Capítulo 11. Forças Intermoleculares. e Sólidos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Capítulo 11. Forças Intermoleculares. e Sólidos"

Transcrição

1 Capítulo 11 Forças Intermoleculares Propriedades dos Líquidos e Sólidos Teoria Cinética Molecular de Líquidos e Sólidos Forças Intermoleculares Propriedades dos Líquidos Estrutura Cristalina Difracção de Raios X por Cristais Tipos de Cristais Sólidos Amorfos Mudanças de Fases Diagramas de Fases Forças Intermoleculares Forças intermoleculares forças atractivas entre moléculas. Forças intramoleculares forças que mantêm os átomos unidos numa molécula. Intermolecular vs. Intramolecular 41 kj para vaporizar 1 mole de água (inter). 930 kj para quebrar todas as ligações O H em 1 mole de água (intra). Geralmente, as forças inter-moleculares são muito mais fracas do que as forças intramoleculares «Medida» da força intermolecular l ponto de ebulição ponto de fusão H vap H fus H sub

2 Forças Intermoleculares Forças dipolo-dipolo forças atractivas entre moléculas. Orientação das moléculas polares num sólido Forças Intermoleculares Forças ião-dipolo forças atractivas ti entre um ião e uma molécula polar. Interacção ião-dipolo Interacção fraca Interacção forte

3 Forças Intermoleculares Forças de dispersão forças atractivas que surgem como resultado de dipolos temporários induzidos nos átomos ou nas moléculas. Catião Dipolo induzido Interacção ião-dipolo induzido Dipolo Dipolo induzido Interacção dipolo-dipolo p induzido Forças de dispersão (continuação) Polarizabilidade é a facilidade com que a distribuição electrónica do átomo (ou molécula) pode ser distorcida. A polarizabilidade aumenta: com o aumento do número de electrões; quanto mais difusa for a nuvem electrónica. As forças de dispersão aumentam geralmente com a massa molar.

4 E se não existe nada para induzir a formação de um dipolo? Dipolo instantâneo- Resulta do movimento dos electrões que em dada altura originam um momento dipolar formando um dipolo induzido que se propaga pelas outras moléculas. Ligação (por ponte de) hidrogénio tipo especial de interacção dipolo-dipolo entre o átomo hidrogénio numa ligação polar, tal como N H, O H ouf H, e um átomo electronegativo O, NouF. A H B ou A H A A & B são N, O ou F

5 Ligação de Hidrogénio Propriedades dos Líquidos Tensão superficial de um líquido quantidade de energia necessária para esticar ou aumentar a área dessa superfície de uma unidade. F γ = N/m (F = força 2l l = comprimento) Forças intermoleculares fortes Tensão superficial alta

6 Propriedades dos Líquidos A ação capilar deriva da tensão superficial. Forças responsáveis pela ação capilar: Coesão atracção intermolecular entre moléculas semelhantes. Adesão atracção entre moléculas diferentes. Adesão > Coesão > Propriedades dos Líquidos Viscosidade medida da resistência que um fluido oferece ao escoamento. Força intermolecular forte: Viscosidade alta

7 Mudança de Fases Fase: Parte homogénea de um sistema que se encontra em contacto com outras partes do mesmo sistema, mas separada delas por uma fronteira bem definida. (Exemplo: um cubo de gelo em água) A transformação de uma fase noutra corresponde a uma mudança de fase. Mudança de Fases Equilíbrio líquido-vapor Evaporação ou vaporização: Capacidade que um certo número de moléculas possui para escapar da superfície de um líquido devido à energia cinética do líquido a uma determinada temperatura. Condensação: Passagem ao estado líquido de moléculas que ç g q q se encontravam na fase de vapor.

8 Mudança de Fases Gás menos ordenado ra Vap porizaçã ão emperatu Te Con densaç ção Líquido Sólido mais ordenado Equilíbrio líquido-vapor A pressão de vapor de equilíbrio define-se como a pressão de vapor medida em condições de equilíbrio dinâmico entre a condensação e a evaporação. H 2 O (l) H 2 O (g) Equilíbrio dinâmico Taxa de condensação = Taxa de evaporação

9 Montagem experimental para medir a pressão de vapor de um líquido Antes da evaporação Em equilíbrio Entalpia de vaporização molar ( H vap ) energia necessária para vaporizar 1 mole de um líquido. Equação de Clausius-Clapeyron Clapeyron P = (equilíbrio) pressão do vapor ln P = H vap RT + C T = temperatura (K) R = Constante dos gases (8,314 J/K mol)

10 Equação de Clausius-Clapeyron: (relaciona a pressão de vapor P de um líquido com a temperatura T) ln P = - H vap + C ou log P = - RT Hvap 2,303RT + C (C = constante) A uma temperatura T 1 e pressão P 1 : ln P 1 = - A uma temperatura T 2 e pressão P 2 : ln P 2 = - HvapH RT H RT 1 vap 2 + C + C Como C é igual nas 2 equações: ln P = Hvap ) ln ( ou P 2 R T2T T1 P 2 P Hvap T1 - T = ( P R T1T1 T 2 2 ) Ponto de ebulição de um líquido temperatura à qual a pressão de vapor éi igual là pressão exterior. Ponto de ebulição normal de um líquido igual ao ponto de ebulição quando a pressão externa é de 1 atm.

11 Temperatura crítica (T c ) de uma substância temperatura acima da qual a sua forma gasosa não pode ser liquefeita por maior que seja a pressão aplicada. Pressão crítica (P c ) pressão mínima que tem de ser aplicada para provocar liquefacção à temperatura crítica. Mudanças de Fases Gás Equilíbrio sólido-líquido H 2 O (s) H 2 O (l) Ponto de fusão de um sólido ou ponto de solidificação de um líquido é a temperatura à qual as fases sólida e líquida coexistem em equilíbrio. Entalpia de fusão molar ( H fus ) energia (normalmente em quilojoules) necessária para fundir 1 mole deumsólido. Temperatu ura Fu usão Líquido Solid dificação Sólido

12 Curva de aquecimento Mudanças de Fases Gás Equilíbrio sólido-vapor H 2 O (s) H 2 O (g) 2 2 g Calor de sublimação molar ( H sub ) é a energia (normalmente em quilojoules) necessária para sublimar 1 Temperatu ura Sublima ação Líquido ção Deposi mole de um sólido. H sub = H fus + H vap (Lei de Hess) Sólido

13 Um diagrama de fases resume as condições para as quais uma substância existe no estado sólido, líquido ou gasoso. Diagrama de fases da água Diagrama de fases do CO 2 ESTADO SÓLIDO Os sólidos podem ser definidos como substâncias que possuem volume e forma definida não influenciada pelo tamanho ou forma do recipiente. Os sólidos podem também ser definidos como substâncias que apresentam as suas partículas constituintes i t dispostas num arranjo regularmente ordenado. Um líquido sobrearrefecido será um sólido pela primeira Um líquido sobrearrefecido será um sólido pela primeira definição, mas não pela segunda definição.

14 Os sólidos podem ser classificados em: -Sólidos verdadeiros ou cristalinos: Compostos em que as unidades constituintes estruturais estão dispostas numa configuração geométrica bem definida (por exemplo: cloreto de sódio ou açúcar). -Sólidos amorfos: Compostos que apresentam muitas das características anteriores, mas que não têm um arranjo configuracional definido, possuindo uma desordem semelhante às dos líquidos (por exemplo: vidro ou borracha). Propriedades macroscópicas dos sólidos: -Dureza -Incompressibilidade -Propriedades geométricas Os sólidos cristalinos fundem rapidamente a uma temperatura constante e definida (ponto de fusão). Os sólidos amorfos fundem gradualmente num intervalo de temperaturas. Quando um líquido é arrefecido a pressão contante, ele atinge o ponto decristalização (ou de congelação), sendo asmoléculas l forçadas a ordenarem-se segundo uma configuração geométrica característica. A cristalização origina libertação de calor. H fus = - H crist

15 Estrutura 3-D do gelo A água é uma substância única! Densidade d máxima 4 0 C O gelo é menos denso que a água Um sólido cristalino possui uma ordem rígida de longo alcance; os seus s átomos, moléculas las ou iões ocupam posições específicas. (ex.:gelo) Um sólido amorfo não tem um arranjo bem definido e uma ordem molecular de longo alcance. (ex.: vidro) Uma célula unitária é a unidade estrutural básica que se repete num sólido cristalino. nó da rede Nos nós da rede: Átomos Moléculas Iões Célula unitária Células unitárias a 3 dimensões

16 Sete tipos de células unitárias Tipos de células cúbicas

17 Arranjo de esferas idênticas numa célula cúbica simples Arranjo de esferas idênticas Arranjo de esferas idênticas num cubo de corpo centrado

18 Um átomo situado no vértice e no centro é......partilhado por 8 células unitárias...partilhado por 2 células unitárias 1 átomo/célula unitária (8 1/8 = 1) 2 átomos/célula unitária (8 1/8 + 1 = 2) 4 átomos/célula unitária (8 1/ /2 = 4)

19 Relação entre o comprimento da aresta e o raio dos átomos para três células unitárias diferentes cs ccc cfc Montagem experimental para obter a figura de difracção de raios X de um cristal

20 Reflexão de raios X por duas camadas de átomos Distância extra = BC + CD = 2d senθ = nλ (Equação de Bragg) Tipo de cristais: Os sólidos cristalinos podem ser divididos em cristais iónicos, covalentes, moleculares e metálicos. Iónico: (constituído por espécies carregadas com tamanhos diferentes) Covalente: (constituído por átomos unidos por ligações covalentes) Molecular: (unidade de repetição é um átomo ou uma molécula) Metálico: (constituído por átomos metálicos com os electrões de valência deslocalizados)

21 Cristais Iónicos Tipos de Cristais Nós de rede ocupado por catiões e aniões. Mantêm-se unidos por atracção electrostática. Duros, frágeis, ponto de fusão elevado. Maus condutores de calor e electricidade. CsCl ZnS CaF 2 Tipos de Cristais Cristais Covalentes Nós de rede ocupados por átomos. Mantêm-se unidos por ligações covalentes. Duros, ponto de fusão elevado. Maus condutores de calor e electricidade. átomos de carbono diamante grafite

22 Tipos de Cristais Cristais Moleculares Nós de rede ocupados por moléculas. Mantêm-se unidos por forças intermoleculares. Moles, baixo ponto de fusão. Maus condutores de calor e electricidade. Tipos de Cristais Cristais Metálicos Nós de rede ocupados por átomos metálicos. Mantêm-se unidos por ligações metálicas. Moles a duros, baixo a elevado ponto de fusão. Bons condutores de calor e electricidade. id d Núcleo e camada interior e Secção transversal de um cristal metálico «Mar» de e móveis

23 Tipos de Cristais Tipos de empacotamento: Uma estrutura de um cristal pode ser descrita por: Representação da célula unitária Representação da rede espacial (posição dos elementos) Indicação dos índices de Miller Modo de empacotamento

24 Empacotamento de esferas uniformes: Constituído por esferas (átomos ou iões do mesmo tamanho. r r = raio da esfera a = lado do cubo (aresta) a a = 2r Volume de uma esfera: 4 πr 3 4 a = π ( ) Volume da célula unitária a 3 Numa estrutura cúbica simples: 1 esfera é partilhada por todas as células unitárias 1 cubo tem 8 vértices Logo haverá uma esfera completa dentro de uma célula unitária cúbica simples. Eficiência de empilhamento (ou de empacotamento): Volume das esferas dentro da célula X 100% Volume da célula Para uma célula cúbica simples: 4/3ππ (a/2) Eficiência de empilhamento = 3 a 3 3 4π a 100 = 3 a 24 π 100 = 100 = 52% 6

25 Numa célula cúbica de corpo centrado existe uma base de esferas seguida de uma segunda camada onde cada esfera fica no meio e uma 3ª camada igual à primeira. O raio é: r = 3 a 4 O número total de esferas é 1 no centro + 1/8 nos vértices x 8 = π 3 Eficiência de empilhamento = 3 a 3 4 a = π 100 = 68% 8 Numa célula cúbica de faces centradas: O raio é: r = 2 a 4 O número total de esferas é: 1/8 x 8 + 1/2 x 6 = π a 33 Eficiência de empilhamento = = π 100 = 74% 3 a 6

26 Empacotamento de esferas não uniformes Se o sistema possuir esferas de tamanhos diferentes como no caso do NaCl ou LiF, as esferas maiores (os iões F - no LiF) ocupam posições bem definidas e as mais pequenas vão acomodar-se nos espaços livres existentes entre as esferas maiores. aoes Rede cúbica de faces centradas: Rede cúbica de corpo centrado: r + + r - = a/2 (distância interatómica) r + + r - = 2 3 a 2 Defeitos na rede cristalina Anomalias nas propriedades mecânicas, eléctricas e químicas dos sólidos só podem ser explicadas se houver imperfeições na rede cristalina. Defeitos pontuais: a) Lacuna ou defeito de Schottky- ausência de 1 ou mais átomos da sua posição na rede cristalina. b) Defeitos intersticiais- existência de átomos em posições intermédias. Todos os defeitos pontuais provocam uma distorção local na rede cristalina, que depende da sua estrutura, t ra das dimensões atómicas e do tipo de ligação química.

27 Deslocamentos: São mais importantes que os defeitos pontuais. A simetria deumarede cristalina fica alterada ao longo deuma linha de átomos. a) Deslocamento de canto: formado pela adição de um plano extra de átomos ao cristal perfeito. b) Deslocamento em parafuso: ocorre quando uma parte docristal se desloca em relação aoresto da rede. Deslocamento em parafuso

28 Um sólido amorfo não possui um arranjo tridimensional ordenado de átomos. Um vidro é um material opticamente transparente que resultou da fusão de um composto inorgânico e que arrefeceu até um estado rígido sem cristalizar. Quartzo cristalino (SiO 2 ) Vidro de quartzo não-cristalino Nome Composição Propriedades e utilizações Vidro de quartzo puro 100% SiO 2 Coeficiente de expansão térmica baixo, transparente numa gama larga de comprimentos de onda. Usa-se em óptica. Vidro pirex SiO % Coeficiente de expansão térmica baixo. B 2 O % Transparente ao visível e infravermelho, mas não ao Al 2 O 3 ultravioleta. Usa-se em equipamento de laboratório e de cozinha Vidro SiO 2 75% Atacado por produtos químicos e sensível aos choques sodo-cálcico Na 2O 15% térmicos. CaO 10% Transmite luz visível, mas absorve radiação ultravioleta. Usa-se em janelas e garrafas

Fundamentos de Química 2ª parte

Fundamentos de Química 2ª parte Fundamentos de Química 2ª parte Densidade electrónica na molécula de 2 Densidade electrónica na molécula de F Ligação covalente polar ou ligação polar ligação covalente com maior densidade electrónica

Leia mais

Forças intermoleculares

Forças intermoleculares Forças intermoleculares Ligação de hidrogênio Forças intermoleculares Ligação de hidrogênio Forças intermoleculares Ligação de hidrogênio As ligações de hidrogênio são responsáveis pela: Flutuação do gelo

Leia mais

ARRANJOS ATÔMICOS. Química Aplicada. Profº Vitor de Almeida Silva

ARRANJOS ATÔMICOS. Química Aplicada. Profº Vitor de Almeida Silva ARRANJOS ATÔMICOS Química Aplicada Profº Vitor de Almeida Silva 1. Arranjo Periódico de Átomos SÓLIDO: Constituído por átomos (ou grupo de átomos) que se distribuem de acordo com um ordenamento bem definido;

Leia mais

Aula 6. Forças Intermoleculares

Aula 6. Forças Intermoleculares ACH5521 - Química Geral Aula 6. Forças Intermoleculares Profa Káthia M. Honório (kmhonorio@usp.br) Quais são as forças envolvidas em cada caso? Questões Por que a água é encontrada na forma líquida e não

Leia mais

primárias secundárias

primárias secundárias A3 Ligação atómica Ligações químicas fortes (primárias) são formadas quando electrões das orbitais exteriores são transferidos ou partilhados entre átomos. Ligações secundárias mais fracas resultam da

Leia mais

PROPRIEDADES DOS SÓLIDOS ESTRUTURA E TIPO DE LIGAÇÕES

PROPRIEDADES DOS SÓLIDOS ESTRUTURA E TIPO DE LIGAÇÕES PROPRIEDADES DOS SÓLIDOS ESTRUTURA E TIPO DE LIGAÇÕES 1 REPRESENTAÇÃO Diferentes estados da matéria gás pouca ordem, movimentos rápidos. Sólido cristalino altamente ordenado líquido polar mais ordenado,

Leia mais

ESTADO SÓLIDO. paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs. Profª. Loraine Jacobs

ESTADO SÓLIDO. paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs. Profª. Loraine Jacobs ESTADO SÓLIDO lorainejacobs@utfpr.edu.br paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs Profª. Loraine Jacobs Estado Sólido Tradicionalmente, um sólido é definido como uma substância que mantém um volume e uma

Leia mais

Volume e forma - não são tão fixos como na teoria. Os sólidos sofrem dilatação com o aumento da temperatura, embora outros se contraem.

Volume e forma - não são tão fixos como na teoria. Os sólidos sofrem dilatação com o aumento da temperatura, embora outros se contraem. Roberto Márcio Assinado de forma digital por Roberto Márcio DN: CN = Roberto Márcio, C = BR, O = Área 1, OU = Faculdade de Ciência e Tecnologia Motivo: Sou o autor deste documento Dados: 2004.08.10 21:56:32-03'00'

Leia mais

QUÍMICA A Ciência Central 9ª Edição Capítulo 11 Forças intermoleculares, líquidos e sólidos David P. White

QUÍMICA A Ciência Central 9ª Edição Capítulo 11 Forças intermoleculares, líquidos e sólidos David P. White QUÍMICA A Ciência Central 9ª Edição Capítulo 11 Forças intermoleculares, líquidos e sólidos David P. White Uma comparação entre líquidos e sólidos As propriedades físicas das substâncias entendidas em

Leia mais

1. Algumas Propriedades dos Líquidos

1. Algumas Propriedades dos Líquidos 1. Algumas Propriedades dos Líquidos 1.1 Viscosidade Alguns líquidos, como o melaço e o óleo de motor, fluem lentamente; enquanto que outros, como a água e a gasolina, fluem rapidamente. A resistência

Leia mais

Ligação Iónica. é também superior (993 ºC 800 ºC)

Ligação Iónica. é também superior (993 ºC 800 ºC) Ligação Iónica A ligação iónica resulta da atracção electroestática entre iões de carga oposta. A força atractiva é compensada pela repulsão quando os átomos estão muito próximos e as duas núvens electrónicas

Leia mais

Ciências dos materiais- 232

Ciências dos materiais- 232 1 Ciências dos materiais- 232 2 a aula - Ligações químicas - Estruturas Cristalinas Quinta Quinzenal Semana par 10/03/2015 1 Professor: Luis Gustavo Sigward Ericsson Curso: Engenharia Mecânica Série: 5º/

Leia mais

FORÇAS INTERMOLECULARES

FORÇAS INTERMOLECULARES FORÇAS INTERMOLECULARES São as forças que mantêm os sólidos e líquidos unidos. A ligação covalente que mantém uma molécula unida é uma força intramolecular. A atração entre moléculas é uma força intermolecular.

Leia mais

Mecânica Quântica e Indiscernibilidade

Mecânica Quântica e Indiscernibilidade Mecânica Quântica e Indiscernibilidade t ou ou?? Mecânica clássica Partículas discerníveis ( A, A ) ψ ( A A ) ψ =, Mecânica quântica Partículas indiscerníveis ( A, A ) ψ ( A A ) ψ = ψ, ou = ( A, A ) ψ

Leia mais

Ciência dos materiais Aula 3. Profª Mª Patrícia Cristina Costa Ladeira

Ciência dos materiais Aula 3. Profª Mª Patrícia Cristina Costa Ladeira Ciência dos materiais Aula 3 Profª Mª Patrícia Cristina Costa Ladeira patricia.ladeira@educadores.net.br patricia.ladeira@yahoo.com.br Recapitulando 2 Na Unidade 1 nós vimos: Aspectos históricos da Ciência

Leia mais

Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos. Princípio de Ciências dos Materiais Prof.: Luciano H. de Almeida

Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos. Princípio de Ciências dos Materiais Prof.: Luciano H. de Almeida Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos Princípio de Ciências dos Materiais Prof.: Luciano H. de Almeida Porque estudar estrutura atômica? Ligação atômica e as propriedades dos materiais

Leia mais

Aula 3 Estrutura electrónica e cristalográfica

Aula 3 Estrutura electrónica e cristalográfica Aula 3 Estrutura electrónica e cristalográfica Tópicos a abordar Estrutura electrónica, cristalográfica e metalo(materialo)gráfica Estrutura electrónica Estrutura cristalográfica Organização dos átomos

Leia mais

Propriedades dos compostos moleculares

Propriedades dos compostos moleculares Aula 10 Propriedades dos compostos moleculares Forças intermoleculares Van der Waals: Keesom, Debye, London Ligações de hidrogénio Propriedades Temperaturas de fusão e de ebulição Miscibilidade Viscosidade

Leia mais

Forças Intermoleculares

Forças Intermoleculares Forças Intermoleculares Você já se perguntou por que a água forma gotas ou como os insetos conseguem caminhar sobre a água? Gota d'água caindo sobre a superfície da água. Inseto pousado sobre a superfície

Leia mais

Cursos Profissionais-Física e Química 10º ano

Cursos Profissionais-Física e Química 10º ano 3.1.4. Parâmetros da ligação covalente A. O comprimento da ligação nas moléculas diatómicas Como já se referiu, quando os átomos se aproximam formando ligações dão origem a uma nova unidade estrutural-

Leia mais

Ligação química. Ligações metálica, iónica e covalente

Ligação química. Ligações metálica, iónica e covalente Ligação química Ligações metálica, iónica e covalente Miguel Neta, dezembro de 2018 [Imagem: www.antidopingresearch.org] Ligação química A ligação química é o que permite que: Átomos se liguem a outros

Leia mais

Temas de Química em espiral Gil, V e Paiva, J. C.

Temas de Química em espiral Gil, V e Paiva, J. C. Disciplina de Didáctica da Química I Temas de Química em espiral Gil, V e Paiva, J. C. 1 2 3. TEMAS DE QUÍMICA - Nomenclatura Química - Fórmulas e Equações Químicas - Estrutura dos Átomos - Tabela Periódica

Leia mais

ORDEM. Periocidade. SÓLIDO CRISTALINO OU CRISTAL agregado ordenado e periódico de átomos, moléculas ou iões, formando uma estrutura cristalina regular

ORDEM. Periocidade. SÓLIDO CRISTALINO OU CRISTAL agregado ordenado e periódico de átomos, moléculas ou iões, formando uma estrutura cristalina regular Capítulo I ESTRUTURA CRISTALINA DE SÓLIDOS ORDEM curto alcance médio alcance longo alcance Periocidade unidimensional bidimensional tridimensional SÓLIDO CRISTALINO OU CRISTAL agregado ordenado e periódico

Leia mais

Click to edit Master title style

Click to edit Master title style Ligação iónica A ligação química em sólidos iónicos é frequentemente discutida em termos do modelo iónico de Goldshmidt: os iões são esferas carregadas, incompressíveis e não polarizáveis Pode ser usado

Leia mais

Transformações Físicas

Transformações Físicas Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Transformações Físicas Transições de Fase de Substâncias Puras Diagrama de Fases Transformações Físicas Transformações onde não ocorrem mudança na composição

Leia mais

INTERAÇÕES INTERMOLECULARES

INTERAÇÕES INTERMOLECULARES UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE QUÍMICA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA INORGÂNICA QUÍMICA INORGÂNICA FUNDAMENTAL I INTERAÇÕES INTERMOLECULARES Prof. Fabio da Silva Miranda e-mail: miranda@vm.uff.br

Leia mais

Estrutura Cristalina

Estrutura Cristalina Estrutura Cristalina Para todos os tipos de sólidos (metálicos, iónicos, covalentes ou moleculares), a energia de ligação é máxima para uma distância de equílibrio específica r 0. Um sistema de átomos

Leia mais

Ligação metálica corrente elétrica

Ligação metálica corrente elétrica Ligações Metálicas Ligação metálica É o tipo de ligação que ocorre entre os átomos de metais. Quando muitos destes átomos estão juntos num cristal metálico, estes perdem seus elétrons da última camada.

Leia mais

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS. Mestranda: Marindia Decol

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS. Mestranda: Marindia Decol ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS Mestranda: Marindia Decol Bibliografia Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. LTC, 5ed., cap 3, 2002. Shackelford, J.F. Ciências dos Materiais,

Leia mais

Introdução a Engenharia e Ciência dos Materiais

Introdução a Engenharia e Ciência dos Materiais Introdução a Engenharia e Ciência dos Materiais Estrutura Cristalina Prof. Vera L Arantes 2014 25/3/2014 ESTRUTURA CRISTALINA 2 ARRANJO ATÔMICO Por que estudar? As propriedades de alguns materiais estão

Leia mais

Sólidos. Prof. Fernando R. Xavier

Sólidos. Prof. Fernando R. Xavier Sólidos Prof. Fernando R. Xavier UDESC 2013 Sólidos Sob um aspecto simples e prático, é dito sólido o estado da matéria onde seu volume e forma são bem definidos. Dentro de um sólido, os átomos ou moléculas

Leia mais

A Ciência Central. David P. White

A Ciência Central. David P. White QUÍMICA A Ciência Central 9ª Edição Capítulo 11 Forças intermoleculares, líquidos e sólidos David P. White Uma comparação entre líquidos e sólidos As propriedades físicas das substâncias entendidas em

Leia mais

Lei de Charles e Gay-Lussac V T. Pressão baixa. Pressão alta

Lei de Charles e Gay-Lussac V T. Pressão baixa. Pressão alta GASES Lei de Boyle V 1/P Lei de Charles e Gay-Lussac V T Pressão baixa Pressão alta Lei de Avogadro V n Equação dos gases perfeitos Lei de Boyle V 1/P Lei de Charles e Gay-Lussac Lei de Avogadro V T V

Leia mais

Transformações Físicas

Transformações Físicas Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Transformações Físicas Transições de Fase de Substâncias Puras Diagrama de Fases Transformações Físicas Transformações onde não ocorrem mudança na composição

Leia mais

Sólidos. Prof. Fernando R. Xavier

Sólidos. Prof. Fernando R. Xavier Sólidos Prof. Fernando R. Xavier UDESC 2015 Sólidos Sob um aspecto simples e prático, é dito sólido o estado da matéria onde seu volume e forma são bem definidos. Dentro de um sólido, os átomos ou moléculas

Leia mais

INTRODUÇÃO. Matéria é formada por átomos que se unem espontaneamente uns aos outros

INTRODUÇÃO. Matéria é formada por átomos que se unem espontaneamente uns aos outros Ligações químicas INTRODUÇÃO Matéria é formada por átomos que se unem espontaneamente uns aos outros John Dalton (1766-1844) químico inglês considerado o pai do átomo Como os átomos estão unidos entre

Leia mais

Estrutura Cristalina dos Sólidos (Arranjos Atômicos)

Estrutura Cristalina dos Sólidos (Arranjos Atômicos) Estrutura Cristalina dos Sólidos (Arranjos Atômicos) INTRODUÇÃO As propriedades dos materiais dependem dos arranjos dos seus átomos. Esses arranjos podem ser classificados em: Estruturas moleculares: agrupamento

Leia mais

Ligação iônica Ligação covalente Ligação metálica

Ligação iônica Ligação covalente Ligação metálica Principais Tipos de Ligações Químicas Ligação iônica Ligação covalente Ligação metálica Iônicas Covalentes Metálicas Ligações químicas A maioria dos compostos situa-se dentro do triângulo Representações

Leia mais

A4 Estrutura cristalina perfeição

A4 Estrutura cristalina perfeição A4 Estrutura cristalina perfeição TEM Muitos dos materiais aplicados em engenharia têm estrutura cristalina: os átomos do material estão dispostos de modo regular e repetitivo Estrutura cristalina A célula

Leia mais

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESTRUTURA DOS SÓLIDOS PMT 2100 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia 2º semestre de

Leia mais

CAP.13 MATERIAIS CERÂMICOS

CAP.13 MATERIAIS CERÂMICOS CAP.13 MATERIAIS CERÂMICOS Smith cap 10 13. 1 13. 2 MATERIAIS CERÂMICOS São materiais inorgânicos não metálicos. Constituídos por elementos metálicos e nãometálicos, ligados quimicamente entre si. Ligações:

Leia mais

Físico-Química Farmácia 2014/02

Físico-Química Farmácia 2014/02 Físico-Química Farmácia 2014/02 1 2 Aspectos termodinâmicos das transições de fase A descrição termodinâmica das misturas Referência: Peter Atkins, Julio de Paula, Físico-Química Biológica 3 Condição de

Leia mais

Ligações químicas e estrutura dos materiais

Ligações químicas e estrutura dos materiais Disciplina : - MFI Professores: Guilherme Ourique Verran - Dr. Eng. Metalúrgica Aula 02 Revisão de alguns conceitos fundamentais da Ciência dos Materiais Ligações químicas e estrutura dos materiais Conceitos

Leia mais

Fotografia de vários cristais de fluorita CaF 2 3-0

Fotografia de vários cristais de fluorita CaF 2 3-0 Arranjos Atômicos Fotografia de vários cristais de fluorita CaF 2 3-0 Conceito de Cristalinidade Cristalinidade corresponde a forma de organização da estrutura em um modelo ordenado e repetitivo de longo

Leia mais

Química I Exame de 2ª Época, 7/2/2012 Resolução 1. a)

Química I Exame de 2ª Época, 7/2/2012 Resolução 1. a) Química I Exame de 2ª Época, 7/2/2012 Resolução 1. a) b) A intensidade de corrente que passa no circuito (dada pelo nº de electrões que passa por unidade de tempo) depende da intensidade da radiação incidente.

Leia mais

Estrutura molecular. Ligação química : compromisso / equilíbrio entre as forças de atracção e repulsão. A energia final é sempre mais baixa.

Estrutura molecular. Ligação química : compromisso / equilíbrio entre as forças de atracção e repulsão. A energia final é sempre mais baixa. Estrutura molecular Ligação química : compromisso / equilíbrio entre as forças de atracção e repulsão. A energia final é sempre mais baixa. electrões de valência: os mais exteriores / mais afectados pela

Leia mais

Aula 01 Propriedades Gerais dos Materiais

Aula 01 Propriedades Gerais dos Materiais Universidade Federal de Santa Catarina Departamento de Engenharia Elétrica Materiais Elétricos - Teoria Aula 01 Propriedades Gerais dos Materiais Clóvis Antônio Petry, professor. Florianópolis, setembro

Leia mais

sacarose Tipos de sólidos Quartzo Diamante Carbonato de sódio NaCl

sacarose Tipos de sólidos Quartzo Diamante Carbonato de sódio NaCl sacarose Tipos de sólidos Quartzo Diamante NaCl Carbonato de sódio Substância T fusão Dureza Solubilidade em Condutividade Condutivida fusão água térmica de elétrica Sacarose 160 o C Baixa Solúvel Baixa

Leia mais

Universidade de Lisboa

Universidade de Lisboa Universidade de Lisboa Instituto Superior Técnico Ciência de Materiais Correcção Repescagem do 1º Teste (1.Fevereiro.2014) Resolução COTAÇÕES Pergunta Cotação 1. (a) 0,50 1. (b) 0,50 1. (c) 0,50 1. (d)

Leia mais

Física dos Materiais FMT0502 ( )

Física dos Materiais FMT0502 ( ) Física dos Materiais FMT0502 (4300502) 1º Semestre de 2010 Instituto de Física Universidade de São Paulo Professor: Antonio Dominguesdos Santos E-mail: adsantos@if.usp.br Fone: 3091.6886 http://plato.if.usp.br/~fmt0502n/

Leia mais

Linguagem da Termodinâmica

Linguagem da Termodinâmica Linguagem da Termodinâmica Sistemas macroscópicos contêm um grande número de partículas constituintes (átomos, moléculas, iões,...) N A = 6, 022 10 23 Em Termodinâmica, Princípios e Leis são independentes

Leia mais

Equilíbrio Físico. Equilíbrio físico estado no qual duas ou mais fases de uma substância coexistem sem uma tendência a mudança.

Equilíbrio Físico. Equilíbrio físico estado no qual duas ou mais fases de uma substância coexistem sem uma tendência a mudança. Equilíbrio Físico Equilíbrio físico estado no qual duas ou mais fases de uma substância coexistem sem uma tendência a mudança. FASES E TRANSIÇÕES DE FASES SOLUBILIDADE PROPRIEDADES COLIGATIVAS MISTURAS

Leia mais

Aula 15 15/mai Rafael

Aula 15 15/mai Rafael Aula 15 15/mai Rafael Em condições ambientes, compostos iônicos são sólidos devido à forte atração entre seus cátions e ânions. Metais são quase todos sólidos devido à ligação metálica. Já os compostos

Leia mais

FORÇAS INTERMOLECULARES

FORÇAS INTERMOLECULARES FORÇAS INTERMOLECULARES FORÇAS INTERMOLECULARES A intensidade das forças intermoleculares em diferentes substâncias varia em uma grande faixa, mas elas são muito mais fracas que ligações iônicas covalentes.

Leia mais

ESTADOS EXCITADOS: fonões, electrões livres

ESTADOS EXCITADOS: fonões, electrões livres Capítulo III.1 DEFEITOS (IMPERFEIÇÕES) NOS SÓLIDOS CRISTALINOS ESTADOS EXCITADOS: fonões, electrões livres DEFEITOS TRANSIENTES: fotões, electrões, neutrões tõ IMPERFEIÇÕES ESTRUTURAIS IMPORTÂNCIA DEFEITOS

Leia mais

Física da Matéria Condensada

Física da Matéria Condensada Física da Matéria Condensada II Redes e estruturas cristalinas 1. Indique a rede subjacente aos desenhos das figuras 1 e 2. Encontre três conjuntos de vectores fundamentais primitivos para a fig. 1 e dois

Leia mais

TRATAMENTO TÉRMICO PARTE 2

TRATAMENTO TÉRMICO PARTE 2 TRATAMENTO TÉRMICO PARTE 2 Antes de falarmos sobre tratamento térmico, devemos conhecer estruturas cristalinas Estrutura Cristalina O que é uma Estrutura Cristalina? É a maneira segundo a qual os átomos,

Leia mais

Principais Tipos de Ligações Químicas. Iônicas Covalentes Metálicas

Principais Tipos de Ligações Químicas. Iônicas Covalentes Metálicas Principais Tipos de Ligações Químicas Iônicas Covalentes Metálicas Principais Tipos de Ligações Químicas Ligações químicas A maioria dos compostos situa-se dentro do triângulo Representações de Lewis Numa

Leia mais

Ligações químicas. Matéria é formada por átomos que se unem espontaneamente uns aos outros

Ligações químicas. Matéria é formada por átomos que se unem espontaneamente uns aos outros Ligações químicas Livro: Química a ciência central - Brown, LeMay, Bursten 9º ed. pág. 252. Matéria é formada por átomos que se unem espontaneamente uns aos outros John Dalton (1766-1844) químico inglês

Leia mais

QB70C:// Química (Turmas S71/S72) Ligação Química

QB70C:// Química (Turmas S71/S72) Ligação Química QB70C:// Química (Turmas S71/S72) Ligação Química Prof. Dr. Eduard Westphal (http://paginapessoal.utfpr.edu.br/eduardw) Formação das Ligações O modelo RPECV, baseado principalmente nas estruturas de Lewis,

Leia mais

Ligações Interatômicas: IÔNICA = metal + não-metal COVALENTE = não-metais METÁLICA = metais

Ligações Interatômicas: IÔNICA = metal + não-metal COVALENTE = não-metais METÁLICA = metais Ligações Químicas Ligações Interatômicas: IÔNICA = metal + não-metal COVALENTE = não-metais METÁLICA = metais Ligação iônica Transferência de elétrons de um átomo para outro Íons de cargas opostas Forças

Leia mais

Equações-chave FUNDAMENTOS. Seção A. Seção E. Seção F. Seção G. mv 2. E c E P. mgh. Energia total energia cinética energia potencial, ou E E c.

Equações-chave FUNDAMENTOS. Seção A. Seção E. Seção F. Seção G. mv 2. E c E P. mgh. Energia total energia cinética energia potencial, ou E E c. Equações-chave FUNDAMENTOS Seção A 3 A energia cinética de uma partícula de massa m relaciona-se com sua velocidade v, por: E c mv 2 4 Um corpo de massa m que está a uma altura h da Terra tem energia potencial

Leia mais

2.1.1 Tipos de ligações químicas

2.1.1 Tipos de ligações químicas 2.1.1 Tipos de ligações químicas Adaptado pelo Prof. Luís Perna Ligações químicas A associação de átomos formando moléculas, ou formando agregados de maiores dimensões como, por exemplo, nos metais, só

Leia mais

Disciplina de Didáctica da Química I

Disciplina de Didáctica da Química I Disciplina de Didáctica da Química I Texto de Apoio Estrutura dos átomos no ensino básico e secundário Visão crítica / síntese dos tópicos de química nos ensinos básico e secundário A - ESTRUTURA DOS ÁTOMOS

Leia mais

Ligação química. 10º ano. [Imagem:

Ligação química. 10º ano. [Imagem: [Imagem: www.antidopingresearch.org] Ligação química A ligação química é o que permite que: Átomos se liguem a outros átomos, em moléculas; em agregados de átomos; Iões se liguem a outros iões; Moléculas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES Estrutura Cristalina - direções e planos cristalográficos - alotropia

Leia mais

Professora: Daniela Becker Mestranda: Jéssica de Aguiar

Professora: Daniela Becker Mestranda: Jéssica de Aguiar Professora: Daniela Becker Mestranda: Jéssica de Aguiar JOINVILLE SC BRASIL 2016 Estruturas Cerâmicas São compostas por pelo menos dois elementos; Em geral são mais complexas do que a dos metais; Ex.:

Leia mais

ESTADO SÓLIDO. paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs. Profª. Loraine Jacobs

ESTADO SÓLIDO. paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs. Profª. Loraine Jacobs ESTADO SÓLIDO lorainejacobs@utfpr.edu.br paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs Profª. Loraine Jacobs Estado Sólido Tradicionalmente, um sólido é definido como uma substância que mantém um volume e uma

Leia mais

Interacções em moléculas biológicas

Interacções em moléculas biológicas Interacções em moléculas biológicas Interacções intramoleculares Ligações covalentes (manutenção da estrutura covalente das moléculas Interacções não-covalentes (conformções, folding, estrutura secundária)

Leia mais

C m Q C T T 1 > T 2 T 1 T 2. 1 cal = 4,184 J (14,5 o C p/ 15,5 o C) 1 Btu = 252 cal = 1,054 kj

C m Q C T T 1 > T 2 T 1 T 2. 1 cal = 4,184 J (14,5 o C p/ 15,5 o C) 1 Btu = 252 cal = 1,054 kj A teoria do calórico (~1779) Para atingir o estado de equilíbrio térmico, T 1 T 2 T 1 > T 2 -Substância fluida - invisível - peso desprezível T a quantidade de calórico Esta teoria explicava um grande

Leia mais

A5 Estrutura nãocristalina. -imperfeição. Materiais são preparados com algum grau de impurezas químicas

A5 Estrutura nãocristalina. -imperfeição. Materiais são preparados com algum grau de impurezas químicas A5 Estrutura nãocristalina -imperfeição Materiais são preparados com algum grau de impurezas químicas Além das impurezas, existem numerosos tipos de defeitos estruturais que representam uma perda da perfeição

Leia mais

Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora

Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora Curso Profissional de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos Informação Prova da Disciplina de Física e Química - Módulo: 1 Estrutura Atómica. Tabela Periódica.

Leia mais

Aula 6: Estrutura Cristalina dos Metais

Aula 6: Estrutura Cristalina dos Metais Aula 6: Estrutura Cristalina dos Metais - Como a ligação metálica é não-direcional, não há restrições quanto ao número e posições dos vizinhos mais próximos. - A estrutura cristalina dos metais têm um

Leia mais

Estrutura de cristais iônicos. Regras de Pauling

Estrutura de cristais iônicos. Regras de Pauling Estrutura de cristais iônicos Regras de Pauling Estabilidade energética Por que os íons preferem ficar juntos, formando um cristal, do que moléculas isoladas? formar A Constante de Madelung é uma definição

Leia mais

algébrica das variações de entalpia de outras reacções químicas cujas equações, depois de somadas, dão a equação inicial.

algébrica das variações de entalpia de outras reacções químicas cujas equações, depois de somadas, dão a equação inicial. Ciclos de Born Haber Um CicIo de Born-Haber é um ciclo que estabelece relações entre várias grandezas termodinâmicas e que se baseia na lei de Hess a variação de entalpia de uma dada reacção é independente

Leia mais

TERMODINÂMICA PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS PURAS

TERMODINÂMICA PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS PURAS TERMODINÂMICA PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS PURAS Profa. Danielle Cardoso www.profadanielle.com.br danielle@profadanielle.com.br Substância Pura É um a substância que possui a mesma composição química em

Leia mais

CTM P OBS: Esta prova contém 7 páginas e 6 questões. Verifique antes de começar. VOCÊ DEVE ESCOLHER APENAS 5 QUESTÕES PARA RESOLVER.

CTM P OBS: Esta prova contém 7 páginas e 6 questões. Verifique antes de começar. VOCÊ DEVE ESCOLHER APENAS 5 QUESTÕES PARA RESOLVER. Nome: Assinatura: CTM P1 2014.2 Matrícula: Turma: OBS: Esta prova contém 7 páginas e 6 questões. Verifique antes de começar. VOCÊ DEVE ESCOLHER APENAS 5 QUESTÕES PARA RESOLVER. VOCÊ DEVE RISCAR NA TABELA

Leia mais

ÁTOMO: núcleo muito pequeno composto por prótons e nêutrons, que é circundado por elétrons em movimento;

ÁTOMO: núcleo muito pequeno composto por prótons e nêutrons, que é circundado por elétrons em movimento; 1.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS ÁTOMO: núcleo muito pequeno composto por prótons e nêutrons, que é circundado por elétrons em movimento; Elétrons e prótons são eletricamente carregados: 1,60 x 10-19 C; Elétrons:

Leia mais

Física dos Materiais

Física dos Materiais 4300502 1º Semestre de 2014 Instituto de Física Universidade de São Paulo Professor: Luiz C C M Nagamine E-mail: nagamine@if.usp.br Fone: 3091.6877 homepage: http://disciplinas.stoa.usp.br/course/view.php?id=10070

Leia mais

PMT Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais 2º semestre de 2014

PMT Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais 2º semestre de 2014 ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais PMT 3100 - Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais 2º semestre de 2014 ESTRUTURA DOS SÓLIDOS

Leia mais

Estrutura atômica e ligação interatômica. Profa. Daniela Becker

Estrutura atômica e ligação interatômica. Profa. Daniela Becker Estrutura atômica e ligação interatômica Profa. Daniela Becker Referências Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. LTC, 5ed., cap 2, 2002. Shackelford, J.F. Ciências dos

Leia mais

Interações intermoleculares

Interações intermoleculares Comparações entre ligações e interações químicas Ligação covalente : Interação intramolecular Ligação de hidrogênio: Interação intermolecular Forças íon-dipolo Existem entre um íon e a carga parcial em

Leia mais

Ligações Interatômicas: IÔNICA = metal + não-metal COVALENTE = não-metais METÁLICA = metais

Ligações Interatômicas: IÔNICA = metal + não-metal COVALENTE = não-metais METÁLICA = metais Ligações Químicas Ligações Interatômicas: IÔNICA = metal + não-metal COVALENTE = não-metais METÁLICA = metais Ligação iônica Transferência de elétrons de um átomo para outro Íons de cargas opostas Forças

Leia mais

TEMPERATURA. Os constituintes da matéria (moléculas, átomos etc.) movem-se continuamente em um movimento de agitação.

TEMPERATURA. Os constituintes da matéria (moléculas, átomos etc.) movem-se continuamente em um movimento de agitação. TEMPERATURA Os constituintes da matéria (moléculas, átomos etc.) movem-se continuamente em um movimento de agitação. É possível associar a existência de uma energia à energia cinética média desses constituintes

Leia mais

QUÍMICA. Prof a. Giselle Blois

QUÍMICA. Prof a. Giselle Blois QUÍMICA Propriedades físicas dos compostos orgânicos: Polaridade das ligações e moléculas, forças intermoleculares, ponto de fusão e ponto de ebulição, solubilização das substâncias orgânicas Parte 2 Prof

Leia mais

Polaridade, Geometria Molecular e Forças Intermoleculares

Polaridade, Geometria Molecular e Forças Intermoleculares Polaridade, Geometria Molecular e Forças Intermoleculares Polaridade das Ligações x Polaridade das Moléculas Polaridade das Ligações Ligações covalentes Apolares: elétrons são compartilhados igualmente

Leia mais

6/Mar/2013 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais

6/Mar/2013 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais 6/Mar/01 Aula 7 Entropia ariação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais Entropia no ciclo de Carnot e em qualquer ciclo reversível ariação da entropia em processos irreversíveis

Leia mais

A6 Estrutura não cristalina imperfeição: defeitos lineares, planares e em volume

A6 Estrutura não cristalina imperfeição: defeitos lineares, planares e em volume A6 Estrutura não cristalina imperfeição: defeitos lineares, planares e em volume Deslocações no KCl. O KCl é transparente e as deslocações (linhas brancas) foram decoradas com impurezas para as tornar

Leia mais

A Dualidade Onda-Partícula

A Dualidade Onda-Partícula A Dualidade Onda-Partícula O fato de que as ondas têm propriedades de partículas e viceversa se chama Dualidade Onda-Partícula. Todos os objetos (macroscópicos também!) são onda e partícula ao mesmo tempo.

Leia mais

Materiais cerâmicos. Introdução. Princípios gerais. Estruturas cristalinas. J. D. Santos, FEUP

Materiais cerâmicos. Introdução. Princípios gerais. Estruturas cristalinas. J. D. Santos, FEUP Materiais cerâmicos Introdução. Princípios gerais. Estruturas cristalinas. J. D. Santos, FEUP jdsantos@fe.up.pt Ligação química Typical elements in Ceramics 2 Ligação química 3 Conceitos básicos Definição

Leia mais

2.1 Breve história da termodinâmica

2.1 Breve história da termodinâmica 2.1 Breve história da termodinâmica TERMODINÂMICA calor força, movimento No início, estudava os processos que permitiam converter calor em trabalho (força e movimento). 2.1 Breve história da termodinâmica

Leia mais

INTERAÇÕES INTERMOLECULARES

INTERAÇÕES INTERMOLECULARES INTERAÇÕES INTERMOLECULARES Serão abordados: as forças íon-dipolo, dipolo-dipolo, dispersão de London e ligação de hidrogênio e a relação entre propriedade física e interação intermolecular. As partículas

Leia mais

Disciplina de Química Geral Profa. Marcia Margarete Meier

Disciplina de Química Geral Profa. Marcia Margarete Meier Processos espontâneos A termodinâmica está relacionada com a pergunta: uma reação pode ocorrer? 2 Al (s) + Fe 2 O 3 (s) Al 2 O 3 (s) + 2 Fe (s) H 2 (g) + 1/2O 2 (g) H 2 O(g) 2 2 2 A primeira lei de termodinâmica:

Leia mais

Processos Metalúrgicos

Processos Metalúrgicos Processos Metalúrgicos AULA 5 ESTRUTURA E PROPRIEDADE DOS MATERIAIS PROF.: KAIO DUTRA Constituição da Matéria A matéria do universo é constituída de átomos. A maioria dos elementos existe na forma de moléculas

Leia mais

Estrutura de Sólidos Cristalinos. Profa. Dra Daniela Becker

Estrutura de Sólidos Cristalinos. Profa. Dra Daniela Becker Estrutura de Sólidos Cristalinos Profa. Dra Daniela Becker Bibliografia Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. LTC, 5ed., cap 3, 2002. Shackelford, J.F. Ciências dos Materiais,

Leia mais

Estrutura Atômica. Prof. Dr. Carlos Roberto Grandini. Bauru 2006

Estrutura Atômica. Prof. Dr. Carlos Roberto Grandini. Bauru 2006 Estrutura Atômica Prof. Dr. Carlos Roberto Grandini Bauru 2006 O que é nanotecnologia? Nanotecnologia pode ser considerada como um conjunto de atividades ao nível de átomos e moléculas que tem aplicação

Leia mais

Capítulo 1 - Cristais

Capítulo 1 - Cristais 1. Cristais 1.1. Introdução O materiais no estado sólido podem apresentar estruturas cristalinas ou amorfas. Na estrutura cristalina os átomo (moléculas) apresentam um ordenamento periódico nas posições

Leia mais

Física dos Materiais FMT0502 ( )

Física dos Materiais FMT0502 ( ) Física dos Materiais FMT0502 (4300502) 1º Semestre de 2010 Instituto de Física Universidade de São Paulo Professor: Antonio Dominguesdos Santos E-mail: adsantos@if.usp.br Fone: 3091.6886 http://plato.if.usp.br/~fmt0502n/

Leia mais

GEOMETRIA MOLECULAR A Teoria da repulsão dos pares de elétrons da camada de valência 1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A X + X 2+ X 3+ Y 3- Y 2- Y -

GEOMETRIA MOLECULAR A Teoria da repulsão dos pares de elétrons da camada de valência 1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A X + X 2+ X 3+ Y 3- Y 2- Y - Química Acácio Alves 01. (Idecan/CNEN/Técnico em Química/2014) Considere que os compostos com NaCl, LiBr, K2SO4, entre outros, são iônicos e formados a partir de íons (cátions e ânions) que se juntam para

Leia mais

Aula 5: Propriedades e Ligação Química

Aula 5: Propriedades e Ligação Química Aula 5: Propriedades e Ligação Química Relacionar o tipo de ligação química com as propriedades dos materiais Um entendimento de muitas propriedades físicas dos materiais é previsto através do conhecimento

Leia mais