A PROMOÇÃO DO TRABALHO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

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1 A PROMOÇÃO DO TRABALHO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA GT V: Direito do Trabalho: Aspectos Jurídicos e Sociológicos Sandrina de Azevedo Oliveira 1 Maria Cristina Alves Delgado de Ávila 2 Resumo: Este trabalho de pesquisa propõe-se, a partir do levantamento bibliográfico e documental, compreender os conceitos e posicionamentos sobre o acesso do deficiente ao trabalho, verificando alguns mecanismos de promoção para esse acesso, a fim de que haja maior inclusão e legitimação da igualdade de oportunidades e acessibilidade da pessoa com deficiência. Para alcançar os objetivos do trabalho pretende-se inicialmente estabelecer a relação do direito ao trabalho da pessoa deficiente com os direitos fundamentais da dignidade da pessoa humana e da igualdade, partindo da premissa de que o principio da igualdade é garantidor de um tratamento digno e que oportunize maior acesso em diferentes seguimentos sociais; visando assim, a inclusão social dos deficientes no contexto do trabalho em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Palavras-chave: Trabalho. Deficiente. Igualdade. Sistema de Promoção Abstract: The research work intends, through bibliographic and documentary survey, to understand the concept and positioning about access to employment for disabled person, checking adopted mechanisms to improve this access, in order to provide social inclusion and equal opportunities. In order to achieve the target of the work, at first the aim is to establish this relation. It is also intended to present a relation between the right to work of the person with the fundamental rights of the dignity of the human person and equality, assumes that the principle of equality assure dignified treatment and that it offers greater access in different social segments, aiming at social inclusion of the disabled people in the context of work regarding equal opportunities with other people. Keywords: Work. Disabled. Equality. Promotion system 1 Discente do curso de Direito do Centro Universitário de Barra Mansa - UBM. Pesquisadora do NUPED Núcleo de pesquisa do curso de Direito. sandrina.oliveira@yahoo.com.br 2. Mestre em Biodireito, Ética e Cidadania. Professora do Centro Universitário de Barra Mansa - UBM. Orientadora de pesquisa do NUPED Núcleo de pesquisa do curso de Direito. cristina.delgado@uol.com.br

2 1. Introdução Pode-se afirmar que tem sido constante a discussão sobre a inclusão da pessoa deficiente no mercado de trabalho e na sociedade de maneira geral, sendo que nos últimos anos, dispositivos infraconstitucionais buscam corroborar o elencado no texto constitucional sobre o tratamento igualitário e digno a todas as pessoas, incluindo assim, a pessoa com deficiência. Tais garantias visam atenuar as disparidades e proporcionar uma melhor qualidade de vida para ao deficiente. Para isso, constantemente pode ser observado mudanças nas legislações internacionais e na legislação nacional, que tratam sobre os direitos da pessoa com deficiência e da busca por uma maior inclusão desta nos vários contextos sociais. No Brasil, variados são os dispositivos presentes nas legislações infraconstitucionais que, baseados nos pressupostos da Constituição Federal em vigor, tratam de diversos aspectos que se relacionam à pessoa com deficiência e ainda, traçam diretrizes do tratamento dos cidadãos, do poder público e da iniciativa privada no que se refere a esses direitos. Dessa forma, podem-se observar alguns sistemas utilizados pela iniciativa privada e outros pelo poder público que agem como mecanismos que visam assegurar maior participação do deficiente nas relações de trabalho. Tais sistemas visam precipuamente, garantir o já positivado nos direitos fundamentais, visto que a dignidade é inerente ao ser humano e a igualdade é um direto de todos, sem distinção. Assim, para desenvolvimento do trabalho, o capítulo primeiro, visa discutir a questão da igualdade como um direito fundamental para a promoção do trabalho, já que um princípio constitucional a ser aplicado a toda sociedade. No segundo capítulo vai se proceder à relação entre o deficiente e seu acesso ao mercado de trabalho, verificando a validação desse acesso. No último capítulo, entra-se no cerne da questão principal de discussão que é a verificação de alguns sistemas de promoção que são conferidos e devem ser observados quando o trabalhador for um deficiente.

3 O tema a ser discutido no presente trabalho é de importância nacional, pois abrange uma camada da sociedade que precisa de proteção para ser inserida num mercado de trabalho bastante competitivo como é no Brasil, e num contexto de índice de desemprego com taxas elevadas, em que a inserção precisa ser feita de forma a garantir a esse cidadão, uma inclusão efetiva com a dignidade preservada. Tais garantias previstas em nosso ordenamento jurídico abarcam o direito do deficiente ao trabalho em condições justas e favoráveis, coibindo comportamentos discriminatórios ou omissões que dificultem e afetem a qualidade de vida desse cidadão, também trabalhador. 2. A igualdade como direito fundamental para promoção do trabalho Como objetivos fundamentais do Brasil tem-se no artigo terceiro da Constituição Federal o de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Igualmente, a necessidade de se discutir sobre a igualdade, verificando se a mesma tem crescido com o passar dos tempos. Com o aparecimento dos desafios e também das desigualdades, a afirmativa de que todos são iguais perante a lei tem sido por vezes posta em discussão, bem como tem sido objeto de reflexão por parte da sociedade contemporânea, a fim de que se verifique até que ponto realmente essa igualdade não é falsa, ou simplesmente aparente. Sabe-se que a ideia de igualdade foi fruto de um avanço histórico decorrente das modernas Declarações de Direitos surgidas no final do século XVIII, tais como a Francesa de 1789 e a Americana de 1776 e que se estende até aos dias atuais, procurando-se assim, que as especificidades e diferenças sejam observadas e respeitadas. (PIOVESAN. 2010, p. 245). Do ponto de vista de Sarlet (2002, p 91), o direito à igualdade encontrase diretamente relacionado à dignidade da pessoa humana, sendo pressuposto desta que haja isonomia, a fim de se afastar qualquer comportamento

4 discriminatório e arbitrário, enquanto que Dallari (2004, p. 87) evidencia que desde o Cristianismo há a afirmativa de que todos os seres humanos são iguais. Assim também, tal ideia encontra amparo nas maiorias das constituições do mundo, bem como na Declaração Universal de Direitos do Homem. Contudo, afirma ainda que apesar de tais direitos serem bastante discutidos em diferentes âmbitos, a desigualdade ainda pode ser verificada em grande parte dos contextos atuais. Pode-se verificar, portanto, que se torna tarefa essencial, a expansão do exercício do direito à igualdade, dentro do contexto de qualquer projeto democrático; a fim de que esta seja observada de plano por todas as esferas do direito, sejam estas políticas, sociais, culturais, civis ou econômicas. Não basta a simples afirmativa de que as pessoas são iguais por natureza, visto que, para realmente se ter e ser possível alcançar resultados práticos e factíveis é necessário alcançar uma sociedade organizada, onde o pensamento dominante seja no sentido de que todos são iguais em direito e obrigações, não cabendo nesse contexto tratamentos diferenciados. Dessa forma, não se admite que numa sociedade que busque a igualdade entre os cidadãos, indivíduos sejam tratados de forma superior e outros de forma inferior. Sendo assim desde o seu nascimento e durante toda sua trajetória de vida, deve-lhes ser assegurado o direito a ter dignidade e acesso isonômico às oportunidades, pois do contrário, haveria promoção da desigualdade. Deve- se observar ainda que ao se falar em implementar o direito à igualdade deve-se ter como rumo duas vertentes que são: o combate à discriminação e a promoção da igualdade, pois uma vertente depende da outra para serem suficientes à promoção do direito de igualdade, (PIOVESAN; PIOVESAN, SATO, 2010, p. 243). Com isso, verifica-se a necessidade urgente de se erradicar todos os tipos de discriminação ainda existentes em nossa cultura, até porque a própria Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XLI e XLII, já preconiza de forma taxativa a proibição a qualquer tipo de discriminação, inclusive aquelas atentatórias aos direitos e liberdades fundamentais. Porém, para garantir a efetiva igualdade dos grupos, não basta

5 que haja uma legislação repressiva, mas sim, obter estratégias que sejam capazes de estimular tanto a inserção quanto a inclusão dos grupos considerados socialmente vulneráveis nos espaços sociais. (PIOVESAN; PIOVESAN; SATO, 2010, p. 245). Interessante ainda ressaltar sobre a discriminação nas palavras de Silva (2003, p. 222) quando reafirma que: A discriminação é proibida expressamente, como consta no art. 3º, IV da Constituição Federal, no qual se dispõe que, entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, está: promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Proibiu-se, também, a diferença de salário, de exercício de fundações e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor, estado civil ou portador de deficiência (art. 7º, XXX e XXXI). Tem-se na prática, que a garantia prevista na Constituição quanto ao direito de igualdade não conseguiu impedir as desigualdades de grupos da população no que se refere à plena cidadania. E, justamente para se atender à eficácia de dar igualdade àqueles grupos ou segmentos sociais que se encontrem em piores condições de competir na sociedade, estando em desvantagens, que se têm as ações afirmativas como forma de minimizar e/ou eliminar os desequilíbrios sociais existentes a essas categorias. Gomes (2001, p. 40) ao dar uma definição sobre as ações afirmativas, expressa que é: Um conjunto de políticas públicas e privadas de caráter compulsório, facultativo ou voluntário, concebidas com vista ao combate à discriminação racial, de gênero e de origem nacional, bem como para corrigir os efeitos presentes da discriminação praticada no passado, tendo por objetivo a concretização do ideal de efetiva igualdade de acesso a bens fundamentais como a educação e o emprego. É justamente dentre desses contextos que se têm garantias a determinados grupos, a fim de legitimar os seus interesses. É o que ocorre no caso da pessoa com deficiência, que necessita de se igualar aos demais para que se tenha de forma real todos os seus direitos plenamente preservados na sociedade e participe desta, sem impedimentos de qualquer ordem. garantia, inclusive é estendida às relações de trabalho, pois é plenamente Tal

6 cabível a promoção do emprego, razão pela qual a dignidade do deficiente trabalhador tem que ser respeitada em sua plenitude com igualdade de oportunidades com os demais trabalhadores, pois dessa forma, estará garantida a plena igualdade prevista na Constituição, legitimando um direito já positivado. Por isso, verificam-se algumas legislações diferenciadas para atender a determinadas situações especificas, como é o caso da pessoa deficiente, que possui alguns direitos especiais assegurados. Diante disso, fazse necessário que lhe seja respeitado sua condição de ser humano, como qualquer outro, bem como sua condição de viver de modo digno em sociedade, inclusive quando o tema é desenvolvimento de sua força laboral, o que será discutido no capítulo que se segue. 3. O deficiente e o acesso ao trabalho Pode-se entender que a concepção de trabalho foi se modificando com o passar dos tempos; e que a partir das revoluções burguesas do século XVIII, foi considerado como valor moral e social do homem, que deveria justificar suas posses e renda com frutos do próprio trabalho. O trabalho, portanto, foi considerado imprescindível à preservação de uma vida digna de todo e qualquer ser humano. (DALLARI, 2004, p.57). E, por ser imprescindível, dentre os direitos de caráter fundamental se tem os direitos sociais citados e garantidos pelo artigo 7º da Constituição Federal de 1988, quer sejam de caráter individual e/ou coletivo. Tais direitos são resultantes de uma longa conquista histórica, e, que por outro lado, se encontram ligados diretamente à dignidade da pessoa humana. Tem-se assim, que os direitos sociais, visam garantir aos indivíduos condições materiais necessárias e imprescindíveis para que possam exercer plenamente o gozo de seus direitos como cidadãos, e, exigindo-se também do Estado, a intervenção na ordem social. Dessa forma, ficará mais viável atender ao critério de justiça distributiva, justamente objetivando a diminuição das desigualdades sociais, e,

7 como consequência, procurando-se atender de forma mais eficaz ao princípio da isonomia. Não restam dúvidas de não que o direito do trabalho é um direito social, tanto que são preceituados na própria Constituição Federal em vigor, em seu artigo 6º. Tem-se assim, que os direitos sociais servem para proceder à redução dos excessos de desigualdades que são resultados do capitalismo, valendo aqui a afirmativa de Carvalho (2006, p. 10) quando assim se pondera: Finalmente, há os direitos sociais. Se os direitos civis garantem a vida em sociedade, se os direitos políticos garantem a participação no governo da sociedade, os direitos sociais garantem a participação na riqueza coletiva. Eles incluem o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, à aposentadoria. A garantia de sua vigência depende da existência de uma eficiente máquina administrativa do Poder Executivo. Em tese eles podem existir sem os direitos civis e certamente sem os direitos políticos. Podem mesmo ser usados em substituição aos direitos políticos. Mas, na ausência de direitos civis e políticos, seu conteúdo e alcance tendem a ser arbitrários. Os direitos sociais permitem às sociedades politicamente organizadas reduzir os excessos de desigualdade produzidos pelo capitalismo e garantir um mínimo de bem-estar para todos. A ideia central em que se baseiam é a da justiça social. Dessa forma, o direito ao trabalho é um direito social, e em assim sendo, o mesmo se esteia na mesma ideia de produzir a justiça social, e até, principalmente, pelo seu caráter alimentar. Observa-se que as proibições de discriminações nas relações trabalhistas é o resultado das classes trabalhadoras, justamente em função das condições de opressão e mesmo de degradação que caracterizava a relação entre capital x trabalho, as quais, ainda hoje não foram superadas em parte dos Estados que integram a comunidade internacional. Assim, os direitos fundamentais de igualdade e liberdade que são dados aos trabalhadores, visam assegurar ao mesmo um espaço de autonomia pessoal, não só em face do Estado, mas também dos poderes sociais, para tentar garantir o princípio da dignidade humana em sua integralidade. (SARLET, 2002, pp ). E, como resultado de ser um direito social, além de ter que abarcar a todos os grupos, não seria diferente em relação à pessoa com deficiência, que

8 como grupo, se enquadrando dentro das condições de vulnerabilidade, tem que ter seus direitos respeitados na integralidade, incluindo-se as relações de trabalho. A Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e Protocolo Facultativo, assinados pelo Brasil em 2007, dispõe sobre a promoção, a proteção e sobre a segurança dos direitos humanos e fundamentais das pessoas com deficiência, bem como o respeito por sua dignidade que já lhe é inerente. Dentre alguns princípios gerais desse documento aplicáveis ao direito do trabalho do deficiente pode-se destacar o da plena e efetiva participação e inclusão na sociedade, o da igualdade de oportunidades e o direito à oportunidade de se manter com o trabalho de sua livre escolha. (SOUZA; NASCIMENTO, 2009, p.117). Deve-se se ater ainda que não se trata simplesmente de atender ao direito de uma pessoa, mas sim de garantir um tratamento diferenciado a um grupo de pessoas que se encontram nas mesmas condições, levando-se em consideração suas especificidades decorrentes das próprias limitações. Quanto ao tema Piovesan, Silvia e Campoli (2010, p. 359) esboçam:... todos estes instrumentos revelam o processo de especificação do sujeito de direito. Não se trata apenas de proteger os direitos de uma pessoa enquanto tal, por sua dignidade inerente, mas de garantir um tratamento diferenciado e especial a todo um grupo de pessoas em iguais condições, próprias e especificas, que leve em consideração suas peculiaridades e suas necessidades essenciais. Assim, os vários instrumentos servem para dar e definir a base em que se pode alcançar a igualdade, e, em vários contextos sociais o que se busca por meio da oferta de trabalho é o desenvolvimento de políticas voltadas para a aferição de resultados puramente econômicos e financeiros, deixando em segundo plano os aspectos e objetivos sociais que o trabalho pode proporcionar. Por outro lado, um ponto também conflitante, é que ainda pode ser observado, em alguns contextos, é a presença do trabalho como fator de exploração e agressão a alguns indivíduos em condições mais desfavoráveis

9 tais como crianças, adolescentes e deficientes; o que se choca com as concepções de dignidade da pessoa humana e seu caráter igualitário. Pode-se afirmar assim, que ao se buscar cumprir os aspectos relacionados ao Estado Democrático de Direito Brasileiro, várias são as alternativas voltadas para a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade, inclusive no ambiente do trabalho, o que é sensivelmente reforçado através do Estatuto da Pessoa com Deficiência. Como já citado, a Constituição Federal vigente dispõe logo no caput de seu artigo quinto que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Sendo a igualdade, portanto, um princípio fundamental, tem-se elencado também no rol dos direitos sociais em seu artigo sexto, o trabalho. É possível entender assim, que a pessoa com deficiência tem a garantia constitucional de estar inclusa, em igualdade de condições com as demais pessoas, em diversos setores sociais, assim como nas relações de trabalho. Entretanto, tal inclusão precisa ser efetivada com base sólida e responsável, a fim de que os direitos e necessidades do deficiente sejam observados e não se tenha uma inserção apenas desses indivíduos sem qualquer objetivo de promover a igualdade de oportunidades, servindo apenas de escudo para cumprimento da legislação em vigor, porém, sem realmente legitimar um direito reconhecido. Dessa forma, Nacur (2015, p. 302) bem ressalta que a inclusão dos deficientes não pode ser realizada apenas por meio do trabalho, mas envolvendo outros aspectos necessários, a fim de que realmente tenham condições inclusive de trabalhar, assim se expressando: A inclusão da pessoa com deficiência não pode ser feita de modo isolado pelo trabalho, mas sim por meio de ofertas de meios de trabalho aliada a duas outras condições mínimas: de ambiente de trabalho adaptado, acessibilidade ampla e de uma educação inclusiva. Também nesse sentido, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, lei nº de 2015, traz assegurado diversas ações afirmativas que visam à

10 acessibilidade e permanência do deficiente no trabalho, como forma de inclusão social e realmente efetivar a igualdade. Dispõe, por exemplo, o artigo 34, que a pessoa com deficiência tem direito ao trabalho que seja segundo sua escolha e aceitação, num ambiente acessível e que oportunize a inclusão, a fim de que tenha igualdade frente às demais pessoas. O direito ao trabalho num ambiente adequado à pessoa com deficiência é, portanto, um dever que não se restringe às pessoas jurídicas de direito público, mas também as de direito privado, visto que a lei não traz tal distinção. Outros aspectos abordados na lei que visam à proteção do trabalho do deficiente se relacionam com a ideia da não discriminação, que deve se estender também aos períodos de recrutamento, seleção, contratação, admissão, exames admissionais e periódicos, na permanência no emprego, ascensão e reabilitação profissionais, bem como na exigência de aptidão plena da pessoa com deficiência, conforme disposto no parágrafo terceiro do artigo 34. Observa-se pelo exposto que a permanência do deficiente no âmbito do trabalho deve se dar com igualdade de condições com outros indivíduos, proporcionando acessibilidade e fornecimento de recursos adequados para lidarem junto ao ambiente de trabalho, já que há necessidade dessas medidas para que realmente tenham condições de se igualar e permanecerem no ambiente laboral. Como se pode perceber, a pessoa com deficiência deve estar incluída de forma isonômica no ambiente do trabalho, com condições adequadas que oportunizem sua permanência e competitividade com outros trabalhadores, com o objetivo de que não seja negado o atual paradigma isonômico trazido pelo texto constitucional. Cabe-se elencar assim, algumas formas de promoção do trabalho da pessoa com deficiência no atual contexto brasileiro, como forma de procurar garantir que o primado da igualdade seja observado e efetivo nessas relações, o que será objeto do próximo capítulo.

11 4. Sistemas de promoção para a efetivação do trabalho do deficiente Pode-se dizer que a participação do homem na sociedade por meio do trabalho é um fator que supera a concepção da produtividade num ambiente de mercado e produções, visto que é também no trabalho que o ser humano pode ter suas potencialidades desenvolvidas e manter vínculos sociais consideráveis que contribuam para o desenvolvimento da pessoa em diversos aspectos. Sendo assim, essa atividade deve ser entendida como um direito individual que deve ser exercido em condições justas e igualitárias. Não se pode perder de vista que a qualidade do trabalho e do emprego é condição essencial para a construção de um crescimento inclusivo e sustentável, constituindo-se como um dos elementos que contribuam para esse crescimento. Assim, há necessidade da construção de ambientes de trabalho capazes não apenas de atrair os trabalhadores, mas, sobretudo, de mantê-los em seus empregos, protegendo-os e, ao mesmo tempo, garantindo a saúde destes e a produtividade das empresas. E, tais condições devem ser aplicadas a qualquer tipo de trabalho e a todos sem distinção, pois visam toda a sociedade de trabalhadores. Voltando-se especificamente para o trabalhador com deficiência, observa-se que iniciativas que promovam maiores condições de acesso e permanência do deficiente no ambiente do trabalho têm sido objeto de diversos dispositivos na legislação brasileira atual. Dentro da promoção do trabalho, como um princípio a ser observado, Souza e Nascimento (p.124, 2009) expõem sobre:... a possiblidade de emprego no setor público e privado, por meio de medidas políticas e apropriadas, visando inclusão de programas de ação afirmativa, incentivos e outras medidas, assegurando as adaptações no local de trabalho. Com isso, observa-se que o conhecimento da legislação pátria sobre os direitos dos deficientes é de suma relevância, por parte destes e dos demais cidadãos, a fim de que se minimizem as discriminações e pelo conhecimento, possam exigir da sociedade o cumprimento das normas já previstas. Normas

12 estas, que objetivam a inclusão num mercado de trabalho competitivo e também dinâmico, e, que no momento ainda se encontra em fase de recesso. (SOUZA; NASCIMENTO (2009, p.122) Da mesma maneira, pode-se verificar, confirmando a afirmativa acima que existem, diversos sistemas que visam à promoção da igualdade nas relações de trabalho da pessoa com deficiência, os quais procuram precipuamente, promover oportunidades que garantam melhor acesso ao trabalho e a manutenção satisfatória do deficiente neste ambiente. (NACUR, 2015, p.303). Cabe-se apontar, portanto, dentre diversos sistemas trazidos por Nacur (2015), quatro sistema que versam sobre a participação do deficiente de forma mais acentuada nos diversos setores do trabalho. O primeiro compreende o sistema de isenção ou redução de contribuições, que se relaciona, basicamente, à ideia de incentivo à empregabilidade do deficiente por meio de redução e até isenção da carga tributária e de contribuições previdenciárias. Tal sistema compreende que para cada pessoa com deficiência que seja contratada, a empresa contratante terá a redução ou isenção de tributos e de contribuições destinadas à previdência social. Cabe-se destacar que a Autora ainda expõe que embora se verifique um incentivo de contratação pela empresa que receberá isenções ou reduções, não há previsão legislativa de que tais tributos ou despesas previdenciárias sejam, pelo menos, em parte, utilizados para promoverem dentro das próprias empresas um ambiente laboral adequado às necessidades do deficiente. (NACUR, 2015, p.303) O segundo sistema a ser destacado é o de quota de contribuição, que como aponta Nacur (2015, p.310): Consiste no fato de as empresas terem de pagar uma soma em dinheiro, ao invés de terem de cumprir a quota de contratação obrigatória de pessoas com deficiência". A fim de exemplificar tal sistema, cumpre-se destacar o trazido na lei nº de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social, em seu artigo 93 que assim determina:

13 A empresa com 100(cem) ou mais empregada está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas na seguinte proporção: I- até 200 empregados, 2% II- de 201 a 500, 3% III- de 501 a 1000, 4% IV- de 1001 em diante, 5% 1º A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, só poderá ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante. (Vide Lei nº , de 2015). Pelos termos contido no referido artigo é possível verificar que há quotas predeterminadas que as empresas devem preencher com pessoas portadoras de deficiência em seus quadros de empregados. Com isso, verifica-se que a legislação agregou duas dimensões relevantes, pois de um lado estabeleceu um sistema de cotas para obreiros beneficiários reabilitados e também para pessoas com deficiência, na forma do caput do artigo, e, por outro lado, restrições indiretas a dispensa de empregados deficientes; estabelecendo a garantia de emprego ao se estipular que a dispensa desse trabalhador só poderá ocorrer após a contratação de um substituto em condição semelhante a sua, previsão contida no parágrafo primeiro. (DELGADO, 2015, p. 877). Todavia, a análise evidenciada por Nacur (2015), quanto à questão da cota é um pouco diversa, pois devido aos inúmeros problemas que as empresas enfrentam para o cumprimento desta, e mesmo por alguns deficientes estarem trabalhando em ambiente insalubre e perigoso, oferece-se uma alternativa para as empresas sanarem essa impossibilidade de outra forma; ou seja, sob uma forma de pagamento. Nessa perspectiva, a autora apresenta o sistema em questão sob duplo aspecto, visto que oportuniza ao empregador escolher entre a obrigação de ter de pagar uma soma em dinheiro, ao invés de contratar pessoas com deficiência e outro aspecto legal, que obriga o empresário a pagar em vez de contratar, com base em determinadas atividades perigosas e insalubres apontadas pela lei. (NACUR 2015, P.304).

14 Ou seja, a depender do risco que a atividade traga para o deficiente, o empregador paga certa soma em dinheiro, no lugar do preenchimento da cota referida. Outro questionamento trazido pela mesma autora, diz respeito à utilização deste pagamento realizado no âmbito do ambiente de trabalho da pessoa com deficiência, já que o Estatuto de 2015 também não contempla essa previsão, sobre esse aspecto do sistema da cota de contribuição. Numa análise fria do segundo sistema apresentado pela autora, o mesmo, a princípio, estaria ferindo dispositivos de garantia ao deficiente, vez que o objetivo tanto da legislação constitucional quanto da infraconstitucional não visa apenas garantir renda e/ou simplesmente um posto de trabalho, mas sim garantir que a pessoa com deficiência esteja integrada no meio social do trabalho em igualdade de condições com os demais trabalhadores, já que são cidadãos como qualquer outro e necessitam de interação. Dessa forma, esse segundo sistema, precisa ainda ser sedimentado com profunda discussão junto aos diversos atores sociais, já que se apresenta como proposta alternativa de resolver um problema que vem sendo enfrentado rotineiramente. O terceiro sistema apontado por Nacur (2015, p. 315) é o cota de licitação. Nesse sistema, a licitação de serviços públicos é disponibilizada para as empresas que cumprirem a cota referida no já citado artigo 93 da lei 8213 de Porém, para elucidar melhor sobre o sistema em questão, cumpre-se destacar o artigo terceiro da lei de 1993, o qual dispõe sobre o tratamento isonômico da licitação na seleção da proposta mais vantajosa. Contudo, em seu parágrafo segundo, inciso quinto, a lei expõe que em igualdade de condições, há critério de desempate pertinente às pessoas com deficiência: 2 Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

15 O dispositivo supracitado foi acrescido pelo advento do Estatuto da Pessoa com Deficiência, que embora não trate claramente sobre o sistema de quota de licitação, propiciou um avanço no sentido de que as empresas que cumprirem o determinado terão preferência ante as outras; e tais empresas vencedoras, deverão manter a cota durante todo o tempo que durar a licitação. Sendo assim, pode-se observar que tal sistema propicia maior acesso de pessoas com deficiência em empresas de diversos setores, como reforço ao princípio da igualdade de acesso e isonomia no tratamento da pessoa com deficiência. Por último, cabe-se destaca o sistema de cota em concursos, que consiste na reserva de cargos em âmbito público para deficientes, que consigam aprovação, para que posteriormente tenham preferência na classificação; a fim de ocuparem os cargos disponíveis. (NACUR 2015, p.317). Cabe-se informar que a referida reserva de vagas em concursos públicos se destinam aos provimentos de cargos de cada ente da federação, bem como as suas autarquias e fundações públicas. Tal proposição pode ser evidenciada pelo artigo 37, inciso oitavo da vigente Constituição Federal: a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão". A garantia constitucional de reserva de vagas é explicitada ainda pelo artigo 37 da lei nº de 1999, em que se tem assegurado ao deficiente a inscrição em igualdade de condições com os demais candidatos, sendo que o cargo deve ter atribuições que sejam compatíveis com a deficiência de que é portador. Dessa maneira, o candidato deficiente concorrerá a todas as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação obtida. Assim é possível verificar que os referidos sistemas adotados em diferentes seguimentos são algumas das muitas ferramentas de que a sociedade dispõe ou pode dispor para legitimar a igualdade no tratamento da pessoa com deficiência no campo do trabalho, visando a garantia de maior acessibilidade e permanência nas relações nesse contexto. Tal acessibilidade

16 contribui para uma maior inclusão que também vai ao encontro do princípio constitucional da igualdade, que legitima um tratamento isonômico e sem discriminações, visando assim, dar garantia de efetivação ao trabalho do deficiente. 5. Conclusão Por todo o exposto, pode-se observar que a inclusão da pessoa deficiente nos vários extratos sociais, inclusive do trabalho, tem sido objeto de bastante discussão e até evolução, com o objetivo de garantir que o princípio constitucional da igualdade seja materializado por meio de ações tanto individuais, quanto coletivas. Uma vez observado e respeitado tal princípio estabelecido, será possível atestar que os direitos fundamentais, daqueles que estão numa condição especial, são acolhidos e aplicados no meio social, posto que, tendo trabalho, e condições de mobilidade para chegar até este, tem acesso a outros direitos básicos que lhes seriam ceifados. Observou-se ainda que o trabalho ocupa uma posição de destaque na qualidade de vida de qualquer pessoa, inclusive do deficiente, visto que mais de que um meio de subsistência é também garantidor do desenvolvimento das potencialidades do ser humano e do aumento das relações interpessoais, sendo necessário a vivência do homem em sociedade. Apesar de ser evidenciada a preocupação da garantia da igualdade de tratamento e oportunidades para o deficiente, dentre os dispositivos da atual Constituição Federal e outras normas infraconstitucionais, pode-se observar ainda em diversas situações que muitas são as barreiras que os deficientes enfrentam para se ajustarem a uma sociedade altamente competitiva e dinâmica. Para tanto, diferentes sistemas são implantados na tentativa de incluir a pessoa com deficiência no ambiente do trabalho no âmbito privado e também no público. Verificou-se que, apesar do Estatuto da Pessoa com Deficiência trazer consideráveis avanços que modificaram diversas normas legais, com intuito de

17 garantir à pessoa com deficiência de qualquer tipo, a acessibilidade e permanência no ambiente de trabalho de forma satisfatória e condizente como já apregoado no texto constitucional, ainda não contempla diversas situações, tais como o destino de isenções e reduções tributárias advindas da contratação de deficientes por empresas, por exemplo. Em suma, muitos são os avanços que a sociedade contemporânea e todas suas instituições têm, a fim de garantir o já legitimado direto de igualdade de oportunidade e permanência do deficiente em todas as fases do processo de trabalho. Procurando-se assim, colocar em prática as diretrizes já traçadas; e se propondo a reprimir toda forma de discriminação que cerceia e mitiga qualquer busca pela igualdade. Sendo então possível assim, visualizar a eficácia do acesso ao trabalho da pessoa com deficiência e a permanência nesse, com qualidade e igualdade. 4. Referências BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Brasília, DF. Câmara dos Deputados, Estatuto da Pessoa com Deficiência. Lei 13146, Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF. Câmara dos Deputados, LEI Nº 8.666, de 21 de junho de Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. Brasília. DF. Câmara dos Deputados, LEI Nº 8.213, de 24 de julho de Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social. Brasília, DF. Câmara dos Deputados, CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: O longo caminho. 8. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, DALLARI DE ABREU, Dalmo. Direitos Humanos e Cidadania. 2 Ed. São Paulo: Editora Moderna. Edição

18 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 14º Ed. São Paulo: LTr, GOMES, Joaquim B. Barbosa. Ação afirmativa & princípio constitucional da igualdade: o Direito como instrumento de transformação social. A experiência dos EUA. Rio de Janeiro: Renovar, NACUR, Lutiana LORENTZ. A Norma da Igualdade e o Trabalho das Pessoas com Deficiência. 2ª Ed., São Paulo: LTR NUNES, Rizzatto. O Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana. 3ª Ed. São Paulo: Saraiva, PIOVESAN, Flávia; PIOVESAN, LUCIANA; SATO, Priscila Kei Implementação do direito à igualdade. In: Temas de Direitos Humanos. PIOVESAN, Flavia. 4 Ed. São Paulo: Saraiva, 2010., Flávia; SILVA, Beatriz Pereira; CAMPOLI, Heloisa Borges Pedrosa. A proteção dos direitos das pessoas com deficiência no Brasil. In: Temas de Direitos Humanos. PIOVESAN, Flavia. 4 Ed. São Paulo: Saraiva, SARLET WOLFGANG, Ingo. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na Constituição de ª Ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, VIOLA DE SOUZA, Ana Maria, FERREIRA NASCIMENTO, Graziela Augusta. Direito e o Trabalho. Editora Alínea. São Paulo

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