma taxa natural de desemprego. 3. Como visto no último item da questão anterior, um aumento da produtividade do trabalho não altera a taxa natural de desemprego, já que o salário real cresce em um montante necessário para capturar a elevação de produtividade. Ainda, se quando A aumenta, P cai de modo proporcionalmente igual, o salário nominal se eleva no mesmo montante, e assim a razão W/A não se altera, mantendo o nível de preços constante. Isto pode ser observado pela equação

7 de fixação de preços. 7. a) P = P e (1+μ)(A e /A)f(1 Y/AL, z) Quanto maior o nível de preços e a produtividade esperados, maior será a demanda salarial dos trabalhadores, e maior será o nível de preços fixado pelas empresas; quanto maior o mark-up (que depende positivamente dos custos de produção), maior o nível de preços; o aumento de z, que sintetiza os fatores que afetam positivamente os salários, também eleva o nível de preços. Em todos os casos o preço aumenta dado o produto, deslocando a curva OA para cima. O aumento da força de trabalho, tudo o mais constante, eleva o desemprego, reduzindo o poder de barganha dos trabalhadores e os seus salários, levando as firmas a reduzirem seus preços; o aumento da produtividade tende a elevar o desemprego, reduzindo o poder de barganha dos trabalhadores, bem como os salários e o nível de preços. Em todos os casos, o preço cai dado o produto, deslocando a curva OA para baixo. Figura 3 Exercício 7 - item a b)mesmo com um aumento proporcional da produtividade efetiva e esperada, o efeito de A sobre o nível de preços é preponderante, como pode ser facilmente notado pela equação do item anterior. Ou seja, o efeito de mudanças da produtividade no emprego é tão forte pelo lado da oferta que ele tende a reduzir o nível de preços mesmo quando a produtividade esperada se eleva no mesmo montante. Assim, a curva OA se desloca para baixo. c) Quando a produtividade efetiva aumenta mas a produtividade esperada não muda, então teremos apenas o efeito da queda dos custos de produção (devido à queda da quantidade necessária de trabalho para produzir o mesmo montante de produto), sem ter o aumento da demanda salarial, já que A e permanece constante. Assim, há uma queda maior do nível de preços dado o produto, deslocando a curva OA mais para baixo comparativamente a b).. Questão - Roseli 16. a) Voltando às equações que descrevem o modelo dinâmico estudado: u t u t 1 = β(g yt g y ) π t π t 1 = α(u t u n )

8 g yt = g mt π t que descrevem, respectivamente, a Lei de Okun, a Curva de Phillips e a Demanda Agregada, podemos analisar como o crescimento da moeda e a inflação se relacionam no médio prazo. Como vimos no modelo estático, no médio prazo o desemprego permanece constante, na sua taxa natural. Pela Lei de Okun, se u t = u t 1 = u n, g yt = g y, o que também vai de encontro ao que vimos no modelo estático: no médio prazo, o produto é igual ao seu nível natural, o que dinamicamente significa que ele cresce à sua taxa normal (que é a soma das taxas de crescimento da força de trabalho e da produtividade). Via equação dinâmica da Demanda Agregada, se no médio prazo o crescimento do produto depende apenas de fatores relacionados à oferta, então haverá uma relação direta entre inflação e crescimento da moeda nominal: π = g mt g y Isto quer dizer que, a médio prazo, a inflação é um fenômeno essencialmente monetário. Variações do crescimento da moeda nominal a curto prazo vão se refletir apenas em mudanças na taxa de inflação, já que o produto e o desemprego não passam a ser mais afetados por políticas de gerenciamento da Demanda Agregada. Por fim, supondo que o Banco Central não altere o crescimento da moeda nominal no médio prazo, deixando-a crescer à sua taxa normal ( g m ), e dado que o produto cresce à sua taxa normal, a inflação será constante, resultado que também obtivemos no modelo estático: π = g mt g y Ou seja, apenas quando a oferta nominal de moeda cresce mais (menos) do que o nível de transações (que aproxima bem o produto), haverá inflação (desinflação). Se ambas crescem à suas taxas normais, a inflação torna-se constante (mas não necessariamente zero) e igual ao crescimento ajustado da moeda nominal ( g mt g y ). Mas se no médio prazo a inflação é constante, pela Curva de Phillips π t = π t 1 = π levando a u t = u n, o que foi citado no começo da resposta. Assim, fecham-se as conexões lógicas do modelo. b) Suponha que a economia esteja em equilíbrio. Se o Banco Central reduzir o crescimento da moeda nominal: 1. Na relação de Demanda Agregada, dada a inflação, tal política levará a um crescimento real negativo da oferta de moeda, reduzindo o crescimento do produto para abaixo de seu crescimento normal; 2. Pela Lei de Okun, o crescimento do produto abaixo do normal leva a um aumento menos do que proporcional do desemprego, elevando-o para cima de sua taxa natural; 3. Pela Curva de Phillips, um desemprego acima do natural leva a uma queda da inflação. Esses são os efeitos iniciais. O caminho do curto para o médio prazo dependerá do valor dos parâmetros (α; β) e da magnitude do choque de política monetária. Como vimos no exercício 7 do capítulo 9 do Blanchard, por exemplo, a convergência da inflação ao seu equilíbrio de médio prazo pode não ser suave, tal como o exemplo numérico dado pelo autor na exposição teórica

9 do capítulo. Em termos de implicações para políticas, considerando o que acontece no curto e no médio prazo, apenas uma política monetária restritiva (expansionista) permanente levará a uma inflação permanentemente menor (maior) no médio prazo. 17. Primeiramente, para simplificar, vamos definir Y t /N = y t ; K t /N = k t ec t /N = c t, de modo que y t = f(k t ). O modelo de Solow pode ser deduzido partindo-se da relação entre 3 variáveis, basicamente: produto e investimento; investimento e acumulação de capital. Para obter a primeira relação, utilizamos as hipóteses de que a economia fechada, implicando que poupança total (privada + pública) é igual investimento. Além disso, se assume que a poupança pública, T - G é nula, de modo que a poupança privada é igual ao investimento. Por fim, consideramos que a poupança privada (S) se relaciona de maneira proporcional à renda por meio da taxa de poupança, s: S t = sy t. Mas, se S = I, então podemos obter a relação entre investimento e produto como sendo I t = sy t. Agora, para chegar a uma relação entre investimento e acumulação de capital, basta lembrar que "investimento é o fluxo que forma o estoque", ou seja, quanto mais investimento, maior o montante de capital. Vamos assumir que este estoque evolui ao longo do tempo de forma que no começo do ano t + 1 o montante de capital é igual ao estoque do ano t após a depreciação somado com o novo investimento feito nesse ano: obtemos: K t+1 = (1 δ)k t + I t Rearranjando a equação acima e utilizando a relação entre investimento e produto, K t+1 K t = sy t δk t Por fim, dividindo a equação acima por N para obter as expressões de produto e capital por trabalhador, temos: k t+1 k t = sf(k t ) δk t Ou seja, a evolução do estoque de capital por trabalhador entre dois anos consecutivos se dá pela diferença entre o investimento(poupança) por trabalhador e a depreciação do capital por trabalhador. O equilíbrio no modelo irá se dar quando o estoque de capital não evoluir mais ao longo do tempo, o que só será possível se o investimento por trabalhador for igual à depreciação do capital por trabalhador. Quando ambos se igualarem, obteremos o estoque de capital por trabalhador de estado estacionário (k*), que substituindo na função de produção, nos dá o produto por trabalhador de estado estacionário (y*): sf(k*) = δk*

10 y* = f(k*) Assumindo uma função de produção genérica, Y t = F (K t ; N) = K α t N 1 α => y t = k α t. Em equilíbrio temos que: k* = (s/δ) 1/(1 α) y* = (s/δ) α/(1 α) E assim encontramos os níveis de produto e capital por trabalhador de estado estacionário. Ainda, cabe observar que o equilíbrio é estável. Se a economia estiver em uma situação em que o estoque de capital por trabalhador está abaixo do equilíbrio, com a poupança por trabalhador superando a depreciação, então haverá aumento do estoque ao longo do tempo. No entanto, como há retornos decrescentes do capital, este possui efeitos cada vez menores sobre o produto, e a poupança aumenta menos do que aumenta a depreciação (que está linearmente relacionada ao capital), de modo que o equilíbrio será restaurado com investimento se igualando novamente à depreciação. A análise é análoga para o caso em que o estoque de capital estiver acima do equilíbrio, com depreciação maior do que a poupança por trabalhador. Vamos agora para a estática comparativa: Figura 4 exercício 17 a) Partindo da situação de crescimento equilibrado, uma diminuição da taxa de poupança, tudo o mais constante, reduz a poupança por trabalhador, deixando-a abaixo da depreciação. Isso gera uma redução do estoque de capital a longo do tempo. No entanto, dado o rendimento decrescente deste fator de produção, a queda da poupança resultante se dá de modo mais lento do que a queda da depreciação, de modo que investimento e depreciação voltam a se igualar em um novo equilíbrio, no qual temos um estoque de capital e um produto por trabalhador menor do que inicialmente. Podemos então tirar 3 conclusões: 1. A taxa de poupança não exerce influência sobre a taxa de crescimento do produto por trabalhador no longo prazo, que é igual a zero (pois a economia atinge novamente o estado estacionário);

11 2. A taxa de poupança influi o nível de produto por trabalhador no estado estacionário, pois ela altera o nível do estoque de capital, apesar de não mudar a taxa de crescimento destas variáveis; 3. Mudanças na taxa de poupança alteram o crescimento do produto por trabalhador apenas temporariamente, mas não para sempre. Figura 5 Exercício 17 - item a b) O estoque de capital de regra de ouro é aquele que maximiza o consumo por trabalhador no estado estacionário. Veja que se a taxa de poupança é igual a zero, nenhum capital é formado, e assim a produção e o consumo são zero; se a taxa de poupança assume seu valor máximo, 1, então o consumo, por definição, é zero, já que todo o produto é destinado à poupança e formação de capital. Assim, deve haver uma taxa de poupança associada a um estoque de capital que maximize o consumo no equilíbrio. Este nível de capital é o estoque de regra de ouro. Um aumento da taxa de poupança com certeza reduzirá o consumo por trabalhador no curto prazo, já que poupança e consumo estão inversamente relacionados. No entanto, pode ser que no longo prazo (equilíbrio), o consumo aumente. Isto ocorrerá se o aumento do estoque de capital ocorrer ainda abaixo do nível de regra de ouro; se o aumento se der para acima deste nível, o consumo se reduzirá no estado estacionário. É simples entender porque o aumento da taxa de poupança pode elevar o consumo no longo prazo: um estoque de capital maior leva a um produto maior, que por sua vez eleva o consumo. No entanto, tal elevação pode não se concretizar no equilíbrio se a taxa de poupança aumentar muito a ponto de o estoque de capital ultrapassar a regra de ouro. Figura 6 Exercício 17 - item b c) Propondo uma versão do modelo em tempo contínuo, teríamos algo semelhante à equação

12 2.5, mas agora com variações infinitesimais do estoque de capital ao longo do tempo. Denotando k = dk dt, teríamos: k = sf(k) δk Adotando a função de produção genérica, chegamos a: k = sk α δk Veja que agora não é mais necessário o subscrito t nas variáveis, por se tratar de tempo contínuo. Observe também que neste caso o equilíbrio será alcançado quando k = 0, ou seja, quando o estoque de capital não sofrer mais pequenas variações com o tempo. A análise de uma diminuição da taxa de poupança ocorre semelhantemente ao caso de tempo discreto. O mesmo acontece para a obtenção do nível de capital de regra de ouro. No entanto, com tempo contínuo, podemos chegar de modo mais fácil a uma expressão para este estoque de capital. Para tanto, vamos lembrar que o consumo é igual a produção menos poupança, c = y sy => sy = y c. Isso implica que: k = y c δk = k α c δk No estado estacionário, k = 0, logo: c* = k *α δk* Para encontrar o estoque de capital que maximiza o consumo no estado estacionário, basta tomarmos a derivada de c* com relação a k*: dc* dk* = αk*α 1 δ d 2 c* dk *2 = α(1 α)k*α 2 < 0 Como a segunda derivada é negativa, sabemos que a função possui ponto de máximo. Assim, basta igualarmos a primeira derivada a zero para encontrar o nível de capital de regra de ouro: dc* dk* = 0 αk*α 1 = δ k * GR = (α/δ) 1/1 α O consumo no equilíbrio será maximizado quando s = α! Ou seja, quando a taxa de poupança se igualar à parcela da produção que remunera o capital (α) se obterá o consumo

13 máximo. Uma taxa de poupança acima desse valor fará com que parte excessiva (além do necessário) da renda seja destinada a investimento, de modo que o bem-estar decairá no estado estacionário. 18. explicação da estrutura lógica do modelo de Solow, a derivação do equilíbrio e análise de sua estabilidade, a estática comparativa com a taxa de poupança e seus efeitos sobre o consumo por trabalhador no curto e longo prazos foram feitos no exercício anterior. Os fatores que podem explicar a diferença de ritmo de crescimento econômico dos países A e B são essencialmente ligados à oferta, ou seja, à função de produção. O país B pode ter um crescimento mais elevado porque possui uma taxa de poupança maior do que o país A, levando a um maior nível de produto por trabalhador no estado estacionário. Ainda, o país B pode investir mais em Pesquisa Desenvolvimento, formando um estoque de capital humano maior do que o país A, e assim possuir níveis de produtividade e eficiência maiores, variáveis que estão conectadas, dentre outras coisas, com o nível educacional do país, e contribuem para uma taxa de crescimento positiva do produto por trabalhador mesmo no estado estacionário. Outro fator que as afeta é a tecnologia: o país B pode ser mais desenvolvido tecnologicamente do que o país A, sendo este um fator também fundamentalmente ligado à educação. Apesar de o país B possuir um crescimento econômico maior do que o país A, nada garante que a taxa de desemprego em B seja menor do que em A no curto prazo. Como pode ser observado no gráfico, o produto efetivo flutua em torno do produto potencial ao longo do tempo, de modo que no curto prazo podemos muito bem ter uma situação em que o desemprego no país B está mais elevado do que no país A. Uma das principais lições aprendidas neste curso é a de que no curto prazo a economia não necessariamente estará no equilíbrio de médio/longo prazo. Por outro lado, podemos afirmar que provavelmente a taxa de desemprego no longo prazo (i.e, a taxa natural de desemprego) no país B será menor do que no país A, pelo fato de seu produto potencial ser maior e crescer a uma taxa mais rápida. Como emprego e produto estão diretamente conectados, é natural supor que B experimente um nível de emprego maior no longo prazo. Apesar de termos visto, pela teoria, que um aumento da produtividade não altera a taxa natural de desemprego, a evidência empírica sugere que períodos de alto crescimento da produtividade estão associados com taxas de desemprego menores. Ainda, vimos que o argumento de que um nível maior de produtividade está associado ao aumento do desemprego é falso. As expressivas melhorias no padrão de vida experimentado por países avançados nos últimos séculos estão associados a aumentos no emprego. Por fim, as políticas de gerenciamento da Demanda Agregada podem contribuir para explicar diferenças na taxa de desemprego de curto prazo entre os países, pois como foi explicado acima, o produto (e, consequentemente, o desemprego) flutuam em torno de seus níveis naturais, de modo que o país A pode, a curto prazo, ter uma taxa de desemprego menor do que B devido por exemplo a uma política monetária expansionista. No entanto, a longo prazo produto e desemprego são determinados por fatores exclusivamente relacionados à oferta (força de trabalho,estoque de capital, produtividade), e portanto não são influenciados por políticas de gerenciamento da Demanda Agregada.

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