Aspectos Clínicos Relevantes da infecção
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- Fernanda Lagos Castelhano
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1 Superintendência de Vigilância em Saúde Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis Coordenação de Controle de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar Rotavírus
2 ROTAVÍRUS O VÍRUS Família: Reoviridae. Gênero: Rotavírus O vírus é altamente infectante, podendo permanecer em fezes por aproximadamente uma semana. Classificação sorológica: grupos A, B,C,D, E, F e G) subgrupos e sorotipos Grupo A: predominante Antígeno comum de grupo: VP6 (detectável sorologicamente)
3 ROTAVÍRUS Aspectos Clínicos Relevantes da infecção Período de incubação: 1 3 dias Desenvolvimento agudo Febre (30% 50%) Vômitos (80% 90%) Diarréia aguda aquosa: (5 10 episódios/dia) Desidratação e déficit nutricional Período clínico pode variar de 2 a 14 dias
4 Diarréia por rotavírus: desidratação Fonte: OMS
5 ROTAVÍRUS A diarréia é aquosa, explosiva. Sangue vivo, quando ocorre nas infecções por RV, pode estar associado a escoriações anais. Pode haver infecção bacteriana ou parasitária associada. As lesões na mucosa intestinal, produzidas durante a replicação viral, resultam em uma destruição da parte superior das vilosidades intestinais. Como conseqüência, ocorre diminuição da absorção de sais, glicose e água, o que resulta em diarréia e vômitos..
6 ROTAVÍRUS Início com irritabilidade, vômitos intensos, náuseas, rejeição alimentar. Os vômitos diminuem, surge a diarréia, que nos casos típicos é intensa. A reidratação oral é difícil, por causa dos vômitos, mas é possível. Exige a presença contínua da mãe durante pelo menos 3 a 4 dias Alguns casos exigem hidratação venosa.
7 ROTAVÍRUS Transmissão: Fecal-oral Gotículas de salivas Alimentos contaminados Secreções do trato respiratório Tratamento Não existem medicamentos específicos; Hidratar bem o doente com soro caseiro e muito líquido; Alimentação normal; Manter aleitamento materno. Não há medicamentos eficazes
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9 ROTAVÍRUS As formas assintomáticas ou oligossintomáticas predominam no 1º semestre de vida ou em crianças maiores ou adultos. Formas mais graves dos 6 meses aos 2 anos de idade. Pode haver formas graves em idosos ou imunodeficientes.
10 ROTAVÍRUS Importância do Diagnóstico Mais importante causa de gastrenterite não bacteriana em crianças menores de 5 anos. Principal causa de morbidade e mortalidade por diarréia em crianças em todo o mundo (princ. quando associada a desnutrição). Maior gravidade em crianças prematuras, de baixo nível sócio-econômico ou com deficiência imunológica.
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12 Notificação Compulsória
13 Notificação Compulsória
14 Definição de Unidade Sentinela São centros criados para realizar avaliação epidemiológica, ou seja, exercer uma vigilância Epidemiológica intensificada.
15 Unidade Sentinelas Objetivos Gerais Avaliar a magnitude do Rotavirus e o impacto potencial para geração de epidemias nas regiões do Estado. Conhecer o perfil das gastrenterites causadas por rotavírus em Goiás, em crianças menores de cinco anos de idade.
16 Objetivos específicos Unidade Sentinelas Detectar a ocorrência de surtos de doenças diarréicas por rotavírus por meio de instrumentos como MDDA e outros instrumentos para detecção de surtos do SINAN. Identificar o perfil epidemiológico dos surtos de diarréia causados por rotavírus notificados por meio da MDDA e SINAN Identificar os sorotipos e genótipos circulantes no país, implicados na ocorrência de surtos.
17 Unidade Sentinelas Objetivos específicos Apoiar a adoção de medidas de controle apropriadas para ocorrência de surto. Avaliar o impacto da vacinação contra rotavírus na magnitude da doença diarréica em unidades sentinelas em crianças menores de cinco anos de idade.
18 Critérios para definição Unidade Sentinelas Unidade Hospitalar com monitorização das doenças diarréicas agudas (MDDA) implantada; Leito de internação para diarréia; Representativa da população referenciada; Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar ou CCIH; Envolvimento da direção e áreas afins. Atendimento e internação de criança menores de 05 anos de idade com doença diarréica aguda e esteja recebendo o plano de tratamento C (reidratarão meio endovenoso ) que resida no Estado de atendimento,independente do estado vacinal contra o rotavírus.
19 Unidade Sentinelas Fonte de Dados Planilhas de MDDA Formulários de internação hospitalar(sih-sus) Instrumentos de notificação de surtos( notifica,0800) Fichas de notificação para caso suspeito de rotavírus. Laboratório.
20 ROTAVÍRUS Definição de caso Suspeito para unidade sentinela ROTINA: Criança menor de cinco anos, com diagnóstico de Doença Diarréica Aguda, que tenha recebido soro de reidratação por meio endovenoso (Plano C de tratamento), que resida no Estado de atendimento, independente do estado vacinal contra o rotavírus. Presença de três ou mais episódios de diarréia num período de 24 horas, com duração menor que 14 dias. A ficha de investigação deve ser preenchida e digitada no Sinan para os casos em que houve coleta de amostra de fezes in natura.
21 Ficha de Investigação de Rotavírus-Sinan Net Unidade Sentinela
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23 ROTAVÍRUS Em situação de surto Duas ou mais crianças menores de cinco anos, com suspeita diagnóstica de doença diarréica aguda, que resida no Estado de atendimento, independente do plano de tratamento utilizado e do estado vacinal contra rotavírus; IMPORTANTE: Qualquer unidade de atendimento do município pode em situação de surto de Rotavírus, notificar um caso suspeito, desde que, o mesmo se enquadre na definição de caso. para coleta de amostra e preenchimento da ficha individual de rotavírus e ficha de surto, não deve ser considerado o tipo de tratamento.
24 Qualquer Unidade de Saúde
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26 Definição de Caso Confirmado Caso suspeito que teve confirmação diagnóstica por meio do teste ELISA (realizado nos LACEN) ou que, em caso de surto, foi encerrado pelo critério clínico-epidemiológico. Definição de Caso Descartado Caso suspeito que teve diagnóstico laboratorial negativo, por meio do teste ELISA ou que, em caso de surto, foi descartado pelo critério clínico-epidemiológico.
27 ROTAVÍRUS Coleta de Amostras Fraldas com material sólido: usar espátula Fraldas com material líquido: acondicionar a fralda em saco plástico e enviar ao LACEN Swab retal em caso de óbitos A obtenção da amostra de fezes dever ser realizada observando as seguintes medidas de segurança: Uso de máscara Jaleco Luvas
28 ROTAVÍRUS Identificação das amostras Amostras: individualizadas em sacos plásticos lacrados Identificação completa do paciente Data da coleta Natureza da amostra Usar etiqueta com tinta resistente aos meios de conservação e com letra legível Em caso de surto indicar no rótulo
29 ROTAVÍRUS Importante!!! Conservação da amostra: até 48 horas em temperatura ambiente ou até no máximo 5 dias na geladeira; Encaminhar para o Lacen em até 3 dias (ideal) após a coleta em caixa de isopor com gelox ou caixa térmica
30 ROTAVÍRUS Proposta 2013 Implantar 02 unidades sentinelas de rotavírus no município de Goiânia e 01 unidade no município de Jataí. Cada unidade sentinela deverá fazer 05 coletas de amostra de fezes mensalmente dos casos suspeitos de rotavírus.
31 Obrigada Suely W. de Carvalho Alves Coordenação de Doenças Hídricas e Alimentares SES/SUVISA/GVEDT Fone:(62) Fax: bact.agudas@gmail.com
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