Roger Engroff Guimarães

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1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA Roger Engroff Guimarães RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA Ijuí, RS, 2017

2 Roger Engroff Guimarães RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA Relatório de Estágio Curricular Supervisionado na área de Reprodução, Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais apresentado ao curso de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário. Orientadora: Prof.ª. Dra. Roberta Carneiro da Fontoura Pereira Ijuí, RS, 2017

3 Roger Engroff Guimarães RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO Relatório de Estágio Curricular Supervisionado na área de Reprodução, Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais apresentado ao curso de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário. Aprovado em 18 de novembro de 2017: Roberta Carneiro da Fontoura Pereira, Dra. (UNIJUI) (Orientadora) Felipe Libardoni, Dr.(UNIJUI) (Banca) Ijuí, RS, 2017

4 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradecer a Deus por sempre me acompanhar e proteger a minha vida. Aos meus pais e familiares por me proporcionar a oportunidade de realizar uma graduação, por sempre me apoiar e incentivar para que nunca desistir dos meus sonhos, sem medir esforços para que eu conseguisse superar momentos de dificuldades. Aos professores, mestres e doutores desta instituição pelos ensinamentos, conhecimento técnico e teórico para a vida profissional. A todos os médicos veterinários aos quais tive a oportunidade de acompanhar durante o período acadêmico, pelas experiências e oportunidades as quais me proporcionaram ensinamentos e conhecimentos técnicos repassados pelos mesmo sempre com o máximo de emprenho e atenção, paciência e dedicação para que eu aproveitasse ao máximo cada experiência. A todos amigos, colegas e pessoas as quais pude conhecer melhor, e assim fazer novas amizades durante meu período de formação, agradecendo também a troca de conhecimentos, trabalhos em grupo e a ajuda entre os colegas quando estudávamos. Tenho a plena certeza que as amizades aqui adquiridas vão durar para sempre.

5 RESUMO RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS AUTOR: Roger Engroff Guimarães ORIENTADORA: Prof.ª. Dra. Roberta Carneiro da Fontoura Pereira Data e Local da Defesa: 18 de novembro de 2017 O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária (ECSMV), foi realizado na Cooperativa Tritícola de Espumoso, no município de Espumoso-RS, no período de 24/07/2017 a 25/08/2017, totalizando 150 horas, tendo a supervisão do Médico Veterinário Claudio Gomes Antunes e orientação da Prof.ª. Dra. Roberta Carneiro da Fontoura Pereira. A Cotriel se dedica a atendimentos clínicos e cirúrgicos, visitas técnicas e fomento na área de reprodução animal. Durante o período de estágio foram realizadas atividades ligadas ao manejo nutricional, controle reprodutivo e status sanitário de rebanhos, atendimentos a casos clínicos e intervenções cirúrgicas em bovinos de corte e de aptidão leiteira. Nesse relatório serão descritos e discutidos dois casos, um de torção uterina seguido de cesariana em fêmea bovina de raça holandesa e um de prolapso uterino em fêmea bovina sem raça definida. No decorrer do estágio foi possível verificar a importância desta etapa na formação acadêmica, pois possibilitou vivenciar na prática o conhecimento adquirido durante a graduação, além de abranger as diversas áreas de atuação do Médico Veterinário na área de reprodução, clínica médica e cirúrgica de grandes animais. As demais atividades acompanhadas no ECSMV serão apresentadas na forma de tabelas. Palavras-chave: Bovinocultura de leite. Bovinocultura de corte. Visitas técnicas. Fomento em reprodução.

6 ABSTRACT SUPERVISED CURRICULAR INTERNSHIP REPORT IN VETERINARY MEDICINE- AREA OF SURGERY MEDICAL CLINICS OF LARGE ANIMALS. AUTHOR: Roger Engroff Guimarães ADVISOR PROFESSOR: Prof.ª. Dra. Roberta Carneiro da Fontoura Pereira Date and Place of the Defense: 18th of November, 2017 The supervised curricular internship in Veterinary Medicine (SCIVM), was carried out at Cooperativa Tritícola of Espumoso, in the municipality of Espumoso, RS, within the period of July 24th, 2017 to August 25th, 2017, adding up to 150 hours, having the supervision of the Veterinary Doctor Claudio Gomes Antunes and the orientation of the PhD Roberta Carneiro da Fontoura Pereira. Cotriel has dedicated to clinical attendings, surgical treatments, technical visits and develpoment on the animal reproduction area. During the internship period, they were carried out activities concerning nutricional management, reproductive control, sanitary status of herds, attendings of clinical cases and surgical interventions into beef cattles and of dairy aptitude. On this report they will be described and discussed two cases, one of them with uterine torsion followed by cesarean in female cattle of the Holstein breed and another one of having uterine prolapse in female cattle with no defined breed. During the internship it was possible to verify the importance of such stage on the academic education, since it was allowed to enlarge the knowledge and also living the practice of the knowledge acquired with the literature studied on the graduation classes, besides including the several performing areas of a Veterinary Doctor, such as reproduction, medical clinics and surgery of large animals. The other activities followed on the SCIVM will be presented on chart pattern. Key words: Dairy Cattle. Beef Cattle. Technical Visits. Reproduction Development.

7 LISTA DE ABREVIATURAS ECSMV Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária Kg Quilogramas Mg Miligramas Ml Mililitros SRD Sem raça definida UI Unidade internacional % Porcentagem ECC Escore de condição corporal nº Número ºC Graus celsius BPM Batimentos por minutos FR Frequência respiratória MPM Movimento por minuto SID Uma vez ao dia Marca registrada

8 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Resumo das atividades acompanhadas durante o ECSMV, na área de Reprodução, Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais. No município de Espumoso, RS, no período de 24 de julho a 25 de agosto de Tabela 2 - Atendimentos clínicos em bovinos acompanhados durante o ECSMV na área de Reprodução, Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais. No município de Espumoso, RS, no período de 24 de julho a 25 de agosto de Tabela 3 - Atendimentos cirúrgicos em bovinos acompanhados durante o ECSMV na área de Reprodução, Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais. No município de Espumoso, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de Tabela 4 - Atividades relacionadas à reprodução em fêmeas bovinas acompanhados durante o ECSMV na área de Reprodução, Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais. No município de Espumoso, RS, no período de 24 de julho a 25 de agosto de Tabela 5 - Atendimentos obstétrico, visitas técnicas e fomento em reprodução em bovinos acompanhados durante o ECSMV na área de Reprodução, Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais. No município de Espumoso, RS, no período de 24 de julho a 25 de agosto

9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS RELATO DE CASO TORÇÃO UTERINA SEGUIDA DE CESARIANA EM UMA FÊMEA BOVINA DE RAÇA HOLANDESA Introdução Metodologia Resultado e discussão Conclusão Referências Bibliográficas RELATO DE CASO PROLAPSO UTERINO SEGUIDO DE HIPOCALCEMIA EM UMA FÊMEA BOVINA SEM RAÇA DEFINIDA Introdução Metodologia Resultado e discussão Conclusão Referências Bibliográficas CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 28

10 1 INTRODUÇÃO A realização do Estágio Curricular Supervisionado Medicina Veterinária ocorreu na Cotriel, localizada no município de Espumoso-RS, no período de 24/07 a 25/08/2017, totalizando 150 horas, tendo a supervisão do Médico Veterinário Claudio Gomes Antunes e orientação da Prof.ª Drª. Roberta Carneiro da Fontoura Pereira. A Cotriel nasceu das aspirações e dos ideais de um grupo de agricultores, em Nos dias atuais, ela compreende mais de associados e um patrimônio líquido que a coloca entre as maiores cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul, gerando empregos diretos. A cooperativa conta com 12 unidades de beneficiamento e armazenamento, tendo como finalidade a prestação de serviços de assistência técnicas aos seus associados. Durante as atividades desenvolvidas no estágio constituíram-se em acompanhamento das rotinas de campo como, atendimentos clínicos e cirúrgicos, diagnósticos de gestação por palpação retal e ultrassonografia, manejo nutricional e visitas técnicas. Devido a rotina intensiva de atendimentos clínicos realizados pelo Médico Veterinário Claudio Gomes Antunes na área de bovino de leite e corte, na qual ele realizava visitas técnicas e fomento em reprodução, decidi então realizar ECSMV nesta região, por ser uma área de forte bacia leiteira e pecuária, e consequentemente isso me traria uma boa experiência nestas atividades por haver uma grande ocorrência de casos clínicos, cirúrgicos e fomento em reprodução na área de clínica médica e cirúrgica de grandes animais. O estágio teve como objetivo a interação e a troca de conhecimentos teóricos adquiridos, e a aplicação prática dos mesmos, acompanhando a evolução dos casos clínicos e cirúrgicos atendidos durante o ECSMV e acompanhar as condutas clínicas mais utilizadas pelo veterinário naquela região. O ECSMV é uma disciplina que oportuniza e contribui para formação de futuros Médicos Veterinários, na qual prepara os alunos para construção de uma conduta ética e profissional. O presente relatório apresenta a rotina da Cotriel acompanhada durante o estágio curricular desta forma, optou-se por descrever e discutir dois casos, um de torção uterina seguido de cesariana em fêmea bovina de raça holandesa e um de prolapso uterino em fêmea bovina sem raça definida.

11 2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS As principais atividades desenvolvidas durante o ECSMV, na área de reprodução, clínica médica e cirúrgica de grandes animais apresentadas na Tabela 1. As descrições de cada atividade realizada estão especificadas nas Tabelas de 2 a 5. Tabela 1 - Resumo das atividades acompanhadas durante o ECSMV, na área de Reprodução, Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais. No município de Espumoso, RS, no período de 24 de julho a 25 de agosto de 2017 Resumo das atividades Total % Diagnóstico de gestação através da palpação retal Fomento em reprodução ,4% 20,2% Atendimentos clínicos Atendimento cirúrgico Atendimento obstétrico Assistência técnica ,2% 4,6% 2% 0,6% Total Tabela 2 - Atendimentos clínicos em bovinos acompanhados durante o ECSMV na área de Reprodução, Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais. No município de Espumoso, RS, no período de 24 de julho a 25 de agosto de 2017 Procedimento Total % Hipocalcemia Suspeita de tristeza parasitária bovina Retenção de placenta Mastite clinica Cetose Pneumonia ,75% 12,5% 10% 8,75% 7,75% 7,75% Casqueamento preventivo 5 6,25% Diarreia 5 6,25% Acidose metabólica 5 6,25% Mastite subclínica 5 6,25% Parto distócico Aborto Timpanismo gasoso ,75% 3,75% 2,5% Total

12 11 Tabela 3 - Atendimentos cirúrgicos em bovinos acompanhados durante o ECSMV na área de Reprodução, Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais. No município de Espumoso, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017 Procedimento Total % Orquiectomia bilateral em bovinos Deslocamento de abomaso à esquerda ,2% 13% Prolapso uterino em bovinos Torção uterina seguida de cesariana Laparotomia exploratória em bovino % 4,35% 4,35% Total Tabela 4 - Atividades relacionadas à reprodução em fêmeas bovinas acompanhados durante o ECSMV na área de Reprodução, Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais. No município de Espumoso, RS, no período de 24 de julho a 25 de agosto de Procedimento Total % Diagnóstico de gestação através da palpação retal % Total Tabela 5 - Atendimentos obstétrico, visitas técnicas e fomento em reprodução em bovinos acompanhados durante o ECSMV na área de Reprodução, Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais. No município de Espumoso, RS, no período de 24 de julho a 25 de agosto. Procedimento Total % Fomento em reprodução Atendimento obstétrico Visita técnica ,5% 8,8% 2,6% Total

13 3 RELATO DE CASO TORÇÃO UTERINA SEGUIDA DE CESARIANA EM UMA FÊMEA BOVINA DE RAÇA HOLANDESA Roger Engroff Guimarães; Roberta Carneiro da Fontoura Pereira; Claudio Gomes Antunes Introdução A torção uterina, em bovinos, ocorrida anteriormente ao parto, que é uma das causas de distocia importante nesta espécie. Colocando em risco a vida do bezerro e da vaca, pois dificilmente o útero torcido consegue voltar a sua posição anatômica normal sem intervenções e o parto prosseguir normalmente (RAKULJIC-ZELOV, ZADNIK, 2002). As fêmeas ruminantes são as mais acometidas, devido aos fatores predisponentes, como, as características anatômicas da pelve, idade avançada e hábitos comportamentais tais como, saírem da posição anatômica de descanso, ficando algum tempo ajoelhada sobre os anteriores, antes de se erguer, desta forma o útero segue o movimento das vísceras abdominais, ocorrendo uma diminuição da pressão intra-abdominal, facilitando a torção uterina (AGOSTINHO, J. A. S. P, 2014). Outras possíveis causas de torção uterina são: o tamanho desproporcional do feto em relação a vaca, instabilidade dos ligamentos uterinos tendo correlação ao número de parição e idade da fêmea, além da movimentação do feto na hora do parto (MOSCARDINI et al. 2010). No terço final da gestação, ocorre a diminuição do líquido amniótico ao redor do feto, podendo predispor a choques de impactos, sendo estes transmitidos ao útero ocasionando a torção uterina (PRESTES, LANDIM- ALVARENGA, 2017). Os sinais clínicos apresentados nos casos de torção uterina em fêmeas prenhes são inquietação, ansiedade, taquicardia e redução do apetite. A vaca pode apresentar relutância ao caminhar, ou se levantar e deitar frequentemente podendo agir com irritabilidade (REBHUM W. C. 2000). Fêmeas acometidas de torção uterina em fase de parição podem exibir dor abdominal subaguda ou crônica, associada a

14 13 inapetência e constipação progressiva. Nesses casos o animal acometido pode ou não manifestar sinais de trabalho de parto (ANDREWS A. H. et al. 2008). Através dos exames clínicos específicos do trato reprodutivo sendo eles, exames de palpação transretal e transvaginal consegue-se o diagnóstico, pois identifica-se o sentido da torção, se o mesmo é horário ou anti-horário. A maioria das torções em meio de gestação, são identificados somente quando o útero exceder os 180 graus de deslocamento rotacionado no eixo longitudinal (REBHUM W. C., 2000). O tratamento recomendado para torção uterina é a realização da laparotomia exploratória seguida ou não, da técnica de cesariana. Com o animal em estação, pode-se realizar bloqueio local pela técnica, paravetebral, L invertido na fossa paralombar ou o bloqueio linear na linha de incisão. (TUNER e MCILWRAITH, 2002). Em relação ao prognóstico, o tempo que o útero se mantém rotacionado é de extrema importância, para a sobrevivência do bezerro e prognóstico de vida da vaca, posteriormente a resolução da distocia. Na maioria dos casos ocorre 45% de morte dos fetos por decorrência da torção uterina, se a duração for excedente a onze horas. (RAKULJIC-ZELOV, ZADNIK, 2002). Este presente trabalho tem por objetivo, relatar um caso de torção uterina, seguida de cesariana ocorrido em uma fêmea bovina, da raça holandesa durante o ECSMV, no município de Espumoso Rio Grande do Sul Metodologia Durante o ECSMV, realizado no município de Espumoso - Rio Grande do Sul, foi realizado o atendimento de uma fêmea da espécie bovina, de raça holandesa, com aproximadamente quatro anos de idade, pesando 550 kg. Na anamnese o proprietário relatou que o animal se encontrava afastado do rebanho, inquieto desde o período da manhã e pela ficha de acompanhamento da propriedade estava com a gestação de 270 dias. No exame físico de inspeção visual, apresentou-se em decúbito esternal, observou-se, edema de vulva e relutância ao caminhar. Ao realizar o exame clínico dos parâmetros fisiológicos de frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura retal e tempo de perfusão capilar, observou-se que os mesmos estavam dentro dos parâmetros fisiológicos da espécie. Através do exame clínico específico do trato reprodutivo, utilizando a palpação transretal, verificou-se que a cérvix estava rotacionada no sentido horário. Logo após

15 14 foi realizada a palpação transvaginal, com a introdução da mão enluvada e lubrificada com carboximetilcelulose no canal vaginal, para a tentativa de reposicionar a cérvix na posição anatômica fisiológica, porém esta tentativa foi frustrada devido a torção. Desta forma, optou-se pela realização de uma laparotomia pelo flanco esquerdo seguido de cesariana. Com o animal em decúbito lateral direito, foi realizada uma tricotomia ampla na região do flanco esquerdo, seguido de uma higienização superficial com água e sabão neutro e efetuada a antissepsia de toda região com clorexidina degermante 2%. Para anestesia e controle da analgesia utilizou-se a técnica de anestesia local, utilizando 150 ml de anestésico Bravet (lidocaína 2%). E infusão intravenosa 500ml de Glicose 50% Prado, 500ml de Fortemil polivitamínico e Finador na dose de 50 mg/kg (dipirona sódica). Com um bisturi de lâmina de número 24, foi efetuada uma incisão da pele músculo oblíquo abdominal externo, oblíquo abdominal interno, transverso do abdomem e peritônio, sendo ela uma incisão magistral ventro lateral esquerda, na fossa paralombar esquerda iniciando ventralmente ao processo transverso da vértebra lombar. Após a realização da laparotomia foi identificado o útero na cavidade abdominal. Por meio da palpação uterina realizou-se a correção da torção, em seguida chegou-se aos membros pélvicos do feto, tracionando está região do útero o mais perto possível da incisão da pele, para realizar a incisão uterina, efetuando a extração do feto. Na retirada do feto, contatou-se que o mesmo estava morto. Em seguida foi realizada a exposição do útero para efetuar a primeira linha de sutura, com o fio categute de nº 4.0, pela técnica de sutura de cushing, seguida da segunda linha de sutura com o fio categute de nº 4.0 em sutura simples continua. Posteriormente foi realizado o fechamento da cavidade abdominal suturando o peritônio, com fio categute de nº 4.0 em sutura continua simples, camada muscular e subcutâneo sutura de sultan em x e para aproximação da pele, foi utilizado o fio de nylon de nº 0 com sutura wolf. No pós-operatório foi utilizado anti-inflamatório o Flunamine a base de Flunixin meglumine durante 3 dias na dose de 1,1 mg/kg, pela via intramuscular profunda. Antibioticoterapia consistiu na utilização do Kinetomax a base de Enrofloxacina durante, 3 dias na dose de 7,5 mg/kg, pela via intramuscular profunda, e foi realizado aplicação de Sicrocio na dose de 0,5 mg cloprostenol sódico e ECP na dose de 10 mg de cipionato de estradiol, via intramuscular profunda, com objetivo de evitar a

16 15 retenção de placenta. Foi realizado o acompanhamento do caso semanalmente até a retirada dos pontos quinze dias após a cirurgia Resultado e discussão No período de gestação qualquer patologia pode afetar o desempenho reprodutivo, refletindo diretamente nas taxas produtivas de um rebanho, as distocias têm se tornado alvo de estudos, já que resultam em prejuízos econômicos para o produtor. A torção uterina é caracterizada como uma emergência obstétrica, sendo uma causa comum de distocia que acomete os ruminantes, especialmente vacas leiteiras, podendo resultar em morte do feto e da mãe se não for realizado um diagnóstico e tratamento precoce (RODRIGUES. ME. B et al., 2016). Neste caso foi realizado o atendimento de uma fêmea da espécie bovina, de raça holandesa que apresentava sinais condizentes com trabalho de parto a algumas horas, sobre suspeita de distocia. As fêmeas que apresentam partos distócicos, podem apresentar sinais clínicos como, inquietação, deitar-se e levantar frequentemente. (SMITH, BRADFORD. P. 2006). Os sinais clínicos evidenciados pela fêmea bovina foram: relutância em caminhar, edema de vulva e corrimento vaginal, não apresentando alterações nos parâmetros fisiológicos de temperatura retal e batimento cardíaco. Moscardini et al (2010) descrevem os mesmos sinais clínicos para fêmeas bovinas com partos distócicos. A fêmea com torção uterina pode agir com irritabilidade, na medida com que a afecção progride, pode provocar anorexia, taquicardia e cólicas (REBHUM W. C. 2000). No caso descrito a fêmea apresentou-se em decúbito esternal, com edema de vulva, relutância ao caminhar, porém não apresentou alterações como: excitação, taquicardia e cólicas. O exame por palpação retal nos permite o diagnóstico definitivo da torção uterina, além da precisão do sentido da mesma, se é no sentido horário ou antihorário, sendo que a maioria das torções em vacas prenhes é de mais de 180 graus fazendo assim que puxe o ligamento largo esquerdo sobre a parte superior do trato reprodutivo denominada torção horária ou direita (REBHUM W. C. 2000). No caso descrito foi diagnosticada a torção uterina cervical no sentido horário através da palpação retal, de acordo com Grunert et al. (1977) a dois locais onde pode-se ocorrer

17 16 a torção uterina, na região pré-cervical que é menos comumente relatada, e na região cervical com maior casuística em bovinos. A correção desta patologia pode ser feita de modo cirúrgico por laparotomia exploratória com ação manual direta sobre o útero e feto, realizando a correção da torção, seguido de cesariana ou não, outro procedimento pode ser manipulação vaginal agindo sobre o feto, ou por método de rolamento da fêmea no sentido oposto ao da torção (PRESTES, LANDIM-ALVARENGA, 2017). De acordo com o insucesso dos procedimentos preliminares de correção da distocia, visando a saúde e sobrevivência da vaca e o bem estar animal, a técnica escolhida foi de laparotomia exploratória seguido de cesariana. Tuner e Mcilwraith (2002) recomendam que para realização da técnica de cesariana o animal esteja devidamente contido, na região cirúrgica seja efetuada uma tricotomia ampla seguida da realização de uma antissepsia da região a ser acessada. Com o animal em estação, pode-se realizar bloqueio local pela técnica, paravetebral, L invertido ou o bloqueio linear. No caso relatado utilizou-se a técnica paravertebral de L invertido, pela facilidade de execução do procedimento, porém a fêmea não permaneceu em estação, sendo realizado todo o procedimento em decúbito lateral direito. Optou-se então pela realização de uma anestesia local, utilizando 150 ml de anestésico Bravet a base de cloridrato de lidocaína 2% com adrenalina a qual tem função de vasoconstritor. Para Purohit et al., (2011), a lidocaína 2% é o anestésico local, mais utilizado para o bloqueio local, na qual a quantidade de anestésico local a ser injetada dependerá da extensão da linha de incisão cirúrgica. A incisão realizada ventro lateral esquerda na fossa paralombar, de aproximadamente 30 cm, está de acordo com o que relata (TUNER e MCILWRAITH 2002). No caso realizou-se uma incisão magistral ventro lateral esquerda, na fossa paralombar esquerda iniciando ventralmente ao processo transverso da vértebra lombar. Purohit et al. (2011) descreve que após a identificação do útero, efetua-se a alocação do mesmo na sua posição anatômica normal. No caso, após a realização da laparotomia foi identificado o útero na cavidade abdominal, por meio da palpação uterina realizou-se a correção da torção, em seguida chegou-se aos membros pélvicos do feto, tracionando esta região do útero o mais perto possível da incisão da pele, para realizar a incisão uterina, efetuando a extração do feto. Tuner e Mcilwraith

18 17 (2002) relatam que o cirurgião deve manipular a região uterina que contém o feto, realizando a exteriorização desta região, preconizando efetuar a incisão sobre os membros pélvicos ou torácicos do feto. No caso acompanhado, o cirurgião conseguiu efetuar a exteriorização da região uterina para realizar a incisão, assim facilitando a remoção do feto, e evitando a contaminação da cavidade abdominal. A morte fetal devido a hipóxia são mais encontrados em casos prolongados de torção uterina podem também apresentar necrose uterina pelo comprometimento vascular da região e consequentemente morte da fêmea gestante por choque séptico (REBHUM W. C. 2000). Em relação ao caso atendido, na retirada do feto, constatouse que o mesmo estava morto, porém a fêmea apresentou uma melhora clínica favorável. Posteriormente foi realizada a exposição do útero para efetuar a primeira linha de sutura, com o fio categute de nº 4.0, pela técnica de sutura de cushing, em seguida a segunda linha de sutura com o fio categute de nº 4.0 em sutura simples continua divergindo com Tuner e Mcilwraith (2002), na qual indicam que a sutura uterina deve ser realizada com a técnica de Utrecht, para evitar aderência do útero as vísceras na cavidade abdominal e para produzir uma melhor cicatrização. Para realizar o fechamento da cavidade abdominal suturando peritônio, com fio categute de nº 4.0 em sutura continua simples, camada muscular e subcutâneo sutura de sultan em x e para aproximação da pele, foi utilizado o fio de nylon de nº 0 com sutura wolf. Segundo Tuner e Mcilwraith (2002) o fechamento da cavidade, na primeira linha de sutura e segunda linha de sutura, se recomenda a utilização do fio categute de n 2.0 ou 3.0 pela a técnica de sutura continua simples. Para realização da aproximação de pele utilizou-se o fio de nylon de n 0, com a técnica de sutura Wolf, discordando com Tuner e Mcilwraith (2002) recomendam para os pontos de pele a utilização do fio de sutura caprolactam polimerizado e como sutura de pele continua ancorada para redução do espaço morto entre pele e subcutâneo. No pós-operatório foi utilizado anti-inflamatório a base de Flunixin meglumine durante 3 dias na dose de 1,1 mg/kg, pela via intramuscular profunda, para prevenir a inflamação no período pós-operatório. Andrade(2008), recomendam a utilização de uma dose de a UI/Kg, de antibióticos a base de penicilina G procaina, penicilina G benzatina e dihidroestreptromicina pela via intramuscular, SID, por 5 dias. Neste caso foi utilizado Antibiocoterapia a base de enrofloxacina durante, 3 dias na dose de 7,5 mg/kg, pela via intramuscular profunda, e foi realizado aplicação de

19 18 Sicrocio na dose de 0,5mg/kg (Prostaglandina) e ECP na dose de 10 mg/kg (Cipionato de estradiol) intramuscular profunda, tendo como objetivo a prevenção da infecção e retenção das membranas fetais. Sendo realizado o acompanhamento do caso semanalmente até a retirada dos pontos quinze dias após a cirurgia. Tuner e Mcilwraith (2002) recomendam como conduta pós-operatória a utilização dos antibióticos de amplo aspecto, associado a ocitocina intramuscular. Os autores indicam também, que a remoção dos pontos de sutura da pele sejam realizados de 10 a 14 dias após a cirurgia. No caso especifico não utilizou-se ocitocina Conclusão A técnica de laparotomia exploratória pelo flanco esquerdo seguida de cesariana, para correção da torção, demonstrou resultado satisfatório para resolução do caso clínico, preservando a vida da fêmea bovina, porém o feto estava morto Referências Bibliográficas AGOSTINHO, J. A. S. P. Mestrado Integrado em Medicina Veterinária/Ciências Veterinárias. Torção Uterina em Vacas na Ilha de São Miguel. Universidade de trásos-montes e alto douro. Vila Real, ANDRADE, S. F. Manual de terapeutica veterinaria. 3. ed. São Paulo: Roca, ANDREWS, A. H. et al. (Orgs.). Medicina bovina: doenças e criação de bovinos. Tradução de Paulo Marcos Agria de Oliveira. 2. ed. São Paulo: Roca, GRU NERT, Eberhard; BOVE, Sylvio; STOPIGLIA, Angelo. Manual de obstetrícia veterinária. 3 ed Porto Alegre. Sulina, p , MOSCARDINI, Augusto Ricardo Coelho et al. Torção de útero em vaca nelore - Relato de caso. Ciência Animal Brasileira, v. 11, n. 2, p , PRESTES, N. C., ALVARENGA, F.C.L Obstetrícia veterinária. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, PUROHIT, Govind Narayan et al. Maternal dystocia in cows and buffaloes: a review. Open journal of Animal sciences, v. 1, n. 02, p. 41, RAKULJIC-ZELOV, S.; ZADNIK, T. Haematologiacal and biochemical profile of cows affected with uterine torsio. Slovenian Veterinary Research, v. 39, n.1, p , 2002.

20 19 REBHUM, W. C. Doenças do gado leiteiro. Contribuição do capitulo 15 por Chuck Guard; ilustrações editora de Carolyn M. Richards; tradução Paulo Marcos Agria de Oliveira. São Paulo: Roca, RODRIGUES. ME. B et al. Revisão de literatura / Produção de Grandes Animais / Torção Uterina em Ruminantes. Revista investigação medicina veterinária, SMITH, BRADFORD. P. Medicina interna de grandes animais. 3. ed. Barueri: Manole, TURNER, A. S, MCILWRAITH, C. W. Cirurgia Urogenital do Bovino: Técnicas cirúrgicas em animais de grande porte. São Paulo: Roca Ltda. p

21 4 RELATO DE CASO PROLAPSO UTERINO SEGUIDO DE HIPOCALCEMIA EM UMA FÊMEA BOVINA SEM RAÇA DEFINIDA Roger Engroff Guimarães; Roberta Carneiro da Fontoura Pereira; Claudio Gomes Antunes Introdução O prolapso uterino é o movimento de eversão do órgão, e assim se exteriorizando pelos lábios vulvares. Sendo que muitas vezes o útero pode dobrar-se sem surgir pela vulva e ser de difícil diagnóstico, com cura espontânea ou ocorrer a necrose de algum segmento dos cornos uterinos (PRESTES, LANDIM-ALVARENGA, 2017). Esta patologia reprodutiva ocorre com frequência nas espécies domésticas e possui vários fatores, sendo determinantes pra o acontecimento, podendo destacar: hipocalcemia, parto distócico e a ingestão de plantas estrogênicas. Sendo que a flacidez e a distenção excessiva do útero também são condições predisponentes (ZACHARY J. F, MCGAVIAN. M. D, 2009). A ocorrência do prolapso uterino é mais comum em bovinos e pequenas ruminantes, tem como fator predisponente o decúbito como consequência da paralisia dos membros pélvicos e/ou torácicos, além disso o confinamento, a falta de exercícios, tração excessiva do feto em casos de distocia, manipulação nos casos de retenção da placenta e qualquer causa que predisponha a atonia uterina (KAHN C. M, 2008). Os prolapsos no período puerperal ocorrem geralmente após algumas horas do parto podendo chegar até 24 horas. (REBHUM W. C, 2000). Os sinais clínicos observaveis são aumento de volume e tamanho variável na região caudal, expondo o endométrio uterino que dificilmente sera confundido com outras afecções. Em relação ao tempo de exposição e evolução, é possível identificar graus variáveis de edema, bem como a desvitalização, lesões e escoriações superficiais ou profundas, corpos estranhos aderidos e fezes. Devido ao atrito da cauda e do solo com o orgão, pode ocorrer rompimento dos placentomas e hemorragia (PRESTES, LANDIM-ALVARENGA, 2017).

22 21 O diagnóstico desta patologia é realizado pela identificação do endométrio exposto de um corno ou ambos os cornos uterinos, placentomas ou até mesmo a placenta, com coloração avermelhada na região caudal (PRESTES, LANDIM- ALVARENGA, 2017). O tratamento do prolapso uterino é uma das emergências na clínica de bovinos, a intervenção deve ser rápida para torna o prognóstico favorável (REBHUM W. C, 2000). Na maioria dos casos quando a terapêutica é eficaz, possibilita a sobrevivência do animal porém quanto à fertilidade futura desta fêmea, o prognóstico é reservado (PRESTES, LANDIM-ALVARENGA, 2017). Este trabalho tem como objetivo, relatar um caso de prolapso uterino em uma fêmea bovina sem raça definida, durante o ECSMV, no município de Espumoso Rio Grande do Sul Metodologia Durante o ECSMV, realizado no município de Espumoso Rio Grande do Sul, foi realizado o atendimento de uma fêmea da espécie bovina sem raça definida, com aproximadamente 3 anos de idade, pesando 350kg. Na anamnese o proprietario relatou que o animal havia parido um bezero macho vivo, de grande porte, porém apresentou uma anormalidade na região caudal, aumento de volume de cor avermelhada. Ao realizar o exame físico geral, na inspeção visual observou-se o animal em decúbito esternal em uma área de pastagem, sendo que este animal estava em terminação para abate, ao se aproximar-se a fêmea levantou-se apresentando relutância para caminhar, voltando a ficar em decúbito esternal com o tecido prolapsado de cor avermelhada na região vulvar. Na realização do exame clínico verificou-se os parametros fisiológicos onde foi constatado frequência cardiaca de 70 batimentos por minutos (bpm) frequêcia respiratória de 15 movimentos por minutos (mpm) temperatura retal de 38,0ºC. Com a realização do exame clínico específico da região caudal do animal, identificou-se a anatomia do órgão exposto caracterizando prolapso uterino e suspeita de hipocalcemia puerperal. O animal não apresentava alterações sistêmicas e nem lesões teciduais que prejudicasse a viabilidade do tecido prolapsado.

23 22 Com o animal em decúbito lateral esquerdo foi realizado a higienização do útero com água corrente a temperatura ambiente, com objetivo de retirada do excesso de sujidades e redução do edema do orgão logo após foi realizado a antissepsia de toda a região caudal com clorexidine degermate 2%. Enquanto o Médico Veterinário realizava a lavagem era aplicado Fortemil polivitaminico, Calfon composição 20g/100ml de gluconato de clacio na dose de 1g de cálcio para cada 45kg e para analgesia, Finador na dose de 50 mg/kg de dipirona sodica, por via intravenosa. Posteriormente foi realizado aplicação de açucar na mucosa prolapsada e após isso lavou-se novamente o útero para que fosse reintroduzido de forma mais asséptica possível, em seguida reposicionar o orgão na sua posição anatômica e logo após realizado a sutura da vulva, com agulha em S e fita palstica, efetuou-se a sutura transpassando na fita plástica em ponto wolf ao longo da vulva em sentido horizontal o fio utilizado foi naylon Nº 0 duplo. Em seguida foi realizado a higienização com água corrente em toda região vulvar. No pós operatório foi utilizado como antibioticoterapia o Tetrabac a base de oxitetraciclina na dose de 20 mg/kg e antiflamatório o Flunamine a base de flunixin meglumine na dose de 1,1 mg/kg ambos, dose única e por via intramuscular profunda. Foi realizado o monitoramento do caso, para observar se não iria ocorrer recidiva do prolapso. Após 15 dias da intervenção cirúrgica, observou que não havia edema de vulva, procedeu-se então a retirada dos pontos não ocorrendo a recincidiva do prolapso uterino Resultado e discussão O prolapso uterino na maioria dos casos é acompanhado de hipocalcemia, em consequência da falta de tônus muscular e em partos distócicos, geralmente ocorrendo dentro das primeiras setenta e duas após o parto, deve-se considerar como uma emergência, sendo recomendado a terapia intravenosa imediata (SMITH, 2006). Smith (2006) classifica os sinais cínicos da hipocalcemia em três estágios clínicos distintos, no primeiro estágio o animal ainda é capaz de se manter em estação, mas pode apresentar sinais de incoordenação e tremores musculares. Em casos de não administrar a terapia de suporte com cálcio, o animal poderá apresentar sinais mais graves já condizentes ao segundo estágio de hipocalcemia. Segundo Smith (2006) os sinais característicos do segundo estágio são: incapacidade do animal em

24 23 manter-se em estação, permanecendo em decúbito esternal com a cabeça voltada para o flanco, anorexia e alterações cardíacas. Acredita-se que o animal manifestou sinais característicos com os descritos pelo autor, pois apresentou-se em decúbito esternal com relutância ao caminhar, em relação aos parâmetros fisiológicos não manifestou alterações. Se assim prosseguir ao terceiro estágio da hipocalcemia, os sinais clínicos tornam-se mais graves. Smith (2006) descreve a ocorrência de flacidez muscular completa, o animal apresenta-se em decúbito lateral sendo incapaz de permanecer em decúbito esternal e não apresenta respostas a estímulos. O animal não se enquadra neste estágio, pois respondia ao estímulos e apresentava-se em decúbito esternal. Para o tratamento da hipocalcemia puerperal recomenda-se infusão intravenosa de gluconato de cálcio, na dosagem de 1g de cálcio para cada 45Kg (SMITH, 2006). A dosagem de cálcio venoso administrada pelo veterinário no animal foi um pouco acima do recomendado na literatura, foi aplicado 8,3g de cálcio. O gluconato de cálcio contém 8,3% de cálcio, considerando um animal de 350Kg, deveria ter sido aplicado 7,7g. Apesar da dose administrada ter sido um pouco elevada não ocassionou alterações fisiológicas no animal, como taquicardia e consequentemente parada cardiaca e morte do animal. Posteriormente foi administrado polivitamínico e 50 mg/kg de dipirona sódica, pela via intravenosa para a analgesia. O prolapso uterino tem como caracteística a sua contaminação com sujiades. Os casos de sangramento são comuns a partir de lesões de exposição dos placentomas ou no endométrio. Se a fêmea afetada ficar em pé e andar, o órgão pendurado na região dos jarretes e pode ser esticado, traumatizado ou lacerado á medida que entra em choque com a região dos membros posteriores (REBHUM W. C. 2000). No atendimento foi observado a presença de corpos estranhos oriundos do ambiente, entretanto, não apresentava lesões ou áreas de necrose, tornando assim a mucosa uterina viável para que fosse recolocada em sua posição anatômica normal. Concordando com Smith (2006) imediatamente após o prolapso, os tecidos apresentam pequenas alterações, todavia, em poucas horas a mucosa pode dilatarse e tornar-se edematosa. Terra (2006) afirma que os valores dos parâmetros fisiológicos para a espécie bovina de temperatura retal são de 38,0ºC a 39,0ºC, frequência respiratória de 10 a 30 movimentos respiratórios por minuto e frequência cardiaca de 60 e 80 batimentos

25 24 por minuto. Na realização do exame clínico verificou-se os parâmetros fisiológicos estavam de acordo com os valores de referência para a espécie. Com a realização do exame clínico específico da região caudal do animal, identificou-se a anatomia do órgão exposto que caracteriza então o prolapso uterino. O animal não apresentava alterações sistêmicas e nem lesões teciduais que prejudicasse a viabilidade do tecido prolapsado. Segundo Hellú (2015) se o animal apresentar alterações sistêmicas, ou inflamação do tecido prolapsado, é recomendado que seja efetuado um tratamento medicamentoso parenteral, com higienização para diminuir a inflamação, antes de realizar o reposicionamento do tecido prolapsado a sua posição anatômica. Em relação ao procedimento pode se iniciar com anestesia epidural, antissepsia local, reposicionamento do útero na cavidade abdominal e sutura da vulva, para que o mesmo regrida e não ocorrer uma reincidiva (WOLF, A et al. 2007). Neste caso, com o animal posicionado em decúbito lateral esquerdo foi realizado a higienização do útero com água corrente, com objetivo de retirada do excesso de sujidades e redução do edema do órgão, e realizado a aplicação do açúcar, para que ocorra a ativação de seu poder higroscópio e bactericida, sendo útil no auxílio da redução do edema do tecido prolapsado, eliminação de bactérias que contariam o órgão e após lavar para ser reintroduzindo de forma asséptica. Smith (2006) afirma que a ação deste componente quando administrado livremente no útero tem seu valor limitado. Em seguida foi reposicionado o útero cuidadosamente de forma lenta, gradual e manualmente, em sua posição anatômica normal, realizando se então uma sutura na região da vulva na forma de U deitado (técnica de Flessa modificada). Para a realização da sutura da vulva, se utiliza uma fita perivaginal de sutura estéril, não concordando com o caso descrito que foi utilizada uma fita de plástico não estéril para trasfixar o naylon a vulva (TUNER e MCILWRAITH, 2002). Após a sutura foi realizado a higienização com água corrente em toda região vulvar. Turner e Mcilwraith (2002) indicam a utilização da anestesia epidural para manipulação de procedimentos na região do períneo, esta técnica consiste em administrar anestésico local entre a dura-máter e o periósteo do canal espinhal (espaço epidural), na qual irá que dessensibilizará as raízes o nervo caudal após elas emergirem da dura-máter. No caso dos bovinos a injeção do agente analgésico pode ser aplicada entre a primeira e a segunda vértebra coccígeas ou no espaço sacrococcígeo, mesmo que a região anterior seja um espaço preferido por ser mais

26 25 largo e mais facilmente perceptível para a aplicação do anestésico. Neste procedimento não foi realizado anestesia epidural para gerar analgesia. No pós operatório foi utilizado antibioticoterapia a base de oxitetraciclina na dose de 20 mg/kg, com a função de previnir infecção secundarias e antiflamatório a base de flunixin meglumine na dose de 1,1 mg/kg ambos por via intramuscular profunda, com intuito de redução de edema e bloqueio das respostas inflamatorias. Após 15 dias da intervenção cirúrgica, observou que não havia edema de vulva, procedeu-se então a retirada dos pontos. Segundo Tuner e Mcilwraith (2002) nos procedimentos de sutura com a fita perivaginal indicam permanecer por tempo indeterminado. Para Silva et al., (2011) o prognóstico do prolapso uterino é favorável, mas sempre levando em consideração o tempo que o mesmo esta afetado e estado do órgão. Nos casos graves, quando o animal apresenta lesões severas tais como necrose e trombose, o prognóstico torna-se desfavorável, podendo ocorrer a morte logo após a redução do prolapso. A idade da vaca e o número de parições, juntamente com o sexo e peso do feto ao nascer são fatores importantes nos casos de prolapso (SILVA, et al., 2011). Com relação ao caso a fêmea apresentou melhora clínica sem alterações sistêmicas. A recidiva do prolapso em animais após a intervenção cirúrgica pode ocorrer, e, nestes casos, novas intervenções se fazem necessárias. Até o momento, não existe uma técnica específica que tenha pleno êxito na correção definitiva desta patologia, e abordagem a ser utilizada dependerá de cada caso, visto que as causas são geralmente multifatoriais (PRESTES, N.C. et al, 2008). No caso acompanhado não apresentou recidiva, confirmando o êxito da técnica utilizada Conclusão A correção cirúrgica do prolapso uterino apresentou um resultado satisfatório não ocorrendo recidiva do caso. Em relação ao futuro reprodutivo da fêmea primípara, o prognóstico torna-se reservado para as próximas gestações.

27 Referências Bibliográficas HELLÚ, J.A.A. Descrição de duas novas técnicas cirúrgicas para o tratamento de prolapso vaginal em vacas zebuinas: vaginectomia parcial e vaginopexia dorsal. Revista Ciencia Rural, Santa Maria. v.45, n.11, p , nov, KAHN C. M. Manual Merck de veterinaria; organizador associado Scott Line; tradução José Jurandir et al. 9. ed. São Paulo: Roca, PRESTES, N. C., ALVARENGA, F.C.L. Obstetrícia veterinária. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, PRESTES, N.C. et al Disponível em: < es%20vr3%20pag pdf>. Acesso em: 05 nov REBHUM, W. C. Doenças do gado leiteiro. Contribuição do capitulo 15 por Chuck Guard; ilustrações editora de Carolyn M. Richards; tradução Paulo Marcos Agria de Oliveira. São Paulo: Roca, SILVA, T.A. et al. Prolapso de cérvix, vagina e útero em vacas Revisão de Literatura. PUBVET, Londrina, V. 5, N. 27, Ed. 174, Art. 1176, Disponivel em: <file:///c:/users/pc/downloads/prolapso-de-cervix-vagina-e-uacuteter.pdf>. Acesso em: 05 nov SMITH, B. P. Medicina interna de grandes animais. 3. ed. São Paulo: Manole, TERRA. L R. Históricos, Exames Fisícos E Registros Dos Ruminantes. IN: SMITH. 3. ed. Barueri: Manoele, p TURNER, A. S., McILWRAITH, C. W., Técnicas cirúrgicas em animais de grande porte. São Paulo: Roca, p. WOLF, A et al Prolapso uterino parcial em bovino Dísponivel em: < file:///c:/users/pc/desktop/prolapso%20uterino%201.pdf>. Acesso em: ZACHARY J. F, MCGAVIAN. M. D. Bases da patologia veterinaria; tradução Patricia Dias Fernandes. et al. Rio de Janeiro : Elsevier, 2009.

28 5 CONCLUSÃO O ECSMV proporcionou um grande aprendizado onde com prática realizada a campo durante o estágio confrontou o conhecimento adquirido durante o percurso acadêmico, contribuindo, desta forma, para o crescimento pessoal, colaborando com os conceitos de ética e bem estar animal consolidados durante o período da gradução como acadêmico do Curso de Medicina Veterinária. Além disso, o acompanhamento da rotina da Cotriel, possibilitou identificar as principais áreas de atuação do Médico Veterinário, na área de reprodução, clínica médica e cirúrgica de grandes animais além de proporcionar o convívio com diversas pessoas, desenvolvendo a capacidade de relacionamento interpessoal com diferentes profissionais. O acompanhamento de um Médico Veterinário, expos a flexibilidade que se deve ter para a tomada de decisões sempre enfatizando a melhora da qualidade de vida dos animais. Tendo em vista que este estagio vem para contribuir com meu aprendizado teorico e pratico, que iram me auxiliar futuramente aprimorando o conhecimento que vou desenvolver durante minha vida profissional.

29 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGOSTINHO, J. A. S. P. Mestrado Integrado em Medicina Veterinária/Ciências Veterinárias. Torção Uterina em Vacas na Ilha de São Miguel. Universidade de trásos-montes e alto douro, Vila Real, ANDRADE, S. F. Manual de terapêutica veterinária. 3. ed. São Paulo: Roca, ANDREWS, A. H. et al. (Orgs.). Medicina bovina: doenças e criação de bovinos. Tradução de Paulo Marcos Agria de Oliveira. 2. ed. São Paulo: Roca, GRU NERT, Eberhard; BOVE, Sylvio; STOPIGLIA, Angelo. Manual de obstetrícia veterinária. 3 ed Porto Alegre. Sulina, p , HELLÚ, J.A.A. Descrição de duas novas técnicas cirúrgicas para o tratamento de prolapso vaginal em vacas zebuinas: vaginectomia parcial e vaginopexia dorsal. revista ciencia rural, santa maria, v.45, n.11, p , nov, KAHN C. M. Manual Merck de veterinária. Organizador associado Scott Line; tradução José Jurandir et al. 9. ed. São Paulo: Roca, MOSCARDINI, Augusto Ricardo Coelho et al. Torção de útero em vaca nelore: relato de caso. Ciência Animal Brasileira, v. 11, n. 2, p , PRESTES, N. C, ALVARENGA, F.C.L. Obstetrícia veterinária. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, PRESTES, N.C. et al Prolapso total ou parcial de vagina em vacas não gestantes: uma nova modalidade de patologia. Disponível em: < es%20vr3%20pag pdf>. Acesso em: 05 nov PUROHIT, Govind Narayan et al. Maternal dystocia in cows and buffaloes: a review. Open journal of Animal sciences, v. 1, n. 02, p. 41, RAKULJIC-ZELOV, S.; ZADNIK, T. Haematologiacal and biochemical profile of cows affected with uterine torsio. Slovenian Veterinary Research, v. 39, n.1, p , REBHUM, W. C. Doenças do gado leiteiro. Contribuição do capitulo 15 por Chuck Guard; ilustrações editora de Carolyn M. Richards; tradução Paulo Marcos Agria de Oliveira. São Paulo: Roca, RODRIGUES. ME. B et al. Revisão de literatura: Produção de Grandes Animais / Torção Uterina em Ruminantes. Revista investigação medicina veterinária, SILVA, T.A. et al. Prolapso de cérvix, vagina e útero em vacas Revisão de Literatura. PUBVET, Londrina, V. 5, N. 27, Ed. 174, Art. 1176, Disponível em: <file:///c:/users/pc/downloads/prolapso-de-cervix-vagina-e-uacuteter.pdf>. Acesso em: 05 nov 2017.

30 29 SMITH, B. P. Medicina interna de grandes animais. 3. ed. São Paulo: Manole, TERRA. L R. Históricos, Exames Fisícos e Registros Dos Ruminantes. IN: SMITH. 3. ed. Barueri: Manoele, p TURNER, A. S, MCILWRAITH, C. W, Cirurgia Urogenital do Bovino Técnicas cirúrgicas em animais de grande porte. São Paulo SP. Roca Ltda, p WOLF, A et al.. Prolapso uterino parcial em bovino Disponivel em: <file:///c:/users/pc/desktop/prolapso%20uterino%201.pdf >. Acesso em. 05 nov ZACHARY J. F, MCGAVIAN. M. D. Bases da patologia veterinaria. Tradução Patricia Dias Fernandes, et al. Rio de Janeiro : Elsevier, 2009.

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