COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME
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1 COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 1
2 Indústria de Transformação processo de produção, cada vez mais, saltando fronteiras nacionais e firmas. (Fragmentação da Produção, CGV ou Cadeias Globais de Produção) Incremento do comércio internacional de partes e componentes entre firmas distintas QUESTÕES: - Teoria do Comércio - Mensuração do comércio - Política Comercial Haguenauer, L. (1989) 2
3 3
4 Inicialmente, fragmentação da produção conduzida por EMNs (escala de operações e domínio do conhecimento). Ex: indústria automobilística. Número cada vez maior de setores industriais, produção vem sendo terceirizada (partes e componentes / montagem final) para outras firmas. 4
5 Jones & Kierzkowski (2004a, apud Nonnenberg, 2013) Produção Conexão (Transporte, Comunicação e Transferência de Conhecimento) Se retornos crescentes conexão > produção => tendência à fragmentação Aumento retornos crescentes conexão: Maior separação ou capacidade de modular estágios de produção Redução custo transporte Liberalização do comércio internacional Redução custos comunicação 5
6 «Cadeias globais de valor são os sistemas internacionais organizados para otimizar a produção, marketing e a inovação ao localizar produtos, processos ou funções em diferentes países para se beneficiar de diferenças em custo, tecnologia, marketing, logística e outras.» (Lall et ál., 2004, 407). Estes sistemas são coordenados por empresas líderes, em geral dos países desenvolvidos. (Prochnik, 2010, p.14) Fragmentação da Produção + Diferentes Firmas 6
7 Fragmentação da Produção + Diferentes Firmas Gereffi, Humphrey e Sturgeon (2005, apud Nonnenberg, 2013) Produção Global Intra Firma x Relações Mercado f(custos de Transação) => Teoria da Governança das Cadeias Produtivas Complexidade da informação e da transferência de conhecimento (em especial, especificações de produtos e processos); Grau em que o conhecimento pode ser codificado e transferido aos parceiros; Capacidade dos fornecedores compreenderem e adotarem o conhecimento requerido 7
8 Fragmentação da Produção + Diferentes Firmas Ernst e Kim (2001, apud Nonnenberg, 2013, e Prochnik, 2010) Criação das CGVs em função de : Mudança institucional decorrente da liberalização (comércio, fluxos de capital, IDE e privatização) => AMPLIAÇÃO MOBILIDADE DA PRODUÇÃO; Tecnologia de informação => APROXIMAÇÃO DE MERCADOS E PROCESSOS SEGMENTADOS; e Concorrência (firmas devem ser competitivas em diferentes países) => PRESSÃO POR EFICIÊNCIA E MENORES CUSTOS DE PRODUÇÃO NA PRODUÇÃO DE COMPONENTES ELETRÔNICOS E BENS FINAIS. 8
9 Ernst e Kim (2001) e Ernst (2005a), apud Nonnenberg, Emp Marca competência central e ativos proprietários em algumas áreas. Coordena e controla o processo produtivo. 2. Fornecedores 1º grau competências em áreas como revisão do design, construção de protótipos, produção piloto e produção em massa; 3. Fornecedores 2º grau não tem ativos proprietários. Vantagens na produção em massa 9
10 Tipologia Gereffi e Memedovic (2003), apud Guidolin, Costa e Rocha (2010) Cadeia Buyer-driven Producer-driven Exemplo Liderança Sistema de produção Fonte de lucros Indústrias Trabalho Intensivas (vestuário, calçados, brinquedos, eletrônicos de consumo) Grandes varejistas, empresas de marca e tradings Descentralizado e horizontal (elevada concorrência e baixas barreiras à entrada) Design, valor, serviços e marketing Indústrias Intensivas em capital e tecnologia (automotiva, semicondutores, computadores, aeronaves) EMNs ou outras grandes empresas integradas verticalmente Centralizado e verticalmente integrado Economias de escala, volume e vantagens tecnológicas Trader-driven (Scott, 2006, apud Guidolin, Costa e Rocha (2010) corretores, agentes de exportação e traders são relevantes, fazendo a intermediação de produtores de PEDs e compradores de PDs. Operam nas esferas global e local e permitem que empresas de pequeno porte contratem serviços de produção externa. Exemplos: calçados, vestuário e móveis. 10
11 Marta Lemme /IE-UFR J J 11
12 Classificação em Função do Grau de Coordenação - Millberg (2004) Millberg (2004), p. 56 Marta Lemme /IE-UFR J 12
13 Classificação em Função do Grau de Coordenação Mercado Modular Relational Cativa Hierarquia Marta Lemme /IE-UFR J 13
14 Classificação em Função do Grau de Coordenação Marta Lemme /IE-UFR J 14
15 Nonnenberg (2013), p. 11 Mudança de posição na cadeia requer investimentos em absorção e transferência de tecnologia e mão de obra qualificada. Para as firmas de PEDs integrantes de CGV, possibilidade de upgrade e ampliação da competitividade. => Países se beneficiam crescentes vantagens comparativas na produção de partes e componentes cruciais para esses processos produtivos. 15
16 Guidolin, Costa e Rocha (2010), p
17 Indústria Eletroeletrônica Exemplos empresas que desenvolveram competências e avançaram na cadeia Finlândia Coreia do Sul Taiwan China 17
18 CGVs e Setores Econômicos Atributos que aumentam a propensão à implementação de CGVs Divisibilidade técnica do processo produtivo; Intensidade do Fator do Processo; Complexidade do processo produtivo; Peso específico do produto x valor (questão custo de transporte) Indústria eletrônica Calçados Indústria automotiva 18
19 Mobilidade das CGVs: Difícil avaliação Busca de menores custos pelas empresas líderes => mudança de fornecedores e, consequentemente, regiões ou países (Ex: calçados); Fatores que contribuem para continuidade: economias de escala cumulação de investimentos e atividades produtivas; criação de externalidades; desenvolvimento da CGV na direção de processos e produtos mais aprimorados (tipo de produto e processo de produção evoluem com a eficiência da região, incluindo capacitação mão de obra) 19
20 QUESTÃO 1 Implicações sobre Teoria do Comércio? Millberg (2004), p
21 QUESTÃO 2 Implicações sobre Mensuração do Comércio Internacional? 21
22 QUESTÃO 3 Implicações sobre Política Comercial? Fonte: OECD, WTO e UNCTAD (2013) 22
23 QUESTÃO 3 Implicações sobre Política Comercial? Fonte: OECD, WTO e UNCTAD (2013) 23
24 QUESTÃO 3 Implicações sobre Política Comercial? Fonte: OECD, WTO e UNCTAD (2013) 24
25 QUESTÃO 3 Implicações sobre Política Comercial? Fonte: OECD, WTO e UNCTAD (2013) 25
26 QUESTÃO 3 Implicações sobre Política Comercial? Fonte: OECD (2013) 26
27 Gereffi, G.(2005) Export-oriented Growth and Industrial Upgrading: Lessons from the Mexican Apparel Case, World Bank case study for Uma Subramanian. January 31; Guidolin, S.M, Costa, A.C.R e Rocha, E.R.P. (2010) Indústria Calçadista e Estratégias de Fortalecimento da Competitividade, BNDES Setorial 31 (Calçados), disponível em /bnset/set3104.pdf Milberg, William (2004) The Changing Structure of Trade Linked to Global Production Systems: What are the policy implications? International Labour Review, Vol. 143 (2004). Nº 1-2, p Nonnenberg, Marcelo José Braga (2013) Integração Produtiva, Fragmentação da Produção e Evolução do Comércio Internacional: Como Evoluíram os Países da Ásia e da América Latina?, Texto para Discussão 1905, IPEA. OECD (2013) Trade Policy Implications of Global Value Chains: Contribution to the Report on Global Value Chains. OECD, WTO & UNCTAD (2013) Implications of Global Value Chains For Trade, Investment, Development and Jobs. Prochnik, Victor (coord), 2010 A Inserção da América Latina nas Cadeias Globais de Valor, Serie Red Mercosul Nº 19, 2010, disponível em 27
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