Orientação Técnica Geral 06. OTG/GTCON ESTATAIS N 06 Tratamento Contábil de Imóveis Invadidos
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- Danilo Barata Arantes
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1 Orientação Técnica Geral 06 OTG/GTCON ESTATAIS N 06 Tratamento Contábil de Imóveis Invadidos
2 TERMO DE APROVAÇÃO ORIENTAÇÃO TÉCNICA GERAL OTG/GTCON ESTATAIS Nº 06 Tratamento Contábil de Imóveis Invadidos O Grupo de Trabalho de Procedimentos Contábeis de Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista do Estado de Pernambuco (GTCon Estatais) torna pública a aprovação, pelos membros do Comitê de Orientações Técnicas (Cotec), da Orientação Técnica Geral OTG/GTCon Estatais nº 06 Tratamento Contábil de Imóveis Invadidos. A aprovação da referida orientação está registrada na Ata da 2ª Reunião do Comitê de Orientações Técnicas (Cotec) do Grupo de Trabalho de Procedimentos Contábeis de Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista do Estado de Pernambuco, realizada no dia 14 de janeiro de As políticas contábeis das empresas que integram o GTCon Estatais devem observar a referida orientação quando aplicável. Recife, 14 de janeiro de 2015.
3 Sumário 1. Introdução Objetivos e Justificativas Legislação Aplicada Alcance da Orientação Técnica Contabilização Requisitos Mínimos Operacionais...5
4 ORIENTAÇÃO TÉCNICA GERAL Orientação Técnica Geral nº 06/2015 Tratamento contábil de imóveis invadidos 1. Introdução O presente documento refere-se à Orientação Técnica Geral nº 06/2015 formulada pelo COTEC/GTCon Estatais, na qual é evidenciado o embasamento teórico que norteia as empresas integram o referido grupo no tratamento contábil de imóveis invadidos. 2. Objetivos e Justificativas Considerando que algumas empresas que integram o Grupo de Trabalho de Procedimentos Contábeis de Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista do Estado de Pernambuco (GTCon Estatais) possuem imóveis de sua propriedade e que foram invadidos. Dessa forma, não há mais nenhuma expectativa de retorno. A presente orientação técnica busca evidenciar o correto tratamento contábil de imóveis na situação indicada. 3. Legislação Aplicada Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de Dispõe sobre as Sociedades por Ações; Lei nº , de 28 de dezembro de Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras; Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Brasília: CPC, Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado. Brasília: CPC, Alcance da Orientação Técnica Aplica-se aos segmentos, das empresas dependentes e independentes do Tesouro Estadual, sujeitas a aplicação da contabilidade societária. 5. Contabilização 5.1 Tratamento contábil dado aos imóveis invadidos A entidade deve avaliar se há alguma indicação de que seus ativos ou conjunto de ativos porventura perderam representatividade econômica, considerada relevante. Se houver indicação, a entidade deve efetuar avaliação e reconhecer contabilmente a eventual desvalorização dos ativos. A entidade também deve observar a aplicação dos princípios de desreconhecimento de um ativo imobilizado presentes no item 67 do CPC 27 Ativo imobilizado: 67. O valor contábil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado: (a) por ocasião de sua alienação; ou (b) quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou 3
5 alienação. 5.2 Reflexos tributários no momento do desreconhecimento dos imóveis invadidos. Partindo do pressuposto de que o desfazimento (baixa) se refere a ativo imobilizado, a baixa de item dessa natureza pode resultar na obtenção de ganho ou perda de capital, sendo tal resultado computado na determinação do lucro real, acrescido à base de cálculo no pagamento por estimativa mensal ou pelo lucro presumido, a depender do caso concreto. É dessa forma que disciplina a IN RFB nº 1.515/14, conforme observa-se em seus trechos a seguir: Art. 5º Serão acrescidos à base de cálculo, no mês em que forem auferidos, os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não compreendidas na atividade, inclusive: 3º O ganho de capital, nas alienações de bens do ativo não-circulante imobilizados, investimentos e intangíveis e de ouro não considerado ativo financeiro, corresponderá à diferença positiva verificada entre o valor da alienação e o respectivo valor contábil. Art Serão classificados como ganhos ou perdas de capital, e computados na determinação do lucro real, os resultados na alienação, inclusive por desapropriação, na baixa por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência ou exaustão, ou na liquidação de bens do ativo não circulante, classificados como investimentos, imobilizado ou intangível. Art O lucro presumido será o montante determinado pela soma das seguintes parcelas: II - os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo inciso I, auferidos no mesmo período; Ainda de acordo com o 1º, Artigo 114 da IN RFB nº 1.515/14: 1º Ressalvadas as disposições especiais, a determinação do ganho ou perda de capital terá por base o valor contábil do bem, assim entendido o que estiver registrado na escrituração do contribuinte, diminuído, se for o caso, da depreciação, amortização ou exaustão acumulada e das perdas estimadas no valor de ativos. Além disso, fica o contribuinte sujeito a comprovar, por meio da forma estabelecida nas leis comerciais e fiscais (nota fiscal, contrato etc.), ou seja, documentação hábil e idônea, a depender do caso concreto, os lançamentos contábeis efetuados por ocasião da baixa do ativo imobilizado, assim como a sua efetiva saída do patrimônio da pessoa jurídica. Senão: ACÓRDÃO Nº de 29 de Abril de 2003 Órgão: Delegacia da Receita Federal de Julgamento no Rio de Janeiro I / 3a. Turma ALIENAÇÃO.BAIXA DE BENS DO ATIVO PERMANENTE. O custo das baixas do imobilizado por obsolescência ou por alienação só é dedutível se respaldado por documentação hábil. Em se tratando de PIS/Pasep e Cofins, caso o desfazimento do imóvel classificado no ativo imobilizado implique na obtenção de receita, mesmo que ele tenha sido reclassificado para o ativo circulante com intenção de venda, entende-se que não implicaria na incidência de tais contribuições, haja vista que se refere à receita não integrante de suas bases de cálculo. A eventual apropriação de créditos de PIS/Pasep e Cofins sobre edificações deve ser cessada no momento da baixa do bem. 4
6 5.3 Lançamentos contábeis. Ao final de cada exercício, ou quando existir indícios de perda de valor, a empresa deve proceder à avaliação da recuperabilidade de seus ativos. Os lançamentos contábeis da empresa relativos à redução do ativo imobilizado ao seu valor recuperável são os seguintes: D Provisão para redução ao valor recuperável do ativo (Conta de resultado Devedora). C - Redução ao valor recuperável do ativo (Conta patrimonial de natureza Credora). 5.4 Evidenciação nas Demonstrações Contábeis Considerando que a entidade deve julgar a adequação da apresentação de contas adicionais separadamente com base na avaliação da natureza e liquidez dos ativos e da função dos ativos na entidade, entendemos que a apresentação de tais ativos no subgrupo do ativo imobilizado, líquidos da provisão para redução ao valor recuperável, é uma apresentação adequada. 6. Requisitos Mínimos Operacionais Inventario físico dos ativos importante para identificar, individualmente as informações sobre: i) Valor de aquisição e acréscimos posteriores, bem como o valor da respectiva depreciação, exaustão ou amortização acumulada dos bens; ii) Manter o controle físico e contábil sobre os ativos conciliados. Avaliação do valor recuperável Para determinação da vida útil econômica e, em caso de identificação de obsolecência, determinar o valor de mercado que será base para recuperabilidade. Parecer jurídico sobre a probabilidade de sucesso em processo de reintegração de posse com base em um parecer jurídico, a Empresa poderá determinar a existência algum valor recuperável. 5
7 MEMBROS DO COMITÊ DE ORIENTAÇÕES TÉCNICAS Caio Eduardo Silva Mulatinho Coordenador Geral do GTCon Estatais e Presidente do Cotec Rodrigo Gayger Amaro Representante da SCGE no GTCon Estatais Carlos Alberto de Miranda Medeiros Representante da CGE no GTCon Estatais Manoel de Lima Barbosa Representante das estatais independentes no Cotec José Adelino dos Santos Neto Representante das estatais dependentes no Cotec EQUIPE TÉCNICA Dimmitre Morant de Vieira Gonçalves Pereira Gerente do Projeto de Convergência José Augusto de Medeiros Monteiro Coordenador Técnico do GTCon Estatais Laura Araújo Leal Assessora Técnica do GTCon Estatais Marcelo Victor José de Barros Ribeiro Assessor Técnico do GTCon Estatais 6
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