PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO CRATO
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- Derek Fonseca Azeredo
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2 O que é? Um Plano de Desenvolvimento Social é um instrumento de definição conjunta e negociada de objectivos prioritários para a promoção do desenvolvimento social local. Tem em vista não só a produção de efeitos correctivos ao nível da redução da pobreza, do desemprego e da exclusão social, mas também efeitos preventivos gerados através de acções de animação das comunidades e da indução de processos de mudança, com vista à melhoria das condições de vida das populações (in Plano de Desenvolvimento Social, IDS, 2002).
3 Metodologia: PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO CRATO O Núcleo Executivo pensou e elaborou objectivos realistas e concretizáveis num horizonte temporal de 3 anos, tendo em linha de conta a realidade conhecida em que nos inserimos. Depois de apurados os eixos de intervenção prioritários e de desenhados os quadros com os objectivos, as acções e as parcerias referentes a cada um deles, o CLAS do Crato, tomou conhecimento, perguntou, sugeriu e aprovou o Plano.
4 Eixos de Desenvolvimento: Idosos porque a população do Município é maioritariamente idosa e de fracos recursos económicos. É necessário criar condições para uma vida saudável e digna. Educação para a saúde porque é preciso sensibilizar a comunidade em geral para a adopção de hábitos de vida saudáveis, desmitificando velhas questões e aprofundando conhecimentos sobre várias temáticas. Dado os elevados índices de envelhecimento urge também desenvolver acções preventivas de despistagem de problemáticas específicas. Deficiência porque a população do Município com estas características está de certa forma isolada e desapoiada, dependendo essencialmente dos prestadores de cuidados directos, que muitas vezes já estão no limite dos seus recursos financeiros, físicos e psíquicos, sem beneficiarem de apoios estruturados.
5 Acção social porque num concelho com poucos habitantes como é o nosso (> 5.000), o registo de famílias desestruturadas é considerado elevado. Possibilitar às famílias de menores recursos uma habitação condigna e intervir ao nível do desenvolvimento das suas competências parentais e/ou de gestão do orçamento familiar torna-se prioritário.
6 Articulação com outros instrumentos de planeamento É fundamental que o planeamento social de carácter local se articule com as medidas e acções definidas superiormente, a nível nacional. Nesse sentido, existem documentos que importa conhecer antes de se elaborar um PDS: Plano Nacional de Acção para a Inclusão; Plano Nacional de Emprego; Plano Nacional de Saúde; Plano para a Acção e Integração para Pessoas com Deficiência e Incapacidades; Plano Nacional para a Igualdade; Plano Nacional de Combate à Violência Doméstica; Contrato Local de Desenvolvimento Social CLDS Crato-Gavião
7 Entidades que constituem o Núcleo Executivo da Rede Social: Câmara do Crato Misericórdia do Crato Centro de Saúde EBI/JI Segurança Social Entidades que constituem o Conselho Local de Acção Social do Crato: Associação de Amizade à Infância e 3ª Idade APPACDM Equipa de Intervenção Precoce do Crato BVC EBI/JI Filarmónica do Crato
8 Centro de Saúde GNR Crato GNR Gáfete Lar Nossa Sra. da Luz Misericórdia do Crato Misericórdia de Gáfete ARPIC UNIVA ADI-TC Centro Distrital de Segurança Social Clube de Caça e Pesca Matense União Recreativa Matense Junta de Freguesia de Crato e Mártires Junta de Freguesia de Aldeia da Mata
9 Junta de Freguesia de Vale do Peso Junta de Freguesia de Flor da Rosa Junta de Freguesia de Monte da Pedra Junta de Freguesia de Gáfete Câmara Municipal do Crato
10 Eixo de Intervenção: IDOSOS Diagnóstico Geral Especifico Acções Entidades Parceiras Público Alvo Indicadores Sai-se do mercado de trabalho sem se preparar a reforma, sem planeamento de actividades alternativas Promover o Envelhecimento Activo, adoptando estilos de vida saudáveis. 1) Instalar um circuito sénior num jardim da freguesia de Gáfete acessível a toda a população; 2) Promover encontros intergeracionais; 3) Promover um programa semanal de Hidroginástica, na piscina coberta do Crato, para a população do concelho. Aquisição do Equipamento; Disponibilização de um monitor para as primeiras acções; Promoção da utilização do circuito sénior instalado na Misericórdia do Crato Contos Tradicionais Ditados populares Receitas Tradições Facilitação no manuseamento das TIC Lançamento de folhetos de divulgação Contacto com as juntas de freguesia (transporte) Aceitação de inscrições IPSS s; Juntas de Freguesia. Biblioteca Municipal; Biblioteca Escolar; ARPIC; EBI/JI; IPSS s. Juntas de Freguesia; Centro de Saúde; Técnicos da CMC (monitores desportivos e animadores) idosa em geral em geral idosa em geral Idosos com boa mobilidade; frequentadores Acções realizadas pessoas inscritas; frequências.
11 Eixo de Intervenção: IDOSOS Diagnóstico Geral Especifico Acções Entidades Parceiras Público Alvo Indicadores Fracos recursos económicos da população idosa (a grande maioria eram trabalhadores rurais e as suas pensões são muito baixas) para adaptar as habitações às suas necessidades físicas Eliminação de barreiras arquitectónicas em meio habitacional Intervir em duas habitações por ano, desde que se justifique Elaboração de regulamento; Realizar pequenas adaptações (corrimãos, banheiras, degraus, pegas ) em habitações de pessoas com poucos recursos económicos; Intervir em habitações dos utentes da UAI, quando desse facto depender a ida do paciente para casa. Centro de Saúde; IPSS s; Seg. Social; com necessidades específicas intervenções realizadas.
12 Eixo de Intervenção: IDOSOS Diagnóstico Geral Especifico Acções Entidades Parceiras Público Alvo Indicadores muito envelhecida, isolada geográfica e socialmente, com a rede familiar distante Combater o isolamento social, prevenindo situações de perigo Carece de estudo de viabilidade Instalação de aparelhos de telealarme Levantamento da população alvo; Realização de estudo de mercado para apuramento dos custos, Divisão dos custos e atribuição de responsabilidades IPSS s com valência de Apoio Domiciliário; Empresas particulares; Helpfhone idosa ou com necessidades especiais casos sinalizados com necessidade; aparelhos instalados;
13 Eixo de Intervenção: EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE Diagnóstico Geral Especifico Acções Entidades Parceiras Público Alvo Indicadores Em Portugal a proporção de pessoas com 65 ou mais anos duplicou nos últimos 40 anos passando de 8% em 1960 para 16 % em 2001 e de acordo com as projecções do INE volta a duplicar nos próximos 50 anos, representando em 2050, 32% da população total. É importante consciencializar para a importância de adquirir hábitos de vida saudáveis para que se continue a viver bem e com qualidade na velhice. Consciencializa r e educar para a importância de ter hábitos de vida saudáveis Fazer o despiste de algumas patologias mais frequentes (glicemia, colesterol, tensão arterial, coração, higiene oral ) num local público acessível a toda a população. Incentivar a realização de Caminhadas Temáticas pelo menos duas vezes em cada ano Organizar dois workshops por ano Realizar acções de rastreio pelo menos uma vez em cada ano Divulgar e organizar a realização das caminhadas (ex: do coração, da alimentação ) Obesidade Diabetes Alzheimer Insónias e Problemas do sono Hiperactividade Problemas Cardiovasculares Comportamentos de risco Violência Doméstica Doença Oncológica Divórcio Hábitos Alimentares IPSS s; ARPIC; Juntas de Freguesia; Centro de Saúde; EBI/JI. Centro de Saúde; EBI/JI Centro de Saúde; EBI/JI; IPSS s. em geral em geral em geral rastreios realizados caminhadas realizadas Workshops realizados
14 Eixo de Intervenção: EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE (cont.) Diagnóstico Geral Especifico Acções Entidades Parceiras Público Alvo Indicadores Em média, por ano nascem no nosso concelho cerca de 21 crianças. A contagem foi calculada tendo em conta os últimos dez anos. Incentivar a Natalidade (objectivo condicionado ao n.º de grávidas existentes) Aumentar o número de nascimentos no concelho Promover um programa Neo-Natal de preparação para o parto e também dos 1.ºs cuidados a ter com o bebé, percebendo os estádios de sono da criança, a alimentação, as interacções, Atribuir um cheque farmácia por cada nascimento registado no concelho no valor de 200, desde que um dos pais tenha registo de remunerações na Seg. Social à pelo menos 12 meses. UNIVA (ent. Formadora); Centro de Saúde; em geral (pais, avós, prestadores de cuidados, educadores de infância ) nascimentos antes e depois da acção realizada
15 Eixo de Intervenção: DEFICIÊNCIA Diagnóstico Casos de deficiência sem apoios estruturados, dependendo totalmente da família nuclear que se encontra desgastada física, económica e sobretudo emocionalmente. Geral Apoiar os portadores de deficiência e as suas famílias Especifico Eliminação de barreiras arquitectónicas Apoio e Encaminhamento de casos Promover a instalação no Município do Crato de uma valência local que apoie os casos de deficiência existentes Acções Intervir e melhorar as habitações das pessoas carenciadas portadoras de deficiência, realizando pequenas intervenções adaptadas às suas necessidades especificas. Criar uma parceria com a APPACDM de modo a integrar nas suas valências (sobretudo em CAO) pessoas deficientes sem respostas sociais estruturadas Criar uma parceria com a APPACDM com vista à elaboração de uma candidatura conjunta (CAO + Apoio Domiciliário) Entidades Parceiras Centro de Saúde; Seg. Social; Juntas de Freguesia; EBI/JI. APPACDM; Equipa de Intervenção Precoce; Centro de Saúde APPACDM. Público Alvo com deficiência sem qualquer tipo de resposta Indicadores habitações com necessidade de intervenção identificada; habitações alvo de intervenção. casos existentes; casos apoiados Contactos/Reun iões realizadas; Candidaturas apresentadas
16 Eixo de Intervenção: ACÇÃO SOCIAL Diagnóstico Várias famílias solicitam à Câmara Municipal a atribuição de uma habitação. Actualmente existem 10 habitações desocupadas do conjunto das 20 habitações sociais do Crato. Geral Melhorar e Rentabilizar o Parque Habitacional Social do Crato Especifico Recuperar todas as habitações sociais camarárias no Crato Realojar as famílias dos pré-fabricados que possuam contrato de arrendamento Acções Diagnosticar as necessidades de intervenção; Orçamentar; Executar as intervenções. Realojar directamente estas famílias atribuindo-lhes uma habitação camarária; Fazer um acompanhamento contínuo das famílias a residir em habitações camarárias. Entidades Parceiras CMC (Técnicos da Autarquia Gab. Social; Eng. Civil; Jurista; Gab. de Comunicação) Público Alvo em geral Indicadores habitações com necessidade de intervenção identificada; habitações alvo de intervenção. casas prontas a habitar; casas atribuídas. Os pré-fabricados que abrigam 10 famílias do Crato não reúnem mais as condições para uma vivencia habitacional condigna Abrir concurso para atribuição das habitações às famílias necessitadas, mediante vacatura Desenvolver os procedimentos concursais legais para atribuição dos fogos; Criar matriz de critérios para atribuição dos fogos; Fazer a divulgação. Seg. Social. famílias dos préfabricados com contrato; famílias dos préfabricados realojados
17 Eixo de Intervenção: ACÇÃO SOCIAL Diagnóstico Geral Especifico Acções Entidades Parceiras Público Alvo Indicadores Existência de diversos problemas, sobretudo de aprendizagem, que se prendem com a proveniência de famílias disfuncionais Promoção de Competências Parentais Numa linha de prevenção primária, promover a aquisição de competências no que toca à comunicação, dinâmica relacional, disciplina e autoridade, auto-estima, higiene, conforto, alimentação, Incentivar e encaminhar famílias para a frequência do curso a realizar no âmbito de acção do Projecto CLDS Intervenção Precoce; EBI/JI; Centro de Saúde; Seg. Social (NLI); Famílias consideradas disfuncionais famílias propostas para a acção; famílias propostas a frequentar a acção. Como podemos tratar os frutos se não tratarmos a árvore
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