Situação Epidemiológica da Dengue
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- Luiz Gustavo Sequeira Castelo
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1 Boletim Epidemiológico Nº Situação Epidemiológica da Dengue Em 2016, foram notificados 510 casos suspeitos de dengue no estado do Acre até a semana epidemiológica 02(10/01/2016 a 16/01/2016). Sendo 03(1%) confirmados, 72 (14%) descartados e 435(85%) em investigação.no mesmo período, em 2015 registrouse 1.691casos suspeitos de dengue,destes 1.054(62%) foram confirmados e 637(25%) descartados, observa-se que houve redução de (30%) das notificaçõese de 62,3% de positividade entre 2015 e Fonte: DVS/DVE/DSIS/SINAN DENGUE ONLINE Data: 21/01/2016 Situação Epidemiológica da Febre Chikungunya A Febre de Chikungunya, doença infecciosa, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), cujos sinais e sintomas são: febre alta, de início súbito, artralgia (dor articular principalmente nas mãos, pés, cotovelos e joelhos) ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua; que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O vírus é transmitido pela picada da fêmea de mosquitos infectados. No Brasil em 2015, foram notificados casos autóctones suspeitos de febre de chikungunya. Destes, foram confirmados, sendo 560 por critério laboratorial e
2 7.263 por critério clínico-epidemiológico; continuam em investigação.foram registrados três óbitos por febre de chikungunya no Brasil, sendo dois no estado da Bahia e um em Sergipe. Conforme investigações, esses óbitos ocorreram em indivíduos com idade avançada 85, 83 e 75 anos e com histórico de doenças crônicas preexistentes. No Acre foram notificados 88 casos suspeitos de febre chikungunya, sendo 58 notificações em Rio Branco; 15 em Xapuri, 05 em Cruzeiro do Sul e 10 em Brasiléia. 04 notificações do município de Rio Branco já foram descartadas pelo laboratório referência instituto Evandro chagas (IEC) e 84 estão sob investigação. (tabela 01 e 02) Tabela 01 Distribuição de casos suspeitos de Febre Chikungunya, segundo município de notificação - Acre Município de notificação 2015* 2016 Total Rio Branco Xapuri Brasiléia Cruzeiro do Sul Total Fonte: SINAN NET 21/01/2016 *A partir de fev/2015 Tabela 02 Distribuição de casos suspeitos de Febre Chikungunya, segundo município de residência- Acre Município de Residência Total Brasiléia Cruzeiro do Sul Epitaciolândia Feijó Jordão Porto Acre Rio Branco Senador Guiomard Xapuri Envira (Amazonas) Cobija - Bolivia Porto Velho Total Fonte: SINAN NET 21/01/2016
3 Situação Epidemiológica da Zíka Vírus A secretaria de Estado de saúde implantou as unidades sentinelas do ZikaVírus conforme preconiza o ministério da saúde, em razão das características da doença. O principal objetivo da rede sentinela é detectar oportunamente casos de ZIKAV, com o intuito de conhecer a distribuição geográfica, as principais manifestações clínicas e os casos que possam evoluir com sintomas neurológicos. Unidades selecionadas: Regional Baixo Acre: Upa tucumã, Upa II distrito e HUERB (Rio Branco); Regional Alto Acre: Hospital Raimundo Chaar (Brasiléia); Regional Juruá: Hospital regional do Juruá (Cruzeiro do sul). Definição de Caso: Pacientes que apresentem exantema maculopapularpruriginoso, acompanhado de pelo menos DOIS dos seguintes sinais e sintomas: febre e/ou hiperemia conjuntival sem secreção e prurido e/ou poliartralgia e/ou edema periarticular. No Acre, de novembro de 2015 até 20 de Janeiro de 2016, foram notificados 97 casos suspeitos de Zika vírus, sendo 03 RN de 03 puéperas que apesar de não apresentarem sintomas, devido os mesmos nascerem com microcefalia foram coletadas amostras para ZIKAV, IgG,IgM,diferencial para dengue e enviado ao laboratório de referência (IEC). 02(uma) gestante no 3º trimestre de gestação e 02 (dois) gestantes no 2º trimestre de gestação, foram notificadas na Maternidade Bárbara Heliodora, além da coleta, foram orientadas sobre a importância do pré-natal e a realização de exames adicionais. Os 87 casos restantes são provenientes das unidades sentinelas de Rio Branco. Tabela 03 Número de casos notificados de Zika Vírus, segundo unidade notificadora Unidade sentinela Nº de casos Maternidade 10 Upa tucumã 17 Huerb 14 Upa sobral 02 Upa II distrito 46 Vigilância Epidemiológica-DVEAS/RBR 08 TOTAL 97 Fonte: FORMSUS
4 Situação Entomológica - Índice de Infestação Predial - IIP O ultimo Levantamento de Índice Rápido - LIRAa foi realizado no mês de novembro com participação de 16 municípios. O resultado do Índice de Infestação Predial - IIP indica que 04 municípios encontram-se em situação de Risco de epidemia de dengue, 06 em Alerta e 06 em situação Satisfatória e 02 não realizaram o levantamento. *Município não realizou LIRAa durante o ano ** Resultado do LIRAa realizado no mês de setembro de 2015 Depósitos predominantes Cada região, município ou mesmo localidades tem características próprias que influenciam na infestação vetorial: dinâmica e regularidade do abastecimento de água, coleta de lixo, costumes locais quanto o tratamento de material inservível, entre outros. Com isso deve-se considerar a grande capacidade de adaptação do vetor ao ambiente e na ausência de um tipo de recipiente que acaba por se desenvolver em outros disponíveis. Dos 16 Municípios que realizaram o LIRAa no mês de novembro, 09 apresentaram depósito do tipo A2 (depósitos de grande porte para armazenamento de água para consumo doméstico)predominante em
5 positividade. O segundo maior índice de positividade apresentado foi nos depósitos do tipo B (depósitos de utilidade doméstica), seguidos pelos depósitos tipo D2 (lixo e descartáveis em geral). Estratégias de Enfrentamento O Governo Federal instalou a Sala Nacional de Coordenação e Controle para gerenciar e monitorar a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, a febre chinkungunya e o vírus Zika, bem como a execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. A Sala Nacional é coordenada pelo Ministério da Saúde. O Decreto nº 3874 de 17 de dezembro de 2015, institui a sala de comando e controle do Estado do Acre, que é composta por representantes por representantes das seguintes instituições I Gabinete do Governador; II Ministério da Saúde; III Secretaria de Estado de Saúde SESACRE; IV Secretaria Municipal de Saúde; V Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil; VI Secretaria de Estado de Segurança Pública SESP; VII Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social SEDS; VIII Secretaria de Estado de Educação SEE; IX Ministério da Defesa / Exército Brasileiro; X Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre CMBAC; XI Secretaria de Estado de Comunicação SECOM; XII Ministério Público do Estado do Acre MPAC; e XIII Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres SEPMULHERES 1º A Presidência da Sala de Comando e Controle será exercida pelo Secretário de Estado de Saúde ou, na sua ausência, pelo Coordenador Estadual de Defesa Civil, e sua composição contará com titulares e suplentes dos diversos órgãos e entidades que dela farão parte. Atribuições Definir diretrizes para execução coordenada e controlada das ações de mobilização e combate ao mosquito em seu território; Apoiar Municípios com pessoal, insumos, equipamentos e logística; Coordenar, monitorar e supervisionar a implementação das ações de mobilização e combate ao mosquito em seu território;
6 Intensificar as ações de combate ao vetor de forma complementar aos Municípios; Gerenciar os estoques estaduais de adulticidas e larvicidas; Informar à Sala Nacional de Coordenação e Controle as necessidades logísticas para o pronto cumprimento da mobilização e combate ao mosquito; Elaborar Plano de Ação para o combate ao vetor em seu território; Consolidar dados e informações provenientes dos Municípios; Validar e remeter dados à Sala Nacional de Coordenação e Controle; Mobilizar as instituições de ensino em todos os níveis da educação; Conscientizar a sociedade sobre a importância da atuação de cada cidadão nos cuidados preventivos necessários para evitar a proliferação do mosquito nos ambientes; Mobilizar o Ministério Público e o Poder Judiciário; Criar mecanismos para o engajamento da sociedade civil no combate ao mosquito; Avaliar resultados da intensificação da campanha para orientar a continuidade das ações; Prestar suporte técnico aos Municípios. Rio Branco/Acre, 21 de janeiro de 2016 Elaboração: Ana Paula Medeiros Erika Rodrigues de Abreu Eliane Alves Costa Nicolau Abdalah
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