A ORRE FOTO: RICARDO C

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1 FOTO: RICARDO CORREA

2 Editorial Distorções e carga tributária elevada O Brasil é um dos países com maior carga tributária no mundo, e somente este fato é motivo de revolta e mobilização da sociedade para mudanças. Mas a distribuição desta carga, que incide proporcionalmente muito mais nos impostos indiretos que nos diretos, beira o absurdo. Os impostos indiretos são aqueles que incidem sorrateiramente no bolso do consumidor, pois estão escondidos na forma de preço. Exemplos: ICMS, IPI, PIS, Cofins e ISS; somados com o IR e CSLL dos contribuintes tributados pelo lucro presumido. Quando há aumento em um destes, com certeza o preço final do produto sofrerá reajuste. Já os impostos diretos são aqueles que incidem diretamente sobre a renda ou o patrimonial dos contribuintes e, portanto, são mais difíceis de serem transferidos para preços. Como exemplos temos o IR e CSLL das empresas tributadas pelo lucro real, além do IPTU e IR das pessoas físicas. Vejam aqui que os impostos diretos são sempre em menor número porque o governo arrecada menos por meio deles, já que é mais difícil repassar tal reajuste ao preço de venda. Além disso, ao reajustar a tabela do IR para pessoas físicas em 4,5% (o que tem feito todos os anos desde 2007), enquanto a inflação fica entre 5% e 6%, o governo faz com que a carga tributária fique maior para as classes formadas por assalariados e prestadores de serviços. O pequeno ganho salarial passa a ser tributado como se fosse um grande ganho real, o que não corresponde à realidade. Temos de tentar mudar isso ou o consumidor terá menos dinheiro no bolso, o que é péssimo para todos. Nova fase O boletim do Sescon Campinas agora terá seu público ampliado. Estaremos em contato maior com formadores de opinião, universidades e jornalistas. Também contaremos com mais colaboração dos associados nesta edição, nossos associados indicam livros. Quem quiser opinar sobre estas mudanças, ou enviar críticas, sugestões e comentários, pode enviar para sesconcampinas@uol.com.br. Fiquem à vontade para mandar mensagens. Boa leitura! José Homero Adabo - Presidente do Sescon Campinas Expediente Sescon Campinas Av. Irmã Serafina, 863, 2º andar, CJ 21 e 22 - Centro - CEP Tel./Fax: (19) sesconcampinas@uol.com.br Diretoria Presidente: José Homero Adabo Vice Presidente: Rodrigo de Abreu Gonzales Vice Presidente Financeiro: Carlos José Tozzi Diretor Financeiro: Edison Ferreira Rodrigues Vice Presidente Administrativo: Osvijomar de Seixas Queiroz Jr Diretor Administrativo: Marcelo Viaro Berloffa Vice Presidente Social: Carlos Luiz Barroso Ehrenberg Suplentes da Diretoria Executiva Antônio Cândido Vieira de Almeida Barbosa; Breno Acimar Pacheco Correa; Edevaldo Pereira de Souza; Júlio Fabretti Filho; Wilson Roberto Anselmi. Membros do Conselho Fiscal Efetivos: Flávio Antonio Baptista; Gervásio de Souza; Luis Antonio Ercoles. Suplentes: Antônio Carlos Daniele; Dalmo Otacílio Arten; Valdessir Javaroni. Produção editorial e gráfica Happy Hour Comunicação contato@happyhourcom.com.br Tel. (19) Jornalistas responsáveis Carlos Eduardo Moura (MtB ), Vânia Correia (MtB ) e Felipe Camargo. Editoração e produção gráfica Caio Buzatto 2

3 Notícias do Sescon UniSescon inaugura novas instalações em São Paulo Universidade corporativa teve espaço ampliado e segue tendência do mercado A cerimônia de inauguração das novas instalações da Universidade Corporativa do Sescon-SP e da Aescon-SP (Unisescon) foi realizada no dia 22 de março. Durante o evento, o presidente da entidade, José Maria Chapina Alcazar falou da sua satisfação em concluir as obras de ampliação da sede. Disse também que essa remodelação da Unisescon chegou em boa hora, tendo em vista a exigência de aprimoramento permanente imposta pelo mercado. Participaram do evento o secretário do Governo Municipal, Nelson Hervey Costa, representando o prefeito Gilberto Kassab; os secretários Orlando Almeida (Controle Urbano) e Natanael Miranda dos Anjos (MEI); o secretário estadual adjunto do Emprego e Relações do Trabalho, Rogério Barreto; o desembargador do Tribunal de Justiça de SP, Armando Sérgio Prado de Toledo; o auditor fiscal da Receita Federal, Edmundo Spolzino, entre outras autoridades e lideranças políticas e setoriais. O Sescon Campinas foi representado pelo presidente José Homero Adabo, acompanhado por Rodrigo de Abreu Gonzales, vice-presidente, Edison Ferreira Rodrigues, diretor financeiro, e Carlos Luis Barroso Ehrenberg, vice-presidente social. Descerramento da placa de inauguração do novo prédio da Unisescon, com o Presidente do Sescon-SP, José Maria Chapina Alcazar, o segundo da esquerda para a direita Sescon Campinas participa de palestra sobre gestão do ISSQN na Prefeitura de Campinas Ministrada na sede do CIESP-Campinas, a palestra Solução integrada de gestão do ISSQN na PMC atraiu profissionais de diversas áreas. O auditor fiscal-tributário Paulo Ferroz foi o palestrante, que abordou os seguintes temas: Automação da gestão do ISSQN em Campinas; ISSDIGITAL e a Declaração Mensal de Serviços; Sistema da Nota Fiscal Eletrônica de Campinas - NFSe Campinas; a página nfse. campinas.sp.gov.br e seus serviços; A comunicação/notificação eletrônica do ISSQN e o Sistema de Atendimento ao Contribuinte SIAC. José Homero Adabo, presidente do Sescon Campinas, esteve presente ao evento representando a entidade. Encontro para excelência em gestão sindical é realizado em Brasília O ciclo 2011 do Sistema de Excelência em Gestão Sindical (SEGS), encontro entre as entidades sindicais participantes do SEGS, foi realizado no dia 25 de março. O sistema está no terceiro ciclo de aplicação e já conta com aproximadamente 700 entidades inscritas. O objetivo do encontro foi dar continuidade à aplicação do plano estratégico desenvolvido para início em 2007 e término em 2020, com o objetivo de desenvolver práticas de gestão para a busca da excelência, utilizando práticas de gestão de nível mundial. O Sescon Campinas foi representado por Edison Ferreira Rodrigues, diretor financeiro. Solenidade marca posse da diretoria eleita para o Sindicato dos contabilistas de São Paulo Realizada no dia 25 de fevereiro, a posse da diretoria para o triênio 2011/2013 reuniu cerca de 300 convidados, entre lideranças da classe contábil, autoridades, contabilistas e familiares. Presentes na mesa solene do evento, além do presidente do Sindcont-SP, Victor Domin- gos Galloro, o chefe de gabinete da subprefeitura Sé, Mário Roberto de Abreu, representando o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Também estiveram no evento o presidente do Conselho Fereral de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro; o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP), Domingos Orestes Chiomento. O Sescon Campinas esteve representado por seu presidente, José Homero Adabo, e o vice- presidente financeiro, Carlos José Tozzi. 3

4 Entrevista RICARDO AMORIM Brasil: melhor período da história, porém incapaz de ditar o próprio destino Por Carlos Eduardo Moura Quais são as possibilidades de a inflação voltar? O Banco Central agiu de forma correta ao diminuir de uma forma menos agressiva os juros e deixar a inflação correr um pouco mais solta para manter um crescimento maior? Quais as perspectivas do Brasil nos próximos anos? Para responder a estas e a outras perguntas, o Boletim Sescon Campinas entrevistou o economista Ricardo Amorim, presidente da Ricam Consultoria ( e comentarista do programa Manhattan Connection (GloboNews, domingos às 23h). Para o economista, o BC deveria ser mais enérgico ao lidar com a inflação. Com relação ao futuro, Amorim afirma que o cenário externo, ao longo das próximas décadas, nos é tão favorável que nós estamos quase que condenados a dar certo e que, do ponto de vista da geração de oportunidades, a década será a melhor da história brasileira. Porém faz o alerta: A gente continua a ser incapaz de ditar o próprio destino. É possível crescer com taxas boas e a inflação um pouco acima da meta? A primeira coisa que temos de fazer é definir o que são taxas boas de crescimento. E aí é preciso olhar por uma perspectiva histórica. O Brasil sustentou, durante 80 anos, do início do século XX até 1979, uma média de crescimento de 7% ao ano. Aí veio a inflação. Sim, também. A partir da década de 1980 até 2003, houve duas coisas. Primeiro a aceleração da inflação, até Depois, crescimento contínuo muito baixo. O crescimento médio durante este período foi de 2,4% ao ano. De 2004 pra cá, o crescimento brasileiro dobrou. E isso com inflação dentro da faixa da meta a maior parte do tempo. Eu acredito que o Brasil tem condições de sustentar crescimento próximo a 5% sem gerar pressões inflacionárias. Do ponto de vista de geração de oportunidades, eu acredito que esta será a melhor década da história brasileira Mesmo hoje? Neste momento específico, isso não é verdade. Não é verdade pelo seguinte: o Brasil está desacelerando de uma taxa de crescimento que foi maior que 5%. Por conseqüência, a gente teve pressão inflacionária, causada pelo crescimento acelerado. Além deste quadro de inflação de demanda, a gente está tendo um impacto de uma inflação de oferta, que se soma à alta dos preços dos alimentos. Hoje, para que a inflação fique na meta, a taxa de crescimento teria de ser menor do que 5%. O governo está fazendo uma opção que é a seguinte: vamos desacelerar mais lentamente, aceitando que a inflação permaneça em níveis mais elevados por um período um pouco maior. É uma opção política. Essa opção política pode trazer que resultados? Não é arriscada? Se for mantida por um período longo, a gente corre o risco, sim, de acabar tendo a expectativa de que a inflação vai ser mais alta porque o BC vai ser menos duro com a inflação. E, por conseqüência, a expectativa de uma inflação mais alta faz com que os agentes reajustem mais os preços e a inflação acabe efetivamente sendo mais alta. Em um segundo momento, para fazer com que a inflação volte a níveis anteriores, vai ser preciso juros mais altos do que seriam necessários agora. E aí o resultado é menos crédito e menos crescimento. É uma estratégia que traz riscos. Se for usada por um período curto e justificada por um choque de ofertas, que não se resolve com o aumento de juros, tudo bem. Agora, se isso passar a ser algo político, independentemente das causas da inflação, a gente vai acabar com um problema. E qual é a sua avaliação sobre esta estratégia? Na minha opinião, há um erro de estratégia, tanto econômico quanto político. Quanto mais tempo se demora a responder esse processo de elevação inflacionária, maior vai ter de ser a resposta depois. Do ponto de vista político, o melhor momento para um governo adotar medidas duras é logo depois das eleições. Então, 4

5 o fato de o BC ter elevado menos os juros agora e potencialmente ter de elevar mais no futuro pode criar dificuldades políticas, que dificultarão um aumento maior no futuro. E eventualmente a gente pode estar às vésperas de uma eleição... E uma possível desaceleração da economia, que seria causada pelo aumento de juros, teria impactos eleitores importantes. Do meu ponto de vista, essa política adotada agora está errada. O BC deveria ser mais e não menos agressivo. Você disse recentemente que esta pode ser a melhor década da história brasileira. Confere? Por quê? Do ponto de vista de geração de oportunidades, eu acredito, sim, que esta será a melhor década da história brasileira. Quando eu falei que o crescimento brasileiro dobrou, de 2004 para cá, eu não explicitei o porquê. Isso foi reflexo de uma mudança em toda a organização da economia mundial. É o que eu chamo de nova ordem econômica global, onde China e Índia têm cada vez mais importância. O que mudou? Houve uma explosão de demanda por matérias-primas e o Brasil é um grande produtor e exportador. Isso significa mais entrada de dinheiro. Este é o primeiro aspecto. O segundo é tão importante quanto. Quando se começa a levar a produção de praticamente tudo para os países emergentes, os custos caem. E isso ajudou, ao longo da última década, em um processo de desinflação. Eu brinco que a China exporta desinflação para o resto do mundo. Com mais produtos cada vez mais baratos, isso faz com que se contrabalancem outras pressões inflacionárias. E a conseqüência é que se pode ter taxas de juros mais baixas. No Brasil e no mundo. No caso brasileiro, que tinha juros muito mais altos do que outros países, isso permitiu uma expansão de crédito, algo que a gente não tinha há décadas e que por sua vez levou a esse crescimento nos setores que vendem produtos com valor unitário alto. E o Brasil nesta história? A gente vive em um processo favorável ao Brasil. A gente vai ter Copa do Mundo e Olimpíadas nos próximos anos, que vão atrair investimentos em infra-estrutura, que vão ajudar a exponencializar mais esse crescimento. Soma-se a isso o pré-sal. O Brasil começou também a atrair mais mão-de-obra. Muitos estudantes que estavam fora estão voltando ao Brasil, porque as oportunidades aqui são melhores do que lá fora. O país está começando a atrair estrangeiros para vir trabalhar aqui. Os cérebros que estão vindo vão ajudar neste processo de crescimento e desenvolvimento. A gente entrou em um processo virtuoso. Durante uma geração inteira, entre 1980 e 2003, a gente estava num círculo vicioso, foi uma geração perdida. A gente continua a ser incapaz de ditar o próprio destino. Nós éramos o rabo do cachorro dos EUA e agora somos o rabo do cachorro da China. Nós não somos o cachorro O economista Ricardo Amorim afirma que o Brasil terá a melhor década da história. Porém faz um alerta: Ainda não somos capazes de ditar o próprio destino Com relação às reformas, você vê alguma luz para que elas aconteçam nos próximos anos? Qual a importância destas reformas para esse círculo virtuoso continuar? As reformas seriam fundamentais não porque eu acredito que a falta delas vai impedir que a gente permaneça neste círculo virtuoso. O cenário externo, ao longo das próximas décadas, nos é tão favorável que nós estamos quase que condenados a dar certo. Agora, dar certo é uma história relativa. Quando eu falo que a gente tem condições de crescer a 5%, isso é bom ou ruim? Em relação ao passado recente é ótimo, é o dobro da média dos últimos 25 anos. Em relação à média de 80 anos, até 1979, de 7%, é ruim. É o copo meio cheio e meio vazio. As reformas poderiam encher mais esse copo. Com as reformas, a gente poderia sustentar crescimento de 6 ou 7% ao ano. Agora, eu sou pessimista quanto à nossa capacidade de fazê-las. Existe um risco de desaceleração de China e Índia? Como isso afetaria o Brasil? Imaginemos que, de uma hora para outra, e não é o que eu acredito que vá acontecer, esse movimento democrático no oriente médio se alastrasse pra China e causasse uma ruptura e a economia chinesa passasse por um grande colapso. O que aconteceria? O Brasil afundaria junto. O Brasil era uma economia extremamente dependente dos EUA. Nos últimos dez anos, o nosso círculo de dependência mudou. A gente passou a depender mais da China e menos dos EUA. Mas a gente continua, justamente pela falta das reformas, a ser incapaz de ditar o próprio destino. Nós éramos o rabo do cachorro dos EUA e agora somos o rabo do cachorro da China. Nós não somos o cachorro. Nós não estamos definindo para onde a gente vai. Nós estamos sendo levados. Por sorte, o cachorro chinês está indo para um lado que nos ajuda. Mas se ele tiver algum problema, a gente vai sentir. FOTO: RICARDO CORREA 5

6 Notas Contábeis Receita recebe 5,7 milhões de declarações de Imposto de Renda até o dia 04 de abril A Receita Federal divulgou o recebimento de 5,7 milhões de declarações de Imposto de Renda de pessoas físicas. O número parece animador, porém dados comparativos mostram que ainda há uma defasagem de aproximadamente 200 mil declarações em comparação a 2010, pois na mesma época o órgão havia registrado cerca de 5,9 milhões de declarações. A Receita espera receber 24 milhões de declarações este ano. O perigo para quem deixa para a última hora, além de eventuais problemas de conexão, está na correria que pode levar a erros e à falta dos documentos necessários. Este ano, o prazo termina no dia 29 de abril. Acesso fácil a certidões ajudará 100 mil contribuintes A Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) pretendem reduzir ao máximo a necessidade de comparecimento aos balcões de atendimento. Para isso, simplificou os procedimentos para obtenção de certidões de regularidade fiscal pela internet. Antes, segundo dados dos órgãos, das mais de 1,5 milhão de certidões emitidas por mês, entre 7,5 mil e 8 mil ainda dependiam de informações prestadas pessoalmente pelos contribuintes. A medida deve beneficiar cerca de 100 mil contribuintes, em sua maioria grandes empresas que participam em obras do governo ou tomam empréstimos de bancos públicos. A previsão é de que o projeto entre em funcionamento a partir de maio. Fiesp defende alíquota fixa de 4% do ICMS entre os estados Está em discussão no Congresso Nacional uma proposta de resolução para acabar com a concessão de incentivos fiscais por estados a produtos importados. Essa alternativa é defendida pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Isso dispensaria a necessidade de o governo enviar um projeto de lei específico sobre o assunto. Para Skaf, isso seria o primeiro passo para a reforma tributária pretendida pela presidente Dilma. Dessa forma, os produtos importados passariam a ser taxados e os incentivos concedidos nos portos deixariam de prejudicar a indústria nacional. Imposto para compra no exterior tem alta O governo divulgou o texto do decreto presidencial que eleva o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) das compras no exterior com cartão de crédito. O tributo mais do que dobrará, passando de 2,38% para 6,38%. Também foi concluído o texto da medida provisória que reajusta a tabela de Imposto de Renda Retido na Fonte em 4,5%, conforme negociado com sindicalistas. Os documentos serão entregues hoje para análise e assinatura da presidente Dilma Rousseff. Com a medida, o governo espera arrecadar cerca de R$ 1 bilhão neste ano. Assim, compensaria, em parte, o gasto extra estimado em R$ 1,6 bilhão com a correção da tabela do IR. 6

7 Combata o estresse e ganhe qualidade de vida Cortar atividades, fazer esportes e se divertir mais fazem até com que a produtividade melhore Ninguém gosta de ficar estressado, mas muitas vezes não dá para controlar os efeitos deste mal na rotina. Cansaço, falta de concentração e insônia são alguns dos sintomas de alguém que está precisando relaxar um pouco. Muitas vezes a dia a dia do trabalho ajuda a desencadear o problema, que resulta em um desempenho profissional pior. Mas quais seriam as causas do estresse? Atualmente as pessoas se sobrecarregam de atividades, são pressionadas a fazer o melhor em todas elas. Não dar conta do recado acaba gerando este mal-estar, afirma a psicóloga Joseane Zamprogno. Para diminuir os efeitos do estresse, Joseane afirma que o melhor é tentar diminuir o número de atividades, fazer esportes e ter mais momentos de lazer. Fazer terapia também é importante, pois ajudará a pessoa a se organizar melhor, a ter certeza de como fazer e por onde começar. Esportes Os exercícios físicos são muito importantes, pois ajudam a melhorar a circulação sanguínea, aumentar a autoestima e a disposição. O personal trainer Fernando Moura explica que as atividades aeróbias são as mais indicadas para quem quer se livrar do estresse. Atividades como corrida, caminhada, bicicleta ou natação são as mais praticadas. Esportes coletivos, como futebol, basquete ou vôlei também fazem um bom efeito, já que existe a convivência com amigos, afirma. Porém, nunca é demais lembrar que todo exercício deve ter o aval de um médico, além da orientação de um profissional. Outra dica importante é começar em um ritmo lento e ir progredindo aos poucos. Nada de querer retomar uma atividade do mesmo ponto em que parou, lembra Moura. Dicas de Leitura Indico o livro A verdade da Vida - Volume 7, de Nasaharu Taniguchi. Ensina um modo feliz de viver, sem ser um livro de autoajuda, mas sim de filosofia. Escrito há 80 anos, já falava sobre os benefícios do riso na vida das pessoas hoje a risoterapia é bastante difundida. Vale a leitura. Lázara Aparecida de Souza, proprietária da Souza Assessoria Contábil O poder da paciência, de M.J. Ryan, Editora Sextante RJ Como diminuir a pressa e ter mais felicidade, sucesso e paz no seu dia-a-dia. Dagoberto Silvérrio, da Dagoberto S Gonzales e Adv Assoc Como era verde meu vale, que conta a história da mudança de uma família da Irlanda para os Estados Unidos. É um livro muito bonito, emociona e dá prazer em ler. Eliseu Aparecido Silveira Queiroz, da Silveira Queiroz Asses Emp Ltda. 7

8 André Charone Tavares Lopes Artigo O papel do contador na gestão tributária dos pequenos empreendimentos A gestão de tributos é um dos fatores primordiais para o sucesso de qualquer empreendimento no Brasil. Não é à toa que a carga tributária é uma das principais dificuldades apontadas pelos empresários, pois, de fato, a voracidade do fisco, velha conhecida do povo brasileiro, traz graves impactos à operacionalização de qualquer empresa e é um dos principais componentes do chamado Custo Brasil. Existem, porém, maneiras de minimizar o efeito dos impostos, taxas e contribuições na saúde financeira e econômica dos empreendimentos. Em um país no qual são criadas cerca de trinta e sete novas normas tributárias a cada dia (segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT), os gestores devem estar, acima de tudo, muito bem informados. Ainda assim, o que notamos, em especial nas micro e pequenas empresas, é a falta de orientação dos empresários, os quais muitas vezes não realizam sequer um planejamento tributário adequado. A falta de preparo para lidar com os altos tributos faz com que uma grande parte desses empreendimentos atuem na informalidade ou recorram a práticas ilícitas de sonegação fiscal para manter as suas atividades e sobreviver, o que é prejudicial para a sociedade, para o mercado, para a economia e para a própria empresa, a qual terá dificuldades de crescimento. Para que o empreendimento se desenvolva corretamente é preciso que a gestão tributária seja implementada desde o seu nascimento, ainda na escolha do regime de tributação, pois, ao contrário do que crê o senso comum, nem sempre a opção pelo Simples Nacional é a mais vantajosa. Destaca-se aí o papel do contabilista nesse processo de educação tributária de seus clientes de pequeno porte. O contador é o profissional responsável pela geração de informações sobre o patrimônio da empresa, evidenciando a sua situação econômica e financeira. Assim, não basta apenas apurar os impostos e gerar guias de recolhimento, ele deve ter também um papel-chave na construção de uma rotina de gestão de tributos. Especialmente nas micro e pequenas empresas, onde os gestores (que, normalmente, são os próprios empresários) não possuem, na maioria dos casos, o conhecimento necessário da legislação tributária, o contador deve voltar esforços para expor com clareza as opções disponíveis para a tomada de decisão, indicando as vantagens e desvantagens de cada caminho. Ressalta-se que, para assumir esse papel, o contador deve estar preparado para encarar esse desafio. Dessa forma, é importante que o profissional da contabilidade esteja sempre atualizado, atento às mudanças repentinas desse confuso cenário tributário brasileiro. É um trabalho árduo, porém bastante recompensador. Para que a empresa se desenvolva corretamente é preciso que a gestão tributária seja implementada desde o seu nascimento Outro aspecto vital para uma boa gestão tributária é a organização. E para que uma empresa possa ser considerada realmente organizada não basta apenas manter em boa ordem os seus documentos. A organização, em um sentido mais amplo, abrange também a organização contábil, com a manutenção de uma escrituração completa (ainda que simplificada, no caso das micro e pequenas empresas) e que reproduza fielmente a situação patrimonial, econômica e financeira daquela entidade. Muitas pequenas empresas utilizam- -se de regalias concedidas pela legislação fiscal para não manter os registros contábeis completos, o que, no final das contas, acaba se tornando um tiro no pé, pois nenhum empreendimento consegue se desenvolver de forma sólida sem as informações geradas pela contabilidade. De maneira geral, a Gestão Tributária é a principal arma dos pequenos empreendimentos contra a voracidade do fisco e cabe ao contador a tarefa de muni-la com as informações necessárias para o seu correto funcionamento. André Charone Tavares Lopes é Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduando em MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria e sócio do escritório Belconta - Belém Contabilidade Endereço de devolução: Sescon Campinas R. Irmã Serafina, 863, 2º andar, sl 21/ Campinas (SP) 8