30/8/2009 TREINAMENTO DESPORTIVO. Prof. Milani TREINAMENTO DESPORTIVO. Prof. Milani
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- Adriana Corte-Real Azenha
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1 CONCEITOS CARLYLE (Austrália) O Treinamento deve ser tão científico e organizado quanto se pode. Sobretudo, devemos ter uma idéia clara do que se propõe, para que prova em particular se treina, e quando queremos lograr a melhor performance. 1
2 CONCEITOS GIRALDES (Argentina): Treinamento é o conjunto de atividades que tendem a desenvolver as qualidades mentais e físicas com o objetivo de alcançar o máximo de rendimento individual. HEGEDUS (Uruguai) CONCEITOS O Treinamento Desportivo constitui uma preparação sistemática do organismo, respeitando processos de adaptações psicobiológicas e que visam obter um alto rendimento. 2
3 CONCEITOS PIRES GONÇALVES (Brasil) O Treinamento procura obter, através de uma adaptação orgânica lenta e gradual a condição física desejada para realizar determinado esforço em época certa: a performance. CONCEITOS MATVÉIÉV (União Soviética): Treinamento Desportivo, como fenômeno pedagógico, é processo especializado da Educação Física orientada, objetivando alcançar elevados resultados desportivos. A preparação desportiva compreende o aproveitamento de todo o conjunto de meios que asseguram a obtenção e a elevação da predisposição para alcançar resultados desportivos. 3
4 CONCEITOS CONCLUINDO: O Treinamento Desportivo é o conjunto de meios utilizados para o desenvolvimento das qualidades técnicas, físicas e psicológicas de um atleta ou de uma equipe, tendo como objetivo final colocá-lo(a) lo(a) na forma ideal e projetada, na época desejada. EVOLUIU ATRAVÉS DOS TEMPOS 1o.) PERÍODO DA ARTE 2o.) PERÍODO DA IMPROVISAÇÃO 3o.) PERÍODO DA SISTEMATIZAÇÃO 4o.) PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO 5o.) PERÍODO CIENTÍFICO Pereira da Costa (1972) 4
5 30/8/2009 PERÍODO DA ARTE Antiguidade Grega = grande desenvolvimento Grande número de Jogos, inclusive Olímpicos Preparação dos atletas helênicos Generalizada (corridas, marchas, lutas, saltos) Cargas p/ melhoria do rendimento Preparação psicológica baseada no sofrimento 5
6 PERÍODO DA ARTE Aquecimento, Volta à calma, Massagem Ciclos de Treinamento (TETRAS) Dietas diferenciadas para cada período Locais adequados de treinamento: Palestra (discursos), Gymnasiun (exercícios), Stadium (treinamento) Treinadores especializados por áreas: Pedótribos (exercícios e jogos), Xistarcas (corridas), Agonistarcas (lutas) PERÍODO DA ARTE ROMANOS = Jogos Augustos, Jogos Capitolinos, aproveitamento dos métodos gregos para treinamento de seus Gladiadores, deturpando os objetivos esportivos da época. HITITAS = treinamento hípico c/ manual e trabalho de esforço / contra-esforço (cidade de Boghazoi). 6
7 30/8/2009 PERÍODO DA ARTE INGLESES séc. XIX: fundação do Exeter College A.C. 1850, em Oxford (mais antigo Clube de Atletismo do Mundo); grande volume de trabalho. AMERICANOS séc. XIX: concepções de Cronwell, Murphy e Robertson, c/ distâncias mais curtas e pausas intermediárias; menor volume de trabalho. PERÍODO DA IMPROVISAÇÃO: Durou de 1896 (Atenas) até 1920 (Antuérpia) apresentava apresentava--se p/ competir idêntico ao treinamento vitoriosos os de maiores recursos pessoais 7
8 PERÍODO DA IMPROVISAÇÃO ESCOLA INGLESA = Aproveitava as tarefas naturais (entregadores/corredores de longa distância) Preferência por corridas longas ( km) Treinamento 3 vezes ao dia Volume alto Ciclos de 4 semanas ESCOLA AMERICANA = Inspiração advinda dos Ingleses, c/confronto Corridas de 3 dias (Crossland inglês 471 km) Corrida da Hora Corridas curtas (100 jardas, 440 jardas, ½ milha, 1 milha) Fragmentação das distânicas PERÍODO DA SISTEMATIZAÇÃO: Quando os finlandeses (Lauri Pihkala) aperfeiçoaram o método americano (fracionado e de tempo) Inclusão do trabalho de velocidade p/ corredores de longa distância Alternância entre corridas curtas e intensas com intervalos longos de recuperação Aumento do volume e intensidade de treinamento 8
9 PERÍODO DA SISTEMATIZAÇÃO: Paavo Nurmi: ( ) = 7 medalhas olímpicas de ouro e 3 de prata, 22 recordes mundiais oficiais e 10 recordes não oficiais Hans Kolehmainen: além de treinador (visitou USA c/ Pihkala) recordista de 5000 e na mesma Olimpíada (Estocolmo 1912). PERÍODO DA SISTEMATIZAÇAO ESCOLA SUECA = GOSSE HOLMER Método de Fartlek FART = velocidade; LEK = jogo utilizado até os dias de hoje circuito de corridas compostos de subidas, descidas, planos, trechos de areia sessões em bosques e montanhas alternância de velocidades fases de esforço cronometradas intervalos entre esforços c/ trote e marcha trabalho muscular por meios naturais 9
10 PERÍODO DA SISTEMATIZAÇAO ESCOLA SUECA = GOSTA OLANDER Método de Valadalen muito similar ao Fartlek treinos recuperativos: grama macia correções durante a corrida alternância de trabalhos duros/suaves ESCOLA AMERICANA/JAPONESA adaptaram parte do método à Natação Johnny Weismuller: mais de 60 recordes mundiais Matsusawa: domínio japonês em 1932 e 1936 ênfase na flexibilidade e recuperação PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO ocorreu nos anos que precederam e sucederam a 2a. Guerra Mundial (ciência na guerra para vencer o inimigo) a Ciência passou a analisar o que os treinadores sabiam empiricamente Características: a) volta do treino às pistas b) corridas ainda alternadas c) sessões mais curtas e velozes d) controle de tempo no percurso 10
11 PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO EMIL ZATOPEK = a locomotiva humana atleta tcheco treinado por Kersembrock, sob a influência do treinador alemão Toni Nett reinou absoluto entre 1947 e 1953, com diversos recordes mundiais e olímpicos único homem do mundo a ganhar os 5000, e a Maratona na mesma Olimpíada PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO RUDOLF HARBIG atleta alemão recordista dos 800 mts rasos (1m46s6) treinamento baseado em repetições de distâncias curtas Exemplo de treinamento: a) 20 min. de trote b) 600 metros/1m27s c) 10 min. de caminhada (recuperação) d) 300 metros/36s9 e) 10 min. de caminhada (recuperação) f) 500 metros/1m06s7 modelo de Treinamento Fracionado c/ esforços intensos e pausas menores que de Pihkala/Nurmi. 11
12 PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO SISTEMATIZAÇÃO DOS TRABALHOS início da publicação de vários livros e artigos controle rígido de todos os tempos, distâncias e pulsações (F.C.) trabalhos intensos em distâncias de 200 e 400 metros, intercalados com 150 a 200 metros de trote recuperativo maior volume de trabalho no inverno e menor volume no verão volume de 70 à 100 repetições pausas chamadas de ATIVAS ou PROVEITOSAS base do método de INTERVAL- TRAINING PERÍODO CIENTÍFICO TREINADORES + FISIOLOGIA iniciado aproximadamente em 1950 estimulado pelos resultados extraordinários do Pré-científico união de Treinadores c/ Fisiologistas Herbert Reindell e Equipe referendou o Interval-Training grande multiplicação de estudos e métodos Exemplos de métodos surgidos: a) Circuit-trainingtraining b) Cross-promenade c) Power-training d) Marathon-trainingtraining e) Aerobics f) Altitude-trainingtraining 12
13 E SUAS BASES CIENTÍFICAS OCORRERAM POR DIVERSOS FATORES condições sócio-econômicas (países ricos e pobres) opções políticas (guerra fria) tradições (cultural) posições geográficas (litoral extenso, montanhas, clima) DIVISÃO BÁSICA: Escola Saxônica Escola Socialista Escola Européia Ocidental Escola Asiática SAXÔNICA Características: Estados Unidos como líder agrega: Austrália, Canadá, Africa do Sul, Nova Zelândia tem como base as Universidades (treinamento/ciência) grande importância aos Coaches (centro da Equipe) avanço tecnológico materiais esportivos Desvantagens: tradição contrária prática feminina dificuldades de decisões por falta de um poder desportivo central forte Seleção biotipológica somente na massa praticante e com idade avançada atua por interesse da população, desprezando outras modalidades 13
14 SOCIALISTA (herdeiras) Características: Rússia / China como líderes agrega: países socialistas e ex- socialistas, como Cuba, Romênia, Lituânia, Ucrânia, Geórgia, Coréia tem como base o regime de governo seleção biotipológica precoce e numa grande massa populacional poder Central forte e coordenativo, c/ base científica apoio a totalidade das modalidades apoio cultural pela população Desvantagens: lentidão nas decisões falta de material esportivo EUROPÉIA OCIDENTAL Características: Alemanha como expoente, mas não líder (história) compreende os países do centro-oeste oeste da Europa tem como base os Clubes e seus patrocinadores forte intercâmbio técnico-científico científico entre países apoio cultural pela população Desvantagens: falta de uma base de trabalho principal divergências quanto as linhas de trabalho opções da modalidade pelos investimentos dos patrocinadores 14
15 ASIÁTICA Características: China e Japão como líderes apresenta grande planejamento educacional tem como base as Indústrias, c/ as fábricas formando as equipes esportivas vantagens nos esportes que exigem flexibilidade evolução do material esportivo utiliza a cultura como meio de motivação tem apoio das Universidades nas pesquisas Desvantagens: divergências quanto as linhas de trabalho opções da modalidade pelos investimentos dos patrocinadores BRASIL Características: Não tem uma Escola definida. Busca apoios e referências diferentes a cada época, por influências políticas, econômicas ou modismos. Ásia e Itália no Vôlei: Bernardinho e José Roberto conseguiram mesclar características das duas escolas (Disciplina do Conjunto e Força Individual) 15
16 BRASIL Estados Unidos na Natação: todos nossos campeões treinam/treinaram em Universidades americanas, com Bolsas ou Apoio Familiar BRASIL Alemanha no Atletismo (década de 70 vários treinadores estagiaram naquele país) e têm-se tentado uma aproximação ultimamente com Cuba (apoio da Confederação) temos destaque nos Saltos Horizontais (Adhemar Ferreira da Silva, Nelson Prudêncio, João Carlos de Oliveira do Pulo, Maurrem Maggi) mas não temos um método de trabalho definido. 16
17 BRASIL Japão no Judô Devido a colonização Japonesa em grande escala no Brasil. Ultimamente tem perdido a característica pela influência do Jiu-JitsuJitsu BRASIL Carente de um planejamento educacional e esportivo tem como Base Estrutural o Governo na Formação (deficitário), e os Clubes no alto rendimento (poucas modalidades) dificuldade em aquisição de material esportivo não apresenta um cultura esportiva poucas Universidades interessam- se nas pesquisas profissionais desestimulados e com baixo nível técnico 17
18 BRASIL VANTAGENS A SEREM EXPLORADAS Grande massa populacional Aptidão e habilidade naturais p/ diversos esportes Biotipos variados Espaço para criação de uma política nacional de educação/esportes Espaço para desenvolvimento de profissionais competentes 18
Período de Preparação Período de Competição Período de Transição
PERIODIZAÇÃO Desde que a chamada "Ciência do Esporte" passou a sistematizar e metodizar o Treinamento Desportivo, a periodização passou a ser a única forma de se organizar todo o trabalho realizado durante
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