Dia da Freguesia do Montijo e Afonsoeiro
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- Luiza Silveira
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1 Dia da Freguesia do Montijo e Afonsoeiro Senhor Presidente da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro Senhor Presidente da Câmara Municipal do Montijo Senhores representantes das entidades homenageadas Senhoras e Senhores Autarcas Minhas Senhoras e Meus Senhores, Neste dia da freguesia de Montijo, agora agregada com a freguesia do Afonsoeiro, pela Lei nº 11-A/2013, de 28 de janeiro, que adotou a denominação de Montijo e Afonsoeiro, cumpre-me em nome da Assembleia Municipal do Montijo saudar todos os presentes e em particular as entidades homenageadas com o premio Barca Aldegalega, a empresa Raporal, Ateneu Popular do Montijo e Centro Social S. Pedro, ciente de que a sua atribuição e entrega é simultaneamente o reconhecimento pelo desempenho da sua função empresarial, cultural e social, mas igualmente um incentivo para continuar essa mesma ação e dessa forma contribuir para o desenvolvimento empresarial, cultural e social do Montijo. 1
2 Nesta cerimónia vou gastar três a quatro minutos para falar das instituições autárquicas, os municípios e as freguesias e na necessária e indispensável transparência e responsabilidade da sua governação. Não podemos ignorar que se instalou em Portugal uma cultura que é preciso vencer de desconfiança nas instituições e na politica, de falta de espírito crítico, normalmente substituído pela maledicência inconsequente e avulsa, pela calunia, pela desresponsabilização, pela impunidade e opacidade, pela mentira e pela tentação de por tudo no mesmo saco, pessoas honestas e não honestas, pessoas dedicadas à causa pública com aqueles que apenas tratam das suas vidas e das suas carreiras. São os vestígios desta cultura que temos que erradicar. Nunca é de mais recordar aqui e agora, o difícil caminho que os autarcas, os municípios e as freguesias têm percorrido para ver definidos com clareza, as atribuições, as competências e os recursos financeiros. Situação que nos dias de hoje se têm 2
3 agravado por ausência de meios que o Governo disponibiliza para as imensas competências das freguesias e dos municípios. É inquestionável que o reforço e aprofundamento da via descentralizadora tem feito e fará mais pela harmonização e pela solidariedade de que o centralismo. Apesar de tudo, a construção do poder local democrático tem vindo a ser feito de apostas, de avanços, de voluntarismo, de imaginação, de iniciativa, que venceram o ceticismo, a inércia, o desânimo e o pessimismo de muitos. As freguesias têm sido e deverão ser ainda mais no futuro instituições fundamentais ao reforço da coesão nacional e da solidariedade. Para isso, é necessário potenciar uma verdadeira descentralização administrativa, que se inscreve positivamente na reforma do Estado e do sistema politico. A descentralização é, como se sabe, um processo que resulta da aplicação do princípio da subsidiariedade, o que implica fazer ao nível administrativo inferior, ao nível que está mais próximo do cidadão, tudo o que esse nível, com capacidade técnica e humana pode realizar com mais eficácia e eficiência. 3
4 As autarquias locais, municípios e freguesias são os actores de primeira linha em que assenta a descentralização administrativa. Porém não deverão continuar a ser os únicos. Não tenho dúvidas em afirmar que é indispensável o reforço institucional dos territórios, através de uma reforma descentralizadora que abranja três planos, o municipal, das freguesias e o regional. Esta será a melhor resposta no combate às desigualdades regionais de desenvolvimento, com a interação e articulação, de forma integrada, cooperante e solidária, para concretizar no terreno as políticas públicas de coesão territorial e social, suportadas na autonomia constitucional, no ordenamento do território e no ambiente. É neste quadro que a participação dos cidadãos e das instituições da sociedade civil podem ganhar mais força e contribuir para uma nova dimensão da cidadania, abrindo espaço para o compromisso cívico e a participação politica no aprofundamento de uma democracia representativamente participada. Como refere o Papa Francisco " se tudo está relacionado, também o estado de saúde 4
5 das instituições duma sociedade tem consequências no ambiente e na qualidade de vida humana". Minhas senhoras e meus senhores, Caras e caros amigos Acabo esta minha intervenção saudando uma vez mais a junta de freguesia que soube ser grata para os homenageados, os homenageados pelo seu contributo à nossa comunidade. Muito obrigada. Montijo, 15 de Setembro de 2015 A Presidente da Assembleia Municipal do Montijo Maria Amélia Antunes 5
Senhora Presidente da Câmara, Caros Colegas,
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