UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DIREITO DO MENOR AUTOR EMILY DE CASTRO BERREDO MUNIZ ORIENTADOR PROF. CARLOS AFONSO LEITE LEOCADIO DOCUMENTO DOCUMENTO PROTEGIDO PROTEGIDO PELA PELA LEI LEI DE DE DIREITO DIREITO AUTORAL AUTORAL 1 RIO DE JANEIRO 2015

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DIREITO DO MENOR Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes AVM Faculdade Integrada, como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito e Processo do Trabalho. Por: Emily de Castro Berredo Muniz

3 Agradeço aos meus pais que tanto se sacrificaram, trabalhando e me incentivando a cada dia para alcançar o degrau mais alto. 3

4 Dedico esse trabalho a todas as crianças que não puderam ou não podem usufruir de sua infância, que são severamente punidas pela desigualdade social, ocasionando em prejuízo em ter assegurado um futuro justo e feliz. 4

5 5 RESUMO O presente estudo trata do trabalho do menor na seara do Direito do Trabalho, tendo como objetivo analisar, num primeiro momento, a legislação internacional, para, posteriormente, identificar nas normas nacionais a presença de seus preceitos de vedação do trabalho infantil e proteção ao trabalho do adolescente. Salientando-se a proteção dada ao adolescente no âmbito laboral, em consonância com a doutrina da proteção integral, sobretudo no que se refere à sua jornada e à idade mínima e condições especiais de trabalho. O que se concluiu com o deslinde do presente trabalho, é que o trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social. Milhares de crianças ainda deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, trabalhando desde a mais tenra idade na lavoura, campo, fábrica ou em casas de família, em regime de exploração, quase de escravidão, já que muitos deles não chegam a receber remuneração. Por este motivo, acredita-se que precisa existir maior fiscalização por meio dos órgãos responsáveis, afim de que o Brasil consiga a cura para o que pode ser considerada verdadeira doença de caráter público.

6 6 METODOLOGIA O presente trabalho constitui-se em uma descrição pormenorizada sobre o trabalho infantil na seara do Direito Trabalhista, desde a origem aos tratados internacionais, destacando-se que no Brasil precisam-se cumprir normas que preconizam a erradicação do trabalho infantil e que deleguem proteção ao trabalho do menor de acordo com os tratados de direitos humanos e legislação vigente. Para tanto, o estudo que ora se apresenta foi levado a efeito a partir do método da pesquisa bibliográfica, em que se buscou o conhecimento em diversos tipos de publicações, como livros, monografias e revistas especializadas, além de publicações oficiais da legislação.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I ASPECTOS HISTÓRICOS DO TEMA CAPÍTULO II DIREITOS TRABALHISTAS DO MENOR NA LEGISLAÇÃO PÁTRIA E INTERNACIONAL CAPÍTULO III DAS MODALIDADES DE TRABALHO PERMITIDAS AO ADOLESCENTE CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS... 40

8 8 INTRODUÇÃO O presente estudo trata do tema trabalho infantil na seara do Direito do Trabalho. Como se sabe, o Brasil, como signatário de tratados de direitos humanos propõe-se a cumprir normas que preconizam a erradicação do trabalho infantil e a proteção ao trabalho do adolescente. Para tanto, é necessário que tais preceitos sejam incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro e cumprido pelos seus poderes. Diante disso, a pesquisa tem como objetivo analisar, num primeiro momento, a legislação internacional, para, posteriormente, identificar nas normas nacionais a presença de seus preceitos de vedação do trabalho infantil e proteção ao trabalho do adolescente. Para a contextualização do tema, a pesquisa inicia-se com um breve histórico do tratamento dispensado à criança e ao adolescente pela sociedade, por meio de relatos de períodos históricos como a Antiguidade e a Revolução Industrial. A análise histórica demonstra que o Brasil evoluiu de uma legislação menorista, estigmatizante e moralista, para uma legislação protetiva e garantidora dos direitos fundamentais das crianças e adolescentes. Considerados atualmente, pelo legislador brasileiro como sujeitos de direito em condição peculiar de desenvolvimento, e, portanto, dignos de proteção especial. Já a análise normativa do tema, no plano nacional demonstra que o trabalho infantil é vedado no Brasil, embora pesquisas demonstrem que ainda ocorre em índices alarmantes. Salientando-se a proteção dada ao adolescente no âmbito laboral, em consonância com a doutrina da proteção integral, sobretudo no que se refere à sua jornada e à idade mínima e condições especiais de trabalho.

9 9 CAPÍTULO I ASPECTOS HISTÓRICOS DO TEMA Analisando a história, pode-se dizer que a preocupação do Estado com o trabalho infantil é recente, e da mesma forma a elaboração de políticas públicas com objetivo de sua erradicação. Entretanto, não são de agora os registros acerca da existência de trabalho, mesmo o mais pesado, realizados por crianças. Segundo Stephan (2002), no Egito, por exemplo, há registros de que as crianças e os adolescentes com desenvolvimento físico relativo, sob as dinastias XII a XX, eram obrigados a trabalhar, além de serem submetidos ao regime geral, como as demais pessoas. Verifica-se mesmo antes de Cristo a existência do trabalho infantil, observando-se, até mesmo, a existência de medidas de proteção às crianças e aos adolescentes que trabalhavam como aprendizes. Infere-se, assim, que desde épocas mais remotas já havia a utilização da mão-de-obra infantil (MINHARRO, 2003, p. 15). Na Grécia e em Roma, os filhos dos escravos também eram obrigados a trabalhar em benefício dos seus donos. Stephan (2002) cita ainda outro registro histórico sobre a exploração do trabalho infantil, segundo ele, na Idade Média existiam corporações de ofício que se utilizavam dos menores aprendizes, que por sua vez trabalhavam sem remuneração alguma com os mestres e companheiros. Já num período mais recente, a Revolução Industrial foi marcante na economia mundial, sendo considerado um marco para a história e também para o Direito do Trabalho, que neste período foi sensivelmente revolucionário e avançou em enormes proporções. Segundo a doutrina, (...) o verdadeiro marco da proteção ao trabalho da criança e do adolescente é a Revolução Industrial (...), pois (...) até então inexistiam preceitos morais ou jurídicos capazes de impedir o

10 empregador de admitir mão-de-obra feminina e infantil, por ele barbaramente explorados (ZANONI, 2005, p.14). 10 Ainda durante a Revolução Industrial ocorreram transformações econômicas e sociais, principalmente em decorrência da substituição das ferramentas, até então utilizadas, por máquinas. Para Stephan (2002) a partir deste momento a sociedade rural transformou-se em industrial, surgindo então a mão-de-obra assalariada. Nesse contexto de transformações nos meios de produção, com novas tecnologias, as crianças e os adolescentes não foram poupados no mundo do trabalho. Segundo a doutrina destacada pelo autor: O Império Britânico, com sua revolução industrial, realmente dependeu muito do trabalho infantil para seu crescimento. Nesse período, os salários eram muito baixos, as jornadas de trabalho excessivas, a mãode-obra barata, composta basicamente por crianças, que além dos trabalhos nas minas de carvão, trabalhavam nos moinhos e fiações. Os resultados sociais não poderiam ser piores, incluindo o analfabetismo, doenças e deformidades causadas pelo trabalho, além da pobreza (STEPHAN, 2002, p. 16). O trabalho infantil era tão intenso na Europa que, especialmente na Grã-Bretanha, o emprego infantil competia com o emprego adulto, principalmente nos momentos de crise econômica. A produção industrial ampliou (...) as perspectivas do ganho infantil com o trabalho, deixando de ser uma ajuda para a família nos serviços, para se tornar jornada para ajudar no sustento da família. (STEPHAN, 2002, p. 16). Nota-se que antes as crianças ajudavam suas famílias nos trabalhos agrícolas, participando da produção familiar, já com a ampliação industrial, que resultou no êxodo rural. Portanto, elas continuaram a contribuir para a economia familiar, porém, por meio do seu salário. Tamanha era a exploração infantil, que na Inglaterra, em 1802, a idade para o trabalho foi limitada em oito anos, e a jornada de trabalho foi limitada a dez horas diárias. Portanto, no século XIX a preocupação com o trabalho infantil

11 propagou-se por toda a Europa, o que provocou sucessivamente o surgimento de leis sobre a matéria. 11 Tendo na França, o início da assistência à infância e por meio de Leis editadas em 1841, 1848 e 1874, sendo limitada a idade para admissão no emprego e o tempo máximo da jornada de trabalho. Também foi proibido o serviço noturno e em minas subterrâneas. Na Suíça, a Constituição de 1874 previa a promulgação de normas protetoras sobre o trabalho infantil nas indústrias. Também a Rússia em 1882, a Bélgica em 1888, a Holanda em 1889, Portugal em 1891 e a Alemanha, com a promulgação do Código Industrial (Gewerbeordnung), em 1891, que incluía a proteção ao trabalha infantil (STEPHAN, 2002). Em 1966, o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, ambos adotados pela Assembleia Geral das Nações Unidas, ratificados por 135 países, reafirmaram os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Inclusive no que se refere à proteção da infância contra a exploração econômica, proibindo qualquer espécie de trabalho que prejudique o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente. Não podendo esquecer-se da Convenção dos Direitos da Criança, de , sendo contundente em relação a proteção da criança do trabalho infantil, podendo-se observar no seu artigo 32 a clara preocupação com o bem estar destes indivíduos: 1. Os Estados Partes: reconhecem o direito da criança de estar protegida contra a exploração econômica e contra o desempenho de qualquer trabalho que possa ser perigoso ou interferir em sua educação, ou que seja nocivo para sua saúde ou para seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social. 2. Os Estados Partes: adotarão medidas legislativas, administrativas, sociais e educacionais com vistas a assegurar a aplicação do presente 11 A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Convenção sobre os Direitos da Criança Carta Magna para as crianças de todo o mundo em 20 de novembro de 1989, e, no ano seguinte, o documento foi oficializado como lei internacional. Este se tornou o instrumento de direitos humanos mais aceito na história universal.

12 12 Artigo. Com tal propósito, e levando em consideração as disposições pertinentes de outros instrumentos internacionais, os Estados Partes, deverão, em particular: a) estabelecer uma idade ou idades mínimas para a admissão em empregos; b) estabelecer regulamentação apropriada relativa a horários e condições de emprego; c) estabelecer penalidades ou outras sanções apropriadas a fim de assegurar o cumprimento efetivo do presente Artigo (UNICEF, 2006). A referida Convenção foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2 de setembro de 1990, (...) tendo sido transformada em Lei Internacional, tornando-se a partir daquela data, o tratado sobre direitos humanos mais ratificado na história. (STEPHAN, 2002, p. 18). Como visto, há tempos, o trabalho infantil tem sido comum, especialmente nas atividades rurais, e ainda com a industrialização permaneceu, sobretudo onde as pessoas dependem da economia familiar. Vale dizer, que a exploração do trabalho infantil na área rural ocorre não somente em razão da necessidade da família para o sustento. Mas, também, por abuso dos produtores rurais que aproveitam a oferta de mão-de-obra mais barata e, ainda, sem encargos trabalhistas. Contudo, seja no âmbito dos pequenos produtores rurais, que sobrevivem em regime de economia familiar, seja nas terras de grandes produtores a exploração do trabalho infantil como mão-de-obra barata, na área rural assim como na zona urbana afronta aos direitos e aos demais tratados internacionais. Bem como à CRFB - Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, pois, segundo tais dispositivos, nenhuma criança ou adolescente pode ser vítima de nenhum tipo de exploração. E, ainda pior, quando explorados no trabalho, a criança e o adolescente são duplamente vitimados, já que além de sofrer a exploração, são privados da etapa escolar, que é fundamental para o exercício da sua cidadania e construção de um futuro melhor.

13 Histórico do trabalho infantil no Brasil Necessário se faz, neste momento, que se faça ainda que de forma breve, uma incursão histórica capaz de situar o problema do trabalho infantil no contexto brasileiro. Importante dizer que neste país, a evolução histórica da proteção trabalhista à criança e ao adolescente não coincide com a do continente europeu, já que o país não assimilou todos os movimentos políticos e sociais ocorridos internacionalmente. (STEPHAN, 2002). Início do século XIX, durante a escravatura as crianças e os adolescentes - filhos de escravos - pertenciam aos seus senhores, grandes proprietários de terras que tinham sobre eles, direito de vida e morte. Já durante esse período começaram a surgir algumas tentativas normativas de proteção à infância, entretanto as Constituições de 1824 e 1891, a do Império e a primeira da República, respectivamente foram omissas com relação à infância. Com a aprovação da Lei nº , em 28 de setembro de 1871, a chamada Lei do Ventre Livre ou Lei Rio Branco, foi concedida a liberdade para as crianças nascidas de mães escravas (BRASIL, 1871). Stephan (2002, p. 19) destaca: A partir daí, a liberdade concedida aos nascituros era acompanhada de uma série de cláusulas restritivas. Até os oito anos, estaria sob a autoridade da mãe e do senhor proprietário de escravos. Atingida essa idade, era facultado ao proprietário da mãe escrava optar por receber uma indenização do Estado, de 600 mil réis, pagos em títulos, a 6%, no prazo de 30 anos. Caso fosse escolhida a indenização, o menor era separado da mãe e colocado numa instituição de caridade, onde trabalharia até completar vinte e um anos de idade. Quase sempre, o "senhor" preferia ficar com a criança, até que ela completasse a maioridade. Segundo a doutrina, embora a referida Lei tenha sido uma tentativa de erradicar o trabalho infantil, não conseguiu garantir ao nascido livre, uma vida diferente da de escravo. Desta maneira, o debate sobre o trabalho infantil só foi

14 14 desencadeado após a abolição da escravatura em 1888, quando ocorreu o nascimento de um novo modelo de produção econômica que contava com o trabalho assalariado. Com o êxodo rural e a, consequentemente, urbanização, com o incremento das atividades artesanais e o surgimento de uma indústria fabril. Conforme destaca Stephan (2002), nesse período posterior à abolição da escravatura, muitas leis ordinárias foram editadas versando sobre a proteção ao trabalho infantil. Porém, jamais tiveram real vigência. Cita a doutrina que a primeira lei a proteger a infância no Brasil foi editada pelo Decreto nº , de 17 de janeiro de 1891, ou seja, após a abolição da escravatura. Pelo referido decreto o legislativo brasileiro buscou um ajustamento da política brasileira às políticas adotadas por países estrangeiros em relação ao trabalha infantil, consagrando aos menores os seguintes direitos: a) proibia o emprego de menores de doze anos no trabalho; b) limitava a duração da jornada de trabalho; c) autorizava a contratação de menores aprendizes a partir dos oito anos; d) proibia o menor de exercer determinados tipos de trabalho, considerados perigosos à saúde. Em 1924 é que foi criado, no Rio de Janeiro, o primeiro Juizado de Menores do Brasil, por meio do Decreto nº E, em 1927, pelo Decreto nº A, de 12 de outubro, foi instituído o Código de Proteção e Assistência a Menores, pelo qual foi limitada a idade de 12 anos como mínima para a iniciação ao trabalho (art. 101) e proibido o trabalho noturno aos menores de 18 anos. Em 1979 o Código de Proteção e Assistência a Menores foi revogado pelo Código de Menores (STEPHAN, 2002). Na década de 1930 o direito do trabalho sofreu grandes transformações no Brasil, em razão de fatores políticos, econômicos e legislativos. Desta forma, também se transformou a proteção legal ao trabalho infantil, passando a ser regulada a idade mínima de 14 anos para o trabalho na indústria e a sua contratação foi condicionada à apresentação obrigatória da

15 15 certidão de nascimento probatória da idade; autorização dos pais ou responsáveis legais; atestado médico de capacidade física e mental; e prova de saber ler, escrever e contar. Sendo proibido o trabalho de menores de 16 anos no interior de minas e aos analfabetos garantiu-se o tempo necessário para frequência escolar. No âmbito constitucional, para Stephan (2002) o texto de 1934 foi o primeiro a fazer referência direta à proteção dos direitos da criança, estabelecendo a proibição de trabalho aos menores de 14 anos; o trabalho noturno aos menores de 16 e em indústrias insalubres aos menores de 18 anos. Da mesma forma, prosseguiu a Constituição de No ano de 1941 foi instituída a carteira de trabalho do menor (Decretolei nº , de 13 de setembro). Já em 12 de maio de 1943, pelo Decreto nº , de , que entrou em vigor em , foi aprovada a CLT - Consolidação de Leis do Trabalho, que, além de sistematizar toda a legislação trabalhista até então existente, em seu Capítulo IV, Título III, arts. 402 ao 441, trata das normas especiais de tutela e proteção do trabalho do menor, o que será abordado mais a frente. A Constituição de 1946 dispôs sobre o trabalho do menor nos mesmos moldes da Constituição de Em 1967, a Constituição outorgada em meio à eclosão do golpe militar de 1964, em seu art. 158, X, proibiu o trabalho aos menores de 12 anos, que foi mantida na EC - Emenda Constitucional nº. 1, de 1969, que passou a encarar o trabalho do adolescente como trabalho de aprendiz (STEPHAN, 2002). Já a EC nº. 1 de 1969 cometeu um retrocesso, eliminando um direito já consagrado pelo art. 157, II, da Constituição de 1946, pelo qual era proibida a discriminação salarial em virtude da idade. Ainda no âmbito constitucional, tem-se a CRFB, de 05 de outubro de 1988, considerada por muitos como a constituição cidadã, que foi um grande marco para os direitos humanos no Brasil, inseriu o direito à formação profissional

16 16 entre os objetivos básicos da educação, garantindo à criança e ao adolescente o respeito a sua integral formação pessoal, além de assegurar os Direitos Sociais e a proteção à infância.

17 17 CAPÍTULO II DIREITOS TRABALHISTAS DO MENOR NA LEGISLAÇÃO PÁTRIA E INTERNACIONAL A CLT - Consolidação das Leis do Trabalho dedica um capítulo inteiro à Proteção ao Direito do Menor, destacando em seu Capítulo IV a palavra menor para se referir ao trabalhador de 14 (quatorze) a 18 (dezoito) anos. Outras legislações, entretanto, se referem ao termo criança e adolescente. No tocante ao conceito de criança e de adolescente, importante mencionar que para o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990), criança é a pessoa com até doze anos de idade incompletos e adolescentes aqueles na faixa etária entre doze e dezoito anos de idade. Já a OIT - Organização Internacional do Trabalho, em sua Convenção nº 138 estabeleceu que criança é o indivíduo de catorze ou quinze anos e adolescente desta idade até dezoito anos, e em sua Convenção nº 182, o termo criança é usado para toda pessoa menor de dezoito anos. No mundo todo este tema é tratado com muita atenção, gerando uma série de debates e leis protetivas, necessárias para o controle de um mal comum em muitos países, especialmente nos do terceiro mundo A CLT e a proteção do Trabalho do Menor A CLT inicia esse tema em seu art. 402, definindo como já mencionado, o menor para o Direito do Trabalho, como sendo o trabalhador de 14 a 18 anos de idade estabelecendo uma série de medidas protetivas nos artigos que se seguem. Cabe, entretanto, ressaltar que no parágrafo único do art. 402 estabeleceu-se uma exceção à regra geral protetiva, excluindo-se os menores

18 18 que prestem serviços em oficinas em que trabalhem exclusivamente pessoas da família do menor e esteja o mesmo sob a direção do pai, mãe ou tutor, desde que atendidas as regras dos artigos 404 e 405. De acordo com Nascimento (2003, p. 71), a exceção se justifica em primeiro lugar por existir entre o menor e seus pais ou responsáveis uma relação de colaboração, mas não um vínculo empregatício, e, em segundo lugar justificase devido à afetividade entre pais e filhos que permite a presunção de inexistência de exploração dos menores Permissões e proibições em relação ao trabalho do menor no Brasil A CF - Constituição Federal, em seu artigo 7º, XXXIII, estabelece parâmetros diferenciais em relação a idade do menor: primeiro proíbe trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos, depois proíbe qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, permitindo, entretanto, o trabalho na condição de aprendiz a partir de quatorze anos. Conforme rege em seu art. 7º: Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXXIII- proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 (dezoito) e de qualquer trabalho a menores de 16 (dezesseis) anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos (BRASIL, 1988). Em seu art. 403, a CLT coaduna-se com nossa Carta Magna, proibindo qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos. Entretanto, o ECA, mais especificamente em seu art. 60 dispõe ser proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz, sendo o contrato de aprendizagem abordado no último capítulo do presente trabalho.

19 19 Nota-se que toda legislação que tutela o direito do menor, busca com clareza, uma integração entre a escola e o trabalho afim de que não seja o menor prejudicado em sua educação no que diz respeito à sua frequência escolar quando houver a necessidade de que o mesmo trabalhe. Vale ressaltar que o art. 227, 3º, III da Constituição Federal garante objetivamente que o trabalhador adolescente tenha acesso à escola. Desta feita, ainda que permitido o trabalho do menor nas situações legais, o mesmo não poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a frequência à escola. É o que dispõe o parágrafo único do art. 403 da CLT com a redação dada pela Lei /2000. Com o mesmo intuito seguem-se os arts. 404 e 405 da CLT, vedando o primeiro o trabalho noturno ao menor, indo de encontro ao acima reproduzido art. 7º, XXXIII da CRFB e ao art. 67 do ECA. Impondo, o segundo art. uma série de normas com caráter proibitivo. Como se sabe a realização do trabalho noturno vai contra a própria fisiologia do organismo, e em um ser ainda em desenvolvimento físico e psíquico seria extremamente prejudicial. Por isso, ainda que não coincida com o horário escolar, foi corretamente proibido ao trabalhador menor pela Constituição brasileira. Se existem restrições ao trabalho de adultos (horas reduzidas e acréscimo salarial), o legislador entendeu em fazer a proibição frontal do trabalho infantil e adolescente (abaixo de 18 anos) em qualquer atividade noturna. Se a Consolidação das Leis do Trabalho alude às 22:00 horas e 05:00 horas da manhã seguinte como sendo trabalho noturno, é de se entender que a proibição no âmbito rural seja das 20:00 às 04:00 horas na pecuária e das 21:00 às 05:00 na agricultura. Da mesma forma, não é permitido o trabalho do menor nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro para este fim aprovado pela Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, quadro este estabelecido

20 20 pela Portaria nº 20, de 13 de setembro de 2001 da Secretaria de Inspeção do Trabalho (vide Anexo 01). Nesta esteira escreve Nilson de Oliveira Nascimento (2003, p. 77): Os fundamentos da proibição do trabalho do menor de 18 anos em condições insalubres visam proteger a saúde, a integridade física e a segurança do mesmo, que fica muito mais suscetível aos efeitos nocivos dos agentes que o trabalhador adulto. O organismo do menor está em fase de crescimento e sofre ais do que do adulto os efeitos nocivos dos agentes químicos e biológicos nos ambientes de trabalho, pois não possuem defesas maduras. Não será da mesma forma permitido o trabalho do menor em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade (art. 404, II, CLT). O parágrafo 3º do art. 404 da CLT elenca em suas alíneas algumas formas de trabalho consideradas prejudiciais à moralidade do menor, assim sendo aquele: a) prestado de qualquer modo em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos, cabarés, dancings e estabelecimentos análogos; b) Em empresas circenses, em função de acrobata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes; c) De produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que possam, a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral; d) Consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas. Entretanto, possibilita a CLT que o Juiz da Infância e da Juventude autorizea o trabalho do menor nos casos das alíneas a e b acima descritas, desde que atendidas certas condições: que a representação tenha fim educativo ou a peça de que participe não possa ser prejudicial à sua formação moral, e ser a ocupação do menor indispensável à própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e não advir nenhum prejuízo à sua formação moral. Após análise dos efeitos do trabalho sobre a formação moral e bemestar físico, cumpridas as duas situações, o Juiz poderá autorizar trabalhos em cinemas e em empresas circenses, em funções de acróbata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes; não há dúvidas que não serão autorizados os trabalhos em "teatros de revista, boates, cassinos, cabarés, dancings e estabelecimentos

21 análogos", uma vez que estes estabelecimentos são usualmente "impróprios para menores". 21 Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo menor é prejudicial a sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou a sua moralidade, poderá ela obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo a respectiva empresa, quando for o caso, proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de funções. Não tomando a empresa, as medidas possíveis e recomendadas pela autoridade competente para que o menor mude de função, configurar-se-á a rescisão do contrato de trabalho, na forma do artigo 483 (rescisão indireta). É o que disciplina o art. 407 da CLT, visando punir aquelas empresas que, visando o lucro acima de tudo, burlam as leis protetivas e alocam menores para trabalhar em funções totalmente discrepantes de sua realidade etária. Vale dizer que o responsável legal do menor poderá pleitear a extinção do contrato de trabalho, desde que o serviço possa acarretar para ele prejuízos de ordem física e moral (art. 408 da CLT) Da duração do trabalho Por força do art. 413 da CLT, proíbem-se a prorrogação da duração normal diária do trabalho do menor, salvo na hipótese de regime de compensação ou excepcionalmente, por motivo de força maior. Na primeira hipótese, a jornada poderá estender-se até mais 2 (duas) horas, mediante convenção ou acordo coletivo, desde que o excesso em um dia seja compensado pela diminuição em outro, de modo que não ultrapasse o limite máximo de 44 horas semanais ou outro inferior legalmente fixado. Em se tratando de regime de compensação, inexistirá hora extra. Na hipótese de força maior, a prorrogação é autorizada, desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento.

22 22 Ainda assim, a jornada máxima não poderá ultrapassar 12 horas, devendo ser pagas como extras aquelas que excederem a jornada normal. Entre o término desta jornada e o início da prorrogação deverá existir um intervalo de 15 minutos para descanso (parágrafo único do art. 413 da CLT). A prorrogação extraordinária deverá ser comunicada por escrito à autoridade competente, dentro de 48 horas. Em casos que o menor de 18 anos trabalha em mais de um estabelecimento, o total das horas trabalhadas não poderá exceder a 8 horas diárias Deveres dos responsáveis legais de Menores e dos Empregadores O art. 424 prescreve o que é o socialmente aceitável, imputando aos responsáveis legais (pais, mães ou tutores), o dever de afastar o menor de empregos que diminuam consideravelmente o seu tempo de estudo, reduzam o tempo de repouso necessário à sua saúde e constituição física, ou prejudiquem a sua educação moral. Dessa forma, este artigo expõe a obrigação dos responsáveis legais do menor-empregado, devendo ser analisado concomitantemente com o art. 408 (que faculta o rompimento contratual pelo "responsável") e, ainda, os arts. 434 e 437 da CLT. Ressalte-se que a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) dispõe de forma mais aprofundada acerca deste tema. Quanto aos empregadores de menores, o art. 425 dispõe que estes são obrigados a velar pela observância, nos seus estabelecimentos ou empresas, dos bons costumes e da decência pública, bem como das regras de higiene e segurança do trabalho (atual Segurança e Medicina do Trabalho). A série de medidas de proteção aos menores, tanto pelo aspecto físico (higiene e segurança), bem como as de proteção moral e psicológica dos menores, é incumbência do próprio Estado, de seus familiares e, ainda, por

23 23 determinação expressa deste art. 425, também de seus empregadores. A fiscalização deverá ser feita pelas Delegacias Regionais do Trabalho e também pelo Juizado da Infância e da Juventude. O empregador, cuja empresa ou estabelecimento possuir menores como empregados será obrigado a conceder-lhes o tempo que for necessário para a frequência às aulas, devendo os estabelecimentos situados em lugar onde a escola estiver a maior distância que 2 (dois) quilômetros, e que ocuparem, permanentemente mais de trinta menores analfabetos, com idade entre 14 a 18 anos, serão obrigados a manter local apropriado em que lhes seja ministrada a instrução primária. É o que é ditado pelo art. 427 da CLT O trabalho proibido e as medidas necessárias No aspecto do Direito do Trabalho, caso incidam os menores de dezoito anos em um dos trabalhos proibidos será declarada a nulidade do contrato de trabalho. Porém, a criança e o adolescente não podem ser prejudicados, pois a Lei objetivou protegê-los, então, receberão os direitos advindos deste contrato, inclusive os adicionais, caso o trabalho tenha sido realizado em atividades noturnas, insalubres ou perigosas, eis que produziu efeitos válidos até ser considerado nulo (NASCIMENTO, 2004, p. 23). Na esfera administrativa, caberá ao Auditor Fiscal do Trabalho adotar as medidas necessárias de acordo com orientação do Ministério Público do Trabalho, bem como observar o artigo 407 da CLT: Art. 407 Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo menor é prejudicial a sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou a sua moralidade, poderá obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo a respectiva empresa, quando for o caso, proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de funções (VILLELA, 2010, p. 103).

24 O Estatuto da Criança e do Adolescente O ECA foi instituído pela Lei no dia 13 de julho de Ela regulamenta os direitos das crianças e dos adolescentes inspirada nas diretrizes fornecidas pela Constituição Federal de 1988, que internalizou uma série de normativas internacionais: Declaração dos Direitos da Criança; Regras mínimas das Nações Unidas para administração da Justiça da Infância e da Juventude - Regras de Beijing; Diretrizes das Nações Unidas para prevenção da Delinqüência Juvenil. Entretanto, o art. 227, da Constituição Federal, determina que: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (BRASIL, 1988). Sendo assim, a Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente, regulamentou este conjunto de direitos instituindo mecanismos de efetivação através das políticas públicas. Recebendo, assim, caráter especial e diferenciado com prioridade máxima às demais políticas. Trouxe este uma nova visão, garantindo a criança - sujeito de direito - um desenvolvimento físico e psíquico sadio, exercitado na plenitude da convivência familiar e da sociedade livre que qualquer tipo de exploração. Segundo o art. 3º, a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Este mesmo Estatuto dispõe nos artigos 60 a 69, sobre a profissionalização e à proteção no trabalho, normas para esta população especial, constituindo possibilidades e limites para a sua participação no mercado de trabalho.

25 25 Muitas destas normas já estão incluídas na CLT, nos arts. 402 a 441. O Estatuto veio para confirmar e acrescentar outras normas como as garantias de pagamento do salário mínimo e encargos sociais. Estes direitos também foram todos garantidos no art. 227, 3º, da Constituição Federal, o qual estipula que a proteção especial destinada à criança e ao adolescente envolve, em conformidade com o art. 7º, inciso XXXIII, a garantia dos direitos trabalhistas e previdenciários e a garantia de acesso ao trabalhador adolescente à escola. Estas leis são essenciais para garantir ao adolescente os seus direitos, apesar da dificuldade de absorção da legislação pela sociedade brasileira, mas a realidade é que a grande maioria dos adolescentes que trabalham o faz por absoluta necessidade de sobrevivência, embora muitas das vezes as atividades são consideradas informais, e consequentemente distantes dos controles formais de fiscalização do Estado. Em sua obra Sergio Pinto Martins ensina que: O ideal seria que o adolescente pudesse ficar no seio de sua família, usufruindo das atividades escolares necessárias, sem entrar diretamente no mercado de trabalho, até por volta dos 24 anos, obtendo plena formação moral e cultural, mas, no caso de nosso país, isto se tem verificado impossível, tendo em vista a necessidade que todas as famílias têm de que suas crianças, atingindo por volta dos 12 anos, ou às vezes até antes, passem a trabalhar para conseguir a subsistência para o lar. Porém, entre a criança ficar abandonada, ou perambulando pelas ruas, onde provavelmente partirá para a prática de furtos e uso de drogas, certamente melhor é que se tenha um ofício, ou até um aprendizado, para que possa contribuir para a melhoria das condições de vida de sua família (MARTINS, 2007, p. 605). A Declaração Universal dos Direitos da Criança em seu art. 2º também prevê como finalidade principal da proteção do trabalho dos menores o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. Neste sentido o art. 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente assegura que: a criança e o adolescente têm direito à proteção, à vida e a saúde, mediante efetivação de políticas públicas sociais que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. Segundo Martins (2007, p.605) são quatro os fundamentos principais da proteção do trabalho da criança e do adolescente:

26 a) de ordem cultural, pois o menor deve poder estudar receber instrução; 26 b) de ordem moral, deve haver proibição de o menor trabalhar em locais que prejudiquem a moralidade; c) de ordem fisiológica, o menor não deve trabalhar em locais insalubres, perigosos, penosos, ou à noite, para que possa ter desenvolvimento físico normal e nem trabalhar em horas excessivas, que são as hipóteses em que há maior dispêndio de energia e maior desgaste; e por último, d) de ordem de segurança, assim como qualquer trabalhador, deve ser resguardado com normas de proteção que evitem os acidentes do trabalho, que podem prejudicar sua formação normal Da Proteção Integral ao Trabalho de Crianças e Adolescentes Foi a Convenção Internacional sobre Direitos da Criança e do Adolescente, ratificada pelo Brasil através do Decreto Legislativo nº 28, que apresentou para a órbita jurídica pátria a Doutrina da Proteção Integral. Em conformidade a estas normas, as crianças e adolescentes passaram de objeto para sujeitos de direitos, cabendo a cada país direcionar as suas políticas ao atendimento de seus interesses (VERONESE, 1997, p. 13). Posteriormente, a Constituição de 1988 proclamou a doutrina da proteção integral, em seu artigo 227, já descrito anteriormente, abordando a prioridade sobre os direitos das crianças e adolescentes. De forma coerente com o texto constitucional, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), dispôs em seu artigo 1º que: Esta lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. O juiz italiano Vercelone citado por Cury; Silva & Mendez (2001, p. 20) esclarece da seguinte maneira o sentido da expressão Proteção Integral : Deve-se entender a proteção integral como o conjunto de direitos que são próprios apenas dos cidadãos imaturos; estes direitos, diferentemente daqueles fundamentais reconhecidos a todos os cidadãos, concretizam-se em pretensões nem tanto e relação a um comportamento negativo (abster-se da violação daqueles direitos) quanto a um comportamento positivo por parte da autoridade pública e dos outros cidadãos, de regra adultos encarregados de assegurar esta proteção especial.

27 27 Cabe aqui ressaltar que a Proteção Integral da criança e do adolescente, compreende a garantia e efetivação de seus direitos fundamentais, reconhecidos pela Constituição, e que foram detalhados pelo ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo eles: o direito à vida e a saúde (arts. 7º a 14); direito à liberdade; direito ao respeito e a dignidade (arts. 15 a 18); direito à convivência familiar e comunitária (arts. 19 a 52); direito à educação, a cultura, ao esporte e ao lazer (arts. 53 a 59); direito à profissionalização e ao trabalho (arts. 60 a 69). O que pode ser resumido de maneira bem clara pelo Artigo 6º do ECA: Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as diligências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. Observando-se o tema, percebe-se que o princípio da proteção integral do menor, no direito do trabalho, nada mais é que a própria aplicação do Princípio Protetor, todavia, como se trata de sujeitos merecedores de atenção especializada, necessitam de proteção completa (global, incondicional e integral). No mesmo sentido, entende José Roberto Dantas Oliva (2006, p. 107) em sua obra sobre o Princípio da Proteção Integral, entendendo abranger este os seguintes princípios/garantias: Princípio da Cidadania: Por este princípio pressupõe-se que como as crianças e adolescentes foram reconhecidos sujeitos de direito, têm as mesmas garantias que os adultos, e ainda, de forma potencializada. A cidadania é direito universal previsto na Constituição, e aplicado à todos, sem discriminações. Desse modo, é direito a ser resguardado também às crianças e adolescentes que o exercerá no momento oportuno. Princípio do Bem Comum: O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 6º, pressupõe a promoção do bem comum sem distinções, como é objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. Assim sendo, ao ser realizada a proteção dos direitos infanto-juvenis devem ser observadas as necessidades da sociedade em geral, a fim de que não sejam danificados direitos alheios, promovendo assim, o bem de todos. Princípio da Condição Peculiar da Pessoa em Desenvolvimento: Como já citado anteriormente, as crianças e adolescentes merecem maior proteção pois são seres humanos imaturos, ainda não desenvolvidos completamente, sendo assim, devem as regras de proteção afastá-los de qualquer circunstância que prejudique sua formação física, psíquica, moral e intelectual.

28 28 Princípio do Atendimento Prioritário: Conforme dispõe o artigo 227 da CF e artigo 4º do ECA, a proteção a ser dispensada nas relações infantojuvenis, deve ser prioritária. Em qualquer situação, os interesses dos pequeninos devem ser considerados em primeiro plano. Vale ressaltar, porém, que este princípio não pode consagrar absurdos, e, portanto, dependerá da verificação do caso concreto para sua aplicação. Princípio da Ação Paritária: De acordo com este princípio a iniciativa privada juntamente com o poder público, deve promover uma política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente. Princípio da Proteção Especial ao Trabalho e a Educação do Adolescente Portador de Deficiência: O adolescente portador de deficiência, tem proteção especial tanto com relação a educação como ao trabalho, conforme se verifica no artigo 227, parágrafo 1º, II24, da CF. No que tange ao objeto de nosso estudo, dispõe o ECA no artigo 66, que ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido. Desse modo, na doutrina da Proteção Integral encontramos amparo ainda mais especial, que o Estado, a família, e a sociedade devem observar. O Princípio da Proteção Integral às Crianças e Adolescentes é considerado um desdobramento do Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana inserido em nosso ordenamento jurídico com a promulgação da Carta Magna de 1988, resguardado como clausula pétrea e, ainda, como direito e garantia fundamental. Sendo um princípio jurídico, revela sua importância como norma e auxiliar interpretativo no caso concreto, na medida em que não padece de rigidez e não é aliado à categoria da vigência, como ocorre com as regras A OIT e os demais países do mundo Como se sabe, as ações e decisões da OIT são manifestadas por meio de convenções e recomendações que podem ser ratificadas ou não pelos Estados-Membros. A seguir encontram-se enumeradas algumas das principais convenções sobre o trabalho do menor que foram ratificadas pelo Brasil: Convenção nº 05: estabeleceu 14 anos como idade mínima para admissão nas indústrias. menores de 18 anos. Convenção nº 06: proibiu o trabalho noturno nas indústrias aos Convenção nº 07: fixou a idade mínima para admissão no trabalho marítimo em 14 anos.

29 Convenção nº 10: estabeleceu a idade mínima de 14 anos para trabalhos na agricultura. 29 Convenção nº 13: proibiu o trabalho do menor de 18 anos em serviços de pintura industrial onde se utilize a alvaiade, o sulfato de chumbo ou qualquer produto que contenha esses elementos. Convenção nº 15: vedou o trabalho de menores de 18 anos nas funções de paioleiros ou foguistas. Convenção nº 16: estabeleceu obrigatoriedade de exames médicos dos menores de 18 anos antes do ingresso em empregos na marinha mercante. Convenção nº 24: criou o seguro-enfermidade aos trabalhadores das industrias, do comércio e no serviço doméstico, estendendo aos aprendizes. Convenção nº 33: consagrou a idade mínima de 14 anos para o início em trabalhos não industriais. Convenção nº 38: estendeu os benefícios do seguro-invalidez para os menores agricultores. indústria. Convenção nº 39: garantiu o seguro por morte aos menores na Convenção nº 58: revisou a convenção nº 07 e determinou a idade mínima para o trabalho marítimo em 15 anos. Convenção nº 59: revisou a convenção nº 05 estabelecendo a idade mínima para o trabalho nas indústrias em 15 anos. Convenção nº 60: revisou a convenção nº 33 e declarou como idade mínima para a o trabalho em estabelecimentos não industriais em 15 anos. Convenção nº 77: instituiu exame médico para aptidão ao emprego obrigatório aos menores na indústria.

30 Convenção nº 78: instituiu o exame médico obrigatório para aptidão aos menores em empregos não industriais. 30 Convenção nº 79: Limitou o trabalho noturno aos menores em trabalhos não industriais. Convenção nº 90: tratou sobre o a idade mínima para o trabalho noturno nas indústrias. minas. Convenção nº 123: dispôs sobre a idade mínima para o trabalho nas Convenção nº 124: estabeleceu exame médico obrigatório aos menores trabalhadores em minas. Convenção nº 136: atribuiu proteção contra riscos de intoxicação pelo benzeno e proibiu o trabalho de menores de 18 anos expostos a tal substância, exceto se orientados dos riscos, tivessem treinamento de uso e controle médico. Convenção nº 138: reuniu as disposições sobre idade mínima em setores diversos da economia das convenções anteriores, almejando a construção de um instrumento geral sobre o assunto. Determinou que todo País que ratificasse esta convenção estabelecesse a idade mínima para admissão ao emprego não inferior a conclusão da escolaridade, ou não inferior a 15 anos. E ainda, estabeleceu a idade mínima de 18 anos para admissão em trabalho que prejudique a saúde, segurança e moral do menor. Foi complementada pela recomendação 146. Convenção nº 182: Trata da proibição das piores formas de trabalho infantil e a ação imediata para sua eliminação; a recomendação nº 190 complementou esta convenção. Portanto, pode-se observar, de tudo que já fora explanado, que a proteção ao trabalho das crianças e adolescentes é uma preocupação mundial.

31 31 CAPÍTULO III DAS MODALIDADES DE TRABALHO PERMITIDAS AO ADOLESCENTE Como já mencionado anteriormente, a pessoa que possui idade entre doze e dezoito anos é considerado adolescente para fins deste estudo e podem trabalhar a partir dos quatorze anos, na condição de aprendiz. Entretanto, ainda assim, não se pode esquecer que são menores de idade, ainda em desenvolvimento, titulares de proteção especial. Por esse motivo, algumas regras relativas ao trabalho devem ser observadas. Uma pesquisa da OIT estimou que em 2000, havia 352 milhões de trabalhadores, com idades entre 5 e 17 anos no mundo. Destes, mais de 140 milhões eram adolescentes na faixa etária de 15 a 17 anos (KASSOUF, 2004, p. 15). Assim, muito embora haja permissão para o trabalho do adolescente, este não ocorre de qualquer forma, é necessário seguir as regras estabelecidas pelo legislador Do Adolescente Empregado Em primeiro lugar, dentre as várias modalidades de trabalho previstas para os adolescentes, destacaremos a figura do menor empregado, que se constitui naquele trabalhador entre dezesseis e dezoito anos incompletos, com disciplina jurídica disposta pela CLT. Na realidade, via de regra, as disposições sobre contratação do adolescente nesta faixa etária, é regulada nos mesmos moldes do trabalhador adulto, mas com algumas especificações (NASCIMENTO, 2005, p. 233). Sendo assim, todas as regras gerais de trabalho estabelecidas na CLT, são aplicadas ao adolescente empregado havendo apenas algumas exceções,

32 pois são merecedores de tutela especial em razão da idade, devendo ser seguidas as regras estabelecidas na CLT acima já retratadas. 32 Dentre as disposições especiais para esta modalidade de trabalho, podem se destacar, primeiramente, as relativas ao direito constitucional de férias. Estabelecem os artigos 134, 2º e 136, 2º34 da CLT, que as férias do adolescente empregado não podem ser fracionadas, e ainda, aqueles que cursam o ensino regular, podem solicitar que coincidam com os descansos escolares. O registro de menores e sua CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social deverão ser iguais aos de qualquer trabalhador. Segundo Amaury Mascaro Nascimento (2005, p.234), quatro são as normas legais de proteção à escolaridade: 1. O dever dos pais de afastar os menores de empregos que diminuam consideravelmente suas horas de estudos (art. 427 CLT); 2. A manutenção pelos empregadores de local apropriado para ministrarem instrução primária em certas condições (art. 427, CLT); 3. Concessão de férias no emprego coincidentes com as férias na escola (art. 136, CLT); 4. Proibição de fracionar a duração das férias (art. 134, 2º, CLT). A relação de trabalho especial entre empregado e empregador menor possui proteções constitucionais, sendo proibido de acordo com seu art. 7, XXXIII o emprego em trabalho noturno 2, perigoso ou insalubre a menor de 18 anos. Como já dito, outras regras pertinentes contidas na CLT já foram supra descritas. Na rescisão, deverá ter a representação dos pais ou responsáveis legais, não podendo o menor firmar recibos de pagamentos. Se o menor ficar afastado para cumprimento de serviço militar e não receber nenhum vencimento da empresa deverá ter seu FGTS depositado mês a mês. 2 Na CLT (Cap. IV, Seção I, art. 404) consta que: ao menor de 18(dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, considerado este o que for executado no período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas (KASSOUF, 2004, p. 40)

33 Importante dizer, que com claro intuito de proteção, não corre a prescrição contra o menor de 18 anos (CLT, art. 440). 33 O Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe todo o trabalho do menor de 14 anos, salvo o aprendiz, mas ressalva o trabalho educativo (art. 68) O Menor Aprendiz O aprendiz é o adolescente ou jovem entre 14 e 24 anos que esteja matriculado e frequentando a escola, caso não tenha concluído o Ensino Médio (art. 428, caput e 1º, da CLT) (BRASIL, 2013, p. 15). Levando em conta os princípios contidos no art. 227 da Constituição Federal (CF/88) e no ECA é assegurada aos adolescentes na faixa etária entre 14 e 18 anos prioridade na contratação para o exercício da função de aprendiz, salvo quando: A aprendizagem 3 I As atividades práticas de aprendizagem ocorrerem no interior do estabelecimento, sujeitando os aprendizes à insalubridade ou à periculosidade, sem que se possa ilidir o risco ou realizá-las integralmente em ambiente simulado; II A lei exigir, para o desempenho das atividades práticas, licença ou autorização vedada para pessoa com idade inferior a 18 anos; e III A natureza das atividades práticas for incompatível com o desenvolvimento físico, psicológico e moral dos adolescentes aprendizes (art. 11, incisos I, II e III, do Decreto nº 5.598/05). Nas atividades elencadas nos itens acima, deverão ser admitidos, obrigatoriamente, jovens na faixa etária entre 18 e 24 anos (art. 11, parágrafo único do Decreto nº 5.598/05) e pessoas com deficiência a partir dos 18 anos. (BRASIL, 2013, p ). é um contrato de trabalho especial, descrito dos artigos 428 a 433 da CLT, é ajustado por escrito e por prazo determinado. É, portanto, um contrato de trabalho, devendo o empregado ser registrado desde o primeiro dia de trabalho, embora haja ao mesmo tempo caráter discente. Poderá 3 O contrato de aprendizagem cria oportunidades tanto para o aprendiz quanto para as empresas, pois dá preparação ao iniciante de desempenhar atividades profissionais e de ter capacidade de discernimento para lidar com diferentes situações no mundo do trabalho. Ao mesmo tempo, permite às empresas formarem mão de obra qualificada, algo cada vez mais necessário em um cenário econômico em permanente evolução tecnológica (BRASIL, 2013, p. 11).

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