TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA PECUÁRIA INTENSIVA. Cleandro Pazinato Dias

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Ivan Varejão Barreiro
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2 TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA PECUÁRIA INTENSIVA Cleandro Pazinato Dias

3 Apresentação Introdução: Tecnologias de produção mais limpa Sistemas produtivos da Pecuária Intensiva Bovinos de leite: Free Stall e Compost Barn Bovinos de Corte: Confinamento Uso racional da água Uso racional do concentrado e volumoso Considerações finais

4 4 tipos de fazendas = 4 cenários diferentes estudados Cenário 1:...menor tecnologia, os animais não tinham raça definida e eram mantidos em pastagem degradada durante todo o período de produção. Sem manejos específicos, controle zootécnico, com cruzamentos aleatórios. Lotação de 0,5 animais/ha. Cenário 2:...nelore ou cruza de nelore. Animais mantidos em pastagens nominais durante todo o período, com oferta esporádica de sal mineral no cocho. Manejos e controle zootécnico esporádico. Lotação de 1,0 animais/ha. Cenário 3:...nelores e respectivas cruzas. Animais mantidos em pastagens produtivas durante todo o período e com suplementação vitamínico-mineral no cocho. Manejos específicos e controle zootécnico presente. Lotação de 1,7 animais/ha. Cenário 4:...emprego de maior tecnologia. Nelores e respectivas cruzas. Animais mantidos em pastagens produtivas durante os períodos de cria e recria e confinamento (silagem de milho, concentrado de milho e farelo de soja) durante o período de engorda. Fornecimento de suplementação vitamínico-mineral no cocho. Manejos específicos e controle zootécnico presente. Lotação de 2,2 animais/ha. Fonte: Cardoso (2012).

5 Produção de metano, óxido nitroso, dióxido de carbono, carcaça e equivalente de CO 2 por unidade de carcaça produzida, para os quatro cenários simulados de sistemas de produção de bovinos de corte no Brasil. Variável Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4 CH 4 /carcaça produzida (kg/kg) 2,75 1,76 1,29 1,01 N 2 O/carcaça produzida (g/kg) 17,76 12,97 9,88 8,47 CO 2 /carcaça produzida (kg/kg) 0,03 0,05 3,52 3,31 Total carcaça (kg/ano) 9.300, , , ,00 CO 2 -eq/carcaça (kg/kg) 74,12 47,83 38,81 31,20 Fonte: Adaptado de Cardoso (2012). Cenário MENOS POLUENTE foi o MAIS INTENSIVO!!!

6 Pegada de carbono (kg CO 2 por kg de carne) em quatro cenários simulados e três metodologias distintas. Pegada de carbono é a quantidade total de GEE emitidos direta ou indiretamente por um indivíduo, organização, evento, produto ou país. Fonte: Adaptado de Cardoso (2012) Essa medida é adequada para comparações entre sistemas de produção a fim de verificar qual é menos poluente

7 O que explica a redução das emissões de GEE menor período até o abate crescimento mais rápido, ou seja, maior ganho de peso menor produção de metano em dietas com grãos e suplementos maior capacidade de suporte da fazenda maiores produtividades por área e produção absoluta de carne Cenários MENOS POLUENTES foram os MAIS INTENSIVOS!!!

8 Sistema de produção em Free Stall Vale do Jotuva/PR

9 Sekita Agropecuária/MG Sistema de produção em Free Stall

10 Sistema de produção em compost barn Vacas recuperação Vacas lactação Vale do Jotuva/PR.

11 Sistema de produção em compost barn Sekita Agropecuária/MG Novilhas

12 Galpão compost barn para vacas de leite Chácara Dirk/PR.

13 Fazenda Santa Alice/PR Sistema de produção de bovinos de corte confinados

14 Sistema de produção de bovinos de corte confinados Fazenda Santa Alice/PR

15 Animais de alto potencial genético, utilizados no melhoramento do rebanho Fazenda Cachoeira/PR

16 Uso racional da água Consumo Captação Métodos de reuso Bebedouros Métodos de lavagem Mensuração do uso

17 Fatores que influenciam o consumo de água pelos animais Fonte: Adaptado de Palhares (2013)

18 Consumo de água para bovinos leiteiros de acordo com a idade e nível de produção de leite. Categoria animal Nível de produção de leite (kg leite/dia) Amplitude de requerimento de água (L/dia) Uso médio de água 1 Bezerras (1-4 meses) - 4,9 13,2 9 (L/dia) Novilhas (5-24 meses) - 14,4 36,3 25 Vacas leiteiras 13, , , , Vacas secas Consumo típico ao longo de um ano em condições agrícolas médias em Ontário, Canadá. Fonte: Adaptado de Ward (2007).

19 Consumo de água para bovinos de corte de acordo com a categoria e peso Categoria animal Gado de engorda (alta forragem) Gado de engorda (alta energia) Vacas em lactação com bezerros Vacas secas, novilhas cobertas e touros Amplitude de peso (kg) Amplitude de requerimento de água (L/dia) Uso médio de água 1 (L/dia) Consumo típico ao longo de um ano em condições agrícolas médias em Ontário, Canadá. Fonte: Adaptado de Ward (2007).

20 Consumo de água para dessedentação por bovinos de corte e de leite Bovinos de corte Consumo (L/dia/animal) Até 250 kg Até 370 kg Até 455 kg Bovinos de leite - Vaca em lactação 64 Vaca e novilha no final da gestação 51 Vaca seca e novilha gestante 45 Bezerro lactante (a pasto) 12 1 Considerando intervalos de temperatura entre 21 C e 32 C. Adaptado de Palhares (2013).

21 Sistema de captação da água da chuva Vale do Jotuva/PR

22 Sistema para reuso da água na limpeza das instalações. Vale do Jotuva/PR

23 Sekita Agropecuária/MG Sala de ordenha

24 Sistema para reuso da água na limpeza das instalações. Fazenda Frank Anna/PR

25 Bebedouro utilizado em galpão de bovinos leiteiros Sekita Agropecuária/MG

26 Bebedouro utilizado em um confinamento de bovinos de corte. Fazenda Santa Alice/PR

27 Conjunto de biodigestores Sekita Agropecuária/MG Consequências da má gestão da água?

28 Grupo gerador de energia elétrica através do biogás Vale do Jotuva/PR. Consequências da má gestão da água?

29 Sistema de compostagem mecanizada Itapejara D Oeste/PR Consequências da má gestão da água?

30 Equipamento de distribuição de biofertilizante Chácara Marujo /PR. Consequências da má gestão da água?

31 Uso racional dos concentrados e volumosos Principais alimentos usados na pecuária intensiva Métodos de conservação que reduzem emissões Avaliações de uso adequado/resultados O termo ração para ruminantes pode ser entendido como todo o alimento ingerido pelo animal em um período de um dia!

32 Desperdícios de alimento são prejudiciais

33 Desperdícios de alimento são prejudiciais Vale do Jotuva/PR

34 Desperdícios de alimento são prejudiciais Sekita Agropecuária/MG

35 Fazenda Santa Alice/PR Desperdícios de alimento são prejudiciais

36 Desperdícios de alimento são prejudiciais Fazenda Santa Alice/PR

37 Silagens Fazenda Santa Alice/PR Vale do Jotuva/PR

38 Silagem de grão úmido confeccionada na própria propriedade Vale do Jotuva/PR.

39 Caroço de algodão para alimentação de bovinos Vale do Jotuva/PR

40 Sekita Agropecuária/MG Silagem de forrageira

41 Fazenda Seis Amigos/MT Feno de Tifton-85

42 Fazenda Seis Amigos/MT Feno pré-secado de Tifton-85

43 Produção de efluentes Bovinos de leite Bovinos de corte Consequências Produção de dejetos

44 Produção e características dos dejetos (animal/dia) de bovinos de leite Animal Peso DT Água Densidade ST SV DBO (kg) (kg) (%) (kg/m 3 ) (kg/dia) (kg/dia) (kg/dia) Bezerra 68 5, ,64 0,54 0,09 113,4 9, ,09 0,91 0,14 Novilha 340,2 20, ,04 2,59 0,31 453,6 27, ,04 3,45 0,42 Vaca em 453,6 50, ,49 5,49 0,76 lactação 635,0 70, ,07 7,71 1,06 Vaca seca 453,6 23, ,95 2,49 0,34 635,0 32, ,13 3,49 0,47 771,1 39, ,99 4,22 0,58 Vitela 113, ,12 0,05 0,02 DT = dejetos totais; ST = sólidos totais; SV = sólidos voláteis; DBO = demanda bioquímica de oxigênio. Oxigênio utilizado na oxidação bioquímica da matéria orgânica em cinco dias a 20 ºC. Fonte: Adaptado de Lorimor e Powers (2004).

45 Produção e características dos dejetos (animal/dia) de bovinos de corte Animal Peso DT Água Densidade ST SV DBO (kg) (kg) (%) (kg/m 3 ) (kg/dia) (kg/dia) (kg/dia) Bezerro 204,1 21, ,73 1,45 0,48 (confinamento) 294,8 31, ,5 2,10 0,69 Terminação 340,2 16, ,35 1,10 0, , ,97 1,61 0,40 Vaca (confinamento) 453,6 41, ,0 4,25 0,93 DT = dejetos totais; ST = sólidos totais; SV = sólidos voláteis; DBO = demanda bioquímica de oxigênio. Oxigênio utilizado na oxidação bioquímica da matéria orgânica em cinco dias a 20 ºC. Fonte: Adaptado de Lorimor e Powers (2004).

As linhas denominadas como excretado indicam o teor de sólidos

46 Características relativas de manuseio de diferentes tipos de dejetos para algumas espécies. As linhas denominadas como excretado indicam o teor de sólidos normal para dejetos de animais saudáveis. Fonte: Adaptado de Lorimor e Powers (2004) Sekita Agropecuária/MG

47 Tanque de homogeneização e separador de dejetos Sekita Agropecuária/MG Consequências da má gestão dos concentrados e volumosos?

48 Separador de dejetos Fazenda Frank Anna/PR Consequências da má gestão dos concentrados e volumosos?

49 Sistema de separação de dejetos, biodigestor e lagoa de estabilização Fazenda Santa Alice/PR Consequências da má gestão dos concentrados e volumosos?

50 Tifton produzido com biofertilizante proveniente da bovinocultura de leite Sekita Agropecuária/MG Consequências da má gestão dos concentrados e volumosos?

51 Produção intensiva Bovinos de leite Bovinos de corte Considerações Finais Gestão da água e da ração (P+L): leite e carne Dejetos são uma grande oportunidade Sustentabilidade da cadeia

52 MUITO OBRIGADO Cleandro Pazinato Dias

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