David Kaye, 1995 (A Natureza da Informação)
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- Roberto Festas
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1 David Kaye, 1995 (A Natureza da Informação) A seleção das mensagens feita pelo receptor é orientada pelo seu modelo mental, que determina a informação que lhe faz sentido e esta informação não somente contribui para aumentar o entendimento do indivíduo sobre o que está sendo comunicado, mas também reduz a sua incerteza sobre o assunto informação [...] pode ser disseminada e mantida ao mesmo tempo, além de ser ampliada com o seu uso Determinar as necessidades informacionais implica em identificar aquilo que o receptor potencial necessita para SUPRIR SUAS INCERTEZAS E LACUNAS EXISTENTES EM SEU MODELO MENTAL. Nesse contexto, torna-se importante observar a estreita relação dessa etapa com os processos cognitivos, tanto por parte do receptor potencial, como daquele que, no momento da execução da tarefa, apresentase como o receptor efetivo das informações sobre as necessidades informacionais do outro. A interpretação que fará da mensagem recebida, uma condição muito particular em relação à informação, possibilita entendimentos diversos, conforme a sua experiência pessoal, contribuindo, dessa forma, para que a informação recebida se configure como uma CONSTRUÇÃO CRIADA PELO RECEPTOR A percepção do tipo de informação ocorre de acordo com o objetivo ao qual se propõe e ao contexto em que é utilizada, através do uso de vocábulos associados, resultando em variações semânticas significativas
2 David Kaye, 1995 (A Natureza da Informação) O ser humano é rico e dá sentido às informações recebidas em relação a uma determinada tarefa, experimentando consequentes emoções, e lidando com os limites da mente e as incertezas e complicações de fontes de informação - tudo dentro um contexto social ou de organização particular. O conceito de informação é multifacetado, evasivo e perversa e, como um elemento central em nossa estrutura profissional, exige uma grande quantidade de estudo mais aprofundado. Resumindo... O conceito de informação realizada por profissionais LIS escapou dos limites do objetivo, do conhecimento formalmente registrada, para abranger INFORMAÇÃO COMO UMA CONSTRUÇÃO PSICOLÓGICA E SOCIAL, DEPENDE DE CIRCUNSTÂNCIAS.
3 David Kaye, 1995 (A Natureza da Informação) PERSPECTIVAS COGNITIVAS E SOCIOLÓGICAS As organizações desenvolvem suas próprias personalidades e culturas, e que estes influenciam muitas vezes os pensamentos e ações de seus membros. No entanto, no processamento de informação última análise, quer em organizações formais ou não, é executada pelo cérebro humano, embora num contexto social. É, portanto, esclarecedor considerar o que as CIÊNCIAS COGNITIVAS E SOCIOLOGIA TÊM DE CONTRIBUIR para a nossa tese. Faz sensato examinar informações e processamento de informação a partir da perspectiva do ator humano que se esforça para fazer o sentido dos sinais (s) que recebe do ambiente. DAÍ A IMPORTANCIA DA ENFASE NA PERCEPCAO DO USUARIO DA INFORMACAO. O USO DA INFORMAÇÃO não é um estado, mas UM PROCESSO. Sensemaking é o processo de lidar com a diferença usando informações para preenchê-lo A informação não é, portanto, vista como um objeto a ser transmitido, mas como UMA CONSTRUÇÃO CRIADA PELO OBSERVADOR. A informação é percebida, não por um observador, mas pelo ATOR NO PROCESSO.
4 David Kaye, 1995 (A Natureza da Informação) A psicologia tem muito a dizer sobre a capacidade do indivíduo para fazer a varredura, reter e processar informações. O ser humano TENTANDO FAZER SENTIDO DAS INFORMAÇÕES RECEBIDAS em relação a uma determinada tarefa, experimentando consequentes emoções, e lidar com os limites da mente e as incertezas e complicações de fontes de informação - tudo dentro um contexto social ou de organização particular. O conceito de informação é multifacetado, evasivo e perverso e, como um elemento central em nossa estrutura profissional, exige uma grande quantidade de um estudo mais aprofundado.
5 Lena Vania Ribeiro Pinheiro e José Mauro Matheus Loureiro, 1995 (Traçados e limites da Ciência da Informação) A INFORMAÇÃO ESTE OBSCURO OBJETO DE FAZER CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO Assim como a Teoria Geral de Sistemas, a Teoria da Informação expandiu-se por muitas áreas e algumas de suas noções básicas, como entropia, ruído e redundância, tiveram repercussão em diversos campos do conhecimento. INFORMAÇÃO na Ciência da Informação, segundo Saracevic : INFORMAÇÃO está relacionada ao conceito de RELEVÂNCIA. Informação Informação Relevante. Informação relevante está relacionada a comunicação seletiva e orientação aos usuários. A efetividade da comunicação do conhecimento se dá na medida de sua transmissão de um arquivo ao outro, ocasionando mudanças. A informação é relevante à medida que gera mudanças. A Ciência da Informação, ao lado da lógica e da filosofia, é uma disciplina essencial para os estudos e reflexões sobre relevância e, consequentemente, informação. (Saracevic)
6 Lena Vania Ribeiro Pinheiro e José Mauro Matheus Loureiro, 1995 (Traçados e limites da Ciência da Informação) DIMENSÕES TECNOLÓGICA E SOCIAL DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO Na Ciência da Informação, a chamada sociedade da informação, idade da informação ou sociedade pós-industrial, também esta decorrente do IMPERATIVO TECNOLÓGICO, é fator determinante na sua evolução. Para Saracevic: Nos anos 50 e 60 os trabalhos de recuperação da informação culminaram: o Na década de70 com a emergência dos serviços on-line e Nos anos 80 no crescimento e viabilidade internacional da indústria da informação. A recuperação da informação: Foi fundamental para o desenvolvimento de aplicações como: produtos, sistemas, redes, serviços etc. Contribui para o desenvolvimento da própria Ciência da Informação. Influenciou a indústria da informação. A partir de 1980, a tecnologia é definitivamente INCORPORADA e ASSOCIADA à Ciência da Informação. A Ciência da Informação TRANSCENDE o âmbito da recuperação da informação, embora esta última seja ainda o seu núcleo. (Saracevic) As novas tecnologias da informação estão definitivamente ATRELADAS à Ciência da Informação, na resolução de problemas. (Saracevic)
7 Tefko Saracevic, 1995 (A natureza interdisciplinar da CI) Ciência da Informação é interdisciplinar por natureza: o Os problemas de informação não podem ser abordados dentro de uma única área da atividade científica. Por isso, torna-se necessário o desenvolvimento de abordagens teóricas e metodológicas que favoreçam a interdisciplinaridade e permitam o relacionamento da ciência da informação com outros campos científicos. A ciência da informação tem uma forte dimensão social e humana, mas está acima e além da tecnologia.
8 Tefko Saracevic, 1996 (CI: origem, evolução e relações. Perspectivas em CI) O HUMANO NAS RELAÇÕES HOMEM-TECNOLOGIA A relação homem-tecnologia é o ponto fraco, a questão não resolvida filosófica, científica ou profissionalmente na CI. Muitos dos conceitos acerca desses aspectos, humanos e comportamentais, que constituem a base sobre a qual são planejadas as aplicações tecnológicas, não funcionam mais. Os objetivos, a filosofia e os conceitos determinantes para o equilíbrio homem-tecnologia precisam originar-se do seu lado humano Em lugar da adaptação da tecnologia ao entendimento racional do comportamento humano frente à informação e ao ambiente informacional amplo, a situação foi revertida, criando mais o exacerbamento do que solução para os problemas da explosão informacional.
9 Tefko Saracevic, 1996 (CI: origem, evolução e relações. Perspectivas em CI) MUDANDO OS CRITÉRIOS DE EFICÁCIA A noção de eficácia (por exemplo, a comunicação eficaz do conhecimento, o acesso eficiente aos recursos informacionais, a relevância e utilidade da informação, a qualidade da informação...) tem sido uma preocupação central para CI. Critérios da eficácia => derivam da perspectiva humana ou do comportamento informativo Logo! Enquanto a tecnologia é usada abundantemente, a eficácia de seu uso é colocada estritamente em termos humanos Independentemente do nome da atividade que trata das questões informacionais, o que importa é que OS PROBLEMAS SEJAM ENFOCADOS EM TERMOS HUMANOS e não tecnológicos
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