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2 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 7 Reportagem Integrar para comunicar melhor Por Maristela Girotto Por meio das demonstrações contábeis, é possível conhecer o desempenho passado e obter uma leitura sobre a trajetória esperada e as perspectivas da empresa. Porém, atualmente, credores, investidores e outros públicos de interesse querem saber bem mais sobre o desempenho das organizações. Querem saber, por exemplo, se elas têm futuro, tanto pelo aspecto financeiro quanto pela postura em relação ao meio ambiente, ao corpo de funcionários, à governança corporativa e à responsabilidade social. Para responder à necessidade de produzir relatórios que considerem a correlação entre esses temas, aparentemente independentes, surgiu o Relato Integrado (RI), uma iniciativa promovida pelo International Integrated Reporting Council (IIRC) e hoje praticada, de forma voluntária, por dezenas de empresas de vários países. O Brasil é o segundo país do mundo ao lado da Holanda e atrás apenas do Reino Unido em número de empresas-pilotos que utilizam, de forma voluntária, os conceitos do RI na produção dos seus relatórios. Natura, Petrobras, Itaú-Unibanco, BNDES, BRF Brasil e Votorantin Industrial são algumas delas. O Relato Integrado é um avanço em relação à forma de apresentação das informações para os usuários. Isso se deve ao fato de que, a cada dia, a exigência por relatórios, que muitas vezes não expressam o valor que o investidor ou interessado na empresa precisa conhecer, tem trazido uma sobrecarga de dados sem, necessariamente, agregar valor ao que realmente precisa ser apresentado, justifica Gardênia Maria Braga de Carvalho, conselheira e representante do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) na Comissão de Acompanhamento do Relato Integrado no Brasil. Atualmente, a Comissão conta com representantes de cerca de 90 entidades e empresas nacionais. Pensar e agir de forma integrada, avaliando o modelo de negócio, a visão de longo prazo, os riscos, a evolução dos capitais e a correlação entre temas como Contabilidade, Governança Corporativa, Sustentabilidade e Responsabilidade Social e Ambiental. Esse é o desafio proposto pelo RI. Na reportagem a seguir, a RBC discute o tema com os principais envolvidos na aplicação e disseminação do Relato Integrado no Brasil, abordando diferentes aspectos dessa iniciativa, que chega a ser considerada um divisor de águas para a carreira de Contabilidade.

3 8 REPORTAGEM: Integrar para comunicar melhor Iniciativa propõe uma nova comunicação corporativa Antes de qualquer abordagem, a primeira explicação necessária sobre Relato Integrado é que não se trata da produção de mais um relatório corporativo ou da substituição dos atuais relatórios produzidos separadamente pelas empresas de contabilidade, de responsabilidade social, de governança corporativa, de sustentabilidade por um único, integrado. O RI consiste no fortalecimento do processo de produção de informações das organizações, atuando como uma ferramenta para a elaboração de relatórios consistentes e harmônicos, por meio dos quais as empresas podem atender à necessidade dos stakeholders 1 sobre como estão sendo administrados os diversos capitais corporativos. Seis capitais fazem parte do conceito básico do Relato Integrado: financeiro (recursos monetários), manufaturado (edifícios, equipamentos, infraestrutura), humano (governança, direitos humanos, lealdade, motivação), intelectual (intangíveis, patentes, reputação), natural (recursos naturais) e social (parcerias, relacionamentos). A iniciativa do RI partiu do organismo inglês International Integrated Reporting Council (IIRC), uma coalizão global de reguladores, investidores, empresas, emissores de normas, entidades da área contábil, Instituições de Educação Superior (IES) e organizações não governamentais, que partilham da opinião de que a comunicação sobre a criação de valor deve ser uma evolução da comunicação corporativa. Gardênia Maria Braga de Carvalho Origem O surgimento do RI não tem data específica. De acordo com o professor da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Conselho do IIRC, Nelson Carvalho, a necessidade de integração das informações dos relatórios produzidos pelas empresas surgiu, há mais de dez anos, quando a Global Reporting Initiative (GRI), uma entidade internacional sem fins lucrativos sediada na Holanda, detectou a necessidade de ampliar as informações prestadas pelas empresas quanto a seus desempenhos e perspectivas. Há várias iniciativas individuais ao redor do mundo que tangenciam a questão, embora não a ataquem com a visão do RI, afirma o professor, citando exemplos como o Carbon Disclosure Project, o Instituto Ethos e o Principles for Responsible Investment. A iniciativa do Relato Integrado, segundo Carvalho, partiu do Príncipe de Gales, conhecido defensor da sustentabilidade e do meio ambiente, que, por meio de uma instituição criada por ele, a A4S Accounting for Sustainability, constituiu, em fins de 2009, o International Integrated Reporting Council. No Brasil O modelo do Relato Integrado ganhou impulso no País no início de O presidente do IIRC enviou uma carta ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho, sugerindo que fosse estabelecida uma comissão nacional de acompanhamento do IIRC, a exemplo do que já acontecia em outros países, lembra a contadora Vania Borgerth, assessora da Presidência do Banco Leonardo França 1 Stakeholders designa uma pessoa, grupo ou entidade com legítimos interesses nas ações e no desempenho de uma organização.

4 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 9 Participantes da Comissão de Acompanhamento, em reunião realizada em 12/2 deste ano, em São Paulo Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. A partir de então, segundo ela, decidiu-se criar uma comissão, não apenas sob a égide do BNDES, mas abrangendo entidades importantes ao processo e líderes do mercado brasileiro. Na primeira reunião, em julho de 2012, contamos com 17 pessoas. Hoje, a Comissão realiza reuniões trimestrais, geralmente na sede da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), nas quais temos a participação de cerca de 200 pessoas, envolvendo mais de 90 entidades brasileiras, afirma Vania, coordenadora informal da Comissão de Acompanhamento do Relato Integrado no Brasil. Na verdade, somos um grupo de pessoas que acredita nessa iniciativa e que se reúne em prol desse objetivo, acrescenta. O Conselho Federal de Contabilidade, o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as grandes empresas de Conceitos do RI são testados por empresas do mundo todo Divulgação CRCSP auditoria e outras entidades da área contábil participam da Comissão. O CFC tem participado da Comissão desde o início dos estudos sobre o RI no Brasil, e isso tem permitido um amadurecimento dos debates internamente e, em especial, na Câmara Técnica do Conselho, afirma a conselheira Gardênia Maria Braga de Carvalho, membro da Câmara e da Comissão. Para Gardênia, a proposta do RI é uma apresentação clara de como a empresa cria valor para a sociedade, mostrando quais são as suas estratégias, sua governança, sua performance e seus prospectos, alinhados com os diversos capitais que ela possui. O ponto central é a busca por uma informação de qualidade, que seja integrada, confiável, consistente e comparável, a fim de que o usuário conheça o modelo de negócio e, dessa maneira, possa tomar decisões corretas. Todo esse arcabouço tem a Contabilidade como elemento principal, ressalta a conselheira do CFC. Para viabilizar a proposta de integrar informações financeiras com as não financeiras, com base no modelo de negócio das empresas e seus seis tipos de capital (financeiro, manufaturado, natural, intelectual, humano e relacionamento) e, ainda, considerando a quebra dos silos que fazem com que uma informação seja gerada sem qualquer relação com outras, provocando o surgimento de inconsistências, o International Integrated Reporting Council lançou mão de um modelo considerado ousado. Em vez de apresentar à sociedade um framework pronto, elaborado por intelectuais e reguladores, com a mensagem Vânia Borgerth Robson Cesco

5 10 REPORTAGEM: Integrar para comunicar melhor Eduardo Batista O Relato Integrado, no entanto, ainda não pode ser considerado uma resposta aos anseios da sociedade por maior transparência e ética no âmbito da iniciativa privada. Nessa fase inicial, a proposta do RI está voltada, como público prioritário, ao investidor institucional. Essa prioridade se deve, segundo a presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e membro do IIRC, Sandra Guerra, à necessidade de se aprimorar o processo decisório para alocação de recursos a partir de uma visão mais completa do empreendimento. Com o tempo, ela acredita que o RI irá se orientar mais e mais para as demais partes interessadas. Porém, Sandra considera que, se a proposta tem hoje foco nos investidores e no conceito ESG Meio Ambiente, Social e Governança, na sigla em inglês, isso acaba por levar as empresas a olharem seus impactos em relação a toda a sociedade e não apenas a seus investidores. Nelson Carvalho de Faça-se!, o IIRC convidou empresas do mundo inteiro para, experimentalmente, aplicar em seus relatórios os conceitos de Relato Integrado, destaca a coordenadora da Comissão de Acompanhamento do Relato Integrado no Brasil, Vania Borgerth. Para eliminar possíveis resistências à proposta do RI, o IIRC formou também, segundo Vânia, uma rede mundial de investidores, que hoje conta com cerca de 25 instituições, sinalizando para as empresas que, efetivamente, o mercado precisa receber informações não financeiras tanto quanto as financeiras. Um ponto relevante a esclarecer é que a proposta do Relato Integrado não intefere no ambiente regulatório ou formal da geração do relatório financeiro ou de outros. Assim, se uma empresa está sujeita às normas internacionais de contabilidade International Financial Reporting Standards (IFRS), vai continuar utilizando as IFRS; se utiliza os indicadores da Global Reporting Initiative (GRI) para o seu relatório de sustentabilidade, continuará com eles. O que o IIRC quer é garantir que o que estiver dito na parte financeira (IFRS, por exemplo) vai estar coerente com o que for dito na parte não financeira, afirma a coordenadora da comissão brasileira. A busca de sinergia entre todas as pontas da cadeia produtiva da informação empresarial levou o Conselho do IIRC a reunir investidores, governos, empresas, auditores, analistas de investimentos, acadêmicos, fundos de pensão, entidades de governança corporativa, o GRI e, entre outros, reguladores como o International Accounting Standards Board (Iasb) e o americano Financial Accounting Standards Board (Fasb). Foco e transparência Inconsistências Em geral, as demonstrações contábeis apresentam apenas informações financeiras; as não financeiras são disponibilizadas pelas empresas em outros tipos de relatórios. Ocorre que, muitas vezes, as informações dos vários relatórios produzidos pelas empresas apresentam fortes discrepâncias. Hoje as mensagens são desconectadas entre os diversos relatórios; um passa uma imagem rósea e otimista e outro revela dificuldades que trazem danos ao patrimônio, ressalta o professor e membro do International Integrated Reporting Council, Nelson Carvalho. Para ele, essas mensagens conflitantes são inaceitáveis e acontecem porque os departamentos das empresas não se comunicam quando produzem os relatórios. Atualmente, além dos relatórios obrigatórios por lei, como as demonstrações contabéis e suas respectivas notas explicativas, as grandes empresas disponibilizam aos stakeholders relatórios de sustentabilidade, de responsabilidade social e ambiental, de governança corporativa, descritivo das políticas de remuneração e outros. Quando as empresas não produzem relatórios de sustentabilidade e elas não são obrigadas a

6 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 11 produzi-los, via de regra, os relatórios publicados se resumem ao contábil-financeiro, que, embora dê uma visão de futuro, usualmente se restringe ao capital financeiro e não incursiona pelos demais capitais, ressalta Carvalho. Para o professor, não é possível fazer uma avaliação global do nível de qualidade dos relatórios produzidos atualmente por empresas e organizações, em função da grande variedade de formas e profundidades utilizadas nas informações dos relatórios. Isso faz com que alguns sejam extrema- mente bem informativos e outros, lamentavelmente, sejam meras peças de marketing, com as quais as empresas pensam iludir os leitores falando apenas belezas de si mesmas, diz o professor. No entanto, continua ele, não se pode falar em falhas, já que cada enfoque respeita o seu tempo empresarial e social. Há 100 anos, os ativos das grandes empresas internacionais eram compostos, quase inteiramente, por ativos tangíveis (estoques, imobilizado) e, hoje, mais de 50% dos ativos das grandes corporações são intangíveis (marcas, patentes, valor de comércio, ágios), explica, justificando a necessidade de evolução dos relatórios corporativos. Carvalho acredita que a beleza e o desafio do RI não são o relato em si, mas o pressuposto de que a empresa tem uma forma integrada de pensar. Se os processos de tomada de decisão forem integrados, o relato sobre eles também o será, e aí os credores, investidores, corpo de funcionários e demais grupos que interagem com a empresa serão beneficiados pela visão de sustentabilidade em longo prazo, opina. Estrutura Conceitual A Estrutura (Framework) Internacional do Relato Integrado, em português, foi lançada em evento realizado no dia 22 de maio deste ano, na sede do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRCSP). Além dos membros da Comissão de Acompanhamento do Relato Integrado no Brasil, participou do lançamento o Chief Executive Officer (CEO) do IIRC, Paul Druckman. O documento, na língua inglesa, havia sido publicado pelo IIRC em dezembro de Com o consentimento do organismo internacional, a tradução para o português foi feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A Estrutura do RI pode ser conhecida por meio do link: -content/uploads/2014/04/ the-interna- TIONAL-IR-Framework-Portugese-final-1.pdf Além de realizar a tradução do Framework, a participação da Febraban no processo de implentação do RI no Brasil, segundo o diretor de Relações Institucionais, Mário Sérgio Vasconcelos, tem se dado por meio da Comissão de Responsabilidade Social e Sustentabilidade, composta por 22 instituições bancárias. Temos apresentado e discutido a implementação de conceitos e da estrutura do RI nos Mário Sérgio Vasconcelos bancos, afirma o diretor, acrescentando que, adicionalmente, as políticas de governança corporativa e de responsabilidade socioambiental dos grandes bancos brasileiros já estão bastante avançadas. A qualidade e a assertividade dos relatórios apresentados anualmente pelos bancos têm sido cada vez mais claras com relação à atuação das instituições. Mas é bom destacar que a sustentabilidade nos negócios é um processo contínuo de aperfeiçoamento e aprendizagem, pondera Vasconcelos. Divulgação Febraban

7 12 REPORTAGEM: Integrar para comunicar melhor Representação e experiências do Brasil são referências internacionais Além de fazer o dever em casa, o Brasil também está representado no International Integrated Reporting Council. São membros do IIRC, além do professor da Universidade de São Paulo (USP) e vice-coordenador de Relações Internacionais do CPC, Nelson Carvalho, e da presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Sandra Guerra, o vice-presidente de Finanças e Relações Institucionais da Natura, Roberto Pedote, e o diretor de Participações da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), Marco Geovanne Tobias da Silva. Essa representação espelha o grau de interesse que o RI despertou no Brasil, o segundo país do mundo, empatado com a Holanda, em número de empresas integrantes do programa-piloto promovido pelo IIRC. O acolhimento dos conceitos do Relato Integrado por parte das organizações brasileiras tem levado o IIRC a apresentar a experiência brasileira como referência para outros países. Uma empresa pioneira A Natura foi uma das primeiras companhias brasileiras a aderirem ao grupo de empresas globais do programa-piloto do RI. Os conceitos do Relato Integrado nos desafiam a revisar nosso sistema de gestão para evoluir no pensamento integrado, algo que deve preceder o relato, afirma o vice- -presidente de Finanças e Relações Institucionais da Natura, Roberto Pedote, para quem a proposta do Roberto Pedote RI significa muito mais do que relatório. O RI deve ser visto como uma oportunidade que possibilita melhoria contínua, gestão efetiva do modelo triple bottom line, por meio de questionamentos da estratégia e do sistema de gestão da empresa, diz. Para o executivo, ser membro do Conselho do IIRC tem possibilitado à empresa participar das principais discussões para avanço dessa prática. Além disso, fazer parte do projeto-piloto do RI permitiu à companhia iniciar o desenvolvimento de um relatório que caminha na direção da integração, tanto que a última edição, lançada em abril deste ano e referente a 2013, já está alinhada às diretrizes do Relato Integrado, com itens como modelo de negócio, visão de longo prazo e maior detalhamento em governança. A versão digital desse relatório está disponível para conhecimento em net/relatorio. Pedote garante que, na empresa, as fronteiras entre as divisões e os processos têm sido transpostas, graças à prática do RI, que estimula o pensamento integrado. Na Natura, onde a visão de sustentabilidade é tão importante quanto o balanço financeiro, a integração entre os temas socioambientais e econômicos já faz parte da gestão estratégica da companhia, destaca. De acordo com a proposta do RI, continua o vice-presidente, a comunicação entre as empresas e os seus investidores e públicos de interesse não se restringe ao aspecto financeiro, mas a todos os recursos que constituem o negócio, de colaboradores a insumos da sociobiodiversidade, sempre de forma a incentivar práticas justas e sustentáveis. O aspecto positivo do mercado brasileiro é que ele é altamente permeável a novas práticas ou regulações. A disseminação do GRI no País e a iniciativa Relate ou Explique, da BM&FBovespa, são exemplos disso, afirma Pedote, opinando que essa permeabilidade facilita a adoção de novas diretri- Divulgação Natura

8 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 13 zes, mesmo sendo uma prática voluntária, sem regulação formal. Sustentabilidade em longo prazo A visão de sustentabilidade em longo prazo, um dos benefícios alcançados com o RI, é um dos pontos de maior interesse dos fundos de pensão, instituições que mantêm o olhar 20 ou 30 anos à frente. Para o diretor de Participações da Previ o maior fundo de pensão da América Latina, Marco Geovanne Tobias da Silva, a mudança de comportamento e pensamento é o ponto crucial no Relato Integrado, no qual se observa maior promoção da integração da organização de dentro para fora. Com uma comunicação concisa e abrangente da estratégia, governança, desempenho e perspectivas das empresas é possível conseguir melhor percepção do negócio, como um todo, para criação de valor em longo prazo. Adicionalmente, objetiva-se obter maior responsabilidade da gestão com respeito à ampla base de capitais financeiro, manufaturado, humano, intelectual, natural, social e de relacionamento e promover a compreensão das interdependências entre eles, ressalta o diretor da Previ. O Relato Integrado, de acordo com o executivo, serve de apoio à decisão de alocação de capital e ao cumprimento do dever fiduciário dos fundos de pensão, uma vez que, com a apresentação do RI, há maior convergência das informações e transparência, o que facilita a comparabilidade em nível internacional, inclusive entre setores. Marco Geovanne explica que a Previ já recomenda em seu Código de Melhores Práticas que o Relatório Anual das companhias seja produzido de forma a integrar informações econômico-financeiras e práticas de sustentabilidade. O Relato Integrado propõe que essa divulgação vá um tanto além de simplesmente encadernar informações que, até então, são publicadas pela maioria das companhias abertas brasileiras em separado, na mesma publicação, diz. Pretende-se com o RI, resume o diretor, que as empresas de fato percebam a importância de conectar todos os fatores e capitais que agregam valor ao seu negócio e à sua competitividade para a longe- Divulgação Previ Marco Geovanne Tobias da Silva

9 14 REPORTAGEM: Integrar para comunicar melhor A questão que o IIRC pretende ajudar a responder é: os contadores têm alguma coisa a contribuir, profissionalmente, para uma empresa mais sustentável? Se não tivermos, provavelmente, não seremos necessários ao longo deste século e dos próximos. Nelson Carvalho vidade, para que, como resultado, produzam uma publicação que transmita aos seus stakeholders a que veio e o pretende fazer. Educação em Contabilidade A utilização do Relato Integrado pelas empresas brasileiras vai exigir mudanças na formação dos profissionais da Contabilidade, de acordo com o professor da Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e membro do IIRC, Nelson Carvalho. O professor argumenta que questões sociais e ambientais estão hoje presentes no mundo empresarial a partir de várias motivações. Clientes de produtos empresariais estão preocupados com trabalho escravo, exploração de mão de obra infantil, móveis feitos com madeira derrubada irregularmente e vários outros exemplos de péssimo uso de insumos para reduzir custos e otimizar lucros, cita Carvalho, acrescentando que empresas aderentes a essas práticas condenáveis estão perdendo, progressivamente, mercados. Aliada a esses fatos, soma-se, segundo o professor, uma das mais penetrantes lições trazidas pelas normas internacionais de contabilidade IFRS, na sigla em inglês e abrigadas nas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) do CFC: Além de conhecer o desempenho passado, outro dos mais nobres objetivos das demonstrações contábeis é permitir uma leitura sobre o futuro; quais são os fluxos de caixa esperados daqui pra frente, dados os negócios e transações que a empresa fez no passado; em suma, minha trajetória esperada no futuro indica que tomei decisões empresariais sensatas no passado, em termos de clientes, capacidade instalada, créditos concedidos, dívidas assumidas, diversificação de linhas e de produtos e assim por diante. Mas uma variável questionada por credores e investidores é se a empresa tem futuro, tanto como negócio em si quanto por sua pos- tura adequada em relação ao meio ambiente, corpo de funcionários, governança corporativa e responsabilidade social. Para Carvalho, uma das especialidades dos profissionais da Contabilidade, há décadas, é relatar as perspectivas e o desempenho empresarial. Porém, continua ele, no mundo da proteção ao meio ambiente e da sustentabilidade, já há ambientalistas, advogados, economistas, botânicos e vários outros profissionais, mas estavam faltando os contadores. A questão que o IIRC pretende ajudar a responder é: os contadores têm alguma coisa a contribuir, profissionalmente, para uma empresa mais sustentável? Se não tivermos, provavelmente, não seremos necessários ao longo deste século e dos próximos, vaticina o professor. Algumas iniciativas nesse sentido já estão em andamento. Carvalho cita que, há cinco anos, foi criado, no Departamento de Contabilidade e Atuária da FEA/ USP, em São Paulo, o Núcleo de Estudos de Contabilidade e Meio

10 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 15 Ambiente (Necma), o qual reúne professores de Contabilidade, Economia, Matemática e Estatística, Biologia e outras áreas, buscando integração dos campos de estudo em torno do tema Meio Ambiente e Sustentabilidade. Além disso, o professor informa que, em 2013, foi criada, também na FEA/USP, uma disciplina optativa no curso de graduação em Contabilidade chamada Relato Integrado, que tem tido uma demanda surpreendente de alunos, tanto de Ciências Contábeis quanto de outros cursos. Divulgação IBGC RI e governança corporativa A própria definição do Relato Integrado que considera um modelo de criação de valor em curto, médio e longo prazos, proporcionando uma visão prospectiva, reportando elementos conectados entre si e aprimorando a comunicação com os públicos estratégicos, captura a governança corporativa. Um fator relevante é que o pensamento integrado favorece a sinergia com a boa governança, atuando como um facilitador na sua adoção, afirma Sandra Guerra, explicando que isso se deve, Sandra Guerra primeiramente, porque a estrutura conceitual do RI considera que não basta ter um modelo de negócios, mas é preciso dar clareza à estratégia adotada para obtenção de melhor desempenho e que, ao mesmo tempo, apresente perspectivas futuras de criação de valor ao longo do tempo. A presidente do Conselho de Administração do IBGC cita que o RI traz um modelo que facilita para a empresa ficar atenta ao que pode destruir valor, mesmo que não seja no futuro imediato. Isso conduz a uma visão de negócio sustentável, segundo ela, que exemplifica: Se fizer um relatório apenas com os ativos tangíveis, que é o modelo prevalecente até aqui, deixo de observar ativos que vêm se mostrando cada vez mais importantes, que são os intangíveis. Entre os intangíveis estão, por exemplo, os ativos ligados à reputação e à habilidade de relacionamento com a cadeia logística. Para Sandra Guerra, os riscos reputacionais são capazes de transformar em pó, em breve espaço de tempo, negócios até então consolidados. Divisor de águas Na opinião da presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Sandra Guerra, o RI é um divisor de águas para a carreira de Contabilidade. Ela lembra, como argumento, o momento atual histórico muito relevante e transformacional da carreira clássica de Contabilidade. O Relato Integrado incorpora diversos outros fatores e informações que faziam parte do conhecimento dos contadores, mas sobre os quais, continua a presidente do Conselho do IBGC, esses profissionais tinham pouco acesso, considerando- -se o modelo usado até aqui, para reportar os resultados de uma empresa. Ao incluir os seis capitais e outras características do RI, surge uma nova dimensão para a carreira contábil, que passa a ter um olhar mais abrangente e pode ser ainda mais relevante, acrescenta. Sandra Guerra destaca, porém, que o atual momento é de aprendizado e conhecimento dos conceitos do RI. Estamos apenas começando. Teremos muitos anos de transformação pela frente para ampliar a visão e incorporar outros aspectos, antes pouco considerados. E isso tudo se traduz em uma grande oportunidade para o futuro dos contadores, afirma.

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