Thayná Cristina Parsaneze Iasi

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS - RIO CLARO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO E TECNOLOGIAS Thayná Cristina Parsaneze Iasi Contato distal do sistema âncora em diferentes pontos do corpo durante tarefas de controle postural Rio Claro 2018

2 Thayná Cristina Parsaneze Iasi Contato distal do sistema âncora em diferentes pontos do corpo durante tarefas de controle postural Dissertação apresentada ao programa de pósgraduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus Rio Claro, para obtenção do título de mestre. Orientadora: Profa Dra Eliane Mauerberg-deCastro Rio Claro 2018

3 I11c Iasi, Thayná Cristina Parsaneze Contato distal do sistema âncora em diferentes pontos do corpo durante tarefas de controle postural / Thayná Cristina Parsaneze Iasi. - Rio Claro, f. : il., figs., tabs., fots. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro Orientadora: Eliane Mauerberg-de-Castro 1. Cinesiologia. 2. Sistema háptico. 3. Sistema âncora. I. Título. Ficha Catalográfica elaborada pela STATI - Biblioteca da UNESP Campus de Rio Claro/SP - Ana Paula S. C. de Medeiros / CRB 8/7336

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5 Aos meus pais Izildinha e Claudio, por estarem sempre comigo me apoiando e me dando força para seguir. A minha pequena sobrinha Maria Carolina, por trazer tantas alegrias e união e a minha irmã Thais, com amor, dedico.

6 Agradecimentos A jornada foi longa, o desafio foi enorme, mas a sensação de ter chegado até aqui é indescritível... maravilhosa! Ter feito isso sozinha, certamente não seria possível. Durante esse processo muitas pessoas passaram pela minha vida e de alguma forma contribuíram para essa vitória. Algumas ficaram pelo caminho, outras chegaram até o fim, mas a todas elas, deixo meu muito obrigada. Agradeço especialmente à minha orientadora Eliane Mauerberg-deCastro por, há 10 anos atrás, ter acreditado em mim e durante esse processo nunca ter desistido. Obrigada pela orientação, pelas conversas, por todo apoio, por ter me ensinado e feito meus olhos brilharem para a adaptada. Obrigada especialmente por todas as festas, momentos que ficarão para sempre em minha memória e coração. Ao CNPQ e a CAPES pelo financiamento, pois sem isso certamente não teria conseguido concluir essa pesquisa. Aos que colaboraram com o trabalho doando um pouco do seu tempo para participar das coletas. Muito obrigada a todos! Agradeço a UNESP Rio Claro e especialmente aos que estavam comigo no dia a dia, participando das coletas, ajudando no que fosse preciso e principalmente prontos para o momento copa. Daniel, Karam, Van... muito muito obrigada por tudo! Vocês com certeza foram muito especiais durante todo esse processo! Ao Laboratório de Ação e Percepção (LAP), ao PROEFA e aos amigos e colegas que conheci por todos esses anos. Em especial aqueles que me acompanharam nesses últimos anos, muito obrigada. Carla, Leandro, Ana Clara, Fernanda, Leticia, Milena, Bia, Gabi... foram muitas coletas, risadas, choros, conversas... de alguma forma, todos deixaram suas marcas. Aquela que chegou no final mas que com certeza foi indispensável para o sucesso dessa etapa, Ana Carolina Basso Gáspari, obrigada por todos os momentos mara que vivemos. Tantas risadas fizeram essa etapa se tornar mais leve. À Márcia, que me ensinou sobre o que é ser professora, me incentivou a seguir e fazer sempre o melhor, por tantas conversas e conselhos. À família Wal-Camp, especialmente ao Ikaro, Erika, Carola, AnnaBi, Milena que me ensinaram muito além da recreação, me ensinaram sobre respeito, dedicação, sobre se doar e fazer tudo com amor. Wal, obrigada por acreditar em mim, por acreditar que era possível, por

7 sempre acreditar que eu podia ir mais longe, você é um exemplo de profissional a ser seguido. Obrigada. À Carola e Erika, pelas incansáveis conversas, conselhos e até correções na madrugada do acampamento. Vocês sabem que fazem parte dessa vitória e que foram o melhor presente que o Wal-Camp me deu. Levo vocês para a vida. À Maria Cristina e Paula por mostrarem que não existe distância quando existe cumplicidade, companheirismo e muito amor envolvido. Saber que tenho vocês para qualquer coisa, boa ou ruim, para rir ou para chorar é fundamental, é essencial, é mais que especial. Obrigada por estarem sempre comigo. À minha co informal, Gabriella. Obrigada! Você me acompanhou por todos esses anos, acompanhou minha evolução e foi parte marcante dela. Obrigada por todas as correções e direcionamentos para esse trabalho. Migs do piercing, Gabi, Naras e Bia, vocês foram minha família nesse processo. Obrigada por terem me feito rir quando estava triste, terem me feito seguir quando queria desistir. Aos meus pais, Izildinha e Claudio, por me apoiarem em tudo, por sempre me acolherem nos momentos de dificuldade e principalmente por me darem força para seguir. Amo vocês. À minha sobrinha Maria Carolina por cada abraço, beijo, brincadeira que me deram ânimo e alegria. À minha irmã por me ajudar no que precisei. Obrigada!

8 Resumo Manter ou reestabelecer uma postura estável depende da detecção de informações por meio de sistemas sensoriais e sistemas de ação-percepção como o sistema háptico. O sistema háptico usa a exploração ativa inclusive durante o uso de ferramentas rígidas ou não rígidas para detectar propriedades importantes do ambiente. Um paradigma proposto sobre o papel do sistema háptico no controle da postura foi o sistema âncora. Os achados dos efeitos estabilizadores da postura com o uso do sistema âncora ilustram como o processo de detecção de informação do ambiente, distal ao corpo e mediado pela ferramenta âncora, depende da relação quase-estável no contato entre a superfície de apoio do corpo e a porção distal das âncoras. A extensão da utilidade desse contato distal para orientação postural ainda é pouco conhecida quanto ao contexto de perturbação da superfície. O objetivo do presente estudo foi investigar o papel da ancoragem realizada no próprio corpo, ou seja, com a porção distal em contato com quatro pontos corporais (i.e., cintura escapular, cintura, joelho e tornozelo), e verificar sua eficiência na redução da taxa de oscilação postural em contraste com a ancoragem tradicional (referência externa). Ainda, analisar a influência da localização desses pontos, distal ou proximal ao solo, quanto à função de ancoragem háptica. Para isso, foram testados 27 sujeitos ativos de ambos os sexos, que permaneceram imóveis em posição tandem sobre uma plataforma de força, com restrição da visão. As condições da tarefa de ancoragem incluíram: a ancoragem tradicional e ancoragem com conexão distal em contato com os quatro pontos corporais (cintura escapular, cintura, joelho e tornozelo). Foram analisadas as variáveis referentes à oscilação corporal (TT-CP, área da elipse, AMO-ML) e referentes à regulação da oscilação do centro de pressão (VM-ML). Os resultados obtidos demonstraram que a ancoragem nos pontos de contato corporal, via TT-CP e AMO-ML, reduziu a taxa de oscilação postural quando comparada à condição sem âncora. Entretanto, a âncora tradicional é mais eficiente do que quando a resistência vem da porção anexa em qualquer parte do corpo. Quando a comparação é feita entre os pontos de contato corporal, observamos que eles não diferem entre si. Concluímos que mesmo o contato de ancoragem no corpo sendo parcialmente eficiente na redução da taxa de oscilação corporal, este contexto não equipara aos níveis de redução de oscilação gerados por uma ancoragem com referência externa. Palavras chave: sistema háptico; sistema âncora.

9 Abstract Maintaining or reestablishing a stable posture depends on the detection of information through sensory systems and action-perception systems such as the haptic system. The haptic system uses active exploration, even during the use of rigid and non-rigid tools used to detect important properties of the environment. A proposed paradigm about the role of the haptic system in posture control was the anchor system. The findings of the stabilizing effects of posture with the use of the anchor system demonstrate how the process of detecting information from the environment, distal to the body and mediated by the anchor tool, depends on the almost-stable relationship in the contact between body support surface and the distal portion of the anchors. The extent of the utility of this distal contact for postural orientation is still poorly known in the context of surface disturbance. The objective of the present study was to investigate the role of anchoring in own body, therefore, with the distal portion in contact with four corporal points (i.e., scapular waist, waist, knee and ankle), and verify the efficiency in reducing the rate of the postural oscillation in contrast to the traditional anchorage (external reference). Nevertheless, to analyze the influence of the location of these points, distal or proximal to the ground, regarding the function of haptic anchorage. For this, were tested 27 active subjects of both sexes, who remained immobile in a tandem position on a force platform, with visual restriction. The anchoring task conditions included: traditional anchorage and the anchorage with distal connection in contact with four body points (scapular waist, waist, knee, ankle). Were analyzed the variables related to body oscillation (TT-CP, ellipse area, OA-ML) and referring to regulation of the center of pressure oscillation (MD-ML). The results obtained showed that anchorage at the body contact points, via TT-CP and OA-ML, reduced the rate of postural oscillation when compared to non-anchor condition. However, the traditional anchor is more efficient than when the resistance comes from the attached portion in any part of the body When the comparison is made between the points of body contact, we observe that they do not differ from each other. We conclude that even the anchoring contact in the body being partially efficient in reducing the rate of body oscillation, this context does not equate to the levels of oscillation reduction generated by an anchorage with external reference. Keywords: haptic system; anchor system.

10 Listas de ilustrações Figura 1. Ancoragem no tornozelo porção distal da âncora fixada no tornozelo Figura 2. Ancoragem no joelho porção distal da âncora fixada no joelho Figura 3. Ancoragem cintura porção distal da âncora fixada na cintura Figura 4. Ancoragem cintura escapular porção distal da âncora fixada na cintura escapular Figura 5. Âncora tradicional porção distal da âncora em contato com a superfície Figura 6. Média e erro padrão do grupo para a variável trajetória total do centro de pressão (cm), TT-CT, para a condição sem âncora e âncora tradicional Figura 7. Média e erro padrão do grupo para a variável área da elipse (cm2) para a condição sem âncora e âncora tradicional Figura 8. Média e erro padrão do grupo para a variável amplitude média de oscilação (cm), AMO, na direção ML para a condição sem âncora e âncora tradicional Figura 9. Média e erro padrão do grupo para a variável velocidade média de oscilação (cm/s), VM na direção ML para a condição sem âncora e âncora tradicional Figura 10. Média e erro padrão do grupo para a variável trajetória total do centro de pressão (cm), TT-CT nas condições sem âncora e âncora pontos de contato corporal (lado esquerdo) e condições âncora tradicional e âncora pontos de contato corporal (lado direito) Figura 11. Média e erro padrão do grupo para a variável área da elipse (cm2), nas condições sem âncora e âncora pontos de contato corporal (lado esquerdo) e condições âncora tradicional e âncora pontos de contato corporal (lado direito) Figura 12. Média e erro padrão do grupo para a variável amplitude média de oscilação (cm) mediolateral (AMO-ML), nas condições âncora tradicional e âncora pontos de contato corporal (lado esquerdo) e condições âncora tradicional e âncora pontos de contato corporal (lado direito) Figura 13. Média e erro padrão do grupo para a variável velocidade média de oscilação(cm/s) mediolateral (VM-ML), nas condições sem âncora e âncora pontos de contato corporal (lado esquerdo) e condições âncora tradicional e âncora pontos de contato corporal (lado direito). 40

11 Sumário 1. Introdução Revisão da literatura Sistema háptico e controle postural Ancoragem háptica Justificativa Objetivo Predição Método Participantes Critérios de inclusão Critérios de exclusão Equipamentos e materiais Procedimentos na tarefa Coleta de dados Análises de dados Análises estatísticas Resultados Discussão Conclusão Limitações e sugestões do estudo 48 Referências bibliográficas 49 APÊNDICE 55 Apêndice A- Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) 55 ANEXO 58 Anexo A - Parecer comitê de ética 58

12 1. Introdução Tarefas motoras de qualquer natureza (e.g., da vida diária, de mobilidade, de manipulação de objetos, etc.) configuram uma relação dinâmica e cooperativa entre os segmentos corporais e o corpo em si que, ereto ou em outras posições, deve se manter relativamente estável. Para atingir metas funcionais nessas tarefas, o organismo deve compensar perturbações geradas pelas suas atividades metabólicas e ajustar sua orientação postural com referência ao vetor da força gravitacional (PETERKA, LOUGHLIN, 2004). Estratégias corretivas por meio do sistema de controle postural garantem orientação e estabilidade postural que preservam ou retomam o alinhamento e o controle dos diversos segmentos corporais (tronco e cabeça) durante a execução de movimentos voluntários. Quando em pé, a estabilidade postural depende do centro de massa que, em sua projeção vertical, deve manter-se dentro da base de suporte. Se o limite dessa base é ultrapassado, o indivíduo usa os recursos dos ajustes posturais com movimentação dos membros e tronco e busca também por referências de apoio no ambiente (e.g., uma parede para se escorar) para que uma queda seja evitada (RIEMANN; GUSKIEWICZ,2000). O processo envolvido na estabilidade postural e na orientação do corpo no espaço atualiza continuamente a informação que emerge das interações sensório-motoras automáticas (e.g., sistema vestibular, somatosensório, visual) e dos mecanismos de ação-percepção (e.g., sistema háptico) durante atividades exploratórias (TING, 2007). Cada sistema sensório-motor é responsável por fornecer ao sistema nervoso central informação específica para que os ajustes posturais aconteçam (SHUMWAY-COOK; WOOLLACOOT, 2010). Gibson (1966) destaca que por meio de mecanismos de ação voluntária e exploratória, como por exemplo, o toque dinâmico, o sistema háptico capta informação do ambiente que auxilia o organismo em um efetivo controle da postura. Diversos estudos foram propostos para entender a influência da informação háptica no controle postural (HOLDEN, VENTURA, LACKNER, 1994; JEKA, LACKNER, 1995; MAUERBERG-DECASTRO, 2004). Os autores demonstraram que o toque leve dos dedos (<1 N) minimiza a oscilação postural durante a realização de tarefas de equilíbrio (DICKSTEIN; LAUFER, 2004; JEKA; LACKNER, 1994, 1995). De acordo com Burton (1993), a percepção háptica mediada por elementos não biológicos (rígidos ou não rígidos) permite um contato indireto com a informação alvo do ambiente (e.g., tocar com uma bengala 10

13 uma superfície fora do alcance para obter dados sobre sua inclinação) com finalidade funcional similar aos contatos diretos entre detectores conectados às estruturas neurais e o meio ou superfície do objeto alvo. Anexos ao corpo, elementos não biológicos tornam-se ferramentas complementares às ações exploratórias e geram uma quantidade significativa de detalhes (MAUERBERG-deCASTRO; MORAES; TAVARES. FIGUEIREDO; MIRANDA; COSTA, 2014). O uso de bengalas por deficientes visuais, ou até mesmo para pessoas idosas, é um exemplo. Por meio desta ferramenta é possível não só facilitar a manutenção da postura ereta durante a marcha (e.g., caso dos idosos), mas orientar-se no espaço sem o uso da visão (e.g., caso dos cegos). Em 2004, Mauerberg-deCastro realizou um estudo sobre o papel do sistema háptico no controle postural. Adultos, em uma tarefa postural em condição unipodal com restrição da visão, manejavam uma ferramenta não-rígida a qual ela denominou de sistema âncora. Este sistema âncora consiste em manipular em cada mão, de forma sutil, cabos flexíveis atados a cargas de massa variada, puxando-os o suficiente para esticá-los e, ao mesmo tempo, manter as cargas em contato com o solo. O propósito durante tarefas de equilíbrio é diminuir a oscilação postural. O uso desse sistema foi testado em diversas populações e condições de restrição na tarefa postural e os resultados consistentemente apontam para uma diminuição na oscilação (MAUERBERG-deCASTRO, 2004; MAUERBERG-deCASTRO, CALVE, VIVEIROS, POLANCZYK, COZZANI, 2003). Assim, quando utilizado o sistema âncora, um indivíduo é capaz de obter informação háptica mediada por ferramentas não-rígidas para atingir o objetivo de outra tarefa, ou seja, preservar a orientação postural. Os achados dos efeitos estabilizadores da postura com o uso do sistema âncora ilustram como o processo de detecção de informação do ambiente, distal ao corpo e mediado pela ferramenta âncora, depende da relação quase-estável no contato entre a superfície de apoio do corpo e a porção distal das âncoras, especialmente nas tarefas de postura quieta (MAUERBERG-deCASTRO et al., 2014). Esta relação é proporcionada pelo próprio participante que é instruído a esticar os cabos do sistema âncora ao mesmo tempo que mantém as cargas sobre a superfície de suporte. A configuração da ancoragem também aparece em contextos de tarefas dinâmicas como a marcha quando os participantes arrastam as cargas durante o deslocamento. Estudos com o sistema âncora em condições onde a porção distal não exibe um contato estável entre a superfície de apoio e as âncoras também mostram que soluções na tarefa postural integram dados quase-estáticos (PÉRICO, MAUERBERG- 11

14 decastro, PESTANA, PORTO, MAGRE; PACHECO, 2013; MAUERBERG-deCASTRO, MELO; PÉRICO, 2011; MAUERBERG-deCASTRO, MORAES, TAVARES, PESTANA, PORTO; DIAS, 2013A; MAUERBERG-deCASTRO, TAVARES, COSTA, PÉRICO, PESTANA, & PORTO, 2013b). No estudo de Périco et al.(2013), um grupo de indivíduos saudáveis realizou uma tarefa de andar vendado sobre uma trave de equilíbrio ao mesmo tempo que conduzia um cão. O objetivo era observar a influência da percepção háptica na oscilação postural obtida por meio do manejo da guia do cão, durante uma tarefa postural dinâmica desafiadora. Nas condições em que os participantes foram privados da visão, houve uma melhora significativa nas variáveis analisadas da marcha em comparação com a condição sem o cão. Mesmo sendo o cão uma fonte de perturbação devido a sua imprevisibilidade comportamental, o indivíduo foi capaz de detectar a informação háptica necessária para reduzir a oscilação postural durante o deslocamento na trave de equilíbrio. A integração da perturbação no contexto da ancoragem dinâmica onde a ancoragem distal é imprevisível levanta a questão da natureza da informação e o conceito de eficiência para a solução de uma tarefa. A orientação no espaço depende da coerência dos dados durante uma tarefa de ancoragem háptica, entretanto, parece que o indivíduo sob a imposição de uma restrição significativa (i.e., permanecer sobre uma superfície restrita mesmo sem input visual e recebendo inesperados solavancos pela guia de um cão em movimento) acaba resumindo uma atitude funcional que resulta em amortecer a movimentação inesperada (do cão) e extrair referências para a orientação na vertical. O cão também está ancorado no participante humano que usa a guia como elemento de controle com movimentos de restrição na direção e velocidade do deslocamento do cão. A questão no presente estudo é analisar se um indivíduo é capaz de superar as perturbações geradas pelo próprio corpo sujeito à desestabilização numa tarefa postural desafiadora. Pode a oscilação durante a execução de uma tarefa de equilíbrio diminuir durante um contexto onde a ancoragem é realizada com fixação distal das âncoras em partes corporais do próprio indivíduo? Ainda, a localização destes pontos de fixação das âncoras (i.e., distal ou proximal ao solo) e os respectivos graus de liberdade (i.e., cintura escapular, cintura, joelho e tornozelo) tem um papel na eficácia da ancoragem? 12

15 2. Revisão da literatura A manutenção da postura quieta em posição de ortostatismo bipedal está associada a um processo naturalmente instável (PETERKA, 2004). Tal manutenção da postura, é fundamental para execução segura da maior parte dos movimentos (WINTER,1995). É impossível encerrar a oscilação natural do corpo para parâmetros de total imobilização. De acordo com Cupps (1997), o controle postural pode ser definido como a habilidade de um indivíduo de assumir e manter o corpo em uma posição estável, mas nunca isenta de oscilação, tanto durante uma tarefa estática quanto dinâmica. O controle postural se dá com a interação de inputs sensoriais e mecanismos de ação, tendo como principais funções a orientação corporal, manter o alinhamento da cabeça e tronco em relação à força gravitacional, e manter a projeção vertical do centro de massa dentro da base de suporte (HORAK, 2006; TING, 2007). O sistema nervoso central (SNC) integra as informações vindas do sistema sensorial e por meio de impulsos nervosos enviados aos músculos, inicia uma atividade motora adequada a fim de antecipar e/ou compensar possíveis perturbações à estabilidade postural (DUARTE; FREITAS, 2010; HORAK, SHARON, POLLOCK, 2000; KING, JUDGE, WOLFSON, 1994). Cada sistema sensorial (visual, vestibular, somatossensório) é responsável por enviar informações específicas ao SNC sobre posição e movimento do corpo (SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 2010). O sistema visual é considerado um dos mais informativos para o controle da postura. Ele transforma a luz refletida nas superfícies e objetos em sinais elétricos e, por meio do nervo ótico, os envia ao SNC de modo a constituir informação à respeito da posição e do movimento do corpo em relação ao ambiente (McCOLLUM, SHUPERT, NASHNER, 1996). Buckley, Heasley, Scally e Elliott (2005) demonstraram em idosos saudáveis que a restrição da visão (utilizando óculos que tornavam a visão embaçada) durante o subir e descer de uma plataforma de força aumenta a oscilação postural. Entretanto Jeka, Oie e Kiemel (2000) afirmam que o sistema de controle postural, dependendo do contexto da tarefa a ser executada, é capaz de priorizar qual a importância da informação de cada sistema sensorial. Assim, mesmo com a visão desempenhando um papel central à serviço do controle postural, quando há privação da mesma, ocorre um repesamento da informação vinda dos outros sistemas (vestibular e somatossensorial). (MATRANGOLA; MADIGAN, 2011) 13

16 O sistema vestibular é responsável por integrar no SNC dados sobre a posição e o movimento do corpo em relação às forças gravitacional e inercial. Receptores localizados nos órgãos otolíticos são sensíveis à aceleração linear, e receptores dos canais semicirculares são sensíveis à aceleração angular da cabeça (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2008; SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 2010). A ausência de informação vestibular pode trazer prejuízos no controle postural durante o andar ou em desequilíbrios, como tropeços e passos em falso (HORAK, 2006), além de descompensar dados funcionais da conexão com o sistema visual, causando nistagmos, alteração do tônus muscular pela inconsistência entre sinal vestibular e sinais somatossensórios trafegando ao longo da coluna vertebral, e sensações de vertigem e náusea que culminam no desconforto geral (MAUERBERG- DECASTRO; MELO; PÉRICO, 2011). O sistema somatossensorial é composto de receptores cutâneos e localizados nos músculos e tendões, responsáveis por captar informação sobre a posição do corpo em relação à superfície e aos demais segmentos corporais. Nos músculos são encontrados dois mecanoreceptores proprioceptivos: os fusos musculares e os órgãos tendinosos de Golgi que, além de detectarem a informação proprioceptiva também detectam perturbações e acionam respostas rápidas para o controle postural (HORAK; MACPHERSON, 1996; SHUMWAY- COOK; WOOLLACOTT, 2010). Um sistema de informação complementar ao controle postural que integra informações táteis e influência nos mecanismos de ação, por meio de uma atividade exploratória e deliberada é o sistema háptico. Através da exploração mecânica de superfícies, o sistema háptico integra inputs do tato dinâmico e somatossensitivos (cinestésicos) para orientar o corpo no espaço (BURTON, 1993; GENTAZ; BAUD-BOVY; LUYAT, 2008; RILEY; STROFREGEN; GROCKI; TURVEY, 1999). A deformação temporária do tecido cutâneo durante a percepção háptica é estimulada por parâmetros mecânicos. Nesta modalidade de percepção, a informação é constituída de padrões de vibração e pressão decorrentes das forças mecânicas resultantes da exploração dinâmica. Informação háptica torna-se um evento funcional (diminuir oscilação corporal para extrair algum dado paralelo da tarefa postural, como determinar o comprimento, massa, altura, ou deformabilidade de um objeto) durante a movimentação dos segmentos corporais e seus tecidos em nível local ou macro, até o nível celular (MAUERBERG-deCASTRO, E. comunicação oral, 2018). O sistema háptico, enquanto um constructo conceitual sobre fenômenos da ação-percepção (MAUERBERG- 14

17 decastro, E. comunicação oral, 2018), pode detectar informação sobre o posicionamento espacial e determinar mecanismos para garantir o controle postural efetivo (GIBSON, 1966; TURVEY et al., 1992; PAGANO et al., 1994; PAGANO; TURVEY, 1995; CARELLO; TURVEY, 2000; BERNARDIN et al., 2005). De fato, a eficiência na redução da oscilação postural a partir de dados sutis de input háptico pode ser ilustrada em inúmeros experimentos com toque leve (BOLTON; McILROY; STAINES, 2011; HOLDEN; VENTURA; LACKNER, 1994; JEKA, 1997; JEKA; LACKNER, 1994; VUILLERME, ISABLEU; NOUGIER, 2006) Sistema háptico e controle postural Jeka e Lackner (1994) desenvolveram um estudo onde os participantes deveriam permanecer em posição tandem, postura ortostática ao mesmo tempo em que tocavam uma superfície rígida com apenas um dedo. Eles demonstraram que o toque leve (< 1 N) na superfície rígida era suficiente para diminuir a oscilação postural de seus participantes durante uma tarefa de equilíbrio do corpo em posição quieta. Em estudo posterior, Jeka e Lackner (1995) observaram 50% de redução da oscilação corporal quando o toque leve era realizado em superfícies de diferentes texturas (áspera e lisa). Clapp e Wing (1999) confirmaram que, independente da superfície tocada, as contribuições do toque leve resultam em posições corporais mais estáveis. Essas evidências mostram que a informação háptica captada pelo leve contato com a superfície, sem que haja suporte mecânico ao corpo, reduz significativamente a oscilação corporal (BOLTON ET AL, 2011; HOLDEN et al., 1994; JEKA, 1997; JEKA;LACKNER, 1994; VUILLERME, ISABLEU; NOUGIER, 2006). Baccini et al. (2007) realizaram um estudo com 20 jovens e 20 idosos, no qual eles utilizaram a tarefa de permanecer em posição semi-tandem sobre uma plataforma de força nas condições com e sem visão e com variação na força de contato com a superfície (podendo ser sem toque na superfície, toque leve, ou toque forte). Os dois grupos exibiram maior estabilidade postural nas condições sem visão com toque quando comparados à condição sem visão sem toque. A maior redução na oscilação ocorreu na condição sem visão com toque forte. Além das superfícies rígidas, o toque leve também foi investigado em tarefas utilizando outras superfícies de contato. Lackner, Rabin, e Dizio (2001) utilizaram o toque 15

18 leve em experimentos com superfícies rígidas e não rígidas (filamentos flexíveis). Os resultados mostraram uma redução na instabilidade postural em ambas superfícies, sendo a superfície rígida associada com maior redução na oscilação postural. Nagano et al. (2006) realizaram um estudo onde os participantes deveriam permanecer, durante a primeira parte do experimento, com os pés paralelos sob uma plataforma de força, com restrição da visão nas tentativas com os braços cruzados na frente do corpo, e com as pontas dos dedos tocando a parte superior da coxa sem que houvesse suporte mecânico. Posteriormente, os participantes realizaram uma sessão de treino que consistia em permanecer sobre uma prancha de equilíbrio por dez minutos. A partir disso, era realizada a segunda parte do experimento, a qual o participante deveria permanecer nas duas posições propostas na primeira etapa (braços cruzados a frente do corpo e toque leve dos dedos na coxa) na prancha de equilíbrio, e posicionados na plataforma de força. Nas duas partes do experimento, foram realizadas 8 tentativas, randomizadas, de 30 segundos cada. Ao final do estudo, os autores demonstraram que em ambas as condições experimentais, a maior redução da oscilação postural foi obtida durante as tentativas onde os participantes tocaram o próprio corpo. Essa redução foi ainda mais significativa quando houve um aumento da complexidade da tarefa, ou seja, nas posições sob o disco de equilíbrio, onde a informação sensorial obtida através do toque dos dedos, tornou-se relativamente importante. A redução da oscilação com o toque no próprio corpo foi de cerca de 7%, enquanto, como visto na literatura, a redução da oscilação postural com o toque em uma superfície externa pode chegar até a 60%, demonstrando um melhor aproveitamento do toque externo. Entretanto, essas superfícies não estão sempre disponíveis, tornando assim toque no próprio corpo mais acessível no evento de uma perturbação. 2.2 Ancoragem háptica Diante dos achados acerca da utilidade da informação háptica no controle da postura em contexto dinâmico, Mauerberg-deCastro et al. (2014), propôs que o modelo denominado sistema âncora 1 (sistema composto por dois cabos flexíveis, com cargas anexadas em suas 1 A tarefa de ancoragem tem por objetivo manter o equilíbrio do centro de massa do corpo (COM) dentro dos limites da base de suporte ao mesmo tempo que manipula um par de cargas suspensos por um cabo, porém mantidas em contato direto com uma superfície. Os cabos devem ser puxados com força suficiente para que o participante perceba a resistência das massas. O contexto da tarefa de ancoragem depende da intenção do participante que pode optar por ignorar as âncoras e não puxá-las; aumentar as forças de tração além da resistência 16

19 extremidades distais em contato com uma superfície) reflete uma função estocástica, embora não determinística, (i.e., não completamente previsível momento-a-momento, porém não completamente randômica) com possibilidades de respostas posturais congruentes (i.e., níveis de estabilidade que permitam a função postural adequada) com as variadas demandas da tarefa. No primeiro estudo sobre o sistema âncora publicado por Mauerberg-deCastro (2004), adultos jovens que utilizaram o sistema âncora com diferentes massas (1000g, 500g, 250g e 125g) mostraram que a crescente resistência das cargas das âncoras produzia o mesmo efeito estabilizador na postura. No estudo de Calve e Mauerberg-deCastro (2005) crianças de 5, 6 e 7 anos andando sobre uma trave de equilíbrio evidenciaram melhor desempenho quando o deslocamento foi associado ao uso do sistema âncora, exceto as de 5 anos que não mantiveram concentração suficiente na tarefa. Resultados positivos na estabilização postural com o uso do sistema âncora foram observados em idosos (MORAES & MAUERBERGdeCASTRO, 2009), em participantes com paralisia cerebral em pé sobre superfície instável (COSTA, 2014) e em adultos com deficiência intelectual, os quais foram testados em diferentes alturas de trave, mostrando resultados similares de eficiência no uso do sistema âncora, sugerindo melhor aproveitamento nas alturas mais desafiadoras (MAUERBERGdeCASTRO et.al., 2010). Pacheco (2015) realizou um estudo com vinte e nove adultos jovens onde os participantes deveriam permanecer na posição tandem, sobre uma trave de equilíbrio apoiada sobre uma plataforma de força. Ao mesmo tempo, esses participantes mantinham um cabo flexível (âncora) com a porção distal presa a células de carga em contato com o solo e a porção proximal do cabo anexada ou à mão, ou punho, ou cotovelo. Com o objetivo de investigar os efeitos de diferentes pontos de contato corporal e a orientação segmentar sobre o controle postural em tarefas com o uso da ferramenta flexível sistema âncora, os resultados demonstraram que a ancoragem melhora o controle postural independente do ponto de contato corporal da porção proximal das âncoras. Este resultado mostra que o indivíduo preserva (perceptualmente) constante ou invariante as propriedades físicas (por meio da vibração, oferecida, levantando-as da superfície de contato; equilibrar as forças puxadas entre as duas mãos; ou, ignorar uma das âncoras (MAUERBERG-deCASTRO et al.,2014). Normalmente, a meta é encontrar uma forma de manejo que, dentro das regras de ancoragem, ou seja, sem retirar as cargas do solo, reflita-se na estabilização da postura do corpo como um todo. 17

20 inércia, momento de inércia, etc.) acessadas durante a configuração (dinâmica) da estrutura espaço-temporal do ambiente da tarefa. Os pontos de contato corporal, neste estudo, parecem refletir uma estrutura similar de desafios, portanto, os pontos onde o sistema âncora intersecta preservam as estratégias de ancoragem háptica indistintamente. Com o objetivo de verificar a eficácia da ferramenta quando acoplada a diferentes segmentos corporais, Silva, Santos e Moraes (2016) testaram trinta idosos que permaneceram sobre uma plataforma de força em posição semi-tandem sob cinco condições experimentais, sem âncora, âncora-mão, âncora nas mãos com presilhas, âncora nos antebraços presas com presilhas e âncoras nos ombros presas com presilhas. Os resultados apresentados pelos autores apontam que o sistema âncora quando em contato com o antebraço e com a mão, apresentaram redução semelhante na oscilação postural. Entretanto, quando tal sistema esteve em contato com o ombro, nenhuma diferença foi detectada. Périco et al. (2013), replicando o contexto de ancoragem háptica através do manejo da guia durante a condução de um cão, analisaram o papel da imprevisibilidade da informação háptica. Essa imprevisibilidade teve origem na porção distal da âncora que, neste caso, caracterizou-se pela resistência intermitentemente do cão em movimento que, por sua vez, foi transmitida pela guia (i.e., o cabo de ancoragem). O experimento contou com a participação de 14 sujeitos que realizaram a tarefa de andar sobre uma trave de equilíbrio. As condições experimentais, randomizadas, consistiam em andar independente com e sem visão e andar conduzindo o cão. Uma condição controle sempre incluiu a tarefa postural sem o cão. Os autores observaram melhora nas variáveis de marcha durante as tentativas de privação da visão com a simultânea condução de um cão. Tais resultados informam que o uso da guia do cão foi uma ferramenta não-rígida integrada no contexto imprevisível da tarefa (i.e., a movimentação do cão), mas que possibilitou a detecção da informação háptica pelos participantes, contribuindo para a manutenção da estabilidade durante a marcha. Esta é uma situação que reflete a ancoragem háptica entre fontes de informação dinâmica (e.g., o indivíduo e o cão (MAUERBERG-deCASTRO et al., 2014). A utilização da informação háptica, tanto em superfície externa fixa quanto em contato com superfícies dinâmicas, mediada ou não por ferramentas (e.g., toque leve e sistema âncora), com variados pontos proximais de contato no próprio corpo, traz benefícios na redução da oscilação postural, especialmente em tarefas desafiadoras. Por meio do sistema âncora, o organismo também é capaz de captar informação útil do ambiente para melhora do 18

21 controle postural, mesmo quando a porção distal da âncora está acoplada a um elemento biológico e, portanto, instável (i.e., condução de um cão). Seguindo tais premissas, neste estudo analisamos se a informação háptica proveniente da ancoragem realizada com a porção distal da âncora acoplada a diferentes pontos corporais também poderia ser eficaz para a redução da oscilação postural durante uma tarefa estática desafiadora (i.e., participante vendado com pés em posição tandem). Ainda, analisamos se o ponto de localização corporal de tal acoplagem distal faria diferença na eficácia da tarefa postural. 19

22 3. Justificativa Diante dos achados identificados na literatura sobre o papel do sistema háptico no controle postural, o sistema âncora configura uma notável alternativa com simples configuração experimental sobre a forma como o ser humano extrai dados dinâmicos do meio para a finalidade elementar da posição bípede (i.e., permanecer estável). Testar a eficácia de tal ferramenta, quando acoplada distalmente a diferentes pontos corporais (i.e., cintura escapular, cintura, joelho e tornozelo) em tarefas posturais desafiadoras (restrição da visão e da base de suporte, ou posição tandem) permite expandir nosso entendimento sobre a pertinência (ou não) da linearidade na detecção de informação. Ancorar no próprio corpo, se de fato eficiente, caracteriza um modo acessível de estimulação, pois reflete aplicações na vida diária onde indivíduos sob algum tipo de dificuldade podem buscar prontamente por estratégias para diminuir possíveis oscilações posturais. 20

23 4. Objetivo O objetivo geral do presente estudo foi investigar se o corpo, mesmo diante de uma tarefa postural desafiadora (i.e., restrição da base de suporte e da visão), consegue encontrar informações úteis para reduzir a oscilação corporal, por meio da ancoragem realizada no próprio corpo. Objetivo específico O presente estudo buscou investigar se a ancoragem tradicional (referência externa) apresenta diferença quanto a eficiência na redução da oscilação corporal, quando comparada com a ancoragem realizada no próprio corpo. Investigou-se também o papel da localização destes pontos de fixação das âncoras (i.e., distal ou proximal ao solo) e os respectivos graus de liberdade (i.e., cintura escapular, cintura, joelho e tornozelo) quanto à eficácia da ancoragem. 21

24 5. Predição Presumimos nesse estudo que: 1-) O organismo é capaz de obter informação háptica proveniente da ancoragem realizada no próprio corpo, possibilitando uma melhora nos efeitos de instabilidade postural gerados na posição desafiadora proposta (restrição da visão e base de suporte). 2-) Quando comparada com a ancoragem externa, a informação háptica vinda dos diferentes pontos corporais não é tão eficaz para a redução da oscilação postural. No caso da segunda forma de ancoragem, o corpo acaba sendo um contexto instável e até mesmo imprevisível para uma ancoragem háptica eficiente. 3-) Os pontos de ancoragem distal ou proximal do corpo (em relação à cabeça) podem mostrar diferentes taxas de oscilação frente à sua proximidade ao centro de massa corporal. Neste caso, os pontos de contato de ancoragem perto da cintura escapular e cintura ofereceriam melhores dicas háptica frente à flexibilidade de movimentos típicos nestas áreas e portanto, considerados úteis para reduzir a oscilação corporal. 22

25 6. Método 6.1 Participantes Participaram do estudo 27 voluntários (8 do sexo masculino, 19 do sexo feminino), com idade entre 18 e 40 anos (Tabela 1), fisicamente ativos. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Rio Claro, com o parecer nº (ANEXO A). Para a participação no estudo, os participantes foram orientados a assinar o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE A). Tabela 1. Média dos dados demográficos dos participantes do grupo experimental. Participante Idade Sexo Peso(kg) Estatura(m) AH 29 Feminino 80 1,70 IA 31 Feminino 68 1,65 GA 29 Feminino 63 1,67 EL 40 Feminino 65 1,71 LA 22 Feminino 69 1,61 BC 19 Feminino 52 1,62 JK 21 Feminino 58 1,73 GC 40 Feminino 71 1,72 ML 29 Feminino 92 1,63 TA 28 Feminino 89 1,65 CL 40 Feminino 79 1,70 VS 38 Feminino 75 1,65 RT 37 Feminino 55 1,70 JL 25 Feminino 52 1,68 NR 31 Feminino 95 1,70 RB 40 Feminino 74 1,72 AB 24 Feminino 58 1,69 SH 24 Feminino 72 1,60 PR 24 Feminino 69 1,55 RC 29 Masculino 85 1,75 RF 28 Masculino 61 1,79 DN 31 Masculino 65 1,70 PT 21 Masculino 75 1,65 CK 39 Masculino 93 1,71 WL 34 Masculino 69 1,73 JP 23 Masculino 56 1,72 LD 28 Masculino 68 1,73 Médias +/-29,77 +/-70,66 +/-1,68 23

26 Desvio Padrão 6,7 12,42 0, Critérios de inclusão Os critérios de inclusão no estudo requereram voluntários isentos de dor ou lesão nos seis meses antecedentes ao estudo, e sem alterações neurológicas, cardiovascular ou respiratória. Todos concordaram em participar do estudo, assinando o termo de consentimento. 6.3 Critérios de exclusão Foram excluídos do estudo os participantes que não conseguiram manter os dois pés em posição tandem (um pé na frente do outro, sendo que o pé de trás deve estar com o primeiro metatarso em contato com o calcâneo do pé da frente) dentro dos limites da plataforma de força (i.e., pessoas cuja numeração de calçados foi acima de 39). Também não foram incluídos os participantes que desistiram durante a avaliação ou não conseguiram completar a tarefa. 6.4 Equipamentos e materiais Para a realização do estudo utilizamos uma plataforma de força (AMTI, AccuGait, Watertown, MA, EUA) com frequência de aquisição de 120 Hz, a qual forneceu dados cinéticos. O software Balance Clinic foi utilizado para processar os sinais da plataforma de força e para o cálculo do COP. O programa Microsoft Excel foi utilizado para processar os gráficos das variáveis do estudo, e os programas Matlab e SPSS foram usados para análises de sinal dos dados do COP e para o processamento estatístico, respectivamente. 6.5 Procedimentos na tarefa Após a leitura do Termo de Consentimento e o esclarecimento de possíveis dúvidas, o voluntário era convidado a realizara tarefa experimental. Sem o uso de calçados ou meias o participante era instruído a subir na plataforma de força, com os pés em posição paralela (respeitando a mesma distância entre os ombros), sem privação da visão e sem o uso de âncoras, com o objetivo de coletar os dados de base da postura quieta. Todas as condições experimentais foram randomizadas, realizadas em duas tentativas de trinta segundos, em posição tandem, onde o participante escolhia o pé que seria mantido na frente e com restrição total da visão. Os participantes também foram instruídos a manter a posição dos braços, para 24

27 todas as condições, com o cotovelo próximo a cintura e com flexão de aproximadamente 90 graus. As diferentes condições incluíram uma condição controle, sem âncora, e as condições com a fixação do cabo de cada âncora em distintos pontos corporais. - Sem âncora; - Ancoragem no tornozelo duas faixas elásticas de três cm de espessura, com uma corda de nylon fixada no local por um mosquetão (Figura 1); - Ancoragem no joelho - duas faixas elásticas de três cm de espessura, com uma corda de nylon fixada no local por um mosquetão (Figura 2); - Ancoragem na cintura cinto feito com faixas laterais não elásticas de três cm de espessura, com parte traseira elástica de espessura três cm, fecho engate com grandes anéis laterais contendo a corda de nylon para a ancoragem fixada no local por um mosquetão (Figura 3); - Ancoragem na cintura escapular faixa não elástica de três cm de espessura com cortes para que fosse possível a passagem da corda de nylon para a ancoragem que foi fixada no local por um mosquetão (Figura 4); - Ancoragem tradicional duas cordas de nylon, com cargas de 250g anexas mantidas levemente esticadas e em contato contínuo com o solo (Figura 5). Os participantes foram instruídos para que mantivessem os cabos sempre esticados e, se preciso, com o aumento da instabilidade, poderiam puxá-los sem ultrapassar a força que foi utilizada na tarefa com a âncora tradicional. Antes do início da gravação dos dados, o participante tinha a oportunidade de praticar o contexto da tarefa, e somente quando conseguia manter a realização das tarefas postural e de ancoragem com eficiência, o experimentador iniciava a gravação da tentativa. Geralmente este período durava entre 8 e 10 segundos, aproximadamente. Movimentos discretos nas hastes foram permitidos para que os participantes mantivessem e/ou retomassem o equilíbrio, desde que não retirassem os pés da posição inicial. Caso isso acontecesse, a tentativa era cancelada e iniciada novamente. Como medida de segurança cada participante contou com o auxílio do experimentador que o ajudou no posicionamento sobre a plataforma, além de oferecer um apoio mecânico quando julgava risco eminente de queda. Quando o apoio ocorria, a tentativa era cancelada e reiniciada. 25

28 Figura 1. Ancoragem no tornozelo porção distal da âncora fixada no tornozelo. Figura 2. Ancoragem no joelho porção distal da âncora fixada no joelho. Figura 3. Ancoragem cintura porção distal da âncora fixada na cintura. 26

29 Figura 4. Ancoragem cintura escapular porção distal da âncora fixada na cintura escapular. Figura 5. Âncora tradicional porção distal da âncora em contato com a superfície. 27

30 7. Coleta de dados 7.1 Análises de dados Após coletados os dados via plataforma de força, os mesmos foram filtrados através do filtro digital Butterworth, 4ª ordem, passa baixa, com frequência de corte de 5 Hz. Os dados brutos gerados foram exportados através do software Balance Clinic com uma frequência de aquisição de 120 Hz para posterior processamento pelo software Matlab. A partir dos dados obtidos, utilizamos os valores do centro de pressão para calcular: - Trajetória-total do centro de pressão- TT-CP: somatória dos deslocamentos escalares do CP (anteroposterior e mediolateral) durante o tempo total de cada tentativa com o objetivo de obter uma medida geral de oscilação do CP. Essa variável reflete a taxa global da oscilação. - Área da elipse: variável relacionada com a dispersão dos dados do centro de pressão, calculada com o ajuste contendo 95% dos pontos do centro de pressão. - Amplitude média de oscilação: inicialmente é calculado o desvio padrão do deslocamento do centro de pressão para cada intervalo de 2 s (separadamente para as direções anteroposterior e mediolateral). Posteriormente, é calculada a média para todos os intervalos. Essa variável reflete os níveis de oscilação postural nas direções AP (anteroposterior) e ML (mediolateral). - Velocidade média de oscilação: calculada da trajetória total do CP dividida pela duração de cada tentativa para cada direção (anteroposterior e mediolateral), separadamente. Variável observada nas respostas posturais de regulação da oscilação do CP nas direções AP e ML. 7.2 Análises estatísticas Para todas as variáveis foram calculadas as médias e erro-padrão em cada situação experimental. Os dados da trajetória total do centro de pressão (TT-CP), da área da elipse, amplitude média de oscilação (AP e ML) e velocidade média de oscilação (AP e ML) foram submetidos à análise de variância ANOVA one-way com medidas repetidas para um fator (condição de tarefa) e duas observações (sem âncora x ancora tradicional; sem âncora x cintura escapular; sem âncora x cintura; sem âncora x joelho; sem âncora x tornozelo; ancora tradicional x cintura escapular; ancora tradicional x cintura; ancora tradicional x joelho; ancora tradicional x tornozelo); e cinco observações (sem âncora e quatro pontos de contato com âncora [cintura escapular; cintura; joelho; tornozelo]; âncora tradicional e quatro pontos 28

31 de contato com âncora [cintura escapular; cintura; joelho; tornozelo]). Se a ANOVA exibiu efeito principal em múltiplas observações, foi realizado o teste post hoc Bonferroni com o intuito de identificar diferenças entre os pares de cada condição no modelo estatístico. Os valores de partial eta squared (ηp 2 ) foram anotados para avaliar o efeito do tamanho da amostra e power effect, para observar o poder dos resultados. O nível de significância adotado para todas as análises foi de 0,05. Para tais procedimentos, utilizamos o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) software 22,0 (SPSS Inc., Chicago, IL, USA). 29

32 8. Resultados Os resultados foram organizados de acordo com os objetivos do estudo. Neste caso, o primeiro passo foi determinar se a ancoragem tradicional, assim como demonstrado na literatura, apresentava eficácia para a redução da oscilação postural. Todas as variáveis dependentes foram consideradas numa sequência de efeitos gerais das condições das tarefas em estudo sobre: a taxa de oscilação (TT-CP e área da elipse), efeitos na taxa de oscilação média no plano mediolateral (AM-ML), e os efeitos sobre os mecanismos de controle através da velocidade média também no plano mediolateral (VM-ML). Em seguida, verificamos se a ancoragem realizada nos diferentes pontos contato se mostrou eficiente para a redução da oscilação postural, quando comparada à condição sem âncora. Posteriormente, os pontos de contato corporal foram contrastados com a condição âncora tradicional para assim verificar a existência de alguma diferença entre estar ancorado em uma referência externa e estar com a âncora acoplada no próprio corpo. Por fim, a comparação foi realizada entre os pontos de contato corporal para verificar a influência desses pontos, distal ou proximal ao solo, quanto à sua eficiência Ancoragem tradicional Os resultados da taxa geral de oscilação corporal medida pela TT-CP, tendo por fator a condição sem âncora e âncora tradicional, submetidos a uma ANOVA one-way com medidas repetidas, mostraram efeito estatístico para a variável condição da tarefa (F 1, 26 = 31,99; p< 0,001; ηp 2 = 0,55; Power= 1,0) (Figura 6). A média do grupo na variável TT-CP, condição da tarefa com âncora foi menor (média= 128,8 cm) do que na condição sem âncora (média= 158,6 cm), refletindo uma redução (significativa) de 19% na taxa de oscilação postural. 30

33 Figura 6. Média e erro padrão do grupo para a variável trajetória total do centro de pressão (cm), TT-CT, para a condição sem âncora e âncora tradicional. Os resultados da área da elipse, ao contrário, não apontaram efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1, 26 = 2,78; p = 0,107; ηp 2 = 0,09; Power = 0,36). Embora a média do grupo na tarefa com âncora (média = 8,9 cm 2 ) tenha sido 16% menor (não significativa) do que a média da tarefa sem âncora (média = 7,5 cm 2 ), como mostra a Figura 7. Figura 7. Média e erro padrão do grupo para a variável área da elipse (cm2) para a condição sem âncora e âncora tradicional. A ANOVA (2 condições de tarefa: sem âncora e âncora tradicional) com medidas repetidas, calculada separadamente para direções da AMO, revelaram efeito estatístico na direção ML para a condição de tarefa (F 1,26 = 16,00; p< 0,001; ηp 2 = 0,40 Power =0,97), com uma redução (significativa) da oscilação de 10% (média= 0,6 cm) como ilustra a Figura 8. 31

34 Velocidade média de oscilação - ML (cm/s) Amplitude média de oscilação - ML (cm) 0.8 * Sem âncora Âncora tradicional Figura 8. Média e erro padrão do grupo para a variável amplitude média de oscilação (cm), AMO, na direção ML para a condição sem âncora e âncora tradicional. Em relação à variável velocidade média de oscilação para a direção ML (VM-ML), a ANOVA com medidas repetidas, revelou efeito significativo para condição de tarefa (F 1,26 = 8,81; p = 0,006; ηp 2 = 0,25 Power =0,81), aponta para a redução (significativa) da oscilação de 11% em contraste com a condição sem âncora (média=3,2 cm/s), assim como ilustra a Figura 9. 4 * Sem âncora Âncora tradicional Figura 9. Média e erro padrão do grupo para a variável velocidade média de oscilação (cm/s), VM na direção ML para a condição sem âncora e âncora tradicional Ancoragem com pontos de contato distal no próprio corpo A primeira estratégia na análise da ancoragem em diferentes pontos de contato no corpo foi comparar cada ponto com a condição sem âncora utilizando a ANOVA one-way. 32

35 Os resultados da TT-CP, tendo por fator a condição sem âncora e âncora contato cintura escapular, submetidos à ANOVA one-way com medidas repetidas, mostraram efeito estatístico para a variável condição da tarefa (F 1, 26 = 6,47; p= 0,017; ηp 2 = 0,20; Power= 0,69). A média do grupo na variável TT-CP, condição da tarefa com âncora cintura escapular foi menor (média= 143,6 cm) do que na condição sem âncora (média= 158,6 cm), refletindo uma redução (significativa) de 9% na taxa de oscilação postural. Na comparação com a âncora tradicional, a ANOVA one-way, medidas repetidas, detectou efeito para condição da tarefa (F 1, 26 = 8,75; p= 0,007; ηp 2 = 0,25; Power= 0,81). Entretanto, a direção (significativa) das diferenças entre médias foi contrária à anterior, revelando que a ancoragem tradicional é 11% mais eficiente (média = 128,8 cm) do que a ancoragem na cintura escapular (média = 143,6 cm). Os resultados de TT-CP da ancoragem na cintura comparada com a condição sem âncora, submetidos à ANOVA one-way, medidas repetidas, mostraram efeito para condição de tarefa (F 1, 26 = 8,35; p= 0,008; ηp 2 = 0,24; Power= 0,79). Neste ponto de contato da âncora com a cintura (média = 140,3 cm) a oscilação foi 12% menor (significativa) do que na condição sem âncora (média = 158,6 cm). Na comparação com a âncora tradicional, a ANOVA one-way detectou efeito para condição da tarefa (F 1, 26 = 8,51; p< 0,007; ηp 2 = 0,25; Power= 0,80), porém a direção da diferença também foi oposta, com valor médio de oscilação na tarefa com âncora tradicional (média = 128,8 cm) 9% menor que na ancoragem na cintura (média = 140,3 cm). Quando contrastada com os resultados de TT-CP na condição sem o uso da âncora e com a âncora acoplada no joelho, a ANOVA one-way, medidas repetidas, detectou efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1, 26 = 19,05; p< 0,001; ηp 2 = 0,42; Power= 0,99). Os valores médios apontam para uma redução da oscilação postural quando utilizada a ancoragem no joelho (média= 143,9 cm) de 9% em comparação a não utilização da mesma (média=158,6 cm). Na comparação entre a âncora tradicional e a ancoragem no joelho, os dados submetidos a ANOVA one-way, medidas repetidas, revelaram efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1, 26 = 18,05; p< 0,001; ηp 2 = 0,41; Power= 0,98). Entretanto a direção dessa diferença foi oposta, já que a ancoragem tradicional (média=128,8 cm) apresentou uma redução da taxa de oscilação de 12% o que torna a condição mais eficiente do que a ancoragem no joelho (média= 143,9 cm). 33

36 Trajetória total do centro de pressão -(cm) Trajetória total do centro de pressão -(cm) Para a ANOVA one-way, medidas repetidas, realizada na comparação entre a condição sem âncora e a ancoragem feita no tornozelo, na variável TT-CP, foi detectada um efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1, 26 = 9,94; p= 0,004; ηp 2 = 0,28; Power= 0,86). A diferença entre a taxa de redução da oscilação postural entre as condições de ancoragem no tornozelo (média= 138,6cm) e a condição sem âncora (média= 158,6cm) foi de 13%, demonstrando uma diferença significativa, com a taxa mais eficiente para a âncora no tornozelo. Tal direção se mostrou oposta na comparação com a ancoragem tradicional, onde a ANOVA one-way revelou efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1, 26 = 4,72; p= 0,039; ηp 2 = 0,15; Power= 0,55). A ancoragem tradicional (média=128,8 cm) apresentou uma redução de 8% (significativa) em contraste com a âncora no tornozelo (média= 138,6 cm). A análise entre os quatro pontos de contatos, via ANOVA one-way, medidas repetidas, não revelou efeito para a condição da tarefa (F 3, 98 = 0,655; p=0,582; ηp 2 = 0,025; Power= 0,182). A média do grupo na variável TT-CP não apresentou grande variação entre cintura escapular (média=143,6cm), cintura (média=140,3cm), joelho (média=143,9 cm), tornozelo (média=138,6 cm). A Figura 10 resume os resultados de forma comparativa entre as condições sem âncora e tradicional com aquelas cujo ponto de contato foi feito em diferentes partes corporais. As diferenças estatísticas refletem direções opostas entre uma figura e outra. 180 * 180 * Sem âncora Cintura escapular Cintura Joelho Tornozelo 0 Âncora tradicional Cintura escapular Cintura Joelho Tornozelo Figura 10. Média e erro padrão do grupo para a variável trajetória total do centro de pressão (cm), TT-CT nas condições sem âncora e âncora pontos de contato corporal (lado esquerdo) e condições âncora tradicional e âncora pontos de contato corporal (lado direito) A variável área da elipse tendo por fator a condição sem âncora e âncora contato cintura escapular, cujos resultados foram submetidos à ANOVA one-way, não mostrou efeito estatístico para condição da tarefa (F 1, 26 = 0,89; p= 0,355; ηp 2 = 0,033; Power= 0,15). Quando 34

37 tal comparação foi feita com a âncora tradicional, a ANOVA one-way também não demonstrou efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1, 26 = 0,607; p= 0,443; ηp 2 = 0,023; Power= 0,11). Para a condição com ancoragem na cintura, em contraste com a condição sem âncora, os resultados da variável área da elipse analisados através da ANOVA one-way, não mostraram efeito para condição da tarefa (F 1, 26 = 0,89; p= 0,353; ηp 2 = 0,03; Power= 0,14). Para a comparação com a âncora tradicional, a ANOVA one-way também não revelou efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1, 26 = 1,24; p= 0,276; ηp 2 = 0,04; Power= 0,19). A próxima comparação para a variável área da elipse foi realizada entre condição sem âncora e com as âncoras no joelho onde a análise estatística ANOVA one-way não revelou efeito estatístico para a condição tarefa (F 1,26 =1,438; p=0,241; ηp 2 =0,052; Power=0,211). Quando comparadas suas médias (condição sem âncora média= 8,9 cm 2 ; condição âncora joelho média=7,9 cm 2 ) é possível verificar que o uso da âncora no joelho se mostrou 12% mais eficiente (não significativa) em relação à taxa de oscilação postural em comparação a não estar ancorado. Na comparação entre âncora tradicional e a ancoragem no joelho, a ANOVA apresentou efeito estatístico para a tarefa (F 1, 26 =0,27; p= 0,608; ηp 2 = 0,010; Power= 0,079). Suas médias revelaram que a ancoragem tradicional (média=7,54 cm 2 ) apresentou uma redução (significativa) de 5% em contraste com a âncora joelho (média=7,91 cm 2 ). A ANOVA one-way para condições de tarefa sem âncora e âncora no tornozelo também não mostrou efeito estatístico (F 1,26 =0,383; p= 0,541; ηp 2 =0,015; Power=0,092). Quando comparada à condição âncora tradicional e âncora tornozelo para a variável área da elipse, a ANOVA one-way não detectou efeito estatístico da tarefa (F 1, 26 = 1,36; p= 0,253; ηp 2 = 0,05; Power= 0,203). Na comparação entre os quatro pontos de contatos para a variável área da elipse, a ANOVA one-way não revelou efeito para a condição da tarefa (F 3, 78 = 0,161; p= 0,923; ηp 2 = 0,006; Power= 0,078). A média do grupo na variável área não apresentou variações, cintura escapular (média=8,1 cm 2 ), cintura (média=7,9 cm 2 ), joelho (média=7,9 cm 2 ), tornozelo (media=8,4 cm 2 ). A Figura 11 resume os resultados, de forma comparativa, entre as condições sem âncora e tradicional com aquelas cujo ponto de contato foi feito em diferentes partes corporais para a área da elipse. As diferenças estatísticas refletem direções opostas entre uma figura e outra. 35

38 Figura 11. Média e erro padrão do grupo para a variável área da elipse (cm2), nas condições sem âncora e âncora pontos de contato corporal (lado esquerdo) e condições âncora tradicional e âncora pontos de contato corporal (lado direito). A próxima análise se deu com a variável AMO na direção mediolateral (ML). A ANOVA one-way com os dados obtidos na comparação entre as condições sem âncora e âncora cintura escapular na ANOVA one-way não revelou efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1, 26 = 2,874; p=0,102; ηp 2 = 0,100; Power= 0,372). Entretanto, quando em contraste com a âncora tradicional, a ANOVA one-way mostra efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1, 26 = 4,29; p= 0,045; ηp 2 = 0, 14; Power= 0,527). Desta forma, para o variável AMO-ML, a âncora tradicional (média=0,6 cm) apresenta uma redução (significativa) da oscilação postural de 8% em comparação com a âncora acoplada na cintura escapular (média=0,7 cm). O contraste entre a condição sem âncora e a condição cintura para a variável os dados da variável AMO-ML na comparação entre a condição sem âncora e âncora na cintura foram submetidos a uma ANOVA one-way e assim, foi encontrado efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1,26 = 6,27; p= 0,019; ηp 2 = 0,19; Power= 0,67). Observando a média do grupo para tais condições na variável AMO-ML, a ancoragem na cintura (média=0,67 cm) foi mais eficiente na redução (significativa) da oscilação postural em 7% quando comparada a condição sem âncora (média=0,72 cm). Para a comparação entre a ancoragem tradicional e a âncora na cintura, a variável AMO-ML após a ANOVA one-way não apresentou efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1,26 = 1,06; p= 0,311; ηp 2 = 0,39; Power= 0,17). A diferença na média do grupo demonstrou que a âncora tradicional (média=0,65 cm) foi apenas 3% mais eficiente na redução (não significativa) da taxa de oscilação postural do que âncora na cintura (média=0,67 cm). 36

39 Na comparação entre as condições sem âncora e âncora joelho, para a variável AMO- ML, a ANOVA one-way revelou efeito estatístico para a condição tarefa (F 1, 26 = 5,7; p= 0,024; ηp 2 = 0,180; Power= 0,634). Comparando as médias das condições, a diferença entre a oscilação postural da âncora no joelho (média=0,67 cm) se mostrou 7% mais eficiente na redução da oscilação postural do que a condição sem âncora (média=0,72 cm). Para o contraste entre a âncora tradicional e a ancoragem no joelho a ANOVA não apresentou efeito estatístico para a tarefa (F 1, 26 = 2,02; p< 0,150; ηp 2 = 0, 078; Power= 0,30). Suas médias revelaram que a ancoragem tradicional (média=0,65 cm) apresenta uma redução de 3% em contraste com a âncora joelho (média=0,67 cm). Da comparação entre a condição sem âncora e a ancoragem no tornozelo, na variável AMO-ML, a ANOVA one-way apresentou efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1, 26 = 5,80; p= 0,023; ηp 2 = 0, 183; Power= 0,641) na comparação entre condição sem âncora e ancoragem no tornozelo. Esse resultado aponta que a âncora no tornozelo (média=0,69 cm) propicia uma redução (significativa) na oscilação postural de 5% em comparação com a condição sem âncora (média=0,72 cm). Já quando essa comparação se dá em relação entre ancoragem tradicional e âncora no joelho, a ANOVA one-way não revela efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1, 26 = 1,38; p= 0,251; ηp 2 = 0, 050; Power= 0,20). Para tal contraste a âncora tradicional (média=0,65 cm) apresenta uma oscilação postural de 3% menor em relação à âncora no tornozelo (média=0,69 cm). Finalmente, quando comparado os quatro pontos de contatos para a variável AMO- ML, a ANOVA one-way não revelou efeito para a condição da tarefa (F 3, 78 = 0,299; p< 0,826; ηp 2 = 0,011; Power= 0,105). A Figura 12 resume os resultados de AMO-ML, de forma comparativa, entre as condições sem âncora e tradicional com aquelas condições cujos pontos de contato foram feitos em diferentes partes corporais. 37

40 Figura 12. Média e erro padrão do grupo para a variável amplitude média de oscilação (cm) mediolateral (AMO-ML), nas condições âncora tradicional e âncora pontos de contato corporal (lado esquerdo) e condições âncora tradicional e âncora pontos de contato corporal (lado direito). A variável VM foi analisada na direção mediolateral (VM-ML). Na comparação entre a condição sem âncora e ancoragem feita na cintura escapular, após à ANOVA one-way, o efeito estatístico não foi significativo para condição da tarefa (F 1, 26 = 0,28; p= 0,600; ηp 2 = 0,01; Power= 0,080). Comparando as médias dessas condições, a âncora acoplada na cintura escapular (3,50 cm/s) apresenta uma redução (não significativa) da oscilação postural de apenas 2% comparada à condição sem âncora (média=83,6 cm/s). Assim, como no contraste com a âncora tradicional, a análise ANOVA one-way não demonstra haver um efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1, 26 = 8,92; p= 0,060; ηp 2 = 0, 256; Power= 0,82). Desta forma, para a variável VM-ML, a âncora tradicional (média=3,17 cm/s) apresenta uma redução (significativa) da oscilação postural de 10% em comparação com a âncora acoplada na cintura escapular (média=3,50 cm/s). Para a variável VM-ML na comparação das condições sem âncora e ancoragem na cintura, as análises da ANOVA one-way não revelaram efeito estatístico para a condição tarefa (F 1, 26 = 1,60; p= 0,217; ηp 2 = 0, 058; Power= 0,230). Para o contraste entre a âncora tradicional e a ancoragem na cintura, na direção ML, a ANOVA também não apresentou efeito estatístico para a tarefa (F 1, 26 = 3,11; p= 0,089; ηp 2 = 0, 107; Power= 0,39). Na comparação entre a condição sem âncora e ancoragem feita no joelho, a variável VM-ML após ser submetida a ANOVA one-way não revelou efeito estatístico para a condição 38

41 tarefa (F 1, 26 = 2,64; p= 0,116; ηp 2 = 0, 092; Power= 0,347). Comparando as médias das condições, a diferença entre a redução (significativa) da oscilação postural da âncora no joelho (média=3,42 cm/s) se mostrou 4% maior do que a condição sem âncora (média=3,56 cm/s). Na comparação entre âncora tradicional e a ancoragem no joelho, a ANOVA apresentou efeito estatístico para a tarefa (F 1, 26 = 7,71; p= 0,010; ηp 2 = 0, 229; Power= 0,76). Suas médias revelaram que a ancoragem tradicional (média=3,17 cm/s) apresentou uma redução (significativa) de 8% em contraste com a âncora joelho (média=3,42 cm/s). Finalmente, a comparação entre a condição sem âncora e a ancoragem no tornozelo, variável VM-ML, a ANOVA one-way não apresentou efeito estatístico para a condição da tarefa (F 1, 26 = 2, 4; p=0,132; ηp 2 = 0, 085; Power= 0,32) na comparação entre condição sem âncora e ancoragem no tornozelo. Esse resultado aponta que a âncora no tornozelo (média=3,35 cm/s) propicia uma redução (não significativa) na oscilação postural de 6% em comparação com a condição sem âncora (média=3,56 cm/s). Da ancoragem tradicional e âncora no tornozelo, a ANOVA one-way também não revelou efeito estatístico para a tarefa (F 1, 26 = 2,66; p=0,115; ηp 2 = 0, 093; Power= 0,34). A âncora tradicional (média=3,17 cm/s) apresentou uma redução (não significativa) da oscilação postural de 6% em contraste com a âncora no tornozelo (média=3,35 cm/s). Quando contrastados os diferentes pontos de contato, a variável VM-ML também não revelou efeito para a condição de tarefa (F 3, 78 = 0,745; p= 0,529; ηp 2 = 0,028; Power= 0,202). A média do grupo na variável AP não apresentou variações entre cintura escapular (média=2,53 cm/s), cintura (média=2,48 cm/s), joelho (média=2,57 cm/s), tornozelo (media=2,48 cm/s); na direção ML os valores foram: cintura escapular (média=3,50 cm/s), cintura (média=3,39 cm/s), joelho (média=3,42 cm/s), tornozelo (media=3,35 cm/s). A Figura 13 resume os resultados, de forma comparativa, entre as condições sem âncora e tradicional com aquelas condições de ancoragem cujos pontos de contato foram feitos em diferentes partes corporais. As diferenças refletem direções opostas entre uma figura e outra. 39

42 Figura 13. Média e erro padrão do grupo para a variável velocidade média de oscilação(cm/s) mediolateral (VM-ML), nas condições sem âncora e âncora pontos de contato corporal (lado esquerdo) e condições âncora tradicional e âncora pontos de contato corporal (lado direito). Das variáveis representativas da taxa de oscilação (TT-CP, área da elipse e e AMO- ML), a ancoragem tradicional mostrou menores valores de oscilação em todas as comparações com a condição sem âncora, exceto área da elipse, a qual exibiu valores semelhantes entre estas duas condições. A variável global representativa da regulação da oscilação do CP no controle postural, velocidade média na direção ML, mostrou que a ancoragem tradicional é mais eficiente e os valores foram menores do que na condição sem âncora. Na comparação entre as condições sem âncora e as condições de ancoragem em pontos de contato corporal, diferentes das variáveis representativas da taxa de oscilação (TT-CP, área da elipse e AMO-ML), a condição sem âncora mostrou valores aumentados na oscilação corporal em relação às quatro condições com ancoragem em pontos de contato corporal para TT-CP e em três das quatro condições para AMO-ML. Área da elipse não detectou diferenças entre as comparações. Na comparação entre as condições da âncora tradicional e as condições de ancoragem em diferentes pontos de contato corporal apresenta diferença significativa na variável TT-CP para todos os pontos de contato. Em relação a AMO-ML somente a condição cintura escapular se diferenciou da âncora tradicional, já para a VM-ML essa diferença foi demonstrada diante das comparações com a âncora cintura escapular e âncora joelho. A área da elipse não se mostrou sensível para tal comparação, apresentado assim, resultados não significativos estatisticamente. Já para a comparação entre os pontos de contato, em nenhuma das variáveis foi detectada diferença significativa. 40

43 9. Discussão O objetivo do presente estudo foi investigar se a perturbação intrínseca gerada pelo próprio corpo, desestabilizado por causa de tarefa postural desafiadora, pode ser fonte de informação útil (i.e., resultar em diminuição de níveis de oscilação corporal) durante uma tarefa de ancoragem háptica. O contexto experimental deste tipo de ancoragem foi a fixação distal das âncoras feita em diferentes partes corporais do próprio indivíduo. Ainda, analisar se a localização destes pontos de fixação das âncoras (i.e., distal ou proximal ao solo) reflete ou não eficácia na ancoragem. Este estudo também teve o propósito de corroborar resultados observados com a ancoragem háptica tradicional na literatura. Observamos nos nossos resultados, de maneira geral, que a informação háptica decorrente da ancoragem em pontos distais do próprio corpo aparentemente apresenta uma menor oscilação postural quando comparado a tarefa em que o corpo não recebe nenhum tipo de informação háptica suplementar. A princípio, a redução da taxa de oscilação corporal durante o uso do sistema âncora na sua forma tradicional, em contraste com a condição sem âncora, foi confirmada em todas as variáveis investigadas, exceto na variável área da elipse. O contexto experimental da ancoragem tradicional neste estudo e seus resultados estão em sintonia com os achados da literatura sobre o processo de integração da informação háptica adicional com o uso de ferramentas não rígidas (SANTOS et al., 2015; MAUERBERG-deCASTRO et al., 2013a). O sistema âncora converge a informação do uso das hastes flexíveis, e a forma dinâmica como o indivíduo capta a informação, reflete a extensão da demanda da tarefa postural e a extensão da perturbação intrínseca que resulta em maior ou menor oscilação postural. Se o indivíduo exibe extrema dificuldade em controlar o equilíbrio, o sistema âncora acaba dissociado da tarefa postural como um sistema cooperativo (MAUERBERGdeCASTRO, 2004; MAUERBERG-deCASTRO, et al., 2014). A função cooperativa da ancoragem háptica como dupla tarefa ao sistema postural resulta em extrair dados de orientação sobre a posição do corpo no espaço (MAUERBERG-deCASTRO et al., 2013b). Para Mauerberg-deCastro (2013b), a referência espacial detectada pela resistência das massas sobre a superfície de apoio cria vetores de orientação a partir de forças inerciais e gravitacionais. No caso da ancoragem no próprio corpo, os vetores inerciais vêm da oscilação inerente do próprio corpo e da resultante do seu centro de pressão como um todo sobre a 41

44 superfície terrestre. Dado o fato de que o corpo sofre inúmeras confluências de forças mecânicas de seus tecidos e estruturas biológicas em constante movimento (e.g., respiração, líquidos em movimento, estados de tônus em modulações contínuas, etc.), o contexto intrínseco é esperado ampliar a perturbação postural (CARELLO et al., 2008; TURVEY; FONSECA, 2014) Em nosso estudo, a ancoragem nos diferentes pontos de contato distal no próprio corpo possibilitou uma redução da oscilação postural, quando comparada com as condições em que não foram utilizadas as âncoras, nas variáveis TT-CT e AMO-ML. A VM-ML do ponto de contato joelho foi a única a exibir menor velocidade média em contraste com a condição sem âncora. A direção mediolateral é possivelmente a direção mais suscetível à perturbação por causa da posição tandem dos pés. Isso significa, em parte, que a informação háptica foi reaproveitada na maioria dos contextos de tarefa com ancoragem no próprio corpo. A área da elipse, a AMO-AP e VM-AP mostraram valores inalterados pela manipulação da ancoragem em pontos de contato do corpo. Estas evidências reforçam parcialmente a possibilidade de que a eficiência para a solução da tarefa postural depende da coerência dos dados durante uma tarefa de ancoragem háptica. Ou seja, a ancoragem tradicional converge o input sobre referências espaciais que vão ser incorporadas na solução da tarefa. Se tomarmos por informativa a variável TT-CP, a qual confirmou a melhor eficiência da ancoragem tradicional na diminuição da taxa de oscilação corporal em comparação com qualquer outra condição de ancoragem com pontos de contato corporal, os participantes não tiveram o mesmo êxito em superar as perturbações geradas pelo próprio corpo frente à demanda da tarefa postural. Ao que parece quando a ancoragem é realizada no próprio corpo (independente do ponto de contato), também pode ser eficiente para a redução da oscilação postural, principalmente quando há uma privação da referência externa. Por outro lado, o fato de que algumas comparações das condições de ancoragem em diferentes pontos de contato corporal resultaram em um contraste significativo com a condição sem ancora (i.e., oscilação corporal diminuída pela oportunidade de ancoragem), e o fato da ampla variabilidade na resposta comportamental do grupo nas demais variáveis e comparações gerarem ausência de efeito estatístico contra a condição ancora tradicional, juntos podem indicar que a perturbação intrínseca do sistema postural competiu parcialmente com o fenômeno de ancoragem. Esta competição limitou a detecção da informação háptica, via ancoragem, sobre o atual alinhamento corporal em relação à superfície. Mas tal limitação 42

45 não foi irrestrita, o que nos permite deduzir que a referência advinda da tração das cordas em cada ponto de contato corporal foi, em parte, capaz de produzir respostas informativas para a redução da oscilação postural. A questão aqui é, se o corpo mesmo oferecendo dados do input de seu estado instável condiciona um padrão informativo háptico de referência para a orientação na vertical (mesmo que parcial), qual o mecanismo responsável por isso? Um ponto de discussão é a possibilidade de que a informação háptica, a partir da manipulação dos cabos, dependa da competência do sistema postural em reduzir níveis de oscilação à serviço da tarefa de ancoragem. A eficiência da redução da oscilação postural com o uso do sistema âncora, segundo Mauerberg-deCastro (2004), pode ser resultado da característica supra-postural que a ancoragem háptica apresenta. Morioka, Hiyamizu e Yagi (2005) oferecem um contexto experimental para demonstrar a função supra-postural numa tarefa de equilíbrio estático. Para eles, a simultânea execução de uma tarefa de equilíbrio e a de segurar um peso à frente do corpo, ou segurar um peso sobre uma bandeja, ou segurar um copo de água sobre uma bandeja reflete a extensão da informação supra-postural. Os resultados apontam para uma maior redução da oscilação postural na condição com o copo de água. De acordo com os autores, tal direção dos dados se dá pelo fato da condição com o copo demandar uma atenção por parte do participante. Assim, o corpo aquieta a postura para não derrubar o copo de água, confirmando o papel da tarefa supra-postural. Em nosso estudo, no contexto da tarefa de equilíbrio, o participante deve aquietar a postura para atender a demanda da tarefa de manipular o sistema âncora (i.e., a demanda inclui manter os cabos de ancoragem esticados, mas sem imprimir força excessiva na puxada). O resultado é que o sistema de controle postural acaba recebendo inputs de referência espacial úteis para estabilizar o próprio corpo (RILEY, STOFFREGEN, GROCKI, TURVEY, 1999). Nesses casos, como a tarefa de controle postural demanda atenção para controlar as âncora, a melhora do desempenho postural pode indicar que a tarefa supra-postural está gerando uma integração entre as tarefas de ancoragem e a postural. Dessa maneira o corpo precisa reduzir sua taxa de oscilação para poder realizar outra tarefa, no nosso caso a tarefa de ancoragem. Ao realizar a manipulação das âncoras o corpo recebe informações externas importantes para se orientar no espaço. Fato que aparentemente distingue a ancoragem tradicional comparado com a ancoragem no próprio corpo. 43

46 De acordo com Stoffregen, Pagulayan, Bardy e Hettinger (2000), a integração entre uma tarefa postural e uma tarefa manual desde que não sejam tarefas duplas competitivas (e.g., manter-se vendado em pé sobre uma trave de equilíbrio e, ao mesmo tempo, estimar a distância de um alvo tocado com uma vareta) cria uma relação de subordinação funcional. Estados estáveis na postura sempre se ajustam à demanda de uma segunda tarefa (i.e., tarefa supra-postural), tipicamente de alta ordem (e.g., olhar uma placa com letras à distância depende da precisão do olho em focar a cena para reconhecer uma palavra). Ou seja, a tarefa supra-postural impõe ao controle postural ajustes para que a demanda de uma segunda tarefa seja atingida. Prado, Stoffregen e Duarte (2007) demonstraram, através da manipulação da complexidade da tarefa (i.e., manter a postura estável com olhos abertos, fechados, com procura e fixação visual), demonstram que com o aumento da complexidade da tarefa a oscilação postural diminuía. Tal fato se dá porque a manutenção da postura depende do direcionamento contínuo da atenção, além da adição de uma tarefa supra-postural. (McNEVIN; WULF, 2002) Manipulando o contexto do input háptico, tornando-o imprevisível, durante o uso do sistema âncora, pode tornar a tarefa mais desafiadora. Mauerberg-deCastro em vários experimentos testou tal manipulação, como no estudo realizado com o manejo de um cão, onde controlar a guia (extensão flexível da âncora) de um cão em movimento ao mesmo tempo em que o indivíduo controla a própria postura em uma tarefa de equilíbrio, requer dissipar a perturbação de movimentos bruscos do cão e ao mesmo tempo construir momentaneamente um sistema de referencia espacial útil ao sistema de controle postural (MAUERBERG-deCASTRO, 2004). No estudo realizado por Périco et al. (2013), o indivíduo é capaz de superar a imprevisibilidade da ancoragem realizada no cão e utilizar essa ferramenta como informação relevante para a diminuição da própria oscilação postural. No caso do presente estudo, a imprevisibilidade dos pontos distais da âncora fixados no próprio corpo pode se assemelhar com o contexto do cão. Entretanto, uma diferença básica é a distância entre a porção proximal e distal das âncoras; outra é o fato de que o participante pode tornar-se consciente do estado de (auto) perturbação simultaneamente à sua ocorrência. Nosso estudo corrobora parcialmente com os resultados obtidos no estudo realizado por Negano e cols. (2006), que comparou a redução da oscilação postural gerada no toque em uma superfície externa (60% de redução) e no toque no próprio corpo (7% de redução) durante a realização de uma tarefa de equilíbrio estático com restrição da visão. Os autores 44

47 demonstraram que a redução da oscilação postural durante a condição com toque no próprio corpo foi de 7%, enquanto a redução gerada pelo toque externo foi de 60%. Demonstrando assim, que mesmo o toque no corpo sendo eficiente para a redução da taxa de oscilação corporal, não atinge os níveis de redução gerados por uma referência externa. Da mesma forma, o nosso estudo também verificou uma redução superior da oscilação corporal para a ancoragem tradicional (entre 10% e 19%), ou seja, com referência externa em comparação com referência no próprio corpo (entre 9% e 13%). Entretanto, essas superfícies externas não estão sempre disponíveis, tornando assim toque no próprio corpo mais acessível em um possível evento de perturbação. Buscando compreender a eficiência de cada um desses pontos de contato corporal para a redução da oscilação, realizamos uma análise comparativa entre eles. Com os resultados obtidos, verificamos que em nenhuma das variáveis esses pontos diferem entre si. Ou seja, a magnitude de oscilação corporal foi independente do ponto onde a porção distal da âncora estava acoplada (cintura escapular, cintura, joelho, e tornozelo). De acordo com Krishnamoorthy, Slijpe e Latash (2002), a eficiência da informação não depende da quantidade de receptores táteis na região de contato. Os autores diante dos resultados do estudo realizado com diferentes toques e pontos corporais (i.e. dedo indicador, cabeça e pescoço) para melhora da oscilação postural, apontam que tal diferença na eficiência está relacionada com a distância do ponto de contato com o tronco, assim, os pontos de contato mais proximais ao tronco trariam respostas mais efetivas na redução da oscilação postural. Tais tendências não foram encontradas no nosso estudo. Os graus de liberdade de exploração ativa presente em cada ponto de contato também podem justificar a eficiência na ancoragem. Mauerberg-deCastro et al. (2013b) aponta que em tarefas de toque leve, o contato acontece em uma única direção, seja no plano horizontal ou vertical, a ferramenta de ancoragem permite multigraus de liberdade que favorecem ao indivíduo proporcionando maior liberdade de movimentos exploratórios. O indivíduo tem mais possibilidades nas estratégias para manter ou reestabelecer a estabilidade postural e manter constante a atualização do sistema postural. Como não houve diferença na redução da oscilação postural entre as diferentes condições de ancoragem com pontos de contato no corpo, a eficiência de ancoragem independe dos graus de liberdade implícitos nas diferentes partes corporais selecionadas para o estudo. Nós presumimos que o ponto distal tornozelo teria um menor número de graus de 45

48 liberdade, dada a característica de pêndulo invertido na função postural ereta bípede. Já as cinturas escapular e pélvica, oferecem maior número em graus de liberdade e maior amplitude de deslocamento em cada combinação de direção e segmento corporal (e.g., ombros podem rodar sua articulação com amplo grau e integrar influências de deslocamentos do tronco no espaço). Numa situação de exploração háptica, ter à disposição uma diversidade de opções biomecânicas pode ajudar o sistema háptico na busca por solução de estabilização da postura, porém pode também oferecer um contexto caótico e ampliar a desestabilização corporal por causa de uma movimentação excessiva a exemplo das reações posturais de retificação corporal que têm a função de resgatar o equilíbrio, mas em si, geram ampla agitação involuntária dos braços e torso que acabam ampliando a oscilação (MAUERBERGdeCASTRO, E., comunicação oral, 29/01/2018). Neste estudo, as tarefas de ancoragem com contatos de orientação proximal e distal ao corpo não refletiram informação útil na direção da eficiência de ancoragem, quando ela ocorreu. Neste caso, não encontramos nenhuma relação funcional informativa entre estes pontos sob observação. 46

49 10. Conclusão Os resultados deste estudo permitem concluir que, mesmo que o contato de ancoragem no corpo tenha sido parcialmente eficiente na redução da taxa de oscilação corporal, este contexto não equipara aos níveis de redução de oscilação gerados por uma ancoragem com referência externa. A utilidade do sistema âncora proposto por Mauerberg-deCastro (2004) foi corroborada neste estudo. Estar ancorado da maneira tradicional como proposto pela autora diminui a oscilação postural quando comparado com uma tarefa sem ancoragem, assim como, de maneira geral é mais eficiente do que ancorar em pontos distais do próprio corpo. A taxa de oscilação corporal foi semelhante entre os contextos de ancoragem nos diferentes pontos de contato corporal. O significado destes achados implica que a tarefa de controle postural coordenada com a tarefa de ancoragem demanda atenção e estratégias exploratórias. O sistema de controle postural aquieta a oscilação corporal para poder realizar a tarefa de ancoragem e, ao realizar a manipulação das âncoras dentro das regras da tarefa (i.e., manter os cabos esticados com uma força sutil na puxada), o corpo recebe referências espaciais importantes para se orientar na posição ereta. Nesse processo, o ciclo percepção-ação caracteriza as tarefas como um contexto supra-postural de relação funcional mútua e cooperativa.. 47

50 11. Limitações e sugestões do estudo A primeira limitação do presente estudo refere-se ao não controle da força imposta durante a puxada dos cabos das âncoras cujas porções distais estavam anexas no corpo do participante. Quando utilizada a ancoragem tradicional, o participante, para não abandonar a tarefa, deve empregar força suficiente para manter as hastes estendidas, porém não devem retirar as cargas do chão. Além disso, é possível que a avaliação do desempenho de ancoragem no próprio corpo tenha resultado em parâmetros ainda pouco alterados pela familiarização com a tarefa. O registro de desempenho, se precoce, justificaria a ancoragem menos eficiente comparativamente à condição sem âncora e âncora tradicional. A solução seria a execução de blocos de repetições com respectivas avaliações da oscilação postural ao longo do tempo. A rápida prática com a ancoragem tem mostrado efeitos positivos na atenuação da oscilação postural na literatura. Porém, não temos suficientes dados de contextos de perturbação intrínseca como foi realizado neste estudo. Aumentar o número de repetições pode revelar maiores detalhes sobre o fator adaptativo ou de aprendizagem da manipulação da âncora nesses pontos de contato corporais. 48

51 Referências bibliográficas BACCINI, M; RINALDI, L.A; FEDERIGHI, G.; VANNUCCHI, L.; PACI, M.; MASOTTI, G. Effectiveness of fingertip light contact in reducing postural sway in older people. Age and Ageing, v.36, p.30-35, BEAR, F.M.; CONNORS, B.W.; PARADISO, M.A. Os sistemas auditivo e Vestibular. In: Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso. Ed.: Artmed. 3ed., BERNARDIN, D.; ISABLEU, B.; FOURCADE, P.; BARDY, B.G. Differential exploitation of the inertia tensor in multi-joint arm reaching. Experimental Brain Research, v.167, n.4, p , BOLTON, D.A.E.; MCILROY, W.E.; STAINES, W.R.; The impact of light 1 fingertip touch on haptic cortical processing during a standing balance task. Experimental Brain Research, v.212, p , BUCKLEY, J.G.; HEASLEY, K.; SCALLY, A. ELLIOTT, D.B. The effects of blurring vision on medio-lateral balance during step up or down to a new level in the elderly. Gait Posture, v.22, n.2, p , BURTON, G. Non-neural extensions of haptic sensitivity. Ecological Psychology, v.5, n.2, p , CALVE, T.; MAUERBERG-DECASTRO, E. Contribuição da percepção háptica no controle postural de crianças. Motriz, v.11, n.3, p , CARELLO, C., SILVA, P.L., KINSELLA-SHAW, J.M., & TURVEY, M.T. Muscle-based perception: theory, research and implications for rehabilitation. Brazilian Journal of Physical Therapy, v.12, n.5, p ,

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56 SANTOS, L.O.D., MOURA, F.H.V., MAUERBERG-deCASTRO, E.; MORAES,R. Use of the anchor system with both hands, and with the non-dominant hand reduces body oscillation in older adults. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v.29, n.3,p , 2015 SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M.H. Controle Motor: Teoria e aplicações práticas. 3 Ed. Barueri: Manole, SILVA, J.A.L.; SANTOS, L.O.; MORAES, R. A contribuição do sistema âncora em diferentes segmentos corporais para o controle da postura em idosos. Fisioterapia e Pesquisa, v.23, n.4, pp , TING, L.H. Dimensional reduction in sensorimotor systems: a framework for understanding muscle coordination of posture. Progress in brain research, v.165, p , TURVEY, M.T.; BURTON, G.; PAGANO, C.C.; SOLOMON, H.Y.; RUNESON, S. Role of the inertia tensor in perceiving object orientation by dynamic touch. Journal of Experimental Psychology: Human Perception and Performance, v.18, n.3, p , TURVEY, M.T., & FONSECA, S.T. The medium of haptic perception: A tensegrity hypothesis. Journal of Motor Behavior, v.46, p , VUILLERME, N.; ISABLEU, B.; NOUGIER, V. Attentional demands associated with the use of a light fingertip touch for postural control during quiet standing. Experimental Brain Research, v.169, p , WINTER, D.A. Human balance and posture control during standing and walking. Gait and Posture, v.3, p ,

57 APÊNDICE Apêndice A- Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) (Conselho Nacional de Saúde, Resolução 466/12) Você está convidado(a) a participar da pesquisa intitulada Pontos diferentes de contato no corpo proporcionam efeitos diferenciados na ancoragem háptica em tarefas de controle postural? realizada para trabalho de mestrado da aluna Thayná Cristina Parsaneze Iasi, portadora do RG , estudante do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, campus de Rio Claro, responsável pelo estudo e sob a orientação da Profª Drª Eliane Mauerberg de Castro, do Departamento de Educação Física da mesma universidade (UNESP/Campus Rio Claro - SP). Os objetivos desta pesquisa incluem investigar se a fixação da porção distal do sistema âncora em partes diferentes do corpo, em contraste com a tradicional fixação sobre uma superfície externa, proporciona efeitos de ancoragem háptica em tarefas de controle postural. Ainda, se existe alguma influência na orientação destes pontos, distal ou proximal ao solo (i.e, tronco, joelho, tornozelo e mão), na eficiência de ancoragem. Para isso, você terá um encontro comigo na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) em Rio Claro, conforme sua preferência e disponibilidade. No encontro você será submetido (a) à primeira etapa do estudo onde responderá a um questionário sobre seu estado de saúde, físico e mental, padrão de atividade física e vida diária, e dados demográficos em geral. Estes questionários incluem diversas perguntas relativas à sua rotina pessoal (ex. tarefas do dia-a-dia, qualidade de vida independente, nível de atividade física, uso de medicações, etc.) e de conhecimento básico (ex., saber ler, realizar operações aritméticas simples, memória, atenção). Tais perguntas podem causar constrangimentos, estresse ou confusão mental, para que estes riscos sejam minimizados, a aplicação dos questionários será individual sempre em ambiente privado com um profissional qualificado da área de saúde envolvido neste estudo. Caso não queira ou não saiba responder a alguma questão, poderá deixar em branco sem nenhum questionamento ou embaraço. Em seguida, você fará uma tarefa de equilíbrio que consiste em ficar em pé com os pés descalços e em posição tandem (pés um na frente do outro) sobre uma plataforma de força que mede a sua oscilação corporal. Nessa posição você irá realizar duas tentativas com duração de 30 segundos cada para condição (sem o uso da âncora, com ancoragem nos tornozelos, nos joelhos, no quadril, nas mãos) com os olhos vendados. Com relação a esta tarefa de equilíbrio, os riscos se limitam a perda de equilíbrio, especialmente por você estar vendado(a). Este risco será minimizado pela presença de um auxiliar à sua frente que irá 55

58 ampará-lo(a) antes de uma potencial queda ocorrer. Além disso, disponibilizaremos de um espaço livre de obstáculos para realizar essa tarefa. Ainda assim, se algum acidente com maiores consequências ocorrer durante a pesquisa, você será prontamente socorrido e se necessário, encaminhado para o hospital mais próximo. Todas as informações coletadas no estudo serão confidenciais e seu nome não será divulgado em hipótese alguma, sendo que as informações do estudo serão utilizadas somente para fins acadêmicos. A participação neste projeto não ocasionará nenhuma despesa a você e, pelo fato da sua participação não ser remunerada, não haverá qualquer benefício financeiro. Neste estudo, buscamos compreender melhor como o contato das mãos com superfícies e materiais, cordas, ajudam pessoas jovens a manter o equilíbrio do corpo. Você terá liberdade de desistir de participar do estudo a qualquer momento, sem qualquer prejuízo. A qualquer momento você poderá solicitar esclarecimentos sobre a pesquisa diretamente aos pesquisadores envolvidos no estudo. Se você se sentir suficientemente esclarecido sobre essa pesquisa, seus objetivos, eventuais riscos e benefícios, convido-o(a) a assinar este Termo, elaborado em duas vias, sendo que uma ficará com você e outra com a pesquisadora. Rio Claro, de de 201 Dados sobre a Pesquisa: Título do Projeto: Pontos diferentes de contato no corpo proporcionam efeitos diferenciados na ancoragem háptica em tarefas de controle postural? Dados sobre o participante da pesquisa: Nome: Documento de Identidade: Sexo: Data de Nascimento: / / Endereço: Telefone para contato: Pesquisador responsável: Thayná Cristina Parsaneze Iasi Documento de Identidade: Instituição: Programa de PG em Desenvolvimento Humano e Tecnologias, DHT- UNESP, Rio Claro, SP Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Laboratório da Ação e Percepção, Departamento de Educação Física - IB/UNESP Endereço: Av. 24-A, Bela Vista, Rio Claro - SP CEP Dados para Contato: iasi_bob@hotmail.com 56

59 Orientadora Profa. Dra. Eliane Mauerberg de Castro Cargo/função: Professora adjunta, credenciada junto ao Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias Instituição: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus Rio Claro Endereço: Rua: 24 A, nº Bela Vista Rio Claro CEP: Dados para Contato: mauerber@rc.unesp.br Assinatura do participante Assinatura do pesquisador 57

60 ANEXO Anexo A - Parecer comitê de ética 58

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