Pedagogia Crítica na Educação Musical
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- Osvaldo Silva Lisboa
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1 Pedagogia Crítica na Educação Musical Apresentado por Frank Abrahams, Ed. D. Professor Titular da Cadeira de Educação Musical Westminster Choir College of Rider University Princeton, New Jersey
2 Pedagogia Crítica na Educação Musical PCEM é uma visão de educação musical que enxerga aluno como músico. As práticas de ensino transpõem as barreiras musicais entre o que o aluno ouve em sala de aula do que prefere ouvir em seu dia a dia.
3 Pedagogia Crítica na Educação Musical Quando essas barreiras desaparecem por completo, alunos e professores passam por uma transformação. O aprendizado em música acontece quando os alunos sabem que sabem. O termo que descreve o processo interno de aprendizado em PCEM é conscientização.
4 O que faz da PCEM um método diferente?
5 PCEM é um processo ativo de aprendizado totalmente centrado no aluno
6 Qual é a differença? PCEM é uma alternativa às concepções tradicionais de ensino e aprendizado musical, onde o ensino é visto como um diálogo entre professor e aluno.
7 Qual é a diferença? Além disso, o método promove um paradigma de transferência da estrutura de poder em função do reconhecimento de que o aluno traz consigo o conhecimento derivado de suas experiências do dia a dia.
8 Qual é a diferença? O objetivo da Pedagogia Critica é usar o conhecimento do aluno como uma ponte que leva a novos aprendizados. Isso resulta em uma mudança de percepção tanto para o aluno como para o professor.
9 What should children know in music? O que as crianças devem saber sobre Música? Alguns princípios-chave que definem uma nova visão em Educação Musical
10 Primeiro Princípio 1. Educação Musical é um diálogo Alunos e professores apresentam um problema e o solucionam juntos. Nas classes de música isso quer dizer composição e improvisação de música em estilos consistentes com a identidade e contexto do aluno.
11 Segundo Princípio 2. Educação Musical expande a visão de realidade do aluno O objetivo do treinamento e aprendizado musical é a transformação de como aluno e professor enxergam o mundo. Desta forma, alunos e professores enxergam o mundo através das lentes de sua própria experiência e a música define essa experiência.
12 Terceiro Princípio 3. Educação Musical concede autoridade. Música é sinônimo de poder. Quando o aluno sabe e pode conectar-se com empenho à atividade musical e fazer música que seja consistente com um músico quando faz música, o aluno então sabe que sabe.
13 Quarto Princípio 4. Educação Musical é uma Força Transformadora O aprendizado musical acontece quando professor e aluno juntos reconhecem e aceitam uma mudança de percepção. E é essa mudança ou transformação que o professor pode avaliar.
14 Quinto Princípio 5. A Educação Musical é Política. Existem situações de competição pelo comando e poder dentro de uma classe, escola e comunidade. Os que estão no poder decidem sobre o que será ensinado, a freqüência das aulas, o orçamento alocado para cada matéria ou programa, etc. Professores de música não devem minimizar a importância da política de educação quando planejam seus programas.
15 Curriculum do PCEM QUATRO PERGUNTAS ESSENCIAIS
16 Quem sou eu??
17 Quem São Meus Alunos?
18 O Que Eles Se Tornarão?
19 O Que Nos Tornaremos Juntos?
20 Filosofia O propósito da educação musical é conceder ao aluno autoridade de se tornar um músico. Promover e causar transformação em professor e aluno. O ato de fazer música é uma experiência libertadora.
21 Filosofia A educação musical permite a conexão dos mundos diferentes do aluno e do professor.
22 Filosofia O aprendizado musical só acontece quando professor e aluno compreendem a importância do intento. Compreensão musical acontece durante o processo de transformação.
23 Psicologia O ensino habilidoso de música é baseado em pesquisa. Educação musical é uma sociedade professor com aluno e aluno com professor. O aluno possui tipos diferentes de capacidade de aprendizado e portanto aprende música de diversas formas.
24 Psicologia Professores possuem um estilo de ensino individual e portanto ensinam música de maneira diversificada. Alunos têm aptidões e potenciais individuais.
25 Psicologia Professores possuem estilo de ensino individual e portanto, ensinam música de maneiras diversas. O aluno aprende melhor quando soluciona problemas, pensa criticamente, age criticamente e constrói o significado ele mesmo.
26 Psicologia Alunos lembram do que aprendem sozinhos e se baseiam em experiência própria. O aluno deve torna-se capaz de aprender por ele mesmo. Para um resultado significativo no ensino de música, professor e aluno devem ser capazes de debater verbal e musicalmente em um diálogo explícito.
27 Prática O ensino de matérias teóricas funcionam melhor na seguinte seqüência: Exposição Desenvolvimento Improvisação Recapitulação
28 Prática O propósito da aula de música é conceder autoridade para que através do empenho se alcance musicalidade: a) Imaginação Musical Intelecto Musical Criatividade Musical Performance Musical b) c) d)
29 Qual é a conexão entre ensinar e aprender? O aprendizado reside dentro da Zona Proximal de Desenvolvimento de Vygotsky.
30 Paulo Freire Não existe ensino sem aprendizado
31 O que é alfabetização musical? O que tem no SEU I-Pod? Em que tonalidade cantamos?
32 Modelo de Ensino 4 Expansão e Mudança 3 Prática e Criação PCEM na educação musical 1 Experiência e Empenho 2 Apresentação e Diálogo
33 PCEM em ação Mozart, Madonna, música e eu
34
35 1. Honrando o mundo deles Professor ingressa na jornada de resolução de problemas ao criar uma situação em que o aluno sente a necessidade de saber. PEDAGOGIA CRITÍCA ESTRATÉGIA DE ENSINO Quem somos? Alunos escolhem sua música favorita de Madonna para tocar em aula. Professor centra a experiência pedindo aos alunos que descrevam tudo o que é bom na música enquanto a ouvem.
36 2. Compartilhando a Experiência Alunos e professor discutem a experiência. Todos compartilham o que sentem e refletem. PEDAGOGIA CRÍTICA ESTRATÉGIA DE ENSINO O que podem se tornar? Alunos e professor conversam sobre a musicalidade de Madonna, sobre suas habilidades musicais e seu impacto na cultura popular. Professor pergunta aos alunos como poderiam introduzir a música de Madonna em uma classe de alunos de um país oriental.
37 3. Conexão do Mundo do Aluno com a Sala de Aula Professor conecta-se com a experiência usando conceitos compatíveis das artes, cultura ou experiências do aluno fora da escola. PEDAGOGIA CRÍTICA O que podem se tornar? ESTRATÉGIAS DE ENSINO Depois de ouvir várias vezes a ária da Rainha da Noite na ópera Flauta Mágica, alunos criam e montam uma entrevista com Madonna para determinar se ela poderia ser contratada para a parte de Rainha da Noite.
38 4. Dialogando juntos Professor apresenta o conteúdo da lição. Alunos coletam as informações necessárias para resolver o problema. PEDAGOGIA CRÍTICA ESTRATÉGIAS DE ENSINO O que podem se tornar? Segue-se um diálogo onde alunos e professor discutem Mozart. Eles estudam sua vida e debatem sua música e o que faz de Mozart um ícone de tanta importância na música tradicional ocidental.
39 5. Praticando o conteúdo O professor dá ao aluno oportunidade de praticar o conteúdo. Durante esta fase pode-se incluir dever de casa ou um teste. PEDAGOGIA CRÍTICA ESTRATÉGIA DE ENSINO Who They May Become Alunos criam comparação gráfica e análise de Mozart e Madonna como músicos, artistas, compositores e formadores de opinião.
40 6. Conexão da Música com o dia a dia do Aluno Professor convida seus alunos a achar soluções alternativas e novas maneiras de usar a informação apresentada. Alunos têm oportunidade de propor um problema e soluciona-lo à partir da criação de algo novo. PEDAGOGIA CRÍTICA ESTRATÉGIAS DE ENSINO O que poderiam tornar-se juntos? Os alunos reescrevem a ária da Rainha da Noite para Madonna em pequenos grupos ou com toda a turma. Ele podem modificar a melodia, tessitura e estilo conforme achem necessário.
41 7. Avaliando a Transformação Alunos e professor refletem e avaliam o trabalho depois de completo. Durante esta fase uma avaliação rubrica pode ser aplicada. PEDAGOGIA CRÍTICA ESTRATÉGIA DE ENSINO Quem podem tornar-se juntos? Novas árias são apresentadas. Alunos e professor refletem e avaliam o trabalho depois de pronto. Nesta fase pode-se avaliar por rubrica.
42 8. Aceitando a Transformação Alunos e professor celebram o novo aprendizado através de apresentação, exposição ou outra forma de demonstrar o aprendizado. PEDAGOGIA CRÍTICA ESTRATÉGIA DE ENSINO Que podem tornarse juntos Alunos apresentam suas árias durante um show ou vão juntos ouvir uma apresentação da Flauta Mágica.
43 Bibliografia Abrahams, F. (2004). The application of critical theory to a sixth grade general music class," Visions of Research in Music Education, 5 (January, 2004). Abrahams, F. (2003). The application of critical pedagogy to music teaching and learning: A literature review. Unpublished manuscript, Rider University. Abrahams, F. (2003). Transforming classroom music with critical pedagogy. Unpublished manuscript, Rider University. Abrahams, F., Jenkins, L. J., & Schmidt, P. (2002). Jubilate: A music curriculum for the adolescent soul. Unpublished Manuscript, Rider University. Abrahams, F., Jenkins, L. J., & Schmidt, P. (2003). In their own voice: A music curriculum for the elementary spirit. Unpublished Manuscript, Rider University. Abrahams, F., Jenkins, L. J., & Schmidt, P. (2003). Score: A music curriculum for the emerging performer. Unpublished Manuscript, Rider University. Freire, P. (1970). Pedagogy of the oppressed. New York: Continuum. McCarthy, B. (2000). About teaching: 4MAT in the classroom. Wauconda, IL: About Learning, Inc.
44 Bibliografia Renfro, L. (2003, October). The urban teacher s struggle. Teaching Music, (11) 2, Schmidt, P. (2001). The applications of a dialoguing and problem posing pedagogy for the teaching of History and Philosophy of Music Education to graduate music education majors: An action research. Unpublished masters thesis, Westminster Choir College of Rider University, Princeton. Schmidt, P. (2002a, September). Music education as liberatory practice: Creating new frameworks for learning music through a Freirian perspective. Paper presented at the meeting of the Paulo Freire Institute, Los Angeles, CA. Schmidt, P. (2002b, October). Looking for a broader road: College music education curriculum through social lenses. Paper presented at the meeting of the Mayday Group, Columbus, OH. Wink, J. (2000). Critical pedagogy: Notes from the real world. 2nd ed. Boston: Allyn & Bacon.
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