CONTABILIDADE PÚBLICA
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- Leandro Barbosa
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1 CONTABILIDADE PÚBLICA Legislação Prof. Cláudio Alves
2 Várias são as normas emitidas pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), no que tange às regras aplicadas à Contabilidade Pública, mesmo porque a STN é Órgão Central de Descentralização Financeira, portanto dita os parâmetros acerca do tratamento que deve ser dado pelos setores públicos no concernente aos numerários. Essas normas também podem ser emitidas em conjunto com outros órgãos, vejamos algumas delas: - Portaria Conjunta n 02, de 10/12/14 - Altera a Portaria Interministerial STN/SOF n.º 163, de 4 de maio de Portaria Conjunta n 01, de 10/12/14 Aprova a Parte I - Procedimentos Contábeis Orçamentários da 6ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP).
3 - Portaria Conjunta n 02, de 10/12/14 Estabelece regras para o recebimento dos dados contábeis e fiscais dos entes da Federação no exercício de 2015 e dá outras providências. - Portaria Conjunta n 702, de 10/12/14 Estabelece regras para o recebimento dos dados contábeis e fiscais dos entes da Federação no exercício de 2015 e dá outras providências. - Portaria Conjunta n 700, de 10/12/14 - Aprova as Partes II Procedimentos Contábeis Patrimoniais, III Procedimentos Contábeis Específicos, IV Plano de Contas Aplicado ao Setor Público e V Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público da 6ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP).
4 - Portaria STN n 86, de 17/02/14 - Estabelece regras para o recebimento dos dados contábeis e fiscais dos entes da Federação no exercício de 2014 e dá outras providências. - Portaria STN n 634/13 - Dispõe sobre regras gerais acerca das diretrizes, normas e procedimentos contábeis aplicáveis aos entes da Federação, com vistas à consolidação das contas públicas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sob a mesma base conceitual. - Portaria STN n 637, de 18/10/ Aprova a 5ª. Edição do Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF) - Anexo de Riscos Fiscais, Anexo de Metas Fiscais, Relatório Resumido da Execução Orçamentária e Relatório de Gestão Fiscal
5 - Portaria STN n 072, de 01/02/12 Orientação Técnica para a Portaria 231/ Estabelece normas gerais de consolidação das contas dos consórcios públicos a serem observadas na gestão orçamentária, financeira e contábil, em conformidade com os pressupostos da responsabilidade fiscal. - Portaria STN n 716, de 24/10/11 - Dispõe sobre as competências dos Órgãos Central e Setoriais do Sistema de Custos do Governo Federal. -Portaria STN n 683, de 06/10/11 - Estabelece regras para a inserção de dados no Sistema de Coleta de Dados Contábeis e Fiscais dos Entes da Federação SISTN e dá outras providências.
6 Essas são as principais normas ditadas pela STN, sendo que existem outras que estabelecem parâmetros, basicamente, acerca da institucionalização de regras atinentes às regras que devem ser utilizadas pela Contabilidade Pública em nosso país. Com o processo de internacionalização dos procedimentos contábeis que foram implantados a partir de 2005 na Contabilidade Pública em nosso país, a STN se tornou presente nessas alterações publicando os ditames ligados ao Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP), bem como o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP).
7 No que tange aos procedimentos contábeis aplicados ao setor público, podemos citar a implementação, de forma compulsória, da depreciação, amortização, exaustão, bem como a utilização do teste de recuperabilidade (impairment). Vejamos alguns detalhes, mencionados pelas normas emanadas da STN, acerca desses assuntos: Depreciação: Consiste na perda do valor dos bens tangíveis de uso em função de deterioração física, desgaste e obsolescência.
8 Devido a essas circunstâncias acima, é necessária a devida apropriação do consumo desses ativos ao resultado do período, através da depreciação, atendendo o Princípio da Competência, podemos dizer que o valor depreciado provocará uma variação patrimonial diminutiva, que nas empresas representa uma despesa. A depreciação de um ativo começa quando o item estiver em condições de uso, salvo quando o método de depreciação for o de unidades produzidas, situação em que a depreciação pode ser zero enquanto não houver produção.
9 A depreciação deixará de ser contabilizada quando do término da vida útil do bem, momento em que seu valor será igual al seu valor residual. A partir desse momento, o bem somente poderá ser depreciado se houver uma reavaliação, acompanhada de uma análise técnica que defina o seu tempo de vida útil restante. A depreciação não cessa quando o ativo se torna ociosos ou é retirado de uso e, ainda, a melhor forma de se estimar a vida útil de um bem sujeito à depreciação são as seguintes: a) Verificar o tempo em que o ativo manterá a sua capacidade para gerar benefícios futuros para o ente. b) Avaliar os aspectos técnicos referentes ao desgaste físico e a obsolescência do bem.
10 c) Observar se o tempo de vida útil de um bem que possui a sua utilização ou exploração limitada temporalmente por lei cujo contrato não pode ser superior a esse prazo. d) Considerar a política de gestão de ativos da entidade, observandose a alienação de ativos após um período determinado ou após o consumo de uma proporção específica de benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços incorporados no ativo, fazendo com que a vida útil de um ativo possa ser menor do que a sua vida econômica.
11 Amortização: Representa a redução do valor aplicado na aquisição de direitos de propriedade e quaisquer outros, inclusive ativos intangíveis, com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado, desse modo há a necessidade de classificar a vida útil do ativo intangível, a qual poderá ser definida ou indefinida. Caso a vida útil do bem intangível seja definida, o mesmo sofrerá amortização, já se o bem possuir vida útil indefinida, não há que se proceder com o cálculo e contabilização da amortização.
12 Devem ser considerados os seguintes fatores para determinação da vida útil de um ativo intangível: - Os ciclos de vida típicos dos produtos do ativo e as informações públicas sobre estimativas de vida útil de ativos semelhantes, utilizados de maneira semelhante; - A utilização prevista de um ativo pela entidade e se o ativo pode ser gerenciado eficientemente por outra equipe da administração; - Obsolescência técnica, tecnologia, comercial ou de outro tipo;
13 - A estabilidade do setor em que o ativo opera e as mudanças na demanda de mercado para produtos ou serviços gerados pelo ativo; - Se a vida útil do ativo depende da vida útil de outros ativos da entidade; - O nível gasto de manutenção requerido para obter os benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais do ativo e a capacidade de intenção da entidade par atingir tal nível; e - O período de controle sobre o ativo e os limites legais ou contratuais para a sua utilização, tais como datas de vencimento das locações ou arrendamentos relacionados.
14 Exaustão De acordo com o MCASP, Determinados bens encontrados no ativo imobilizado estarão sujeitos à exaustão, ao invés da depreciação. Tais bens são aqueles explorados através da extração ou aproveitamento mineral ou florestal, por exemplo, uma floresta mantida com fins de comercialização de madeira. Dessa forma, a exaustão permitirá ao ente que o custo do ativo seja distribuído durante o período de extração/aproveitamento.
15 OBSERVAÇÕES: 1) As máquinas e equipamentos de extração mineral ou florestal, opcionalmente, podem ser depreciados, ao invés de serem exauridos. 2) Somente se sujeitam à exaustão as minas que estejam sob regime de concessão. A exploração de recursos minerais sob a forma de arrendamento ou licenciamento não pode ser objeto de exaustão. 3) Os registros contábeis devem ser realizados e os seus efeitos evidenciados nas demonstrações contábeis do período com os quais se relacionam, reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos geradores, independentemente do momento da execução orçamentária.
16 Teste de Recuperabilidade (impairment) De acordo com o MCASP, a redução ao valor recuperável (impairment) representa a redução nos benefícios econômicos futuros ou no potencial de serviços de um ativo, que reflete um declínio na sua utilidade além do reconhecimento sistemático por meio da depreciação. A entidade deve avaliar se há alguma indicação de que um ativo imobilizado ou intangível possa ter sofrido perda por irrecuperabilidade. Caso o valor contábil de um ativo imobilizado ou intangível apresente valor acima da quantia que será recuperada através do uso ou da venda desse ativo, é possível afirmar que esse ativo está em imparidade (impairment).
17 Note que a execução de um teste de imparidade deve considerar primeiramente a utilidade do ativo, pois a maioria dos ativos do setor público é mantida continuamente para fornecer serviços ou bens públicos, sendo o seu valor em uso provavelmente maior do que seu valor justo menos os custos de alienação. A redução ao valor recuperável não deve ser confundida com a depreciação. Esta é entendida como o declínio gradual do potencial de geração de serviços por ativos de longa duração, ou seja, a perda do potencial de benefícios de um ativo motivada pelo desgaste, uso, ação da natureza ou obsolescência. Já o impairment é a desvalorização de um ativo quando seu valor contábil excede seu valor recuperável.
18 Redução ao valor recuperável pode ser entendida como uma perda dos futuros benefícios econômicos ou do potencial de serviços de um ativo, além da depreciação. Se o valor recuperável for menor que o valor líquido contábil, este deverá ser ajustado. Destarte, a redução ao valor recuperável é um instrumento utilizado para adequar o valor contábil dos ativos à sua real capacidade de retorno econômico. Assim, reflete um declínio na utilidade de um ativo para a entidade que o controla.
19 Quando o valor contábil for superior ao valor recuperável, ocorrerá uma perda por redução ao valor recuperável do ativo que reflete, portanto, um declínio na utilidade de um ativo para a entidade que o controla, conforme mencionado. Por exemplo, uma entidade pode ter uma instalação de armazenamento para fins militares que já não é mais utilizada. Além disso, devido à natureza especializada desta instalação e de sua localização, é improvável que possa ser arrendada ou vendida e, portanto, a entidade é incapaz de gerar fluxos de caixa por meio de arrendamento ou de venda do ativo.
20 QUESTÃO: Auditor Substituto TCE-RJ FGV 2015 A administração de determinada entidade identificou indícios de que um item de seu imobilizado tenha sofrido perda por irrecuperabilidade. Na sequência, a administração da entidade estimou as seguintesparcelas relativas ao valor recuperável desse item: Valor justo do item = $ Custos de alienação do item = $ Valor em uso do item = $ Sabe-se que esse item é classificado como ativo gerador de caixa. Sabe-se também que o custo de aquisição desse item foi $ e o saldo de sua depreciação acumulada é $ Quanto à perda por irrecuperabilidade desse item, em conformidade com a Portaria STN nº 700, de 10 de dezembro de 2014, é correto afirmar que a entidade:
21 a) deve reconhecer perda no montante de $5.000; b) deve reconhecer perda no montante de $ ; c) não deve reconhecer perda porque se trata de um ativo gerador de caixa ; d) não deve reconhecer perda porque o valor recuperável é $ ; e) não deve reconhecer perda porque o valor recuperável é $
22 Cálculo do Valor Contábil: Valor do bem ( - ) Deprec. Acum. ( ) ( = ) Valor Contábil Valor em uso = Valor justo = = Valor recuperável = MAIOR entre valor justo e o valor em uso Neste caso o valor recuperável será Tendo em vista que o valor recuperável ( ) é maior que o valor contábil ( ), não deverá ser reconhecida nenhuma desvalorização
23 a) deve reconhecer perda no montante de $5.000; b) deve reconhecer perda no montante de $ ; c) não deve reconhecer perda porque se trata de um ativo gerador de caixa ; d) não deve reconhecer perda porque o valor recuperável é $ ; e) não deve reconhecer perda porque o valor recuperável é $
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