Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes

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1 Multidisciplinar Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão Antonio Ferriani Branco

2 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte

3 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão 2. Suplementação mineral de bovinos de corte 2.1 Principais aspectos da nutrição mineral de bovinos de corte nos diferentes sistemas de produção Consumo O consumo do suplemento mineral administrado aos animais em condições de pastagem é uma informação absolutamente imprescindível, mas apenas o consumo de uma determinada mistura mineral não quer dizer que nossas dúvidas estão esclarecidas. É indispensável saber o consumo e a concentração de cada elemento na mistura. Bovinos adultos em condições de pastagem normalmente não consomem mais do que 30 a 35 gramas de sal comum. Portanto, a concentração de sal comum (cloreto de sódio) presente na formulação do suplemento mineral será decisiva para definir o consumo. Como já abordado no capítulo anterior, é possível fazermos estimativas de consumo a partir da concentração de sódio do suplemento. Ainda com relação ao uso da suplementação, é importante destacar que quando os animais passam por períodos de escassez de forragem, como nas secas, em que ocorrem restrições quantitativas (baixa disponibilidade de massa de forragem e baixa oferta) e qualitativas (baixa relação folha: colmo; baixo teor de proteína e alto teor de parede celular), a suplementação mineral terá praticamente nenhuma contribuição para melhorar a produção, pois a falta de proteína e/ou energia é mais limitante, e somente com a correção destas deficiências é que haverá resposta à suplementação. 44 IEPEC

4 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte Atendimento das exigências O fato de um elemento mineral ser essencial não significa que deva ser suplementado através de misturas minerais, pois a essencialidade apenas estabelece que o elemento seja indispensável na dieta. O que precisamos saber é se a dieta, por si só, já fornece as quantidades necessárias. Por isso, é fundamental a avaliação constante das condições do rebanho e da pastagem. É importante destacar que programas alimentares que incluem o uso de suplementos proteinados, ou outros tipos de suplementos, normalmente já fornecem todos os minerais necessários Deficiências mais comuns e a importância do diagnóstico Apenas o conhecimento das concentrações dos diferentes minerais na forragem e no solo não é suficiente para estabelecermos pareceres conclusivos sobre o fornecimento de minerais aos bovinos de corte criados a campo. O procedimento mais seguro no diagnóstico de deficiências e desequilíbrios em relação à nutrição mineral é o exame do rebanho, complementado por análises químicas de tecido animal (fígado, fluidos) ou ensaios experimentais. A interpretação dos resultados das análises de forragem é importante para auxiliar no diagnóstico. Vejamos os problemas relacionados a estas análises: 1) Interferência na assimilação de um determinado mineral por outro que seja antagonista; 2) Na maior parte das vezes, a amostra da forragem não é representativa daquilo que os animais consomem; 3) Variação nas concentrações dos minerais ao longo do ano; 4) Contaminação da amostra por solo. O portal do agroconhecimento 45

5 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão A interpretação de análises de solo também é importante para auxiliar no diagnóstico. Vejamos os problemas relacionados às análises de solo: 1) Nem todo o mineral encontrado no solo está disponível e será aproveitado pela forragem; 2) A assimilação depende de ph e forma química do elemento no solo. Os trabalhos mais relevantes realizados em condições de pastagem no Brasil, no sentido de determinar carências minerais nos diferentes estados e regiões, constataram que: 1) A deficiência de minerais é mais comum do que se pensa, mas não é mais comum que as deficiências de proteína e energia; 2) Nem todos os problemas são decorrentes de deficiências de minerais; 3) A deficiência de sódio ocorre praticamente em todo o país, com exceção de regiões que apresentam águas salobras; 4) Na grande maioria dos estudos foram observadas elevadas concentrações hepáticas de ferro nos bovinos a campo, e em boa parte dos casos estavam associadas a baixas concentrações de cobre; 5) Valores elevados de ferro hepático são encontrados em bovinos afetados por uma doença denominada de ronca e também em casos da doença do peito inchado ; 6) As deficiências de cobre e cobalto são as mais frequentes entre os microelementos; 7) A deficiência sub-clínica de zinco ocorre com alta frequencia. Animais em pastagem com deficiência marginal de zinco têm cres- 46 IEPEC

6 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte cimento reduzido, queda na fertilidade, baixos valores de zinco sérico, e reduzida resistência a doenças e infecções; 8) Entre os macroelementos destaca-se a deficiência de fósforo como a mais importante; 9) Em relação ao selênio, os dados da literatura brasileira, para animais criados em regime de pasto ainda, são muito escassos e insuficientes para se estabelecer qual a magnitude da deficiência deste elemento Interações importantes entre minerais em condições de pastagem A ocorrência de molibdênio em altas concentrações na forragem, junto com a presença de sulfato, reduz a deposição de cobre nos órgãos e aumenta a excreção de cobre na urina. Altos níveis de zinco e ferro na dieta reduzem a absorção de cobre e tendem a aumentar as exigências deste último. Concentração de zinco superior a 100 ppm reduz a deposição de cobre no fígado. A relação ferro: zinco também é muito importante, e na dieta ela não deve ser superior a 2: 1, pois sendo maior pode-se ter prejuízo na absorção de zinco. As altas concentrações de ferro encontradas em nossas pastagens trazem problemas em relação à nutrição mineral em decorrência de sua ação antagônica em relação à absorção de inúmeros minerais. Nas tabelas 2.1, 2.2 e 2.3 mostramos resultados de composição mineral de pastagens de áreas onde há predominância de pecuária e podemos observar parte das considerações já feitas neste capítulo e no capítulo anterior. O portal do agroconhecimento 47

7 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão Tabela Composição mineral média de algumas gramíneas consumidas por bovinos na sub-região da Nhecolândia. Mineral Concentração Exigência NRC (2000) Cálcio, % 0,25 0,45 - Fósforo, % 0,09 0,41 - Relação Ca: P 0,9 3,2: 1 - Magnésio, % 0,07 0,20 0,10 0,20 Potássio, % 0,54 3,20 0,60 0,70 Sódio, % 0,038 0,092 0,10 Manganês, ppm Ferro, ppm Zinco, ppm 7,10 32,90 30 Cobre, ppm 2,80 8,10 10 Fonte: (adaptado de Santos et al., 2002) Tabela Composição em macrominerais de plantas coletadas em diferentes fitofisionomias das sub-regiões de Aquidauana e Paiaguás. Mineral Aquidauana Paiaguás NRC (2000) Cálcio, % 0,16 0,28 0,20 0,24 Equações Fósforo, % 0,09 0,41 0,10 0,19 Equações Magnésio, % 0,12 0,25 0,16 0,24 0,10 0,20 Potássio, % 0,65 1,49 1,34 1,90 0,60 0,70 Fonte: Adaptado de Pott et al. (1989a,b) 48 IEPEC

8 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte Tabela Concentração média estacional (% da MS) de P em forrageiras dos gêneros Brachiaria e Panicum analisadas na Embrapa Gado de Corte. Forrageira Chuvas Época do Ano Secas B. brizantha 0,13 0,11 B. decumbens 0,13 0,09 B. humidícola 0,14 0,11 P. maximum cv. Colonião 0,17 0,12 P. maximum cv. Tobiatã 0,14 0,10 P. maximum cv. Tanzânia 0,15 0,11 Fonte: Moraes (1998) Sintomas de deficiências mais comuns em pastagem I) Cálcio: considerando-se a composição média das pastagens brasileiras, inclusive com dados já mostrados nas tabelas vistas anteriormente, pode-se constatar que na maior parte das vezes, para os ganhos permitidos por estas mesmas pastagens, decorrentes da %NDT e %PB das mesmas, normalmente não ocorrerá deficiência de cálcio. Outro detalhe importante, é que em condições de oferta de massa de forragem adequada para um bom desempenho animal, com boa oferta de folhas. Esse fato será ainda mais certo, pois as forrageiras apresentam concentrações de cálcio duas vezes maior nas folhas quando comparadas ao colmo. Mas, independente destas altas % de cálcio em forrageiras, pouco se conhece da variação da disponibilidade de cálcio, principalmente porque nestas plantas, este elemento se encontra principalmente O portal do agroconhecimento 49

9 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão na forma de oxalatos e fitatos. No caso de ocorrer, o sintoma mais evidente de deficiência de cálcio em animais jovens é o raquitismo e baixo desenvolvimento esquelético, decorrente da calcificação deficiente da matriz orgânica do osso, resultando em ossos moles e quebradiços. Nos adultos, o sintoma é a osteomalácea, resultado da desmineralização do osso, decorrente das altas taxas de mobilização de cálcio do osso, principalmente em vacas lactantes e em final de gestação. II) Fósforo: a deficiência de fósforo em condições de pastagem é muito comum, e os sintomas da falta deste elemento são uma redução na taxa de crescimento, menor eficiência alimentar, queda nos índices reprodutivos, menor produção de leite e menor taxa de ganho do bezerro, fraqueza e osso frágeis. III) Magnésio: a consideração mais importante em relação ao magnésio deve ser relativa à situação das vacas que parem em épocas de alta taxa de crescimento das pastagens, principalmente no início do período das águas. Outra situação importante a se destacar é quando ocorre fertilização das pastagens com nitrogênio e potássio. Nestas duas condições, é importante observar a incidência de tetania das pastagens, ou hipomagnesemia, o sintoma mais comum da falta de magnésio para o animal. IV) Sódio e Enxofre: a deficiência de sódio é a mais comum, juntamente com a de fósforo. Os sintomas de deficiência de sódio são inespecíficos e incluem redução no consumo de alimento, na taxa de crescimento e na produção de leite, além de ser muito comum a ocorrência de apetite depravado (pica). Deficiência de enxofre em condição de pastagem é incomum e inclui anorexia, perda de peso, emaciação, excessiva salivação e, em casos extremos, morte. 50 IEPEC

10 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte V) Cobalto: a aparência de bovinos de corte com deficiência de cobalto é semelhante aquela de animais que passam por severa restrição alimentar. O sintoma inicial é a perda de apetite, que será rapidamente resolvida se ocorrer a suplementação com cobalto, desde que não tenha ocorrido comprometimento de algum órgão. O baixo consumo acarreta emaciação e fraqueza muscular. A palidez da pele e mucosas resulta da anemia que se desenvolve progressivamente. Embora a infertilidade possa ocorrer como consequencia de pobre condição corporal, algumas pesquisas mais recentes sugerem que a deficiência de cobalto pode provocar infertilidade mesmo quando as vacas apresentam boa condição corporal. VI) Selênio: vacas em pastagens com deficiência de selênio tendem a produzir bezerros com uma distrofia muscular nutricional, denominada doença do músculo branco, que é uma doença degenerativa. VII) Cobre: a deficiência de cobre leva à redução na taxa de crescimento ou mesmo perda de peso, diarréia, despigmentação e alterações na coloração do pelo, fraqueza óssea e fraturas, prejuízo na reprodução, morte súbita, menor resposta imune. A exigência de cobre é de 10 mg/kg (ppm) quando as pastagens contêm baixos níveis de sulfato e molibdênio. Em regiões onde as forragens apresentam Mo e S altos, a exigência de cobre pode aumentar 3 vezes ou mais. Normalmente, em bovinos de corte, a deficiência aparece quando a forragem apresenta menos de 5ppm de cobre e mais de 3ppm de molibdênio. A desidratação da forragem para produção de feno pode alterar a forma química do cobre e aumentar a disponibilidade quando comparado com forragens frescas. VIII) Zinco: deficiência severa de zinco em bezerros produz paraqueratose. O focinho e a boca dos animais ficam inflamados com hemorragias na submucosa. Deficiência leve em animais em fase de terminação reduz o ganho em peso, mesmo quando animais O portal do agroconhecimento 51

11 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão não apresentam quaisquer sinais clínicos da deficiência. Salivação excessiva é um sinal inicial em bovinos, mas é um sinal que confunde com outros problemas. Tourinhos em crescimento podem desenvolver hipogonadismo. Em bovinos, o zinco tem um papel fundamental nos sistemas de enzimas proteolíticas associadas com o turnover protéico muscular, e a falta de zinco diminui a deposição de proteína. As exigências de zinco podem duplicar em períodos de estresse. Alguns autores recomendam até 80 ppm de zinco para bovinos confinados sob condição de estresse e problemas de saúde, devido à queda na ingestão de matéria seca e aumento na excreção dos depósitos orgânicos. IX) Iodo: o bócio em animais recém-nascidos é o sinal definitivo de deficiência de iodo, mesmo que as vacas não apresentem sinais clínicos. Em vacas deficientes de iodo, podemos ter o nascimento de bezerros cegos, sem pelos, fracos ou mortos, dependendo da severidade da deficiência. Deficiência prolongada de iodo reduz a fertilidade de vacas e touros Programas de suplementação mineral Um programa de suplementação para animais em pastagem deve observar: 1) Se o suplemento usado contém concentração adequada de cada mineral para o consumo previsto; 2) Qual a concentração de sódio do suplemento ou da mistura final. Muitas vezes os pecuaristas compram produtos concentrados com a recomendação de diluir 2: 1 e são feitas diluições muito maiores. Maior quantidade de sal comum na mistura significa menor consumo 52 IEPEC

12 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte 3) Se o consumo do suplemento está dentro do estimado e, portanto, monitorar o consumo é fundamental; 4) Todos os animais têm acesso? A dominância social e diferentes categorias podem excluir 20% dos animais de consumir o suplemento; 5) O espaço de saleiro deve ser de 4 8 cm lineares por cabeça. Exemplo: saleiro para 100 animais, com acesso pelos dois lados, deve ter pelo menos 2 metros, que corresponde a 4 cm/cabeça; 6) O suplemento é mantido no saleiro permanentemente? 7) A localização dos saleiros é fundamental para um bom consumo de suplemento e estes devem ficar em áreas de sombras e próximos de fontes de água; 8) Os saleiros devem ser cobertos. Saleiros descobertos produzem empedramento dos suplementos, redução no consumo e desperdício; 9) A altura do saleiro em relação ao solo também é importante. Saleiros colocados no chão refletem menor consumo, pois os animais urinam e defecam no saleiro. A altura deve ser de cm para vacas com cria ao pé, cm para animais de recria e 100 cm para animais em engorda. Um programa de suplementação para animais confinamentos deve observar: 1) Dependendo do porte do confinamento deve-se monitorar a composição mineral dos volumosos e co-produtos utilizados. Para os farelos e grãos tradicionalmente usados, pode-se adotar valores de tabelas de composição de alimentos, pois estes alimentos mantêm maior padronização na composição química, O portal do agroconhecimento 53

13 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão 2) Qual o nível de inclusão de concentrados na dieta; 3) Qual o nível de inclusão de grãos no concentrado utilizado; 4) Todos os minerais essenciais devem ser incluídos na formulação do concentrado e devem atender apenas às quantidades faltantes nos alimentos; 5) Observar a % de cálcio da dieta, pois quanto maior a inclusão de grãos menor a % de cálcio na dieta, já que estes alimentos são pobres neste mineral. É comum dieta de confinamento apresentar deficiência de cálcio, ocorrendo o contrário com o fósforo, que frequentemente ocorre acima das exigências; 6) Observar a % de potássio da dieta. Dietas com alta inclusão de grãos podem apresentar potássio abaixo de 0,6%, que é a recomendação mínima (NRC, 2000). 2.2 Exigências minerais em bovinos de corte O potencial genético para desempenho e produtividade dos bovinos de corte tem aumentado e isso aumenta as exigências. Alguns trabalhos mostram diferenças entre raças e grupos genéticos para exigência de cobre. Pesquisas recentes têm demonstrado que as exigências de cobre dos taurinos continentais podem ser de 1,5 vezes às exigências de taurinos britânicos. Estas diferenças parecem estar associadas a maior excreção de cobre através da bile dos primeiros. As exigências de macro e microelementos minerais incluem as exigências de mantença e de produção. Nas exigências de mantença, são consideradas as perdas endógenas. Nas exigências de produção, estão os minerais depositados no 54 IEPEC

14 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte tecido (ganho ou feto) e no leite. A base para o estabelecimento das exigências será o NRC (2000). Para cálcio e fósforo, vamos adotar o método fatorial adotado pelo NRC (2000) que considera as exigências separadamente e depois as soma. Para zebuínos, vamos adotar os dados publicados nas Exigências Nutricionais de Zebuínos e Tabelas de Composição de Alimentos (2006). No método fatorial, determina-se a exigência líquida de cada elemento e em seguida divide-se pelo coeficiente de absorção do mesmo para determinar as exigências dietéticas. EL T = E M + E G + E L + E F, onde: EL T = exigência líquida total E M = exigência de mantença E G = exigência de ganho E L = exigência de lactação E F = exigência para crescimento fetal Fatores que afetam a retenção de minerais nos tecidos: 1) Composição do ganho; 2) Sexo; 3) Grupo genético; 4) Idade; 5) Peso vivo. Fatores dos alimentos que afetam a absorção aparente dos minerais: 1) Forma química: orgânica ou inorgânica; O portal do agroconhecimento 55

15 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão 2) Presença de antagonistas em concentrações limitantes; 3) Presença de agonistas em concentrações favoráveis; 4) Taxa de passagem da digesta pelo trato digestório. O NRC (2000) estima as exigências de mantença para cálcio e fósforo considerando que as perdas endógenas de cálcio são de 15,4 mg/kg de PCJe (Peso Corporal em Jejum) e de fósforo são de 16 mg/kg de PCJe. O NRC (2000) considera ainda que os coeficientes de absorção verdadeira do cálcio e do fósforo são, respectivamente, 50 e 68%. Assim, as exigências dietéticas de mantença para cálcio e fósforo podem ser determinadas. Para o cálcio temos: (15,4/50) x 100 = 30,8 mg/kg de PV e para o fósforo temos: (16/68) x 100 = 23,5 mg/kg de PV. É importante destacar que estas exigências para mantença são constantes e independem da idade ou qualquer outra característica dos animais. Assim, uma novilha com 250 kg de peso tem exigências para cálcio de 30,8 x PCJe = 30,8 x (250 x 0,96) = mg/dia, ou 7,392 g/dia; e para fósforo de 23,5 x PCJe = 23,5 x (250 x 0,96) = mg/dia, ou 5,64g/dia. As exigências de cálcio e de fósforo para ganho levam em conta a proteína retida (PR) no ganho; para lactação a concentração média destes elementos no leite e para crescimento fetal, a retenção nos tecidos anexos e no feto (tabelas 2.4 e 2.5). Para o cálcio, as exigências líquidas para ganho são de 7,1 g/100 g de PR, para lactação são de 1,23 g de Ca/kg de leite produzido e para crescimento fetal são de 13,7 g de Ca/kg de peso fetal. Para o fósforo, as exigências líquidas para ganho são de 3,9 g/100 g de PR, para lactação são de 0,95 g de P/kg de leite produzido e para crescimento fetal são de 7,6 g de P/kg de peso fetal. 56 IEPEC

16 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte Tabela Estimativa das exigências para cálcio segundo NRC (2000). Função Mantença Crescimento Ganho Lactação Gestação (+ de 180 dias) Exigências (g/dia) 0,0308 x PCJe 0,142 x PR 2,46 x kg de leite 0,304 x PBeN PCJe = peso corporal em jejum em kg (PCJe = PV x 0,96) PR = proteína retida no ganho em gramas Kg de leite = produção de leite da vaca em kg PBeN = peso médio dos bezerros ao nascer em kg Tabela Estimativa das exigências para fósforo segundo NRC (2000). Função Mantença Crescimento Ganho Lactação Gestação (+ de 180 dias) Exigências (g/dia) 0,02353 x PCJe 0,0662 x PR 1,397 x kg de leite 0,124 x PBeN PCJe = peso corporal em jejum em kg (PCJe = PV x 0,96) PR = proteína retida no ganho em gramas Kg de leite = produção de leite da vaca em kg PBeN = peso médio dos bezerros ao nascer em kg Conforme visto nas tabelas 2.4 e 2.5, necessitamos dos valores de proteína retida no ganho (PR), que pode ser estimada através da seguinte formula: PR (g/dia) = GPCJe x {268 [ 29,4 x (ER/GPCJe)]}, onde: GPCJe = ganho de peso corporal em jejum que deve ser dado em kg. GPCJe = GPV x 0,96 ER = energia retida em Mcal/dia. O portal do agroconhecimento 57

17 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão A energia retida por kg de ganho pode ser obtida multiplicando-se o peso vivo por 0,012. Assim, na tabela 2.4 acima, para um animal de 400 kg teremos 400 x 0,012 = 4,80 Mcal/dia. Na tabela 2.6 encontramos 4,60 Mcal/dia, valor obtido pontualmente. Este coeficiente estimará valores maiores para animais mais pesados e valores menores para animais mais leves. Nas tabelas 2.6 e 2.7 são apresentados valores de PR e ER para animais de diferentes pesos em quatro taxas de ganho, ou seja, 0,50; 0,75; 1,00 e 1,25 kg/dia. Tabela Energia retida no ganho em Mcal/dia. Ganho de peso vivo (kg/dia) Peso vivo (kg) ,50 1,50 1,55 1,75 2,00 2,20 2,40 0,75 2,00 2,40 2,70 3,10 3,40 3,70 1,00 2,80 3,30 3,80 4,20 4,60 5,10 1,25 3,50 4,20 4,80 5,40 6,00 6,50 1 Animais zebuínos, machos castrados (NRC, 2000). Tabela Proteína retida no ganho em gramas/dia. Ganho de peso vivo (kg/dia) Peso vivo (kg) , , , , Animais zebuínos, machos castrados (NRC, 2000). 58 IEPEC

18 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte As exigências líquidas obtidas em experimentos com zebuínos mostram 9,25 g de Ca/100 g de PR e 4,89 g de P/100 g de PR. A partir dos dados experimentais, as exigências de cálcio e fósforo para zebuínos, para ganho, podem ser calculadas a partir das equações (Adaptado de Exigências Nutricionais de Zebuínos e Tabelas de Composição de Alimentos, 2006): Cálcio (g/dia), Y = (0,7777 x 10-1,2155 x X -0,2223 ) x 933 x GPV Fósforo (g/dia), Y = (0,7601 x 10-1,4388 x X -0,2399 ) x 933 x GPV Onde: Y = exigência do elemento X = PCVZ (kg), que é obtido assim: PCVZ = PV x 0,896 Com base na MS consumida, as Exigências Nutricionais de Zebuínos e Tabelas de Composição de Alimentos (2006) estimam que animais em crescimento tenham exigências de 0,50 a 0,54% para o potássio, valores muito próximos ao NRC, (2000) que estima 0,6%; 0,05 a 0,06% para o sódio, também próximos ao NRC, (2000) que estima 0,06%; e 0,11 a 0,12% para o magnésio, também próximo ao NRC (2000), que estima 0,10%. Assim, ficaremos com os valores adotados pelo NRC (2000), pois são provenientes de uma base de dados maior. As exigências para os demais macroelementos segundo o NRC (2000), podem ser obtidas pela tabela 2.8 e para os microelementos pela tabela 2.9. O portal do agroconhecimento 59

19 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão Tabela Exigências de macroelementos segundo NRC (2000). Exigências (% na MS) Mineral Crescimento e terminação Gestação Vacas Início da lactação Magnésio 0,10 0,12 0,20 Potássio 0,60 0,60 0,70 Sódio 0,06 0,08 0,06 0,08 0,10 Enxofre 0,15 0,15 0,15 Tabela Exigências de microelementos segundo NRC (2000). Exigências (mg/kg de MS) Mineral Crescimento e terminação Gestação Vacas Início da lactação Cobalto 0,10 0,10 0,10 Cobre 10,00 10,00 10,00 Iodo 0,50 0,50 0,50 Ferro 50,00 50,00 50,00 Manganês 20,00 40,00 40,00 Selênio 0,10 0,10 0,10 Zinco 30,00 30,00 30,00 60 IEPEC

20 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte 2.3 Estudos de casos em nutrição mineral de bovinos de corte Nas próximas três tabelas serão mostrados dados de composição mineral (Ca, P, Mg e S) de alimentos que comumente participam da dieta de bovinos de corte. Além disso, são mostradas as exigências destes elementos para animais de diferentes idades (pesos) e taxas de ganho diário. Tabela Concentração de cálcio em alguns alimentos e exigências do elemento por bovinos de corte em diferentes taxas de ganho. Alimento % de cálcio Exigência (%MSI) 0,4 0,9 kg GPV/dia Exigência (%MSI) 1,3 kg GPV/dia Milho 0,04 Sorgo 0,05 Aveia 0,06 Farelo de arroz 0,10 Farelo de algodão 0,16 Cana-de-açúcar 0,21 Braquiária 0,29 Farelo de soja 0,30 0,31 0,51 (200 kg PV) 0,25 0,36 (300 kg PV) 0,70 (200 kg PV) 0,48 (300 kg PV) Silagem de milho 0,31 0,22 0,29 (400 kg PV) 0,37 (400 kg PV) Silagem de sorgo 0,46 Coastcross 0,46 Tanzânia 0,48 Casca de soja 0,53 Polpa de citrus 1,85 O portal do agroconhecimento 61

21 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão Na tabela 2.10 pode-se observar a % de cálcio de vários alimentos, bem como as exigências de cálcio para animais de 200, 300 e 400 kg de peso vivo, em três diferentes taxas de ganho, 0,4; 0,9 e 1,3 kg/dia. Os dados mostram que os grãos são muito pobres em cálcio e as forrageiras tem % bem mais elevadas. Além disso, observa-se que para uma mesma taxa de ganho, a exigência de cálcio decresce com o peso vivo do animal e aumenta com o aumento da taxa de ganho. Enquanto a exigência para animais de 200 kg para ganho de 0,4 kg/ dia é de 0,31% na MS, para ganho de 1,3 kg/dia é mais que o dobro, ou seja, 0,7%. Considerando animais de diferentes pesos, observa-se que para ganho de 0,4 kg/dia, as exigências são de 0,31%, 0,25% e 0,22% com base na IMS para animais com 200, 300 e 400 kg de peso vivo, respectivamente. Na tabela 2.11 pode-se observar a % de fósforo de vários alimentos, bem como as exigências de fósforo para animais de 200, 300 e 400 kg de peso vivo, em três diferentes taxas de ganho, 0,4; 0,9 e 1,3 kg/dia. Ao contrário do cálcio, os dados mostram que os grãos são ricos em fósforo e as forrageiras têm % bem menores. Além disso, observa-se que para uma mesma taxa de ganho, a exigência de fósforo decresce com o peso vivo do animal e aumenta com o aumento da taxa de ganho. Enquanto a exigência para animais de 200 kg, para ganho de 0,4 kg/ dia é de 0,18% na MS, para ganho de 1,3 kg/dia é o dobro, ou seja, 0,36%. Considerando animais de diferentes pesos, observa-se que para ganho de 0,4 kg/ dia, as exigências são de 0,18%, 0,15% e 0,14% com base na MS para animais com 200, 300 e 400 kg de peso vivo, respectivamente. Esses dados mostram que em muitas situações, para animais de 300 a 400 kg, podemos atender as exigências de fósforo sem necessidade de suplementação deste elemento, pois não é incomum concentrações de fósforo de 0,14 e 0,15% na matéria seca. Os dados das tabelas 2.10 e 2.11 também são importantes para compreender porque, em condições de pastagem, a deficiência de fósforo é mais comum, e em confinamentos a deficiência de cálcio é mais comum. 62 IEPEC

22 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte Tabela Concentração de fósforo em alguns alimentos e exigências do elemento por bovinos de corte em diferentes taxas de ganho. Alimento % de fósforo Exigência (%MSI) 0,4 0,9 kg GPV/dia Exigência (%MSI) 1,3 kg GPV/dia Cana-deaçúcar 0,06 Braquiária 0,10 Polpa de citrus 0,13 Coastcross 0,16 Casca de soja 0,18 Tanzânia 0,18 Silagem de sorgo Silagem de milho 0,22 0,24 Milho 0,31 Sorgo 0,34 Aveia 0,35 Farelo de soja 0,70 0,18 0,27 (200 kg PV) 0,15 0,21 (300 kg PV) 0,14 0,17 (400 kg PV) 0,36 (200 kg PV) 0,26 (300 kg PV) 0,21 (400 kg PV) Farelo de algodão Farelo de arroz 0,10 1,73 Na tabela 2.12 são mostradas as porcentagens médias de magnésio e enxofre dos mesmos alimentos das tabelas 2.10 e 2.11, bem como, as exigências de Mg e S. Observa-se que na maior parte dos casos as exigências destes dois elementos são atendidas, e que raramente vamos encontrar deficiência de Mg em bovinos de corte, mesmo em condições de pastagem. Já para o S podemos ter deficiência, mas se considerarmos que para os alimentos que mostram menores % do elemento dificilmente O portal do agroconhecimento 63

23 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão seriam fornecidos exclusivamente, pode-se concluir o mesmo, dificilmente vamos encontrar deficiência. É importante destacar que em sistemas de alimentação que usam a técnica da mistura cana + uréia, é importante a correção da % de uréia na dieta. Tabela Concentração de magnésio e de enxofre em alguns alimentos e exigências dos elementos por bovinos em diferentes taxas de ganho. Alimento % de Mg Exigência (%MSI) Alimento % de S Exigência (%MSI) Milho 0,11 Cana 0,07 Coastcross 0,15 Polpa de citrus 0,08 Sorgo 0,15 Casca de soja 0,11 Aveia 0,16 Braquiária 0,11 Polpa de citrus 0,17 Silagem de milho 0,12 Braquiária 0,20 Silagem de sorgo 0,12 Silagem de milho 0,22 Tanzânia 0,13 Casca de soja 0,22 0,10 0,20 Milho 0,14 0,15 Cana-deaçúcar 0,25 Sorgo 0,14 Tanzânia 0,25 Coastcross 0,17 Silagem de sorgo 0,28 Farelo de arroz 0,20 Farelo de soja 0,32 Aveia 0,21 Farelo de algodão 0,35 Farelo de algodão 0,26 Farelo de arroz 0,97 Farelo de soja 0,48 64 IEPEC

24 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte Estudo de caso 1 - Confinamento No primeiro caso a ser analisado temos duas situações diferentes para animais confinados. Foram utilizados os mesmos alimentos para compor as duas dietas, e a composição percentual e química das mesmas é mostrada na tabela A dieta 1 foi formulada para ganho mais moderado, da ordem de 1,05 kg/dia e a dieta 2 para ganho de 1,40 kg/dia. Os animais confinados eram cruzados, castrados, com peso vivo inicial de 380 kg, e o consumo estimado das duas dietas são mostrados na tabela Propositalmente, as dietas foram formuladas sem inclusão de suplementos ou pré-misturas minerais, justamente para avaliar o que ocorre com o suprimento de minerais. Obviamente que numa atividade com orientação técnica isto não ocorreria. Tabela Composição das dietas do confinamento. Alimentos Dieta 1 (%MS) Dieta 2 (%MS) Farelo de algodão 38% 10,90 9,30 Cana-de-açúcar 65,70 34,30 Milho 22,40 55,40 Uréia 1,00 1,00 Nutrientes PB, % 11,00 12,50 NDT, % 65,00 75,00 O portal do agroconhecimento 65

25 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão Tabela Características dos animais e das dietas e análise do fornecimento de minerais aos animais confinados. Dieta Sexo Castrado Castrado Peso vivo NDT dieta 380 kg 380 kg 65% 75% IMS 9,10 kg/dia 8,80 kg/dia GPV 1,05 kg/dia 1,40 kg/dia Mineral Exigência 2 Fornecido Déficit Exigência Fornecido Déficit Ca 0,33 0,16 0,17 0,42 0,11 0,31 P 0,19 0,20 0,23 0,25 Mg 0,10 0,16 0,10 0,16 Na 0,08 0,03 0,05 0,08 0,02 0,06 K 0,60 0,72 0,60 0,55 0,05 Cu 10,00 4,50 5,50 10,00 4,00 6,00 Fe 50,00 303,00 50,00 180,00 Mn 20,00 35,00 20,00 24,00 Zn 30,00 40,00 30,00 33,00 1 Dietas na tabela Exigências de Ca, P, Mg, Na e K em %, e de Cu, Fe, Mn e Zn em mg/kg. Com o aumento do ganho, usando uma dieta com mais concentrado e, portanto, com mais energia, dado aqui pela dieta 2 (tabela 2.13), observamos o seguinte: 1) Apesar da deficiência de cálcio ter ocorrido nas duas dietas, ela foi maior com maior quantidade de grãos na dieta, o que mostra que em confinamentos a deficiência de cálcio é muito comum e deve ser avaliada com mais cuidado que a de fósforo; 66 IEPEC

26 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte 2) Não é observada deficiência de fósforo para as duas dietas, fato que mostra que realmente, de forma geral, misturas minerais para balanceamento de dietas para confinamento podem dispensar a inclusão de fontes de fósforo; 3) O sódio é deficiente nas duas dietas, mostrando que independente do regime alimentar de bovinos de corte, esse elemento sempre mostra deficiência; 4) O potássio não foi deficiente na dieta 1 (alto volumoso), mas foi deficiente na dieta 2 (alto grão), confirmando a preocupação com os níveis de potássio em dietas alto grão, para ganhos elevados. Os grãos normalmente apresentam porcentagem de potássio abaixo de 0,5% na MS, o que está abaixo do mínimo recomendado pelo NRC (2000); 5) O cobre foi deficiente nas duas dietas; 6) Independente da dieta, constata-se excesso de ferro muito acima das exigências, demonstrando que não devemos incluir fontes de ferro em dietas para bovinos adultos; 7) As concentrações de zinco e manganês foram adequadas; 8) Quanto ao cobalto, iodo e selênio, recomendamos a inclusão de fontes destes elementos na formulação do concentrado, pois são de difícil análise laboratorial e normalmente se apresentam abaixo das recomendações. No caso do cobalto e do iodo, dificilmente serão atingidos níveis tóxicos, independente de quanto houver nos alimentos da dieta, mas para o selênio é importante considerar esta possibilidade. O portal do agroconhecimento 67

27 2.3.2 Estudo de caso 2 - Pastagem Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão O caso de estudo 2 considera dois grupos semelhantes de animais, caracterizado por garrotes em recria, com peso vivo de 300 kg. Na tabela 2.15 observamos as características gerais do caso, as exigências de minerais e o fornecido pela pastagem na época da seca e nas águas. Nas duas épocas do ano foi utilizado o mesmo suplemento que continha 100 g de Ca, 45 g de P e 130 g de Na por kg de mistura. Na seca ocorrerá uma ingestão de aproximadamente gramas/dia, e nas águas ocorrerá uma ingestão de gramas/dia. Na seca não haverá qualquer ganho em peso, e nas águas 0,65 kg/dia. Neste caso 2 verifica-se que em ambas as situações foram atendidas as exigências de Ca, Mg, K, Fe e Mn. Foram desconsideradas as exigências de Co, I e Se pela dificuldade de monitorar a composição das pastagens para estes minerais e para assegurar o atendimento das exigências, devemos fornecer 100% das exigências através do suplemento mineral. Observamos que proporcionalmente houve aumento do déficit apenas para o fósforo, mas em valores absolutos houve aumento do déficit para P, Na, Cu e Zn, conforme mostrado a seguir. Os déficits diários em gramas para os macroelementos são calculados assim: Déficit = (IMS (em gramas) x %)/100 No caso do P: Déficit = (5700 x 0,03)/100 = 1,71 g/dia Os déficits diários em miligramas para os microelementos são calculados assim: Déficit = (IMS (em kg) x mg) No caso do cobre: Déficit = 5,7 x 7 = 39,90 ou 40 mg/dia 68 IEPEC

28 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte Então teremos: Déficit na Seca: 1,7 g de P; 2,85 g de Na; 40 mg de Cu e 57 mg de Zn. Déficit nas Águas: 3,6 g de P; 3,6 g de Na; 50 mg de Cu e 72 mg de Zn. Tabela Análise do fornecimento de minerais para dois grupos de bovinos em condições de pastagem, na seca e nas águas. Época Seca 1 Águas 2 Sexo Castrado Castrado Peso vivo 300 kg 300 kg NDT pasto 50% 61% IMS 5,70 kg/dia 7,20 kg/dia GPV 0,00 kg/dia 0,68 kg/dia Mineral Exigência 3 Fornecido Déficit Exigência Fornecido Déficit Ca 0,17 0,30 0,33 0,38 P 0,13 0,10 0,03 0,19 0,14 0,05 Mg 0,10 0,10 0,10 0,14 Na 0,08 0,03 0,05 0,08 0,03 0,05 K 0,60 1,20 0,60 1,40 Cu 10,00 3,00 7,00 10,00 3,00 7,00 Fe 50,00 200,00 50,00 220,00 Mn 20,00 80,00 20,00 100,00 Zn 30,00 20,00 10,00 30,00 20,00 10,00 1 Composição da pastagem: 0,30% de Ca; 0,10% de P; 0,10% de Mg; 0,03% de Na; 1,20% de K, 3 ppm de Cu; 200 ppm de Fe; 80 ppm de Mn e 20 ppm de Zn. 2 Composição da pastagem: 0,38% de Ca; 0,14% de P; 0,14% de Mg; 0,03% de Na; 1,40% de K, 3 ppm de Cu; 220 ppm de Fe; 100 ppm de Mn e 20 ppm de Zn. 3 Exigências de Ca, P, Mg, Na e K em %, e de Cu, Fe, Mn e Zn em mg/kg. O portal do agroconhecimento 69

29 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão Para a seca, a ingestão será de 45 gramas de suplemento por dia, assim haverá um consumo de 2 g de P e 5,8 g de Na, atendendo o déficit. Nas águas, ocorrerá uma ingestão de 55 gramas de suplemento por dia, assim haverá um consumo de 2,48 g de P e 7,15 g de Na. Neste caso, o suplemento mineral não atende o déficit de P que é de 3,6 g/dia, e o correto seria usar um produto com 65 g de P/kg, ou 6,5% de P. A análise do caso acima nos mostra claramente que o uso corrente do mesmo suplemento para uma determinada categoria animal não é uma prática tecnicamente viável, pois poderá corrigir plenamente a deficiência da pastagem em uma determinada época do ano, e deixar a desejar na época mais importante, que é a época das águas, período de maiores ganhos Estudo de caso 3 - Pastagem O caso de estudo 3 considera um grupo de novilhos castrados, com 350 kg de peso vivo, em duas pastagens com composição mineral diferente. O NDT das pastagens (60%) permite ganhos de 0,65 kg/dia, e será feita a avaliação da nutrição mineral nas duas situações. Na tabela 2.16 são mostradas as características do caso. Na segunda coluna são mostradas as exigências em minerais, na terceira coluna o que o pasto 1 oferece, na quarta coluna o déficit neste pasto, na quinta coluna o que o pasto 2 oferece, na sexta coluna o déficit neste pasto, na sétima coluna a composição do suplemento mineral e na última coluna o fornecido pelo suplemento. 70 IEPEC

30 Capítulo 2 Suplementação mineral de bovinos de corte Tabela Análise do fornecimento de minerais para dois grupos de bovinos em pastagens com diferente composição mineral. Sexo Castrado Peso vivo 350 kg NDT pasto 60% IMS 7,70 kg/dia GPV 0,65 kg/dia Mineral Exigência Pastagem 1 Déficit Pastagem 2 Déficit SM Fornecido Ca 0,33 0,30 0,03 0, ,110 P 0,19 0,11 0,08 0,16 0,03 6 0,055 Mg 0,10 0,11 0,13 0,5 Na 0,08 0,03 0,05 0,04 0, ,100 K 0,60 1,10 1,30 Cu Fe Mn Zn Pastagem 1: 0,30%Ca, 0,11%P, 0,11%Mg, 0,03%Na, 1,10%K, 4ppm Cu, 180ppm Fe, 76 ppm Mn e 18 ppm Zn. Pastagem 2: 0,40%Ca, 0,16%P, 0,13%Mg, 0,04%Na, 1,30%K, 5ppm Cu, 240ppm Fe, 110 ppm Mn e 22 ppm Zn. Neste caso observamos que ocorreram deficiências nas duas pastagens, mas esta deficiência é mais acentuada na pastagem 1. O fornecido de minerais pelo suplemento mineral foi contabilizado considerando um consumo de 70 gramas por dia do produto. A forma de calcular o fornecido pelo suplemento de cada mineral é mostrada a seguir: O portal do agroconhecimento 71

31 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão Para macroelementos como, por exemplo, o fósforo: Fornecimento de fósforo (% na MS) = {[(70 x 6)/100] / 7700} x 100. O fornecimento de fósforo do suplemento em relação à MS ingerida é de 0,055%. Para microelementos como, por exemplo, o cobre: Fornecimento de cobre (ppm) = [(70 x 1500) / 1000] / 7,7. O fornecimento de cobre do suplemento em relação à MS ingerida é de 13,6 ppm. Nos dois casos devemos subtrair o valor da coluna do déficit de cada pastagem do valor obtido para fornecido (suplemento). Se o valor for positivo, o suplemento atendeu às exigências, mas se o valor for negativo, não atendeu. No caso, o suplemento atendeu plenamente as deficiências minerais da pastagem 2, mas no caso da pastagem 1 faltou fósforo. Neste caso, a deficiência foi de 0,025% (0,055 0,08), que traduzido em gramas de fósforo dá 1,93 gramas por dia. O cálculo é feito assim: (7700 x 0,025)/100. Dessa forma, constatamos que apesar do suplemento ser muito bom, com uma concentração de fósforo de 6% (60 g/kg), ainda não foi suficiente para atender o caso da pastagem 1. Podemos inclusive determinar qual deveria ter sido a concentração de fósforo neste caso. O cálculo é feito assim: (1,93 / 70) x 1000 = 27,6 gramas de fósforo por kg de produto. Neste caso, para atender a deficiência da pastagem 1, deve-se usar um produto com 87,6 g de P/kg ou 88 g/kg (8,8%). 72 IEPEC

32 O Instituto de Estudos Pecuários é um portal que busca difundir o agroconhecimento, realizando cursos e palestras, tanto presenciais quanto online. Mas este não é nosso único foco. Com o objetivo principal de levar conhecimento à comunidade do agronegócio, disponibilizamos conteúdos gratuitos, como notícias, artigos, entrevistas entre outras informações e ferramentas para o setor. Através dos cursos on-line, o IEPEC oferece a oportunidade de atualização constante aos participantes, fazendo com que atualizem e adquiram novos conhecimentos sem ter que gastar com deslocamento ou interromper suas atividades profissionais. w w w. i e p e c. c o m

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