Investigação de Paternidade

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1 Disciplina de Genética Forense Investigação de Paternidade Investigação de Paternidade Estabelece se uma pessoa é a mãe biológica (teste de maternidade) ou o pai biológico (teste de paternidade) de um certo indivíduo. No genoma humano existem regiões polimórficas, geralmente presentes em regiões não-codificantes, que apresentam diferenças de um indivíduo para outro. Representam uma característica distintiva típica de uma pessoa As regiões polimórficas também são herdadas 50% do pai e 50% da mãe Identificar se um indivíduo é ou não progenitor de outro Ludmila Entiauspe Polimorfismos em análises forenses Polimorfismos em análises forenses Extração do DNA análise dos polimorfismos genéticos Últimos anos: diversas técnicas para estudo de diferentes tipos de polimorfismos de DNA Expressãocorreta: teste emdna enão teste dedna Ométodo mais usado hojeem dia, é o estudo de regiões repetitivas de DNA chamadas de minissatélites (VNTRs) e microssatélites (STRs) Número de repetições de uma dada seqüência de bases Varia entre indivíduos 1 a 4 STRs, 10 a 100 -VNTRs Em função da quantidade de repetições presentes, cada indivíduo terá um tamanho diferente para a região do DNA que contém um dado STRouVNTR Cada possibilidade de tamanho (ou de número de repetições) que pode ser encontrada para representar um alelo Taisdiferençaspodemserestudadas oucomsondas dednaoupcr Polimorfismos em análises forenses Além dos micro e minissatélites Análises de polimorfismos presentes no DNA mitocondrial Cromossomo Y Mais recentemente: SNPs Inserção/deleção(indels) Possíveis alternativas Auto-radiografias ou na análise do peso das bandas(kb), tanto nos testes de minissatélites como nos de microssatélites, é a existência, no filho, da banda(oualelo)deorigemmaterna (idêntica aumadasdesuamãe). A outra banda presente deverá ser de origem paterna e idêntica à presente no DNA do investigado. A existência de banda diferente de uma das paternas denota uma exclusão que deverá ser confirmada por outra sonda. Quando o possível pai não é excluído, calcula-se o índice de paternidade, a probabilidade positiva de paternidade para cada sonda e a probabilidade positiva cumulativa de paternidade dos diversos testes. 1

2 Auto-radiografias ou na análise do peso das bandas(kb), tanto nos testes de minissatélites como nos de microssatélites, é a existência, no filho, da banda(oualelo)deorigemmaterna (idêntica aumadasdesuamãe). A outra banda presente deverá ser de origem paterna e idêntica à presente no DNA do investigado. A existência de banda diferente de uma das paternas denota uma exclusão que deverá ser confirmada por outra sonda. Quando o possível pai não é excluído, calcula-se o índice de paternidade, a probabilidade positiva de paternidade para cada sonda e a probabilidade positiva cumulativa de paternidade dos diversos testes. O índice de paternidade (IP) reflete a razão entre a probabilidade de que umhomemcomofenótipodopossível pai (homemanalisado),sejaopai biológico da criança, e a probabilidade de que outro homem, ao acaso, possa ser o verdadeiro pai. Esse índice é expresso pela fórmula: X/Y, onde: X = a probabilidade de que o homem com o fenótipo do possível pai analisado, possa ter produzido o espermatozóide que carrega o gene (alelo) obrigatório de origem paterna. X é a freqüência do gameta (1 para os homozigotos e 0,5 para os heterozigotos) Y = a probabilidade de que outro homem, ao acaso, possa ter produzido dito espermatozóide. Y é o percentual do alelo paterno na população. Devemos calcular o IP para cada loco analisado, sendo que a multiplicação de um índice pelo outro permite o cálculo do índice cumulativo de paternidade (ICP). Quanto maior o ICP, maior a probabilidade de o investigado ser o pai biológico. A probabilidade cumulativa de paternidade é calculada a partir do ICP, levando-se em conta a probabilidade a priori de paternidade (PP), decorrente de outras evidências (não genéticas), anteriores ao estudo pericial. No cálculo estatístico, é obrigatório o uso de uma probabilidade apriori. Como os peritos desconhecem essas evidências e devem permanecer neutros na disputa, utilizam o valor médio de 0,5 ou 50% em seus cálculos, para que não exista tendência matemática prévia a favor ou contra a paternidade. Essa probabilidade a priori é utilizada por todos os peritos em nível internacional. A fórmula para calcular a probabilidade cumulativa de paternidade (W) é: W = (PP) (ICP) [(PP)(ICP)+(1-PP)] W = IP IP+1 Os testes de DNA costumam proporcionar probabilidades cumulativas positivas de paternidade acima de 99,9%. Internacionalmente, aceitam-se, como provável paternidade, probabilidades de 90-94,9%; como forte indício de paternidade, entre 95-99%; e paternidade praticamente certa, acima de 99%. A probabilidade de exclusão de um homem, acusado falsamente, é próxima a 100% para a combinação de diversas sondas moleculares. 2

3 2. Colheita de sangue, identificação das partes e confirmação de exclusões 2. Colheita de sangue, identificação das partes e confirmação de exclusões No laboratório: umdostubos comsangue decadaindivíduo serácongelado outroserviráparaarealizaçãodostestes dedna Esses testes podem ser realizados por equipes diferentes e analisados pelo perito. Colhidas individualmente Partes compareçam no mesmo horário Se não for possível: Sempre que existir exclusão de paternidade, repete-se a análise com a amostra que tinha sido congelada. Todas as exclusões são confirmadas. o investigado pode ser fotografado (laudo, prova de sua identidade) Fotocópia de documento oficial. 3. Antecipação de prova genética e banco de DNA Algumas pessoas solicitam o estudo de suas características imunogenéticas, procurando deixar documentada, em forma de laudo médico, sua individualidade molecular. Osestudos podemserosdeperfil dodnadestr. Uma amostra de DNA extraída de suas células é congelada a - 80 C para futuro estudo comparativo, caso necessário. Estes casos são os mais comuns em um serviço especializado em perícias genéticas, sendo os de mais fácil resolução, embora possam existir fatores extras que aumentem a dificuldade. Esses casos são todos resolvidos em laboratório qualificado, pois o leque de marcadores genéticos, disponíveis para a análise, é tão grande que fica impossível a falta de conclusão. Dessa maneira, a família fica com a certeza de poder confrontar estes resultados e utilizar o DNA estocado em futuras ações de investigação de paternidade, surgidas após a morte do solicitante. Em casos de estupro, é possível também o congelamento do DNA vaginal, extraído após a violação, permitindo realizar o estudo comparativo com o DNA do suspeito, quando este for capturado. INCLUSÃO DE PATERNIDADE INCLUSÃO DE PATERNIDADE 3

4 EXCLUSÃO DE PATERNIDADE 1: Mãe 2: Filho 3: Suposto pai 4: DNA misturado EXCLUSÃO DE PATERNIDADE 5. Investigação de paternidade ou de maternidade com a presença do filho e de um dos supostos pais (duos) 5. Investigação de paternidade ou de maternidade com a presença do filho e de um dos supostos pais (duos) Na impossibilidade de estudar a mãe, é possível realizar as provas de DNA entre o suposto filho e o possível pai, sendo os resultados estatísticos bastante confiáveis. Observaremos metade dos alelos em comum entre o autor e o investigado. Caso não se observem alelos em comum, estaremos frente a uma exclusão. O estudo de maternidade acontece da mesma maneira(fig. 7). A identificação do perfil genético dos STR do cromossomo Y permite também excluir pais falsamente acusados, no entanto o mesmo perfil entre filho e suposto pai não assegura a paternidade, mas somente informa que pertencem à mesma linhagem masculina do cromossomo Y. Teste de amelogenina (X) Outros 12 locos estudados Nenhuma exclusão 6. Troca de crianças na maternidade A troca de recém-nascidos pode ser facilmente solucionada pelos testes de DNA. Na Fig. 8, podemos observar a conclusão de caso em que a identificação da troca de crianças aconteceu após sete anos dos nascimentos. 7. Investigação de paternidade com possível pai falecido Nesta situação, existem duas possibilidades: Examinamos os ascendentes e descendentes do falecido com um número adequado de testes genéticos (minissatélites e ou microssatélites do DNA, HLA), Exumação do corpo do suposto pai e análise comparativa com o sangue doautoresuamãe,seexistente. Várias possibilidades existem para estudarmos as famílias: Supostos pai (4) e mãe (2) foram excluídos Mãe verdadeira (3) com 99,9% de probabilidade 4

5 7.1 Ambos os possíveis avós paternos são disponíveis Nesta situação, os resultados são como se o falecido estivesse vivo, pois os alelos de origem paterna, existente no pretenso filho, devem obrigatoriamente estar presentes no avô ou na avó Caso contrário: exclusão. 7.1 Ambos os possíveis avós paternos são disponíveis A inclusão é fácil de ser detectada e fornece resultados estatisticamente importantes. Mãe (1) Filho (2), o possível avô e avó paternos (3 e 4). Sondas unilocais MS1, MS31, MS43 e MS205 que detectam os locos de DNA, conhecidos como minissatélites. Pode-se observar com facilidade que o filho (autor) apresenta alelos (bandas) de DNA de origem materna (M) e que suas bandas de origem paterna (P) estão sempre representadas na possível avó paterna (coluna 4). 8. Filhos do investigado, viúva e irmãos Na situação da não existência de ambos avós, poderemos realizar a perícia com os filhos legítimos ou até irmãos do possível pai. Quando os filhos legítimos são analisados, é importante o estudo da sua mãe e da viúva do investigado (se existentes). A participação da mãe do autor é sempre desejada, embora possamos realizá-la sem a sua presença. Entre irmãos, só poderemos observar o máximo de quatro alelos ou bandas diferentes de DNA(duas de origem materna e duas paternas). A exclusão de paternidade, pela análise dos irmãos do investigado falecido(supostos tios), utiliza esta regra, sendo impossível a presença de mais de quatro alelos diferentes entre os irmãos e o alelo paterno do autor. 8. Filhos do investigado, viúva e irmãos No caso de análise da viúva e seus filhos (supostos meios irmãos), a exclusão acontecerá quando os dois alelos paternos forem identificados nos filhos do falecido, sendo diferentes dos presentes no autor. A maioria destes casos são resolvidos, dependendo da quantidade de participantes do lado do investigado falecido. A probabilidade de conclusão é proporcional ao número de filhos ou tios analisados. É necessário o conhecimento de que estamos reconstituindo o DNA de uma pessoa que não está presente, existindo a chance de que o alelo paterno presente no autor não seja o mesmo existente nos supostos irmãos. Maior número de descendentes ou ascendentes do suposto pai e a viúva (se existente). 8. Filhos do investigado, viúva e irmãos 8. Filhos do investigado, viúva e irmãos Investigado falecido. Nas colunas 1, 2, 3, 4, 5 e 6, observam-se as amostras de DNAdamãe,filho(autor), viúvaeseustrêsfilhoscomofalecido. 5

6 9. Inclusão de paternidade pelo DNA do Y A análise de locos do DNA do cromossomo Y permite a identificação de homens pertencentes à mesma família. Esses locos são polimórficos, apresentando diversos alelos, formando conjuntos ou haplótipos que segregam de pai para filho ao longo das gerações(herança masculina). Não é possível a identificação do parentesco entre os mesmos, mas somente que representam o perfil do Y dessa família. 10. Exclusão de paternidade pelo DNA do Y 11. Caso SadaamHussein 12. Exumação Investigado falecido não deixa descendentes para análise comparativa comoautor esuamãe Morte recente: STR 6

7 12. Exumação Nem todos os casos de exumação são concluídos Degradação do DNA pode impossibilitar o estudo. Kit comercial U$ 29,99 Swab U$199,00 5 dias úteis Online Para discutir... Caso Pedrinho JAN/1986 Porvoltadas13hdodia21,Pedrinho,foilevadodoquartodo hospital Santa Lúcia onde estava com a mãe, Maria Auxiliadora Braule, por uma mulher que se identificou como funcionária e disse que levaria o bebê para fazer exames e nunca mais voltou. Diversas mulheres suspeitas foram interrogadas com base nos retratos falados da sequestradora e, ao longo dos anos, a polícia identificou 12 crianças que poderiam ser Pedrinho. O crime de "subtração de incapaz" prescreveu em 1994, e o inquérito foi arquivado em As investigações continuaram. OUT/2002 Uma amiga ou parente da família adotiva ouve comentários suspeitos sobre a verdadeira filiação de Pedrinho e pesquisa o site Missing Kids ( Ela faz uma denúncia anônima ao SOS Criança de Brasília depois de constatar a semelhança entre Pedrinho e uma foto de Jairo Tapajós, o pai biológico, aos dez anos. Policiais do DF filmam e fotografam Pedrinho em Goiânia e constatam a semelhança do adolescente com a família biológica. Marcas de nascença e sinais característicos são confirmados. Conversam com Pedrinho e interrogam a mãe adotiva, Vilma Borges, que sustenta ser a mãe natural. O esposo de Vilma, Osvaldo Martins Borges, era falecido. Ele havia registrado Pedrinho como filho natural. 7

8 Quais são filhos biológicos? Bob ou Larry? 8

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