A QUESTÃO AGRÁRIA BRASILEIRA 1

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1 A QUESTÃO AGRÁRIA BRASILEIRA 1 Alzira Salete Menegat 2 A reordenação do espaço agrário representa atualmente um vasto campo de pesquisas em todas as áreas de conhecimento. É uma das problemáticas brasileiras mais sérias, que tem seu início quando da colonização do País pelos europeus, posto que as questões centrais em relação ao desenvolvimento, à exploração e ao povoamento estão intimamente ligadas à forma como se deu a ocupação do espaço agrário brasileiro, baseado na concentração de terras. A fase da modernização da agricultura brasileira, iniciada nas décadas de 1950 e 1960, acentuou mudanças, quando a industrialização urbana se consolidou e se espraiou para o campo, provocando uma grande exclusão do homem que vivia no campo. Nesse período, muitos foram os trabalhadores que perderam o acesso à terra e se viram obrigados a procurar outros espaços, buscando nas cidades a solução para sua exclusão, inserindo-se no assalariamento urbano como forma de gerar sua sobrevivência. Com isso, perderam a ligação com o meio rural, passando a depender, no meio urbano, de ocupações intermitentes, irregulares, em virtude da pouca especialização que possuíam. As mudanças que começaram a se processar no meio rural brasileiro nas décadas de 1940 e 1950, tiveram parte de suas raízes no desenvolvimento da industrialização nas cidades, o que estendido ao campo, propiciou uma diminuição das distâncias, aproximando campo e cidade. Isso se deu especificamente nas relações de produção e de trabalho existentes entre os dois espaços. O estudo de Müller 3, baseado em indicadores econômicos para refletir as mudanças agrícolas, evidencia que nas décadas de 1940 e 1950, a 1 Essas reflexões são parte de uma pesquisa em andamento, realizada no município de Corumbá, Estado de Mato Grosso do Sul, com o intuito de construção de Tese de Doutorado em Sociologia. 2 Graduada em História pela UFMS, Câmpus de Corumbá, mestre em Sociologia pela UFPB, Câmpus de João Pessoa e doutoranda em Sociologia pela UNESP, Câmpus de Araraquara. 3 MÜLLER, Geraldo. Estado, estrutura agrária e população: estagnação e incorporação regional. Rio de Janeiro: Vozes/CEBRAP, Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

2 agricultura apresentava ainda moldes primitivos tradicionais, dando os primeiros passos em direção a uma modernização que modificaria as relações produtivas do campo brasileiro. Tais mudanças tornaram-se evidentes em meados da década de 1960, intensificando-se na década de Se nas décadas de 1940 e 1950 a agricultura apresentava moldes primitivos de produção, a década de 1960 trouxe à tona outro modelo - a industrialização da agricultura. Notamos que por volta da década de 1970, o Brasil passou a ostentar um complexo agroindustrial que em nada se assemelhava ao dos anos 50. A partir desse período, praticamente metade da produção agrícola era de interesse dos setores demandantes de matérias-primas e a outra metade dependia da indústria de máquinas e demais insumos industriais, formandose assim um casamento quase perfeito entre campo e cidade. As mudanças ocorridas, motivadas especialmente pela industrialização, tornaram os setores industriais e agrícolas interdependentes, criando um complexo agroindustrial. Com essa mudança, a estrutura e a dinâmica da propriedade rural também modificaram-se. A atividade agrícola passou a exigir um cuidado maior, uma vez que já não bastava mais possuir terras; tornava-se necessária a inovação técnica para o incremento da produção, mesmo na pequena propriedade. A crescente industrialização aplicada a esse espaço processou mudanças que não se restringiram aos aspectos técnicos e econômicos; o processo envolveu a estrutura agrária como um todo, refletindo-se também na estrutura social, nas condições e nas relações de trabalho. A partir do incremento tecnológico nas atividades rurais, houve uma diminuição dos trabalhadores autônomos, representados pelos pequenos arrendatários e pelos parceiros, acabando por resultar em um aumento do número de trabalhadores assalariados. A industrialização urbana voltou-se para o campo transformando-o à sua imagem e semelhança, repassando-lhe uma base técnica e, por extensão, uma série de produtos industriais, tais como adubos, defensivos e máquinas. No Brasil isso provocou uma revolução agrária que alterou basicamente a forma de produzir no espaço rural brasileiro, especialmente porque nesse espaço havia a conjugação de dois fatores - latifúndio e mão-de-obra barata. 118 Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

3 No período supramencionado, o Estado teve um papel fundamental, conforme nos indica Oliveira 4 : ele chamou para si diversas funções, assumindo integralmente o comando do período. Foi o Estado o promotor das bases para o desenvolvimento industrial, criando empresas de caráter estatal, implantando assim as forças produtivas capitalistas, como aconteceu nos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Contou também com a ajuda do capital estrangeiro, que se instalou no Brasil nos anos 50; junto com ele, surgiram os interesses internacionais que se ligaram ao governo e à burguesia nacional. Foi a partir da década de 1960 que se iniciaram efetivamente as mudanças no espaço agrário, começando pela criação do fomento agrícola, com crédito subsidiado, o que representou um incentivo para o desenvolvimento da produção do setor. Criou-se também o Sistema Nacional de Crédito Rural, que vinha acompanhado de um caráter seletivo de bens e propriedades. Seletivo porque facilitou a modernização do campo, mas provocou a concentração da propriedade, fazendo desaparecer muitos pequenos proprietários que não dispunham de condições de se manter. Neves 5 aponta para mudanças na agricultura brasileira a partir da década de 1970, observando que elas estariam na formulação de um novo modelo de desenvolvimento agrícola baseado, entre outras coisas, na expansão da fronteira, no uso extensivo de mão-de-obra, no sistema de extensão e na política de preços mínimos. Esse novo modelo, definido como processo de modernização da agricultura, trazia embutido o desejo de aumento da produtividade. Para atingir esse objetivo, incorporou novas tecnologias agrícolas e políticas de crédito. Podemos citar como exemplo do fortalecimento desse processo a criação da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em 1972 e da EMBRATER (Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural), em 1974, que representavam a possibilidade de divulgação de novas tecnologias voltadas para o suporte das ações em desenvolvimento. Formou-se então um saber baseado na utilização da ciência e da tecnologia, com propostas 4 OLIVEIRA, Francisco de. A economia da dependência imperfeita. 5. ed. Rio de Janeiro: Graal, NEVES, Delma Pessanha. As políticas agrícolas e a construção do produtor moderno. ANPOCS - GT Estado e Agricultura, Caxambu, Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

4 modernizantes, buscando formar produtores especializados em atividades agrárias. Observamos que o Estado aparece como o instrumento capaz de realizar/implementar ações que levam à modernização do campo. O Estatuto da Terra e o Estatuto do Trabalhador Rural, ambos criados na década de 1960, são medidas do Estado voltadas para o incentivo dessa mudança. Foram transformações que aconteceram não de forma homogênea, mas diferenciada, especialmente quando se analisam as relações de trabalho 6. Ferrante 7 destaca que o Estatuto do Trabalhador Rural foi uma criação ideológica do Estado, direcionada a acalmar os ânimos dos trabalhadores e que buscava obter meios de mobilização política das massas rurais. Buscava também incorporar as massas rurais ao regime político do Estado populista e, por esse motivo, a elaboração do Estatuto foi cercada de desinteresse, mesmo por parte das forças de esquerda. Ainda segundo Ferrante, o Estado elaborou-o de maneira errônea: [...] foi montado de uma perspectiva errada, tomando-se como modelo o trabalhador urbano, sem ser levada em conta a diversificação das relações de trabalho rurais. De certa forma, vários benefícios por ele assegurados (salário mínimo, férias, aviso prévio, outros), de longa data eram de direito do trabalhador rural permanecendo, entretanto, como letra morta, sem que houvesse denúncias por parte das forças políticas interessadas, da escandalosa violação da lei, nem um movimento mais intenso de reivindicação por parte dos trabalhadores rurais. Principalmente, por ter havido, quase que pura e simplesmente, uma transposição para o trabalhador rural das disposições legais traçadas para a legislação trabalhista ligada ao trabalhador urbano. O Estatuto falhou e acima de tudo, abriu perspectivas para a fraude e não aplicação da lei 8. A falha maior do Estatuto foi tratar o trabalhador rural à imagem e semelhança do trabalhador urbano. Segundo Ferrante, a criação do 6 Vários autores tratam do tema, dentre eles: José Gomes da Silva (1971), Martins (1991 e 1998), Ianni (1978) e José Graziano da Silva (1982). 7 FERRANTE, Vera Lúcia S. Botta. O Estatuto do Trabalhador Rural e o FUNRURAL: ideologia e realidade. Perspectiva, Ano I, v. I, São Paulo, p FERRANTE, Vera Lúcia S. Botta, 1975, p Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

5 FUNRURAL em 1972, levou o presidente da República a revogar, em 1973, o Estatuto do Trabalhador Rural. Assim, o Sindicato perdeu força, uma vez que o governo poderia desempenhar as atribuições que eram antes desempenhadas pelo Sindicato. O fato é que os últimos anos da década de 1960, foram marcadas por um aumento do assalariamento e pela proletarização do trabalhador do campo. O trabalhador passou a não ser mais um trabalhador fixo, mas um trabalhador assalariado, sazonal, aquele que é expulso do campo e vai para a cidade, retornando ao campo em momentos de crise urbana, desta feita para trabalhar de forma sazonal. As máquinas, os insumos, a tecnologia modificaram a base técnica no campo e contribuíram para a alteração nas relações de trabalho. A partir daí ocorreu uma reorganização da agricultura, em razão da vida urbana e da indústria. A agricultura passou a produzir a matéria-prima necessária à indústria. O trabalho foi desqualificado, simplificado, uma vez que ocorreu o deslocamento do saber do trabalhador para a técnica, para o saber técnico, elevando a qualidade do trabalho, produzido com menos custo. E qual foi o resultado disso? Essas mudanças nas relações de trabalho tiveram como resultado a unificação do trabalho da cidade e do campo, que passaram a conhecer quase as mesmas relações de trabalho. Isso se deu porque à medida que o campo se industrializava, ele se tornava um ramo da indústria. Aconteceu então a proletarização do trabalhador do campo, tornado um assalariado e sob as mesmas regras do trabalhador urbano. Essa situação provocou o aparecimento de um mercado de trabalho quase único, extinguindo as diferenças entre campo e cidade; o modo próprio da vida rural foi sendo transformado, acabando por se aproximar daquele da cidade. Lopes 9 ressalta que as inúmeras transformações ocorridas na agricultura brasileira, modernizando especialmente seus instrumentos de trabalho, resultaram em modificações no quadro de trabalhadores, reduzindo significativamente parte da mão-de-obra utilizada pela empresa rural, diminuindo o número de colonos residentes, parceiros e posseiros utilizados no processo produtivo. Por outro lado, o mesmo autor afirma 9 LOPES, Juarez Brandão. Empresas e pequenos produtores no desenvolvimento do capitalismo agrário em São Paulo ( ). Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 22, p Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

6 que ocorreu, a partir de meados do século XX, um desenvolvimento da área ocupada pela grande propriedade. Essa concentração teve como fator primordial, o aumento do número de trabalhadores excluídos das propriedades que, com o incremento da produção por meio de máquinas, não mais necessitavam de uma grande porção de mão-de-obra humana. Não podemos supor que o aumento da grande propriedade ocorreu unicamente em razão da diminuição, do desaparecimento das pequenas propriedades agregadas à grande propriedade. Esse foi um dos pontos principais; no entanto, a ampliação da grande propriedade deu-se também através da formação e da incorporação de áreas ainda não utilizadas no processo produtivo, especialmente nos Estados com agricultura menos desenvolvida, o que alargou ainda mais o domínio das grandes propriedades. O Estatuto da Terra, aprovado em 1964, intentou nortear uma redefinição do espaço agrário brasileiro. Santos 10 destaca que essa lei agrária contemplava esse objetivo; porém, para o autor, havia alguns entraves, já que era uma lei apoiada nas grandes empresas rurais e tinha como outro de seus objetivos o avanço das áreas agrícolas. Não objetivava dividir a terra nos Estados brasileiros economicamente desenvolvidos, mas antes, visava criar um canal para a expansão das fronteiras agrícolas brasileiras em direção às áreas não exploradas. Deu-se assim o incentivo à exploração do então Estado de Mato Grosso, hoje Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, da Amazônia e de unidades federativas que apresentavam menor índice de exploração agrícola. Com isso, manteve-se intocada a hegemonia do grande latifúndio localizado nos Estados mais desenvolvidos, onde as terras possuíam um alto valor no mercado imobiliário. A emigração, que teve seu ápice na década de 1970, para áreas das novas fronteiras ainda existentes, especialmente para aquelas localizadas na região Centro-Oeste, funcionou como uma válvula de escape para resolver os problemas de parte dos excluídos da terra 11. Foi exatamente o esgotamento da fronteira nos Estados desenvolvidos que fez emergir os movimentos organizados em favor da reforma agrária. Isso porque os Estados com maior desenvolvimento agrícola afirmavam estar com suas fronteiras esgotadas, 10 SANTOS, José Vicente Tavares dos. As novas terras como forma de dominação. Lua Nova, São Paulo: Marco Zero, nº 23, p GRAZIANO DA SILVA, José. Modernização dolorosa. Rio de Janeiro: ZAHAR, Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

7 como foi o caso de São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Os governos desses Estados protegiam proprietários com áreas não produtivas, mantidas como áreas de reserva de valor, que eram (e ainda o são) utilizadas com pequenas criações de gado, utilizadas como aquele elemento que, na conceituação de Graziano da Silva, garantia o fechamento da fronteira agrícola. Os governos militares, como nos mostra Farias 12, contribuíram para a manutenção da estrutura agrária baseada no latifúndio, visto que seus representantes tencionavam modernizar ao máximo o campo, aprofundando seu caráter capitalista e concentrador, sem interferir na estrutura da propriedade privada da terra. O resultado desse processo foi a expulsão de trabalhadores do campo, que passaram a deter somente sua força de trabalho, numa relação ilusória de liberdade e igualdade. No entanto, não podemos deixar de acentuar as mudanças positivas desencadeadas a partir da Lei de Terras. Delgado 13 mostra-nos que, conforme previa a lei 4.504, de 30/11/64, definida no Estatuto da Terra, visava-se ao aproveitamento não só das áreas públicas, mas também das terras consideradas improdutivas, realocando produtores e promovendo a melhor distribuição de terras, aumentando, a quantidade de alimentos. Importa considerar que essa lei passou por novas discussões na Constituição de 1988, vindo à luz a Lei nº 8.629, de 25/02/93, que redefiniu os critérios operacionais da Lei Agrária, no que diz respeito à propriedade produtiva, pequena e média propriedade, grau de utilização e grau de eficiência na exploração de terras e, a partir desses critérios, delimita as condições para desapropriação de terras com vistas a reforma agrária 14. Era o primeiro passo para uma mudança na estrutura agrária brasileira. Continuando nossa análise histórica na percepção da redefinição do quadro agrário brasileiro, encontramos outras medidas, sempre tímidas, 12 FARIAS, Marisa de Fátima Lomba de. Acampamento América Rodrigues da Silva: esperança e desilusões na memória dos caminhantes que lutam pela terra. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araraquara, DELGADO, Guilherme Costa. Agricultura familiar e política agrícola no Brasil. Reforma Agrária - ABRA, São Paulo, vol. 24, nº 3, p Delgado, 1994, p.8. Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

8 em direção à restruturação da propriedade, criadas durante o período militar. Conforme Santos 15, uma nova metodologia de colonização foi criada no governo do General Costa e Silva ( ), com o intuito de amenizar o problema no campo. Nesse governo, instituiu-se a desapropriação de terras mediante indenização antecipada das áreas desapropriadas, que teria que ser paga com títulos da dívida pública e correção monetária. Essa medida representou um ótimo negócio para os proprietários que possuíam terras com qualidade imprópria para a agricultura, que eram superfaturadas no momento da desapropriação, gerando grandes lucros aos seus proprietários. Outra medida na busca de mudanças no espaço agrário brasileiro durante os governos militares, foi a decisão tomada em 1971 pela União, a respeito das terras situadas na faixa de 100 quilômetros de largura das rodovias federais da Amazônia Legal, que estavam em poder dos Estados. A posse dessas terras devolutas pela União representava, naquele momento, novos locais para a implantação de projetos de colonização, projetos esses que, como nos mostra Santos, vinham acompanhados de toda uma ideologia e incentivos que visavam encorajar trabalhadores da terra a buscarem as novas áreas agrícolas. Essa ideologia foi muito difundida no Rio Grande do Sul, onde as propriedades eram pequenas para o número de filhos que cada família possuía. Essas famílias vislumbravam na colonização de novas áreas a possibilidade de ampliar o tamanho de suas propriedades. Um dos grandes atrativos que se apresentavam nessas novas áreas eram os baixos preços por hectare, muito aquém daqueles praticados na região de origem dos colonos. Com essa expectativa, muitas famílias gaúchas venderam suas pequenas propriedades e partiram em busca de novas terras na área amazônica; porém, muitos deles acabaram por esbarrar em diversas dificuldades, dentre elas: a falta de incentivos prometidos pelo Estado, o descaso do governo, o que resultou no fracasso de vários agricultores no novo espaço agrícola. O mesmo procedimento também foi utilizado com a licitação das terras públicas na nova fronteira agrícola, o que, segundo Palmeira 16, concentrou 16 PALMEIRA, Moacir. Burocracia, política e reforma agrária. In: Leonilde Medeiros et al. Assentamentos Rurais: uma visão multidisciplinar. São Paulo: UNESP, p ). 15 SANTOS, José Vicente Tavares dos. As novas terras como forma de dominação. Lua Nova, São Paulo: Marco Zero, nº 23, p Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

9 as propriedades que se formavam na nova área agrícola nas mãos de grandes grupos econômicos, em virtude do tamanho dos lotes nessas faixas de terras, variando entre 500 e mil ha, fato que impedia os posseiros de adquirirem os lotes, em razão do valor total de cada lote. Mesmo com preços baixos por hectares, o lote acabava por se tornar caro, para os posseiros e os pequenos proprietários, pouco capitalizados, em face da extensão das áreas alienadas em cada lote. Os interesses e os incentivos fiscais eram então assegurados aos grandes proprietários, sendo a própria burocracia do Estado, por intermédio do INCRA, que assegurava as demandas dos grandes latifúndios e garantia seu crescimento, transferindo terras públicas a grupos particulares, fato que, segundo Palmeira, fez da agricultura um grande negócio. Todo o processo de compra era feito a partir e através do Estado, tendo o INCRA como o agente para os grandes negócios de terras; mais do que um Estado mediador de interesses, o Estado tornou-se também parte nessa questão 17, nutrindo em seu interior interesses de classes. Ao recorrermos aos estudos de Leite 18, vemos que naquele momento, mesmo o Estado não possuindo poder próprio, acabou por assumir uma importância vital, uma vez que se tornou o lugar e o centro do exercício do poder, atuando como depositário dos interesses da classe dominante, assegurando a ela possibilidades de ampliar seus domínios. O predomínio do latifúndio no campo brasileiro é algo presente ao longo de toda a história brasileira. Martins 19, ao analisar os números apresentados pelo Censo Agropecuário de 1975 apresenta o seguinte quadro: 52,3% dos estabelecimentos rurais do país tinham menos de 10 ha e ocupavam uma área de 2,8% de toda a terra utilizada. Em contrapartida, 0,8% dos estabelecimentos tinham mais de ha e ocupavam 42,6% da área total e menos de 1% dos estabelecimentos ocupavam quase a metade da terra 20. Também devemos levar em consideração o tempo que separa o período analisado pelo autor, que se ocupou de dados apresentados pelo Censo 17 PALMEIRA, Moacir, 1994, p LEITE, Sérgio. Reforma agrária no Brasil: ontem e hoje. Universidade e Sociedade. SP, agosto de MARTINS, José de Souza. Expropriação e Violência: a questão política no campo. 3. ed. SP: Hucitec, MARTINS, José de Souza, 1991, p Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

10 de 1975, da situação agrária vigente em nossos dias. Ao realizarmos essa comparação, chegaremos a outros números, já que é necessário considerar que no período estudado por Martins ocorria o alargamento, o avanço das fronteiras agrícolas brasileiras em direção aos Estados brasileiros com pouco desenvolvimento agrário, como Acre, Amazonas e Mato Grosso, além da implantação, mesmo que tímida, do Programa Nacional de Reforma Agrária. No entanto, acreditamos que se aconteceu um aumento da pequena produção, esse aumento também ocorreu com a grande propriedade, mantendo-se no espaço rural a convivência entre essas duas estruturas, com a predominância da grande propriedade. Por isso, tornase importante que efetuemos uma comparação entre os números apresentados por Martins, que refletem uma realidade de meados da década de 1970, com os números fornecidos pelo Recadastramento de Imóveis Rurais realizado em 1992, pelo INCRA. Assim procedendo, podemos acompanhar o percurso da pequena produção, conhecendo a área destinada a esse tipo de atividade a partir da criação dos projetos de reforma agrária. Os dados de 1992, apresentados por Corbucci 21, a respeito da situação rural de cada região do Brasil, permitiu-nos estruturar o seguinte quadro: do total dos imóveis rurais brasileiros, encontram-se representados pela pequena propriedade, seguidos de representados pela média propriedade e pela grande propriedade. Esses números demonstram um percentual de 89,01% de pequenos proprietários; 8,13% de médios proprietários e 2,8% de grandes proprietários. Observando esses dados, que mostram um número elevado de pequenos proprietários, se comparados aos grandes proprietários, podemos pensar que no Brasil existe um predomínio da pequena propriedade. No entanto, esta não é a realidade que se apresenta quando comparamos o número de imóveis com a área ocupada por esses imóveis. Ao realizar tal comparação, chegamos ao seguinte quadro: 23, 50% das terras são ocupadas por pequenos proprietários (89,01% dos proprietários); 19,97% da área pertence a médios proprietários (8,13% dos proprietários) 21 CORBUCCI, Regina Célia. Pequenas propriedades rurais: estrutura fundiária e integração. In: Benício Viero Schmidt et al. (orgs.). Os assentamentos de reforma agrária no Brasil. Brasília: UNB, p Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

11 e 56,53% das terras brasileiras estão sob o domínio dos grandes proprietários (2,8% dos proprietários). Isso representa dizer que o desequilíbrio rural apresentado por Martins na década de 1970, ainda se mantém na década de 1990, tendo mesmo aumentado. A grande propriedade, que ocupava 42,6% da área brasileira em 1975, passou a ocupar 56,53% da área em 1992, num incremento de 13,93%, mesmo havendo se processado o avanço das fronteiras em direção aos Estados menos desenvolvidos e com o processo de divisão de terras improdutivas por meio da Reforma Agrária já consolidado, contribuindo para a formação de novas pequenas propriedades. Conforme os dados apresentados por Corbucci, percebemos que na região Sul, a pequena propriedade, que apresenta um total de imóveis, com uma área de ha, representando 40,6% da área total, supera a área ocupada pela grande propriedade. Esta última possui naquela região, um total de imóveis, ocupando uma área de ha, representando 38,1% da área total. Nas demais regiões brasileiras, este não é o quadro que se apresenta, existindo o predomínio da grande propriedade, sendo ela aquela que ocupa o maior percentual de terras. Outro passo rumo a uma redefinição de terras, veio à luz no último ano do governo Figueiredo, quando foi criado o Ministério Extraordinário de Assuntos Fundiários, apontando para a importância da questão agrária brasileira, o que seria evidenciado na Nova República, quando da criação do MIRAD, em 1985, ministério específico para tratar da questão. Essa medida mostrou-se insuficiente para a elaboração de políticas públicas capazes de intervir efetivamente na estrutura fundiária brasileira. O MIRAD foi extinto através do decreto nº 7.739, de , sendo recriado o INCRA, através do decreto nº , de , desta feita vinculado ao Ministério da Agricultura 22. Notamos que foram ínfimas as medidas tomadas pelos governos militares objetivando a reintegração de cidadãos, sendo que o que mais se deu nesse período foi a exclusão de trabalhadores. D Aquino 23 nos mostra 22 PALMEIRA, Moacir. Burocracia, política e reforma agrária. In: Leonilde Medeiros et al. Assentamentos Rurais: uma visão multidisciplinar. São Paulo: UNESP, p ). 23 D AQUINO, Teresinha. Reforma Agrária e cidadania em tempos de globalização. Simpósio Multidisciplinar Internacional O pensamento de Milton Santos e a construção da cidadania em tempos de globalização, UNESP, Marília, Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

12 que a política governamental dos governos militares, que tinham como lema fazer o bolo crescer, acabou sendo responsável especialmente pela degradação dos solos, expulsão do homem do campo (dando origem ao bóia-fria), numa política perversa que ajudou a formar um grande exército de desgarrados em todo o país 24, acentuando a velha questão agrária no Brasil. Ainda conforme D Aquino, a questão conheceu diversas fases de intensificação: na década de 1930, a exclusão relativa à crise do café; nos anos de 50 a 70, a industrialização estendida ao campo e nos anos 80, as conseqüências dessa industrialização em meio ao milagre brasileiro, evidenciando que a posse da terra não pode ser vista de maneira isolada, pois a terra é a base do poder político local e regional. Observamos então que o passo decisivo em direção a uma efetiva mudança na estrutura agrária brasileira, como resultado das inúmeras reivindicações dos trabalhadores do campo, apareceu em 1985, quando da aprovação do I Plano Nacional de Reforma Agrária - PNRA, criado pelo decreto nº , de , que teve vigência até Mesmo com inúmeras lacunas, o projeto de reforma agrária brasileira estava definitivamente concretizado. Este era um dos grandes objetivos da luta dos trabalhadores desprovidos da terra, aparecendo como o carro chefe nas pautas dos encontros desses trabalhadores em fins da década de 1970 e início dos anos 80. Estabelecera-se então um jogo de forças no processo de reforma agrária, estando de um lado as pressões do movimento dos trabalhadores, o principal elemento na aceleração do processo, e de outro lado, as políticas do Estado, por vezes escassas e lentas. A expropriação do homem do campo contribuiu, entre outros fatores, para a organização dos trabalhadores e o aparecimento de segmentos representativos dos sem-terra, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) na década de 1970 e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) nos anos 80, ambas organizações de apoio à luta pela terra, mediadores de um trabalho organizacional baseado na conscientização e na relação fé e vida, buscando dar voz a quem não tem voz 25. O MST é um movimento que tem colocado em questão as ações do Estado no que tange à estrutura agrária. O mapeamento das terras 24 D AQUINO, Teresinha, 1997, p FARIAS, Marisa de Fátima Lomba de Id. Ib Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

13 improdutivas que podem servir para assentar famílias, serve como exemplo da ação do MST, que por sua atuação, acabou forçando o governo a elaborar um estudo buscando levantar a quantidade de terras ociosas ou irregulares para fins de reforma agrária. Logo, foi a partir da emergência de movimentos sociais organizados, que passaram a exigir espaços no contexto agrário brasileiro, que tivemos a implantação e a consolidação do projeto de reforma agrária, e através dele, podemos assistir a um pequeno início de mudanças no meio rural. Em nossos dias, essa mudança efetua-se através dos assentamentos rurais, que representam uma recente e tímida reestruturação das terras brasileiras em favor da formação de pequenas propriedades, atendendo a produtores sem-terra, excluídos do processo agrícola brasileiro. REFORMA AGRÁRIA: UMA NOVA ESTRUTURA NO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO Nos últimos anos, a sociedade brasileira tem presenciado, através da reforma agrária, a uma restruturação, mesmo que insípida, da propriedade rural. Essa restruturação tenta quebrar a hegemonia do latifúndio, intocada durante séculos em nossa história. Percebemos também que a discussão sobre a divisão de terras sempre esteve em pauta no Brasil como uma questão econômico-política, como Andrade 26 nos indica: [...] uma questão econômico-política mas também uma relação social caracterizada pelo mando/subserviência, pela escravidão/sujeição, uma das marcas culturais de nossa sociedade rural, ainda não totalmente superada. A nossa oligarquia rural sempre procurou evitar qualquer ação que contestasse a propriedade da terra, utilizando-se para isto de seu prestigio político e do uso da máquina do Estado, para coibir qualquer ameaça à estrutura fundiária vigente. Assim, a questão da luta pela terra acirrou o debate a respeito da necessidade de mudanças no espaço agrário e atualmente se acentua uma reordenação da posse da terra feita com a intenção de minimizar situações de contestação provocadas pelos movimentos sociais, mantendo-se o 26 ANDRADE, Sandra Maria Correia de. Trabalhadores rurais e luta pela terra no Nordeste. ANPOCS - 20º Encontro Anual, GT - Processos sociais agrários, Caxambu, Minas Gerais, 1996, p.2) Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

14 quadro agrário do latifúndio praticamente intocável, salvaguardando assim os interesses da grande propriedade, mesmo daquelas que se apresentam improdutivas. Bergamasco 27 coloca-nos o fato de os projetos criados nas últimas décadas representarem mais uma alternativa para os governos resolverem conflitos sociais localizados do que uma busca por solucionar a pobreza e a exclusão social. David et al 28 compartilham desse pensamento quando afirmam que os programas de colonização, regulamentação fundiária e desapropriação empreendidos pelos governos nas últimas décadas, mostram-se como as formas tradicionalmente utilizadas para enfrentar a questão do acesso à terra, sendo, pois, formas que encobrem as reais necessidades de se empreender uma política de divisão de terras no Brasil. Para as autoras, essas são formas empregadas mais com o intuito de atender a pressões diversas, dentre elas: pressões sociais e políticas, freqüentemente explosivas, do que visando obter um desenvolvimento rural duradouro, relacionado aos incrementos sustentados da produção, da produtividade e do emprego, que resultariam em melhorias na qualidade de vida da população 29. Os dados apresentados por David et al, referentes à implantação de assentamentos, mostram um pouco do quadro de mudanças. As autoras tomaram por base dados de meados da década de 1980, quando foi implantado o Programa Nacional de Reforma Agrária no Brasil, e analisaram esses dados até o ano de 1994: O governo Sarney ( ) havia fixado, inicialmente, a meta de dar acesso à propriedade da terra a 1,4 milhão de famílias, mas beneficiou efetivamente apenas 90 mil, menos de 6% do total pretendido. Durante o governo Collor ( ), no qual prometeu inicialmente terra a 500 mil famílias, foram praticamente interrompidos tanto o processo de inscrição de novas terras ao cadastro como novas desapropriações. Neste período, somente 23 mil famílias receberam o título de propriedade da terras, 27 BERGAMASCO, Sonia Maria Pessoa Pereira. A realidade dos assentamentos rurais por detrás dos números. Estudos Avançados, V. 11, nº 31, São Paulo: IEA, DAVID, Maria Beatriz de Albuquerque et al. Atlas dos beneficiários da reforma agrária. Estudos Avançados, v. 11, nº 31, São Paulo: IEA, David et al, 1997, p Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

15 provenientes do estoque deixado pelo governo precedente. O governo de Itamar Franco ( ), que havia previsto dar acesso à terra a 20 mil famílias em 1993 e a 60 mil em 1994, beneficiou somente famílias 30. A análise desses dados comprova como a questão de terras no Brasil sempre foi secundária. O I PNRA estabelecia como meta assentar, durante o período de 1985 a 1989, 1,4 milhões de famílias em 43 milhões de ha. No entanto, foram assentadas famílias em 4,5 milhões de ha, representando 6,4% do número de famílias previstas inicialmente e 1,5% de ha da meta estabelecida 31. Durante os governos de José Sarney, Fernando Collor e Itamar Franco, o número previamente estabelecido de famílias que seriam beneficiadas com terras, acabou sendo reduzido em porcentagens absurdas, mostrando que a reforma agrária ainda não é parte fundamental dos programas dos governos brasileiros. Quanto ao governo de Fernando Henrique Cardoso, no primeiro mandato ( ) seu programa de reforma agrária previa distribuir 400 mil títulos de propriedades. No entanto, após sua eleição, este objetivo de campanha foi reduzido à meta de beneficiar 260 mil famílias para os quatro anos de governo. Conforme dados do INCRA, o governo de Fernando Henrique Cardoso desapropriou no período que vai de 1995 até o ano de 2000, já no segundo ano de seu segundo mandato, ha, beneficiando famílias, em projetos de assentamento. Esse período, se analisado de forma global, não se estabelecendo uma separação entre as políticas de assentamento e as políticas de regulamentação, aparece na história da reforma agrária como o período em que se deu o melhor desempenho do governo federal em termos de número de famílias assentadas, hectares desapropriados e incentivos para a produção. Dos números acima, parte se referem à desapropriação de novas áreas para a criação de assentamentos e parte é oriunda da regulamentação de áreas já existentes, ocupadas por posseiros, porém sem o título de posse ou mesmo de assentamentos já instalados, mas com parceleiros sem o 30 David et al, 1997, p FERREIRA, Brancolina. Estratégias de intervenção do estado em áreas de assentamento: as políticas de assentamento do governo federal. In: Leonilde Medeiros et al. Assentamentos Rurais: uma visão multidisciplinar. São Paulo: Unesp, p. 31. Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

16 título de posse definitiva. O problema é que o governo não evidencia os números executados em cada situação, apresentando-os num total geral, o que torna impossível avaliarmos individualmente seu desempenho, isto é, separando suas ações no que se refere às políticas de desapropriações e suas ações para com as regulamentações jurídicas. Ao analisarmos as políticas agrárias do atual governo, é necessário estabelecermos diferenças entre a política agrária e a política agrícola. Partindo da definição de Leite 32, entendemos a primeira como o conjunto de instrumentos relacionados à reordenação do espaço agrário e ao apoio e à promoção de pequenos produtores. Essa política diz respeito à criação de novas áreas em favor de famílias que se encontram à espera de terras, para serem assentadas em projetos de reforma agrária. Acontece então a desapropriação de uma grande área, normalmente improdutiva, em favor da criação de uma nova área que será dividida em pequenas parcelas, com a finalidade de atender a famílias que se encontram excluídas do processo agrícola brasileiro. É por meio dessa política que se dá, entre outras coisas, a regulamentação de áreas já existentes, seja de posseiros, assentados, pequenos agricultores ou mesmo a regulamentação de grandes propriedades. Essa ação de regulamentação é uma medida voltada para a parte jurídica da propriedade, não demandando necessariamente a criação de novos espaços, mas legalizando juridicamente aqueles já existentes. Já as políticas agrícolas voltam-se para dar suporte ao desenvolvimento das propriedades, sejam elas pequenas ou grandes. São as ações de fomento que o governo cria com a intenção de propiciar o desenvolvimento do setor agrícola, indo desde a criação de linhas de crédito para a produção, a fixação de preços mínimos para os produtos, o apoio a comercialização da produção, até outras ações voltadas ao andamento produtivo. Se os números alcançados no governo de Fernando Henrique Cardoso parecem, em um primeiro olhar, ter atingido o que foi programado, percebemos ainda que eles não apenas nos mostram a criação de novas áreas, mas também as regulamentações, sempre mais fáceis de serem executadas, visto cumprirem somente formalidades burocráticas. Importa reconhecermos que neste governo, se tomarmos como total os números 32 LEITE, Sérgio. Reforma agrária no Brasil: ontem e hoje. Universidade e Sociedade. SP, agosto de Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

17 apresentados e estabelecermos comparações com os números alcançados pelos governos anteriores, notaremos que a quantidade de assentamentos criados cresceu. No entanto, esses números ainda são insuficientes para minimizar o problema, cada vez mais crescente, da exclusão de famílias que hoje se encontram à espera de terras em inúmeros acampamentos. Leite 33 mostra às deficiências das políticas do Estado no que se refere às dificuldades no pós-assentamento, especialmente as que dizem respeito aos financiamentos, sempre oferecidos com curta duração, não possibilitando ao assentado ao menos organizar-se produtivamente. Os assentamentos apresentam-se, então, como o espaço de reordenação de terras que tem contribuído para o aumento da chamada pequena produção, levando ao surgimento de novos atores no meio rural, fortalecendo atividades baseadas na agricultura familiar, colaborando no aumento do número de empregos e da produção de alimentos no País. Mesmo com todas as falhas que o projeto de reforma agrária traz, observamos, nessa emergência de movimentos organizados e de atores excluídos, que as novas pequenas propriedades, originárias de latifúndios e criadas pelo Estado, fazem diminuir parte do exército de excluídos, propiciando condições de inserção produtiva e social. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Sandra Maria Correia de. Trabalhadores rurais e luta pela terra no Nordeste. ANPOCS - 20º Encontro Anual, GT - Processos sociais agrários, Caxambu, Minas Gerais, ABRAMOVAY, Ricardo. O mundo desencantado dos assentamentos. In: Leonilde Medeiros et al. Assentamentos Rurais: uma visão multidisciplinar. São Paulo: UNESP, p BAVARESCO, Pedro Antônio. Uma análise das condições sócioeconômicas das famílias do assentamento Annoni (fase IV no Rio Grande do Sul). In: TEDESCO, João Carlos (org.). Agricultura Familiar: realidade e perspectivas. Passo Fundo: EDIUPF, p BERGAMASCO, Sonia Maria Pessoa Pereira. A realidade dos assentamentos rurais por detrás dos números. Estudos Avançados, V. 11, nº 31, São Paulo: IEA, LEITE, Sérgio. Reforma agrária no Brasil: ontem e hoje. Universidade e Sociedade. SP, agosto de Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

18 CORBUCCI, Regina Célia. Pequenas propriedades rurais: estrutura fundiária e integração. In: Benício Viero Schmidt et al. (orgs.). Os assentamentos de reforma agrária no Brasil. Brasília: UNB, p DAVID, Maria Beatriz de Albuquerque et al. Atlas dos beneficiários da reforma agrária. Estudos Avançados, v. 11, nº 31, SP: IEA, D AQUINO, Teresinha. Reforma Agrária e cidadania em tempos de globalização. Simpósio Multidisciplinar Internacional O pensamento de Milton Santos e a construção da cidadania em tempos de globalização, UNESP, Marília, DELGADO, Guilherme Costa. Agricultura familiar e política agrícola no Brasil. Reforma Agrária - ABRA, São Paulo, vol. 24, nº 3, p FARIAS, Marisa de Fátima Lomba de. Acampamento América Rodrigues da Silva: esperança e desilusões na memória dos caminhantes que lutam pela terra. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Faculdade de Ciência e Letras da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araraquara, FERRANTE, Vera L. S. Botta. O Estatuto do Trabalhador Rural e o FUNRURAL: ideologia e realidade. Perspectiva, Ano I, v. I, SP, p Diretrizes políticas dos mediadores: reflexões de uma pesquisa. In: Leonilde Medeiros et al. Assentamentos Rurais: uma visão multidisciplinar. São Paulo: UNESP, p & Silva, Maria Aparecida. Roupa Nova para um velho sonho: assentamentos de trabalhadores rurais e reforma agrária. Revista São Paulo em Perspectiva, v.1, nº 3, São Paulo: out./dez., p FERREIRA, Brancolina. Estratégias de intervenção do estado em áreas de assentamento: as políticas de assentamento do governo federal. In: Leonilde Medeiros et al. Assentamentos Rurais: uma visão multidisciplinar. São Paulo: Unesp, p IANNI, Otávio. A luta pela terra. Petrópolis: Vozes, LEITE, Sérgio. Reforma agrária no Brasil: ontem e hoje. Universidade e Sociedade. São Paulo, agosto de LOPES, Juarez Brandão. Empresas e pequenos produtores no desenvolvimento do capitalismo agrário em São Paulo ( ). Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 22, p MARTINS, José de Souza. O Cativeiro da terra. 7. ed. SP : Hucitec, Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

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20 136 Revista Jurídica UNIGRAN. Dourados, MS v. 4 n. 8 jul./dez

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