Por uma Universidade Portuguesa de padrão Europeu
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- Giulia de Figueiredo
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1 Manifesto Eleitoral Por uma Universidade Portuguesa de padrão Europeu O Reitor e a sua equipa, partidários dos valores que caracterizam o novo paradigma europeu de ensino superior, de investigação científica e desenvolvimento artístico e tecnológico, objectos da Declaração de Bolonha e da Estratégia de Lisboa, cientes das recomendações produzidas pela equipa de avaliadores da EUA (e da urgência de as pôr em prática), conhecedores das oportunidades e das limitações oferecidas e impostas pelo RJIES, entenderam ser seu dever participar no processo eleitoral conducente à constituição de uma assembleia ad hoc para elaboração dos novos estatutos, através da candidatura de uma lista de professores. Os professores que integram a lista são oriundos de todas as áreas científico-pedagógicas e detentores de larga experiência científica, pedagógica e de gestão académica.
2 Composição da Lista Efectivos Suplentes Carlos Marques (CEE) Ana Ludovice (CA) Ausenda Balbino (CNA) António Heitor Reis (CE) Manuel José Lopes (ESESJD) José Afonso de Almeida (CA) Diogo Figueiredo (CNA) Filipe Themudo Barata (CHS) Christopher Bochmann (Artes) Luís Sebastião (CHS) João Figueiredo (CE) Carlos Vieira (CEE) Eduardo Figueira (CHS) Teresa Pinto Correia (CNA) Ricardo Serralheiro (CA) Felismina Mendes (ESESJD) Armando Raimundo (Saúde e Desporto) Manuela Carrott (CE) Propomo-nos contribuir para que os futuros estatutos da Universidade de Évora, balizados pelas disposições legais, reflictam as recomendações da equipa de avaliadores da EUA e satisfaçam um conjunto de 7 princípios genéricos que reputamos essenciais e que se enunciam: 1. Princípio da indissociabilidade do ensino e da investigação Princípio básico que subjaz ao conceito de universidade moderna e que, entre nós, tem vindo a impor-se nas leis que regem a formação superior, por força da adesão de Portugal à reforma de Bolonha.
3 2. Princípio da subsidiariedade Tudo quanto possa ser feito por uma entidade de menor grau hierárquico não deve ser feito por uma entidade de nível superior. Assim se respeitam e aproveitam as iniciativas, energias e capacidades dos diferentes elementos da instituição. Os órgãos de topo só devem intervir nos domínios onde as estruturas intermédias não podem actuar. 3. Princípio do gradiente de responsabilidade hierárquica Princípio afirmativo da hierarquia académica como matriz do gradiente de responsabilidade e de poder de decisão, indispensável à eficiência e agilidade que se pretende imprimir a toda a gestão académica. Assim sendo, aos três graus da hierarquia académica deverão corresponder, em princípio, níveis diferenciados de responsabilidade e de poder de decisão. 4. Princípio da colegialidade da gestão académica Sendo certo que as Universidades são, por definição, organizações de cidadãos treinados para pensar, conceber novas ideias e gerar conhecimento, a mobilização deste potencial endógeno é indispensável ao aconselhamento e controlo dos poderes instituídos aos diversos níveis de organização. Consequentemente, a hierarquia do poder deverá ser acompanhada por órgãos colegiais com composição e âmbitos de intervenção bem definidos. 5. Princípio da democraticidade representativa Como consequência lógica do princípio anterior, os órgãos colegiais devem constituir-se com base na representatividade democrática dos corpos académicos. Este princípio tende a minimizar a participação em órgãos colegiais por inerência de funções desempenhadas em outros órgãos. 6. Princípio da interdisciplinaridade Deverá ser aplicado a toda a actividade de investigação científica, de ensino e de formação, e decorre da assumpção de que a procura da verdade, que subjaz à produção do conhecimento, implica sempre o concurso de diversas competências científicas.
4 7. Princípio da solidariedade institucional Este princípio afirma que a Universidade, embora estruturada em Unidades Orgânicas dotadas de autonomia administrativa, é una e indivisível; como tal, deverá garantir o desenvolvimento harmonioso de todas as partes através de uma política de gestão de recursos pautada pela solidariedade e por uma estratégia de desenvolvimento global. Defendemos Uma universidade que tenha por missão central a prestação de um serviço público de produção e socialização do conhecimento, de padrão europeu; Uma universidade assente nos valores do humanismo, universalista pela metodologia e pelo saber, e regional pelas prioridades objectivadas na valorização da comunidade e na qualificação do território; Uma universidade que se assuma como um corpo responsável por indagar, investigar, debater, discernir e propor caminhos de soluções para a sociedade; uma universidade consciência crítica da socieade Uma universidade que aposte na internacionalização das suas actividades, tanto no domínio do ensino como no da investigação; Uma estrutura orgânica que potencie uma boa governabilidade, democrática na auscultação da academia, célere e responsável na tomada de decisão; A existência de um órgão central de aconselhamento do Reitor no qual estejam representadas as Unidades Orgânicas;
5 Que as futuras Unidades Orgânicas se designem por Escolas, que disponham de autonomias científica, pedagógica e administrativa; Os Departamentos como as unidades estruturantes das Escolas; Os Centros de Investigação como unidades desejavelmente interdisciplinares que se afirmem em nichos nos quais a universidade possui competências actuais ou potenciais; A criação de um Instituto de Pós-graduação que articule a actividade científica e a formação avançada (3º ciclo e 2º ciclo internacional); Que o Reitor seja sempre um professor ou investigador do topo de carreira; Que o Conselho Geral integre um representante dos funcionários não docentes; Que os elementos externos do Conselho Geral sejam personalidades de projecção nacional.
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