Elementos para uma cartografia crítica das hipermobilidades populacionais na Amazônia brasileira: aspectos teóricos e metodológicos

Transcrição

1 Elementos para uma cartografia crítica das hipermobilidades populacionais na Amazônia brasileira: aspectos teóricos e metodológicos Juliana Siqueira São José dos Campos, SP Junho, 2016

2 Sumário Mobilidades populacionais na Amazônia Mapas x cartografias? Materiais e métodos Resultados e discussões Considerações finais e trabalhos futuros

3 ( ) Extração de látex; ( ) O Estado promove e orienta a ocupação na região; (1990) - Intensificação das mobilidades intraregionais incentivadas pelo capital privado; A mão-de-obra não circula segundo regras de mercado perfeitas, pois a oferta de trabalho não está condicionada, senão parcialmente, pelas condições de sobrevivência do trabalhador. (MARTINS, 1997) MARTINS, José de Souza. Fronteira: a degradação do outro nos confins do humano. São Paulo: Hucitec, páginas.

4 Alternativa de análise: Censos demográficos

5 Nesse trabalho, consideraremos como hipermóveis, pessoas com 5 anos ou mais que no ano 2010 residem em algum município da Amazônia Legal, mas que se descolou por outros dois municípios entre essa data e o ano de 2005 na mesma região pessoas < pessoas se deslocaram para fora da mesorregião de referência

6 Mobilidades pop. Amazônicas Mapas x cartografias? Materiais e métodos Resultados e discussões Considerações trabalhos futuros

7 Sumário Mobilidades populacionais na Amazônia Mapas x cartografias? Materiais e métodos Resultados e discussões Considerações finais e trabalhos futuros

8 Mapas são uma representação icônica, que podem operar como uma tecnologia do poder. [...] Trata-se de representações de espaço e tempo. Não é o espacial que está fixando o temporal, mas a representação que está fixando o espaço e tempo (Massey, 2013). Cartografia é a representação, é um desenho que se faz ao mesmo tempo que os movimentos de transformação da paisagem (Rolnik, 1989). MASSEY, D. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro: Casa das Palavras, ANCHELA S., THÉRY, H. Orientação metodológica para construção e leitura de mapas temáticos. Confins, ROLNIK, S. Cartografia sentimental, transformações contemporâneas do desejo. São Paulo. Ed. Estação Liberdade, 1989.

9 Sumário Mobilidades populacionais na Amazônia Mapas x cartografias? Materiais e métodos Resultados e discussões Considerações finais e trabalhos futuros

10 Regressão Bidimensional mesorregiões dados de migração Matriz de dissimilaridade Espaço de referência Z Espaço imagem W Imagem ajustada W Imagem ajustada W

11 AZEREDO, M. Espaços Toblerianos completos: recuperando as visões de Tobler para a representação dos espaços de fluxos na análise geográfica. Dissertação de Mestrado em Computação Aplicada, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos

12 Regressão Bidimensional (Tobler, 1994) 1 º passo: Construção da matriz de dissimilaridade Diagonal -> 0 (AZEREDO, 2011) Índice de eficácia migratório: Emigrantes Imigrantes Emigrantes + Imigrantes -1 <= IEM <= 1 [(problema da matriz incompleta (valores nulos = 2)] TOBLER, Bidimensional regression. Geographical Analysis, v. 26, n. 3, p , , 16, 17, 18, 19, 1984.

13 2º : Construção do espaço de referência (MMQ) (AZEREDO, 2011) 3º : Fase de ajustamento (transformação geométrica) Pontos homólogos Segurança quanto à Z

14 4º : Fase de interpolação (extrapolação dos dados) Thin-Plate Splines (TPS)

15 Sumário Mobilidades populacionais na Amazônia Mapas x cartografias? Materiais e métodos Resultados e discussões Considerações finais e trabalhos futuros

16 2005 a 2010

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21 Mobilidades Materiais e Cartografias Resultados Considerações pop. Amazônicas métodos em movimento e discussões trabalhos futuros Necessidade de aproximar as tipologias de mobilidade populacional na Amazônia de seu aspecto contínuo; Estudo das possibilidades e limitações dos Censos Demográficos brasileiros; Proposta de uma cartografia que expressa a natureza dinâmica dos fluxos populacionais; Trabalhos futuros Ampliar a investigação sobre as dimensões sociais, espaciais e temporais que envolvem o grupo em questão; Estudo das mobilidades intra-mesoregião; Estudos de dados de campo; Análise comparativa dos hipermóveis com demais grupos populacionais; Investigar novas propostas de uma cartografia de fluxos e não de lugares.

22 Obrigada!

23 pessoas < pessoas se deslocaram para fora da mesorregião de referência 85 anos ou mais 75 a 79 anos 65 a 69 anos 55 a 59 anos 45 a 49 anos 35 a 39 anos 25 a 29 anos 15 a 19 anos 5 a 9 anos Mulheres Homens 1,25 1,2 1,15 1,1 1,05 1 0,95 0,9 RO AC AM RR PA AP TO MA MT

24 MT MA 60,00% 50,00% 56,39% TO AP PA RR AM AC RO 0% 20% 40% 60% 80% 100% Urbana Rural 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Sem instrução e fundamental incompl. 16,08% Fundamental compl. e médio incompl. 19,61% Médio compl. e superior incompl. 7,39% Superior completo 0,53% Não determinado Adm. pública Serviço doméstico Indústria de trans. 6% 7% 7% Construção 10% Comércio Agricultura 18% 19% 0% 5% 10% 15% 20%