Mesa: As escolhas sexuais na psicanálise e as questões de gênero na medicina. TRANSEXUALIDADE: HABEMUS GENDER!

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1 Mesa: As escolhas sexuais na psicanálise e as questões de gênero na medicina. 1 Autora: Barbara Zenicola TRANSEXUALIDADE: HABEMUS GENDER! Eu poderia trazer como proposta para este trabalho o tema sobre a natureza humana e suas manifestações. Porém, se eu assim o fizesse, não seria à luz da teoria psicanalítica, uma vez que é a mesma quem vem esclarecer que o homem não é natural e que não partilha com os animais desse saber pré-programado, que é o instinto. O homem é pulsional! É por sermos pulsionais e por estarmos imersos na linguagem que não é possível tentar observar aquilo que advém do humano pela óptica da natureza. Esta, por exemplo, une um macho a uma fêmea através do instinto, mas não um homem a uma mulher, pois quando se trata do humano, a natureza falha. No entanto, algo que causa ainda mais estranhamento e, até, algumas polêmicas 2 é a constatação de que nem mesmo há uma natureza que diga o que é ser um homem ou uma mulher. Ao longo de sua obra Freud faz inúmeros questionamentos sobre o que definiria o homem e a mulher. Logo no início de sua conferência A feminilidade (1933), Freud esclarece que todas as pessoas, sejam homens ou mulheres, possuem tanto características masculinas quanto femininas 3. É importante ressaltar que em 1933, ano da referida conferência, os cientistas ainda acreditavam que os hormônios masculinos eram 1 Psicóloga graduada pelo IBMR. Especialista em Psicologia Clínica, pela PUC-Rio. Mestre em Pesquisa e Clínica em Psicanálise pelo Programa de Pós-Graduação em Psicanálise da UERJ e atual Doutoranda no mesmo Programa. Psicanalista participante dos Fóruns do Campo Lacaniano-RJ. Endereço: Rua Almirante Tamandaré, 66/428. Largo do Machado -RJ. barbarazenicola@hotmail.com 2 Como foi o caso do Enem de 2015, que trouxe a célebre frase de Simone de Beauvoir não se nasce mulher, torna-se mulher. 3 Vocês estão convidados a familiarizar-se com a ideia de que a proporção em que o masculino e o feminino se misturam, no ser individual, está sujeita a consideráveis variações. [...] o que constitui a masculinidade ou a feminilidade é uma característica desconhecida, que a anatomia não pode apreender (Freud, 1933/2010.p, ).

2 encontrados exclusivamente no homem e que os hormônios femininos eram exclusivamente encontrados nas mulheres. A ideia proposta por Freud de pensar que homens não são unicamente masculinos e que mulheres não são somente femininas é bastante inovadora para a época. No entanto, Freud não estava se referindo às características biológicas, pois afirma que o que verdadeiramente constitui a feminilidade e a masculinidade é algo que está para além da anatomia, já que o corpo do ser falante é capturado pelo significante e não pela natureza. Seguindo os trilhos deixados por Freud, Lacan também aposta na desnaturalização do humano e acrescenta à teoria freudiana, o seu axioma o inconsciente é estruturado como uma linguagem, mostrando que somos tecidos pela linguagem. Lacan ainda afirma que ser homem ou mulher é uma questão de posicionamento quando ao gozo masculino ou feminino, apontando que é pela linguagem que nos inserimos na partilha sexual e não pela anatomia 4, uma vez que o alicerce da psicanálise não é a biologia, mas o dito. O tema da bipartição sexual chega a sua máxima com o fenômeno da transexualidade, que surge na metade do século XX. São sujeitos que experimentam um mal-estar tamanho com relação aos seus sexos anatômicos, ao ponto de demandarem uma correção cirúrgica. Digo correção, pois é muito comum observar nos relatos de transexuais a afirmação de que nasceram no corpo errado. É isto que caracteriza um transexual: a dissonância entre a anatomia sexual e a identidade de gênero, assim como o desejo de retificá-la cirurgicamente. Para que um sujeito consiga ter acesso à cirurgia de transgenitalização é necessário obter um laudo médico contendo o CID 10/ F64, referente ao transtorno de identidade de gênero: transexualismo. Por mais que os transexuais lutem pela despatologização de sua sexualidade, precisam ratificá-la como patológica, para que o médico tenha a autorização para retificá-la e adequá-la, através de tratamentos e cirurgias. Bem, pensar em algo patológico também é pensar que existe algo normal, seu par antitético. O dicionário Michaelis define norma como tudo que estabelece e regula 4 MIRANDA, E.R. (2015). Transexualidade e Sexuação: o que pode a psicanálise. Revista Trivium Est. Interd. Ano VII, Ed , p

3 procedimentos; padrão [...], princípio, rédea, regra. Se retomarmos a teoria psicanalítica, constataremos que é exatamente isso que falta à sexualidade humana: uma norma, um padrão! Freud postula a sexualidade como infantil, perversa e polimorfa. Se a sexualidade é perversa, logo não há norma! Será que o sujeito transexual não estaria, também, mergulhado na ilusão da normatização sexual? Pois ao mesmo tempo em que afirmam que a anatomia não dita o posicionamento na partilha sexual, buscam a cirurgia para se adequarem à norma social que dita: o homem tem pênis e a mulher tem vagina. Se houver um homem com vagina ou uma mulher com pênis, a retificação é necessária. Partindo dessa crença, não estaria acreditando que é possível um apaziguamento quanto ao real do corpo e do sexo, através da cirurgia? Se o ser falante não é instintivo e nem natural, a bipartição sexual entre homem e mulher não consegue dar conta da subjetividade do sujeito e sempre haverá algo que irá escapar. Será que a promessa de uma adequação do sujeito ao seu corpo e ao seu sexo é possível? Levanto este questionamento, motivada pelos significantes consonância e dissonância entre identidade de gênero e sexo anatômico. Lembremos que o transexual afirma que necessita da cirurgia para transitar para o gênero ao qual se identifica para, então, poder dizer-se homem, no caso do homem transexual ou mulher, no caso da mulher transexual. Desse modo, duas questões se colocam: não haveria, aqui, a crença de que só pode existir identidade de gênero masculina em portadores de pênis e identidade de gênero feminina em portadores de vagina? Sobre a diferença sexual, não estariam esperando que, a partir de uma pequena diferença anatômica existisse uma identidade específica, um posicionamento na partilha sexual que ditado pela certeza anatômica? A psicanálise nos adverte e aponta para algo que está para além da anatomia, pois ao lado da certeza anatômica, há dificuldade com relação à perspectiva subjetiva. Freud se defrontou com a questão dessa inscrição a priori, de uma anatomia que não é o bastante para definir o que é ser homem e o que é ser mulher, já que não há uma resposta que diga a verdade sobre a verdade assim como não existe Outro do Outro (Lacan, 1971/2009, p. 14). A psicanálise nos mostra que, uma vez que não há palavras suficientes para dar conta do real do sexo, isso leva necessariamente a um mal-estar. Logo, o mal-estar do sexo está para todos, sejam ele transexuais ou cisgêneros palavra que designa o sujeito que se tem o sexo anatômico em consonância com a identidade de

4 gênero. Assim, trata-se de fazer operar o enigma, na busca de um saber que será sempre parcial. Inicialmente, Lacan propõe a interpretação da diferença sexual a partir do posicionamento em torno do ser e do ter o falo, atribuindo ao falo uma função significante. Mais tarde, propõe as fórmulas quânticas da sexuação, que asseveram a bipartição sexual a partir do posicionamento do sujeito frente ao desejo e ao gozo. Entretanto, para localizar-se do lado homem ou do lado mulher é preciso responder a uma norma neste caso uma norma vigora, trata-se da norma fálica, seja ela toda ou nãotoda fálica. Ou seja, é preciso pertencer à neurose para se posicionar do lado homem, todo fálico, ou do lado mulher, não-toda fálica. Logo, ser homem ou mulher é uma questão neurótica e não anatômica. Destarte, podemos verificar que o sujeito transexual afirma a bipartição sexual a bipolarização da divisão sexual, ao reconhecer-se em um polo ao qual não se identifica e, então, endereça à ciência o desejo de transposição para o polo sexual ao qual se identifica, confirmando outra máxima de Lacan: só há demanda quando esta se constitui a partir de uma oferta. Entretanto, na contramão da crença na bipartição sexual estão algumas feministas que, inicialmente reivindicavam direitos equânimes entre os gêneros e, atualmente, defendem a anulação das diferenças entre o homem e a mulher. Tal empreitada chega ao ponto da erradicação das marcas de gênero de vocábulos como substantivos, adjetivos e pronomes, utilizando no lugar dos artigos o e a, a letra x ou o Esse tipo de escrita é encontrada, principalmente, nos meios virtuais de comunicação, como blogs e redes sociais. Uma nova manifestação da sexualidade é o gênero fluido, no qual os adeptos fluem entre os gêneros homem em mulher, conforme a sua vontade. Pode vestir-se com roupas femininas, num dia e no outro dia, usar roupas masculinas. O gênero fluido seria uma das formas de expressão daqueles que defendem o gênero não binário, mas, sim, com múltiplas possibilidades de identidades entre os dois polos homem e mulher. No entanto, os dois polos estão aí, são os dois universais. Esses significantes homem e mulher formam um par antitético, cujo dualismo é fundamental para a diferenciação sexual, já que um significante quando apresentado de forma isolada não tem significação alguma, é um insignificante. Lacan

5 afirma que o sujeito se dá no intervalo entre dois significantes, o que evidencia que o significante que se apresenta isolado, não representa o sujeito. O sujeito, então, irá se inscrever na partilha sexual no intervalo entre os significantes homem e mulher e não pelo sexo anatômico. Este, isolado, não significa nada. É necessária a intervenção do Outro, nomeando essa anatomia de ele ou ela, traçando, assim, um destino como o qual o sujeito terá que se haver, concordando com esse dito ou não. Tentar extinguir os significantes homem e mulher, acreditando que não mais existirá no mundo tal alteridade é algo que se assemelha ao o best-seller de Michel Houellebecq, Partículas elementares (1999), comentado por Slavoj Zizek (2003), em seu artigo intitulado "Nada de sexo, por favor, somos pós-humanos". Segundo Zizek (2003): O romance acaba com uma visão profética: em 2040, a humanidade decide coletivamente substituir-se a si mesma por humanoides assexuados, geneticamente modificados, a fim de evitar o paradoxo da sexualidade. (ZIZEK, 2003,p. 37, In RINALDI, 2011, p.447). Não nos esqueçamos dos ensinamentos de Freud que apontam a sexualidade como a causalidade do psiquismo, que é banhado pela linguagem. Mas, por que temer tanto a esses significantes homem e mulher? No princípio era o verbo, como diz logo na abertura do Evangelho de João, tomando Deus como o próprio verbo. Já Lacan, afirma o Outro enquanto tesouro dos significantes. A palavra não é qualquer coisa, e os significantes trazem a possibilidade de dividir os lugares, marcando as diferenças. Judith Butler, em seu livro Problemas de gênero (1990), cita a música, cantada por Aretha Franklin, You make me feel like a natural woman, para indicar que só é possível para o sujeito afirme-se enquanto como mulher, a partir de uma diferenciação com o outro gênero, o homem. Talvés Butler tenha lido O Seminário, livro 18: De um discurso que não fosse semblante (1971), pois nele Lacan enfatiza a ideia da alteridade em relação à partilha sexual, quando afirma que o que define o homem é sua relação com a mulher e vice versa, pois a identificação sexual consiste em considerar que existem mulheres, no caso do menino, e que existem homens, no caso da menina. É sempre em comparação ao outro que se dá a significação do falo. É nesse cenário, no qual o biológico é insuficiente para a subjetivação da diferença sexual, que se inscreve o semblante. Para Lacan, a diferença sexual guarda uma

6 dimensão de semblante, que tem função de verdade, mas esta é sempre meio dita. Já que não há nada instintivo que diga o que é ser um homem ou ser uma mulher, o que resta é fazer semblante, resta apenas parecer homem ou parecer mulher, fazendo semblante do que se chama um homem e uma mulher (Lacan, /2012.p,36). Jorge (1997) ressalta que o corpo é da ordem da contingência e a partir dele o desejo se inscreve. Quanto ao homem e a mulher, estes são apenas significantes, e o sujeito, este não tem sexo, pois ele é o sexo, a secção que habita o intervalo entre os lugares, significantemente designados, do homem e da mulher (Jorge, 1997, p.39). A partir dos estudos de Robert Stoller, a ideia de sexo foi progressivamente sendo igualada à ideia de sexo anatômico, e o significante gênero foi designado para expressar a forma com que o sujeito se identifica e se reconhece. Logo, o sujeito transexual vem reafirmar que habemus gender! Temos gênero! E por maiores variações que possam existir no modo de ser homem ou mulher, tal alteridade está posta. Inclusive, para que possa haver sexo, é imprescindível que haja a diferença. Na lógica dos gozos, Lacan, ao abordar o lado feminino das fórmulas quânticas da sexuação o faz pela lógica da Heteridade, e afirma que aquele que ama uma mulher, seja ele de qualquer sexo, é heterossexual. Logo, para haver o real do sexo é necessário que haja Heteros, a diferença, enquanto o amor narcísico é homemsexual, como Lacan chamava o amor do homem pelo homem, no sentido humano, aonde não haveria sexo. Com efeito, para haver o real do sexo é necessário que haja o Heteros, a diferença, enquanto o amor narcísico é homemsexual, como Lacan chamava o amor do homem pelo homem, no sentido humano, aonde não haveria sexo. Para concluir Lacan afirma que não há correspondência entre os termos homem e mulher, o que culminou no aforisma a relação sexual não existe. Diante da inexistência de complementaridade é o semblante que permite ao sujeito eleger formas de lidar com essa desproporção insuportável, produzindo semblantes. No entanto, é exatamente por não existir equivalência possível entre esses dois termos, é pela inexistência da relação sexual, que é possível o sexo, o ato sexual. É preciso cruzar, de um lado para o outro das fórmulas quânticas para acertar o parceiro, seja localizando no corpo do outro o objeto de sua fantasia, ou buscando no outro o significante fálico. Mas é sempre no outro, no diferente, na alteridade.

7 Sendo assim, reivindicações sociais em prol da tentativa de garantir direitos iguais a homens e mulheres, não só são válidos, mas necessários, pois sem eles não teríamos tido avanços históricos importantes. No entanto, esperar que o homem e a mulher sejam iguais, no que tange à subjetividade é abdicar da alteridade necessária para defini-los. Concordamos com a afirmação de Quinet (2013) que para haver sexo, é necessário é necessário a diferença do outro não se faz sexo com o mesmo (QUINET, p,139). Aquilo que diz respeito à sexualidade do ser falante é da ordem do Heteros, já que a posição sexuada está para além da sustentação do imaginário da anatomia, sendo necessários os dois sexos, para que possa haver sexo. Então, sim, Habemus Gender! Bibliografia FREUD, S. (1933/2010). A feminilidade. Conferência XXXIII, LACAN, J. (1971). O Seminário, livro 18: De um discurso que não fosse semblante. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, (1972). O aturdito. In. Outros Escritos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor. QUINET, A. (2013). Homossexualidades em Freud. Em: Homossexualidades na Psicanálise: na história da despatologização. Antônio Quinet; Marco Antônio Coutinho Jorge (organizadores).-são Paulo: Segmento Farma. RINALDI, Doris. O corpo estranho. Rev. latinoam. psicopatol. fundam., São Paulo, v. 14, n. 3, p , Sept Acesssdoo em: 06/08/2016. Disponível em: ZIZEK, S. Nada de sexo, por favor, somos pós-humanos. In: Clique, Revista dos Institutos Brasileiros de Psicanálise do Campo Freudiano, Belo Horizonte, Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais, n. 2, ago.2003.

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