DO LIVRO AO CADERNO: POESIA UMA ESTRATÉGIA NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE LEITURA E ESCRITA

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1 DO LIVRO AO CADERNO: POESIA UMA ESTRATÉGIA NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE LEITURA E ESCRITA Claudia Gomes de Lima Bolsista de Iniciação Científica CNPq - NEPELC - DEPED UFRN Marly Amarilha Profa. Dra. Orientadora 1. O PRAZER DE SER E FAZER: As coisa que a gente fala, saem da boca da gente e vão voando, voando, correndo sempre pra frente. Entrando pelos ouvidos de quem estiver presente (...) Cecília Meireles O presente trabalho trata do resultado de um seminário desenvolvido a partir da disciplina Literatura Infantil do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e tem como objetivo identificar a poesia como mais uma estratégia para aprimorar o processo de alfabetização de crianças e adultos. Parte do pressuposto de que a poesia auxilia na compreensão do gênero poético e conseqüentemente, leva os leitores a criar seus próprios textos. O motivo maior para a realização deste trabalho, mais do que o gostar de poesia, foi o encantamento demonstrado por crianças e adultos dentro e fora das escolas com esse tipo de texto. A partir desse interesse pela poesia, tentei unir prazer com necessidade, e utilizá-los como estratégia dentro da sala de aula. Neste trabalho relato o seminário realizado na disciplina Literatura Infantil, em que participaram 30 alunos do curso de Pedagogia do semestre III do ano de 2000, que desencadeou o estudo sobre poesia na sala de aula como estratégia no processo de alfabetização. O prazer de ser alfabetizadora e de fazer poesia, une-se ao prazer de alfabetizar através da poesia, de forma que esta não se torne obrigatória ao olhar do sujeito aprendiz, mas sim que ela seja capaz de compreender que o prazer da poesia pode ser transportada para o prazer de se alfabetizar. Diversos autores que têm se voltado para o estudo da poesia, abordam questões concernentes à sua presença na escola, como um todo, sem delimitar um nível de ensino. Dentre esses, encontram-se: Abramovich (1991); Amarilha (1997) e Trevizan (1995). A partir desses autores, observa-se que a poesia e sua aplicação só ocupam espaço na escola quando útil para o repasse de conteúdos morais e de valores. Noutra linha de raciocínio, tenta-se demonstrar o poder da poesia não como forma moralista, mas alfabetizadora e criativa, ajudando crianças e adultos a tornarem-se indivíduos capazes de crescerem capazes de analisar, criar e criticar o que lêem, e daí compararem seus textos.

2 2. A POESIA E O SEU SER: A poesia se caracteriza essencialmente pelo uso criativo e inovador que se faz das palavras, expressando a subjetividade. Fernando Paixão Segundo alguns escritores, diz-se que a poesia nasceu na antiga Grécia e existia para divertir a nobreza, nos intervalos das batalhas. Psístrato, modernizador da sociedade ateniense durante o século VI a. c., através de concursos de declamações das epopéias, provou que a poesia é educativa, e que através desses concursos constituí-se uma história de integração entre os diversos grupos étnicos, geográficos e linguísticos da Grécia. Entre os gregos, a poesia herdou propriedade pedagógica dos mitos. (Zilbermam, 1990:13) São inúmeros também os poemas egípcios antigos que manifestaram uma relação poética da experiência da cultura do povo com a agricultura. Em alguns casos, a poesia quase se confunde com a funçào religiosa, em outros casos, alguns filósofos consideram que a poesia constitui a própria origem da língua (Paixão, 1991:20). Após alguns séculos a poesia ficou conhecida como literatura, e mesmo depois do surgimento de novos gêneros e terminologias, manteve-se a certeza de que o texto poético favorece a formação do indivíduo, cabendo, pois, expô-lo à matéria-prima literária, requisito indispensável a seu aprimoramento intelectual e ético (Zilbermam, 1990:13). a partir da compreensão e de sua utilidade, será possível trabalhar a poesia vivenciá-la. Pois segundo Silva (1990:36), os conteúdos poéticos, porque possíveis descobertas, com ou sem chave de interpretações são sempre pedagógicos. As definições para a poesia são apenas tentativas, pois os teóricos não apresentam com certeza e rigor suficientes sua conceituação estética, filosófica ou científica. No livro Conceito de poesia Lyra afirma, que a poesia e o poema tem definições distintas e que se diferenciam, o poema é, de modo mais ou menos consensual, caracterizado como um texto escrito (primordialmente, mas não exclusivamente) em verso. a poesia por sua vez, é situada de modo problemático em dois grandes grupos conceituais (Lyra, 1992:6). O interesse maior neste estudo será o de encontrar diversas maneiras de trabalhar a poesia como um facilitador no processo de alfabetização, tanto que regras e técnicas de produzir um texto poético aqui não são tão relevantes, relevante mesmo será chegar ao fim deste estudo com a certeza de que os sujeitos trabalhados foram capazes de compreender, de analisar e de criar texto, sejam eles poéticos ou não. Concordo com Paixão 91991:95) quando ressalta que uma das maneiras de abordar a linguagem poética é tentar entender como a expressão poética transmite a experiência do saber desde que essa esteja longe de comunicar uma informação doutrinária. Discordo porém, quando ele diz que essa informação não pode ser didática, a não ser que, essa informação didática seja para se aprender a criar/construir/fazer poesia, e não a de utilizá-la. Como foi relatado no primeiro parágrafo, a poesia provou ser educativa também nesse segundo sentido. Conviver com a poesia, permite-nos estar de olhos mais abertos, olhando além do que se vê, percebendo outros detalhes dentro dos contornos visíveis (Paixão, 1991:95) 3. ASSIM NASCEU UM POETA ALFABETIZADOR

3 As pessoas grandes, como já disse, têm idéias preestabelecidas e nunca imaginam que possa existir outra coisa além daquilo que já sabem. Maurice Druon Este estudo surgiu de forma experimental, numa turma de nível superior, com 30 (trinta) alunos. As atividades realizadas durante este experimento foram as leituras dos textos O lúdico na literatura: o caso da poesia (Amarilha, 1997) e A poesia e escola( Zilberman,1988), que antecederam a aula sobre poesia na escola, a dinâmica de socialização Os reis que contam de Claudia Gomes de Lima, a leitura do texto Para o futuro de Cecília Meireles e o seminário sobre poesia e escola. Essas atividades ocorreram na seguinte ordem: 1. No primeiro momento os alunos circularam pela sala, onde foram expostas poesias em um varal junto com cartazes e livros. A arrumação da sala foi estruturada de forma a se tornar aconchegante e agradável para a leitura de poesias e a apresentação do trabalho como forma de seminário. No mesmo momento estava tocando músicas do compositor Vinícius de Morais do disco A arca de Noé eram ouvidas. A arrumação da sala foi estruturada de forma a se tornar aconchegante e agradável para a leitura de poesia e a apresentação do seminário; 2. No segundo momento, quando havia um número suficiente de alunos, esses foram reunidos no centro da sala e realizada uma dinâmica de socialização e de interação com o assunto que iria ser tratado em forma de poesia, denominado Os reis que contam, confeccionada exclusivamente para este trabalho; Era uma vez dois inimigos reis que só não queriam ficar, mas para um amigo ter teriam que procurar. Saíram pelo reino afora tentando amigos encontrar, e saíram contando pela estrada quem pudessem abraçar. UM e UM são DOIS DOIS e DOIS são QUATRO QUARTO e QUATRO são OITO OITO e OITO, DEZESSEIS se juntarmos com mais DEZ teremos VINTE e SEIS e se abraçarmos todos juntos, sozinho não mais serei! No fim das suas jornadas quem poderia adivinhar! Os reis já eram amigos, só faltavam se encontrar. 3. Após a dinâmica foi solicitado que todos se sentassem no chão, sobre tapetes e almofadas, formando um semi-círculo. Foi explicado o porque da dinâmica e de como seria possível

4 trabalhar vários contextos educacionais com a poesia, nesse caso, em uma aula de matemática, o valor da amizade Inicia-se o seminário intitulado A poesia e a escola, com a leitura do poema Para o futuro de Cecília Meireles, que mostra as diferenças sociais, assunto presente na sala de aula e que também pode ser trabalhando através da poesia. - Quando vocês forem grandes... E a professora perguntou o que nós queríamos ser. Osvaldo, o menorzinho da classe, respondeu que estudaria medicina, para ser um doutor de óculos e barbas, como o seu papai. E salvaria também todos os doentes... Adosinda, que é uma pobre menina, ficaria contente se, depois de moça, pudesse coser bem, como a irmã de Elisa, a qual faz vestidos tão lindos! Elisa queria ser pianista. Antônio, um pretinho muito engraçado, queria ser cocheiro, para levar um carro numa disparada assustadora por aí afora! - E tu, meu amor, que disseste tu? - Eu... disse que queria ser poeta! - Poeta!... E que te disse a professora? - Que nós poderíamos ser o que fôssemos, mas que devíamos, todos, ser homens de bem. 5. Foram abordados nesse seminário os seguintes assuntos: a poesia pode ser ensinada? existe metodologia para ensinar poesia? Não chamaria ensinar a fazer, poesia mas sim de criar meios, artifícios de sensibilizar o aluno, de aproximá-lo às leituras e não ensinar. Ensinar soa como uma coisa pronta, feita, formulada. E poesia é criação, é mutável. O ensino da poesia é também a sua descoberta. Um dos fatores principais apresentados por especialistas de não trabalhar a poesia dentro da sala de aula é a insegurança do professor. O trabalho com a poesia deve acontecer com a participação do aluno, tendo sempre em mente que esse processo de criação com certeza, irá tocar com a sua sensibilidade, em decorrência o professor temeroso, pois não existe controle sobre a sensibilidade dos alunos. Para aproximar a poesia da criança, a apresentação de textos de qualidade não é suficiente, é preciso principalmente o entusiasmo do professor. A sensibilidade deve partir primeiro do professor, ele deve se tornar um mediador da arte e porta voz desta comunicação. A emoção de um texto poético é transmitido pela sensibilidade de quem lê, por tanto, se um professor ler uma obra sem interesse, indiferente, esta emoção é interrompida, e chegarão somente palavras vazias aos alunos ouvintes.(abramovich, 1994). A memorização e as regras não vão favorecer uma relação agradável com o aluno, o importante mesmo será o exercício de dizer e ouvir poemas, de participar e de fazer com que esses alunos se identifiquem com esse material poético. O problema está como tornar a criança capaz de ver esse mundo, com sensibilidade Ao professor cabe o papel de provocar no aluno essa disposição, de iluminar o caminho da leitura, encorajando a criança a se aventurar sozinha. Só depois desse processo de sensibilização entre professor e aluno é que se pode iniciar o caminho da poesia. A poesia pode ser ensinada, ainda mas quando ela é vivida. Pode-se dizer que o método próprio da poesia será um seletivo trabalho com os textos destinados a propiciar as sensações que correspondem a criação do estado poético na criança, permitindo que ela expanda sua criação e amplie sua compreensão da realidade.

5 6. Antes do término do seminário, apresentei a turma um exemplo de como trabalhar a poesia, resgatando um trabalho realizado em uma turma da 4 a série ( I ciclo), de uma escola privada de Natal-RN, no 2 o bimestre do ano e Essa trabalho foi a releitura do texto musical Chegança, de Antônio Nóbrega, na disciplina de História do Brasil. Após a compreensão, discussão e pesquisa sobre o tema principal da música, os alunos foram capaz de trabalhá-la e através dela criar um texto coletivo, intitulado Relato de índio, confirmando ainda mais as possibilidade de se trabalhar a poesia na escola, não somente como forma romântica e apreciativa, mas também como estratégia no aprimoramento da alfabetização e na sua formação como sujeito leitor. CHEGANÇA (Antônio Nóbrega e W. Freire, 1999). Sou Pataxó, sou Xavante e Cariri, Ianomami sou Tupi Guarani, sou Carajá. Sou Pancaruru, Carijó Tupinajé, Potiguar, sou Caeté, Ful-ni-ô, Tupinambá. Depois que os mares dividiram os continentes, quis ver terras diferentes. Eu pensei: vou procurar. Um mundo novo lá depois do horizonte, levo a rede balançante pra no sol me espreguiçar. Eu atraquei num porto muito seguro, céu azul, paz e ar puro... Botei as pernas pro ar. Logo sonhei que estava no paraíso, onde nem era preciso, dormir para se sonhar. Mas de repente me acordei com a surpresa: uma esquadra portuguesa veio na praia atracar. De garnde nau, um branco de barba escura, vestindo uma armadura me apontou pra me pegar. E assustado, dei um pulo lá da rede pressenti a fome, a sede, eu pensei: vão me acabar. Me levantei,

6 de borduna já na mão, aí senti no coração, o Brasil vai começar. RELATO DE ÍNDIO (Texto coletivo produzido pela 4 a série (I ciclo), 1999). Há mais de 500 anos, morava no outro lado do horizonte com a minha tribo. Meu povo resolveu conhecer novas terras. Pegamos nossas canoas e atravessamos o oceano. Atracamos num lugar calmo e tranqüilo. Era um paraíso. Eu sonhava acordado com tanta beleza natural. Havia plantas belas e animais exóticos. Nesse lugar construímos ocas, cabanas, plantamos vegetais para nos alimentarmos, organizamos a nossa nova comunidade. enfim, vivíamos em harmonia. Após alguns anos, estava na praia e avistei caravelas. Estas se aproximaram de mim. Desceram delas os homens cor da manhã com roupas e armas diferentes. Fiquei surpreso. Imaginei que eles atacariam a nossa tribo. Saí correndo e assustado. Nesse momento, percebi que a nova terra deixaria de ser o paraíso. Outra nação iria começar. 7. Para finalizar o a apresentação do seminário, foi sugerido a construção de uma poesia coletiva. Essa construção deu-se da seguinte forma: 1 o) Foi distribuído entre os alunos um pequeno pedaço de papel em branco; 2 o ) Foi solicitado que cada um escrevesse o que primeiro surgisse em mente; 3 o ) Em seguida, os papéis foram recolhidos e juntos guardados num saco; 4 o ) Depois de guardados eles foram misturados e aleatoriamente, foram sendo retirados do saco e montados um abaixo do outro na lousa; 5 o ) Após a montagem, os alunos leram em voz alta e denominaram Alpendre. O texto que se segue foi considerado poesia por possuir as categorias e aspectos transitivos em suas relações com o ser humano. a novidade/antiguidade de um fato, na duração; a grandeza/pequenez de uma perda, na magnitude; a beleza/feiúra de uma paisagem, na aparência. Sempre de algo... Mesmo quando um poeta deseja abordar noumenalmente o ser, ele aborda por um desses aspectos, não em si mesmo. (Lyra,1992:11). O livre trânsito semântico entre os signos também é encontrado e revela a condição libertadora da linguagem alcançada na poesia... considera-se poesia como fenômeno de mediação entre a cotidianidade ( realidade ) e a essencialidade ( imagem ) da vida. Esta função mediadora vai expressar a missão de toda produção poética (Trevizan,1995:38). ALPENDRE ( Texto produzido pela turma do 3 o semestre do Curso de Pedagogia da UFRN, 2000). Renegar o amor é o pior dos enganos Os olhos transbordam gotas de pôr-do-sol eu quero sonhar, sonhar é viver, viver o sonho.

7 Vi o céu chorar Amar é despertar para a vida O amor é algo assim, Algo que não tem fim, Mas que se não for cultivado morre nos deixando assim. O amor vem de Deus Não há vitória sem sacrifício Amo-te como posso me enganar. Vida Sol, sol, brilha, brilha O sol é capaz de esquentar minha alma. Coração A olhar o luar, Sonho em bailar E nas estrelas viajar. O mistério da vida está na descoberta do amar. Sonho Amizade, Amizades sinceras Felicidade. A poesia encanta O amor do beija-flor. Após esta dinâmica, a maioria dos alunos ficou interessada, envolvida e surpresa com o resultado da poesia realizada. Muitos se achavam incapazes de elaborar ou mesmo pensar em criar um texto, muito menos sendo esse poético. Foi ainda possível resgatar um pouco da oralidade e a interpretação individual dos textos lidos a apresentados durante o estudo. Esta atividade abriu um caminho a percorrer, em busca de um melhor aprimoramento na formação de leitores e escritores. 4. UM EDUCADOR QUE SABE SER POETA: Poesia é brincar com palavras como se brinca com bola, papagaio, pião. Só que bola, papagaio, pião de tanto brincar se gastam. As palavras não: quanto mais se brinca com elas mas novas ficam (...) José Paulo Paes Definir a poesia é uma tarefa difícil, porém mais difícil ainda é não aceitar que surjam novas formas de aprendizagem. Huizinga (1993) concordando com Paul Valery, afirma que não é uma metáfora considerar a poesia como um jogo com palavras e a linguagem (p.147). Amarilha (1997), estabelece relações entre os aspectos comuns a qualquer atividade considerada como jogo e poesia. A partir das considerações desses autores percebi que como num jogo, é possível se trabalhar poesia como forma de aprendizagem, como uma estratégia para o sucesso de alfabetização como um todo. Da mesma forma que trabalham a poesia a combinação de palavras, pela sonoridade

8 que elas produzem, pode-se também trabalhar a combinação das sílabas BO e LA e através da sonoridade decorrente, formar a palavra bola ou outras de sons próximos. Através deste estudo, fui capaz de observar também uma maior facilidade de expressão pelos sujeitos. A oralidade manteve-se presente assim como a participação e interesse. Foi como se uma bomba de incentivo explodisse diante do quadro-negro. São muitos os elementos para se trabalhar a poesia na sala de aula...o ler em voz alta, trabalhar com a emoção; poesias que trabalham com o sensorial, as experiências; o musicar; o interpretar. Assim também será o trabalhar com a poesia dentro da sala de aula, usando-a para ajudar na alfabetização, seja de crianças ou de adultos. A forma como foi realizada a experiência nesta pesquisa, demonstrou que, ao transformar um texto da disciplina de História do Brasil em texto poético, a turma se interessou bem mais em saber como se o iniciou e como terminaria. Então no momento de interpretar uma história não poética, foi mais fácil associar os acontecimentos, o raciocínio, a interpretação e a conclusão dos fatos. A poesia deixa de ser uma coisa só de livro e passa a fazer parte do mundo real de cada um. 5. FAZENDO O MEU POEMA: A poesia é a descoberta das coisas que nunca vi Oswald de andrade Mesmo que seja preliminar a fase em que se encontra esse estudo, pode-se chegar a algumas afirmações, como: A poesia pode ser trabalhada como estratégia no processo de aquisição de leitura e escrita ; Adultos e crianças são capazes de compreender, elaborar e analisar a poesia, trabalhá-la na produção de textos e de relacioná-las com outras áreas. Conclui-se que nesse primeiro momento, que um dos papéis do professor, é o de provocar no aluno o desejo de ler, criar e de viver nesse mundo chamado literatura, utilizando-se de múltiplas estratégias para fazer suscitar esse desejo. Cabe, então, ao professor, intervir conscientemente neste processo, definindo sua proposta de atuação, refazendo e ampliando caminhos em razão da realidade de sua clientela, com o intuito de desenvolver essa prática no cotidiano da escola. Para fechar a primeira etapa desse trabalho, de forma poética, lança-se mão do texto de Cecília Meireles. Arte de ser feliz Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz. Houve um tempo em que minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? quem as comprava? em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criando? e que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz. Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa estreita, passava quase todo o

9 dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz. Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde, e, em silêncio, ia atirando com as mãos umas gotas de águas sobre as plantas. Não era uma rega; era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. Eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz. Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com Pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos: que sempre me parecem personagens de Lope de Veja. Às vezes, um galo canta. Às vezes um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. Eu me sinto completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante de minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim. Cecília Meirelis, BIBLIOGRAFIA ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scpione, AMARILHA, Marly. Estão mortas as fadas? Literatura infantil e prática pedagógica. 2 a edição. Petrópolis: Vozes, ANDRADE, Carlos Drummond de, Antologia poética. 37 ed. Rio de Janeiro: Record, AVERBUCK, Lígia M. A poesia e a escola. In: Leituras em crise na escola: as alternativas do professor. Porto Alegre: Mercado Aberto, DRUON, Maurice. O menino do dedo verde; tradução de D. Marcos Barbosa / ilustrações de Marie Louise Nery / 37 a edição. Rio de Janeiro: José Olympio, JESUALDO. A literatura infantil. 9 a edição. Tradução de James Amado. São Paulo: Pensamento. HUIZINGA, Johon. Homo Ludens. São Paulo: Perspectiva, KIRINUS, Glória. Criança e poesia na pedagogia Freinet. São Paulo: Paulinas, KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 3 a edição. São Paulo: Contexto, LIMA, Claudia Gomes. Os reis que contam (dinâmica de socialização). Natal, LYRA, Pedro. Conceito de poesia.2 a edição; série. São Paulo: Ática, MARTINS, Maria Helena, O que é leitura. São Paulo: brasiliense, MEIRELES, Cecília. Cânticos. São Paulo: Moderna, MEIRELES, Cecília. Criança meu amor. 2 a edição. Rio de Janeiro: Nove Fronteira, MEIRELES, Cecília. Seleta em prosa e verso; seleção, notas e apresentação de Darcy Damasceno. Rio de Janeiro: José Olympio, MORAIS, Vinícius de. A arca de Noé: poemas infantis. Ilustrações Maria Louise Nery, 19 edição. Rio de Janeiro: José Olympio, PAES, José Paulo. Poemas para brincar. São Paulo: Ática, PAIXÃO, Fernando. O que é poesia. 6 a edição. São Paulo: Brasiliense, Cadernos poesia brasileira; 3. Poesia infantil. - São Paulo: INSTITUTO CULTURAL ITAÚ, 1996.

10 SMITH, Frank. Leitura significativa. Porto Alegre: Artes Médicas, TREVIZAN, Zizi. Poesia e ensino: antologia comentada. São Paulo: Arte & Cultura UNIP, ZILBERMAN, Regina e SILVA, Ezequiel Theodoro da. Literatura e pedagogia: Ponto e contraponto. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990.

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