UM 2012 COM MUITO PLANEJAMENTO

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2 Editorial UM 2012 COM MUITO PLANEJAMENTO É com muito prazer que abrimos 2012 e chegamos até você com mais uma edição deste boletim. Em primeiro lugar, gostaria de desejar a todos os associados do Sescon Campinas um 2012 cheio de sucesso e saúde. E também com muito planejamento. Finais e inícios de ano são excelentes fases para se planejar o que vem pela frente. Por isso, se você ainda não fez o planejamento para este ano, tire alguns dias para isso. Pergunte-se para onde sua empresa quer ir e o que deve fazer para chegar lá. Veja onde estão seus pontos fortes e, é claro, não se esqueça dos pontos fracos. Levante também as oportunidades e principais ameaças. Aposte na tecnologia como diferencial competitivo. Menos burocracia à vista Uma notícia importante vale a pena ser destacada aqui neste espaço. No final de 2011, a Receita Federal anunciou a intenção de extinguir a partir deste ano e até 2014, mais de sete obrigações, entre elas a declaração de imposto de renda das pessoas jurídicas. A iniciativa merece o aplauso de todos que lutam por menos burocracia na atividade empresarial brasileira como nós, do Sescon. Afinal, só assim poderemos ser mais competitivos. Com o SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), a Receita Federal passou a conhecer toda a vida das empresas contribuintes, através de sistemas, notas fiscais eletrônicas e as mais variadas possibilidades de cruzamento de informações. Ganham o empreendedorismo brasileiro e também o próprio governo. Processos simples e racionais são fundamentais para a contabilidade de qualquer negócio. Outra grande conquista a ser destacada é a aprovação da lei que traz mudanças na Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. As faixas e limites para ingresso no Simples Nacional foram ampliados. Nesta edição Trazemos nesta primeira edição de 2011 uma entrevista com o economista Mailson da Nóbrega, que fala sobre a economia brasileira e as perspectivas para o futuro. Mailson foi ministro da Fazenda e tem longa carreira no setor público. Como início de ano é tempo de reflexões, você já parou para pensar nos seus investimentos? Trazemos uma matéria sobre este assunto que, esperamos, possam ajudar em sua vida financeira. Aproveite também o começo de ano para investir em treinamentos na sua empresa. Faça um levantamento de onde estão os pontos a melhorar e mãos à obra. Seus funcionários e clientes só têm a ganhar além, é claro, da sua empresa. E não se esqueça. Quer deixar a sua opinião? Que assuntos você gostaria de ler aqui neste espaço? Mande seus comentários para o sescon@happyhourcom.com.br. Um abraço e boa leitura! José Homero Adabo - Presidente do Sescon Campinas EXPEDIENTE Sescon Campinas Av. Irmã Serafina, 863, 2º andar, CJ 21 e 22 - Centro - CEP Tel./Fax: (19) sesconcampinas@uol.com.br Diretoria Presidente: José Homero Adabo Vice Presidente: Rodrigo de Abreu Gonzales Vice Presidente Financeiro: Carlos José Tozzi Diretor Financeiro: Edison Ferreira Rodrigues Vice Presidente Administrativo: Osvijomar de Seixas Queiroz Jr Diretor Administrativo: Marcelo Viaro Berloffa Vice Presidente Social: Carlos Luiz Barroso Ehrenberg Suplentes da Diretoria Executiva Antônio Cândido Vieira de Almeida Barbosa; Breno Acimar Pacheco Correa; Edevaldo Pereira de Souza; Júlio Fabretti Filho; Wilson Roberto Anselmi. Membros do Conselho Fiscal Efetivos: Flávio Antonio Baptista; Gervásio de Souza; Luis Antonio Ercoles. Suplentes: Antônio Carlos Daniele; Dalmo Otacílio Arten; Valdessir Javaroni. Produção editorial e gráfica Happy Hour Comunicação contato@happyhourcom.com.br Tel. (19) Jornalistas responsáveis Carlos Eduardo Moura (MtB ) e Arthur Pradella. Editoração e produção gráfica Caio Buzatto 2

3 Notas Contábeis Boa notícia para micro e pequenos empresários Começa neste mês um novo ciclo para micro e pequenos empresários, por conta das mudanças anunciadas pelo governo no ano passado na Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. As alterações, especificamente aquelas que se referem ao programa Simples Nacional, trazem boas perspectivas ao possibilitar mais competitividade no mercado já que ampliam as faixas e os limites para ingresso no sistema simplificado de tributos, aumentam o limite de faturamento do Empreendedor Individual e permitem o parcelamento de dívidas tributárias. O limite máximo de faturamento anual das microempresas foi ampliado de R$ 240 mil para R$ 360 mil. Já para as pequenas empresas, a receita máxima passou de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões. No caso do microempreendedor individual (MEI), o teto passa de R$ 36 mil para R$ 60 mil da receita bruta anual. Prazo para contribuição sindical patronal termina em janeiro Empregadores filiados ao Sescon Campinas têm até o dia 31 de janeiro para recolher a Contribuição Sindical Patronal. O tributo, amparado pela CLT, é obrigatório e o recolhimento está sujeito a fiscalizações do Ministério do Trabalho, que detém uma parcela de 20%do total da arrecadação. A contribuição recolhida além do prazo estará sujeita a uma multa adicional e mais juros de mora, conforme estabelecido na legislação. O pagamento pode ser realizado via boleto, em qualquer agência bancária ou casa lotérica. Ações contra negligência de empresas O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) entrou, desde 2008, com ações contra empresas cobrando os valores gastos com benefícios previdenciários de vítimas de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. O balanço refere-se aos processos abertos até o final de Por meio da Procuradoria Geral Federal, o instituto espera reaver, com essas ações, mais de R$ 363 milhões. De acordo com o INSS, esses processos são movidos quando é possível recolher provas mostrando que houve negligência da empresa, resultando em acidente de trabalho ou doença ocupacional, devido ao não cumprimento ou à ausência de fiscalização às normas de saúde e segurança. Cada vez mais empreendedores Cerca de 1,8 milhão de empreendedores individuais (EI) foram cadastrados em 2011, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em 2012, a expectativa é que o número seja ainda maior, em função das novas regras do limite de enquadramento no Simples Nacional, que foi ampliado em 50%. Além disso, também houve aumento do limite máximo permitido para a receita bruta anual do empreendedor individual. O teto passou de R$ 36 mil para R$ 60 mil Ponto eletrônico é adiado novamente As novas regras para a utilização do ponto eletrônico como controle de jornada de trabalho, que, após prorrogação, passariam a vigorar no dia 1º de janeiro deste ano, foram mais uma vez adiadas, desta vez para 2 de abril de As novas exigências entrariam em vigor diante de inúmeras polêmicas e controvérsias sobre o tema. Projeto permite deduzir do IR juros decorrentes de decisões judiciais A Câmara de Deputados analisa um projeto de lei que, se aprovado, permitirá aos contribuintes deduzir dos rendimentos tributáveis pelo Imposto de Renda os juros de mora, em virtude de decisões judiciais. O autor do projeto, deputado Romero Rodrigues (PSDB-PB) argumenta que juros têm natureza jurídica indenizatória, uma vez que correspondem ao que o credor perdeu em virtude de atraso do devedor e, portanto, não podem ser considerados riqueza nova. A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Posteriormente, passará pelo plenário. Empresas têm 30 dias para quitar débitos trabalhistas As empresas pré-cadastradas no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT) terão prazo de 30 dias, a partir de sua inclusão, para quitar débitos ou contestar dívidas na Justiça do Trabalho para evitar a negativação. A lei que instituiu a Certidão Negativa entrou em vigor no dia 4 de janeiro deste ano. Ato publicado no dia 3, no entanto, adia, na prática, por 30 dias a necessidade de regularização dos débitos para a emissão da certidão negativa. Durante esse período, independentemente de regularização, as empresas poderão emitir certidões regularmente. 3

4 HÁ SINAIS DE QUE CAMINHAMOS PARA UMA REDUÇÃO DO POTENCIAL DE CRESCIMENTO DO PAÍS Para o economista Mailson da Nóbrega, país precisa atacar suas deficiências estruturais que retiram competitividade à indústria e inibem a expansão da produtividade e do potencial de crescimento Por Carlos Eduardo Moura Para o economista Mailson da Nóbrega, há sinais de que o Brasil para uma redução do potencial de crescimento, que, segundo ele, poderá voltar aos 3,5/4% da década passada. Isso será o resultado da ausência de reformas do governo petista e de problemas de gestão, associados ao loteamento de cargos públicos na esfera federal. Houve piora do sistema tributário e deterioração da infraestrutura, afirma, em entrevista por ao Boletim Sescon Campinas. De acordo com o economista, que já foi ministro da Fazenda e hoje é sócio da consultoria Tendências, o Brasil precisa atacar deficiências estruturais que retiram competitividade à indústria e inibem a expansão da produtividade e do potencial de crescimento. Ele cita dois gargalos: o sistema tributário e as deficiências de infraestruturais. Nesta entrevista, Mailson fala também sobre o cenário econômico brasileiro, taxas de juros, inflação, independência do Banco Central e crise na Europa. Sobre o Brasil ter se tornado a sexta maior economia do mundo (passou à frente do Reino Unido), ele diz que é mais demérito deles do que mérito nosso. PERFIL Mailson da Nóbrega é sócio da consultoria Tendências e foi ministro da Fazenda de 1988 a 1990, após longa carreira no Banco do Brasil e no setor público. Como ministro, presidiu o Conselho Monetário e o Confaz e integrou os boards do FMI, do Banco Mundial e do BID. Participa de conselhos de administração de empresas no País e no exterior e é colunista da revista Veja. Para o economista Mailson da Nóbrega, modernizar a arcaica» legislação trabalhista é necessidade urgente, além de resolver o sistema tributário e as deficiências de infraestrutura, para que o Brasil aumente a eficiência e a competitividade de sua economia 4

5 O que significa o Brasil ser a sexta maior economia do mundo? É algo para se comemorar? Traz prestígio ao país? A notícia de que o Brasil se tornou a sexta economia do mundo já era esperada. Como o nosso PIB se aproximou do britânico e cresce (ainda que pouco), enquanto o deles cresce menos ou até decresce, seria uma questão de tempo. Neste momento, é mais demérito do Reino Unido do que mérito nosso. A informação tem inequívoco efeito simbólico e pode melhorar a auto-estima de muitos, mas não traz qualquer resultado prático para os brasileiros, cujo nível de bem estar não se altera. Galgar a posição chama mais a atenção para o país e suas oportunidades, podendo ter algum efeito, ainda que mínimo, em decisões de investir por aqui. Do lado negativo, à medida que avançamos deixamos de nos beneficiar de programas de ajuda social dos países ricos, pois afinal já não nos credenciamos a receber esse tipo de apoio. Quais as perspectivas do Brasil para esta década? Alguns economistas dizem que o país vai viver um grande boom de oportunidades por conta das crises no mundo e eventos como Copa e Olimpíadas. O que espera para os próximos anos? Há sinais de que caminhamos para uma redução do potencial de crescimento do país, que poderá voltar aos 3,5%/4% da década passada. Isso será o resultado da ausência de reformas dos governos do PT e de problemas de gestão associados ao loteamento de cargos no governo federal. Houve piora do sistema tributário e deterioração da infraestrutura. Esses dois fatores reduzem a eficiência da economia, conspiram contra a produtividade e inibem a competitividade de nossos produtos. Os investimentos associados aos eventos esportivos minimizarão essa tendência, mas dificilmente a reverterão. Infelizmente. Quais os gargalos o Brasil tem de superar? Quais as reformas mais importantes? O país precisa atacar suas deficiências estruturais, que retiram competitividade à indústria e inibem a expansão da produtividade e do potencial de crescimento. Dois dos gargalos mais relevantes já foram mencionados: o caos do sistema tributário e as deficiências da infraestrutura. Além disso, é preciso viabilizar a Previdência no longo prazo, mediante reformas que introduzam o limite de idade para a aposentadoria e revejam o inaceitável sistema de pensões por morte, o mais generoso do mundo. Modernizar a arcaica legislação trabalhista é outra necessidade. Isso sem falar na educação, cuja má qualidade é um dos principais desafios a enfrentar. O Banco Central reduziu a previsão de crescimento do PIB de 2011 e para As taxas de crescimento ficarão abaixo da meta do governo. O que esperar para 2012? Na situação atual, o PIB deve crescer 3,2% em O alinhamento do Banco Central (BC) com o governo, no caso das últimas quedas nas taxas de juros, é algo que preocupa? Há sinais de que o BC recebe orientação política para tomar suas decisões, mas isso é negado por seu presidente. É cedo para dizer se o risco existe. O teste poderá vir em 2013, quando tudo indica que a inflação se distanciará mais uma vez do centro da meta, ameaçando ultrapassar o teto de 6,5%. O BC teria, então, de começar um novo ciclo de alta na política monetária, já no início de Será o grande teste. Dilma e Mantega se conformarão? Como ficarão suas promessas de que a taxa de juros real iria para 2% até o fim do atual governo? Se o BC puder agir autonomamente para elevar a taxa de juros, estará confirmado o discurso da não interferência política. Caso contrário, A notícia de que o Brasil se tornou a sexta economia do mundo já era esperada. Neste momento, é mais demérito do Reino Unido do que mérito nosso. Alexandre Tombini (presidente do BC) seria substituído por alguém definitivamente alinhado com o governo. Como avalia o BC ter abaixado os juros, mesmo com inflação, em 2011? Foi uma medida precipitada. O BC apostou em um cenário externo desastroso, que teria efeitos desinflacionários na economia brasileira. Bancos centrais não fazem apostas. O BC poderia ter feito uma pausa, como outros o fizeram, esperando que se definisse melhor o ambiente. Felizmente, o nosso BC está acertando, por razões distintas. É que o efeito das medidas que adotou no início do ano alta na taxa Selic e medidas macroprudenciais se revelaram mais fortes do que se imaginava. A desaceleração da taxa de inflação se deve a razões internas, mais do que à crise externa. O corte de juros deve continuar em 2012? Ou o BC deve frear o corte se a inflação voltar a subir? O BC conseguiu restabelecer a coordenação das expectativas, uma de suas principais funções. Havia uma dispersão inconveniente, resultado da surpreendente redução da Selic em agosto. Agora, os analistas estão convencidos da trajetória que o BC deseja para a taxa de juros. Menos mal. A maioria esmagadora acha que a Selic vai continuar caindo 50 pontos a cada reunião, até abril, quando estacionaria em 9,5%. O BC tem agora outro problema, o de convencê-los de que a inflação convergirá para o centro da meta, 4,5%, em Ninguém acredita nisso. É provável, como disse antes, que a taxa volte a subir em Até que ponto a crise européia tem afetado o Brasil? O Brasil tem mercado interno para compensar isso? E no caso da desaceleração do crescimento da China? Até agora, o efeito tem-se manifestado na redução do acesso de empresas brasileiras ao credito externo, mas nada preocupante. Nas projeções da Tendências, o Brasil não terá dificuldade em captar os recursos externos de que necessitará em Haverá uma sobra de algo como 25 bilhões de dólares. Se a China desacelerar muito em 2012, o Brasil sofrerá. Esse não é, todavia, o cenário mais provável. Admitindo-se que não haverá rupturas na Europa, a China pode crescer entre 9% e 10% em 2012, o suficiente para manter em nível elevado a demanda por commodities brasileiras. Como avalia o ano de 2011 no Brasil, analisando o cenário econômico? O PIB deverá crescer apenas 2,8%, a taxa Selic já está definida em 11% no fim do ano. No momento desta entrevista, ainda não temos o IPCA de 2011, mas é muito provável que ultrapasse a meta de 6,5% fixada pelo governo. Quais os setores mais promissores da economia? Se não houver uma catástrofe na Europa, os setores que mais crescerão em 2012 serão a construção civil, o varejo, o agronegócio, a mineração e o sistema financeiro, não necessariamente nessa ordem de importância. Como avalia o risco inflacionário para 2012, com o mercado de trabalho aquecido? A inflação de 2012 deverá ser inferior à de O mercado de trabalho aquecido deverá ser um fator importante para impedir a convergência da inflação para a meta. A projeção da Tendências é um IPCA de 5,4%, puxado essencialmente pelos serviços. 5

6 INVESTIMENTOS INTELIGENTES, VIDA MELHOR Especialistas antecipam dificuldades maiores para investimentos pessoais em Saiba como planejar e aplicar o seu dinheiro de forma inteligente Você que sempre quis investir o seu dinheiro, mas nunca soube por onde começar, saiba o seguinte: não existe fórmula pronta para obter retornos rápidos e substanciais. Ou pelo menos não existe fórmula pronta para conseguir isso sem correr grandes riscos. Risco, aliás, é a chave. Todo investimento, por mais seguro que pareça, representa também um risco. E, como em todo aspecto da vida, o retorno é sempre diretamente proporcional ao risco que se corre. Apesar de não existir fórmula pronta, há alguns consensos sobre investimentos inteligentes. Tudo depende, é claro, do perfil de cada investidor, da quantidade de dinheiro que se pretende investir e, não menos importante, do tempo que se pretende manter o dinheiro investido. Algo, entretanto, que é imprescindível a todo e qualquer investidor é um planejamento a prova de balas. É essencial que o pequeno investidor tenha tanto cuidado ao planejar suas aplicações quanto o que investe milhões, opina Marcelo Teixeira Galvão, economista e especialista em finanças pessoais. Isso é importante porque, quando bem planejados, os pequenos investimentos rendem e, acima de tudo, ensinam como investir. Servem de know-how para aquele que pretende, se possível, aplicar cada vez mais, diz Teixeira. De acordo com o especialista, os principais pontos a serem levados em consideração são a quantidade de dinheiro, a razão entre essa quantia e a sua renda mensal e o tempo de retorno pretendido. Tão importante quanto é qual o objetivo do investimento. Você pretende usá-lo em cinco ou vinte anos? Respondidas essas perguntas, resta escolher entre as várias opções que existem hoje, que vão de alto retorno com grandes riscos (como bolsa de valores) ou baixo retorno com quase nenhum risco, como cadernetas de poupança. O que escolher Na hora de escolher quais investimentos você vai fazer, ter informação é de vital importância. É crucial estar bem informado sobre o mercado de valores, sobre as empresas em que pretende investir, sobre as taxas de juros e, obviamente, as taxas cobradas por bancos ou corretoras para realizar a aplicação. Nessas horas, não se deve ter preguiça de fazer todas as contas necessárias, para que não haja perigo de se enganar com promessas de grande retorno, quando as taxas praticadas engolem praticamente todo o lucro. A escolha do canal ideal para seu investimento requer também um conhecimento no mínimo básico do contexto econômico mundial e nacional. Se o mundo está em crise e essa crise pode afetar o seu país as escolhas são muito diferentes. O ano de 2012 será extremamente desafiador no quesito investimentos, pondera o especialista Ricardo Pereira, do portal Dinheirama.com. A tendência de queda nos juros se refletirá nos investimentos de renda fixa e, para conseguir rentabilidades maiores, o investidor precisará buscar investimentos mais arriscados, observa. Nessas condições, um bom planejamento se torna ainda mais importante. De acordo com Pereira, o ideal no contexto econômico de hoje, especialmente para o investidor de primeira viagem, é diversificar. Um mix de invesitmentos, com quantias pequenas investidas em cada um, é o correto para não se correr grandes riscos, diz. DICAS RÁPIDAS PARA O PEQUENO INVESTIDOR» Nunca comprometa mais de 30% da sua renda líquida.» Na medida do possível, procure ter um dinheiro guardado para emergências, como perda de emprego. A quantia ideal é o correspondente a 12 meses de salário.» Considere seus investimentos uma prioridade. Não espere para ver quanto sobre para depois planejar. Calcule seu orçamento já reservando a quantia de dinheiro para aplicações.» Faça uma previdência privada. Ela tem um custo baixo e garante um bom dinheiro no futuro para educação dos filhos ou para complementar renda da aposentadoria.» Sempre se informe sobre todas as taxas e descontos de qualquer aplicação financeira, e tenha certeza de que, no final, você terá o lucro que deseja. 6

7 TREINAR COLABORADORES VALE A PENA Benefícios de se apostar nas pessoas que trabalham na sua empresa vão de melhor qualidade até mais motivação Até pouco tempo atrás, muitos empresários tinham em mente que investimentos em estrutura, tecnologia e processos eram os únicos que de fato geravam retornos eficientes. A única concessão feita às pessoas era elaborar ao máximo os processos seletivos, de modo a contratar aquele que tinha exatamente o perfil pretendido pela empresa. Hoje, está mais do que óbvio que escritórios melhores, sistemas de última geração e processos perfeitos seriam quase nada sem pessoas competentes, dedicadas e, não menos importante, bem treinadas. É cada vez maior a quantidade de dinheiro que as grandes empresas investem no treinamento de seus próprios colaboradores. Para elas, ter os funcionários sempre atualizados não é diferencial, é obrigação. Médios, pequenos e micro empresários, no entanto, às vezes ainda relutam em reconhecer que investir em pessoas vale, sim, a pena. Não há a necessidade de se fazer grandes gastos com isso, constata o gestor de RH e consultor empresarial Rodrigo Martins da Silva. Hoje a oferta de conhecimento é enorme e está presente via internet, a custos baixos, cita. Martins explica, no entanto, que se deve sempre verificar a procedência e a qualidade de um curso ou treinamento antes de dedicar uma parte do orçamento a essa questão. Por conta da enorme oferta, vemos muitos cursos de baixíssima qualidade. É preciso ter cuidado para não jogar dinheiro fora, sempre pegando referências de outros que já fizeram determinado treinamento antes, observa. Benefícios Além da vantagem óbvia de manter os colaboradores afiados com aquilo que se trabalha na empresa, há também o benefício da motivação. Quando um colaborador sabe que a empresa está investindo nele, ele em geral sente-se motivado a trabalhar melhor, aponta a psicóloga e empresária Regina Lúcia de Carvalho. Além disso, trata-se de um orgulho para ele, pois fica claro que a empresa acredita no trabalho que vem sendo realizado e quer vê-lo crescer sempre mais. Essa é a mensagem que se passa, diz a psicóloga. Especialistas em gestão concordam que a melhor forma de se garantir o dinheiro para os treinamentos é reservá-lo já no planejamento do ano anterior, em vez de ver quanto sobre no caixa para, então, decidir o que fazer. Com planejamento, tudo é possível, conclui Rodrigo Martins. DICAS» Não é obrigatório que o investimento seja em dinheiro para pagar o curso. Há alternativas menos onerosas que, no entanto, geram os mesmos benefícios. Flexibilizar horários para que funcionários façam cursos que gostam, por exemplo.» O importante é incentivar o contínuo crescimento das pessoas que formam a sua equipe. Portanto, mesmo que não haja cursos diretamente ligados às áreas que a sua empresa atua, faça sugestões de cursos em outras áreas de interesse dos seus funcionários. A vantagem da motivação é a mesma.» É sempre possível negociar diretamente com as entidades que ministram os treinamentos, caso você deseje oferecer treinamento a vários colaboradores.» O Sescon Campinas oferece cursos a associados em diversas áreas. A grade de programação para 2012 estará em breve no site 7

8 Artigo VOCÊ SE RELACIONA COM SEUS CLIENTES? Por Carlos Eduardo Moura A quantas anda o relacionamento da sua empresa com seus clientes? Será que você é daqueles que costuma fazer apenas contatos administrativos, como enviar boletos, guias de impostos e notas fiscais? Eu pessoalmente recomendo cuidado e mais atenção com a sua de base de clientes, se o único modo de relacionamento de sua empresa for esse, meramente burocrático. Fazer relacionamento é algo indispensável a qualquer tipo de empresa. Relacionamento gera vínculo, que gera confiança. Este é o ponto central. Mas o que é, exatamente, relacionamento? Relacionamento é conhecer o cliente, suas necessidades, problemas e, é claro, significa manter uma comunicação frequente. Escritórios de contabilidade devem ter em mente que seus clientes devem ser para a vida inteira e que rebanho deve ser cuidado com extrema atenção. Daí a necessidade de comunicação constante e criação de valor para a marca. Os e-crm vêm ajudando, em parte, neste processo de relacionamento, pois ajudam a manter o cliente atualizado com as obrigações, além de enviar lembretes e notificações. É uma forma excelente de automatizar contatos e reforçar o vínculo. Ótimo. Mas isso todo mundo faz (ou pelo menos deveria fazer), certo? Mais importante do que ter bons sistemas é a cultura da sua empresa. Você treina seus funcionários a manterem contato frequente com a base de clientes? Tem mapeado quais seus os clientes de maior valor? Tem um canal de comunicação direta, como uma newsletter por ou um boletim impresso, com periodicidade definida? O principal objetivo deste tipo de ação é aumentar a percepção do valor da sua empresa, tornando-a referência. A contabilidade pode tornar a administração mais fácil e menos arriscada. Uma análise poderá identificar os pontos fortes e fracos do negócio, indicar em que áreas há necessidade de mais investimentos e até reduzir custos O relacionamento e a comunicação constante são um dos principais fatores de fidelização. Não basta fazer um bom serviço: tem de mostrar que faz um bom serviço. Comunicar-se com freqüência vai permitir que você construa a imagem de empresa preocupada em atender bem o cliente. Ao fazer isso, sua empresa se valorizará. Com isso, a chance de indicações aumenta consideravelmente. Conteúdo de qualidade Produzir um periódico (seja por ou impresso), com conteúdo relevante e útil, é uma das melhores formas de construir, consolidar e posicionar a sua empresa e ainda por cima fortalecer o relacionamento junto aos clientes atuais e reativar o contato com ex-clientes. Ao produzir este tipo de material, pense em que tipo de conteúdo seu público-alvo gostaria de ler. Porque não mapear as principais dúvidas e transformá-las em textos atraentes? A cada contato, sua empresa gera vínculo e proximidade e tem a oportunidade de criar um valor inigualável para a sua marca. Carlos Eduardo Moura é diretor da Happy Hour Comunicação. Endereço de devolução: Sescon Campinas R. Irmã Serafina, 863, 2º andar, sl 21/ Campinas (SP) 8