IGEPP GESTOR Prof. Eliezer Lopes

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1 IGEPP GESTOR Política fiscal. Política monetária. Relação entre taxas de juros, inflação, resultado fiscal e nível de atividade. A oferta e a demanda agregadas. Prof. Eliezer Lopes

2 MODELO CLÁSSICO Os mercados funcionam sob concorrência perfeita; Há uma tendência autorreguladora dos mercados assegurada pela flexibilidade de preços e salários; É válida a lei de Say: A oferta gera a sua própria demanda. A demanda não tem nenhum papel importante na determinação do nível de renda e emprego da economia.

3 FUNÇÃO DE PRODUÇÃO (Y) Y = F (K,L,T) - Mostra o máximo de produto que pode ser obtido para uma dada combinação de capital (K) e trabalho (L), com uma dada tecnologia (T). - Ao haver um aumento em K, L ou T, consequentemente Y irá aumentar proporcionalmente.

4 DICOTOMIA CLÁSSICA: Variáveis reais são independentes das variáveis nominais. VARIÁVEIS REAIS Emprego e produto (Variáveis que afetam a oferta Agregada) INDEPENDENTES VARIÁVEIS NOMINAIS (monetárias) Nível de preços e salário nominal

5 NO CURTO PRAZO, Apenas L é variável, K e T são dados como constantes. Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes: se um fator de produção é fixo, a produtividade marginal do outro fator é decrescente. Ou seja, L => Y Y = F (N), onde N representa o nível de emprego da economia. N= ponto de encontro entre demanda de trabalho (empresas) e oferta de mão de obra (trabalhadores)

6 DEMANDA DE TRABALHO A curva de demanda é negativamente inclinada pelo fato de quanto maior o salário real, menor é o incentivo de as empresas empregarem mão de obra. Objetivo da empresa: Maximizar lucro. No modelo de concorrência perfeita todos os agentes são tomadores de preço. Os preços e os salários são determinados pela oferta e demanda agregada dos mercados. A empresa só contrata até o ponto em que: Produto marginal do trabalho (PMG) = Salário real (W/P), pois após este ponto haverá um decréscimo na produtividade em relação ao salário pago.

7 OFERTA DE TRABALHO A curva da oferta de trabalho é positivamente inclinada, pois quanto maior o salário real ofertado pela empresa, maior será a disponibilidade do trabalhador em abrir mão do lazer para trabalhar. A escolha entre lazer e trabalho baseia-se na comparação entre: Utilidade marginal: O quanto se ganha em prazer à partir do acesso ao trabalho. Desutilidade marginal: O quanto se perde em prazer por ter de abrir mão do lazer em favor do trabalho.

8 EQUILÍBRIO NO MERCADO DE TRABALHO A determinação do nível de emprego ocorre no mercado de trabalho. O nível de emprego e o salário real são determinados pela contraposição entre a demanda e a oferta de trabalho.

9

10 A TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA (TQM) A quantidade de moeda determina o nível de demanda agregada que, por sua vez, determina o nível dos preços. No sistema clássico, a moeda não afeta as variáveis reais do sistema, ela é neutra. O papel dela está associada à determinação do nível geral de preços.

11 Essa teoria pode ser representada pela equação: M V = P Y Onde: M = estoque de moeda V = velocidade circulação da moeda P = Nível geral de preços Y = Produto Real O resultado de que um aumento da quantidade de moeda aumenta os preços na mesma proporção resulta das seguintes hipóteses: a) Y é o produto de pleno emprego determinado pelo equilíbrio do mercado de trabalho. b) A velocidade de circulação da moeda é estável no curto prazo. c) A oferta de moeda é exógena, controlada pela autoridade monetária.

12 POUPANÇA E INVESTIMENTO E O PAPEL DAS TAXAS DE JUROS: O MERCADO DE FUNDOS EMPRESTÁVEIS Oferta: taxa de juros nível de poupança Ao aumentar a taxa de juros, as pessoas se sentem mais incentivadas em deixar de consumir no presente para consumir no futuro, e como poupança em forma de moeda não rende juros, as pessoas poupam em forma de títulos. Poupança = oferta de fundos no mercado financeiro

13 Demanda: taxa de juros procura por fundos de empréstimos Quanto maior a taxa de juros, mais caro fica financiar um empréstimo. A taxa de juros representa o custo de oportunidade de não se aplicar em títulos. A política monetária, ao afetar o nível de preços, pode afetar a taxa nominal de juros, mas não a real, e como tal não afeta as decisões de poupança e investimento da economia. As variações das taxas de juros garantem que o montante emprestado seja igual ao montante tomado emprestado.

14 O GOVERNO E A POUPANÇA St = Sp + Sg (Fórmula da poupança total da economia) Sp = Y T - C Sg = T - G (Fórmula da poupança privada) (Fórmula da poupança pública) C = consumo das famílias T = impostos Y = PIB G = gastos do governo T = impostos Gastos públicos Taxa de juros Investimento privado e Poupança

15 IMPLICAÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA Política monetária: A política monetária é totalmente ineficiente para aumentar o nível de emprego da economia, já que a quantidade de moeda não interfere. O papel dela é manter a estabilidade do nível geral de preços, ou seja, combater a inflação. Política fiscal: A política fiscal é ineficiente para aumentar o nível de emprego da economia. O papel dela é controlar os gastos do governo e impostos pagos.

16 Apenas mercados de bens Investimento autônomo Modelo Keynesiano Simples: A identidade básica da macroeconomia é o ponto de partida para o desenvolvimento do modelo. Onde: Y = renda ou produto; C = consumo; I = investimento; G = gastos do governo; X = exportação; M = importação. Economia aberta e com governo Economia fechada e sem governo Y = C +I+G+X-M Y = C + I O modelo parte da hipótese, desenvolvida por Keynes na teoria Geral, de que são as decisões de gasto que determinam a renda, ou seja, são as decisões de despesas como consumo e investimento que determinam o nível de produto (renda) da economia.

17 A função de consumo é dada por: C = Ca + cy Ca= consumo autônomo C = propensão marginal a consumir (0<c<1). É o aumento do consumo por unidade da renda*. O consumo cresce junto com a renda, porém, em uma proporção menor do que um. A hipótese básica do modelo é que o gasto na aquisição de bens e serviços das famílias, isto é, o consumo dos agentes depende diretamente do nível de renda.

18 A Função da Poupança A parcela da renda que não é consumida é poupada. O modelo assume que o valor da poupança dos agentes é também uma função da renda. S = - Ca + sy Onde: S = o valor total da poupança; e s = propensão marginal a poupar. O modelo não explica em seu funcionamento quais são os elementos que determinam o nível de gastos com investimentos, assumindo, por simplicidade, que esses são completamente autônomos.

19 A Fórmula da Renda de Equilíbrio Podemos encontrar o nível de equilíbrlio da renda ou produto, Y, algebricamente: A condição de equilíbrio Y = DA E como vimos, C = Ca + cy, ou seja: Y = Ca + cy + I Y cy = Ca + I Y (1 c) = Ca + I Y = (Ca + I) / (1 c) Y = [1 / (1 c)] * (Ca + I) 1 / (1 c) = multiplicador dos gastos autônomos.

20 O multiplicador do gastos Y = [1 / (1 c)] * (Ca + I) α = 1 / (1 c) = multiplicador dos gastos autônomos Se c=0,5 => α = 1 / (1-0,5) => α = 1/0,5 = 2 Se c=0,75 => α = 1 / (1-0,75) => α = 1/0,25 = 4 Δ Y = α Δ A, onde A = Gastos autônomos e Δ é variação.

21 O MULTIPLICADOR O Multiplicador dos Gastos Autônomos Mecanismo Multiplicador: uma variação nos gastos autônomos consumo ou investimento autônomo promove uma variação maior na renda de acordo com o valor do multiplicador, indicado pelo valor de α = 1/(1 c). Quanto maior α, maior o efeito de uma variação dos gastos autônomos sobre o nível de renda. Aumento nos gastos autônomos Aumento da renda (Y=C+I) Aumento nos gastos com consumo (C=Ca+cY)

22 O MULTIPLICADOR Se c=0,5 => α = 2 => Δ Y = 2 Δ A Se c=0,75 => α = 4 => Δ Y = 4 Δ A Quanto maior a propensão a consumir, maior o multiplicador. Maior a variação da renda para uma determinada variação dos gastos autônomos (Gastos do governo, investimento, exportações) Se ΔG = 100, ΔY =? Calcule para α = 2 Calcule para α = 4

23 PARADOXO DA PARCIMÔNIA Aquilo que é racional para um indivíduo durante tempos difíceis -poupar- pode ser devastador para a economia como um todo Poupar Consumo Renda (em razão da redução do efeito multiplicador) Para um indivíduo, pode parecer melhor poupar, para aumentar seu patrimônio. Porém, se todos pouparem, em nível macroeconômico o consumo diminuirá, e como a renda está ligada ao consumo, a renda também diminuirá.

24 PARADOXO DA PARCIMÔNIA Y = [1 / (1 c)] * (Ca + I) α = 1 / (1 c) = multiplicador dos gastos autônomos 1 - c = s (propensão marginal a poupar) α = 1 / s Y = [1 / s] * (Ca + I) Se c=0,5 e s =0,5 => α = 1/0,5 = 2 Se c=0,75 e s= 0,25 => α = 1/0,25 = 4 Se c=0,25 e s= 0,75 => α = 1/0,75 = 1,333 Um aumento da propensão a poupar reduz o multiplicador e, por conseguinte, diminui a renda de equilíbrio

25 O GOVERNO No Modelo Keynesiano Simples, o agente governo realiza três operações básicas: 1.Realiza gastos na aquisição de bens e serviços gerados pelo setor produtivo (G); 2.Cobra impostos e tributos do setor produtivo (T); 3.Transfere recursos monetários para o setor privado (TR). A Função Consumo e renda de equilíbrio com Governo Quanto maior a propensão marginal a consumir e menor a tributação do governo, maior o montante da renda transformado em consumo. Y = Ca + cyd + I + G Y = Ca + c (Y T + Tr) + I + G

26 ECONOMIA ABERTA O Multiplicador para Economia Aberta Quando se elevam as exportações líquidas, há um aumento no gasto que gera o efeito multiplicador dos gastos. O multiplicador passa a levar em consideração o efeito da propensão marginal a importar m. Como regra, quanto maior m, menor α. Uma propensão maior a importar desloca a demanda dos bens produzidos internamente para os bens produzidos no resto do mundo. Assim, quanto mais elevado m, maior a transferência do efeito multiplicador dos gastos sobre a renda para o resto do mundo e menor o seu efeito interno.

27 MULTIPLICADOR Multiplicadores 1. Multiplicador dos Gastos para Economia Fechada e sem Governo: ΔY = 1 Δ(Ca + Ia) 1 - c 2. Multiplicador dos Gastos para Economia Fechada e sem Governo: ΔY = 1 Δ(Ca + ctra + Ia + Ga) 1 c (1 t) 3. Multiplicador dos Gastos para Economia Aberta e comgoverno: ΔY = 1 Δ(Ca + ctra + Ia + Ga + Xa + Ma) [1 c (1 t) +m]

28 MODELO KEYNESIANO COMPLETO (MODELO IS-LM) mantém o raciocínio do Modelo Keynesiano Simples, porém, acrescido do mercado monetário, portanto, da taxa de juros. Há determinação simultânea da taxa de juros e da renda. Equilibram-se o mercado de bens e serviços e o mercado monetário. O investimento depende da taxa de juros.

29 MODELO KEYNESIANO COMPLETO (MODELO IS-LM) RENDA MERCADO MONETÁRIO OFERTA DE MOEDA = DEMANDA POR MOEDA M/P = L ( Y, i) MERCADO DE BENS PRODUTO = DEMANDA Y = C + I + G + X - M TAXA DE JUROS

30 RENDA MERCADO MONETÁRIO OFERTA DE MOEDA = DEMANDA POR MOEDA M/P = L ( Y, i) MERCADO DE BENS PRODUTO = DEMANDA Y = C + I + G + X - M POLÍTICA MONETÁRIA TAXA DE JUROS POLÍTICA FISCAL

31 RENDA MERCADO MONETÁRIO OFERTA DE MOEDA = DEMANDA POR MOEDA M/P = L ( Y, i) MERCADO DE BENS PRODUTO = DEMANDA Y = C + I + G + X - M POLÍTICA MONETÁRIA M/P TAXA DE JUROS POLÍTICA FISCAL G, T, TR

32 POLÍTICA FISCAL EXPANSIONISTA RENDA MERCADO MONETÁRIO OFERTA DE MOEDA = DEMANDA POR MOEDA M/P = L ( Y, i) MERCADO DE BENS PRODUTO = DEMANDA Y = C + I + G + X - M TAXA DE JUROS Aumento dos gastos, redução dos tributos Aumento de transferências governamentais POLÍTICA FISCAL G, T, TR

33 POLÍTICA FISCAL EXPANSIONISTA RENDA G => DA => Y MERCADO MONETÁRIO OFERTA DE MOEDA = DEMANDA POR MOEDA M/P = L ( Y, i) MERCADO DE BENS PRODUTO = DEMANDA Y = C + I + G + X - M TAXA DE JUROS POLÍTICA FISCAL G, T, TR

34 POLÍTICA FISCAL EXPANSIONISTA RENDA Y => L > M/P => i G => DA => Y MERCADO MONETÁRIO OFERTA DE MOEDA = DEMANDA POR MOEDA M/P = L ( Y, i) MERCADO DE BENS PRODUTO = DEMANDA Y = C + I + G + X - M TAXA DE JUROS POLÍTICA FISCAL G, T, TR

35 POLÍTICA FISCAL EXPANSIONISTA RENDA Y => L > M/P => i G => DA => Y MERCADO MONETÁRIO OFERTA DE MOEDA = DEMANDA POR MOEDA M/P = L ( Y, i) EFEITO CROWDING-OUT TAXA DE JUROS MERCADO DE BENS PRODUTO = DEMANDA Y = C + I + G + X - M i => I POLÍTICA FISCAL G, T, TR

36 POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA RENDA MERCADO MONETÁRIO OFERTA DE MOEDA = DEMANDA POR MOEDA M/P = L ( Y, i) MERCADO DE BENS PRODUTO = DEMANDA Y = C + I + G + X - M TAXA DE JUROS POLÍTICA MONETÁRIA Aumento da oferta de moeda

37 POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA RENDA M/P => M/P > L => i MERCADO MONETÁRIO OFERTA DE MOEDA = DEMANDA POR MOEDA M/P = L ( Y, i) MERCADO DE BENS PRODUTO = DEMANDA Y = C + I + G + X - M TAXA DE JUROS POLÍTICA MONETÁRIA Aumento da oferta de moeda

38 POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA RENDA M/P => M/P > L => i MERCADO MONETÁRIO OFERTA DE MOEDA = DEMANDA POR MOEDA M/P = L ( Y, i) MERCADO DE BENS PRODUTO = DEMANDA Y = C + I + G + X - M i=> I => DA=> Y TAXA DE JUROS POLÍTICA MONETÁRIA Aumento da oferta de moeda

39 Curva de Phillips O artigo de Phillips de 1958 identificou uma relação negativa entre aumentos de salários e desemprego para a economia inglesa através de uma longa série de dados ( ). Dois anos depois, Samuelson e Solow (1960) reaplicam o exercício para os EUA, substituindo aumentos de salários por taxa de inflação e batizam a relação de Curva de Phillips.

40 Curva de Phillips A relação empírica deu a impressão de que os países podiam escolher entre inflação e desemprego, ou seja, determinar sua posição na curva. A Curva de Phillips seria um menu explorável de alternativas para a política macroeconômica. Em 1968, Milton Friedman e Edmond Phelps crítica aos fundamentos irracionalidade dos contratos nominais, dependência dos erros permanentes.

41 Curva de Phillips Depois dos choques do início dos anos 70, entretanto, a estagflação pôs em cheque esta possibilidade de tradeoff, e reviveu as críticas de Friedman e Phelps. Nova relação surge: o que pode ser escolhido é entre a taxa de desemprego e a variação na taxa de inflação. Hoje em dia, não se acredita que um desemprego elevado leve a uma inflação baixa, mas a uma redução na inflação. Estudaremos a relação entre a Oferta Agregada e a Curva de Phillips e de que forma as mutações na Curva de Phillips foram compatibilizadas com o processo pelo qual pessoas e firmas formam expectativas.

42 Evolução da Curva de Phillips modelando os fatos empíricos e a evolução da conjuntura Década de 60 a queda do desemprego provoca aumento de inflação. Década de 70 a relação é quebrada. Por quê? A economia americana foi atingida duas vezes pelo aumento no preço do petróleo. Os agentes reponsáveis pela determinação dos salários (wage-setters) empresários e trabalhadores alteraram o processo de formação de expectativas. Após 1960, a inflação fica constantemente positiva e mais persistente, sugerindo que o anterior processo de formação de expectativas pudesse ter ficado obsoleto. A persistência da inflação promoveu uma mudança na formação de expectativas. Vejamos os gráficos das curvas de Phillips para diferentes períodos.

43 Inflação e Desemprego

44 Inflação e Desemprego

45 CURVA DE PHILLIPS ACELERACIONISTA Curva de Phillips modificada, ou curva de Phillips com expectativas ou Curva de Phillips Aceleracionista. Em suma, Curva de Phillips original: u t sobe, t cai Curva de Phillips (modificada): u t sobe, ( t - t-1 ) cai. Isso nos mostra o que ocorreu nos anos 70. a relação entre inflação e desemprego desapareceu. A relação relevante passou a ser entre o desemprego e a variação da inflação.

46 Variação na Inflação e Desemprego

47 Curva de Phillips e Taxa natural de Desemprego Pela Curva de Phillips original, não existe uma taxa natural de desemprego. Qualquer desemprego poderia ser atingido se o país estivesse disposto a assumir a inflação necessária, e poder-se-ia manter desemprego baixo permanentemente. A taxa natural de desemprego é a taxa à qual P t =P te ou t = te. Usando isso, tem-se: t - t e = - (u t -u n ) t - t-1 = - (u t -u n )

48 Curva de Phillips e Taxa natural de Desemprego t - t-1 = - (u t -u n ) A equação nos dá outra forma de pensar sobre a Curva de Phillips. Agora, a variação na inflação depende da diferença entre a taxa de desemprego e a taxa de desemprego natural. Quando u t >u n, inflação cai. Quando u t <u n, inflação sobe Quando u t =u n, inflação está estabilizada. Ou seja, a taxa natural de desemprego pode ser vista também como a taxa de desemprego que mantém a inflação constante (Nonaccelerating inflation rate of unemployment - NAIRU).

49 Produto, Desemprego e Inflação São três os blocos componentes do nosso arcabouço teórico que nos permite pensar sobre as inter-relações entre produto, desemprego e inflação, a saber: Lei de Okun: relaciona a variação no desemprego ao crescimento do produto. Curva de Phillips: relaciona a variação na inflação à taxa de desemprego. Demanda Agregada: relaciona o crescimento do produto à taxa de crescimento nominal da moeda.

50 Lei de Okun: Crescimento do produto e variações no desemprego Empiricamente: u t u t-1 = -0.4(g yt -3%) 1- A taxa de crescimento anual do produto tem que ser de pelo menos 3% para impedir que a taxa de desemprego aumente.

51 Lei de Okun: Crescimento do produto e variações no desemprego Em outras palavras, para manter u constante, g y tem que igualar a 3%. Nos EUA, a soma do crescimento da produtividade do trabalho tem sido, em média, igual a 3% desde Esta é a razão pela qual o número 3% aparece na lei de OKUN. Denominaremos de taxa de crescimento normal do produto aquela necessária para manter uma taxa de desemprego constante. Para manter uma taxa de desemprego constante, o crescimento do produto deve ser de 3% ao ano. Essa taxa de crescimento do produto é chamada taxa de crescimento normal.

52 Lei de Okun: Crescimento do produto e variações no desemprego u - u = - β( g - g ) t t- 1 yt y O crescimento do produto acima do normal provoca uma redução da taxa de desemprego; o crescimento do produto abaixo do normal leva a um aumento da taxa de desemprego. Esta é a lei de Okun: g yt g y ut ut 1 g yt g y ut ut 1

53 O Médio Prazo Agora que vimos as três relações entre inflação, desemprego e produto, vamos utilizá-las em conjunto para determinar os efeitos do crescimento monetário em Y, u e. A Lei de Okun relaciona a variação da taxa de desemprego com o desvio do crescimento do produto em relação ao normal: u t u t-1 = - (g yt g c y) A curva de Phillips relaciona a variação da inflação com o desvio da taxa de desemprego em relação à taxa natural: t - t-1 = - (u t u n ) A relação da demanda agregada relaciona o crescimento do produto com os gastos e a oferta monetária

54 Os efeitos do crescimento da moeda Crescimento do produto, desemprego, inflação e crescimento da moeda nominal

55 Implicações políticas do monetarismo A oferta de moeda é o determinante da renda nacional a influência da moeda está principalmente no nível de preço e outras magnitudes nominais. Produto real e emprego não são determinados por fatores monetários. No curto prazo a oferta de moeda afeta o produto. A moeda é o fator dominante em causar flutuações cíclicas no produto e emprego no curto prazo. Setor privado é intrinsecamente estável e instabilidade é principalmente o resultado da política do governo.

56 A estabilidade na taxa de crescimento da oferta de moeda é crucial para uma economia estável. Monetaristas defendem uma regra constante de taxa de crescimento de moeda, superior ao discricionarismo. Política fiscal não tem qualquer impacto sistemático em renda real nem nominal.

57 A Nova Macroeconomia Nos últimos anos, novas teorias foram desenvolvidas e revolucionaram o estudo da macroeconomia. Expectativas Racionais Teoria dos Ciclos Reais Modelos de rigidez de preço neo-keynesianos

58 ANEXO MODELO IS-LM

59 Título: Introdução à economia Autor: Rudinei Toneto Jr. Tipo de material: Slide Capítulo 13 Interligação entre o lado real e o lado monetário: análise IS-LM Impacto de políticas econômicas no modelo IS-LM Composição do produto e combinação de políticas monetária e fiscal Combinação de política monetária e política fiscal: i LM 0 LM 1 IS 1 IS 0 y

60 Título: Introdução à economia Autor: Rudinei Toneto Jr. Tipo de material: Slide Capítulo 13 Interligação entre o lado real e o lado monetário: análise IS-LM Impacto de políticas econômicas no modelo IS-LM Composição do produto e combinação de políticas monetária e fiscal Efeitos de deslocamentos nas curvas IS e LM Mudança Deslocamento Taxa de juros Renda Aumento do gasto público Redução do gasto público Aumento de impostos Redução de impostos Aumento no grau de confiança do consumidor IS para a direita Aumenta Aumenta IS para a esquerda Diminui Diminui IS para a esquerda Diminui Diminui IS para a direita Aumenta Aumenta IS para a direita Aumenta Aumenta continua

61 Título: Introdução à economia Autor: Rudinei Toneto Jr. Tipo de material: Slide Capítulo 13 Interligação entre o lado real e o lado monetário: análise IS-LM Impacto de políticas econômicas no modelo IS-LM Composição do produto e combinação de políticas monetária e fiscal Efeitos de deslocamentos nas curvas IS e LM continuação Mudança Deslocamento Taxa de juros Renda Queda na confiança do consumidor Melhora das expectativas 1 Piora nas expectativas de investimento Aumento da oferta de moeda continua IS para a esquerda Diminui Diminui IS para a direita Aumenta Aumenta IS para a esquerda Diminui Diminui LM para a direita Diminui Aumenta

62 Título: Introdução à economia Autor: Rudinei Toneto Jr. Tipo de material: Slide Capítulo 13 Interligação entre o lado real e o lado monetário: análise IS-LM Impacto de políticas econômicas no modelo IS-LM Composição do produto e combinação de políticas monetária e fiscal Efeitos de deslocamentos nas curvas IS e LM continuação Mudança Deslocamento Taxa de juros Renda Diminuição da oferta de moeda Diminuição na taxa de reservas bancárias Aumento nas reservas bancárias LM para esquerda Aumenta Diminui LM para direita Diminui Aumenta LM para esquerda Aumenta Diminui

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