UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE FRANCISCO DE ASSIS DA SILVA AVALIAÇÃO DA DINÂMICA DOS VETORES DE Leishmania sp. EM FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA E EM AMBIENTE URBANO: INFLUÊNCIA DOS FATORES CLIMÁTICOS E AMBIENTAIS E SUAS INTERFERÊNCIAS NA SAÚDE PÚBLICA JOÃO PESSOA/PB 2018

2 FRANCISCO DE ASSIS DA SILVA AVALIAÇÃO DA DINÂMICA DOS VETORES DE Leishmania sp. EM FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA E EM AMBIENTE URBANO: INFLUÊNCIA DOS FATORES CLIMÁTICOS E AMBIENTAIS E SUAS INTERFERÊNCIAS NA SAÚDE PÚBLICA Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal da Paraíba, para obtenção do título de Mestre. Orientadora: Drª. MARÍLIA GABRIELA DOS SANTOS CAVALCANTI Co-orientadora: Drª. JANAÍNA MOREIRA DE MENESES JOÃO PESSOA 2018

3 Catalogação na publicação Seção de Catalogação e Classificação S586a Silva, Francisco De Assis Da. Avaliação da dinâmica dos vetores de Leishmania sp. em fragmentos de mata atlântica e em ambiente urbano: influência dos fatores climáticos e ambientais e suas interferências na saúde pública / Francisco De Assis Da Silva. - João Pessoa, f. : il. UFPB/BC Orientação: Marília Gabriela dos Santos Cavalcanti. Coorientação: Janaína Moreira de Meneses. Dissertação (Mestrado) - UFPB/CCEN. 1. Meio ambiente - Desenvolvimento. 2. Leishmaniose. 3. Flebotomíneos - Prevalência. 4. Distribuição - Flebotomíneos. I. Cavalcanti, Marília Gabriela dos Santos. II. Meneses, Janaína Moreira de. III. Título.

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5 Dedico esta dissertação à minha esposa e filhos pelo apoio incondicional em todos os momentos, principalmente nos de incerteza, muito comuns para quem tenta trilhar novos caminhos. Sem vocês nenhuma conquista valeria a pena. III

6 AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a Deus por ter colocado pessoas tão especiais a meu lado, que me auxiliaram quando mais precisei, sem essas pessoas certamente não teria conseguido. A meus pais, Antônio e Maria Jose (in memorian), meu infinito agradecimento, sempre acreditaram em minha capacidade, e mesmo eu achando que não seria capaz, estes me tornaram no MELHOR de todos. Isso só me fortaleceu e me fez tentar não ser o MELHOR, mas a fazer o melhor de mim. Obrigado pelo amor incondicional! A minha querida esposa, Cristina, por ser tão importante na minha vida, sempre esteve ao meu lado, me colocando para cima e me fazendo acreditar que posso ir e fazer mais do que imaginei. Obrigado pelo companheirismo, amizade, paciência, compreensão, apoio, alegria e amor, sem você este trabalho não poderia ser concretizado. Obrigado por ter feito do meu sonho o nosso sonho! Aos meus filhos Williano, Williegiton, Marcelo, Jordane Júnior e a minha nora Uberlândia Dantas por fazer parte da minha vida. Aos meus amigos do Ministério da Saúde, Ivanildo de Sales Pontes, Paulo Pedro Ferreira, Severino Cavalcanti Leite, Willima Jovem pelo apoio nas pesquisas, vocês foram essenciais. Agradeço também a 1º Gerencia Regional da Saúde do Estado da Paraíba. A minha orientadora, profa. Marília Gabriela dos S. Cavalcanti A todos os amigos do mestrado. A UFPB e ao Prodema pela oportunidade ofertada aos servidores neste mestrado. Ao Coordenador do Prodema, prof. Reinaldo por estar sempre presente e atuante. A todos os integrantes da Banca, pelas sugestões que certamente melhorarão o produto final desta Dissertação; Ao aluno de graduação, Breno Henrique Marques da Silva. A todos minha profunda gratidão. IV

7 Não é sobre chegar no topo do mundo e saber que venceu É sobre escalar e sentir que o caminho te fortaleceu (Ana Vilela) V

8 RESUMO As Leishmanioses (Tegumentar e Visceral) são doenças parasitárias, causadas por protozoários do gênero Leishmania spp. Atualmente as leishmanioses estão no rol de doenças negligenciadas, com meio milhão de novos casos e aproximadamente mortes por ano no mundo. É uma doença que afeta, desproporcionalmente, a população mais carente e é transmitida por flebotomíneos. A distribuição geográfica e a prevalência desses vetores no Brasil tem sido alvo de alguns estudos, porém não há nenhuma informação sobre a fauna flebotomínica em João Pessoa/PB, Brasil. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência e a distribuição desses flebotomíneos em dois tipos de ambientes como: fragmentos de Mata Atlântica, da Universidade Federal da Paraíba, Campus I, João Pessoa /PB, além de bairros no entorno como: Castelo Branco, Bancários, São Rafael, Torre, Mangabeira e Miramar. Para a captura desses flebótomos foram utilizadas armadilhas de luz do tipo CDC, durante 03 noites seguidas, além de capturas manuais com aspirador de Castro, no período seco (12 coletas) e chuvoso (12 coletas) entre novembro de 2016 a fevereiro de Durante o período de estudo foram encontrados 222 flebótomos. Destes, 143 (130 machos e 13 fêmeas) no ambiente de Mata Atlântica da UFPB e 79 em áreas urbanas. Em todo o período seco, nos 11 fragmentos de Mata, foram registradas 03 espécies de flebotomíneos: Lutzomya longipalpis, L. migonei e L. whitmani. No período chuvoso, ocorreu apenas a espécie L. longipalpis, esta espécie foi a única identificada nos bairros estudados, tanto no período seco como no chuvoso. Neste estudo ficou evidente que além dos fatores climáticos, características ambientais também podem estar envolvidas na distribuição desses vetores. Palavras-chave: Entomologia. Lutzomyia. Prevalência. VI

9 ABSTRACT Leishmaniasis are parasitic diseases, caused by protozoa of the genus Leishmania spp. Currently, Leishmaniasis is a neglected diseases, with half a million new cases and approximately 60,000 deaths per year worldwide. It is a disease that disproportionately affects the most needy population and is transmitted by sand flies. The geographic distribution and prevalence of these vectors in Brazil has been the subject of some studies, however there is no information about the phlebotomine fauna. The objective of this study was to evaluate the prevalence and distribution of these sandflies in two types of environments, such as: Atlantic Forest fragments in Federal University of Paraíba, Campus I, João Pessoa/ PB, Brazil, besides neighborhoods such as: Castelo Branco, Bancários, São Rafael, Torre, Mangabeira and Miramar. In order to capture these sandflies, light traps (CDC) were used during 03 consecutive nights, as well as manual catches with a Castro vacuum traps, in the dry period (12 collections) and rainy (12 collections) between November 2016 and February During the study period, 222 sandflies were found. Of these, 143 (130 males and 13 females) in the Atlantic Forest environment of the UFPB and 79 in urban areas. During the dry period, in the 11 Mata fragments, three species of sandflies were captured: Lutzomya longipalpis, L. migonei and L. whitmani. In the rainy season, only the species L. longipalpis occurred, this species was the only one identified in the neighborhoods, both in the dry and rainy season. In this study it was evident that besides the climatic factors, environmental characteristics may also be involved in the distribution of these vectors. Key-works: Entomology. Lutzomyia. Prevalence. VII

10 LISTA DE FIGURAS 1. Figuras da Parte Inicial da Dissertação Figura 01 Mapa Mundial da distribuição de Leishmaniose Visceral (2015) 15 Figura 02 Mapa Mundial da distribuição de Leishmaniose Cutânea (2015) 15 Figura 03 Indivíduo com manifestações clínicas de Leishmaniose Cutâneo Mucosa 17 Figura 04 Aspectos clínicos da Leishmaniose Visceral 18 Figura 05 Phebotomus papatasii macho (A) e Fêmea (B). Fêmea alimentada (C) 21 Figura 06 Ciclo de vida dos Flebotomíneos 23 Figura 07 Tubo de sucção tipo Castro 25 Figura 08 Armadilha Luminosa do tipo CDC Figuras do Capítulo 1 Figura 01 Mapa da distribuição de Leishmaniose Cutânea (A) e Visceral (B) no Brasil (2007) Figura 02 A. Mapa do Brasil, em destaque a Cidade de João Pessoa ( ), capital da Paraíba (laranja). B. Mapa da Universidade Federal da Paraíba (Delimitado em verde) e os 11 pontos trabalhados ( ). Mapa indicando os bairros trabalhados. Os bairros mais próximos a UFPB foram: CB: Castelo Branco, BA: Bancários e SR: São Rafael. Os bairros mais distantes: TO: Torre, MA: Mangabeira e MR: Miramar. Fonte: Dimitri de Araújo Costa. Sistema de Coordenadas Geográficas, Datum Sirgas 2000, Latitude Sul Fonte: AESA, Bings Maps. Figura 03 Fotos dos fragmentos da Universidade Federal da Paraíba-Campus I. A. Ponto 01; B. Ponto 02; C. Ponto 03; D. Ponto 04; E. Ponto 05; F. Ponto 06; G. Ponto 07; H. Ponto 08; I. Ponto 09; J. Ponto 10; K. Ponto 11. Fonte: Silva, F. A. Figura 04 Fotos dos bairros próximos à UFPB-Campus I. A. Castelo Branco; B. Bancários; C. São Rafael; D. Torre; E. Mangabeira; F. Miramar. Fonte: Silva, F. A. Figura 05 Abundância das três espécies do gênero Lutzomyia capturadas nos pontos amostrais correspondentes aos 11 fragmentos de Mata Atlântica da UFPB, no período seco e chuvoso. Fonte: Dimitri de Araújo Costa. Figura 06 Temperatura, umidade relativa do ar e número de flebótomos coletados no período seco, ao longo de novembro de 2016 a fevereiro de 2017, nos 11 fragmentos de Mata Atlântica da UFPB. Figura 07 Temperatura, umidade relativa do ar e número de flebótomos coletados no período chuvoso, ao longo de março de 2017 a maio de 2017, nos 11 fragmentos de Mata Atlântica. Figura 08 Correlação entre o número de flebótomos e os fatores climáticos (umidade e temperatura) nos períodos seco e chuvoso. Figura 09 Prevalência de flebotomíneos nos bairros investigados, no período seco e chuvoso nos bairros próximos a UFPB (Castelo Branco, São Rafael e Bancários) e mais distantes (Torre, Miramar e Mangabeira). Figura 10 Dados do SINAN relacionados ao número de casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) e Leishmaniose Visceral (LV) no período de 2014 e Fonte: Ministério da Saúde/SVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN Net VIII

11 LISTAS DE TABELAS 1. Tabelas da Parte Inicial da Dissertação Tabela 01 Espécies de Leishmania, Forma Clínica, Espécies vetoras e Reservatórios 22 Tabela 02 Tipos de Vigilância Entomológica, objetivos e metodologia Tabelas do Capítulo 1 Tabela 01 Teste de Wilcoxon onde é avaliado se há diferenças significativas tanto para a temperatura média quanto para a umidade em relação aos dois períodos (seco e chuvoso). Teste de Wilcoxon entre o número de flebótomos nos períodos seco e chuvoso. 50 IX

12 SUMÁRIO RESUMO 7 ABSTRACT 8 LISTA DE FIGURAS 9 LISTA DE TABELAS 10 1 INTRODUÇÃO 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Leishmaniose Leishmaniose Tegumentar Americana Leishmaniose Visceral Vetor Ciclo de Vida do Vetor Vigilância Entomológica 25 3 JUSTIFICATIVA 28 4 REFERÊNCIAS 29 CAPÍTULO 1: Identificação dos vetores de Leishmania sp. em fragmentos de Mata Atlântica, da Universidade Federal da Paraíba, Campus I, João Pessoa /PB e sua dispersão nos bairros de João Pessoa 34 Resumo 35 Introdução 36 Material e Métodos 39 Tipo de Estudo 39 Área de Estudo 41 Coleta das Amostras 43 Identificação dos Flebótomos 44 Análise dos dados 45 Resultados 46 Discussão 53 Conclusão 57 Referências 58 X

13 1. INTRODUÇÃO As Leishmanioses são antropozoonoses consideradas um grande problema de Saúde Pública, representando um complexo de doenças com importante espectro clínico e diversidade epidemiológica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 350 milhões de pessoas estejam expostas ao risco com registro aproximado de 2 milhões de novos casos em diferentes formas clínicas por ano (DESJEUX, 2004; NEVES, 2016). Nas últimas décadas, as análises epidemiológicas da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) e Visceral têm sugerido mudanças no padrão de transmissão, inicialmente considerada zoonoses de animais silvestres, que acometia ocasionalmente pessoas em contato com as florestas. Posteriormente, a doença começou a ocorrer em zonas rurais, já praticamente desmatadas, e em regiões periurbanas. Observa-se a existência de três perfis epidemiológicos: a) Silvestre em que ocorre a transmissão em áreas de vegetação primária (zoonose de animais silvestres); b) Ocupacional ou lazer em que a transmissão está associada à exploração desordenada da floresta e derrubada de matas para construção de estradas, extração de madeira, desenvolvimento de atividades agropecuárias, ecoturismo; (antropozoonose) e c) Rural ou periurbana em áreas de colonização (zoonose de matas residuais) ou periurbana, em que houve adaptação do vetor ao peridomicílio (zoonose de matas residuais e/ou antropozoonose) (BRASIL, 2017). Considerando as peculiaridades das áreas com e sem transmissão de LTA e, ainda, a diversidade das espécies de flebotomíneos vetores, acredita-se que a implementação de estudos bioecológicos das espécies apontadas como vetoras comprovadas e/ou suspeitas, trarão informações úteis para subsidiar a elaboração de indicadores que venham contribuir com a avaliação de risco, e, deste modo, possam gerar medidas de prevenção e controle mais eficazes (BRASIL, 2017). O monitoramento entomológico visa conhecer as espécies de flebotomíneos nas áreas novas de transmissão e nas áreas endêmicas, estabelecer curvas de sazonalidade para as espécies de flebotomíneos de importância médico-sanitária, além de monitorar as alterações de comportamento das principais espécies de flebotomíneos em relação aos seus ecótopos naturais (BRASIL, 2017). 12

14 Na tentativa de caracterizar a dinâmica dos vetores de Leishmania sp. em fragmentos de Mata Atlântica, da Universidade Federal da Paraíba, Campus I, João Pessoa/PB, bem como avaliar a presença desses vetores em diferentes bairros (Castelo Branco, Bancários, São Rafael, Torre, Mangabeira e Miramar) o presente estudo buscou realizar uma caracterização das espécies nesses ambientes, avaliando a sazonalidade nos períodos seco e chuvoso, possivelmente influenciados por fatores ambientais, o que poderá interferir em aspectos da saúde pública, visto que esses vetores transmitem a doença tropical da leishmaniose. A hipótese que fundamentou este estudo parte de que diferentes ecótopos pode interferir na diversidade de flebótomos, além disso, fatores ambientais e climáticos. Os resultados obtidos neste estudo foram apresentados em artigo (Capítulo 1) que será submetido na Revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. 13

15 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Leishmaniose As leishmanioses representam um grupo de doenças consideradas, primariamente, como uma zoonose podendo acometer o homem, quando este entra em contato com o ciclo de transmissão do parasito, transformando-se em uma antropozoonose. De acordo o Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (Special Programme for Research and Training in Tropical Diseases - TDR), da Organização Mundial de Saúde (World Health Organization - WHO), atualmente esta parasitose encontra-se entre as seis endemias consideradas prioritárias no mundo e são causadas por mais de 20 espécies de Leishmania que podem ser transmitidas pela picada da fêmea do flebótomo (WHO, 2016). A Organização Mundial de Saúde difere a Leishmaniose em quatro principais formas clínicas da doença, são elas: Leishmaniose Visceral (LV), também conhecida como Calazar, cuja incidência tem aumentado consideravelmente no Brasil nos últimos anos; Leishmaniose Dérmica Pós-Calazar (LDPC) é possivelmente a manifestação clínica mais desafiadora e intrigante no contexto da Leishmaniose visceral, e, apesar de frequente em países como Índia e Sudão, é pouco encontrada nos relatos da literatura sul-americana; Leishmaniose Cutânea (LC) e Leishmaniose Mucocutânea (LMC) (WHO, 2016). As leishmanioses ocorrem em 88 países de quatro continentes e, por ano, são estimados 1,6 milhões de casos novos (WHO, 2009). Em relação a LV, 90% dos casos ocorrem em Bangladesh, Índia, Nepal, Sudão e Brasil (Figura 01) e 90% dos casos de LT ocorrem no Afeganistão, Algéria, Brasil, Irã, Peru, Arábia Saudita e Síria (DESJEUX, 2004) (Figura 02). No Brasil as Leishmanioses são consideradas doenças emergentes e reemergentes em expansão, sendo de notificação compulsória em todo o território brasileiro, segundo a Portaria Ministerial n , de 18 de outubro de

16 Figura 01: Mapa Mundial da distribuição de Leishmaniose Visceral (2015) Fonte: Figura 02: Mapa Mundial da distribuição de Leishmaniose Cutânea (2015) Fonte: 15

17 Segundo o Departamento de Informática do SUS DATASUS, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos Notificação SINAN no período de 2007 a 2015, 348 casos em todo o Estado da Paraíba e 133 casos na cidade de João Pessoa de Leishmaniose Visceral. No tocante às notificações do agravo da Leishmaniose Tegumentar foram registrados as seguintes informações: no Estado da Paraíba foram notificados 600 (seiscentos casos) e no município de João Pessoa foram registrados 72 (setenta e dois casos) no mesmo recorte temporal (BRASIL, 2006). O Nordeste Brasileiro é a região com a prevalência mais alta de leishmaniose visceral humana e canina (LVC) no país (BAVIA et al., 2005). Na Paraíba, pouco se sabe sobre a prevalência real da LVC nos municípios e quais os fatores de risco associados à infecção (SILVA et al., 2016) Leishmaniose Tegumentar Americana A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é caracterizada pelo surgimento de lesões na pele, geralmente úlceras profundas que podem ser únicas ou múltiplas, principalmente em áreas expostas do corpo. Esta forma é causada por várias espécies de Leishmania, podendo ser transmitidas por uma grande variedade de espécies de flebotomíneos (CAMARGO; BARCINSKI, 2013). Algumas formas de LTA são bastante graves. É o caso da espúndia ou úlcera de Bauru, causada pela L. braziliensis. A lesão inicial é pequena e discreta, podendo se apresentar apenas como uma pequena pápula. Nestes sítios, células do sistema imunológico tentarão controlar a infecção e, em caso de insucesso, a lesão se expande e a epiderme irá ficar espessada e necrosada, abrindo uma úlcera (Figura 04). A úlcera pode produzir metástases na mucosa nasal e oral, com eventual destruição da arquitetura do nariz e do palato. Não-tratadas ou tratadas e nãocuradas, as lesões da face podem ser absolutamente mutilantes (Figura 03) (CAMARGO; BARCINSKI, 2013; NEVES, 2016). 16

18 Figura 03: Indivíduo com manifestações clínicas de Leishmaniose Cutâneo Mucosa Fonte: A LT pode apresentar variados reservatórios, agentes etiológicos, vetores e padrões de transmissão. Esta doença é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, devido às suas altas taxas de incidência e morbidade (WHO, 2010). Esta forma clínica atualmente apresenta-se em franca expansão geográfica no Brasil e sua distribuição não mais se restringe às áreas onde pessoas entram em contato com matas e animais silvestres, mas ocorre também em áreas rurais e regiões periurbanas e urbanas (DIAS et al., 2007) Leishmaniose Visceral A LV, também conhecida por Calazar, barriga d água, entre outras denominações menos conhecidas, é uma doença crônica, grave, potencialmente fatal para o homem quando não se institui o tratamento adequado. É causada pela Leishmania infantum, cuja transmissão ocorre principalmente através da picada de fêmeas de flebotomíneos da espécie Lutzomyia longipalpis, onde o Canis lupus familiaris, o cão, é o principal reservatório. Endêmica em cinco continentes, mais de 17

19 90% dos casos mundiais ocorrem em Bangladesh, Índia, Sudão, Sudão do Sul, Etiópia e Brasil. A incidência anual estimada da doença é de cerca de a novos casos, porém, esses dados são subestimados, uma vez que esta parasitose não é de notificação compulsória em todos os países, além disso, muitos deles não realizam vigilância ou outras investigações e não possuem um sistema de armazenamento de dados (BRASIL, 2014; HARDT-GOMES; HARDT-GOMES, 2009). Mesmo com grande parte dos casos sendo subnotificados, o Brasil é atualmente responsável por cerca de 90% dos casos da América Latina. Em 2012 foram notificados casos da doença em humanos, com uma incidência da ordem de 1,57 casos/ habitantes e uma taxa de letalidade de 7,1%. Até uma ou duas décadas atrás, essa zoonose acometia indivíduos com condições socioeconômicas reduzidas, residentes em áreas rurais ou semiáridas do nordeste, que contava com cerca de 90% dos casos notificados no país (ALVAR et al., 2012). Atualmente, a doença se expande para as outras regiões e atinge áreas urbanas e periurbanas (BRASIL, 2014). Pacientes com LV apresentam febre prolongada, leucopenia, anemia, hipergamaglobulinemia, tosse, dor abdominal, diarreia, perda de peso, caquexia esplenomegalia e hepatomegalia (Figura 04) (GONTIJO; MELO, 2004). Figura 04: Aspectos clínicos da Leishmaniose Visceral Fonte: Este caráter eminentemente rural vem se alterando e, mais recentemente, a doença tem se expandindo para as áreas urbanas de médio e grande porte. A LV atinge as cinco regiões brasileiras e sua maior incidência encontra-se no Nordeste (BRASIL, 2014). 18

20 No Brasil, desde 1999, ocorreu um acentuado aumento no número de casos de LV. Um dos fatores que podem estar relacionados a este aumento é a migração de pessoas das áreas rurais para os subúrbios das grandes cidades que contribuiu para a formação de assentamentos onde o parasito pode encontrar um grande número de hospedeiros não-imunes e vulneráveis à infecção (WHO, 2010). Estas migrações e a forma como as pessoas se distribuíam em assentamentos criaram condições favoráveis para a emergência e reemergência de doenças. Além disso, fatores como mudanças ambientais e climáticas, redução de investimentos em saúde e educação, adaptação do vetor aos ambientes modificados, dificuldades no controle da doença em grandes centros e problemas com saneamento básico são fatores determinantes para o quadro de dispersão e manutenção desta parasitose nas cidades (GONTIJO; MELO, 2004). Nesta parasitose o cão é um importante hospedeiro, sendo grande o número de animais infectados, podendo variar de acordo com a região estudada (LEÇA et al., 2015; OLIVEIRA et al., 2016). Estes cães, quando infectados por L. infantum, apresentam numerosos riscos para a saúde pública (DANTAS-TORRES, 2007). As áreas geográficas com transmissão de LV estão se expandindo cada vez mais. A doença, considerada uma das prioridades entre as doenças tropicais pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é endêmica em noventa e oito países, incluindo o Brasil (WHO, 2010), cujas áreas de ocorrência aumentam progressivamente (GONTIJO; MELO, 2004; MAIA -ELKHOURY, 2008). No Brasil, as medidas adotadas para controlar a LV envolvem: tratar pessoas infectadas, controlar vetores, além de diagnosticar e remover cachorros infectados. O diagnóstico de LV em seres humanos e animais deve basear-se na observação dos sinais e sintomas clínicos que são sugestivos da doença, além da realização de teste laboratorial que pode confirmar a presença de parasitas nos tecidos ou a presença de anticorpos anti-leishmania no soro (COURA- VITAL et al., 2011; BRASIL, 2014). Atualmente, os casos que se concentravam no Nordeste passaram a ser notificados com mais frequência nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, com uma expansão da doença observada em quase todo o território nacional, em razão da urbanização e alto índice de pobreza (ALVAR JORGE et al., 2006). No Brasil, ao longo da década de 90, ocorrem importantes epidemias em várias cidades da região Nordeste São Luís, Natal e Aracaju, Norte Bom Vista e Santarém, Sudeste Belo Horizonte e Montes Claros e Centro Oeste Cuiabá e 19

21 Campo Grande. Em Minas Gerais, observou- se no período de 2004 a 2008, um total de casos de LV, correspondendo a 68% dos casos registrados na região Sudeste e 14% do país (CERBINO-NETO et al., 2009). 2.2 Vetor Os flebotomíneos (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) são insetos dípetros, psychodídeos de grande importância em Saúde Pública, uma vez que são responsáveis pela transmissão de bactérias, vírus, além de parasitas, incluindo protozoários pertencentes ao gênero Leishmania (Kinetoplastida: Trypanosomatidae). Acredita-se que 98 espécies de flebotomíneos são vetores (comprovados ou suspeitos de leishmaniose humana) (MAROLI et al., 2013). Esses insetos apresentam pequeno porte, com corpo piloso, delgado e se diferenciam de outros dípteros por apresentarem todo seu estágio larvar em matéria orgânica contida no solo e não em água. Na fase adulta, apresentam dimorfismo sexual (Figura 05, A e B), alimentam-se de seiva para manter a homeostase, mas diferente dos machos, as fêmeas precisam de uma dieta sanguínea para maturação ovariana e assim prosseguir com a oviposição e manutenção do ciclo de vida (Figura 05, C) (BASTOS, 2012). Esses Dípteros estão distribuídos no mundo, com grande abundância em regiões Neotropicais (SHIMABUKURO; GALATI, 2011). Entre as espécies mais importantes, os pertencentes ao gênero Lutzomyia (YOUNG; DUNCAN, 1994) são responsáveis pela transmissão da Leishmaniose nas Américas (KILLICK-KENDRICK, 1999). A disseminação geográfica da LCA tem correlacionado diretamente com a distribuição de espécies de flebótomos. Isso é influenciado por mudanças ambientais e climáticas devido à atividade humana, resultando na adaptação de espécies selvagens a ambientes modificados, como dentro de abrigos de animais domésticos em áreas urbanas (KOVATS et al., 2001; PATZ et al., 2004). O Brasil possui condições ideais para abrigar diversas espécies de flebotomíneos, pois possui clima tropical, além de densa área silvestre. Das 927 espécies já conhecidas, no Brasil pode-se encontrar 260 espécies. Dentre todas espécies já identificadas no país, 19 delas são vetores de Leishmaniose. Duas dessas 20

22 espécies se destacam por transmitirem a Leishmania (Leishmania) infantum chagasi, causadora da LV, são elas L. longipalpis e Lutzomyia cruzi (SANTOS et al., 1998; RANGEL; LAINSON, 2003). Outras espécies são importantes na transmissão de LTA (Lutzomyia whitmani, Lutzomyia intermedia, Lutzomyia wellcomei, Lutzomyia complexa, Lutzomyia neivai, Lutzomyia fischeri and Lutzomyia migonei) (MAROLI et al., 2013). A C B Figura 05: Phebotomus papatasii macho (A) e Fêmea (B). Fêmea alimentada (C) Fonte: Sabin, Philip and Paul. JAMA 125: (1944) Na região Nordeste, a fauna é diversificada, por exemplo, no estado de Pernambuco, a diversidade de espécies é menor do que nos estados do Maranhão e da Bahia, mas é muito maior do que nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (DANTAS -TORRES et al., 2010). 21

23 Espécies do gênero Leishmania Leishmania guyanensis Floch, 1954 Leishmania amazonensis Lainson & Shaw, 1972 Leishmania braziliensis Vianna, 1911 Leishmania Infantum Nicolle, 1908 Leishmania lainsoni Silveira, Shaw, Braga & Ishikawa, 1987 Leishmania shawi Lainson, Braga & de Souza, 1989 Leishmania naiffi Lainson & Shaw, 1989 Leishmania lindenbergi Silveira, Ishikawa & de Souza, 2002 Tabela 01: Espécies de Leishmania, Forma Clínica, Espécies vetoras e Reservatórios Fonte: Forma Clínica Espécies Vetoras Reservatórios Leishmaniose Cutânea (caráter zoonótico) Leishmaniose Cutânea Leishmaniose Cutânea (caráter zoonótico) e Mucocutânea Leishmaniose visceral (caráter zoonótico) Leishmaniose Cutânea (caráter zoonótico) Leishmaniose Cutânea (caráter zoonótico) Leishmaniose Cutânea (caráter zoonótico) Leishmaniose Cutânea (caráter zoonótico) Lu. umbratilis Lu. anduzei Lu. whitmani Lu. flaviscutellata Lu. longipalpis Lu. whitmani Lu. intermedia Lu. wellcomei Lu. complexa Lu. neivai Lu. edwardsi Lu. migonei Lu. longipalpis Lu. cruzi Lu. almerio Lu. salesi Lu. ubiquitalis Lu whitmani Lu. squamiventris Lu. paraenses Lu. amazonenses Lu.ayrozai Desconhecido Choloepus sp. Tamandua sp. Didelphis sp. Proechimys sp. Proechimys sp. Oryzomys sp. Wiedomys sp. Canis familiaris Rattus rattus Akodon arviculoides Bolomys sp. Nectomis sp. Thrichomys sp. Canis familiaris Lycalopex vetulus Cedocyon thous Didelphis albiventris Agouti paca Cebus apela Chiropotes satanus Nasua nasua Bradypus tridactylus Choloepus didactylus Dasypus novemcinctus Desconhecido Ciclo de Vida do Vetor As fêmeas de flebótomos podem realizar a oviposição no solo, nas tocas de roedores, casca de árvores antigas, edifícios abandonados, rachaduras em paredes de casas, abrigos de animais, lixo doméstico e em outros micro-habitats úmidos, pois nesses ambientes as larvas encontrarão a matéria orgânica, calor e umidade necessários para o seu desenvolvimento (HANSON, 1961). As larvas dos flebotomíneos são pequenas (<12mm) claras, vermiformes, com cápsula cefálica escura e esclerotinizada. Após a eclosão, as larvas de primeiro 22

24 estádio alimentam-se de matéria orgânica em decomposição (YOUNG; DUNCAN, 1994). Os flebotomíneos são insetos holometábolos com ciclo de vida composto pela fase de ovo, larva (com quatro estádios), pupa e adulto (Figura 06). Na maioria das espécies, na larva de primeiro instar observa-se um único par de cerdas caudais, diferentemente da larva de segundo a quarto ínstar que apresentam dois pares de cerdas caudais (BRAZIL; BRAZIL, 2003; DIAS, 2011). Adulto Pupa Ovo Larva (Instar IV) Larva (Instar I) Larva (Instar II) Larva (Instar III) Figura 06: Ciclo de vida dos Flebotomíneos Fonte: Figura adaptada de: O desenvolvimento das larvas de algumas espécies de flebotomíneos pode ser de 18 dias, mas este período pode variar de acordo com as condições ambientais, podendo, inclusive ser prolongado por meses em condições desfavoráveis, como clima frio e seco, retardando a transformação da larva em pupa (YOUNG; DUNCAN, 1994). Pouco se sabe a respeito dos criadouros dos flebotomíneos. As larvas apresentam grande mobilidade ao se deslocarem em busca de alimento, além disso, uma infinidade de ecótopos pode ser utilizada como abrigo para o inseto adulto 23

25 (ANDRADE FILHO et al., 1998). Estas são algumas das razões pela quais os criadouros naturais dos flebotomíneos são difíceis de serem encontrados e este fato contribui para um maior número de ações direcionadas ao inseto adulto nas estratégias de controle das leishmanioses (SHERLOCK, 2003; ALENCAR, 2007). Antes de se transformar em pupa, a larva de 4º ínstar deixa de se alimentar e procura um lugar, geralmente mais seco. A pupa permanece ligada a um substrato, como uma folha morta, pedra ou outro objeto. A fase de repouso dura de 7 a 12 dias e os machos, habitualmente, emergem antes das fêmeas (YOUNG; DUNCAN, 1994). Adultos de ambos os sexos precisam de carboidratos (açúcares) como fonte de energia. Os carboidratos influenciam o desenvolvimento e infectividade da Leishmania em flebotomíneos. As fêmeas, além dos açúcares, necessitam de sangue de vertebrados para a maturação de seus ovos. Algumas espécies se alimentam apenas uma vez entre as posturas, enquanto outras precisam de vários repastos para apenas um ciclo de oviposição (YOUNG; DUNCAN, 1994; BRAZIL; BRAZIL, 2003; SHERLOCK, 2003). Os flebotomíneos, em geral, quando adultos abrigam-se em troncos de árvores, tocas de animais, folhas caídas no solo, copa das árvores e frestas em rochas (ALEXANDER et al., 1992; AZEVEDO et al., 1993). 2.3 Vigilância Entomológica No Programa de Controle da Leishmaniose Visceral, o objetivo das investigações entomológicas é levantar as informações de caráter quantitativo e qualitativo sobre os flebotomíneos transmissores da LV. Várias são as metodologias que podem ser empregadas, do ponto de vista operacional, tais como: coleta manual com tubo de sucção tipo Castro (Figura 07); coleta manual com capturador motorizado; coleta com armadilha adesiva; coleta com armadilhas luminosas (modelo CDC ou similar) (Figura 08) e as armadilhas com animais ou com feromônios, que nada mais são que uma otimização das metodologias anteriores. 24

26 Figura 07: Tubo de sucção tipo Castro Fonte: Francisco de Assis da Silva Figura 08: Armadilha Luminosa do tipo CDC Fonte: Francisco de Assis da Silva Cada Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio do Núcleo de Entomologia ou setor afim, tem a responsabilidade pela capacitação de recursos humanos, assessoria técnica para definição de estratégias, definição das áreas a serem trabalhadas, acompanhamento e/ou execução das ações de investigação entomológica, avaliação do controle químico entre outras. A vigilância Entomológica possui metodologia própria e poderá ser realizada de acordo com os objetivos, podendo ser dividido em: levantamento, investigação ou monitoramento entomológico (tabela 2): 25

27 Tabela 02: Tipos de Vigilância Entomológica, objetivos e metodologia Fonte: Vigilância Entomológica Levantamento Entomológico Investigação Entomológica Objetivos Verificar a presença de L. longipalpis e/ou L. cruzi, em municípios sem casos humanos de LV ou municípios silenciosos. Verificar a presença de L. longipalpis e/ou L. cruzi, em municípios com transmissão esporádica, moderada ou intensa e que não tenham sido realizadas investigações anteriores. Conhecer a dispersão do vetor no município, a fim de apontar naqueles sem casos autóctones de LV as áreas receptivas para a realização do inquérito amostral canino e nos municípios com transmissão da LV orientar as ações de controle do vetor. Confirmar a área como de transmissão autóctone. Verificar a presença de L. longipalpis e/ou L. cruzi, em municípios com a ocorrência do primeiro caso de LV ou em situações de surto. Metodologia A metodologia proposta para o levantamento entomológico é a armadilha de isca luminosa, onde a unidade de pesquisada para a zona rural é a localidade e para a zona urbana, os setores de zoneamento para o controle do Aedes aegypti. A coleta de flebótomos deverá ser realizada em todos os setores/localidade do município, utilizando-se de 02 até 10 armadilhas (em cada setor/localidade). Cada armadilha deverá ser instalada no peridomicílio, preferencialmente, em abrigos de animais, e deverão ser expostas uma hora após o crepúsculo até o período matutino seguinte (de preferência retirar antes das 7 horas) durante três noites consecutivas. Os domicílios selecionados deverão ser, preferencialmente, aqueles sugestivos para a presença do vetor (residências com peridomicílio que possuam presença de plantas, acúmulo de matéria orgânica, presença de animais domésticos como cães, galinhas, porcos, cavalos, cabritos, entre outros). As condições socioeconômicas e o tipo de moradia são critérios que podem ser levados em consideração para a seleção da unidade domiciliar. Para a investigação entomológica a metodologia sugerida é coleta manual e/ou a armadilha adesiva. A coleta manual deverá ser realizada com o auxílio de um tubo de sucção (tipo aspirador de Castro) ou aspiradores elétricos (6 volts) e uma fonte de luz (lanterna). Deverão ser pesquisadas as paredes do intradomicílio, especialmente, dos dormitórios. No peridomicílio deverão ser pesquisados, principalmente, os anexos e os abrigos de animais. As coletas deverão ser realizadas no mínimo em três noites consecutivas em cada domicílio. O período mínimo de pesquisa será estabelecido em 30 minutos/domicílio, sendo: 15 minutos para a coleta no intradomicílio e 15 minutos para o peridomicílio, este tempo poderá ser aumentado em função do tipo 26

28 Monitoramento Conhecer a distribuição sazonal e abundância relativa das espécies L. longipalpis e/ou L. cruzi, visando estabelecer o período mais favorável para a transmissão da LV e direcionar as medidas de prevenção e controle químico do vetor. de habitação. A coleta manual deverá ser iniciada uma hora após o crepúsculo e prosseguir, se possível, até às 22 horas. A coleta com armadilhas adesivas deverão ser expostas de forma suspensa deverão ser penduradas no intradomicílio, especialmente, no dormitório e no peridomicílio, preferencialmente, em abrigos de animais, protegidos da chuva. Deverão ser expostas, no mínimo, uma armadilha em cada ambiente. O tempo de exposição deverá ser de 04 dias. O período de exposição deverá ser iniciado uma hora após o crepúsculo, do primeiro dia até manhã do quinto dia. O método preconizado para a realização do monitoramento é a utilização de armadilha de isca luminosa. Deverão ser selecionados dez domicílios, que serão os pontos de coleta no município. Em cada peridomicílio, será instalada uma armadilha, preferencialmente, disposta em abrigos de animais. As armadilhas deverão ser expostas por 12 horas, iniciando-se uma hora a partir do crepúsculo, durante quatro noites consecutivas por mês, durante dois anos, no mínimo. O domicílio escolhido deverá ser preferencialmente aquele sugestivo para a presença do vetor tais como: residências com peridomicílio, presença de plantas (árvores, arbustos), acúmulo de matéria orgânica, presença de animais domésticos (cães, galinhas, porcos, Figura 27 A - Armadilha adesiva no intradomicílio Figura 27B - Armadilha adesiva no peridomicílio 50 cavalos, cabritos, entre outros). As condições socioeconômicas e o tipo de moradia são critérios que podem ser levados em consideração para a seleção da unidade domiciliar. O monitoramento permite, também, verificar a relação da abundância relativa do vetor no peri e intradomicílio, com a finalidade de orientar medidas de controle nestes ambientes. Para tanto, as pesquisas no peri e intradomicílio deverão ser concomitantes. 27

29 3. JUSTIFICATIVA As mudanças ambientais, seja por fenômenos naturais ou intervenção humana, como destruição das matas nativas, alteram os habitats naturais destes insetos e modificam a situação ecológica entre vetores e parasitos (PESSOA et al., 2007). Fatores como temperatura, umidade relativa do ar e precipitação podem influenciar na densidade populacional de flebotomíneos. A ocupação humana desordenada e a invasão em áreas florestais permitem que os vetores se aproximem cada vez mais do peridomicílio e domicílio e o ciclo das leishmanias ocorram de forma extrasilvestre (LAINSON; SHAW, 1998; ELNAIEN et al., 2003; MADEIRA et al., 2003; QUEIROZ et al., 2012). O aumento na abundância e na diversidade de flebotomíneos no peridomicílio tem sido observado em várias regiões do Brasil nos últimos anos (GUIMARÃES et al., 2012). É importante correlacionar a densidade desses vetores com aspectos ambientais tais como vegetação, presença de raízes expostas, árvores, galhos e matéria orgânica, que podem servir de abrigo ou áreas para a oviposição (CAMARGO- NEVES et al., 2001). Além disso, fatores climáticos relacionados à umidade, temperatura e precipitação também podem contribuir na variação entomológica. Em locais mais carentes, onde há deficiência ou ausência de saneamento básico, elevada densidade populacional de animais, podem contribuir com o acúmulo de matéria orgânica e dessa forma, possibilitar a presença de algumas espécies de mosquitos em áreas urbanas, uma vez que estes insetos apresentam capacidade de se adaptar a ambientes com uma profunda diferença em relação aos seus habitats naturais (ALMEIDA et al., 2010). Desta forma, ações de políticas públicas compreendem: a identificação dos animais domésticos com a doença ( calazar ), acompanhamento dos casos humanos, elaboração de planejamento de campo para a identificação dos vetores alados. Com os resultados positivos, aplica-se métodos de controle, que são a aplicação química, por meio de inseticidas, juntamente com o sacrifício dos animais contaminados (eutanásia); além disso, as pessoas com a leishmaniose serão tratadas com medicamentos à base de Antimoniato de Meglumina, que é utilizado para tratamento das leishmanioses visceral e tegumentar (BRASIL, 2017). Com o trabalho realizado em dois tipos de ambientes, os gestores públicos podem aplicar adicionalmente atividades de educação ambiental, para a conscientização das populações humanas. 28

30 Nesta dissertação são apresentados os resultados da pesquisa entomológica realizada no Campus I da UFPB, em João Pessoa/PB - Brasil, objetivando conhecer a fauna flebotomínica e identificar as possíveis espécies implicadas na transmissão de Leishmaniose Tegumentar e Visceral. Além do Campus I, o projeto se estendeu para bairros próximos e mais distantes do Campus I para avaliar se há dispersão de espécies do ambiente de Mata Atlântica para os bairros, uma vez que nestes bairros há casos notificados de Leishmaniose Visceral canina e humana, além de tegumentar. Os resultados deste trabalho está apresentado no Capítulo 1 e será publicado na Revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. 4. REFERÊNCIAS ALENCAR RB. Emergência de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) em chão de floresta de terra firme na Amazônia Central do Brasil: uso de um modelo modificado de armadilha de emergência. Acta Amaz 2007; 37(2): ALEXANDER B, FERRO C, YOUNG DG, MORALES A, TESH RB. Ecology of phlebotomine sand flies (Diptera: Psychodidae) in a focus of Leishmania (Viannia) braziliensis in Northern Colombia. Mem Inst Oswaldo Cruz 1992; 87: ALMEIDA PS, MINZÃO ER, MINZÃO LD, SILVA SR, FERREIRA AD, FACCENDA O, et al. Aspectos ecológicos de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) em área urbana do município de Ponta Porã, Estado de Mato Grosso do Sul. Rev Soc Bras Med Trop 2010; 43: ALVAR J, VÉLEZ ID, BERN C, HERRERO M, DESJEUX P, CANO J. Leishmaniasis worldwide and global estimates of its incidence. PloS one,2012 v. 7, n. 5, p. e ALVAR, J.; YACTAYO, S.; BERN, C.. Leishmaniasis and poverty. Trends in Parasitology, 2006, v. 22, n. 12, p ANDRADE FILHO, J.D., OLIVEIRA, R. C, FONSECA, A. R. Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) Coletados com Armadilha Malaise no Centro-Oeste de Minas Gerais. Neotropical Entomology 2008; 37(1): AZEVEDO ACR, LUZ SLB, VILELA ML, RANGEL EF. Studies on the sandfly fauna of Samuel ecological station, Porto Velho Municipality, Rondônia State, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 1993; 88: BASTOS, T. S. A. ESTUDOS INTRODUTÓRIOS SOBRE FLEBOTOMÍNEOS, Mestrado, GOIÂNIA, 33p. 2012, 29

31 BAVIA M.E.; CARNEIRO D.D.; GURGEL H.C.; MADUREIRA FILHO C. e BARBOSA M.G. Remote sensing and geographic information systems and risk of American visceral leishmaniasis in Bahia, Brazil. Parasitol. 2005, 47: BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS DATASUS. Disponível em: Acesso em: 15 ago BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. 1. ed., 5. reimpr. Brasília : Ministério da Saúde, BRAZIL, P.P.; BRAZIL BG. Biologia de flebotomíneos neotropicais. In: Rangel, E. F., Lainson, R. (Eds.), Flebotomíneos do Brasil. Fiocruz, Rio de Janeiro 2003; pp BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006 CAMARGO, Luis Marcelo Aranha; BARCINSKI, Marcello André. Leishmanioses, feridas bravas e kalazar. Cienc. Cult., São Paulo, v. 55, n. 1, p , Jan CAMARGO-NEVES VLF, KATZ G, RODAS LAC, POLETTO DW, LAGE LC, SPÍNOLA RMF, et al. Utilização de ferramentas de análise espacial na vigilância epidemiológica de leishmaniose visceral americana - Araçatuba, São Paulo, Brasil, Cad Saude Publica 2001; 17: CEVS. CENTRO ESTADUAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL. Leishmaniose visceral no estado. Nota técnica de 12 fev CERBINO NETO J, WERNECK GL, COSTA CHN. Factors associated with the incidence of urban visceral leishmaniasis: an ecological study in Teresina, Piauí State, Brazil. Cad Saude Publica. 2009;25(7): COURA-VITAL, W. et al. Prevalence and factors associated with Leishmania infantum infection of dogs from an urban area of Brazil as identified by molecular methods. PLoS Neglected Tropical Diseases, v.5, n.9, p.e1291, DANTAS-TORRES, F.; ANDRADE, A.J.; TENÓRIO, K.E.R.; ANDRADE FILHO, J.D.; BALBINO, V.Q.; BRANDÃO-FILHO, S.P Phlebotomine sand flies (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) in the State of Pernambuco. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 43(6): DESJEUX, P. Leishmaniasis. Nature Reviews: 2, , 2004 DIAS ES, SILVA JCF, SILVA JC, MONTEIRO EM, PAULA KM, GONÇALVES CM, et al. Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) de um foco de leishmaniose tegumentar no Estado de Minas Gerais. Ver. Soc. Bras. Medicina Tropical 2007; 40(1):

32 DIAS ES. PSYCHODIDAE. IN: NEVES DP, MELO AL, LINARDI PM, VITOR RWA. Parasitologia Humana. Atheneu 2011; 12 ed ELNAIEM DEA, SCHORSCHER J, BENDALL A, OBSOMER V, OSMAN ME, MEKKAWI AM, et al. Risk mapping of visceral leishmaniasis: the role of local variation in rainfall and altitude on the presence and incidence of kala-azar in eastern sudan. Am. J. Trop. Med. Hyg 2003; 68(1): GONTIJO, C.M.F.; MELO, M. N. Leishmaniose Visceral no Brasil: quadro atual, desafios e perspectivas. Rev. Bras. Epidemiol.Vol. 7, Nº 3, GUIMARÃES VCFV, COSTA PL, SILVA FJ, SILVA KT, SILVA KG, ARAÚJO AIF, et al. Phlebotomine sandflies (Diptera: Psychodidae) in São Vicente Férrer, a sympatric area to cutaneous and visceral leishmaniasis in the State of Pernambuco, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop 2012; 45: HANSON WJ. The breeding places of Phlebotomms in Panama (Diptera, Psychodidae). Ann. Ent. Soc. Amer 1961; 54: HARDT-GOMES LUCIANA, HARDT-GOMES RICARDO. Diagnóstico de serviços de controle de zoonoses no Estado de São Paulo. BEPA, Bol. epidemiol. paul. (Online), São Paulo, 2009, v. 6, n. 72, dez. KILLICK-KENDRICK R. The biology and control of phlebotomine sand flies. Clin Dermatol May-Jun;17(3): KOVATS, R. S., LENDRUM, D.H.C., MCMICHAEL, A.J., WOODWARD, A., COX, J.S. Early effects of climate change: do they include changes in vector-borne disease? Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci 2001; 356(1411): LAINSON R; SHAW JJ. New World leishmaniasis. The neotropical Leishmania species. In FEG Cox, JP Kreier, D Wakelin (eds.), Topley & Wilson s microbiology & microbiol infections, 9th ed., vol. 5, Parasitology, Arnold, London 1998; p LEÇA NF JR, GUEDES PEB, SANTANA LN, ALMEIDA VA, CARVALHO FS, ALBUQUERQUE GR, et al. Epidemiology of canine leishmaniasis in southern Bahia, Brazil. Acta Trop 2015; 148: PMid: MADEIRA MF, UCHOA CMA, LEAL CA, SILVA RMM, DUARTE R, MAGALHÃES CM, et al. Leishmania (Viannia) braziliensis em cães naturalmente infectados. Rev Soc Bras Med Trop 2003; 36: MAIA-ELKHOURY ANS, ALVES WA, SOUSA-GOMES ML, SENA JM, LUNA EA. Visceral leishmaniasis in Brazil: trends and challenges. Cad Saude Publica. 2008;24(12): MAROLI M, FELICIANGELI MD, BICHAUD L, CHARREL RN, GRADONI L. Phlebotomine sandflies and the spreading of leishmaniases and other diseases of public health concern. Med Vet Entomol 2013; 27(2):

33 MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana. 2ª Ed., Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília, DF, 184 p., NEVES, D. P.. Parasitologia Humana, 13 Edição, Editora Atheneu, 2016 OLIVEIRA TNA, GUEDES PEB, SOUZA GB, CARVALHO FS, ALBERTO CARLOS RS, ALBUQUERQUE GR, et al. Diagnosis and epidemiology of canine leishmaniasis in southeastern Bahia, PATZ JA, DASZAK P, TABOR GM, AGUIRRE AA, PEARL M, EPSTEIN J, et al. Unhealthy landscape: policy recommendations on land use change and infectious disease emergence. Environ Health Perspect 2004; 112(10): PMid: PESSOA FAC, MEDEIROS JF, BARRETT TV. Effects of timber harvest on phlebotomine sand fl ies (Diptera: Psychodidae) in a production forest: abundance of species on tree trunks and prevalence of trypanosomatids. Mem Inst Oswaldo Cruz 2007; 102: QUEIROZ MFM, VARJÃO JR, MORAES SC, SALCEDO GE. Analysis of sandflies (Diptera: Psychodidae) in Barra do Garças, state of Mato Grosso, Brazil, and teh influence of environmental variables on the vector density of Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva, 1912). Rev, Soc. Bras. Medicina Tropical 2012; 45(3): RANGEL, E. F.; LAINSON, R. Flebotomíneos do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, p. SANTOS, S. O.; ARIAS, J. R.; RIBEIRO, A. A.; HOFFMANN, M. P.; FREITAS, R. A.; MALACCO, M. A. F. Incrimination of Lutzomyia cruzi as a vector of American Visceral Leishmaniasis, Medical and Veterinary Entomology, Oxford, v. 12, p , SHERLOCK IA. Importância Médico-Veterinária: A importância dos flebotomíneos. In Rangel EF & Lainson R, editores. Flebotomíneos do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz 2003; SHIMABUKURO, P.H.F.; GALATI, E.A.B Lista de espécies de Phlebotominae (Diptera, Psychodidae) do Estado de São Paulo, Brasil, com comentários sobre sua distribuição geográfica. Biota Neotropica, 11(1): SILVA, RAIZZA B.S. et al. Aspectos epidemiológicos da leishmaniose visceral canina na zona rural do semiárido paraibano e análise de técnicas de diagnóstico. Pesq. Vet. Bras., Rio de Janeiro, v. 36, n. 7, p , July WHO. Leishmaniasis in high-burden countries: an epidemiological update based on data reported in Weekly epidemiological record No. 22, 2016, 91, WHO Library Cataloguing-in-Publication Data: Control of the leishmaniasis: report of a meeting of the WHO Expert Committee on the Control of Leishmaniases, Geneva, March

34 WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Global Health Observatory (GHO) Data. Leishmaniasis: situation and trends. Geneva: World Health Organization; YOUNG DC; DUNCAN NA. Guide to the identification and geographic distribution of Lutzomyia sand flies in México, the West Indies, Central and South America (Diptera: Psychodidae). Mem Ann Entomol Institut 1994; 54:

35 CAPÍTULO 1 Identificação dos vetores de Leishmania sp. em fragmentos de Mata Atlântica e sua dispersão em bairros de João Pessoa, PB - Brasil ISSN: Ciências Ambientais: A2 Fator de Impacto:

36 Resumo As Leishmanioses (Tegumentar e Visceral) são doenças parasitárias, causadas por protozoários do gênero Leishmania spp. Atualmente as leishmanioses estão no rol de doenças negligenciadas, com meio milhão de novos casos e aproximadamente mortes por ano no mundo. É uma doença que afeta, desproporcionalmente, a população mais carente e é transmitida por flebotomíneos. A distribuição geográfica e a prevalência desses vetores no Brasil tem sido alvo de alguns estudos, porém não há nenhuma informação sobre a fauna flebotomínica em João Pessoa/PB, Brasil. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência e a distribuição desses flebotomíneos em dois tipos de ambientes como: fragmentos de Mata Atlântica, da Universidade Federal da Paraíba, Campus I, João Pessoa /PB, além de bairros no entorno como: Castelo Branco, Bancários, São Rafael, Torre, Mangabeira e Miramar. Para a captura desses flebótomos foram utilizadas armadilhas de luz do tipo CDC, durante 03 noites seguidas, além de capturas manuais com aspirador de Castro, no período seco (12 coletas) e chuvoso (12 coletas) entre novembro de 2016 a fevereiro de Durante o período de estudo foram encontrados 222 flebótomos. Destes, 143 (130 machos e 13 fêmeas) no ambiente de Mata Atlântica da UFPB e 79 em áreas urbanas. Em todo o período seco, nos 11 fragmentos de Mata, foram registradas 03 espécies de flebotomíneos: L. longipalpis, L. migonei e L. whitmani. No período chuvoso, ocorreu apenas a espécie L. longipalpis, esta espécie foi a única identificada nos bairros estudados, tanto no período seco como no chuvoso. Neste estudo ficou evidente que além dos fatores climáticos, características ambientais também podem estar envolvidas na distribuição desses vetores. 35

37 Introdução Os flebotomíneos (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae) são insetos alados hematófagos, hospedeiros de protozoários do gênero Leishmania e Bartonella, além de vários arbovírus, como os do gênero Orbivirus, Vesiculovirus e Phlebovirus (Forattini, 1973; Young & Duncan, 1994; Shimabukuro et al., 2011). Estes vetores são responsáveis pela transmissão da leishmaniose tegumentar (ou cutânea) e leishmaniose visceral (Shimabukuro et al., 2011; WHO, 2017), em ciclos silváticos ou peridomésticos entre a espécie humana e os animais domésticos e silvestres, através da picada do flebotomíneo (Shimabukuro & Galati, 2011), por meio das fêmeas infectadas (Marcondes, 2011; OMS, 2017). Dentre os flebotomíneos que transmitem a leishmaniose visceral, destacam-se as espécies Lutzomyia (Lutzomyia) longipalpis (Lutz & Neiva, 1912) e Migonemyia (Migonemyia) migonei (França, 1920); enquanto que a espécie Nyssomyia whitmani (Antunes & Coutinho, 1939), como também M. (M.) migonei transmitem a leishmaniose tegumentar (Camargo-Neves et al., 2002; Carvalho et al. 2010; Shimabukuro et al., 2011). A espécie L. (L.) longipalpis é distribuída geograficamente nos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Uruguai, Venezuela; a espécie M. (M.) migonei foi registrada na Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Paraguai, Peru, Trinidad e Tobago, e Venezuela; enquanto isso, a espécie N. whitmani está distribuída nos países Argentina, Bolívia, Brasil, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname (Shimabukuro et al., 2017). No mundo, há aproximadamente 1000 espécies descritas, sendo cerca de 530 espécies de flebotomíneos reportadas para a região Neotropical (Shimabukuro et al., 2017). Destas, 230 espécies são registradas no Brasil em regiões da Amazônia, 36

38 Cerrado e Mata Atlântica (Dantas-Torres et al., 2011; Shimabukuro et al., 2017). Identificar e quantificar estes insetos são essenciais para a elaboração de políticas públicas para o combate destas doenças tropicais (Dantas-Torres et al., 2011). As formas de LT são notificadas em 27 unidades federativas brasileiras (Fig. 01 A) (MS, 2007), e com notificação de casos autóctones de Leishmaniose Visceral Americana (LVA) nas regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sudeste (BRASIL, 2006), e mais recentemente na Região Sul (Fig. 01 B) (CEVS, 2009). A B Figura 01: Mapa da distribuição de Leishmaniose Cutânea (A) e Visceral (B) no Brasil (2007) Fonte: 37

39 O Nordeste brasileiro é uma das regiões com mais alta prevalência de leishmaniose visceral humana (Bavia et al., 2005; Cavalcante & Vale, 2014). Segundo o Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de 2007 a 2015, foram notificados 348 casos em todo o Estado da Paraíba e 133 casos na cidade de João Pessoa de leishmaniose visceral. No mesmo período, no tocante às notificações do agravo da leishmaniose tegumentar foram notificados 600 casos em todo o estado da Paraíba; enquanto que no município de João Pessoa, foram registrados 72 casos (Brasil, 2016). Diante disto, o Campus I da Universidade Federal da Paraíba, que compreende fragmentos de Mata Atlântica e está bem próximo a diversos bairros urbanos, pelas características ambientais que apresenta torna-se uma área de grande valia para o monitoramento de espécies vetoras, uma vez que os padrões de transmissão das leishmanioses vêm adquirindo um caráter urbano e periurbano nos últimos anos (Menezes et al., 2016). O presente estudo teve como objetivo identificar e analisar as espécies de flebotomíneos nos fragmentos de Mata Atlântica dentro da Universidade Federal da Paraíba, e em seis bairros circunvizinhos, correlacionando com fatores climáticos e ambientais. Tal estudo pode alertar aos frequentadores e habitantes das áreas estudadas sobre os riscos que podem estar sofrendo com a presença destes vetores, visto que a presença destes dípteros pode favorecer à disseminação das leishmanioses visceral e tegumentar. 38

40 Materiais e Métodos Área de Estudo O presente estudo envolve aspectos ecológicos, entomológicos e de saúde pública, com abordagem quantitativa e qualitativa, onde foi realizada a avaliação das mudanças ecológicas do Lutzomyia sp. nos fragmentos de Mata Atlântica no Campus l da Universidade Federal da Paraíba (Fig. 03) em João Pessoa Paraíba, e em alguns bairros no entorno (Castelo Branco, Bancários, São Rafael, Torre, Mangabeira e Miramar) (Fig. 04). Neste trabalho foram escolhidos fragmentos de Mata Atlântica existentes dentro do Campus I da Universidade Federal da Paraíba do município de João Pessoa, e em bairros circunvizinhos (Fig. 02). De acordo com o Atlas Geográfico da UFPB o Campus I possui 43,98 hectares distribuídos em 08 fragmentos internos e 43, 70 ha na área externa, contígua ao campus (Rosa & Rosa, 2013). Para este estudo, foram selecionados 11 pontos de mata. Os critérios utilizados para a seleção da área foram: a) Oferta de alimento de animais vertebrados silvestres (como o bicho-preguiça, sagui, ratos, aves, capivara e outros) para as fêmeas dos flebotomíneos; b) Presença de matéria orgânica (serapilheira); c) Local úmido e sombreado; d) Próximo às áreas com intensa movimentação de pessoas. Nos últimos anos, os fragmentos desta mata vêm sendo utilizados por animais domésticos (cachorros e gatos). 39

41 Figura 02. A. Mapa do Brasil, em destaque a Cidade de João Pessoa ( ), capital da Paraíba (laranja). B. Mapa da Universidade Federal da Paraíba (Delimitado em verde) e os 11 pontos trabalhados ( ). C: Mapa indicando os bairros trabalhados. Os bairros mais próximos a UFPB foram: CB: Castelo Branco, BA: Bancários e SR: São Rafael. Os bairros mais distantes: TO: Torre, MA: Mangabeira e MR: Miramar. Fonte: Dimitri de Araújo Costa. Sistema de Coordenadas Geográficas, Datum Sirgas 2000, Latitude Sul Fonte: AESA, Bings Maps. 40

42 Figura 03: Fotos dos fragmentos da Universidade Federal da Paraíba-Campus I. A. Ponto 01; B. Ponto 02; C. Ponto 03; D. Ponto 04; E. Ponto 05; F. Ponto 06; G. Ponto 07; H. Ponto 08; I. Ponto 09; J. Ponto 10; K. Ponto 11. Fonte: Silva, F. A. 41

43 Ponto Características da Área 1 Localizado no Centro de Tecnologia, entre o bairro dos Bancários e a UFPB. Apresenta grande quantidade de serapilheira e galhos. 2 Ao lado direito do Centro de Ciências Jurídicas. Com diversas árvores frutíferas (mangueiras, cajazeiras e cajueiros, por exemplo). 3 No Central de Aulas, Bloco F. Grande quantidade de serapilheira, com árvores altas e robustas. 4 Na Capela, com árvores de pequeno porte e animais domésticos (cães e gatos). 5 No Centro de Vivências, ao lado direito da Associação dos Professores da UFPB, com árvores de pequeno porte e bastante serapilheira. 6 No Setor de Segurança da UFPB, com árvores frutíferas, bastante serapilheira e animais domésticos. 7 No Centro de Ciências Exatas e da Natureza, nas proximidades do antigo Biotério. Apresentando árvores altas, fruteiras e bastante serapilheira. 8 Por trás da Prefeitura Universitária, com árvores altas, serapilheira e animais domésticos. 9 No Centro de Ciências da Saúde, em frente ao Centro de Referência em Atenção à Saúde. Com árvores de pequeno porte, fruteiras e animais domésticos. 10 No setor de Educação Física, ao lado do Ginásio de Esportes. Com árvores altas e fruteiras. 11 Em frente ao Hospital Universitário, caracterizado por árvores altas, fruteiras, serapilheira e animais domésticos. 42

44 Para avaliar a dispersão, foram selecionados bairros próximos ao Campus I da UFPB (Fig. 02 B): Castelo Branco (armadilha instalada a 1 km de distância da Universidade), Bancários (2,5 km de distância) e São Rafael (1,5 km de distância), bem como bairros mais distantes da universidade: Torre (armadilha instalada a 5 km de distância), Mangabeira (6,8 km) e Miramar (5,5 km). A escolha desses bairros ocorreu devido à proximidade com a UFPB, bem como com as características socioeconômicas, demográficas e ambientais, o que favorece o ciclo da Leishmania sp. 43

45 Figura 04: Fotos dos bairros próximos à UFPB-Campus I. A. Castelo Branco; B. Bancários; C. São Rafael; D. Torre; E. Mangabeira; F. Miramar. Fonte: Silva, F. A. 44

46 Tendo em vista a ocorrência de casos de Leishmanioses humana e canina no estado da Paraíba, bem como no Município de João Pessoa, aliado a escassez de estudos relacionados a vetores de leishmanioses, foram realizados inquéritos flebotomínicos na região de Mata Atlântica da UFPB bem como em 06 bairros para se determinar a diversidade flebotomínica nessa região. Foram realizadas capturas de alados na área de Mata Atlântica do Campus I da UFPB e em áreas urbanas. No período seco, no total foram realizadas 12 coletas distribuídas nos meses de novembro e dezembro de 2016 e janeiro a fevereiro de 2017, além disso, mais 12 coletas foram realizadas no período chuvoso (março a maio de 2017). O clima da cidade de João pessoa é do tipo tropical úmido, a temperatura média é em torno de 25ºC e a estação seca ocorre entre os meses de setembro a fevereiro, com as chuvas ocorrendo entre os meses de março a agosto. Dados climatológicos (AESA) indicam que anualmente a precipitação varia entre 900 e 1800 mm, e umidade relativa média anual de 80% (LIMA & HECKENDORFF, 1985). Em cada coleta, informações como temperatura e umidade foram coletadas, bem como informações relacionadas ao ambiente onde as armadilhas foram instaladas. As armadilhas de luz do tipo CDC alimentadas por baterias de 12A foram expostas no período das 17h00 às 5h00, durante 03 noites seguidas, com intervalo de 20 a 35 dias entre uma coleta e outra. Foram feitas também capturas manuais com aspirador de Castro no ambiente estudado. As amostras coletadas foram fixadas em álcool 70% e no Laboratório de Parasitologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com a utilização de lupa entomológica, os flebótomos foram separados de outras espécies. 45

47 Identificação dos Flebótomos Para identificação das espécies de flebotomíneos, inicialmente, foi realizada a clarificação, segundo a técnica descrita por Forattini (1973). Após a clarificação, a identificação dos flebótomos foi realizado de acordo com a chave de identificação de Young & Duncan (1994). Análise dos Dados Para análise dos resultados, primeiramente foi verificada a normalidade dos dados com o teste de Shapiro-Wilk (Shapiro & Wilk, 1965). Assim, foi realizado o teste estatístico apropriado para a comparação dos resultados obtidos, no Programa PAST, versão 3.15 (Hammer et al., 2001). 46

48 Resultados Durante o período de estudo foram encontrados 222 flebótomos. Destes, 143 no ambiente de Mata Atlântica da UFPB, sendo 130 machos (91%) e 13 fêmeas (9%) e 79 em áreas urbanas (todos machos), distribuídos nos bairros de Castelo Branco (07), Bancários (19), São Rafael (09), Torre (15), Mangabeira (19) e Miramar (10). Em todo o período seco, nos 11 fragmentos de Mata, foram registradas 03 espécies de flebotomíneos: Lu. longipalpis, Lu. migonei e Lu. whitmani, com predominância da espécie Lu. longipalpis em todos os pontos amostrais, sendo encontrados 95 indivíduos (86 machos e 09 fêmeas), seguindo de L. migonei com 10 indivíduos (06 machos e 04 fêmeas) e Lu. whitmani com 02 indivíduos machos. Neste período do estudo, dos onze pontos de coleta, o ponto 01 foi o único que apresentou todas as 03 espécies e o ponto 10 foi o único onde não foi encontrada nenhuma espécie de flebótomo (Fig. 05 e 06). Na área de Mata Atlântica, no período chuvoso, ocorreu apenas a espécie Lu. longipalpis, com um total de 36 indivíduos nos 11 pontos amostrais dentro do Campus I da UFPB (Fig. 05) L. whitmani L. migonei L. longipalpis DRY Período SEASON Seco Período RAINY SEASON Chuvoso Figura 05 Abundância das três espécies do gênero Lutzomyia capturadas nos pontos amostrais correspondentes aos 11 fragmentos de Mata Atlântica da UFPB, no período seco e chuvoso. Fonte: Dimitri de Araújo Costa 47

49 Os pontos 3, 5 e 8 apresentaram maior abundância, com 08 indivíduos cada. Enquanto isso, os pontos 2, 6 e 9 não foram encontrados flebotomíneos (Figuras 05 e 07) Período Seco Temp. média Umidade Nº de Flebótomos Figura 06 Temperatura, umidade relativa do ar e número de flebótomos coletados no período seco, ao longo de novembro de 2016 a fevereiro de 2017, nos 11 fragmentos de Mata Atlântica da UFPB. Nos 11 pontos do estudo foi realizada uma avaliação da temperatura, umidade e o número de Flebótomos com a finalidade de constatar diferenças entre os dois períodos observados (seco e chuvoso) (Fig. 06 e 07). Foi realizado o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados da temperatura média do período seco e chuvoso e foi constatado que os valores foram significativos (p<0,05), demonstrando que a distribuição não é normal. Portanto, foi realizado o teste não-paramétrico de Wilcoxon, e foi verificado que há diferença significativa (W=8428; p<0,05) entre a temperatura média do período seco e chuvoso. 48

50 Analisando o número de flebótomos, foi constatado que os dados não apresentam distribuição normal (p<0,05), portanto foi realizado o teste de Wilcoxon, e foi verificado que há diferença significativa (W=58; p<0,05) entre os períodos seco e chuvoso, sendo possível afirmar que a quantidade de flebótomos é significativamente maior no período seco (Tabela 01). Para a umidade entre os dois períodos, constatou-se que os dados não apresentam distribuição normal (p<0,05), portanto, foi realizado o teste de Wilcoxon, no qual resultou que há diferença significativa (W=66; p<0,05) entre a umidade do período seco e chuvoso. Desta forma, foi constatado que do período seco para o período chuvoso, a temperatura média cai e a umidade aumenta (Tabela 01) Período Chuvoso Temp. média Umidade Nº de Flebótomos Figura 07 Temperatura, umidade relativa do ar e número de flebótomos coletados no período chuvoso, ao longo de março de 2017 a maio de 2017, nos 11 fragmentos de Mata Atlântica da UFPB. 49

51 Tabela 01 Teste de Wilcoxon onde é avaliado se há diferenças significativas tanto para a temperatura média quanto para a umidade em relação aos dois períodos (seco e chuvoso). Teste de Wilcoxon entre o número de flebótomos nos períodos seco e chuvoso. Teste de Wilcoxon Média Desvio Padrão W p-valor Temperatura Média (Seco) 26,49 1, < 0,001* Temperatura Média (Chuvoso) 23,55 0,77 Umidade (Seco) 66,91% 2,50 66 < 0,003 Umidade (Chuvoso) 78,82% 1,27 Teste de Wilcoxon Média Desvio Padrão W p-valor Nº de Flebótomos (Seco) 9,73 8, ,026 Nº de Flebótomos (Chuvoso) 3,27 3,23 Para avaliar se os fatores climáticos resultam numa alteração do número de flebótomos, foi feito um gráfico para analisar o comportamento desses fatores, onde foi calculada a correlação entre eles e o número de flebótomos. Como os dados não apresentam distribuição normal (já calculado acima), foi realizado o teste de correlação não paramétrica de Spearman, onde foi constatado que há correlação positiva significativa entre o número de flebótomos e a temperatura média (S= 0,45; p=0,036), ou seja, a medida em que a temperatura média diminui do período seco para o período chuvoso, o número de flebótomos também diminui. Por outro lado, é possível observar a relação negativa significativa entre o número de flebótomos e a umidade (S= -0,48; p=0,023), ou seja, à medida que a umidade aumenta do período seco para o período chuvoso, o número de flebótomos diminui (Figura 08). 50

52 Número de Flebótomos e Fatores Climáticos P e r í o d o S e c o P e r í o d o C h u v o s o Temperatura Média Umidade Nº de Flebótomos CORRELAÇÃO DE Temperatura SPEARMAN Média (ºC) Umidade (%) Nº de Flebótomos 0,45 (positiva) -0,48 (negativa) p-value 0,036 0,023 Figura 08 Correlação entre o número de flebótomos e os fatores climáticos (umidade e temperatura), nos períodos seco e chuvoso. A comunidade acadêmica da Universidade Federal da Paraíba é composta por estudantes matriculados, sendo de graduação e de pósgraduação; além disso, há docentes (de 1º, 2º e 3º graus) e servidores técnico-administrativos (UFPB, 2016). As armadilhas instaladas em bairros vizinhos ou mais distantes ao Campus I da UFPB, registraram apenas a espécie Lu. longipalpis, tanto no período seco como no chuvoso. No período seco, esta espécie foi mais abundante no bairro Bancários com 08 indivíduos, seguido do bairro Torre com 06 indivíduos, Miramar com 04 indivíduos, Mangabeira com 03 indivíduos, e os bairros Castelo Branco e São Rafael, no período seco não foi registrado este vetor (Figura 09). 51

53 Número de Flebótomos Por outro lado, no período chuvoso, ocorreu uma maior abundância deste flebotomíneos, sendo registrado 16 indivíduos em Mangabeira, 11 nos Bancários, 09 na Torre e em São Rafael, 07 no Castelo Branco, e 06 indivíduos no Bairro Miramar (Figura 10). Estes resultados demonstram uma maior distribuição de L. longipalpis no período chuvoso, pois esta espécie foi identificada em todos os bairros estudados Prevalência de Flebótomos por Bairro Castelo Branco São Rafael Bancários Torre Miramar Mangabeira Dry Seco Season Chuvoso Rainy Season Figura 09 Prevalência de flebotomíneos nos bairros investigados, no período seco e chuvoso nos bairros próximos a UFPB (Castelo Branco, São Rafael e Bancários) e mais distantes (Torre, Miramar e Mangabeira). De acordo com os dados demográficos do IBGE (2010) a população humana dos bairros estudados é distribuída da seguinte forma: Mangabeira: indivíduos, Torre: , Bancários: , os bairros de Castelo Branco e São Rafael, juntos possuem uma população de e o bairro de Miramar com indivíduos. A escolha dos bairros foi definida pela importância demográfica, além das condições existentes nesses bairros para a transmissão das Leishmanioses. 52

54 Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de 2013 a 2017 foram identificados 221 casos de Leishmaniose Visceral na Paraíba, destes 52 (23,53%) em João Pessoa. Em relação à Leishmaniose Tegumentar Americana no mesmo período foram notificados 234 casos no estado, sendo 49 casos (21%) em João Pessoa (Fig. 10). De acordo com os dados do SINAN, em relação aos bairros estudados, foi constatado que no ano de 2015 a 2017, foram notificados dois casos de Leishmaniose Tegumentar no bairro dos Bancários, um caso no bairro da Torre, e três casos no bairro de Mangabeira. Neste mesmo período, foram notificados dois casos de Leishmaniose Visceral no bairro dos Bancários, e três casos no bairro de Mangabeira. Número de Casos de Leismaniose na Paraíba e João Pessoa segundo o SINAN João Pessoa Paraíba LEISHMANIOSE VISCERAL LEISHMANIOSE TEGUMENTAR Figura 10 Dados do SINAN relacionados ao número de casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) e Leishmaniose Visceral (LV) no período de 2013 e 2017 em João Pessoa e na Paraíba. Fonte: Ministério da Saúde/SVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN Net. 53

55 Discussão Segundo Brasil (2017) a Paraíba notificou 28 casos humanos de leishmaniose tegumentar no ano de 2014, enquanto à Leishmaniose Visceral foram registrados 80 casos. Fernandes et al. (2016) ao trabalharem com uma população de cães no estado da Paraíba identificaram que 81 animais eram soropositivos para Leishmania spp. De acordo com este estudo, a prevalência canina desta parasitose no Município de João Pessoa foi de 5,9%. Comparando os resultados encontrados nos dois ambientes estudados: o de Mata Atlântica, dentro da UFPB e o da área urbana, representado pelos 06 bairros estudados é possível identificar uma clara diferença em relação à diversidade de flebotomíneos. No ambiente silvestre encontramos 03 espécies (Lu. longipalpis, Lu. migonei e Lu. whitmani), porém no ambiente urbano, identificamos a existência de uma única espécie, o Lu. longipalpis. A diferença na diversidade encontrada no Ambiente de Mata Atlântica e nos bairros deve-se às interferências ecológicas do ambiente antrópico. A baixa diversidade em ambientes urbanos também foi demonstrado por Barbosa et al. (2009) ao trabalhar com flebotomíneos em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil. A identificação de apenas uma espécie de flebotomíneo (Lu. longipalpis) no ambiente urbano demonstra a adaptação dessa espécie. A espécie Lu. longipalpis vem se adequando às crescentes perdas de vegetação nativa (como a Mata Atlântica), o que poderia justificar o crescimento populacional desta espécie em ambientes urbanos, tal característica deste vetor pode contribuir na disseminação de Leishmaniose Visceral nessas áreas (Martins, 2011). Além disso, a presença dessa espécie em ambientes urbanos é devido ao seu comportamento oportunista, em busca de fontes de carboidratos e sangue. 54

56 A identificação de apenas 03 espécies de flebotomíneos indica uma baixa diversidade de espécies nos ambientes estudados, porém é necessário destacar que estas espécies transmitem os dois tipos de Leishmaniose (Tegumentar e a forma Visceral). A espécie Lu. migonei assim como a Lu. whitmani estão associadas à transmissão de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). Porém, a espécie Lu. migonei já foi encontrado naturalmente infectado com Leishmania infantum, em Pernambuco (São Vicente Ferrer) (Guimarães et al. 2012) e Rio de Janeiro (Pita- Pereira et al. 2005). A espécie Lu. migonei é responsável pela cadeia epidemiológica da LTA em área urbana no Estado do Ceará (Ready et al. 1983) e L. whitmani responsável pela transmissão de Leishmania braziliensis nos estados de Bahia e Minas Gerais (Mayrink et al. 1979; Vexenat et al. 1986). Cardoso et al. (2009) ao trabalhar no Município de Seropédica, Estado do Rio de Janeiro identificou a Lu. whitmani como a segunda espécie mais prevalente. Em nosso estudo, no ponto 01, onde encontramos as 03 espécies de flebotomíneos, a Lu. whitmani foi a terceira espécie mais encontrada. É importante destacar que apesar da baixa densidade desta espécie, ela é o principal vetor de LTA, transmitindo, principalmente a espécie de Leishmania (Viannia) braziliensis (Mayrink et al. 1979; Queiroz 1991), além de estar associada à transmissão de Leishmania (Viannia) guyanensis e Leishmania (Viannia) shawi (Lainson et al. 1989). A razão total de macho/fêmeas encontrada neste estudo foi de 9:1 na área de Mata Atlântica, porém encontramos uma proporção ainda maior de machos (100%) em área urbana. Tal comportamento pode ser justificado pela característica de fototaxia aliado ao comportamento oportunista das fêmeas, em busca de fontes de carboidratos e sangue, sendo assim, as fêmeas são mais facilmente atraídas para regiões do domicílio em busca de sangue do homem como animais domésticos. 55

57 Cardoso et al. (2009) trabalhando com flebótomos no Município de Seropédica, Rio de Janeiro, identificaram quatro espécies (Lu. intermedia, Lu. whitmani, Lu. migonei e Lu. oswaldoi) com uma proporção total de macho/fêmeas próximo de 9:1. A justificativa dada pelo grupo é de que os machos nascem primeiro que as fêmeas e os mesmos se agrupam com o objetivo de acompanhar as fêmeas para o acasalamento (Cardoso et al. 2009; Feliciangeli et al. 1987). A distribuição de flebótomos nos 11 pontos da Mata Atlântica variou conforme características ambientais das áreas trabalhadas. O ponto 01 foi o único que apresentou todas as 03 espécies e o ponto 10 foi o único onde não foi encontrada nenhuma espécie de flebótomo. A presença de matéria orgânica no ponto 01 mostrouse maior que nos demais, o que de acordo com Quinnell & Dye (1994) pode favorecer o ciclo de vida dos Flebótomos. É importante destacar que a densidade do vetor em ambientes de Mata Atlântica estão relacionados às características ambientais como a presença de vegetação, raízes, troncos de árvores e matéria orgânica, que são os possíveis abrigos e áreas de reprodução para o vetor como indica também Camargo- Neves et al. (2001). Neste estudo, foi trabalhado uma área de Mata Atlântica, onde já era esperado uma maior diversidade de Flebotomíneos e uma área urbana próxima a região de Mata. Nos bairros trabalhados, a maior prevalência de flebótomos foi nos Bancários e Mangabeira, estes resultados deve-se a característica ambiental desses bairros. Pois, além de serem bairros muito próximos, os dois apresentaram um rápido e intenso crescimento socioeconômico e demográfico que resultaram em modificações ambientais. Tais alterações ambientais podem resultar numa dispersão de flebótomos para ambientes humanos e contribuir para o aumento do número de casos de Leishmaniose. A prevalência de Lu. longipalpis nos bairros corrobora com alguns estudos que apontam esta espécie como uma das mais bem adaptadas a ambientes 56

58 modificados pelo homem, além de ser um das mais sinantrópicas (Scandar et al. 2011; Dantas-Torres et al., 2012). Em relação ao período seco e chuvoso, foi observado que no período seco o Lu. longipalpis foi a espécie mais prevalente e a única encontrada no período chuvoso nos fragmentos de Mata Atlântica. Estes dados estão de acordo com Machado et al., (2017) que trabalhando em florestas e unidades familiares na cidade de Palmas identificaram uma maior riqueza de espécies no mês de julho (mês seco) do que em novembro (o mês chuvoso) em ambos os locais e de acordo com os autores, o menor número de flebótomos na região de floresta foi observado na estação chuvosa quando o solo estava muito encharcado. Achados semelhantes relacionados ao período seco e chuvoso foram relatados por Pinheiro et al. (2013) no estado do Rio Grande do Norte e Moraes et al. (2015) no estado do Maranhão. A avaliação realizada nos bairros identificou que no período chuvoso ocorreu uma maior abundância de Lu. longipalpis, sendo registrado 16 indivíduos em Mangabeira, 11 nos Bancários, 09 na Torre e em São Rafael, 07 no Castelo Branco, e 06 indivíduos no Bairro Miramar. Como as armadilhas foram instaladas no peridomicílio, no período chuvoso há uma maior concentração dos animais domésticos (cachorro e galinha, por exemplo) nesses locais, o que poderia atrair os flebótomos. Na região do Nordeste brasileiro, houve uma dispersão de Lu. longipalpis, que inicialmente habitava bosques e florestas, localizado na zona rural, do qual estes flebotomíneos alimentava-se principalmente de animais e plantas silvestre (Ximenes et al., 2000). Com o crescimento das zonas urbanas em regiões endêmicas desta doença tropical, verifica-se o avanço populacional deste díptero (Ximenes et al., 2007). Corroborando com estes autores, o presente estudo consolida-se na tentativa de demonstrar a dispersão da espécie Lu. longipalpis, por meio da Mata Atlântica da 57

59 Universidade Federal da Paraíba em direção aos bairros circunvizinhos, propiciando uma característica típica adaptativa comportamental deste flebotomíneo. Conclusão A caracterização de flebotomíneos em uma região é de grande importância entomológica, epidemiológica e de saúde pública, pois pode caracterizar áreas com potencial risco de transmissão para a ocorrência desta parasitose. De acordo os resultados obtidos na presente pesquisa, constatou-se a presença de flebotomíneos em todos os bairros estudados e no Campus I da UFPB. Comparando os resultados encontrados nos dois ambientes estudados: o de Mata Atlântica, dentro da UFPB e o da área urbana, representado pelos 06 bairros estudados é possível identificar uma clara diferença em relação à diversidade de flebotomíneos. No ambiente silvestre encontramos 03 espécies (Lu. longipalpis, Lu. migonei e Lu. whitmani), porém no ambiente urbano, identificamos a existência de uma única espécie, o Lu. longipalpis. Em ambos os ambientes (silvestre e urbano), os valores da temperatura média no período seco e chuvoso foram semelhantes (26 e 23ºC, respectivamente); como também os valores de umidade no período seco e chuvoso (66 e 78%, respectivamente). Desta forma, em relação às variáveis ambientais (temperatura e umidade), não foram encontradas diferenças significativas nestes dois ambientes. O que pode ter influenciado a diferença de diversidade de flebotomíneos foram as características do ambiente silvestre (que apresentou as três espécies), com maior oferta de alimento e adaptação ao seu hábitat natural. Desta forma, torna-se necessário a intervenção da gestão pública no processo de conscientização da população para a proteção dos ambientes silvestres, com o 58

60 objetivo de evitar o crescente avanço do desmatamento, o que pode influenciar na disseminação desta doença. Além disso, é recomendável fazer constante monitoramento dos animais mamíferos (domésticos e silvestres), presentes nestes ambientes, através de testes rápidos para detecção da Leishmania. 59

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65 ANEXO 1 INSTRUCTIONS TO AUTHORS The Memórias' content is freely accessible to readers and no publication fees are charged to authors. The Memorias do Instituto Oswaldo Cruz has decided to simplify the requirements regarding the format of submitted manuscripts. From now on, all manuscripts may be submitted in any text format as long as the common subdivision of scientific articles are followed, e.g. introduction, materials and methods, results, discussion and references. For Reviews, Perspectives and similar articles, authors may use the sections that best suit the structure and content of the proposed manuscript. All manuscripts should contain, besides the title and abstract, full details of authors and institutions, acknowledgements of any technical or financial assistance as well as state any conflicts of interest. This flexible text format will be used for the initial analysis and peer review. If the manuscript is accepted, authors will be requested to edit the text in accordance with the publication style of the Memorias." Upon acceptance, the manuscript should be arranged in the following format: The manuscript should be prepared using standard word processing software and should be printed (font size 12) double-spaced throughout the text, figure captions, and references (must be up to 30 references), with margins of at least 3 cm. The figures should come in the extension tiff, with a minimum resolution of 300 dpi. Tables and legends to figures must be submitted all together in a single file. Figures, must be uploaded separately as supplementary file. Running title: with up to 40 characters (letters and spaces) Title: with up to 250 characters Author's names: without titles or graduations Institutional affiliations: full address of the corresponding author only Abstracts: Provide an abstract of between words (100 words in case of short communications, technical notes, genome announcements or reviews). Abstracts of original articles should be structured into 5 sections as follows: BACKGROUND, OBJECTIVES, METHODS, FINDINGS and MAIN CONCLUSIONS, each section addressing respectively the problem, the aim of the study, the main methodological approach, the most important findings and the conclusions of the study. Key words: 3-6 items must be provided. Terms from the Medical Subject Headings (Mesh) list of Index Medicus should be used. Sponsorships: indicating the sources of financial support and change of address. 64

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