Transformações Físicas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Transformações Físicas"

Transcrição

1 Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Transformações Físicas Transições de Fase de Substâncias Puras Diagrama de Fases

2 Transformações Físicas Transformações onde não ocorrem mudança na composição química Transformações de fase Tendência dos sistemas atingirem o mínimo de Energia de Gibbs A T e p constantes G final < G inicial G = G final G inicial < 0

3 Fase Forma da matéria que é homogênea no que se refere à sua composição química e ao estado físico Sólido Líquido Gás Formas Alotrópicas Ex.: Grafite e Diamante Fósforo branco e fósforo vermelho Calcita e aragonita (CaCO 3 )

4 Número de Fases (P) Gás (P = 1) Mistura de gases (P = 1) CaCO 3 s CaO s + CO 2 (g) Carbonato de cálcio em decomposição (P = 3) Água + NaCl (P = 1) Água + Óleo (P = 2) Água e gelo (P = 2) Leite (P = 2)

5 Transições de Fase Conversão espontânea de uma fase em outra que ocorre numa temperatura característica para uma dada pressão fus G 0 = fus H 0 T S 0 fus G 0 = T = 273 K S 0 = 22,0 J/K.mol T = 373 K S 0 = 109 J/K.mol eb G 0 = fus H 0 T S 0 eb G 0 = fus G 0 = 0 fus H 0 = 6,01 kj/mol eb H 0 = 40,1 kj/mol eb G 0 = 0 Na temperatura de transição de fase, as duas fases da mesma substância estão em equilíbrio dinâmico (G = 0) Não há preferência termodinâmica por nenhuma direção quando duas fases estão em equilíbrio

6 Estabilidade das Fases Equilíbrio: trans G = 0 G m sólido = G m (líquido) μ sólido = μ(líquido) Potencial químico Sólido Líquido G = μ líquido μ(sólido G = 0 Medida do potencial (tendência) que uma substância apresenta de sofrer uma mudança em um dado sistema No equilíbrio, o potencial químico de uma substância é o mesmo em toda a amostra, qualquer que seja o número de fases presentes.

7 Diagrama de Fases Gráfico que mostra as fases mais estáveis em diferentes estados de p e T Diagrama de fases da água:

8 Pressão de Vapor Pressão de vapor, p Líquido ou sólido A pressão que o vapor exerce sobre o líquido ou sólido quando estes estão em equilíbrio A curva de equilíbrio entre as fases líquido e vapor mostra como a pressão de vapor varia com a temperatura A curva de equilíbrio entre as fases sólido e vapor mostra como a pressão de vapor na sublimação varia com a temperatura Quando um líquido é aquecido num sistema aberto, quando for atingida a temperatura em que a pressão de vapor e a pressão externa se igualam, o sistema entra em ebulição Temperatura de ebulição / vaporização (T eb ou T vap )

9 Fluidos Supercríticos Aquecimento de um líquido num recipiente fechado: (a) Líquido em equilíbrio com seu vapor (b) O líquido é aquecido: aumenta a massa específica ( m ) de vapor e diminui a da fase líquida V (c) As massas específicas do vapor e do líquido se igualam: não é mais observada uma interface entre os estados líquido e vapor Fluido supercrítico A temperatura em que aparece o fluido supercrítico é a temperatura crítica, T c A pressão de vapor em T c é a pressão crítica, p c

10 Ponto Triplo Limites de fase: curvas que limitam regiões de fases diferentes As fases vizinhas coexistem em equilíbrio dinâmico (P = 2) Ponto Triplo: Condições de pressão e temperatura em que 3 fases diferentes de uma substância coexistem em equilíbrio (P = 3) Ponto de encontro de 3 curvas de equilíbrio, simbolizado por T3 Ponto Crítico É a pressão mais baixa em que a fase líquida pode existir Ponto Triplo É a temperatura mais baixa em que o líquido pode existir A temperatura mais alta em que o líquido pode existir é a temperatura do ponto crítico

11 Regra das Fases Variância ou Graus de Liberdade Número de variáveis intensivas que podem ser independentemente alteradas sem perturbar o número de fases em equilíbrio F = C P + 2 Componentes Número de Fases Constituintes quimicamente independentes do sistema necessários para definir a composição de todas as fases presentes no sistema Para o diagrama de fases de uma substância: E uma fase: F = = 2 p e T podem ser alteradas independentemente E duas fases: F = = 1 Uma alteração de p e acompanhada por uma modificação definida em T E três fases: F = = 0: Ponto triplo

12 Diagrama de Fases do CO2 T f aumenta com a pressão É mais difícil fundir o sólido em altas pressões O ponto triplo do CO 2 está acima da pressão atmosférica Não existe CO 2 líquido na pressão atmosférica (1 atm) O sólido sublima com o aumento da temperatura: gelo seco

13 Diagrama de Fases da H2O Várias fases sólidas diferentes, identificadas como gelo I, gelo II... Diferentes arranjos das moléculas de H 2 O na fase sólida T f diminui com a pressão Comportamento anômalo O sólido é menos denso que o líquido Apresenta mais de um ponto triplo Regiões onde diferentes fases do gelo coexistem em equilíbrio entre si ou com a fase líquida

14 Diagrama de Fases do He A fase sólida só é observada em altas pressões Os átomos são tão pequenos que interagem muito pouco entre si É preciso manter uma alta pressão para forçar os átomos a se manterem numa estrutura cristalina Não existe o equilíbrio sólido-vapor Há duas fases líquidas He-I: comporta-se como um líquido normal He-II: superfluido escoa sem resistência ao fluxo

15 Estabilidade das Fases dg = Vdp SdT Em p constante: G T p = S ou μ T p = S m Sempre que T aumentar, diminui. Numa determinada temperatura, do líquido torna-se menor que o do sólido O sólido funde T f Numa temperatura ainda mais elevada, do gás torna-se menor que o do líquido O líquido evapora T eb ou T vap

16 Resposta da Fusão à Pressão Aplicada G p T = V Para uma substância pura: G m = μ; então: μ p T = V m p : na maioria dos casos V m l > V m (s), e uma elevação da pressão causa um aumento do potencial químico do líquido em maior proporção que no sólido Aumento da temperatura de fusão Exceção: água V m l < V m (s)

17 Curvas de Equilíbrio As curvas de equilíbrio no diagrama de fases são construídas partindo do princípio que, no equilíbrio, as duas fases têm o mesmo potencial químico: No equilíbrio: μ(α) T,p = μ(β) T,p dμ α = dμ(β) dg = Vdp SdT dμ = S m dt + V m dp ( S m dt + V m dp) = ( S m dt + V m dp) β V m β V m (α) dp = S m β S m (α) dt dp dt = trss m trs V m Equação de Clapeyron

18 Equilíbrio Sólido-Líquido Na fusão: f S = fh T dp dt = fs = f V m fh T f V m dp = fh f V m 1 T dt p = fh f V m 1 T dt = fh f V m ln T 2 T 1 p = p + fh f V m ln T T ln T T T T = T p = p + fh T f V m (T T ) Eq. De uma reta com alto coef. angular

19 Equilíbrio Líquido-Vapor Vaporização: vap S = vaph T dp = vaph T vap V m dt O volume molar de um gás é muito maior que o do líquido: vap V m = V m g V m (liq) V m (g) dp dt = vaph T RT p d ln p dt Para gases perfeitos: V m g = RT = vaph RT 2 p Eq. De Clausius Clapeyron ln pd ln p = Δ vaph ln p R T 1 T T 2 = Δ vaph R 1 T 1 T p = p e χ χ = Δ vaph R 1 T 1 T

20 Equilíbrio Sólido-Vapor Sublimação: sub S = subh T dp dt = subh T sub V m subh > vaph dp dt sub > dp dt vap

Transformações Físicas

Transformações Físicas Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Transformações Físicas Transições de Fase de Substâncias Puras Diagrama de Fases Transformações Físicas Transformações onde não ocorrem mudança na composição

Leia mais

Físico-Química Farmácia 2014/02

Físico-Química Farmácia 2014/02 Físico-Química Farmácia 2014/02 1 2 Aspectos termodinâmicos das transições de fase A descrição termodinâmica das misturas Referência: Peter Atkins, Julio de Paula, Físico-Química Biológica 3 Condição de

Leia mais

Equilíbrio Físico. Equilíbrio físico estado no qual duas ou mais fases de uma substância coexistem sem uma tendência a mudança.

Equilíbrio Físico. Equilíbrio físico estado no qual duas ou mais fases de uma substância coexistem sem uma tendência a mudança. Equilíbrio Físico Equilíbrio físico estado no qual duas ou mais fases de uma substância coexistem sem uma tendência a mudança. FASES E TRANSIÇÕES DE FASES SOLUBILIDADE PROPRIEDADES COLIGATIVAS MISTURAS

Leia mais

EQUILÍBRIO DE FASES EM SISTEMAS SIMPLES A REGRA DAS FASES

EQUILÍBRIO DE FASES EM SISTEMAS SIMPLES A REGRA DAS FASES ECOA DE ENGENHARIA DE ORENA EE/UP ERMODINÂMICA QUÍMICA PROF. ANONIO CARO DA IVA EQUIÍBRIO DE FAE EM IEMA IMPE A REGRA DA FAE 1. CONDIÇÃO DE EQUIÍBRIO O potencial químico de cada constituinte deve possuir

Leia mais

Diagramas de Energia

Diagramas de Energia Diagramas de Energia 1.1- Análise Gráfica Reação exotérmica Reação endotérmica (a) Energia de ativação (Ea) para a reação inversa (b) Energia de ativação (Ea) para a reação direta (c) ΔH 1.2- Entropia

Leia mais

Aula 14 Equilíbrio de Fases: Substâncias Puras

Aula 14 Equilíbrio de Fases: Substâncias Puras Aula 14 Equilíbrio de Fases: Substâncias Puras 1. A condição de estabilidade Inicialmente precisamos estabelecer a importância da energia de Gibbs molar na discussão das transições de fase. A energia de

Leia mais

Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron

Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Funções Termodinâmicas e condições de equilíbrio Em estados de equilíbrio todas as transformações

Leia mais

Aula 2 DIAGRAMAS DE FASE DE SUBSTÂNCIAS PURAS. Glauber Silva Godoi

Aula 2 DIAGRAMAS DE FASE DE SUBSTÂNCIAS PURAS. Glauber Silva Godoi Aula 2 DIAGRAMAS DE FASE DE SUBSTÂNCIAS PURAS META Capacitar o aluno sobre a importância dos diagramas de fase, a interpretação das informações contidas nele, e os meios pelos quais pode ser obtido. OBJETIVOS

Leia mais

Aula 15 Diagramas de Fase

Aula 15 Diagramas de Fase Aula 15 Diagramas de Fase 1. Introdução O diagrama de fases de uma substância é um mapeamento que mostra as condições de temperatura e pressão em que as diferentes fases são termodinamicamente mais estáveis.

Leia mais

Chapter 7 Unary heterogeneous systems

Chapter 7 Unary heterogeneous systems Universidade de São aulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC Chapter 7 Unary heterogeneous systems (Thermodynamics in Materials Science, DeHoff) rof. Dr. José edro Donoso Capítulo 7 7.1 Structure

Leia mais

Forças intermoleculares

Forças intermoleculares Forças intermoleculares Ligação de hidrogênio Forças intermoleculares Ligação de hidrogênio Forças intermoleculares Ligação de hidrogênio As ligações de hidrogênio são responsáveis pela: Flutuação do gelo

Leia mais

Condição de equilíbrio através de uma membrana permeável

Condição de equilíbrio através de uma membrana permeável Condição de equilíbrio atraés de uma membrana permeáel Misturas de gases ideais ni p i RT xip ; x V i ni n fracção molar da componente i onde p i é a pressão parcial do gás i P Σ p i é a pressão da mistura

Leia mais

interações nucleares fortes e interações nucleares fracas.

interações nucleares fortes e interações nucleares fracas. Estados da Matéria Gases Líquidos (água) Sólidos - na atmosfera - nos oceanos, lagos, etc... - terra As forças da natureza: gravidade, coulômbica, interações nucleares fortes e interações nucleares fracas.

Leia mais

Condição de equilíbrio através de uma membrana permeável

Condição de equilíbrio através de uma membrana permeável Condição de equilíbrio através de uma membrana permeável Misturas de gases ideais ni p i R xi ; x i ni n fracção molar da componente i onde p i é a pressão parcial do gás i Σ p i é a pressão da mistura

Leia mais

Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron

Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Funções Termodinâmicas e condições de equilíbrio Em estados de equilíbrio (P,T e são

Leia mais

Aula 2 Termodinâmica de substâncias puras: diagramas de fase

Aula 2 Termodinâmica de substâncias puras: diagramas de fase Uniersidade Federal do ABC P O S M E C Aula 2 Termodinâmica de substâncias puras: diagramas de fase MEC202 Susbtância Pura Uma substancia que tem uma única composição. Exemplo: N 2, álcool, CO 2. Pode

Leia mais

Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron

Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos. Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Capítulo 1 Vapor d água e seus efeitos termodinâmicos Energia livre de Gibbs e Helmholtz Equação de Clausius Clapeyron Funções Termodinâmicas e condições de equilíbrio Em estados de equilíbrio (P,T e são

Leia mais

PROMILITARES 09/08/2018 QUÍMICA. Professora Caroline Azevedo ASPECTOS MACROSCÓPICOS

PROMILITARES 09/08/2018 QUÍMICA. Professora Caroline Azevedo ASPECTOS MACROSCÓPICOS QUÍMICA Professora Caroline Azevedo ASPECTOS MACROSCÓPICOS Conteúdos abordados na aula de hoje: 1. Matéria, corpo e objeto; 2. Energias; 3. Fenômenos; 4. Classificação da matéria. Matéria e suas transformações

Leia mais

Físico-Química II Termodinâmica de Soluções

Físico-Química II Termodinâmica de Soluções Físico-Química II Termodinâmica de Soluções Este material está disponível no endereço: https://sites.google.com/site/otavioquimica/ Programa da Disciplina: Conteúdo CONTEÚDO Transformações Físicas ():,

Leia mais

SISTEMAS DE COMPOSIÇÃO VARIÁVEL EQUILÍBRIO QUÍMICO

SISTEMAS DE COMPOSIÇÃO VARIÁVEL EQUILÍBRIO QUÍMICO ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA EEL/USP TERMODINÂMICA QUÍMICA PROF. ANTONIO CARLOS DA SILVA SISTEMAS DE COMPOSIÇÃO VARIÁVEL EQUILÍBRIO QUÍMICO 1. EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA ENERGIA DE GIBBS Para uma substância

Leia mais

TERMODINÂMICA QUÍMICA APLICADA 2 PROF. FÉLIX

TERMODINÂMICA QUÍMICA APLICADA 2 PROF. FÉLIX TERMODINÂMICA QUÍMICA APLICADA 2 PROF. FÉLIX Ementa: 1- Termodinâmica de soluções 1.1- Relações fundamentais entre propriedades 1.2- O potencial químico 1.3- Fugacidade e coeficiente de fugacidade 1.4-

Leia mais

Curvas de aquecimento e diagrama de fases

Curvas de aquecimento e diagrama de fases Curvas de aquecimento e diagrama de fases PROF : JOSÉ LUCAS FÍSICA B Curvas de aquecimento Curva de aquecimento e resfriamento é o gráfico que mostra a variação de temperatura de uma amostra quando aquecida

Leia mais

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Misturas Simples. Físico-Química, cap. 5: Transformações Físicas de Substâncias Puras

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Misturas Simples. Físico-Química, cap. 5: Transformações Físicas de Substâncias Puras Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Misturas Simples Físico-Química, cap. 5: Transformações Físicas de Substâncias Puras Misturas Simples Misturas de substâncias que não reagem Modelo simples para

Leia mais

Diagrama de Fases de Misturas

Diagrama de Fases de Misturas Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Diagrama de Fases de Misturas Diagramas de pressão de vapor Diagramas de Temperatura x Composição Equilíbrios líquido líquido Equilíbrios sólido líquido Diagrama

Leia mais

TRANSIÇÕES DE FASE DE SUBSTÂNCIAS PURAS

TRANSIÇÕES DE FASE DE SUBSTÂNCIAS PURAS RANSIÇÕES DE FASE DE SUBSÂNCIAS URAS rof. Harley. Martins Filho A explosão do space shuttle Chalenger 1 1. Fases e ições Fase de ua substância: Fora da atéria que é hoogênea e coposição quíica e propriedades

Leia mais

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Diagrama de Fases. Físico-Química, cap. 5: Transformações Físicas de Substâncias Puras

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Diagrama de Fases. Físico-Química, cap. 5: Transformações Físicas de Substâncias Puras Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Diagrama de Fases Físico-Química, cap. 5: Transformações Físicas de Substâncias Puras Sistemas Binários O equilíbrio de fases de sistemas com dois componentes

Leia mais

Prof. Dra. Lisandra Ferreira de Lima PROPRIEDADES FÍSICAS PARTE II VISCOSIDADE; TENSÃO SUPERFICIAL E PRESSÃO DE VAPOR

Prof. Dra. Lisandra Ferreira de Lima PROPRIEDADES FÍSICAS PARTE II VISCOSIDADE; TENSÃO SUPERFICIAL E PRESSÃO DE VAPOR PROPRIEDADES FÍSICAS PARTE II VISCOSIDADE; TENSÃO SUPERFICIAL E PRESSÃO DE VAPOR SUBSTÂNCIA PURA Densidade - revisão Tensão superficial forças de adesão Tensão superficial As moléculas volumosas (no líquido)

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO: Atenção: Esteja atento à numeração das páginas Questão 1

IDENTIFICAÇÃO: Atenção: Esteja atento à numeração das páginas Questão 1 Atenção: Esteja atento à numeração das páginas Questão 1 Determine o volume molar (em unidades de L mol 1 ) e o fator de compressibilidade Z do vapor saturado de água à pressão de 1,00 bar e temperatura

Leia mais

Físico-Química Experimental I Bacharelado em Química Engenharia Química

Físico-Química Experimental I Bacharelado em Química Engenharia Química Físico-Química Experimental I Bacharelado em Química Engenharia Química Prof. Dr. Sergio Pilling Prática 6 Pressão de Vapor de Líquidos Determinação da pressão de vapor de líquidos em função da temperatura

Leia mais

DISCIPLINA AMB30093 TERMODINÂMICA - Aula 4 Capítulo 3 Propriedades de uma Substância Pura 24/10/2013

DISCIPLINA AMB30093 TERMODINÂMICA - Aula 4 Capítulo 3 Propriedades de uma Substância Pura 24/10/2013 DISCIPLINA AMB30093 TERMODINÂMICA - Aula 4 Capítulo 3 Propriedades de uma Substância Pura 24/10/2013 Prof. Robson Alves de Oliveira robson.aoliveira@gmail.com.br robson.oliveira@unir.br Ji-Paraná - 2013

Leia mais

Lei de Charles e Gay-Lussac V T. Pressão baixa. Pressão alta

Lei de Charles e Gay-Lussac V T. Pressão baixa. Pressão alta GASES Lei de Boyle V 1/P Lei de Charles e Gay-Lussac V T Pressão baixa Pressão alta Lei de Avogadro V n Equação dos gases perfeitos Lei de Boyle V 1/P Lei de Charles e Gay-Lussac Lei de Avogadro V T V

Leia mais

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Termoquímica. Transformações físicas. Transformações químicas

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Termoquímica. Transformações físicas. Transformações químicas Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Termoquímica Transformações físicas Transformações químicas Termoquímica Estudo do calor trocado quando ocorrem reações químicas Sistema Sistema Vizinhança Se

Leia mais

Capítulo 2 Propriedades de uma Substância Pura

Capítulo 2 Propriedades de uma Substância Pura Capítulo 2 Propriedades de uma Substância Pura 2.1 - Definição Uma substância pura é aquela que tem composição química invariável e homogênea. Pode existir em mais de uma fase Composição química é igual

Leia mais

TERMODINÂMICA APLICADA CAPÍTULO 2

TERMODINÂMICA APLICADA CAPÍTULO 2 TERMODINÂMICA APLICADA CAPÍTULO 2 PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS PURAS SUMÁRIO Neste capítulo o conceito de substância pura é introduzido e as várias fases, bem como as propriedades físicas dos processos

Leia mais

Segunda Lei da Termodinâmica

Segunda Lei da Termodinâmica Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Segunda Lei da Termodinâmica Espontaneidade das reações químicas Entropia Terceira Lei da Termodinâmica Primeira Lei da Termodinâmica Estabelece que as transformações

Leia mais

CQ110 : Princípios de FQ

CQ110 : Princípios de FQ CQ 110 Princípios de Físico Química Curso: Farmácia 1º semestre de 2011 Quartas / Quintas: 9:30 11:30 Prof. Dr. Marcio Vidotti www.quimica.ufpr.br/mvidotti mvidotti@ufpr.br criação de modelos CQ110 : Princípios

Leia mais

Calcule o valor mínimo de M para permitir o degelo (e recongelação) do bloco à medida que é atravessado pela barra.

Calcule o valor mínimo de M para permitir o degelo (e recongelação) do bloco à medida que é atravessado pela barra. Termodinâmica Aplicada (PF: comunicar eventuais erros para pmmiranda@fc.ul.pt) Exercícios 7. Uma barra metálica rectangular fina, com 0 cm de comprimento e mm de largura, está assente num bloco de gelo

Leia mais

FUNÇÕES DE ESTADO TERMODINÂMICAS: ENTALPIA E ENERGIA LIVRE Parte 1

FUNÇÕES DE ESTADO TERMODINÂMICAS: ENTALPIA E ENERGIA LIVRE Parte 1 FUNÇÕES DE ESTADO TERMODINÂMICAS: ENTALPIA E ENERGIA LIVRE Parte 1 [texto baseado nas seções 2.5 (a e b) e 2.7 de Physical Chemistry, P. Atkins e J. de Paula, Freeman 2006] Funções de estado termodinâmico

Leia mais

Equação de Clausius-Clapeyron

Equação de Clausius-Clapeyron Equação de Clausius-Clapeyron G = G G + dg = G + dg dg = dg V dp - S d = V dp - S d (V - V )dp = (S - S )d VdP = Sd Aplicar Clausius-Clapeyron para transformações: sólido = líquido e dp d S V líquido =

Leia mais

2. Diagramas de fases de materiais cerâmicos

2. Diagramas de fases de materiais cerâmicos 2. Diagramas de fases de materiais cerâmicos Os diagramas de fases constituem um método claro e conciso de representar graficamente o estado de equilíbrio de um sistema para uma dada composição, temperatura

Leia mais

Energia de Gibbs. T e P ctes. = ΔS sistema - ΔH sistema / T 0 = 0 reversível > 0 espontâneo Multiplica por ( -T )

Energia de Gibbs. T e P ctes. = ΔS sistema - ΔH sistema / T 0 = 0 reversível > 0 espontâneo Multiplica por ( -T ) Energia de Gibbs ΔS total = ΔS sistema + ΔS viz T e P ctes = ΔS sistema + ΔH viz / T = ΔS sistema - ΔH sistema / T 0 = 0 reversível > 0 espontâneo Multiplica por ( -T ) -TΔS total = ΔH sistema - TΔS sistema

Leia mais

Aula 04: Revisão de Conceitos Fundamentais da Termodinâmica dos Materiais

Aula 04: Revisão de Conceitos Fundamentais da Termodinâmica dos Materiais Disciplina : - MFI Professores: Guilherme Ourique Verran - Dr. Eng. Metalúrgica Aula 04: Revisão de Conceitos Fundamentais da Termodinâmica dos Materiais Conceitos: sistema, fases, componentes, constituintes,

Leia mais

UTFPR Termodinâmica 1 Avaliando Propriedades

UTFPR Termodinâmica 1 Avaliando Propriedades UTFPR Termodinâmica 1 Avaliando Propriedades Moran e Shapiro - Cap. 3 Çengel e Boles - Cap. 3 Van Wylen e Sonntag - Cap. 3 Fase Refere-se a uma quantidade de matéria que é homegênea como um todo, tanto

Leia mais

Primeira Lei da Termodinâmica

Primeira Lei da Termodinâmica Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Primeira Lei da Termodinâmica Definição de energia, calor e trabalho Trabalho de expansão Trocas térmicas Entalpia Termodinâmica Estudo das transformações de

Leia mais

QUÍMICA GERAL Termodinâmica

QUÍMICA GERAL Termodinâmica QUÍMICA GERAL Termodinâmica Prof. Dr. Anselmo E. de Oliveira Instituto de Química, UFG anselmo.quimica.ufg.br anselmo.disciplinas@gmail.com 18 de Setembro de 2018 Agronomia Sistemas, Estados e Energia

Leia mais

QUÍMICA GERAL. Aula 01 07/02/2013. Elementos, Substâncias e Misturas. Elementos, Substâncias e Misturas. Introdução. Elementos, Substâncias e Misturas

QUÍMICA GERAL. Aula 01 07/02/2013. Elementos, Substâncias e Misturas. Elementos, Substâncias e Misturas. Introdução. Elementos, Substâncias e Misturas QUÍMICA GERAL Aula 01 Elementos, Substâncias e 1 Introdução A matéria é formada por moléculas, que por sua vez são formadas por partículas minúsculas chamadas de átomos. Matéria Átomos Elementos Tabela

Leia mais

Disciplina de Química Geral Profa. Marcia Margarete Meier

Disciplina de Química Geral Profa. Marcia Margarete Meier Processos espontâneos A termodinâmica está relacionada com a pergunta: uma reação pode ocorrer? 2 Al (s) + Fe 2 O 3 (s) Al 2 O 3 (s) + 2 Fe (s) H 2 (g) + 1/2O 2 (g) H 2 O(g) 2 2 2 A primeira lei de termodinâmica:

Leia mais

Capítulo 3: Propriedades de uma Substância Pura

Capítulo 3: Propriedades de uma Substância Pura Capítulo 3: Propriedades de uma Substância Pura Substância pura Princípio de estado Equilíbrio de fases Diagramas de fases Substância Pura Substância pura é a aquela que tem composição química invariável

Leia mais

6 Transições de Fase. 6.1 Critérios de estabilidade

6 Transições de Fase. 6.1 Critérios de estabilidade 6 Transições de Fase 6.1 Critérios de estabilidade Vimos na seção anterior como o estado de equilíbrio de um sistema é obtido pelo requerimento de entropia máxima na presença de certos vínculos, por exemplo

Leia mais

Aula 6. Forças Intermoleculares

Aula 6. Forças Intermoleculares ACH5521 - Química Geral Aula 6. Forças Intermoleculares Profa Káthia M. Honório (kmhonorio@usp.br) Quais são as forças envolvidas em cada caso? Questões Por que a água é encontrada na forma líquida e não

Leia mais

Segunda e Terceira Lei da Termodinâmica Entropia Energia Livre de Gibbs

Segunda e Terceira Lei da Termodinâmica Entropia Energia Livre de Gibbs Química Geral e Inorgânica QGI0001 Eng a. de Produção e Sistemas Prof a. Dr a. Carla Dalmolin Segunda e Terceira Lei da Termodinâmica Entropia Energia Livre de Gibbs Primeira Lei da Termodinâmica U = q

Leia mais

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Gases. Gás perfeito (equações de estado e lei dos gases) Gases reais

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Gases. Gás perfeito (equações de estado e lei dos gases) Gases reais Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Gases Gás perfeito (equações de estado e lei dos gases) Gases reais Gás Estado mais simples da matéria Uma forma da matéria que ocupa o volume total de qualquer

Leia mais

Termodinâmica. Termodinâmica é o estudo das mudanças de energia que acompanham os processos físicos e químicos. QUÍMICA GERAL Fundamentos

Termodinâmica. Termodinâmica é o estudo das mudanças de energia que acompanham os processos físicos e químicos. QUÍMICA GERAL Fundamentos Termodinâmica é o estudo das mudanças de energia que acompanham os processos físicos e químicos 1 Calor e Trabalho Calor e trabalho são formas relacionadas de energia Calor pode ser convertido em trabalho

Leia mais

TERMODINÂMICA PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS PURAS

TERMODINÂMICA PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS PURAS TERMODINÂMICA PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS PURAS Profa. Danielle Cardoso www.profadanielle.com.br danielle@profadanielle.com.br Substância Pura É um a substância que possui a mesma composição química em

Leia mais

calculadora científica

calculadora científica Lista de Exercícios Obs.:.. a maioria desses exercícios (além dos apresentados nos slides ) estão sendo resolvidos durante as aulas. Caso, não tenha comparecido em alguma aula, verifique com os colegas

Leia mais

Entropia e energia livre de Gibbs. Prof. Leandro Zatta

Entropia e energia livre de Gibbs. Prof. Leandro Zatta Entropia e energia livre de Gibbs Prof. Leandro Zatta 1 Segunda e a terceira leis Ideias importantes Sentido Natural Desordem Medido por Energia livre de Gibbs 2 Chave para compreensão da ocorrência ou

Leia mais

Lista de exercícios 2 QB70D

Lista de exercícios 2 QB70D Lista de exercícios 2 QB70D 1) Suponha que você jogue uma bola de tênis para o alto. (a) A energia cinética da bola aumenta ou diminui à medida que ela ganha altitude? (b) O que acontece com a energia

Leia mais

Propriedades Coligativas

Propriedades Coligativas Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Propriedades Coligativas Ebulioscopia Crioscopia Pressão Osmótica Desordem e Potencial Químico A adição de um soluto em um líquido puro aumenta a desordem do

Leia mais

Propriedades de uma substância pura

Propriedades de uma substância pura Propriedades de uma substância pura Substância pura possui composição química invariável e homogênea, independentemente da fase em que está. Ex.: água Equilíbrio de fases em uma substância pura, as fases

Leia mais

Diagramas de Fase. Objetivos:

Diagramas de Fase. Objetivos: 1 Diagramas de Fase Objetivos: Interpretar diagramas de fases de substâncias puras Deslocamento da fronteira entre as fases Interpretar diagramas de fases de compostos Diagramas de misturas líquidas Diagramas

Leia mais

Termodinâmica Química

Termodinâmica Química Escola da Engenharia de Lorena Departamento de Engenharia Química Termodinâmica Química Prof. Fabrício Maciel Gomes Ementa: Sistemas de composição variável e equilíbrio químico; Equilíbrio de fases em

Leia mais

Prova de Físico-Química

Prova de Físico-Química CPF/PASSAPORTE: 1 PROCESSO DE SELEÇÃO E ADMISSÃO AO CURSO DE PARA O SEMESTRE 2017/02 EDITAL PPGQ Nº 002/2017 Prova de Físico-Química Instruções: 1) O candidato deverá identificar-se apenas com o número

Leia mais

Química é uma Ciência Experimental que estuda a estrutura, composição e a transformação da matéria.

Química é uma Ciência Experimental que estuda a estrutura, composição e a transformação da matéria. O Que é Química? Química é uma Ciência Experimental que estuda a estrutura, composição e a transformação da matéria. O Método Científico OBSERVAÇÕES PROBLEMA HIPÓTESE(S) EXPERIMENTOS CONCLUSÕES CIÊNCIA:

Leia mais

Resoluções dos testes propostos

Resoluções dos testes propostos 1 T.102 Resposta: Soma 28 (04 08 16) (01) Incorreta. O estado X corresponde à região onde a substância está na fase sólida e o estado Y à região onde a substância está na fase líquida. Portanto, a passagem

Leia mais

TERMODINÂMICA APLICADA

TERMODINÂMICA APLICADA TERMODINÂMICA APLICADA LEONARDO DE QUEIROZ MOREIRA Propriedades de uma substância pura GOIÂNIA, 29 DE AGOSTO DE 2016. Objetivo Apresentar como algumas propriedades termodinâmicas se correlacionam: Temperatura;

Leia mais

Observação Calor x Temperatura

Observação Calor x Temperatura Prof. Jackson Alves Definição Parte da química que estuda a energia na forma de calor envolvido, seja nos processos químicos ou físicos. Observação Calor x Temperatura Instrumento de medição: Calorímetro

Leia mais

COLÉGIO NOVO ANGLO DE JABOTICABAL (QUÍMICA) PROFESSOR: JOÃO MEDEIROS

COLÉGIO NOVO ANGLO DE JABOTICABAL (QUÍMICA) PROFESSOR: JOÃO MEDEIROS COLÉGIO NOVO ANGLO DE JABOTICABAL (QUÍMICA) ESTADOS FÍSICOS E CLASSIFICAÇÃO DA MATÉRIA PROFESSOR: JOÃO MEDEIROS 2012 Matéria Formada por s tipos de átomos Elementos químicos que se diferenciam pelo Z Elemento

Leia mais

Colégio Estadual Professor Ernesto Faria. Subprojeto Pibid - Química UERJ. Termoquímica

Colégio Estadual Professor Ernesto Faria. Subprojeto Pibid - Química UERJ. Termoquímica Colégio Estadual Professor Ernesto Faria Subprojeto Pibid - Química UERJ Termoquímica REAÇÕES ENDOTÉRMICAS E EXOTÉRMICAS Processo Exotérmico Libera calor para ambiente (vizinhança) Transmite sensação de

Leia mais

TERMODINÂMICA TERMOQUÍMICA

TERMODINÂMICA TERMOQUÍMICA TERMODINÂMICA TERMOQUÍMICA Termodinâmica é a ciência que estuda as transformações de energia nas quais as variações de temperatura são importantes. A maioria das transformações químicas resulta em alterações

Leia mais

Termodinâmica - 2. Alexandre Diehl. Departamento de Física - UFPel

Termodinâmica - 2. Alexandre Diehl. Departamento de Física - UFPel Termodinâmica - 2 Alexandre Diehl Departamento de Física - UFPel Caracterizado por estados de equilíbrio termodinâmico. Num estado de equilíbrio todas as propriedades macroscópicas físicas do sistema (definem

Leia mais

1. Algumas Propriedades dos Líquidos

1. Algumas Propriedades dos Líquidos 1. Algumas Propriedades dos Líquidos 1.1 Viscosidade Alguns líquidos, como o melaço e o óleo de motor, fluem lentamente; enquanto que outros, como a água e a gasolina, fluem rapidamente. A resistência

Leia mais

Microestrutura (Fases) Parte 3

Microestrutura (Fases) Parte 3 Microestrutura (Fases) Parte 3 1-66 DIAGRAMA DE FASES MAPA que permite responder a questão: Que microestrutura deveria existir em uma dada temperatura para uma dada composição? PORTANTO, UM DIAGRAMA DE

Leia mais

Equilíbrio de Misturas Líquidas Binárias com o Sólido

Equilíbrio de Misturas Líquidas Binárias com o Sólido UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE QUÍMICA DEPARTAMENTO DE FÍSICO-QUÍMICA QUI 03 313 FÍSICO-QUÍMICA II-A 4 a LISTA DE EXERCÍCIOS Equilíbrio de Misturas Líquidas Binárias com o Sólido

Leia mais

Entalpia. O trabalho realizado por esta reação é denominado trabalho de pressão-volume (trabalho PV)

Entalpia. O trabalho realizado por esta reação é denominado trabalho de pressão-volume (trabalho PV) Entalpia As reações químicas podem absorver ou liberar calor e também podem provocar a realização de trabalho. Quando um gás é produzido, ele pode ser utilizado para empurrar um pistão: Zn(s) + 2H + (aq)

Leia mais

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 9ª aula /

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 9ª aula / QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 9ª aula / 2016-2 Prof. Mauricio X. Coutrim (disponível em: http://professor.ufop.br/mcoutrim) LIGAÇÃO COVALENTE HIBRIDIZAÇÃO DE ORBITAIS sp 2 Orientação dos orbitais

Leia mais

EM 524 : aula 3. Capítulo 3 : Propriedades das. Substâncias Puras

EM 524 : aula 3. Capítulo 3 : Propriedades das. Substâncias Puras EM 524 : aula 3 Capítulo 3 : Propriedades das 1. Definições; Substâncias Puras 2. Equilíbrio de fase; Diagrama temperatura volume; Título de uma mistura líquido-vapor; Diagrama pressão temperatura; Diagrama

Leia mais

6/Mar/2013 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais

6/Mar/2013 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais 6/Mar/01 Aula 7 Entropia ariação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais Entropia no ciclo de Carnot e em qualquer ciclo reversível ariação da entropia em processos irreversíveis

Leia mais

FÍSICA, 2º Ano do Ensino Médio Diagrama de Fase

FÍSICA, 2º Ano do Ensino Médio Diagrama de Fase Estuda as fases em que uma substância pura pode se apresentar, de acordo com as condições de pressão e de temperatura a que está submetida. A neblina que se observa na foto resulta da transformação do

Leia mais

CURSINHO ETWB 2012 Componente Curricular: Química Professor: Ricardo Honda

CURSINHO ETWB 2012 Componente Curricular: Química Professor: Ricardo Honda CURSINHO ETWB 2012 Componente Curricular: Química Professor: Ricardo Honda Data: Terça-feira, 11/09/2012 Tema da aula: Equilíbrio químico, Kc e Kp Em reações reversíveis, o equilíbrio químico é atingido

Leia mais

Termoquímica. Profa. Marcia Margarete Meier

Termoquímica. Profa. Marcia Margarete Meier Termoquímica Parte 3 Profa. Marcia Margarete Meier 1 Processos espontâneos Um processo que é espontâneo em um sentido não é espontâneo no sentido contrário. O sentido de um processo espontâneo pode depender

Leia mais

2/Mar/2016 Aula 4. 26/Fev/2016 Aula 3

2/Mar/2016 Aula 4. 26/Fev/2016 Aula 3 6/Fev/016 Aula 3 Calor e Primeira Lei da Termodinâmica Calor e energia térmica Capacidade calorífica e calor específico Calor latente Diagrama de fases para a água Primeira Lei da Termodinâmica Trabalho

Leia mais

TERMODINÂMICA TERMOQUÍMICA

TERMODINÂMICA TERMOQUÍMICA TERMODINÂMICA TERMOQUÍMICA Termodinâmica é a ciência que estuda as transformações de energia nas quais as variações de temperatura são importantes. A maioria das transformações químicas resulta em alterações

Leia mais

CAPÍTULO 9 Transições de fase

CAPÍTULO 9 Transições de fase UFABC - BC0205 Princípios de Termodinâmica - Curso 2015.2 Prof. Germán Lugones Birth of the Universe, Antoine Pevsner, 1933. CAPÍTULO 9 Transições de fase Os critérios de estabilidade devem ser satisfeitos

Leia mais

Entropia. Energia de Gibbs e Equilíbrio

Entropia. Energia de Gibbs e Equilíbrio Entropia Energia de Gibbs e Equilíbrio Mestrado integrado em Engenharia Biológica Disciplina Química II, 2º semestre 2009/10 Professsora Ana Margarida Martins TRANSFORMAÇÕES ESPONTÂNEAS Uma reacção diz-se

Leia mais

Termo- estatística REVISÃO DE TERMODINÂMICA. Alguns conceitos importante que aparecem nesta lei:

Termo- estatística REVISÃO DE TERMODINÂMICA. Alguns conceitos importante que aparecem nesta lei: Lei Zero da Termodinâmica 4300259 Termo- estatística REVISÃO DE TERMODINÂMICA Se dois sistema estão em equilíbrio térmico com um terceiro sistema, então eles também estão em equilíbrio entre si. Alguns

Leia mais

Equilíbrio Químico. Estágio da reação química em que não existe mais tendência a mudar a composição da mistura de uma reação

Equilíbrio Químico. Estágio da reação química em que não existe mais tendência a mudar a composição da mistura de uma reação Equilíbrio Químico 1 Equilíbrio Químico Estágio da reação química em que não existe mais tendência a mudar a composição da mistura de uma reação Equilíbrio dinâmico: as reações direta e inversa ocorrem

Leia mais

Fisica do Corpo Humano ( ) Prof. Adriano Mesquita Alencar Dep. Física Geral Instituto de Física da USP B01. Temperatura Aula 5 e 1/2 da 6

Fisica do Corpo Humano ( ) Prof. Adriano Mesquita Alencar Dep. Física Geral Instituto de Física da USP B01. Temperatura Aula 5 e 1/2 da 6 Fisica do Corpo Humano (4300325) Prof. Adriano Mesquita Alencar Dep. Física Geral Instituto de Física da USP B01 Temperatura Aula 5 e 1/2 da 6 1. Existem em torno de uma centena de átomos 2. Cada átomo

Leia mais

TEMPERATURA. Os constituintes da matéria (moléculas, átomos etc.) movem-se continuamente em um movimento de agitação.

TEMPERATURA. Os constituintes da matéria (moléculas, átomos etc.) movem-se continuamente em um movimento de agitação. TEMPERATURA Os constituintes da matéria (moléculas, átomos etc.) movem-se continuamente em um movimento de agitação. É possível associar a existência de uma energia à energia cinética média desses constituintes

Leia mais

Trabalho e calor. 1º Princípio da termodinâmica. Entalpia.

Trabalho e calor. 1º Princípio da termodinâmica. Entalpia. Trabalho e calor. 1º Princípio da termodinâmica. Entalpia. 1. O volume de um gás aumenta de 2,0 L até 6,0 L a temperatura constante. Calcule o trabalho feito pelo gás se ele se expandir: a) contra o vácuo

Leia mais

DIAGRAMA DE FASES. 4) (ITA) Considere as seguintes afirmações relativas aos sistemas descritos a seguir, sob

DIAGRAMA DE FASES. 4) (ITA) Considere as seguintes afirmações relativas aos sistemas descritos a seguir, sob DIAGRAMA DE FASES 1) O gráfico abaixo apresenta a variação das pressões de vapor do sulfeto de carbono, metanol, etanol e água em função da temperatura. De acordo com o gráfico, assinale a afirmativa INCORRETA.

Leia mais

Propriedades Coligativas. Tecnologia de Alimentos Prof a. Msc. Fernanda Caspers Zimmer

Propriedades Coligativas. Tecnologia de Alimentos Prof a. Msc. Fernanda Caspers Zimmer Propriedades Coligativas Tecnologia de Alimentos Prof a. Msc. Fernanda Caspers Zimmer Propriedades Coligativas: São mudanças que ocorrem no comportamento de um líquido. Quando comparamos, em análise química,

Leia mais

EQUILÍBRIO ENTRE FASES CONDENSADAS

EQUILÍBRIO ENTRE FASES CONDENSADAS ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA EEL/USP TERMODINÂMICA QUÍMICA PROF. ANTONIO CARLOS DA SILVA EQUILÍBRIO ENTRE FASES CONDENSADAS 1. EQUILÍBRIO ENTRE FASES LÍQUIDAS Líquidos miscíveis a mistura apresenta uma

Leia mais

11/Mar/2016 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais

11/Mar/2016 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais 11/Mar/016 Aula 7 Entropia ariação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais Entropia no ciclo de Carnot e em qualquer ciclo reversível ariação da entropia em processos irreversíveis

Leia mais

Quí. Quí. Abner Camargo. Monitor: Gabriel Pereira

Quí. Quí. Abner Camargo. Monitor: Gabriel Pereira Quí. Professor: Allan Rodrigues Abner Camargo Monitor: Gabriel Pereira Estados físicos da matéria e gráficos de mudança de fase 06 fev RESUMO Estado físico da matéria A matéria se apresenta em três estados

Leia mais

Diagrama de fases de uma substância pura

Diagrama de fases de uma substância pura Diagrama de fases de uma substância pura Diagrama de fases de uma substância pura Condição de equilíbrio termodinâmico Para superfícies planas, a condição de equilíbrio e igual temperatura e pressão. Para

Leia mais

A Matéria. Profº André Montillo

A Matéria. Profº André Montillo A Matéria Profº André Montillo www.montillo.com.br Substância: É a combinação de átomos de elementos diferentes em uma proporção de um número inteiro. O átomo não é criado e não é destruído, as diferentes

Leia mais

UTFPR Termodinâmica 1 Avaliando Propriedades Termodinâmicas

UTFPR Termodinâmica 1 Avaliando Propriedades Termodinâmicas UTFPR Termodinâmica 1 Avaliando Propriedades Termodinâmicas Princípios de Termodinâmica para Engenharia Capítulo 3 Parte 2 Tabelas de Saturação As Tabelas A-2 e A-3 listam os valores de propriedades para

Leia mais

PROPRIEDADES COLIGATIVAS DAS SOLUÇõES

PROPRIEDADES COLIGATIVAS DAS SOLUÇõES PROPRIEDADES COLIGATIVAS DAS SOLUÇõES Propriedades coligativas são propriedades de uma solução que dependem exclusivamente do número de partículas do soluto dissolvido e não da sua natureza. Cada uma dessas

Leia mais