ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 5. Profª. Lívia Bahia
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- Ana Júlia Barros Carlos
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1 ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 5 Profª. Lívia Bahia
2 Vulvovaginites Manifestação inflamatória e/ou infecciosa do trato genital feminino inferior, ou seja, vulva, vagina e epitélio escamoso do colo uterino (ectocérvice); Manifestam -se por meio de corrimento vaginal, associado a um ou mais sintomas inespecíficos: prurido vulvovaginal, dor ou ardor ao urinar e sensação de desconforto pélvico; Entretanto, muitas infecções genitais podem ser completamente assintomáticas;
3 Conteúdo vaginal fisiológico X patológico; O conteúdo vaginal fisiológico resulta de: muco cervical, descamação do epitélio vaginal (ação estrogênica); transudação vaginal; secreção das glândulas vestibulares (de Bartholin e de Skene); São transparentes ou brancos;
4 Causas comuns Agentes infecciosos endógenos: o Vaginose bacteriana o Candidíase Agentes sexualmente trasmitidos: o Tricomoníase
5 Vaginose Bacteriana É um conjunto de sinais e sintomas resultante de um desequilíbrio da flora vaginal, que culmina com uma diminuição dos lactobacilos e um crescimento polimicrobiano; Agentes etiológicos: Gardnerella vaginalis, Bacteroides sp, Mobiluncus sp, micoplasmas, peptoestreptococos; É a principal causa de corrimento vaginal; Incide em aproximadamente 45% das mulheres;
6 Não se trata de infecção de transmissão sexual, apenas pode ser desencadeada pela relação sexual em mulheres predispostas, ao terem contato com sêmen de ph elevado;
7 Sintomas: Assintomática; Corrimento vaginal fluido, homogêneo, branco-acinzentado ou amarelado, normalmente em pequena quantidade e não aderente, e pode formar microbolhas; Corrimento vaginal com odor fétido (peixe podre), mais acentuado após o coito e durante o período menstrual quando ph vaginal se eleva; Dor às relações sexuais (pouco frequente);
8 Diagnóstico Baseado na presença de 3 dos 4 critérios de Amsel: - Corrimento acinzentado ou brancoacinzentado, homogêneo, fino; - ph vaginal > 4,5 (presente em 80 a 90% das VB); - Teste das Aminas ou Teste de odor da secreção vaginal (Whifftest) - Visualização de Clue Cells - células epiteliais vaginais com sua membrana recoberta por bactérias, que aderem à membrana celular e tornam o seu contorno granuloso e impreciso.
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10 Tratamento OBS.: Parceiros não precisam ser tratados
11 Acompanhamento não necessário se os sintomas se resolvem; Indicado em mulheres com múltiplas recorrências; Abordagem da VB e HIV: tratamento de soropositivas é igual ao de soronegativas. Parece mais persistente nas HIV positivas; Alergia ou intolerância à terapia recomendada: nesse caso, usa-se, preferencialmente, o creme de Clindamicina vaginal; Gravidez: gestantes sintomáticas devem ser tratadas. O uso de Metronidazol é seguro (sem efeitos teratogênicos ou mutagênicos em recém-natos, mas seu uso ainda é evitado no primeiro trimestre da gestação);
12 Candidíase É uma infecção da vulva e vagina, causada por um fungo comensal que habita a mucosa vaginal e a mucosa digestiva, que cresce quando o meio torna-se favorável para o seu desenvolvimento; Cerca de 80 a 90% dos casos são devidos à Candida albicans e de 10 a 20% a outras espécies chamadas não- albicans (C. tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis);
13 É a segunda causa mais comum de corrimento vaginal; A relação sexual não é a principal forma de transmissão; Esses organismos podem fazer parte da flora endógena em até 50% das mulheres assintomáticas;
14 fatores predisponentes da candidíase vulvovaginal são: gravidez; diabetes mellitus (descompensado); obesidade; uso de contraceptivos orais de altas dosagens; uso de antibióticos, corticóides ou imunossupressores; hábitos de higiene e vestuário inadequados (diminuem a ventilação e aumentam a umidade e o calor local); contato com substâncias alérgenas e/ou irritantes (talco, perfume, desodorantes); alterações na resposta imunológica, inclusive a infecção pelo HIV;
15 Sintomas: Prurido vulvovaginal (principal sintoma e de intensidade variável); Queimação vulvovaginal; Dor à micção (disúria); Dispareunia; Hiperemia e edema vulvar; Fissuras e maceração da vulva; Corrimento branco, branco-acinzentadas, grumoso, de aspecto caseoso;
16 Diagnóstico Diagnóstico Clínico; Diagnóstico laboratorial: o Teste do ph vaginal menor ou igual a 4,5; o Exame direto a fresco com KOH a 10%: solução adstringente que mostra com facilidade a presença de psudo-hifas na secreção vaginal (em cerca de 70% dos casos); o Bacterioscopia pelo gram: mostra as psudo-hifas coradas fortemente pelo gram;
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18 Tratamento; Os parceiros sexuais de portadores de candidíase não precisam ser tratados, exceto os sintomáticos; Alguns autores recomendam o tratamento via oral de parceiros apenas para os casos recidivantes;
19 Tricomoníase Agente etiológico: Trichomonas vaginalis; É um protozoário flagelado, tendo como reservatório a cérvice uterina, a vagina e a uretra; Sua principal forma de transmissão é a sexual. O risco de transmissão por ato é de 60 a 80%;
20 Sua principal forma de transmissão é a sexual. O risco de transmissão por ato é de 60 a 80%; Excepcionalmente, causa corrimento uretral masculino; Na mulher, pode acometer a vulva, a vagina e a cérvice uterina; Pode permanecer assintomática no homem e, na mulher, principalmente após a menopausa;
21 Sintomas corrimento abundante, amarelo ou amarelo-esverdeado, mal cheiroso e bolhoso; prurido e/ou irritação vulvar; dor pélvica (ocasionalmente); sintomas urinários (disúria, polaciúria); hiperemia da mucosa, com placas avermelhadas (colpite difusa e/ou focal, com aspecto de framboesa);
22 Diagnóstico Clínico; Características do corrimento; Exame a fresco - Utiliza-se o exame direto (a fresco) do conteúdo vaginal ao microscópio, de fácil interpretação e realização. Colhese uma gota do corrimento, coloca-se sobre a lâmina com uma gota de solução fisiológica e observa-se ao microscópio; ph vaginal; Teste de Whiff;
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24 Tratamento OBS.: Tratar parceiros!
25 IMPORTANTE! A tricomoníase vaginal pode alterar o resultado da citologia oncológica. Por isso, nos casos em que houver alterações morfológicas celulares, deve-se realizar o tratamento e repetir a citologia para avaliar se há persistência dessas alterações;
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