FISIOTERAPIA NAS RECONSTRUÇÕES MAMÁRIAS PALESTRANTE: FIT. ARETHUZZA ALVES 2018
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- Júlio César Palma Azevedo
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1 FISIOTERAPIA NAS RECONSTRUÇÕES MAMÁRIAS PALESTRANTE: FIT. ARETHUZZA ALVES 2018
2 ONCOPLÁSTICA Cirurgia oncológica Reconstrução mamária Cirurgia Plástica Técnicas cirúrgicas das mamas de efeito cosmético que prossegui ao tratamento oncológico conservador ou radical para melhorar a integridade física e psicológica das mulheres. CARDOSO, MJ & COMBA, AS 2010.
3 Reconstruções Mamárias Mundialmente, o CA mama é o mais prevalente e comum entre as mulheres Embora o tratamento para o CA de mama tenha melhorado. A cirurgia ainda é o tratamento de escolha para proporcionar uma vida livre de doença As técnicas cirúrgicas e as terapias associadas no tratamento reduzem o risco de recorrência local, metástases à distância e aumentam a sobrevida global, o que contribui com a melhora do prognóstico.
4 A taxa de cirurgia conservadora da mama esta aumentando porém ainda tem um grande número de pacientes que necessitam de mastectomia total que consiste na remoção total da mama podendo ser seguido de esvaziamento axilar e terapias coadjuvantes. A ausência da mama tem um grande efeito no corpo e mente das pacientes, principalmente em pacientes jovens. Nos últimos anos, a reconstrução após a mastectomia tornou-se parte integrante do manejo do câncer de mama, melhorando a integridade física e psicológica das mulheres sem comprometer a segurança oncológica proporcionando efeitos emocionais e estéticos. Qin, Q. et al Martins, TNO et al 2017.
5 TIPOS DE RECONSTRUÇÕES MAMÁRIAS Reconstrução de tecido autólogo (retalho); Reconstrução de implante: material prostético. Combinação de ambos: material prostético e autólogo. A reconstrução mamária pode ser realizada imediatamente ou posteriormente. Método: determinado pela preferência do paciente e considerando as características físicas e fatores de risco. Qin, Q. et al CARDOSO, MJ; COMBA, AS 2010.
6 MATERIAS ALOPLÁSTICOS: EXPANSORES OU IMPLANTES Materiais Prostéticos: Prótese de volume fixo Expansores mamários de volume ajustável: permitem a reconstrução em tempo cirúrgico e possui 2 câmaras sendo 1 interna que ajusta o volume variável de soro e a outra externa preenchida com gel de silicone. Espaçadores por baixo da pele da mama para evitar que volte para a parede torácica após mastectomia. O implante pode ser removido e substituído por tecido autólogo. O expansor está sendo preenchido para ampliar a pele da região mamaria para a inserção de retalho tecidual.
7 VANTAGENS Procedimento rápido Melhor cobertura da prótese Maior previsibilidade de resultados Menor tempo de internação Expansores: reconstrução imediata, melhor forma da neomama, não necessita de simetrização Simplicidade técnica Segurança COMPLICAÇÕES Posicionamento incorreto da prótese Infecção Desinsuflação Extrusão Rotura Constractura capsular RECOMENDAÇÕES Evitar o uso de prótese em caso de radioterapia Melhoria dos contornos
8 RECONSTRUÇÃO DE TECIDOS AUTÓLOGOS Transferência de retalhos de uma dada zona doadora para a parede torácica anterior. Retalho da parede abdominal inferior Contra indicações Pacientes psicologicamente descompensadas Obesidade Diabetes Tabagismo Doenças cardiorrespiratórias Cicatrizes abdominais que alterem a circulação cutâneas Retalho do Grande Dorsal Desvantagens Uso de dreno Formação de Seroma Complicação relacionada com a zona doadora com a prótese Contra indicações: iguais para reconstrução de tecidos autólogos CARDOSO, MJ; COMBA, AS 2010
9 RETALHO MIOCUTÂNEO DO RETO ABDOMINAL - TRAM Utiliza-se um retalho do músculo reto abdominal para criar a nova mama. Neste caso o próprio músculo com a camada adiposa determina o volume da mama, não sendo necessário uma prótese. As pacientes podem apresentarem parestesias, fraqueza e dor abdominal persistente até 2 anos após a cirurgia. E o abaulamento abdominal pode prejudicar a função física diária. McNeely,ML et al
10 Retalho do Músculo Grande Dorsal Tecido autólogo pediculado ou livre Faz a rotação do retalho É indicado para casos em que não há pele suficiente na região da mama para a reconstrução ou quando tem impeditivo para uso de retalho de outra região. Ele pode ser usado juntamente com uma reconstrução com implante a fim de aumentar a espessura do tecido acima do implante em caso de má qualidade do tecido da pele. Fertsch,S. et al 2017
11 RECONSTRUÇÃO AUTÓLOGA VANTAGENS Resultados mais naturais e duradouros, Evitar alterações postural Melhora da aparência estética Melhora a autoestima, Melhora a vida sexual, Melhora a qualidade de vida DESVANTAGENS Necrose do retalho cutâneo, Retração do retalho e até calcificações, Alteração da sensibilidade Restrição de ADM Dor, Edema A doença de Mondor (trombose das veias torácica lateral e / ou toracoepigástrica) Quilotórax devido à lesão do ducto torácico
12 LIPOASPIRAÇÃO E ENXERTO DE GORDURA Proporciona um contorno natural dos pólos superiores e inferiores das mamas e adequa as dimensões e projeções. Lipoaspiração Cirurgia para melhorar o contorno corporal em áreas que apresenta gordura localizada e podendo usar essa gordura para enxertar áreas que precisa de preenchimento. Complicações: Edema, hematoma, seroma, infecção e trombose. Enxerto de Gordura Indicações Melhorar contorno Preenchimento de depressões da mama e do tórax Maior projeção Vantagens Facilidade de colheita Baixa morbidade Baixo grau de reabsorção
13 Resultados pós-operatórios de reconstrução mamária após mastectomia: um estudo retrospectivo 151 pacientes do sexo feminino com média de 41 anos Acompanhas no intervalo de 44 meses (2009/2015) Reconstrução do tecido autólogo 59 pacientes (39,1%) Reconstrução imediata do implante 54 pacientes (35,7%) Reconstrução tardia por implante 38 restantes (25,2%)
14 OBJETIVOS DO ESTUDO Analisar os resultados cirúrgicos, Segurança oncológica, Complicações
15 RESULTADOS Características das pacientes: Não houve diferenças significativas na idade, IMC, diabetes, história de tabagismo, hipertensão, estágio TNM, tipos patológicos, receptor hormonal, perda de sangue e drenagem pós-operatória entre os 3 grupos. Dos 151 pacientes, 32 receberam quimioterapia neoadjuvante, 57 foram submetidos à radioterapia, 108 quimioterapia adjuvante e 119 à terapia endócrina.
16 Resultados Oncológicos Reconstrução do tecido autólogo Reconstrução imediata do implante Reconstrução tardia por implante 59 pacientes (39,1%) 4 pts apresentaram recidiva locorregional e 3 apresentaram metástase à distância 54 pacientes (35,7%) 2 pts apresentaram recidiva locorregional e 2 apresentaram metástase à distância 38 restantes (25,2%) 5 pts apresentaram recidiva locorregional, 2 pacientes apresentaram metástase à distância
17 COMPLICAÇÕES 26% OBESIDADE E DIABETE
18 CICATRIZAÇÃO 1. Inflamatória: dura 72 horas. Na primeira etapa ocorre uma vasoconstrição em seguida ocorre liberação de substâncias vasoativas (histaminas, serotonina, plasmina, prostaglandinas que vão fazer uma vasodilatação e o exudato coagula delimitando o processo. 2. Fase de latência/proliferação celular: Células de fatores do crescimento estão aumentando por volta do 6º dia. 3. Fibroplasia (biossíntese do colágeno), formação do tecido de granulação. Ação dos macrófagos. Formação de novos vasos. 7º dia.
19 4. Fase de contração: redução da superfície cruenta, aproximação das bordas da lesão. Início entre o 7º ao 14º dias de lesão: Ocorre deposito de matriz proteica Clareamento do tecido Redução dos sintomas Tem ate um ano para pegar o formato normal Resumo da cicatrização Inflamatória Proliferativa semanas Remodelagem Colágeno tipo 1, duração entre 9 meses a 1 ano
20 72 hrs 7º PO 15º PO
21 FISIOTERAPIA Objetivos Prevenindo sinais e sintomas como: edema, fibrose, linfedema, aderências, algias, limitações de ADM e flacidez pós-operatória Preparar a paciente para cirurgia Preparar todo o tecido Preparar o emocional Ensinar o posicionamento adequado no leito Treinar a respiração E orientar a importância do uso das cintas e meias compressivas Aliviar os desconforto
22 É CONTRA INDICADO MITO VERDADE PROCEDIMENTO Fisioterapia na fase aguda 24 a 72 hrs X Massagem vigorosa em fase proliferativa 3º ao 10º PO X Terapia a distância, manusear cicatriz, DLM, deambulação. DLM e mobilização do tecido conjuntivo Maior tensão na fase de maturação cicatricial 10º a 15º Cinesioterapia (RETT, MT 2012) x x Estiramento leve em caso de fibrose Previne, TVP, dor, encurtamento, rigidez. Deambulação sem semiflexão de tronco (retalho abdominal) X Levantamento da posição semifletido progressivo: dias
23 É CONTRA INDICADO MITO VERDADE PROCEDIMENTO Levantamento do ombro acima de 90º antes da retirada do dreno X Para evitar seroma BERGANN, A Decúbito ipsilateral e ventral Fortalecimento abdominal em fase cicatricial X X Orientar DD em semiflexão e contralateral a cirurgia Risco deiscência, perda do retalho Crioterapia FONSECA, JFD; BRITTO, MN 2009 relativa Integridade sensorial, Alergia, intolerância ao frio, comprometimento arterial periférico, e redução da circulação local
24 É CONTRA INDICAÇÃO MITO VERDADE PROCEDIMENTO Laser REOLON, RC etal 2015 RAMPINI, MP et al 2009 Ultrassom FONSECA, JFD; BRITTO, MN 2009 X Falta de envidência nas reconstrução por retalho/lipoenxertia Ajuda na cicatrização Acelera a cicatrização evitando que fique hipertróficas e com quelóides. Tto de fibrose. TENS FONSECA, JFD; BRITTO, MN 2009 X Muito utilizado na coluna devido o posicionamento Manipular região de enxerto X Risco de absorção rápida pelo organismo Manipular a protese X Evita a aderência
25 ORIENTAÇÕES Tempo de internação: 48 horas Levantamento da posição semifletido progressivo: dias Cicatrização completa: 18 meses Exposição ao sol: após 30 dias Tempo de cirurgia: 2 a 6 horas Banho: usar sabonete liquído Ferida: óleo dersani, água boricada, sorofisiológico em caso de prurido.
26 FISIOTERAPIA NO PÓS OPERATÓRIO
27 OBRIGADO!!!
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