FACULDADE GUILHERME GUIMBALA - FGG CAMILA FERNANDA SCHATZMAN POLLYANA MOSKWYN

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1 FACULDADE GUILHERME GUIMBALA - FGG CAMILA FERNANDA SCHATZMAN POLLYANA MOSKWYN ESTÁGIO SUPERVISIONADO Psicologia do Esporte Joinville, 2016.

2 CAMILA FERNANDA SCHATZMAN POLLYANA MOSKWYN ESTÁGIO SUPERVISIONADO Psicologia do Esporte Projeto de Estágio desenvolvido pelas alunas do 4º ano do curso de Psicologia da Faculdade Guilherme Guimbala - FGG na Associação dos Amigos do Basquete de Joinville como requisito parcial para formação. Supervisionado pelo Prof. Adilson Aviz. Joinville, 2016.

3 PROJETO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Associação dos Amigos do Basquete de Joinville AABJ 1. JUSTIFICATIVA A Psicologia do Esporte vem, nos últimos anos se apresentando como uma área de atuação do profissional Psicólogo de caráter peculiar a uma exigência própria aos rendimentos de alto nível em paralelo ao controle das emoções e adequação de comportamentos que proporcionam a tais resultados. Em uma área que requer disciplina, constância nos treinamentos e atenção direcionada aos objetivos de curto, médio e longo prazo, torna-se profíquo todo o conhecimento que a Psicologia dispõe sobre a subjetividade das relações intra e interpessoais envolvendo atletas e suas competições, assim como, à comissão técnica e dirigentes de clubes. Atrelado a Psicologia do Esporte, cabe aqui destacar o envolvimento da prática psicológica aos atletas paraolímpicos, não focando especificamente nas deficiências, mas aos aspectos de competição, treinamento, controle, monitoramente e resultados. 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral: Praticar no Estágio Supervisionado os conteúdos estudados no curso de Psicologia até o 4º ano.

4 2.2 Objetivos Específicos: Praticar observação participante no contexto de treinamento e competições; Identificar demandas individuais de rendimento; Identificar demandas a trabalhar no processo de grupo; Apresentar propostas de intervenção. 3. REVISÃO DE LITERATURA A psicologia do esporte (PE) é um dos ramos da psicologia pouco explorado e conhecido no meio acadêmico. Segundo Rubio (2000 apud MODESTO; AVIZ, 2011) somente a partir de 1998 que os cursos de psicologia começaram a oferecer a psicologia do esporte como disciplina optativa, restando ao profissional psicólogo que desejasse ingressar nessa área procurar por cursos de extensão e especialização. A PE vem para compor as chamadas Ciências do Esporte, juntamente com outras áreas que são Antropologia, Sociologia e Filosofia. Aqui também estão inclusos a medicina, biomecânica e fisiologia do esporte, que acaba resultando em uma interdisciplinaridade necessária. O objetivo da Psicologia do Esporte, hoje, é atuar em situações que envolvem motivação, personalidade, agressão e violência, liderança, dinâmicas de grupo, bem-estar de atletas que se caracteriza em um espaço onde o enfoque social, educacional e clínico estejam se complementando. Segundo Weinberg e Gould (2008), a psicologia do esporte tem como objetivo entender os fatores psicológicos que afetam o desempenho físico do indivíduo. Assim como citado acima, há inúmeros fatores que podem interferir no bom rendimento de um atleta em meio a uma competição. Além disto, também procura entender como a participação em esportes e exercícios afetam o desenvolvimento psicológico, a saúde e o bem-estar do atleta. Um exemplo para este caso seria entender a relação que o atleta tem com o esporte, se usa o mesmo para amenizar algum excesso.

5 São diversas as atuações de um psicólogo dentro do esporte. No esporte de rendimento, sendo um dos focos desse estágio, a psicologia é usada como uma ferramenta para aperfeiçoar o processo de recuperação e otimizar o desempenho do atleta, analisando os determinantes psíquicos que interferem no rendimento do atleta ou no grupo esportivo. No esporte educacional/escolar, o psicólogo analisa os processos de ensino e aprendizagem, envolvendo a questão socioeducativa do esporte, além de preparar seus praticantes para a cidadania e para o lazer. O esporte recreativo visa o bemestar do indivíduo, aqui são avaliados os interesses, atitudes e motivos de grupos recreativos de diferentes faixas etárias, é aplicado de forma voluntária e com conexões com os movimentos de educação permanente e com a saúde. Por fim, o esporte de reabilitação, onde também se encontra o foco do nosso estágio, este engloba o trabalho tanto com atletas lesionados como com atletas com alguma deficiência, seja esta física ou mental. O psicólogo nesta área investiga os aspectos preventivos e terapêuticos do esporte. Sobre o esporte de reabilitação, Andrade e Brandt (2008) apud Souza (2005) citam que "a partir de uma integração do deficiente físico no âmbito do esporte há uma grande oportunidade de os mesmos constituírem sentimentos positivos de dignidade e amor próprio, esta pratica instiga e estimula a percepção das habilidades de cada pessoa". Andrade e Brandt (2008) apud Souza (2005) cita também que com a inclusão do deficiente físico no esporte nota-se uma integração que poderia ser favorecida, por meio de atividades que resgatassem nos portadores de deficiência física sentimentos positivos de dignidade e amor próprio. Desta forma a pratica da atividade física constitui um momento privilegiado de estimulação e percepção das potencialidades do ser humano portador de deficiência. É notável as grandes melhorias que o esporte proporciona na qualidade de vida de cada atleta, sendo assim o mesmo deve ser observado em sua totalidade, pois o esporte vem contribuindo cada vez mais para inúmeros benefícios onde deveria ser parte da reabilitação dos indivíduos. (ANDRADE; BRANDT, 2008, apud STEINBERG e BITTAR, 1993). Por fim, as práticas esportivas para o deficiente físico ou mental podem ser uma grande probabilidade de reabilitação, por isso, estas práticas devem ser muito bem orientadas e estimuladas para os mesmos, visto os benefícios que as mesmas

6 oferecem para o deficiente. A partir da prática esportiva, além de ter um processo de reabilitação saudável, tem uma inserção social ainda maior, surgindo novos espaços e caminhos como o de competições abrindo espaço para a expressão do atleta surgir, além de ótimos resultados de rendimentos. Berbanti (2002) diz que o esporte deve seguir as mesmas regras e normas do esporte no geral, porém evidenciamos as diferenças as quais não queremos que existam. O esporte segue a classificação medico-desportiva, ela divide entre a própria natureza da deficiência e pode ser encontrada nos jogos paraolímpicos, campeonatos brasileiros de estados e municipais. Há grandes cidades que possuem times e associações em diversas modalidades esportivas de pessoas deficientes, porém são poucas as pessoas que tem a informação da existência do mesmo. Salmela (1991 apud MODESTO; AVIZ, 2011) relata que a PE é um segmento com objetivos específicos e área própria de interesse e, portanto com aplicações e técnicas próprias. Assim sendo, a Psicologia do Esporte e Psicologia no Esporte não são sinônimos, visto que esta última inclui intervenções relacionadas com outras áreas da psicologia e de outras ciências. No trabalho da PE, deve-se oferecer apoio e aconselhamento para os atletas e demais envolvidos, mas isso não significa que o psicólogo estará realizando psicoterapia. O enfoque passa a ser um estudo sobre os tipos de intervenção psicológica que o esporte deve requerer. 4. METODOLOGIA O Estágio acontecerá respeitando as horas exigidas, sendo elas 144h em campo, 72h de supervisão e 200h distribuídas em eventos, cursos de extensão, visitas técnicas e preparação para intervenções. Durante a semana, 4 horas serão aplicadas no campo e 2h em supervisão. No primeiro bimestre as estagiárias estarão realizando observações participativas no contexto de treinos e competições interagindo com a Comissão Técnica e atletas com vistas a levantar demandas para intervenção, discussões e estratégias futuras.

7 No segundo bimestre as demandas serão distribuídas em um projeto de intervenção a ser discutido com a Comissão Técnica. O estágio será direcionado para prática como resultado de discussão sobre as possibilidades de ações ao tema. No terceiro bimestre será elaborado um artigo científico com os resultados apresentado até então com a intenção de divulgação do trabalho em eventos acadêmicos. No quarto bimestre o estágio será encerrado com o Relatório de Conclusão de Estágio RCE e com a devolutiva sobre os trabalhos desenvolvidos, conteúdos observados e sugestões para trabalhos futuros. A partir do segundo bimestre as estagiárias estarão dispostas em algumas atividades envolvendo cursos de extensão, visitas técnicas, participação e montagem de eventos que abarcará as horas necessárias para o complemento de estágio. 5. RESULTADOS ESPERADOS A partir dos resultados desse Estágio, haverá um conjunto de dados teóricos e metodológicos que poderão sustentar pressupostos de intervenção na área da Psicologia do Esporte junto à futuros projetos: Apresentação de mapeamento comportamental e ações para a efetividade em âmbitos de grupos específicos; Elaboração de seminários para profissionais da área, atletas, dirigentes de equipes e comunidade em geral sobre temas levantados; Sugestão de estratégias de ação para adequação comportamental em grupo; Publicação dos resultados em artigos e eventos acadêmicos. Os resultados, também proporcionarão a ampliação do conhecimento no campo de pesquisa envolvendo a temática na comunidade Acadêmica através dos dados e da teoria envolvendo os Estágios Supervisionados do curso de Psicologia da Faculdade Guilherme Guimbala - FGG.

8 Acredita-se que o desdobramento desse Estágio seja relacionado a importância da discussão e aplicação de estratégias para a efetivação da Psicologia do Esporte como mais uma atuação efetiva da profissão. 6. CRONOGRAMA Metas Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Inicio das supervisões e X distribuição das equipes Sondagem de campo de X X X estágio Supervisão X X X X X X X X X X Estágio em campo X X X X X X X X X Observação participativa X X Projeto de intervenção Intervenções: Práticas em X X X X X grupo; Cursos de Extensão; Sugestão de atividades. Participação em eventos X X X X Artigo científico Relatório de Conclusão de Estágio Devolutiva X X X X 7. REFERÊNCIAS ANDRADE, Alexandro. BRANDT, Ricardo. A psicologia do esporte aplicada a atletas portadores de necessidades especiais: reflexões epistemológicas, filosóficas e práticas. Laboratório de Psicologia do Esporte e do Exercício - LAPE, 2008.

9 MODESTO, Andréa G.B., AVIZ, Adilson José de. A importância do psicólogo do esporte: Um Novo Campo de Atuação. Faculdade Guilherme Guimbala. ACE. Trabalho de Conclusão de Curso. RUBIO, K. A Psicologia do Esporte: histórico e áreas de atuação e pesquisa. 12/02/1999.