O CNPV. e as Estruturas Locais de Voluntariado. 4 de Dezembro de 2009 Cláudia Amanajás
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1 O CNPV e as Estruturas Locais de Voluntariado 4 de Dezembro de 2009 Cláudia Amanajás
2 As Origens do Voluntariado O Voluntariado sempre existiu. Nuns casos, de maneira difusa, noutros de forma organizada. A vida quotidiana é revestida de actos, gestos e relações que têm na sua base o espírito do Voluntariado, praticado de forma informal e sem qualquer reconhecimento. A origem histórica do trabalho voluntário organizado está intimamente ligada à formação de uma consciência comunitária, ora proporcionada por razões sociais, ora instigada por razões religiosas.
3 As Origens do Voluntariado Há registos de grupos de Bombeiros Voluntários na Europa, como é o caso de um grupo de Portugal que já conta com mais de 600 anos de existência. Foi no reinado de D. João I, em 1395, que se publicou a primeira Carta Régia visando o combate aos incêndios que determinava que, em caso de incêndio, todos os habitantes de Lisboa, homens e mulheres, tinham de acorrer em socorro, munidos de machados, cântaros, potes e outros instrumentos que facilitassem o combate ao fogo.
4 As Origens do Voluntariado Misericórdias Nasceram em Itália, em 1244, sob a forma de Confraria. Em Portugal, a primeira Misericórdia a de Lisboa - foi criada em 1498, sob o mandato da então Regente, Rainha D. Leonor. Difundem-se rapidamente por todo o País e pelo mundo fora. Actualmente, Portugal conta com 386 Santas Casas de Misericórdia ao serviço das suas Comunidades.
5 As Origens do Voluntariado Desde a época dos Descobrimentos até meados do Século XIX, as Misericórdias Portuguesas constituíram-se como praticamente o único sistema de assistência na doença, na orfandade, na viuvez, na pobreza, na privação da liberdade, na invalidez, na velhice e na morte, que a população portuguesa conheceu.
6 Outros exemplos de Organizações Voluntárias: Cruz Vermelha (Século XIX) O Voluntariado Nasce de uma necessidade humanitária de prestar auxilio aos soldados feridos que eram abandonados em pleno campo de batalha. Liga dos Amigos do Hospital de Santo António (Século XX, 1977) APAV Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (Século XX, 1990)
7 Voluntariado na Actualidade A forma tradicional foi perdendo alguma da sua expressão, acompanhando a evolução e as exigências da sociedade. Na sociedade actual reconhece-se que o Voluntariado tem de estar integrado em actividades e estruturas organizadas, possuindo um cunho próprio, com um espaço próprio de acção e cujo trabalho se constitui em complementaridade com o trabalho profissional na actuação das Instituições.
8 Voluntariado na Actualidade A Lei n.º 71/98, de 3 de Novembro reconhece o valor do Voluntariado como exercício de uma cidadania livre e responsável. O Decreto-Lei n.º 389/99 de 30 de Setembro regulamenta a Lei.
9 Voluntariado Voluntariado O conjunto de acções de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projectos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou privadas.
10 Voluntariado Voluntariado Actividade pessoal; Actividade gratuita; Actividade ao serviço de outrem; Actividade de co-responsabilidade alargada.
11 Voluntariado Tipos de Voluntariado Voluntariado de Execução: O voluntário presta o seu serviço em contacto directo com as pessoas que beneficiam desse voluntariado; Voluntariado de Direcção: O voluntário assume funções de administração e gestão das acções ou instituições, como é o caso dos corpos e órgãos sociais das Misericórdias; Voluntariado de Assessoria: O voluntário assume funções na sua área de competência
12 Voluntário O termo Voluntário vem do latim voluntarìu, «a pessoa que se compromete a cumprir determinada tarefa ou função sem ser obrigada a isso e sem obtenção de qualquer benefício material em troca».
13 Voluntário Voluntário Lei n.º71/98, Art. 3º Indivíduo que de forma livre, desinteressada e responsável se compromete, de acordo com as suas aptidões próprias e no seu tempo livre, a realizar acções de voluntariado no âmbito de uma organização promotora.
14 Organizações Promotoras Entidades públicas da administração central, regional ou local ou outras pessoas colectivas de direito público ou privado, legalmente constituídas ou outras organizações socialmente reconhecidas, que reúnam condições para integrar voluntários e coordenar o exercício da sua actividade. Ex: Misericórdias, IPSS, Autarquias, Associações, etc.
15 Exemplos Área Ambiental: limpeza de florestas, praias, rios, etc. Área da Cultura: conservação e restauro do património móvel e imóvel
16 Exemplos Área da Saúde «Um chá e dois dedos de conversa também são remédio!» Setúbal Liga dos Amigos do Hospital de Santo António - Porto
17 Área Social Exemplos Idosos População com Deficiência Crianças
18 Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado É uma entidade criada pelo Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro, a quem compete desenvolver as acções indispensáveis à promoção, coordenação e qualificação do voluntariado.
19 O C.N.P.V. Composição do CNPV Uma individualidade nomeada pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social; Representantes de 11 Ministérios e das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira; Representantes de organizações nacionais com intervenção no voluntariado (p. ex: UMP, CVP, Liga dos Bombeiros Portugueses); Três membros com estatuto de observador.
20 Competências do CNPV Compete ao CNPV promover diversas acções especialmente relacionadas com a efectivação dos direitos dos voluntários, bem como desenvolver todas as acções indispensáveis à: Promoção/ Expansão Coordenação, Qualificação.
21 As Estruturas Locais de Voluntariado 2001 Necessidade de criar Estruturas Locais com o objectivo de promover e sensibilizar para o voluntariado. Actuam em subsidiariedade e usufruem da proximidade e do conhecimento das realidades locais; Contribuem para um melhor aproveitamento e eficácia do Voluntariado. Surgem assim os Bancos Locais de Voluntariado (BLV)
22 Objectivos Bancos Locais de Voluntariado Acolher candidaturas de interessados em fazer Voluntariado; Receber solicitações de voluntários por parte de entidades promotoras; Proceder ao encaminhamento de voluntários para entidades promotoras de Voluntariado; Acompanhar a inserção dos voluntários nas organizações para onde foram encaminhados; Disponibilizar ao público informações sobre Voluntariado; Organizar acções de formação inicial para os Voluntários.
23 Bancos Locais de Voluntariado Intervenientes Voluntários Organizações Promotoras
24 Bancos Locais de Voluntariado Processo de constituição de um BLV As entidades que pretendam constituir um BLV devem ser Pessoas colectivas de direito público (local) ou de direito privado. Ex: Câmaras Municipais, Fundações, Santas Casas da Misericórdia, IPSS, entre outros. Devem reunir meios próprios, técnicos, financeiros e logísticos, que permitam assegurar o funcionamento duma estrutura deste tipo.
25 Bancos Locais de Voluntariado Comunicação ao Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado (CNPV) Dar conhecimento da intenção ao CNPV Faz o acompanhamento técnico global do processo de constituição Faculta apoio técnico específico à entidade enquadradora do BLV, para que os procedimentos estejam de acordo com o estabelecido, tendo em vista a sua integração na base de dados nacional, bem como a articulação com outros Bancos. Antes do BLV iniciar a sua actividade deverá ser assinado, entre a entidade enquadradora e o CNPV, um Protocolo de colaboração.
26 Finalmente... Ser voluntário é estar, de acordo com a nossa disponibilidade, ao dispor do outro, sem esperar nada em troca, a não ser calor humano e a alegria do outro. «Ser voluntário é ser uma torrada quente que salta todos os dias numa linda manhã para alimentar quem mais necessita»
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