Efeito do Novaluron - um inibidor da síntese de quitina sobre Aedes aegypti em laboratório e simulado de campo

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1 Ministério da Saúde Fundação Oswaldo Cruz Instituto Oswaldo Cruz Programa de Pós-Gradução em Biologia Parasitária Efeito do Novaluron - um inibidor da síntese de quitina sobre Aedes aegypti em laboratório e simulado de campo Nathalia Giglio Fontoura Orientador: Dr José Bento Pereira Lima Rio de Janeiro, março de 2008

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3 Ministério da Saúde FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ Efeito do Novaluron - um inibidor da síntese de quitina sobre Aedes aegypti em laboratório e simulado de campo Nathalia Giglio Fontoura Dissertação apresentada como requisito para titulação de Mestre em Biologia Parasitária, com área de concentração em Entomologia Médica Orientador: Dr José Bento Pereira Lima (IOC/LAFICAVE) Rio de Janeiro, março de 2008 ii

4 Giglio, Nathalia Fontoura Efeito do Novaluron - um inibidor da síntese de quitina sobre Aedes aegypti em laboratório e simulado de campo Dissertação de Mestrado em Biologia Parasitária, área de concentração em Entomologia Médica Instituto Oswaldo Cruz FIOCRUZ Rio de Janeiro, 2008 Número de páginas: xiv + 90 Palavras-chave: 1. Aedes aegypti; 2. IGR; 3. Inibidor da síntese de quitina; 4. novaluron iii

5 Ministério da Saúde FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ Efeito do Novaluron - um inibidor da síntese de quitina sobre Aedes aegypti em laboratório e simulado de campo Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária do Instituto Oswaldo Cruz como parte dos requisitos para obtenção do grau em Mestre em Biologia Parasitária, área de concentração: Entomologia Médica Banca Examinadora Drª Claudia Torres Codeço Presidente da banca examinadora FIOCRUZ / PROCC Dr Cícero Brasileiro Mello Revisor do texto Universidade Federal Fluminense Dr Marcos Henrique Ferreira Sorgine Universidade Federal do Rio de Janeiro Dr Ricardo Lourenço de Oliveira FIOCRUZ / Instituto Oswaldo Cruz Drª Ima Aparecida Braga Ministério da Saúde / Secretaria de Vigilância em Saúde iv

6 Este trabalho foi realizado no Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores, Instituto Oswaldo Cruz, sediado no Instituto de Biologia do Exército. Foram utilizados recursos da Fundação Oswaldo Cruz, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS-MS). v

7 D edico a m inha fam ília, em especial, a m inha avó, m inha irm ã, m inha m ãe. Pelo apoio e presença, sem vocês nada seria possível. V ocês foram fundam entais nesse cam inho. A os m eus am igos por sem pre acreditarem em m im e estarem presentes em todos os m om entos. vi

8 Agradecimentos A todas as pessoas que cruzaram meu caminho nessa vida, mesmo que por alguns segundos, pois de alguma forma me auxiliaram a seguir esse caminho que agora trilho. Aos meus amigos e a minha família. São muitas pessoas, se esqueci alguém, desculpa, mas a intenção é extensiva. Aos meus amigos de sangue do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores, que muitas vezes foram minha família, cuidando de mim, se importando comigo e me ouvindo. A José Bento Pereira Lima que desde que entrei para o LAFICAVE tem sido meu orientador, meu pai, meu amigo. Obrigada por me ouvir, por aturar minhas chatices nos experimentos, por me incentivar, por estar presente nos momentos difíceis, pelas palavras de carinhos e por muitas vezes me fazer enxergar coisas que eu não conseguia ver. Por ser essa pessoa especial, com um conhecimento imenso e ainda assim humilde e ainda por ser capaz de tornar qualquer problema simples. Você é muito importante para mim e parte da pessoa que sou hoje agradeço a você. Não tenho palavras para agradecer. A Denise Valle, por ser uma mãezona, pelos conselhos, por ponderar nos momentos oportunos, pelas suas excelentes idéias e observações. Pelo apoio, por confiar em mim, por me ouvir mesmo nos momentos em que estava toda enrolada. Por me emprestar sua formiga da sorte para que eu pudesse acabar de escrever a tese, acho que funcionou. Você é uma pessoa maravilhosa e muito importante para mim. Também devo muito do que sou a você. E donde que eu vim heim? Ao meu amigossim, Diogo Fernandes Bellinato, amigo para rir e para chorar, para falar besteira e reclamar, para dançar e trabalhar. Obrigada pela companhia na realização dos biensaios, por ouvir minhas viagens sobre resistência, por me escutar e me apoiar nos momentos mais difíceis, por aturar minhas chatices na sala de resistência, por estar presente em todos os vii

9 momentos, bons ou maus, por ser um amigo leal, verdadeiro e tudo de bom. Nossa amizade é eterna. Obrigada por você existir. A amiga Priscila Fernandes Vianna Medeiros, uma amiga verdadeira, também uma irmã que encontrei no LAFICAVE. Obrigada por confiar em mim para desabafar, por se importar comigo, por ser uma pessoa maravilhosa, leal, gentil, verdadeira. Por me apoiar e me dar forças para seguir em frente. Obrigada por você existir na minha vida. A Eliane (Lilica) e Tania pela companhia, pelos papos engraçados, pela ajuda na criação dos mosquitos. Por me fazerem rir, por serem essas pessoas lindas que vocês são. Ao Ademir pela gentileza, por toda a ajuda com idéias, com sugestões, colocando sua mente privilegiada a disposição para ajudar com seu jeito especial de ser, pelas conversas e por ser um verdadeiro amigo desde o primeiro dia que entrei para o LAFICAVE. Ao meu amigo figurinha (Thiago Affonso Belinato) pela ajuda no trabalho com CSIs, pela atenção, pelas conversas, por confiar em mim, pelas festinhas por tudo. Obrigada. A amiga Camila Dutra companheira de mestrado, amiga com que estudei, passei os dias fazendo trabalho, discutindo experimentos, angustias e acertos. Obrigada por me ouvir e pela força. As amigas Patrícia e Isabela Reis pelas conversas por acompanhar e torcer por mim, Obrigada meninas. Ao amigo Gustavo Lazzaro Resende pelas conversas sobre quitina, pela ajuda com a microscopia, por ser uma pessoa especial, inteligente, atenciosa. Obrigada por tudo. viii

10 A Luana Cristina Farnesi pelos papos sobre quitina, por me agüentar falando sobre IGRs e também pelo apoio durante o mestrado. Obrigada. A Diego de Lacerda pelo apoio nos simulados de campo e em tudo que precisei durante todo mestrado. Obrigada pela força! A Gilberto pela ajuda nos simulados e afins e pela atenção, por ser essa pessoa super legal que você é. A Edna, Bianca, Luciana 1, Luciana 2, Márcio, Mariana pela presença, pelo apoio, por tudo. A todo pessoal da limpeza e manutenção do IBEx pela companhia nos simulados, por tomarem conta dos meus baldes de simulado, pela atenção, por tudo. Vocês foram fundamentais. A todo pessoal da limpeza, da administração e do ensino da FIOCRUZ pela ajuda durante todo o mestrado, vocês são maravilhosos. A Carla Gentile pelo estimulo e por despertar meu interesse pelos mosquitos. Isso tudo começou com um trabalho simples, lembra? Obrigada pela força sempre. A minha turma de mestrado, todos sem exceção. Vocês são muito especiais para mim. Sempre lembrarei dos lerês e das chupa-cabrices, dança do siri e etc. Obrigada por tudo. A minha banca de mestrado: Claudia Codeço, Cícero Mello, Marcos Henrique Sorgine, por gentilmente terem aceitado o convite e pelas observações extremamente pertinentes. Um agradecimento especial ao meu revisor, pela atenção e por sua contribuição na correção da minha tese. Obrigada a minha família, amo todos vocês. ix

11 A minha irmã por ser uma pessoa fundamental na minha vida, por ter me estendido a mão no momento em que mais precisei. Obrigada por você ser essa pessoa maravilhosa e especial que você é, obrigada por me ouvir, por me aturar. Simplesmente minha vida não é completa sem você. Ao meu sobrinho mais perfeito que sempre me dá alegrias e estimulo a seguir em frente. A minha avó que também é parte fundamental da minha vida, uma pessoa marvilhosa, sempre ao meu lado. Sem você minha vida não teria sentido. Obrigada pela ajuda e pelo apoio e por confiar em mim. A minha mãe, obrigada pelo incentivo e por acreditar em mim. Você também é uma pessoa fundamental na minha vida. Ao meu avô, meu tio, minhas primas, meu pai, obrigada por tudo. Aos meus amigos que sempre me apoiaram Andréia, Mariza, Antonio Gilberto, Verônica, obrigada por tudo, de coração. Ao Instituto Oswaldo Cruz por levar a sério a educação e a pesquisa e por ser pioneiro no que faz e pelo apoio financeiro sem o qual esse trabalho não seria possível. Ao IBEx pela disponibilização das instalações, espaço fundamental para que esse trabalho fosse realizado. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) pelo fornecimento da minha bolsa de mestrado. A Agricur pelo fornecimento do novaluron. x

12 Lista de Siglas e Abreviaturas ACT Aracajú com troca de água AE análogo de ecdisona AnHJ análogo de hormônio juvenil AST Aracajú sem troca de água AtE antagonista de ecdisona AtHJ antagonista de hormônio juvenil Bs Bacillus sphaericus Bt Bacillus thuringiensis Bti Bacillus thuringiensis sorovar israelensis CDC Centers for Disease Control CE Ceará CL Concentração Letal CSI Chitin synthesis inhibitors DEN - dengue FUNASA Fundação Nacional de Saúde h - horas HJ hormônio juvenil HJCT Henrique Jorge com troca de água HJST Henrique Jorge sem troca de água IE inibição da emergência IGR Insect Growth Regulators LAFICAVE Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores MG Minas Gerais min minutos MT Mato Grosso OMS Organização Mundial de Saúde OP organofosforado RCT Rockefeller com troca de água Rock Rockefeller RR razão de resistêcia RST Rockefeller sem troca de água SE Sergipe SUCAM Superentendencia de Campanhas de Saúde Pública SVS Secretaria de Vigilância em Saúde xi

13 Índice Resumo... 1 Abstract Introdução Agente Etiológico A Doença Vetores Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) Aedes albopictus (Skuse, 1894) Mudanças Climáticas Globais, Vírus Dengue e Vetores Controle Resistência Inseticidas Alternativos Bactérias entomopatogênicas Os reguladores do desenvolvimento de insetos (IGR) Regulação hormonal em insetos Análogos e antagonistas de hormônio juvenil Análogos ou antagonistas de ecdisona Inibidores de síntese de quitina Novaluron Objetivo Geral Metodologia Em Laboratório Espécimes utilizados nos bioensaios Obtenção de larvas e espécimes adultos para os bioensaios Inseticidas Organofosforado temephos Inibidor de síntese de quitina novaluron Piretróide deltametrina Bioensaios com larvas Ensaios tipo dose-resposta Bioensaios com temephos Bioensaios com novaluron Biensaios com adultos xii

14 3.2. Simulado de Campo Local do estudo Espécimes utilizados Inibidor da síntese de quitina Montagem e acompanhamento dos simulados Resultados Em Laboratório Temephos Deltametrina Novaluron Simulado de Campo Discussão Conclusões Referências Bibliográficas xiii

15 Resumo A dengue é um grande problema de saúde pública. Esta arbovirose é transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o principal vetor o Aedes aegypti. Ainda hoje o alvo principal das campanhas de controle dessa doença é o vetor e, dentre as possibilidades, o controle químico é ainda a prática mais comum. Atualmente para o controle de Aedes aegpti no Brasil são utilizados principalmente os larvicidas temephos e Bti e o adulticida deltametrina. Detectamos por meio de ensaios tipo dose-resposta, resistência a temephos nas quatro populações avaliadas - Cuiabá, MT, Uberaba, MG, Aracajú, SE e Henrique Jorge/Fortaleza, CE. Henrique Jorge foi notadamente a população com maior alteração na resposta a temephos. Por outro lado, somente Cuiabá se mostrou sensível a deltametrina, enquanto as outras populações apresentaram resistência incipiente. Com o aumento da resistência aos inseticidas químicos usados, novas alternativas de controle, se fazem necessárias. Dentre estas se encontram os inibidores de síntese de quitina (CSI). O novaluron é um inibidor da síntese de quitina e foi recentemente recomendado pela OMS para uso em água potável, o que o qualifica como uma alternativa viável ao controle de larvas do vetor de dengue. Em condições de laboratório novaluron apresentou grande eficácia sobre larvas de Aedes aegypti da cepa Rockefeller: total inibição da emergência de adultos viáveis desta cepa foi obtida com a concentração 0,4µg/L. Novaluron também se mostrou eficaz sobre as populações do campo testadas e nenhuma delas apresentou resistência a este CSI, independente de seu status de resistência aos inseticidas químicos avaliados. Em simulado de campo, foram avaliadas a cepa Rockefeller e as populações Aracajú e Henrique Jorge. Com a concentração 20µg/L, o produto mostrou boa persistência em área externa e interna sobre larvas de Aedes aegypti. Em área externa, no período de março a maio, mortalidade acima de 70% foi obtida até a sexta semana, enquanto no período de outubro a dezembro, até a quinta semana. Em área interna, a persistência do produto foi maior, com mortalidade acima de 70% por oito semanas. O produto se mostrou eficaz em simulado de campo sobre as populações testadas, independente do grau de alteração na susceptibilidade a inseticidas químicos. 1

16 Abstract Dengue is a major public health problem. This arbovirus is transmited by Aedes mosquitoes, and Aedes aegypti is the main dengue vector. Today, the mosquito vector is still the main target of dengue control campaigns, and chemical control is the most common practice. Presently in Brasil, Aedes aegypti control makes use of the larvicides temephos and Bti and of the adulticide deltamethrin. We detected, through dose-response assays, temephos resistance in the four populations evaluated: Cuiabá, MT, Uberaba, MG, Aracajú, SE and Henrique Jorge/Fortaleza, CE. Henrique Jorge was by far the population exhibiting the most altered temephos profile. In contrast, only mosquitoes from Cuiabá were susceptible to deltamethrin, other populations exhibiting incipient resistance. Resistance increase to the chemical insecticides currently used points to the need of control alternatives. The chitin synthesis inhibitors (CSI) are among them. Novaluron is a chitin synthesis inhibitor recently recommended by WHO for use in potable water, an aspect that qualifies this product as a viable alternative to the control of dengue larvae. In laboratory conditions novaluron showed high efficacy against Aedes aegypti larvae from the Rockefeller strain: complete emergency inhibition of viable adults was attained with 0.4 µg/l. Novaluron was also effective against the field populations assayed none exhibited resistance to this CSI, irrespective of their chemical insecticides resistance status. We evaluated Rockefeller strain and mosquito populations from Aracajú and Henrique Jorge through field simulated assays. Novaluron was persistent against Aedes aegypti larvae at 20µg/L, both in external and indoors areas. In the external area, mortality levels higher than 70% were obtained up to the sixth week during the period of March-May, and up to the fifth week during October-December. The persistence of the product was higher in the indoor area, with more than 70% mortality during eight weeks. Novaluron was effective against the populations tested in simulated field conditions, independently of their chemical insecticide susceptible levels. 2

17 1. Introdução (Como definiria Keyla Belízia Feldman Marzochi: Dengue endemia de estimação) A civilização convive com diversas doenças e muitas destas são transmitidas por insetos vetores (doenças vetoriais). Dentre estas podemos destacar a dengue, hoje considerada a arbovirose mais importante transmitida por mosquitos (Nogueira et al 2001), de maior incidência no mundo e endêmica em todos os continentes exceto na Europa (Forattini 2002; Claro et al 2004). Estima-se que 2,5 a 3 bilhões de pessoas vivam em áreas de transmissão de dengue (lembrando que essas são áreas turísticas em muitos casos), 80 milhões se infectem e que cerca de 21 mil morram em conseqüência da dengue anualmente (FUNASA 2002; San Martin 2007). A dengue causa mais mortes em humanos que qualquer outra virose transmitida por mosquitos e é a segunda doença mais importante transmitida por este grupo de vetores, sendo superada somente pela malária (Paul et al 2006). A dengue é também considerada a principal doença reemergente no mundo, e desde o final do século passado nenhum país conseguiu eliminar novamente seu ciclo de transmissão (Tauil 2006). Apresenta-se como um grave problema de saúde pública e uma mazela crescente em muitos países Agente Etiológico A dengue tem como agente etiológico um arbovírus ( arthropod born virus) do gênero Flavivirus, família Flaviviridae (Gluber 1998). Esse arbovírus apresenta quatro sorotipos, DEN I, DEN II, DEN III e DEN IV, relacionados filogeneticamente e epidemiologicamente semelhantes (Holmes et al 1998; Nogueira et al 2001), porém distintos devido a diferenças antigênicas (Monath 1994; OMS 2001). Não existe imunidade cruzada efetiva, ou seja, a infecção por um sorotipo fornece imunidade por toda a vida contra esse sorotipo, mas somente parcial e temporária a outros sorotipos (Rigau-Perez et al 1998; FUNASA 2001a). Os vírus dengue são relativamente pequenos e esféricos, possuem envelope lipídico e seu ácido nucléico é um RNA fita simples positivo (Gubler 1998). 3

18 1.2. A Doença A infecção ocorre dentro de um espectro de manifestações clínicas diversificadas e com níveis variáveis de gravidade (Gubler e Clark 1995). A infecção pode ser assintomática ou pode ainda evoluir benignamente, sendo nesse segundo caso caracterizada como Dengue Clássica, contudo pode originar quadros mais graves, como a Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) e a Síndrome de Choque por Dengue (SCD), que podem levar o paciente à morte (Rigau-Pérez et al 1998). A dengue clássica é caracterizada por febre e outros sintomas não específicos, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos, dor retro-orbitária, fadiga (Rigau Perez et al 1998; Casali et al 2004). Os sintomas duram em média de cinco a sete dias, porém a fadiga pode persistir por mais tempo (Casali et al 2004). Apesar dos sintomas iniciais da dengue hemorrágica serem semelhantes ao da dengue clássica, a primeira evolui para quadros de manifestação hemorrágica (Casali et al 2004). A FHD é definida como febre aguda, com maior ou menor sangramento de mucosa (podendo ocorrer também no trato intestinal e em outros locais), trombocitopenia, hipoproteinemia e mais algumas manifestações clínicas relevantes (Rigau-Pérez et al 1998). A Síndrome de Choque por Dengue é definida como uma FHD com sinais de falência circulatória, hipotensão, pele fria e úmida, agitação, dor abdominal, vômito persistente, letargia e, em alguns casos, podendo levar a choque. Nos casos de SCD, as enzimas do fígado podem ficar alteradas, mas a icterícia é rara (Rigau-Pérez et al 1998; OMS/OPAS 2001). A evolução dos casos de SCD é bem rápida, podendo após o aparecimento de sintomas como dores abdominais, levar a óbito entre 12 e 24 horas, ou podendo levar a recuperação também rápida após tratamento correto (Casali et al 2004). Todos os sorotipos são capazes de causar as formas benignas e graves da doença. Os fatores responsáveis pela ocorrência das formas graves ainda não foram totalmente esclarecidos. Imunidade do hospedeiro, infecções seqüenciais, virulência de determinadas cepas são sempre apontados como condicionantes dos casos hemorrágicos e de choque (Teixeira et al 1999). 4

19 Co-infecção com dois sorotipos em humanos (DEN I e II; DEN II e III) já foi relatada em vários países, incluindo o Brasil. Entretanto, a infecção dupla não era determinante de casos graves da doença (Araújo et al 2006). O perfil epidemiológico da dengue varia de acordo com a localidade. Em algumas regiões, as infecções em crianças até 15 anos são assintomáticas ou apresentam sintomas brandos. A incidência da doença por faixa etária pode se modificar com o tempo e com o perfil epidemiológico da população exposta (Guha-Sapir e Schimmer 2005). O aumento da gravidade da doença parece ser diretamente proporcional ao aumento da idade do paciente em algumas regiões do planeta (Rigau-Perez et al 1998). De acordo com estudo sobre a epidemiologia de dengue realizado por Ribeiro et al (2006) na cidade de São Sebastião (SP), a incidência da dengue aumenta até anos, decrescendo a partir desta faixa etária. Em relação à distribuição da doença por sexo, o mesmo estudo mostrou que mulheres possuem maior chance de adquirirem a infecção Vetores A dengue é transmitida pela picada de mosquitos infectados do gênero Aedes (Stegomya) (Ramo Arthropoda, Classe Hexapoda, Ordem Diptera, Família Culicidae) (FUNASA 2001a). O primeiro a documentar que mosquitos poderiam transmitir dengue foi Graham (1903 apud Gubler 1997), mas somente Bancroft em 1906 (apud Gubler 1997) comprovou, experimentalmente, que Aedes aegypti era vetor da doença. Estudos subseqüentes mostraram que outros mosquitos do mesmo gênero eram capazes de transmitir o vírus, o que não foi verificado para Culex quinquefasciatus (Gluber 1997). O principal vetor dessa arbovirose é o mosquito Aedes aegypti, também vetor de febre amarela urbana (Forattini 2002). Nas últimas décadas Aedes albopictus tem adquirido grande importância na transmissão dessa doença no continente asiático. Outras espécies também podem atuar como vetoras dependendo da área geográfica, como Aedes polynesiensis e outros membros do complexo Aedes scutellaris (Gubler 1998). Essas espécies têm papel importante na transmissão do vírus dengue em áreas rurais na Ásia e 5

20 África, apesar de também contribuírem de forma discreta para o ciclo urbano (Gubler 1987) Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) É um mosquito, de origem africana, onde podem ser distinguidas duas subespécies, Aedes aegypti formosus (Walker), pouco antropofílica, restrita ao continente africano (na África Ocidental) onde se encontra distribuída em áreas silvestres e rurais (Tabachnick 1991; Bosio et al 1998; Forattini 2002; Costa-Ribeiro 2006); e Aedes aegypti aegypti antropofílica, com hábitos domésticos e presente em várias regiões do planeta (Costa-Ribeiro et al 2006). Essa subespécie é geralmente referida somente como Aedes aegypti. Provavelmente, Aedes aegypti foi trazido para as Américas durante o descobrimento, com o tráfico de escravos (Rey 2001) sendo, portanto, uma espécie exótica. Esse é o melhor exemplo de mosquito sinantrópico, sendo também endofílico e antropofílico (Lourenço-de-Oliveira 2005). Possui uma estreita associação com o homem, e por isso é considerado um mosquito urbano (FUNASA 2001a). É classificado como um mosquito tropical e subtropical, tendo sua distribuição limitada pela temperatura (entre os paralelos 35º latitude norte e 35º latitude sul). Também possui limitações de ocorrência relacionadas à altitude, sendo encontrado até 1.000m, normalmente, apesar de já ter sido detectado em altitudes acima deste limite (Donalísio e Glasser 2002; Braga e Valle 2007). O ciclo de vida do Aedes aegypti consiste de quatro estágios: ovo, larva, pupa e adulto. As larvas e as pupas são aquáticas, enquanto os adultos são terrestres. As fêmeas de Aedes aegypti depositam seus ovos na parede interna dos recipientes, acima do nível da água, preferencialmente com baixos índices de poluição (Lopes et al 2006). Geralmente são usados depósitos criados pelo homem, como vasos de planta, pneus, garrafas e outros. Ocorrido o desenvolvimento embrionário, quando imersos na água, os ovos eclodem. Os ovos são muito resistentes à dessecação, podendo se manter viáveis na ausência de água por até 450 dias; também são resistentes a baixas temperaturas e outros fatores climáticos. A cada ciclo gonotrófico uma fêmea 6

21 produz aproximadamente 120 ovos, mas deposita somente cerca de um ou dois em cada criadouro (Forattini 2002; Tauil 2002). Durante o desenvolvimento apresentam quatro estádios larvais, todos saprófitos (mastigam detritos dentro d água). O estágio larval possui duração média de cinco dias, mas pode ocorrer em períodos maiores, devido a condições ambientais desfavoráveis (Consoli e Lourenço-de-Oliveira 1994). A pupa, que não se alimenta, tem duração aproximada de dois a três dias; é nessa fase que ocorrem as modificações necessárias para o surgimento do adulto (Consoli e Lourenço-de-Oliveira 1994). O adulto possui manchas brancas alternadas com escuras (Rey 2001) o escudo é adornado com escamas branco-prateadas formando um desenho em forma de lira, de fácil reconhecimento (Lozovei 2001) (Figura 1). Um espécime adulto de Aedes aegypti vive na natureza por aproximadamente 30 a 35 dias, podendo ser mantido vivo durante meses em laboratório (FUNASA 2001a; Ribeiro 2006). Esses mosquitos têm hábitos diurnos, possuem dois picos de atividade, no início da manhã, até 2-3 horas após a aurora, e à tarde, no crepúsculo. Entretanto, se alimentam durante todo o dia dentro das casas, sendo bastante oportunistas (Gubler 1998; Lourenço-de-Oliveira 2005). Tanto machos quanto fêmeas são encontrados no domicílio. Ambos os sexos se alimentam de seiva de plantas, sendo que somente a fêmea se alimenta de sangue, pois este é necessário para o desenvolvimento dos ovos. As fêmeas de Aedes aegypti são muito agressivas e ariscas e se afastam do hospedeiro a qualquer menção de perigo (Consoli e Lourenço-de- Oliveira 1994). Devido a esse comportamento normalmente apresentam discordância gonotrófica, ou seja, podem necessitar de mais de uma alimentação sangüínea para o desenvolvimento dos ovos. Essa característica do mosquito permite que, uma vez infectado e depois do período de incubação extrínseco (ver item 1.4), possa disseminar o vírus dengue para várias pessoas em um período curto de tempo (Lourenço-de-Oliveira 2005). Aedes aegypti, até o momento, é o único mosquito incriminado como vetor de dengue no Brasil. No entanto, a importância desse culicídeo não se restringe somente à transmissão de dengue, já que é vetor da febre amarela 7

22 urbana e também tem papel vetorial no ciclo de transmissão de filarídeos, como a Dirofilaria immitis (Serrão 1998; Serrão et al 2001; Forattini 2002). Figura 1. Fêmea de Aedes aegypti; notar escudo adornado com escamas brancoprateadas formando um desenho em forma de lira característico desta espécie Aedes albopictus (Skuse, 1894) O Aedes albopictus é outro mosquito exótico que também pode ser responsável pela transmissão da dengue. É originário da Ásia e provavelmente foi introduzido no Brasil na década de 1980, tendo seu primeiro registro no país em 1986 (Consoli e Lourenço-de-Oliveira 1994). Esse culicídeo se dispersou rapidamente pelo território brasileiro, sendo hoje encontrado em 20 dos 27 estados (Gratz 2004; Braga e Valle 2007). É hoje simpátrico ao Aedes aegypti, porém possui valência ecológica muito mais ampla (Medronho 1995). Esse mosquito se dissemina com grande facilidade no peridomicílio, em áreas rurais, semi-silvestres e silvestres (Lozovei 2001). Seu ciclo biológico também passa por quatro fases (ovo-larva-pupa-adulto). O adulto possui escudo com faixa longitudinal de escamas prateadas (Lozovei 2001) (Figura 2). As fêmeas são mais ecléticas que Aedes aegypti quanto à alimentação, sendo tanto endofágicas como exofágicas (Lozovei 2001). Apresentam maior grau de exofilia, sendo menos domiciliares que Aedes aegypti (Forattini 1986). Podem utilizar criadouros artificiais sem abandonar os naturais (Gomes et al 1999). É vetor primário de dengue na Ásia, onde está associado à transmissão no ambiente urbano, rural ou semi-silvestre. No Brasil, Aedes albopictus ainda não foi incriminado como vetor de dengue, embora larvas desse mosquito já tenham sido encontradas infectadas com o vírus (Consoli e Lourenço-de-Oliveira 1994; Gratz 2004). Além disso, populações brasileiras desse mosquito mostram competência vetorial para os vírus dengue em laboratório (Forattini 2002; Grartz 2004). Existe uma grande preocupação no país com relação ao Aedes albopictus, já que esta espécie pode representar 8

23 uma ponte entre os ciclos urbano e silvestre da febre amarela, devido a sua biologia (Forattini 1986; Consoli e Lourenço-de-Oliveira 1994). Além de seu papel na transmissão de dengue e seu potencial como vetor de febre amarela, Aedes albopictus está envolvido na transmissão do arbovírus da encefalite japonesa (Forattini 2002; Gratz 2004). Figura 2. Fêmea de Aedes albopictus; notar escudo com faixa longitudinal de escamas prateadas, característico desta espécie Ciclo de Transmissão O mosquito se infecta ao ingerir sangue virêmico de um hospedeiro. Após a ingestão, o período de incubação extrínseco é de 12 a 14 dias a 28ºC, mas varia bastante em função da temperatura a que o mosquito é exposto (Donalísio e Glasser 2002; Lourenço-de-Oliveira 2005). Esse tempo é necessário para a replicação e disseminação do vírus no interior do mosquito, antes de ser detectado na glândula salivar, quando poderá ser transmitido (Monath 1994). Também é possível a ocorrência de transmissão mecânica, quando o vírus ainda está no aparelho bucal (Lourenço-de-Oliveira 2005). Um mosquito infectivo, ao picar uma pessoa susceptível, pode transmitir o vírus. O período de incubação intrínseco é de três a 14 dias. Após esse período a pessoa começa a apresentar os sinais e sintomas da doença (Gubler 1998). Outro aspecto importante é a possibilidade de transmissão entre mosquitos, como ocorre na transmissão vertical (quando as fêmeas infectadas passam o vírus aos ovos) e na venérea (machos para fêmeas através do líquido seminal) (Holmes et al 1998; Lourenço-de-Oliveira 2005). Isso sugere que os mosquitos possuem importante papel na manutenção dos vírus no ambiente e podem atuar como reservatórios fundamentais dessa virose, principalmente em locais temporariamente sem hospedeiros vertebrados susceptíveis. Por outro lado, existem poucos relatos de transmissão vertical dos vírus dengue em 9

24 humanos (mulheres grávidas aos bebês) mas, quando ocorrem, podem levar a quadros de DH e SCD nos recém-nascidos (Chye et al 1997) Mudanças Climáticas Globais, Vírus Dengue e Vetores A dinâmica de transmissão da dengue envolve fatores climáticos, ambientais, sociais, biológicos e mais tantas variáveis (Holmes et al 1998; Teixeira et al 1998). O fator clima é extremamente importante e por essa razão alterações na temperatura global têm potencial de causar modificações importantes na transmissão dessa arbovirose e de outras doenças (Donalísio e Glasser 2002). Como é uma doença transmitida por vetores, a distribuição de dengue se condiciona à capacidade de dispersão do vírus. Mosquitos em particular são insetos altamente sensíveis a flutuações climáticas, já que vários aspectos de sua fisiologia variam com a temperatura. Nestes casos, não só a fisiologia do invertebrado é influenciada, mas também o desenvolvimento do patógeno (Epstein et al 1998; Oliveira 2004). Associações entre variações na temperatura e pluviosidade já foram comprovadas como tendo papel na transmissão da dengue (Ribeiro et al 2006). Um bom exemplo é o relatado por Oliveira (2004) sobre a transmissão de dengue em Curitiba, onde até 2001 eram notificados apenas casos importados; em abril de 2002 apareceram os primeiros casos autóctones. Nesse trabalho, a autora estabelece relação entre ocorrência de dengue e registro de altas temperaturas no período estudado. Vários estudos estão sendo realizados e modelos propostos, de modo a prever como será a distribuição da dengue no futuro se as previsões de aumento da temperatura global se confirmarem (Chan et al 1999; Hales et al 2002) Controle Existem vários obstáculos ao controle da dengue, já que ainda não há medicamentos específicos e uma vacina eficaz ainda não foi desenvolvida. Em 10

25 função disto, a grande maioria das medidas para controle da dengue são direcionadas ao Aedes aegypti (Tauil 2002). O controle de vetores deve ser integrado; esse tipo de controle consiste na combinação de métodos disponíveis, de maneira eficaz, econômica, segura e racional, com objetivo de manter as populações do vetor em níveis aceitáveis (OMS 2001). O controle integrado deve possuir enfoque ecológico, levando em conta as condições ambientais locais e a dinâmica da população do vetor (FUNASA 2001b; OMS 2001; Donalísio e Glasser 2002; Braga e Valle 2007). O controle integrado envolve vigilância epidemiológica, controle físico (manejo ambiental), controle biológico, controle químico, manejo da resistência a inseticidas e ações educativas (Rose 2001; Braga e Valle 2007). O controle integrado de Aedes aegypti tem como foco principal os criadouros (Donalísio e Glasser 2002). O controle físico é uma das estratégias mais simples e eficazes para o combate a vetores e consiste na eliminação (ou pelo menos redução) de criadouros, através de vários métodos como tratamento de resíduos sólidos, melhor abastecimento e armazenamento de água, ou seja, medidas de saneamento básico (FUNASA 2001b; Lozovei 2001; OMS 2001; Donalísio e Glasser 2002). Também podem ser incluídas outras medidas menos utilizadas como, por exemplo, a aplicação de produtos que formam uma camada mononuclear sobre a superfície da água impedindo as formas imaturas de respirarem o ar atmosférico (Lozovei 2001; OMS 2001; Donalísio e Glasser 2002). O controle biológico se baseia na utilização de organismos predadores, parasitas ou qualquer outro ser vivo que possa competir com o vetor ou reduzir sua população nas formas imatura ou adulta (Teixeira et al 1999; Donalísio e Glasser 2002). Exemplos desse tipo de controle são o emprego de peixes larvófagos (Gambusia afins), assim como copépodos (Donalísio e Glasser 2002), fungos, nematódeos, pulgas d água e larvas de mosquitos predadores de formas imaturas, como é o caso do Toxorhynchites (Lozovei 2001; Teixeira et al 2001). As vantagens desse método são nenhuma contaminação química do ambiente e especificidade contra organismos-alvo (OMS 2001). 11

26 O controle químico consiste na utilização de substâncias químicas, às quais se dá o nome de inseticidas. A prática de usar substâncias químicas contra os insetos é antiga; em um papiro egípcio de 1500 ac já se encontram fórmulas para repelir ou matar vespas, pulgas e piolhos (Machado 1987). Substâncias inorgânicas, como arsênio e enxofre, foram grandes ferramentas para o controle de insetos, das quais os povos gregos, romanos e chineses fizeram grande uso para esse fim. Apesar de apresentarem desvantagens como acumulação nos tecidos orgânicos, longa persistência no ambiente, alta toxicidade, produtos inorgânicos foram utilizados maciçamente para o controle de insetos até a Segunda Guerra Mundial (OMS 1997; SUCEN 2000), quando os inseticidas orgânicos sintéticos foram introduzidos no controle (Ware e Whitacre 2004). O primeiro inseticida de efeito prolongado, descoberto na década de 1940, foi o DDT (OMS 2001), que parecia a solução para o problema dos insetos vetores (Lourenço-de-Oliveira 2005). Mas, em função de relatos de resistência no início dos anos 1960 (OMS 2001), de sua permanência por muito tempo no meio ambiente (possui meia-vida de 15 anos) e da constatação de que seus resíduos se concentram no tecido adiposo de alguns animais, esse inseticida teve sua utilização proibida em muitos países (Forattini 2002; Lima-e- Silva et al 2002). Os inseticidas químicos convencionais usados no controle de vetores podem ser classificados em quatro classes de acordo com a natureza química: organoclorados, organofosforados, carbamatos e piretróides, todos atuando de alguma forma no sistema nervoso do inseto (Lara e Batista 2002). Organoclorados São substâncias que possuem em sua fórmula química os elementos carbono, hidrogênio e cloro. São conhecidos por outras denominações como hidrocarbonetos clorados, compostos orgânicos clorados ou compostos orgânicos clorados sintéticos (Ware e Whitacre 2004). São inseticidas de baixo custo e grande estabilidade e persistência (Nunes e Tajara 1998). Alguns dos inseticidas dessa classe tiveram papel determinante na erradicação e controle de muitos insetos pragas ou vetores (Palchick 1993; 12

27 SUCEN 2000). Dentro dessa classe podem ser distinguidos quatro grupos: difenil-alifáticos, hexaclorociclohexanos, ciclodienos e policloriterpenos. Os difenil-alifáticos incluem o DDT (Figura 3), DDD, dicofol e outros. O modo de ação desses produtos ainda não foi totalmente esclarecido, mas sabe-se que atuam no canal de sódio, destruindo o delicado balanço de sódio e potássio nos axônios dos neurônios, o que altera a transmissão normal dos impulsos nervosos (Ware e Whitacre 2004). Os hexaclorohexanos, representados pelo benzenohexacloro (BHC) comercializado com o nome de lindano, atuam de forma semelhante ao DDT (Ware e Whitacre 2004). São utilizados para o controle de insetos desde 1942, mas possuem menor persistência que o DDT (OMS 1997). Dieldrin é o representante mais conhecido do grupo dos ciclodienos e teve papel importante no controle de diversos insetos (Figura 3). Após o DDT foi o segundo inseticida mais utilizado para o controle dos vetores da malária, (OMS 1997). No entanto, é mais tóxico que DDT e BHC a humanos e animais (OMS 1997). Os ciclodienos agem inibindo o receptor de ácido gamaaminobutírico (GABA), o que resulta no impedimento da entrada dos íons cloreto nos neurônios. Os efeitos observados da exposição aos ciclodienos parecem ser similares em todos os animais, como alteração na atividade nervosa, tremores, convulsões e prostração (Ware e Whitacre 2004; Braga e Valle 2007). Os policloroterpenos agem de forma semelhante aos ciclodienos e seus únicos representantes são o toxafeno e o estrobane. Toxafeno tem grande papel na agricultura, sendo utilizado sozinho ou em combinação com DDT para o controle de pragas agrícolas (Ware e Whitacre 2004). Organofosforados - São genericamente qualquer inseticida que possua fósforo. Nesse grupo são encontrados compostos com uma grande variedade de combinações de carbono, hidrogênio, oxigênio, fósforo, enxofre e nitrogênio (SUCEN 2000; Ware e Whitacre 2004). Suas qualidades como inseticida foram primeiramente observadas na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, em estudos realizados com gases que atuam no sistema nervoso, como sarin (OMS 1997; Ware e Whitacre 2004). Foram muito utilizados como substitutos 13

28 dos organoclorados, principalmente onde havia sido detectada resistência a esses últimos (OMS 1997). São geralmente mais tóxicos a vertebrados que as outras classes de inseticidas, mais instáveis e menos persistentes que os organoclorados. O único OP aprovado para a utilização em água potável até hoje é o temephos. Apesar do extenso uso dessa classe de inseticidas na agricultura e em saúde pública, devido a vantagens como sua eficiência, ao fato de serem biodegradáveis, e não se acumularem nos tecidos, esses produtos são grandes causadores de intoxicações e mortes em humanos (SUCEN 2000; Ware e Whitacre 2004; Braga e Valle 2007). Atuam inibindo uma enzima extremamente importante do sistema nervoso, a Acetilcolinesterase, o que resulta em acúmulo de acetilcolina nas sinapses nervosas; com isto, a propagação do impulso nervoso se mantém, levando à paralisia e conseqüente morte do inseto (Ware e Whitacre 2004; Braga e Valle 2007). Representantes dessa classe são temephos, malathion, fenitrothion e outros (OMS 1997) (Figura 3). Carbamatos São inseticidas derivados do ácido carbâmico e, assim como os OPs, agem inibindo a Acetilcolinesterase. No entanto possuem curto poder residual, ou seja, são muito instáveis, pois são influenciados por vários fatores como luminosidade, volatilidade, temperatura e umidade (SUCEN 2000; Ware e Whitacre 2004). O carbaril é o inseticida mais utilizado desse grupo, por ter baixa toxicidade a mamíferos; além disto tem ação contra um amplo espectro de insetos (SUCEN 2000; Ware e Whitacre 2004) (Figura 3). Outros exemplos são o propoxur, fenoxicarb (OMS 1997; Ware e Whitacre 2004). Piretróides - Os piretróides comercializados atualmente, mais estáveis, são compostos sintéticos análogos aos componentes obtidos a partir do crisântemo (SUCEN 2000). Apresentam elevada toxicidade e ação rápida contra uma grande diversidade de insetos, baixa toxicidade para aves e mamíferos, mas são tóxicos aos animais aquáticos (OMS 1997; Braga e Valle 2007). Os piretróides são muito eficientes, ou seja, são necessárias menores quantidades do ingrediente ativo, o que resulta em menor contaminação do meio. São biodegradáveis e não se acumulam nos sistemas biológicos (OMS 1997; 14

29 Casida e Quistad 1998). Alguns piretróides também possuem ação repelente. Um ponto negativo desses produtos é o alto custo, quando comparado com outras classes de inseticidas (SUCEN 2000). Esses produtos possuem modo de ação similar ao do DDT. Aparentemente atuam mantendo os canais iônicos abertos nas membranas axonais. Afetam tanto o sistema nervoso central quanto o periférico, provocando descargas elétricas repetitivas que levam à paralisia (Ware e Whitacre 2004; Braga e Valle 2007). Exemplos de inseticidas dessa classe são cipermetrina, deltametrina e permetrina (Figura 3). 15

30 Figura 3. Estrutura química de inseticidas convencionais. OC = organoclorado, OP = organofosforado, CA = carbamatos, PI = piretróide. 16

31 Resistência O grande problema associado ao controle químico é a resistência. A resistência é o desenvolvimento da habilidade, em uma linhagem de um organismo, de tolerar doses de toxinas que seriam letais para a maioria das populações normais (susceptíveis) da mesma espécie (Campos 2001). Geralmente, os alelos que conferem resistência aparecem em freqüência muito baixa na população. Porém, com o uso contínuo do inseticida, a cada geração ocorre a seleção de indivíduos com alelos para a resistência, e assim aumenta a freqüência de indivíduos resistentes na população. O inseticida não causa resistência e sim seleciona os indivíduos que possuem alelos que conferem o fenótipo de resistência. O primeiro relato de resistência data de 1908 e consiste na observação da resistência do piolho de São José (Quadraspidiotus perniciosus) ao enxofre (IRAC-BR 2006), apesar de declarações anteriores sobre esse tema serem verificadas na literatura, mas sem grande importância (Badii e Almanza 2007). A partir da década de 1940, com a introdução do uso de inseticidas orgânicos sintéticos, os casos de resistência tiveram um grande acréscimo (IRAC-BR 2006). A ocorrência de resistência leva ao aumento do número de aplicações do inseticida, aumento da dosagem ou substituição por outras substâncias mais tóxicas. Outro grande problema é a resistência cruzada, quando um mesmo mecanismo confere resistência a dois ou mais compostos químicos, geralmente relacionados (IRAC-BR 2006; Braga e Valle 2007). De acordo com Miller (1998), a resistência pode ser classificada em quatro tipos: comportamental, redução da penetração do inseticida, por alteração do sítio alvo e resistência metabólica. Resistência comportamental Esse tipo de resistência resulta de ações em resposta à pressão seletiva causada pelo inseticida, que reforçam o comportamento do inseto de evitar contato com o inseticida (Lockwood et al 1984). É comumente encontrada em insetos expostos a inseticidas aplicados em superfícies, como ocorre com o DDT (Lockwood et al 1984). Estudos em campo realizados na África, Índia, Brasil e México sugerem fortemente que mosquitos vetores da malária apresentam alterações comportamentais de modo a evitar o contato com superfícies tratadas com DDT (Roberts e André 1994). 17

32 Redução da taxa de penetração Insetos que apresentam esse tipo de resistência possuem menor taxa de penetração do inseticida pela cutícula, devido a alterações na fisiologia e na química da exocutícula. Esta característica é conveniente ao inseto, uma vez que menor quantidade do composto entrará no organismo, o que torna mais provável a detoxificação por ação das enzimas (IRAC-BR 2006; Badii e Almanza 2007). Este mecanismo confere resistência secundária, em nível baixo (de duas a quatro vezes), mas ganha importância quando combinado com outros mecanismos de resistência (IRAC-BR 2006; Badii e Almanza 2007). Esse tipo de resistência já foi verificado em diversos insetos e com diferentes inseticidas, como em Aedes aegypti e organofosforados (Matsuda e Brown 1963), e em Helicoverpa armigera e piretróides (Ahmad et al 2006). Alteração do sítio alvo os inseticidas químicos possuem alvos específicos dentro do organismo do inseto. A ligação com esses sítios alvo é extremamente importante e pequenas alterações nesses sítios podem acarretar impedimento ou dificuldade de interação com o xenobiótico (Russel et al 2004; IRAC-BR 2006; Badii e Almanza 2007; Braga e Valle 2007). Por exemplo, mutações pontuais em receptores GABA se relacionam diretamente com a resistência a ciclodienos (Hemingway et al 2004). Mosquitos expostos a inseticidas que atuam no canal de sódio como o DDT e piretróides, apresentam, após poucos minutos de contato com a substância, convulsões, com conseqüente paralisia e morte. Esse tipo de ação é denominado efeito knockdown (apud Martins 2005). No entanto, alguns insetos apresentam fenótipo kdr (resistência ao knockdown): uma vez expostos a esse tipo de inseticidas, não desenvolvem paralisia seguida de morte (knockdown) ou apresentam paralisia seguida de recuperação motora. Em muitos insetos em que foi investigado, o fenótipo kdr está relacionado com mutação pontual no canal de sódio, levando à redução de sua sensibilidade (Stump et al 2004; Braga e Valle 2007). Resistência metabólica a detoxificação é o mais estudado mecanismo que confere resistência a inseticidas (David et al 2005) e envolve a modificação ou o metabolismo do inseticida, por ação de enzimas presentes previamente no 18

33 inseto, levando à degradação da molécula do xenobiótico em compostos menos tóxicos ou a sua completa inativação (Fukuto e Mallipudi 1983; Brogdon e McAllister 1998a; IRAC-BR 2006). O aumento da detoxificação do inseticida dentro do inseto pode ocorrer devido à maior eficiência das enzimas ou ao aumento na quantidade de moléculas das enzimas no inseto (Braga e Valle 2007). Diversas enzimas podem estar envolvidas na resistência metabólica a inseticidas, sendo as de maior relevância, as Monooxigenases, Esterases e Glutationa-S-transferases (Oppenoorth 1984; Yu e Nguyen 1992; David et al 2005). As Monooxigenases dependentes de citocromo P450 são enzimas extremamente importantes e estão potencialmente envolvidas com a resistência a todas as classes de inseticidas químicos (Casida 1970; Hemingway e Ranson 2000). Alterações nos níveis de produção de Esterases de insetos parecem estar relacionadas com a pressão de seleção ocasionada por organofosforados e carbamatos (Hemingway 2000; Hemingway et al 2004). As Glutationa-Stransferases são enzimas com grande papel na detoxificação metabólica em todos os animais e também são relacionadas com a resistência a inseticidas. Possuem importante papel na detoxificação de organofosforados e DDT (Badii e Almanza 2007) Inseticidas Alternativos O controle químico continua sendo uma das principais estratégias de combate de vetores, embora sempre acompanhado do problema da resistência. A situação se torna crítica, pois enquanto os vetores adquirem resistência aos inseticidas utilizados, poucos inseticidas novos são desenvolvidos e comercializados para o controle (Paul et al 2006). Inseticidas alternativos para o controle de insetos, em particular vetores de importância médica, são urgentes. Inseticidas alternativos, como toxinas de bactérias entomopatogênicas (Bt - Bacillus thuringiensis e Bs - Bacillus sphaericus) e reguladores do crescimento de insetos (IGR Insect Growth Regulators) surgem como uma ferramenta para o controle de vetores. 19

34 Bactérias entomopatogênicas A descoberta de bactérias capazes de produzir proteínas altamente tóxicas aos insetos abriu novas perspectivas de controle. As bactérias entomopatogênicas mais importantes utilizadas para controle de vetores são o Bacillus sphaericus e o Bacillus thuringiensis (Baumann et al 1991). A atividade inseticida dessas bactérias se deve a proteinases tóxicas presentes nos cristais (corpos paraesporais) (Glare e O'Callagham 2000). Os corpos paraesporais, quando ingeridos por inseto susceptível, são dissolvidos no intestino médio do inseto. Em seguida as protoxinas são liberadas e convertidas, pelas enzimas do intestino médio, em toxinas. Essas se ligam aos receptores contidos nas células do intestino e iniciam sua ação (Aronson et al 1986; Glare e O'Callagham 2000). Em conseqüência são produzidos poros na membrana das células do epitélio do intestino médio, quebrando o balanço eletrolítico e causando lise, o que leva à paralisia e morte por inanição (o inseto não consegue se alimentar) e/ou por septicemia (Aron et al 1986; Glare e O'Callagham 2000; Lima et al 2005). Bacillus sphaericus produz cristais com duas proteínas e é extremamente ativo sobre larvas de Culex sp e Anopheles sp, apesar de apresentar pouca atividade sobre Aedes aegypti. Um ponto positivo é que Bs é capaz de resistir em água poluída (Baumann et al 1991). No entanto, resistência de mosquitos a Bs já foi amplamente descrita em laboratório (Rodcharoen e Mulla 1994; Wirth et a. 2000; Zahiri et al 2002) e em campo (Rao et al 1995; Yuan et al 2000; Mulla et al 2003b). Bacillus thuringiensis apresenta grande variedade de cepas, com ação diferenciada sobre várias ordens de insetos. O Bacillus thuringiensis sorovar israelensis é uma variedade que apresenta quatro toxinas, sendo muito ativo contra larvas de Aedes e Culex e também contra larvas de simulídeos, no entanto, possui pouca persistência em água poluída (Bauman et al 1991). Essa bactéria atualmente é uma das alternativas para o controle de larvas de Aedes aegypti no Brasil. Com relação ao Bt ainda não foi detectada resistência em insetos vetores, mas já há relatos de populações de campo da mariposa Plutella xylostella resistentes ao Bt em diversas localidades (Bauer 1995). No entanto, o problema atual no uso de Bti para o controle é a sua baixa persistência em 20

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