Acórdão C 279/09. DEB Deutsche Energiehandels- und Beratungsgesellschaft mbh. contra. Bundesrepublik Deutschland, Princípio da Efectividade

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1 Universidade do Minho Escola de Direito Mestrado: Direito da União Europeia Ano Lectivo 2010/2011 Acórdão C 279/09 DEB Deutsche Energiehandels- und Beratungsgesellschaft mbh contra Bundesrepublik Deutschland, Princípio da Efectividade Márcia Costa Silva PG Contencioso da União Europeia Docente: Dra. Alessandra Silveira 1.ºSemestre

2 Índice Índice... 2 I. Introdução... 3 II. Enquadramento... 3 III. Questões Prejudiciais Princípio da Efectividade... 4 IV. Opinião Crítica... 6 V. Bibliografia 9 2

3 I. Introdução O acórdão C 279/09 tem por objecto a interpretação do princípio da efectividade, como consagrado na jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia, a fim de determinar se esse princípio obriga à concessão de apoio judiciário às pessoas colectivas. Este pedido foi apresentado no quadro de um litígio que opõe a DEB Deutsche Energiehandels- und Beratungsgesellschaft mbh 1 à Bundesrepublik Deutschland (República Federal da Alemanha) a propósito de um pedido de apoio judiciário que essa sociedade apresentou nos tribunais alemães. II. Enquadramento A DEB requer apoio judiciário para intentar uma acção de indemnização contra a República Federal da Alemanha, baseada no direito da União Europeia, pela transposição tardia, pelo referido Estado-Membro, das Directivas 98/30/CE, relativa a regras comuns para o mercado do gás natural, e 2003/55/CE que estabelece regras comuns para o mercado interno de gás natural, que deveriam ter permitido o acesso não discriminatório às redes de gás nacionais. Devido a esse atraso de transposição, a recorrente não conseguiu obter acesso às redes de gás dos operadores alemães, tendo deixado de auferir um lucro de, aproximadamente, 3,7 mil milhões de euros, decorrente de contratos de fornecimento de gás com fornecedores. Assim, a empresa devido a dificuldades financeiras, não pode proceder ao pagamento antecipado dos encargos judiciais exigido por lei, no montante de euros, bem como se fazer representar por um advogado, cuja constituição era obrigatória. O pedido de apoio judiciário foi negado pelos tribunais alemães, com o fundamento de que a renúncia à acção judicial, neste caso, não era contrária a interesses gerais, de acordo com a legislação alemã 2. A concessão de apoio judiciário é, em última análise, uma medida de apoio social decorrente do princípio do Estado social e que é necessária para garantir o respeito da dignidade humana, que falta às pessoas colectivas. Estas últimas são criações artificiais, sob uma forma jurídica autorizada por um ordenamento jurídico de um Estado, com 1 De agora em diante DEB , n.º 2, do ZPO 3

4 objectivos práticos. Assim, o 116, n.º 2, do ZPO tem em consideração a situação especial das pessoas colectivas. O Kammergericht 3 questionou se a recusa de apoio judiciário à DEB para intentar uma acção de indemnização contra o Estado nos termos do direito da União Europeia poderia ser contrária aos princípios desse mesmo direito, designadamente ao princípio da efectividade. Esta recusa impossibilitava a recorrente no processo principal de intentar uma acção de indemnização contra o Estado ao abrigo desse direito, tornando praticamente impossível ou, pelo menos, extremamente difícil obtenção de um ressarcimento pelos seus prejuízos. De igual modo, o Tribunal de Justiça faz decorrer a responsabilidade do Estado nos termos do direito da União da exigência de plena eficácia das suas disposições, e isto precisamente para proteger os direitos das pessoas 4. Perante tudo isto o Kammergericht suspendeu a instância e submete ao Tribunal de Justiça a seguinte questão prejudicial: Tendo em conta que, de acordo com os princípios de invocação da responsabilidade do Estado nos termos do direito [da União], a obtenção de uma indemnização não pode ser tornada impossível na prática ou excessivamente difícil pela organização interna, realizada pelos Estados-Membros, dos pressupostos jurídicos do direito à indemnização e do processo para invocar a responsabilidade do Estado nos termos do direito comunitário, existem objecções a uma legislação nacional que preveja que o recurso ao tribunal depende do pagamento de um preparo e que não deve ser concedido apoio judiciário a uma pessoa colectiva que não tenha capacidade para pagar este preparo? III. Questões Prejudiciais Princípio da Efectividade O princípio da efectividade postula que as autoridades nacionais devem garantir o efeito útil das disposições europeias. Este princípio, decorre aliás de um grande princípio, o Princípio da Lealdade Europeia, sendo um dos seus corolários. E a par de outro corolário, o princípio da equivalência do Direito da União (que postula que as pretensões do Direito da União Europeia devem ser tão protegidas quanto o são as decorrentes do direito nacional), ambos conferem ao Direito da União o seu carácter efectivo e equivalente. 3 Superior Tribunal de Justiça alemão. 4 De igual modo, acórdão Francovich de

5 O órgão jurisdicional de reenvio alemão pergunta se o direito da União, em particular, o princípio da efectividade, deve ser interpretado no sentido de que, no contexto de uma acção de indemnização intentada contra o Estado ao abrigo do referido direito, esse princípio se opõe a uma legislação nacional que sujeita o exercício da acção judicial ao pagamento de um preparo e preveja que não deve ser concedido apoio judiciário a uma pessoa colectiva, numa situação em que esta está financeiramente impossibilitada de o fazer. A jurisprudência assente relativa ao princípio da efectividade afirma que, quanto a acções destinadas a garantir a salvaguarda dos direitos conferidos aos cidadãos pelo direito da União não devem impossibilitar ou dificultar o exercício dos direitos conferidos pela ordem jurídica comunitária, tal como decorre dos acórdãos Rewe-Zentralfinanz e Rewe-Zentral, Unibet (C-432/05), e Impact (C-268/06). A questão subjacente é o direito de uma pessoa colectiva ter acesso efectivo à justiça e portanto, no contexto do direito da União, o princípio da protecção jurisdicional efectiva (toda a pessoa tem direito a que a sua causa seja julgada de forma equitativa, publicamente e num prazo razoável, por um tribunal independente e imparcial, previamente estabelecido por lei), que é um princípio geral do direito da União, que decorre das tradições constitucionais europeias e plasmado nos artigos 6. e 13. da CEDH 5. É importante não esquecer que desde a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, a Carta tem o mesmo valor jurídico que os Tratados. E, por isso, deve reformular-se a questão submetida ao Tribunal de Justiça visto que a interpretação do princípio da protecção jurisdicional efectiva (artigo 47. da Carta), se opõe a legislações nacionais quando estas sujeitem o exercício da acção judicial ao pagamento de preparos e imponha que o apoio judiciário seja negado a uma pessoa colectiva, quando esta não tenha possibilidades financeiras de o fazer. A questão que pode ser alvo de problemática, é o facto de o apoio judiciário estar ligado, por inerência, às pessoas singulares, ou seja, aos particulares, cabendo às autoridades nacionais procurar garantir o acesso aos tribunais dos requerentes, de forma equilibrada, que invoquem o direito da União, sem no entanto os favorecer relativamente a outros requerentes (ou seja, favorecer os particulares em detrimento das pessoas colectivas). Assim, o órgão jurisdicional de reenvio e o Governo alemão 5 Acórdãos Johnston 222/84; Heylens 222/86; Comissão/Áustria C-424/99; Unión de Pequeños Agricultores/Conselho C-50/00; Eribrand C-467/01; e Unibet. 5

6 indicaram que o conceito jurídico de «interesses gerais» pode, segundo a sua jurisprudência, abranger todos os interesses gerais possíveis a favor da pessoa colectiva. Já a DEB afirmou, na audiência, a dupla função das autoridades alemãs no processo principal, visto que, este Estado-Membro, é o autor do seu prejuízo, e, a entidade que deve garantir a sua protecção jurisdicional efectiva! Contudo, o direito da União não coloca entraves a que um Estado-Membro seja simultaneamente legislador, administrador e juiz, desde que haja respeito pelo princípio da separação dos poderes, princípio característico dos Estados de Direito. Uma das grandes questões levantadas pela análise deste acórdão relaciona-se com o facto de o princípio da protecção jurisdicional efectiva, como plasmado no artigo 47. da Carta, se este deve ser analisado no sentido de que não está excluído que possa ser invocado por pessoas colectivas e que o apoio concedido em aplicação deste princípio pode abranger, designadamente, a dispensa de pagamento antecipado dos encargos judiciais e/ou a assistência de um advogado. A resposta reside no facto de que cabe ao órgão jurisdicional nacional verificar se os requisitos de concessão do apoio judiciário constituem uma limitação do direito de acesso aos tribunais susceptível de prejudicar a sua essência, se têm um objectivo legítimo e se existe uma relação proporcional entre os meios utilizados e o objectivo prosseguido. Particularmente, no caso das pessoas colectivas, o órgão jurisdicional nacional pode tomar em consideração a situação destas, a forma e o fim lucrativo ou não da pessoa colectiva em causa bem como a capacidade financeira dos seus sócios ou accionistas e a possibilidade de estes obterem as quantias necessárias para a propositura da acção. IV. Opinião Crítica Particularmente, penso que muito deste caso pode ser resolvido atendendo à jurisprudência histórica, nomeadamente o Acórdão Francovich de Já que nesse acórdão o cerne da questão prendia-se com o dever de o particular lesado ser indemnizado pela não transposição de uma directiva pelo Estado-Membro, visto que decorre do princípio da Lealdade Europeia (e do projecto Europa ) para os seus Estados-Membros a eliminação de consequências ilícitas de uma violação do Direito da União Europeia. Ora, no caso sub judice (C-279/09), tal como no Acórdão Francovich, houve um atraso na transposição de uma directiva (acção de incumprimento), o que provocou 6

7 prejuízos. O Estado alemão não transpôs atempadamente a directiva causando prejuízos à DEB. Vários exemplos jurisprudenciais, reflectem a orientação do Tribunal de Justiça de que os particulares não podem ser privados da possibilidade de accionarem a responsabilidade do Estado a fim de obterem, por este meio, a protecção jurídica dos seus direitos. Também, como já foi mencionado, o artigo 47.º da Carta prevê o direito a acção e a um tribunal imparcial, sendo que no ponto 3 refere expressamente a assistência a quem dela necessite para garantir a efectividade do Direito da União. Contudo, muito pouca jurisprudência existe no que concerne à concessão de apoio judiciário a pessoas colectivas. O Advogado-Geral Paolo Mengozzi nas suas conclusões 6 refere considerar que foi respeitado o princípio da equivalência (além do princípio da efectividade), já que o pagamento da taxa de justiça é exigido de cada vez que é intentada uma acção de responsabilidade contra o Estado, seja com base numa alegada violação do direito nacional, seja com base numa alegada violação do direito da União; bem como as condições de concessão do apoio judiciário às pessoas colectivas são as mesmas para as duas situações. De facto, a legislação alemã mostra-se verdadeiramente restritiva no que diz respeito ao acesso aos tribunais por parte das pessoas colectivas, mas de facto existe essa possibilidade. O mesmo não pode ser dito em relação a todos os Estados-Membros. Efectivamente, não é um direito incondicional (mas também não o é para as pessoas singulares!), estando sujeito a critérios. Estes critérios divergem atendendo ao facto de estarmos perante pessoas singulares ou pessoas colectivas e, de seguida, se estamos perante uma pessoa colectiva com ou sem fim lucrativo. O propósito destas distinções subjaz no combate a acções abusivas que possam ser intentadas por pessoas colectivas que prossigam um fim lucrativo e cujo único objectivo da sua constituição seja o de obter algum lucro com a mera actividade processual. Daí que nem o princípio da efectividade pode justificar a obrigação de assegurar a tais entidades jurídicas um acesso efectivo a um tribunal. Atendendo ao facto de no Direito da União não existir, actualmente, uma regra geral quanto às pessoas colectivas e à susceptibilidade de concessão de apoio judiciário, com características similares às das pessoas singulares, pressupõe uma compatibilização 6 De 1 de Setembro de

8 entre direito da união e legislação alemã. Assim, cabe ao órgão jurisdicional nacional verificar se o montante da taxa exigida é adequado à luz das circunstâncias do presente processo, em particular do fumus boni juris da acção pretendida e de uma repartição adequada, entre o Estado e a empresa, dos custos do serviço da justiça, atendendo à situação desta (a origem dos danos que alega ter sofrido). Mais ainda, pelo princípio da interpretação conforme, poderá ter em consideração o facto de o Governo alemão reconhecer que a salvaguarda da efectividade do direito da União e, portanto, a protecção dos direitos que este confere aos particulares, podem efectivamente corresponder a interesses gerais que importa ter em conta no momento de decidir de um pedido de apoio judiciário apresentado por uma pessoa colectiva. 8

9 V. Bibliografia: Alessandra Silveira, Princípios de Direito da União Europeia Doutrina e Jurisprudência, Quid Juris, 2009 Alessandra Silveira, Pedro Froufe, Tratado de Lisboa, Quid Juris, 2010 curia.europa.eu Acórdão C-279/09 José Caramelo Gomes, aula ministrada no decurso do mestrado em Direito da União Europeia, a 26 de Novembro de

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