Material Publicitário e Comercialização. Diretoria de Fiscalização DIFIS ANS Abril/2014
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- Esther Ramires
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1 Material Publicitário e Comercialização Diretoria de Fiscalização DIFIS ANS Abril/2014
2 Arcabouço Jurídico Lei 8078/90 Código de Defesa do Consumidor Art. 6 III) A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem. Lei 9656/98 Lei dos Planos de Saúde Art Dos contratos, regulamentos ou condições gerais dos produtos de que tratam o inciso I e o 1o do art. 1o desta Lei devem constar dispositivos que indiquem com clareza: VII) o regime, ou tipo de contratação: a) individual ou familiar; b) coletivo empresarial; ou c) coletivo por adesão; Lei 9961/2000 Lei de Criação da ANS Art. 3º - A ANS terá por finalidade institucional promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores, contribuindo para o desenvolvimento das ações de saúde no País. Art. 4º - XII - estabelecer normas para registro dos produtos definidos no inciso I e no 1o do art. 1o da Lei no 9.656, de 1998;
3 Arcabouço Jurídico Fran Martins, em seu Curso de Direito Comercial, nos ensina: São denominados corretores as pessoas que se interpõem entre duas ou mais pessoas, físicas ou jurídicas, para a realização de transações comerciais. Caracterizam-se, assim, os corretores pelos atos de intermediação praticados para a realização de uma operação comercial, finda a qual cessa a sua atuação. São eles, portanto, mediadores, promovendo a realização de contratos e auferindo do seu trabalho, um pagamento chamado corretagem. Algumas operações de venda só podem ser realizadas por intermédio de corretores, sendo, por lei, privativas de suas funções.
4 Arcabouço Jurídico As práticas comerciais das operadoras enquadram-se nas disposições do Código de Defesa do Consumidor - CDC, em particular nos artigos 29 a 44 e 46 a 54. Os artigos 29 a 44 tratam especificamente das práticas comerciais, cabendo destaque para o artigo 34, que estabelece: Art. 34 O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos. O art. 39 trata das práticas abusivas vedadas às operadoras, como fornecedores que são de produtos e serviços, com destaque para o inciso VIII: VIII colocar no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas por órgãos oficiais competentes ou, se as normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial CONMETRO.
5 A Figura do Corretor Uma simples visão d olhos sobre o Código de Defesa do Consumidor nos alerta para a importância do controle da atuação do corretor na comercialização dos planos individuais e coletivos de assistência à saúde, não só pelas implicações pecuniárias representadas por eventuais multas que poderão ser imputadas à operadora, mas, sobretudo pelos danos à imagem e credibilidade da mesma. Horacio L.N. Cata Preta
6 Objetivos da ANS Redução da Assimetria de Informação Garantia Plena à Informação Qualificação da Venda Redução de Demandas
7 Monitoramento da Comercialização O crescimento da comercialização dos planos coletivos, com regras diferenciadas, leva a necessidade de monitoramento da correta comercialização deste tipo de produto, em especial o coletivo por adesão, que possui maior proximidade com o individual/familiar. Definição: Coletivo por Adesão: é aquele que oferece cobertura da atenção prestada à população que mantenha vínculo com pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial (definidas no art. 9º da RN 195/2009). Individual Familiar: é aquele que oferece cobertura da atenção prestada para a livre adesão de beneficiários, pessoas naturais, com ou sem grupo familiar.
8 Monitoramento da Comercialização (O que se vê por aí) 1) Comercialização de plano coletivo por adesão com termos próprios do plano individual familiar. PESSOA FÍSICA COM 20% DE DESCONTO. BASTA PERTENCER A UMA DAS ENTIDADES DE CLASSE ABAIXO. 2) Comercialização com regras atentatórias à legislação setorial. PLANO EMPRESARIAL À partir de 3 vidas com até 20% de desconto e sem necessidade de vínculo empregatício.
9 Monitoramento da Comercialização (O que se vê por aí) 3) Indução de simulação de produto não comercializado pela Operadora. Simulação de plano individual quando a operadora não comercializa este tipo de produto. 4) Informações incompletas e imprecisas para os consumidores Não existe nenhum tipo de plano no mercado que seja sem carência O uso do termo Carência zero sem a devida cautela.
10 Monitoramento da Comercialização (O que se vê por aí) 5) Oferta do Plano-Referência em desacordo com a legislação. O plano-referência é o que oferece o MÍNIMO que a legislação manda.???????????????????????????? - Não fornece-lo em documento apartado. 6) Imposição de Entrevista Qualificada A entrevista qualificada é um direito do beneficiário e não pode ser imposta, nem confundida com a perícia, que é um direito da Operadora.
11 Monitoramento da Comercialização (O que se vê por aí) 7) Orientações equivocadas sobre Doença e Lesão Preexistente e preenchimento da Declaração de Saúde. - Utilização de formulários com perguntas vedadas na Declaração de Saúde (hábitos de vida, medicamentos, etc). 8) Utilização de formulários sem identificação de Operadora. - Utilização de formulários idênticos à proposta de adesão, sem qualquer identificação de Operadora.
12 Monitoramento da Comercialização (Expectativas) A GEFIR/DIFIS iniciou a comunicação às Operadoras nas quais foram detectadas falhas nos materiais publicitários. Espera-se que as Operadoras atuem de forma macro sobre seus parceiros comerciais e não somente de forma pontual nos casos encaminhados. As ações de monitoramento devem ser contínuas e focadas em ações proativas, não somente da ANS, mas das próprias Operadoras com seus parceiros comerciais, em busca da qualificação da venda, com informações claras e precisas, que não gerem falsas expectativas em quem compra, reduzindo desgastes desnecessários.
13 13 Obrigada!
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