ALFABETIZAÇÃO E A NECESSIDADE DE SE CRIAR UMA HISTÓRIA DIFERENTE

Transcrição

1 I UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE ALFABETIZAÇÃO E A NECESSIDADE DE SE CRIAR UMA HISTÓRIA DIFERENTE POR: JOVANA NUNES COURE Professor Orientador: Carlos Alberto Cereja Rio de Janeiro, junho de 2002.

2 II UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE ALFABETIZAÇÃO E A NECESSIDADE DE SE CRIAR UMA HISTÓRIA DIFERENTE POR: JOVANA NUNES COURE Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para a obtenção do grau de especialista em Psicopedagogia. Rio de Janeiro, junho de 2002.

3 III Agradecimentos À minha família, pela confiança, apoio, pelas orações, minha gratidão. Ao colégio Batista Shepard, pelo incentivo e encaminhamento para este curso, minha sincera gratidão.

4 IV Epígrafe Para muitos, a VIDA não entrou na escola, em sua sala, nas aulas onde a PALAVRA deve cantar, encantar, emocionar, criar inúmeros sentidos e significados. FERNANDO PESSOA

5 V RESUMO Alfabetização e a necessidade de se criar uma história diferente, remete-nos a um momento de transformação de idéias e práticas pedagógicas. Sabemos que os conteúdos escolares não são aprendidos somente pela memorização. Eles requerem bem mais do que isto, ou seja, uma nova construção conceitual. Para refletir sobre a escrita convencional, não basta memorizar definições e seqüências de letras e sílabas. É preciso construir conceitos e princípios complexos. Para se alfabetizar, a criança precisa refletir sobre a escrita, fazer suposições a respeito do que pode ser escrito; utilizar simultaneamente as estratégias de leitura que implicam decodificação, seleção, antecipação, inferência e verificação; escolher quantas e quais letras vai usar para escrever, justificar as escolhas, criando uma história diferente. Faz-se necessário proporcionar às crianças, uma organização de conhecimento, criando sempre melhores condições para a sua comunicação oral e escrita, propondo uma aprendizagem globalizada onde, o aluno integra as partes estudadas de modo que, a totalidade adquira significado coerente para ele, que lhe sirva de instrumento para a compreensão da realidade e de sua atuação na mesma. Assim, o uso de cartilhas com frases soltas e incoerentes, perdem seu lugar, pois, conduzem ao bloqueio do pensamento.

6 VI Segundo Emília Ferreiro no seu livro Psicogênese da Língua Escrita, a criança aprende a ler, lendo e escrevendo. Os alunos se alfabetizam participando de práticas sociais de leitura e de escrita. A referência de texto para eles não é mais uma cartilha com frases soltas sem sentido. A prática pedagógica se fixa na participação construtiva do aluno no processo de aprendizagem. Durante anos, a educação se concentrou em como ensinar e deixou em segundo plano o aprender. É preciso que escola e professor olhem para o processo pedagógico de maneira especial, na construção da história do conhecimento. Partindo da complexidade da língua escrita, numa concepção construtivista de aprendizagem, ela deverá ser oferecida inteira aos alunos, de forma funcional, sendo fiel à realidade. Quando alguém aprende a escrever, está aprendendo, ao mesmo tempo, muitos outros conteúdos, e não apenas o bê á bá do sistema de escrita. O aprendiz é um sujeito do seu próprio processo de aprendizagem. É alguém que vai produzir, escrever uma história diferente, pois irá transformar as informações que recebeu, em conhecimento próprio para melhor assimilá-lo. Dentro da concepção construtivista interacionista, o processo de aprendizagem supõe que o aluno saiba não apenas o que lhe é formalmente ensinado. A visão que se tem do aprendiz é de sujeito ativo diante de sua aprendizagem. Ele pensa o tempo todo,

7 VII questiona, estabelece relações, elabora as informações que o meio lhe oferece, transformando-as em conhecimento, criando a sua história diferente. Em vez de nos perguntarmos se devemos ensinar ou não devemos ensinar, temos de nos preocupar em dar às crianças ocasiões de aprender. a língua escrita é muito mais que um conjunto de formas gráficas. É um modo de a língua existir, é um objeto social, é parte de nosso patrimônio. 1 1 E. Ferreiro. Reflexões sobre Alfabetização, São Paulo, 2000, p. 103.

8 VIII SUMÁRIO Agradecimentos Epígrafe Resumo Sumário...VIII INTRODUÇÃO...1 CAPÍTULO I INÍCIO DE CONHECIMENTO X LIBERDADE...4 CAPÍTULO II NEGOCIANDO IDÉIAS...8 CAPÍTULO III PROCESSOS ESPECIAIS: EXPERIÊNCIAS QUE DÃO CERTO...18 CONCLUSÃO...25 BIBLIOGRAFIA...28 ANEXOS...29

9 IX