O OLHAR: PORTA PARA O PARAÍSO OU PARA O ABISMO!

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O OLHAR: PORTA PARA O PARAÍSO OU PARA O ABISMO!"

Transcrição

1 O OLHAR: PORTA PARA O PARAÍSO OU PARA O ABISMO! Suilei Monteiro Giavara 1 Michelle Vasconcelos Oliveira do Nascimento 2 Resumo: Na obra Um olhar a mais (2002), Antonio Quinet, retomando o conceito freudiano de função escópica, trabalha com a importância do olhar na subjetividade e na sociedade contemporânea. No entanto, desde Platão o olhar já é relacionado com o desejo erótico pela capacidade que tem de evidenciar o belo. Quando vivido sem culpa, o olhar pode ser motivo de felicidade, contudo, nem sempre ele é motivo de gozo para aquele que olha, pois muitas vezes se torna um catalisador de desejos proibidos guardados nos espaços mais recônditos. Assim, neste texto, a intenção é olhar os poemas, Se tu viesses ver-me..., de Florbela Espanca, e, Ilusão, de Judite Teixeira, sob esta perspectiva do olhar, priorizando-o como estimulador do erotismo que a literatura de autoria feminina da época era obrigada a colocar à margem. Palavras-chave: Florbela Espanca. Judith Teixeira. Poesia. Literatura de autoria feminina. O olhar, o desejo e o amor são elementos que estão presentes em toda a literatura. O olhar desencadeador do desejo, e este do amor, é um tema recorrente na poesia ocidental e suas raízes remontam à mitologia greco-romana com o famoso mito de Narciso. Na literatura, está presente nas mais variadas obras e épocas, expressando a busca e a atração do sujeito pelo olhar, ainda que do outro, instaurando uma relação recíproca de ver e ser visto. A incidência dessa imagem e a sua significação fez com o que o olhar se tornasse objeto de estudo em várias áreas do pensamento. E este olhar, enquanto responsável pelo desejo e pela fascinação, é uma das grandes teorias estudadas pela psicanálise e pela filosofia. Ser visto é o desejo de todo sujeito e a expectativa do olhar do outro causa apreensão. Olho e quero ser visto, esse é o movimento natural. Os olhos sempre foram o espelho da alma, enquanto representantes do desejo e, na poesia universal, representam tanto o campo do desejo quanto o campo da razão não só na poesia, mas em toda a literatura e, especificamente na portuguesa, desde o Trovadorismo de Paio Soares de Taveirós e D. Dinis até a literatura contemporânea, os olhos como vetor do desejo pintaram os versos com uma nuance erótica, quase sempre, condenada pela moral. Não obstante, no século XVII, devido às descobertas científicas, prevaleceu o olho da razão, em detrimento do olhar desejante. Esse olhar da razão iluminava as coisas jogando o desejo no esquecimento e fazendo com que o campo escópico fosse excluído do gozo. Desde então, foi preciso esperar por Freud e por Lacan para, respectivamente, iluminar o desejo e conceituar essa 1 Doutoranda em Literatura pela Unesp/Assis Bolsista Fapesp. 2 Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), CNPQ. 1

2 pulsão e elaborar a estrutura do campo visual com a inclusão da causa do desejo e do objeto de gozo: o mais-de-olhar. Neste ponto/momento de desenvolvimento da teoria do desejo, o olho entra em cena. O olho é o ponto de contato entre o homem e o mundo ou, como assegura Merleau-Ponty 3, a carne é o ponto de contato entre o corpo e o mundo e o eu existe no mundo por ele: Ver um objeto é ou possuí-lo à margem do campo visual e poder fixá-lo, ou então corresponder efetivamente a essa solicitação, fixando-o quando eu o fixo, ancoro-me nele, mas esta parada do olhar é apenas uma modalidade de seu movimento: contínuo no interior de um objeto a exploração que, há pouco, sobrevoava-os a todos, com um único movimento fecho a paisagem e abro o objeto... olhar o objeto é entranhar-se nele. (QUINET, 2002, p.43) O movimento do olhar é o que situa o ser no mundo. É o movimento sensível que celebra a existência humana. O indivíduo não escolhe olhar, ele simplesmente olha e é olhado. As relações que se estabelecem seguidas deste olhar é que passam pelas escolhas. Primeiro eu olho, para depois decidir se fecho os olhos ou se os abro mais, se desvio ou se vou de encontro. Certo é que, uma vez estabelecido o olhar, o resultado desta ação permanece em algum lugar. Registro visível e invisível atado-marcado no corpo. A carne não é matéria, mas algo substancializado e neste algo que se situa o ponto do olhar que faz daquele que vê um visível. Merleau-Ponty anuncia o que será o ponto central da teoria lacaniana do campo visual: a preexistência de um olhar no espetáculo do mundo. (QUINET, 2002, p. 40). Nesse mundo que vejo, sou, antes de tudo, visto. O olhar não está apenas ao nível dos olhos. A apreensão do mundo se dá com a visão e está reservada à instância do olhar a apreensão do olhar desse outrem. O olhar em questão na psicanálise não é um olhar do sujeito e sim um olhar que incide sobre o sujeito, é um olhar que o visa: olhar inapreensível, invisível, pulsional. O olhar é um objeto apagado do mundo de nossa percepção, que não deixa, no entanto, de nos afetar: a visão predomina sobre o olhar excluindo-o do campo do visível. Nessa separação entre o olho e o olhar encontra-se a esquize 4 do sujeito em relação ao campo escópico no qual se manifesta a pulsão. A pulsão está na base do dar-a-ver do sujeito e o afeta através de um olhar que o objetiva e ao mesmo tempo se encontra excluído da visão. (QUINET, 2002, p.41) Segundo Merleau-Ponty 5, essa esquize do olho e do olhar corresponde no âmbito visual à diferença entre o imaginário e o real, segundo a tópica lacaniana. O real é domínio da pulsão, que nos afeta quando é satisfeito o gozo do olhar. Nosso mundo da percepção visual é de ordem do 3 Apud QUINET, 2002, p Esquize é um termo utilizado por Lacan em seu Seminário 11, Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. O termo se refere à angústia da perda, da castração. O olho e o olhar são, segundo Lacan, a esquize na qual se manifesta a pulsão a nível escópico. (Cf. LACAN, 1998, p.72). 5 Apud QUINET, 2002, p.39. 2

3 imaginário, estruturado e sustentado pelo simbólico. É um mundo de imagens cujo protótipo nos é dado pelo espelho e cuja geometria e perspectivas são dadas pelo simbólico. O eu, constituído pela imagem do outro no espelho, é um dos objetos do mundo visível cuja percepção se situa no âmbito especular e do qual se distingue o campo escópico, registro do real e pulsional do objeto a 6 enquanto olhar que escapa ao visível. O visível e o invisível se articulam a partir dos três registros: imaginário, simbólico e real. O registro do simbólico age como barreira entre o imaginário e o real ao mesmo tempo em que os articula.[...] O imaginário nos dá a forma da realidade. O espaço que a realidade compreende, segundo Freud, só pode ser a projeção da extensão do aparelho psíquico. A realidade é feita do imaginário e determinada pelo simbólico do qual o real está foracluído. A realidade é um esgar do real, formatado pelo imaginário e determinado pelo simbólico. E o Outro do simbólico é o lugar onde advém o sujeito já preso em uma rede simbólica como objeto do desejo do Outro. Esse Outro é, portanto, anterior ao sujeito que aí ingressa, e tem uma função de estruturação da realidade do sujeito ao barrar o objeto a, objeto real da pulsão, que não aparecerá como fenômeno na realidade do sujeito, pois o campo da realidade, diz Lacan, só se sustenta devido à extração do objeto a que, no entanto, fornece o seu enquadramento. Para que o campo da realidade se constitua para um sujeito é preciso que, simultaneamente à entrada do sujeito no campo do Outro, o objeto a seja extirpado. (COUTINHO JORGE, 2002, p.42) O objeto a, portanto, não faz parte do campo da realidade, ou seja, suas modalidades não são percebidas, vistas, ouvidas, sentidas, tocadas, nem provadas. O olhar é invisível. O objeto a, causa do desejo, causa angústia. É a eterna busca pelo preenchimento da falta de não sei o quê e não sei como, citada em tópicos anteriores. É o desejo que move o ser, que o faz olhar, ser olhado. O olhar se encontra no prazer escópico. (COUTINHO JORGE, 2002, p.119) O olhar não se encontra no campo da visão, mesmo que tenha aí seu lugar de causa. Do espetáculo do mundo vem um olhar que me olha e que eu não vejo, embora me sinta afetado por ele. O olhar é o invisível da visão, existe, dessa forma, uma demanda do sujeito de ser visto pelo Outro, uma demanda que é sempre demanda de amor, pois o Ideal do Eu corresponde ao olho benevolente e protetor. (COUTINHO JORGE, 2002, p.119) 6 Objeto a, causa do desejo: ao criar o objeto a, Lacan sentiu que havia feito a contribuição mais importante à psicanálise Poucos conceitos na obra lacaniana foram elaborados de forma tão ampla, revistos de maneira tão significativa, examinados com minúcias a partir de perspectivas muito diferentes, e exigem tantas modificações em nossa forma habitual de pensar o desejo, a transferência, e a ciência. Fink, em sua obra O sujeito lacaniano, explica o advento do objeto a em uma série de contextos diferentes para explicar o advento do sujeito e as mudanças correspondentes no Outro. Os conceitos de objetos e de sujeitos formulados por Lacan foram revistos ao longo do tempo, e esses conceitos são imprescindíveis para se entender a obra de Lacan em qualquer momento específico. Para Lacan, o objeto a é apenas a presença de um cavo, de um vazio, ocupável, nos diz Freud, por não importa que objeto, e cuja instância só conhecemos na forma de objeto perdido, a minúsculo. (cf. FINK, 1998, p.107). O agalma termo grego que significa ornamento, tesouro, objeto oferenda aos deuses ou, de modo mais abstrato, valor e designa todo tipo de objeto precioso, representa o núcleo da conceituação lacaniana do objeto a. O agalma representa, assim, o caráter sumamente enigmático do objeto do desejo e sua relação com a falta e o real. O objeto a é um objeto faltoso, ou nos dizeres de Freud, para quem o encontro do objeto é sempre um reencontro, é um objeto perdido que o sujeito busca reencontrar. A rigor é preferível falar do objeto a como causa do desejo e não como objeto do desejo. (COUTINHO JORGE, 2002, p.139). 3

4 Com sua demanda de ser visto pelo Outro, para ser reconhecido e amado com sua particularidade, o sujeito busca um par ideal que possa encarnar o ideal do eu para admirá-lo e, se necessário, acudi-lo. A tendência do sujeito de constituir um Outro que tenha, contenha e detenha o olhar é universal. Afeto-me com esse olhar. Busco o olhar incessantemente, e sua ruptura causa angústia e dor. Esse é o olhar psicanalítico, e essa imagem percorre toda a literatura. As poesias de Florbela Espanca e de Judite Teixeira são exemplos de textos perpassados pelo olhar, o olhar desejante, um olho que quer ser visto e desejado, um olhar erotizado que deseja sem culpa. É estabelecendo o olhar no campo do desejo feminino que suas poesias subvertem o que era permitido à literatura de autoria feminina do início do século XX. Convém ressaltar que, na época, Portugal passava por um intenso surto moralizador que mobilizou não só os setores ligados ao universo religioso, mas também os vários meios de comunicação. Na contramão desse contexto, os modernistas, já conhecedores dos textos que pregavam a imanência do texto literário, buscavam dissociar a arte de qualquer princípio de moralidade, pois tinham a intenção de, pela arte, revolucionar a sociedade portuguesa, livrando-a dos valores hipócritas em que se pautava. É neste panorama que Florbela Espanca desenvolve a sua obra, que conta com 3 livros de poemas, dois publicados em vida e um póstumo. As imagens femininas que a perpassam trazem à tona questões relativas às mulheres de sua época, de forma a transgredir os modelos sociais e a moral, como assegura Maria Lúcia Dal Farra: Saiba-se, portanto, o que foi Florbela para o salazarismo: o antimodelo do feminino, da concepção de mulher e nisto reside, sem dúvida, a força mais primária de sua obra, cuja lucidez indomável questiona, insurrectamente, a condição feminina [...] e os históricos papéis sociais conferidos à mulher. (DAL FARRA, 2002, p. 17) Além disso, é inegável, ainda, na obra de Florbela, a presença da sensibilidade feminina, transbordante em seus versos, a qual tece, engendra a temática amorosa, a dor de amar, que se mescla com o erotismo pungente dos poemas. Essa relação amor-dor perpassada pelo viés erótico, possui como impulsionador, o olhar, que desencadeia o jogo amoroso, a busca pelo objeto de desejo, busca que culmina com a dor, pela ausência ou impossibilidade de alcança-lo, ou culmina com a expectativa de possuí-lo, numa entrega amorosa. O olho e o olhar, imagens constantes na poesia, são os responsáveis pelo desejo. O olhar no sentido escópico, o olhar que me olha e que me afeta, é o que permeia a poesia florbeliana. É esse olhar que desencadeia a demanda de ser visto pelo Outro, demanda de amor, como se observa nos versos do poema Se tu viesses ver-me.. (ESPANCA, 1999, p. 218): 4

5 Se tu viesses ver-me... Se tu viesses ver-me hoje à tardinha, A essa hora dos mágicos cansaços, Quando a noite de manso se avizinha, E me prendesses toda nos teus braços... Quando me lembra: esse sabor que tinha A tua boca... o eco dos teus passos... O teu riso de fonte... os teus abraços... Os teus beijos... a tua mão na minha... Se tu viesses quando, linda e louca, Traça as linhas dulcíssimas dum beijo E é de seda vermelha e canta e ri E é como um cravo ao sol a minha boca... Quando os olhos se me cerram de desejo... E os meus braços se estendem para ti... O poema é construído em torno dessa expectativa, na possibilidade criada desse convitesugestão: Se tu viesses ver-me.... A expectativa cria o momento mágico de sugestão desse eu lírico feminino, que inicia um jogo de sedução de palavras e imagens, no qual a intenção final não é verbalizada, mas sugerida pela conjunção condicional se e pelas reticências que assinalam o possível momento do prazer, o que deve ser silenciado, oculto. O soneto distingue-se por possuir a mesma oração condicional iniciando o primeiro quarteto e o primeiro terceto, dando continuidade à sugestão ao longo do poema, sem perder o fio que o conduz. A sugestão de ver-me é entremeada pela sedução do eu lírico, neste domínio, ainda, erótico, do corpo que deseja ser visto-tocado, construindo a relação olhar-desejo-corpo-carne na poesia. O horário da tarde, tardinha, do crepúsculo, é nostálgico, da dor e da saudade, e surge neste poema como horário da sugestão amorosa, é quando a luz solar se apaga e anuncia a noite, imagem da sedução feminina, pois o sujeito feminino é noturno, é na noite que a mulher se esconde e se agasalha. O horário da tardinha que é anunciado como de mágicos cansaços, remetendo aos cansaços extáticos, o prazer, é o convite para o encontro Se tu viesses ver-me.... E a sugestão para o convite seria E me prendesses toda nos teus braços..., assinalando a busca por esse Outro. O crepúsculo, imagem espaço-temporal, ganha, aqui, o relevo erótico, é a hora do prazer, e ao pôr do sol serão relacionadas as cores rubras, cores que simbolizam o fogo, o sangue e a paixão. Na segunda estrofe, a lembrança das sensações corporais já experimentadas vem à tona, e a boca de beijos, risos e sabores; as mãos a tocarem-se e os passos a anunciarem a chegada surgem 5

6 como o veículo corporal do amor, o erotismo evidencia-se pela sinestesia e fica explícito nas imagens da boca que sucumbe aos beijos, nos braços e abraços, na sugestão de atos amorosos que ficam na lembrança, representados pelas reticências em cada verso e também no título, que se repete em duas estrofes. Os adjetivos linda e louca, que descrevem o eu lírico na terceira estrofe, ajudam a compor o cenário da sedução e do desejo do eu lírico, no convidativo fim de tarde, em que a boca, veículo de toda a excitação, é o receptáculo para o amado; é a flor, o cravo. Esse momento de descrição culmina com o erotismo que preenche todo o poema, anunciado no último terceto: Quando os olhos se me cerram de desejo.../e os meus braços se estendem para ti..., assinalando a entrega dessa mulher, ou seja, a entrega do corpo aos desejos, à pulsão, ao gozo. A satisfação do desejo parece ser o único fim do eu lírico, ver-e-ser-visto, desejar e ser desejado são a demanda do sujeito feminino na poesia. A imagem do corpo feminino em ofertório, num espetáculo de sedução, cujo objetivo é o gozo, a satisfação amorosa e sexual, faz com que Florbela transgrida os padrões estabelecidos pela sociedade patriarcal e salazarista. E na base desse rompimento se encontra o olhar, o olho do desejo, o desejo e necessidade de ver e ser visto pelo Outro. Diferentemente de Florbela Espanca, em que o olhar desencadeia um jogo amoroso em que a necessidade de ser vista pelo ser amado, o Outro, é quase uma obsessão, ao longo dos 3 livros de poemas de Judith Teixeira, os motivos poéticos ligados ao olhar são geralmente desencadeadores de um processo de auto-observação, de sondagem interior na tentativa de autorreconhecimento, é, portanto, um olhar que incide sobre o sujeito e o desmascara para si mesmo. Mais do que isso, assim como no mito de Narciso, na poesia de Judith Teixeira o prazer e a solidão são sentimentos coexistentes, uma vez que o primeiro é concretizado apenas nos sonhos e a realidade traz sempre uma constatação amarga de que esse sentimento não encontra o objeto real, apenas o ideal, culminando numa solidão existencial, pois busca permanentemente a sua metade complementar. (Platão, 2001, p.124) Mais do que um erotismo convencional, em alguns poemas judithianos, como é o caso do poema Ilusão que segue citado na íntegra, há ainda uma insinuação homoerótica que, embora não marcada por nenhum componente linguístico, foi o mote para que a poetisa fosse vítima da coerção social nomeadamente pela Liga de Acção dos Estudantes de Lisboa, que exigiu do Governo Civil a apreensão de sua primeira obra intitulada Decadência (1923) e motivou-lhe o apodo desavergonhada : 6

7 Ilusão Vens todas as madrugadas prender-te nos meus sonhos, - estátua de Bizâncio esculpida em neve! E poisas a tua mão macia e leve nas minhas pálpebras magoadas... Vens toda nua, recortada em graça, rebrilhante, iluminada! Vejo-te chegar como uma alvorada de sol!... e o meu corpo freme, e a minha alma canta, como um enamorado rouxinol! Sobre a nudez moça do teu corpo, dois cisnes erectos quedam-se cismando em brancas estesias, e na seda roxa do meu leito, em rúbidos clarões, nascem maceradas, as orquídeas vermelhas das minhas sensações!... És linda assim: toda nua, no minuto doce em que me trazes a clara oferta do teu corpo e reclamas firmemente a minha posse!... Quero prender-me á mentir loira do teu grácil recorte... e os teus beijos perfumados, nenúfares desfolhados pela rajada dominante e forte das minhas crispações, tombam sobre os meus nervos partidos... estilhaçados!... Acordo. E os teus braços, muito ao longe, desfiam ainda a cabeleira fulva do sol por sobre os oiros adormecidos da minha alcova... visão bendita! repetida e nova! Loira Salomé de ritmos esculturais! Vens mais nua esta madrugada! Vem esconder-te na sombra dos meus olhos e não queiras deixar-me... 7

8 ai nunca, nunca mais! Agosto - madrugada 1925 (TEIXEIRA, 1996, p ) Desde o léxico o poema apresenta-se construído a partir do olhar. As pálpebras magoadas 7, do sujeito lírico são amenizadas apenas por uma visão que, como sombra, se mostra em sonho, no espaço do não real, onde é possível o desvendar de um erotismo diferenciado que a sociedade prefere manter na obscuridade, mas na fantasia pode ser vivido sem reservas. A cena erótica instaura-se a partir da imagem captada pelo o olhar, a estátua de Bizâncio, esse objeto a, caracterizado não pelo que é, mas pelo que o desejo quer ver - rebrilhante, iluminada, uma alvorada de sol - ganha forma e vida a partir daí e transforma-se, então, em objeto libidinal, que faz acender o prazer do eu lírico. Portanto, é o olhar o ato gerador da fantasia e, em decorrência dela, do prazer. A partir daí o que domina é uma ambiência povoada de sensações que envolvem todos os sentidos sinestesicamente. Contudo, como já foi dito, o erotismo na poesia de Judith Teixeira não gera somente prazer, neste caso, o olho é também uma porta para o abismo, porque a pulsão de morte que acompanha o sentimento de luxúria também é motivo de Dor, uma vez que não é possível conformar este sentimento ao que Freud chamou civilização, pois esta o reprime e interpõe-se entre o sujeito e o objeto do seu desejo, gerando insatisfação. É exatamente este sentimento que pode ser notado quando o eu lírico acorda e, muito ao longe no fio da memória ainda sob torpor, juntamente como o último verso do poema, vê deslocar os traços da visão bendita responsável pelos momentos de intenso prazer vividos mesmo que oniricamente. Então, ele prefere mantê-la escondida na sombra dos seus olhos, num gesto de sublimação que preserva a imagem somente para si para poder desfrutá-la, repetida e novamente, sem punição. Neste cenário, como diz a própria Judith Teixeira acerca de seus versos: Considerações finais Depois da realização artística dos meus poemas vermelhos e incendiários, onde esculpi corpos de beleza nas atitudes bizarras em que deslumbrei os meus sentidos, se eu quisesse encontrar o motivo real dessas concepções teria de descer ao meu mundo interior e interrogar o meu eu inconsciente. [...] A Natureza não basta, é certo, para corresponder às ambições do Artista. Para ele é preciso ir mais além daquilo que os olhos veem. (Teixeira, 2009, p. 217) 7 É conveniente ressaltar que o termo magoar em português de Portugal tem também o significado de ferir, machucar. Assim, pálpebras magoadas remetem para outra característica da poesia judithiana que é a associação do erotismo com a dor. 8

9 A relação entre o olhar e o desejo, elementos componentes da teoria psicanalítica da pulsão escópica, sempre esteve presente na literatura. O movimento olhar e ser olhado, ver e ser visto, impulsionador do desejo e do amor é impulsionador, ainda, dos versos eróticos e de liberação feminina de Florbela Espanca e de Judite Teixeira, pelos quais foram as poetisas condenadas pela moral da época, assim como fora condenado o olhar e o gozo durante séculos de domínio do olhar da razão, em detrimento do olhar psicanalítico. A busca por esse Outro que me olha, o desejo de ser visto e o gozo pelo olhar, tanto passivo quanto ativo, preenche os versos florbelianos de livros como Charneca em Flor. A negação do olhar é a desencadeadora de angústia e sofrimento na sua poesia, ao passo que a confirmação deste olhar alheio é responsável pelo deleite, gozo, por muitas vezes extático em seus versos. Juntamente com a poesia florbeliana, a poesia de Judite resgata o olhar do desejo no Portugal do início do século XX. Mas, enquanto o erotismo reside, na poesia de Florbela, na relação entre olhar e ser olhado, na poesia de Judite o erotismo advém do ato de olhar, do que vem juntamente com a visão: o que os olhos veem, ou seja, o que existe no campo especular. O olhar é o meio pelo qual o eu lírico identifica os elementos de desejo, mas não é o próprio elemento de desejo e gozo, como no texto florbeliano. Na sua busca por objetos de desejo mais distintos, que não o próprio olhar, Judite Teixeira parte muitas vezes do elemento onírico para olhar o que está além do permitido pelos olhos de sua época, entregando-se, assim como Florbela Espanca, às variadas possibilidades do olhar. Referências COUTINHO JORGE, Marco Antônio. Fundamentos da psicanálise de Freud a Lacan, v. 1: as bases conceituais. 3 ed. Rio de Janeiro: Zahar, DAL FARRA, Maria Lucia. Florbela, Inconstitucional. In: ESPANCA, Florbela. Afinado Desconcerto. Org. Maria Lúcia Dal Farra. São Paulo: Iluminuras, Poemas de Florbela Espanca. Estudo introdutório, organização e notas de Maria Lúcia Dal Farra. São Paulo: Martins Fontes, LACAN, Jacques. O seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. 2 ed. Rio de Janeiro: Zahar, PLATÃO. O Banquete. PLATÃO. O banquete. São Paulo: Martin Claret, QUINET, Antônio. Um olhar a mais: ver e ser visto na psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, TEIXEIRA, Judith. Poemas. Lisboa: & Etc,

10 The look: door to the heaven or to the abyss! Abstract: At the work Um olhar a mais (2002), Antonio Quinet, resuming the Freudian concept of "scopic function", works with the importance of looking at the subjectivity and at the contemporary society. However, since Plato's, the look is already connected with erotic desire for the ability it has to evince the beauty. When it s lived blameless, the look can be a source of happiness, however, it is not always a joy to one who looks, because it often becomes a catalyst for forbidden desires stored in the innermost spaces. Thus, in this text, the intention is to "look" poems, "Se tu viesses ver-me...", by Florbela Espanca, and "Ilusão" by Judith Teixeira, from this look perspective, prioritizing the look like stimulator of the eroticism which the female authorship literature of that time was bound to leave on the margin. Keywords: Florbela Espanca. Judith Teixeira. Poetry. Female authorship literature. 10

IDENTIFICAÇÃO MASCULINA E SUAS ARTICULAÇÕES COM O RECALCAMENTO. o processo de constituição do psiquismo. A discussão será feita à luz das idéias

IDENTIFICAÇÃO MASCULINA E SUAS ARTICULAÇÕES COM O RECALCAMENTO. o processo de constituição do psiquismo. A discussão será feita à luz das idéias IDENTIFICAÇÃO MASCULINA E SUAS ARTICULAÇÕES COM O RECALCAMENTO Cristiana de Amorim Mazzini 1 O presente trabalho discorrerá sobre a identificação masculina ocorrida durante o processo de constituição do

Leia mais

Consternação. Beija-me mais uma vez. Tudo e nada Eu quero Um dilema Em que vivo!

Consternação. Beija-me mais uma vez. Tudo e nada Eu quero Um dilema Em que vivo! Amor perfeito À noite, o mar desponta Nos teus olhos doces No teu corpo, O doce brilho do luar Mexe a brisa Em teus cabelos negros E nessas mãos Tão cheias de carinho Encontro esse amor perfeito Que tens

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

AMOR, TRANSFERÊNCIA E DESEJO

AMOR, TRANSFERÊNCIA E DESEJO AMOR, TRANSFERÊNCIA E DESEJO Lucia Serrano Pereira 1 Afirmo em nada mais ser entendido, senão nas questões do amor. Isso é o que está dito por Sócrates na obra de Platão O Banquete. O Banquete nos é indicado

Leia mais

A fala freada Bernard Seynhaeve

A fala freada Bernard Seynhaeve Opção Lacaniana online nova série Ano 1 Número 2 Julho 2010 ISSN 2177-2673 Bernard Seynhaeve Uma análise é uma experiência de solidão subjetiva. Ela pode ser levada suficientemente longe para que o analisante

Leia mais

LITERATURA PR P O R Fª Ma M. D INA A R IOS

LITERATURA PR P O R Fª Ma M. D INA A R IOS LITERATURA PROFª Ma. DINA RIOS Estilos de época Estilos de época O que são? Traços comuns na produção de um mesmo período/época. O amor em Camões Transforma-se o amador na cousa amada, Por virtude do muito

Leia mais

O MUNDO É A CASA DO HOMEM

O MUNDO É A CASA DO HOMEM O MUNDO É A CASA DO HOMEM Nichan Dichtchekenian Há dois motivos principais que me levam a fazer esta apresentação: O primeiro é fazer um esclarecimento e uma defesa da Fenomenologia, buscando, este esclarecimento,

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Hulda Gomides OLIVEIRA. Elza Kioko Nakayama Nenoki do COUTO. Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras. huldinha_net@hotmail.com

Leia mais

Gestão da Informação e do Conhecimento

Gestão da Informação e do Conhecimento Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 05 Aquisição da Informação Dalton Lopes Martins dmartins@gmail.com 2sem/2014 Aquisição da Informação PROCESSO 2 - A aquisição da informação envolve as seguintes

Leia mais

PERTO DE TI AUTOR: SILAS SOUZA MAGALHÃES. Tu és meu salvador. Minha rocha eterna. Tu és minha justiça, ó Deus. Tu és Jesus, amado da Minh alma.

PERTO DE TI AUTOR: SILAS SOUZA MAGALHÃES. Tu és meu salvador. Minha rocha eterna. Tu és minha justiça, ó Deus. Tu és Jesus, amado da Minh alma. PERTO DE TI Tu és meu salvador. Minha rocha eterna. Tu és minha justiça, ó Deus. Tu és Jesus, amado da Minh alma. Jesus! Perto de ti, sou mais e mais. Obedeço a tua voz. Pois eu sei que tu és Senhor, o

Leia mais

A Tua Frase Poderosa. Coaches Com Clientes: Carisma. Joana Areias e José Fonseca WWW.COACHESCOMCLIENTES.COM

A Tua Frase Poderosa. Coaches Com Clientes: Carisma. Joana Areias e José Fonseca WWW.COACHESCOMCLIENTES.COM A Tua Frase Poderosa Coaches Com Clientes: Carisma Joana Areias e José Fonseca WWW.COACHESCOMCLIENTES.COM Introdução Neste pequeno texto pretendo partilhar contigo onde os coaches falham ao apresentarem-se

Leia mais

Sugestão de avaliação

Sugestão de avaliação Sugestão de avaliação 6 PORTUGUÊS Professor, esta sugestão de avaliação corresponde ao segundo bimestre escolar ou às Unidades 3 e 4 do livro do Aluno. Avaliação - Língua Portuguesa NOME: TURMA: escola:

Leia mais

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da Introdução O interesse em abordar a complexidade da questão do pai para o sujeito surgiu em minha experiência no Núcleo de Atenção à Violência (NAV), instituição que oferece atendimento psicanalítico a

Leia mais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

Arte em Movimento...

Arte em Movimento... Leonardo Koury Martins Arte em Movimento... Arte em Movimento... Sabemos que por mais que queremos as coisas certas, todas no lugar, fáceis de tocar ou de compreender tudo estará em constante transformação.

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

Meditação 2011. distribuição gratuita 1

Meditação 2011. distribuição gratuita 1 Meditação 2011 distribuição gratuita 1 Acenda uma Vela na chegada de 2011 A sugestão é acender 2 velas, uma de Gratidão pelo ano que está partindo e outra na entrada do Novo Ano. A cor você escolhe, mas

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

A origem dos filósofos e suas filosofias

A origem dos filósofos e suas filosofias A Grécia e o nascimento da filosofia A origem dos filósofos e suas filosofias Você certamente já ouviu falar de algo chamado Filosofia. Talvez conheça alguém com fama de filósofo, ou quem sabe a expressão

Leia mais

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio 1. Substitua as palavras destacadas e copie as frases, tornando os fragmentos abaixo mais elegantes, além de mais próximos à língua padrão e à proposta

Leia mais

Sobre a intimidade na clínica contemporânea

Sobre a intimidade na clínica contemporânea Sobre a intimidade na clínica contemporânea Flávia R. B. M. Bertão * Francisco Hashimoto** Faculdade de Ciências e Letras de Assis, UNESP. Doutorado Psicologia frbmbertao@ibest.com.br Resumo: Buscou-se

Leia mais

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 0 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Renato da Guia Oliveira 2 FICHA CATALOGRÁFICA OLIVEIRA. Renato da Guia. O Papel da Contação

Leia mais

Os Quatros Elementos Ter, 02 de Dezembro de 2008 09:12

Os Quatros Elementos Ter, 02 de Dezembro de 2008 09:12 O estudo das forças ocultas da natureza presente nos quatro elementos e seus elementais, são comuns a todas as culturas por tratar-se de uma necessidade latente do ser humano. A Iniciação Hermética quase

Leia mais

POR QUE SONHAR SE NÃO PARA REALIZAR?

POR QUE SONHAR SE NÃO PARA REALIZAR? POR QUE SONHAR SE NÃO PARA REALIZAR? Como Encontrar a Verdadeira Felicidade Rosanne Martins Introdução Este livro foi escrito com o intuito de inspirar o leitor a seguir o sonho que traz em seu coração.

Leia mais

Sistema de signos socializado. Remete à função de comunicação da linguagem. Sistema de signos: conjunto de elementos que se determinam em suas inter-

Sistema de signos socializado. Remete à função de comunicação da linguagem. Sistema de signos: conjunto de elementos que se determinam em suas inter- Algumas definições Sistema de signos socializado. Remete à função de comunicação da linguagem. Sistema de signos: conjunto de elementos que se determinam em suas inter- relações. O sentido de um termo

Leia mais

Márcio Peter de Souza Leite 4 de abril de 1997 PUC

Márcio Peter de Souza Leite 4 de abril de 1997 PUC O Pai em Freud 1997 O Pai em Freud Márcio Peter de Souza Leite 4 de abril de 1997 PUC Conteudo: Pais freudianos... 3 O pai de Dora... 3 O pai de Schreber.... 4 O pai castrador, que é o terceiro em Freud,

Leia mais

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário Organizando Voluntariado na Escola Aula 1 Ser Voluntário Objetivos 1 Entender o que é ser voluntário. 2 Conhecer os benefícios de ajudar. 3 Perceber as oportunidades proporcionadas pelo voluntariado. 4

Leia mais

Desde sempre presente na nossa literatura, cantado por trovadores e poetas, é com Camões que o Amor é celebrado em todo o seu esplendor.

Desde sempre presente na nossa literatura, cantado por trovadores e poetas, é com Camões que o Amor é celebrado em todo o seu esplendor. Desde sempre presente na nossa literatura, cantado por trovadores e poetas, é com Camões que o Amor é celebrado em todo o seu esplendor. O Poeta canta o amor platónico, a saudade, o destino e a beleza

Leia mais

UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1

UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1 UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1 Celso Rennó Lima A topologia..., nenhum outro estofo a lhe dar que essa linguagem de puro matema, eu entendo por aí isso que é único a poder se ensinar: isso

Leia mais

Concurso Literário. O amor

Concurso Literário. O amor Concurso Literário O Amor foi o tema do Concurso Literário da Escola Nova do segundo semestre. Durante o período do Concurso, o tema foi discutido em sala e trabalhado principalmente nas aulas de Língua

Leia mais

CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA. A educação artística como arte de educar os sentidos

CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA. A educação artística como arte de educar os sentidos CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA Porto, Casa da Música, 29-31 de Outubro de 2007 A educação artística como arte de educar os sentidos Yolanda Espiña (Escola das Artes Universidade Católica Portuguesa)

Leia mais

FILOSOFIA BUDISTA APLICADA A EMPRESA:

FILOSOFIA BUDISTA APLICADA A EMPRESA: FILOSOFIA BUDISTA APLICADA A EMPRESA: CRESCENDO PESSOAL E PROFISSIONALMENTE. 08 a 11 de outubro de 2014 08 a 11 de outubro de 2014 Onde você estiver que haja LUZ. Ana Rique A responsabilidade por um ambiente

Leia mais

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental Ajuda ao SciEn-Produção 1 Este texto de ajuda contém três partes: a parte 1 indica em linhas gerais o que deve ser esclarecido em cada uma das seções da estrutura de um artigo cientifico relatando uma

Leia mais

Semeadores de Esperança

Semeadores de Esperança Yvonne T Semeadores de Esperança Crônicas de um Convite à Vida Volume 11 Crônicas de um Convite à Vida Livre d IVI Convidados a Viver PREFÁCIO Estou comovida por escrever este prefácio : tudo o que se

Leia mais

Dia_Logos. café teatral

Dia_Logos. café teatral café Café Teatral Para esta seção do Caderno de Registro Macu, a coordenadora do Café Teatral, Marcia Azevedo fala sobre as motivações filosóficas que marcam esses encontros. Partindo da etimologia da

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

I ANTOLOGIA DE POETAS LUSÓFONOS. Fantasias

I ANTOLOGIA DE POETAS LUSÓFONOS. Fantasias Fantasias Acordar dos sonhos, Se é que se chama sonho. Pois, nas noites de insônia tudo é verdadeiro, Na tortura, na incerteza Uma fantasia dentro de um veleiro. Sonhos na madrugada nevando, A loucura

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

Desdobramentos: A mulher para além da mãe

Desdobramentos: A mulher para além da mãe Desdobramentos: A mulher para além da mãe Uma mulher que ama como mulher só pode se tornar mais profundamente mulher. Nietzsche Daniela Goulart Pestana Afirmar verdadeiramente eu sou homem ou eu sou mulher,

Leia mais

SUMÁRIO 1. AULA 6 ENDEREÇAMENTO IP:... 2

SUMÁRIO 1. AULA 6 ENDEREÇAMENTO IP:... 2 SUMÁRIO 1. AULA 6 ENDEREÇAMENTO IP:... 2 1.1 Introdução... 2 1.2 Estrutura do IP... 3 1.3 Tipos de IP... 3 1.4 Classes de IP... 4 1.5 Máscara de Sub-Rede... 6 1.6 Atribuindo um IP ao computador... 7 2

Leia mais

NOTA: Leia com muita atenção os textos a seguir: Texto 1 Todas as cartas de amor são. Ridículas. Não seriam de amor se não fossem. Ridículas.

NOTA: Leia com muita atenção os textos a seguir: Texto 1 Todas as cartas de amor são. Ridículas. Não seriam de amor se não fossem. Ridículas. GOIÂNIA, / / 2015 PROFESSOR: Daniel DISCIPLINA: LITERATURA SÉRIE: 1º ANO ALUNO (a): NOTA: No Anhanguera você é + Enem LISTA DE EXERCÍCIOS - P1 3º BIMESTRE Leia com muita atenção os textos a seguir: Texto

Leia mais

MULHER SOLTEIRA. Marcos O BILAU

MULHER SOLTEIRA. Marcos O BILAU MULHER SOLTEIRA REFRÃO: Ei, quem tá aí Se tem mulher solteira dá um grito que eu quero ouvir Ei, quem tá aí Se tem mulher solteira dá um grito que eu quero ouvir (Essa música foi feita só prás mulheres

Leia mais

O AUTISMO NA PSICANÁLISE E A QUESTÃO DA ESTRUTURA Germano Quintanilha Costa 1

O AUTISMO NA PSICANÁLISE E A QUESTÃO DA ESTRUTURA Germano Quintanilha Costa 1 O AUTISMO NA PSICANÁLISE E A QUESTÃO DA ESTRUTURA Germano Quintanilha Costa 1 I Introdução O objetivo deste trabalho é pensar a questão do autismo pelo viés da noção de estrutura, tal como compreendida

Leia mais

O que procuramos está sempre à nossa espera, à porta do acreditar. Não compreendemos muitos aspectos fundamentais do amor.

O que procuramos está sempre à nossa espera, à porta do acreditar. Não compreendemos muitos aspectos fundamentais do amor. Capítulo 2 Ela representa um desafio. O simbolismo existe nas imagens coloridas. As pessoas apaixonam-se e desapaixonam-se. Vão onde os corações se abrem. É previsível. Mereces um lugar no meu baloiço.

Leia mais

Selecionando e Desenvolvendo Líderes

Selecionando e Desenvolvendo Líderes DISCIPULADO PARTE III Pr. Mano Selecionando e Desenvolvendo Líderes A seleção de líderes é essencial. Uma boa seleção de pessoas para a organização da célula matriz facilitará em 60% o processo de implantação

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

O papel do corpo na contemporaneidade, as novas patologias e a escuta analítica.

O papel do corpo na contemporaneidade, as novas patologias e a escuta analítica. O papel do corpo na contemporaneidade, as novas patologias e a escuta analítica. Silvana Maria de Barros Santos Entre o século XVI a XIX, as transformações políticas, sociais, culturais e o advento da

Leia mais

Músicos, Ministros de Cura e Libertação

Músicos, Ministros de Cura e Libertação Músicos, Ministros de Cura e Libertação João Paulo Rodrigues Ferreira Introdução Caros irmãos e irmãs; escrevo para vocês não somente para passar instruções, mas também partilhar um pouco da minha experiência

Leia mais

5 Equacionando os problemas

5 Equacionando os problemas A UA UL LA Equacionando os problemas Introdução Nossa aula começará com um quebra- cabeça de mesa de bar - para você tentar resolver agora. Observe esta figura feita com palitos de fósforo. Mova de lugar

Leia mais

Shusterman insere cultura pop na academia

Shusterman insere cultura pop na academia São Paulo, quinta, 21 de maio de 1998 Shusterman insere cultura pop na academia PATRICIA DECIA da Reportagem Local O filósofo americano leva a cultura pop à academia. Em "Vivendo a Arte - O Pensamento

Leia mais

1-PORTO SEGURO-BAHIA-BRASIL

1-PORTO SEGURO-BAHIA-BRASIL 1-PORTO SEGURO-BAHIA-BRASIL LUGAR: EUNÁPOLIS(BA) DATA: 05/11/2008 ESTILO: VANEIRÃO TOM: G+ (SOL MAIOR) GRAVADO:16/10/10 PORTO SEGURO BAHIA-BRASIL VOCÊ É O BERÇO DO NOSSO PAIS. PORTO SEGURO BAHIA-BRASIL

Leia mais

LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA

LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA AULA 11 PG 1 Este material é parte integrante da disciplina Linguagem e Argumentação Jurídica oferecido pela UNINOVE. O acesso às atividades, as leituras interativas, os exercícios, chats, fóruns de discussão

Leia mais

LIVRO DE CIFRAS Página 1 colodedeus.com.br

LIVRO DE CIFRAS Página 1 colodedeus.com.br LIVRO DE CIFRAS Página 1 Página 2 Página 3 ACENDE A CHAMA AUTOR: HUGO SANTOS Intro: A F#m D A F#m D A F#m D Quero Te ver, acende a Chama em mim Bm F#m A Vem com Teu Fogo, vem queimar meu coração Bm F#m

Leia mais

1º VESTIBULAR BÍBLICO DA UMADUP. Livro de João

1º VESTIBULAR BÍBLICO DA UMADUP. Livro de João Upanema/RN, 03 de Agosto de 2013 1º VESTIBULAR BÍBLICO DA Livro de João Leia com atenção as instruções abaixo: 1. Verifique se o caderno de prova contém 30 (trinta) questões. Em caso negativo, comunique

Leia mais

Lição 1 - Apresentando o Evangelho Texto Bíblico Romanos 1.16,17

Lição 1 - Apresentando o Evangelho Texto Bíblico Romanos 1.16,17 Lição 1 - Apresentando o Evangelho Texto Bíblico Romanos 1.16,17 Paulo escreveu uma carta à Igreja de Roma, mas não foi ele o instrumento que Deus usou para fazer acontecer uma Agência do Reino de Deus

Leia mais

CRISTO E SCHOPENHAUER: DO AMAR O PRÓXIMO COMO A TI MESMO À COMPAIXÃO COMO FUNDAMENTO DA MORAL MODERNA

CRISTO E SCHOPENHAUER: DO AMAR O PRÓXIMO COMO A TI MESMO À COMPAIXÃO COMO FUNDAMENTO DA MORAL MODERNA CRISTO E SCHOPENHAUER: DO AMAR O PRÓXIMO COMO A TI MESMO À COMPAIXÃO COMO FUNDAMENTO DA MORAL MODERNA JÉSSICA LUIZA S. PONTES ZARANZA 1 WELLINGTON ZARANZA ARRUDA 2 1 Mestranda em Filosofia pela Universidade

Leia mais

Para a grande maioria das. fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo.

Para a grande maioria das. fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo. Sonhos Pessoas Para a grande maioria das pessoas, LIBERDADE é poder fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo. Trecho da música: Ilegal,

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Educação Superintendência Regional de Ensino de Carangola Diretoria Educacional

SERVIÇO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Educação Superintendência Regional de Ensino de Carangola Diretoria Educacional SERVIÇO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Educação Superintendência Regional de Ensino de Carangola Diretoria Educacional Sequencia Didática destinada aos Anos Finais do Ensino

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

Revista Veja 18 de Fevereiro de 2009 Efésios 6. 1-4! Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. Honra teu pai e tua mãe este é o primeiro mandamento com promessa para que tudo te corra

Leia mais

Você foi criado para tornar-se semelhante a Cristo

Você foi criado para tornar-se semelhante a Cristo 4ª Semana Você foi criado para tornar-se semelhante a Cristo I- CONECTAR: Inicie o encontro com dinâmicas que possam ajudar as pessoas a se conhecer e se descontrair para o tempo que terão juntas. Quando

Leia mais

no. 49 O NU FEMININO COMO IDEAL DE BELEZA

no. 49 O NU FEMININO COMO IDEAL DE BELEZA O NU FEMININO COMO IDEAL DE BELEZA por rose klabin Escrevo-te toda inteira e sinto um sabor em ser e o sabor-ati é abstrato como o instante. É também com o corpo todo que pinto os meus quadros e na tela

Leia mais

E quando Deus diz não?

E quando Deus diz não? E quando Deus diz não? 1 Cr 17:1-27 Como é ruim ouvir um não! Enquanto ouvimos sim, enquanto as coisas estão acontecendo ao nosso favor, enquanto Deus está aprovando ou permitindo o que fazemos, enquanto

Leia mais

Nesta nova série Os Discursos de Jesus vamos aprofundar as Palavras de Jesus :- seus discursos, suas pregações e sermões. Ele falou aos seus

Nesta nova série Os Discursos de Jesus vamos aprofundar as Palavras de Jesus :- seus discursos, suas pregações e sermões. Ele falou aos seus Nesta nova série Os Discursos de Jesus vamos aprofundar as Palavras de Jesus :- seus discursos, suas pregações e sermões. Ele falou aos seus apóstolos na intimidade, falou a um grupo maior que se aproximava

Leia mais

FILOSOFIA DE VIDA Atos 13.36

FILOSOFIA DE VIDA Atos 13.36 FILOSOFIA DE VIDA Atos 13.36 Tendo, pois, Davi servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu, foi sepultado com os seus antepassados e seu corpo se decompôs. Não são todos que têm o privilégio

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

Apêndice 4 Inteligências Múltiplas

Apêndice 4 Inteligências Múltiplas Apêndice 4 Inteligências Múltiplas Por Viviani Bovo O que é ser inteligente para você? Saber fazer contas de cabeça? Lembrar-se de poemas e histórias para poder repeti-las? Passar no vestibular? Ter um

Leia mais

CANTOS DO FOLHETO O DOMINGO

CANTOS DO FOLHETO O DOMINGO CANTOS DO FOLHETO O DOMINGO 1. UM POUCO ALÉM DO PRESENTE (10º DOMINGO) 1. Um pouco além do presente, Alegre, o futuro anuncia A fuga das sombras da noite, A luz de um bem novo dia. REFRÃO: Venha teu reino,

Leia mais

PÚBLICO ALVO DO PROJETO ESTRUTURA E GÊNERO DRAMÁTICO

PÚBLICO ALVO DO PROJETO ESTRUTURA E GÊNERO DRAMÁTICO APRESENTAÇÃO A aparência é um manifesto de nossa personalidade. Através das roupas, penteados, acessórios, tatuagens etc. comunicamos ao resto do mundo uma infinidade de informações: do lugar social até

Leia mais

Aula 28.2 Conteúdos: A estrutura de construção de um texto argumentativo Características do gênero Artigo de opinião LÍNGUA PORTUGUESA

Aula 28.2 Conteúdos: A estrutura de construção de um texto argumentativo Características do gênero Artigo de opinião LÍNGUA PORTUGUESA 2 Aula 28.2 Conteúdos: A estrutura de construção de um texto argumentativo Características do gênero Artigo de opinião 3 Habilidades: Apreender a estruturação de um Artigo de opinião 4 Artigo de opinião

Leia mais

A tópica lacaniana - simbólico, imaginário, real - e sua relação. com a função paterna

A tópica lacaniana - simbólico, imaginário, real - e sua relação. com a função paterna www.franklingoldgrub.com Édipo 3 x 4 - franklin goldgrub 7º Capítulo - (texto parcial) A tópica lacaniana - simbólico, imaginário, real - e sua relação com a função paterna (Salvo menção expressa em contrário,

Leia mais

ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO

ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO PROF. ME. RAFAEL HENRIQUE SANTIN Este texto tem a finalidade de apresentar algumas diretrizes para

Leia mais

Exercícios para estabelecer o contato com a nossa criança interior

Exercícios para estabelecer o contato com a nossa criança interior Exercícios para estabelecer o contato com a nossa criança interior C omo este é o mês das crianças, decidi propor para aqueles que estão em busca de autoconhecimento, alguns exercícios que ajudam a entrar

Leia mais

SocialDB Social Digital Library

SocialDB Social Digital Library Social Digital Library Laboratório L3P NARRATIVA DO PROJETO SOCIALDB 06/2015 Gestor de uma coleção "Sou produtor cultural (ou fotógrafo) e quero criar um lugar na internet com uma seleção de obras artísticas

Leia mais

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino Wérica Pricylla de Oliveira VALERIANO 1 Mestrado em Educação em Ciências e Matemática wericapricylla@gmail.com

Leia mais

Não devemos ser levados a crer que as Disciplinas são para os gigantes espirituais e, por isso, estejam além de nosso alcance; ou para os

Não devemos ser levados a crer que as Disciplinas são para os gigantes espirituais e, por isso, estejam além de nosso alcance; ou para os Não devemos ser levados a crer que as Disciplinas são para os gigantes espirituais e, por isso, estejam além de nosso alcance; ou para os contemplativos que devotam todo o tempo à oração e à meditação.

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA Fábio de Araújo Aluno do Curso de Filosofia Universidade Mackenzie Introdução No decorrer da história da filosofia, muitos pensadores falaram e escreveram há cerca do tempo,

Leia mais

Equipe de Língua Portuguesa. Língua Portuguesa SÍNTESE DA GRAMÁTICA

Equipe de Língua Portuguesa. Língua Portuguesa SÍNTESE DA GRAMÁTICA Aluno (a): Série: 3ª TUTORIAL 3B Ensino Médio Data: Turma: Equipe de Língua Portuguesa Língua Portuguesa SÍNTESE DA GRAMÁTICA TERMOS INTEGRANTES = completam o sentido de determinados verbos e nomes. São

Leia mais

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil.

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. 1 Autora :Rosângela Azevedo- PIBID, UEPB. E-mail: rosangelauepb@gmail.com ²Orientador: Dr. Valmir pereira. UEPB E-mail: provalmir@mail.com Desde

Leia mais

Pedro Bandeira. Leitor em processo 2 o e 3 o anos do Ensino Fundamental

Pedro Bandeira. Leitor em processo 2 o e 3 o anos do Ensino Fundamental Pedro Bandeira Pequeno pode tudo Leitor em processo 2 o e 3 o anos do Ensino Fundamental PROJETO DE LEITURA Coordenação: Maria José Nóbrega Elaboração: Rosane Pamplona De Leitores e Asas MARIA JOSÉ NÓBREGA

Leia mais

REGÊNCIA DO ALÉM CONTADOR (VOICE OVER)

REGÊNCIA DO ALÉM CONTADOR (VOICE OVER) REGÊNCIA DO ALÉM FADE IN SEQUÊNCIA # 01: CENA 01: EXT. IMAGENS DA CIDADE DE ARARAS DIA. Imagem do Obelisco da praça central da cidade, da igreja Matriz, Centro Cultural, rodoviária, Lago Municipal e cemitério.

Leia mais

Mito, Razão e Jornalismo 1. Érica Medeiros FERREIRA 2 Dimas A. KÜNSCH 3 Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, SP

Mito, Razão e Jornalismo 1. Érica Medeiros FERREIRA 2 Dimas A. KÜNSCH 3 Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, SP Mito, Razão e Jornalismo 1 Érica Medeiros FERREIRA 2 Dimas A. KÜNSCH 3 Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, SP Resumo Este trabalho tem como objetivo relacionar os temas mito, razão e jornalismo. Com uma

Leia mais

FERNANDO PESSOA [Professor de filosofia da UFES e organizador dos Seminários Internacionais Museu Vale]

FERNANDO PESSOA [Professor de filosofia da UFES e organizador dos Seminários Internacionais Museu Vale] Os Seminários Internacionais Museu Vale FERNANDO PESSOA [Professor de filosofia da UFES e organizador dos Seminários Internacionais Museu Vale] O propósito desta introdução, além de apresentar a oitava

Leia mais

Apresentação. Oque é Marca. Multimedia Branding Designer

Apresentação. Oque é Marca. Multimedia Branding Designer Oque é Marca Marca é toda representação simbólica de uma entidade, individuo ou elemento. Uma pegada, uma impressão digital, ou mesmo o meu ou seu nome podem ser caracterizados como marca. Quando nos referimos

Leia mais

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

MÓDULO 5 O SENSO COMUM MÓDULO 5 O SENSO COMUM Uma das principais metas de alguém que quer escrever boas redações é fugir do senso comum. Basicamente, o senso comum é um julgamento feito com base em ideias simples, ingênuas e,

Leia mais

ATIVIDADE DE NEGOCIÇÃO

ATIVIDADE DE NEGOCIÇÃO ATIVIDADE DE NEGOCIÇÃO A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA NEGOCIAÇÃO RIO BRANCO- ACRE 2013 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...3 1- A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO...4 2- COMUNICAÇÃO E NEGOCIAÇÃO...6 2.1 Os quatros conceitos

Leia mais

Oração. u m a c o n v e r s a d a a l m a

Oração. u m a c o n v e r s a d a a l m a Oração u m a c o n v e r s a d a a l m a 11 12 O Evangelho relata que por diversas vezes, quando ninguém mais estava precisando de alguma ajuda ou conselho, Jesus se ausentava para ficar sozinho. Natural

Leia mais

Reunião de Seção DEVERES PARA COM DEUS

Reunião de Seção DEVERES PARA COM DEUS Reunião 15 Reunião de Seção DEVERES PARA COM DEUS Área de Desenvolvimento enfatizada: ESPIRITUAL Ramo: Pioneiro Mês recomendado para desenvolver esta reunião: Qualquer mês. Explicação sobre o tema: Frente

Leia mais

MELHORES MOMENTOS. Expressão de Louvor Paulo Cezar

MELHORES MOMENTOS. Expressão de Louvor Paulo Cezar MELHORES MOMENTOS Expressão de Louvor Acordar bem cedo e ver o dia a nascer e o mato, molhado, anunciando o cuidado. Sob o brilho intenso como espelho a reluzir. Desvendando o mais profundo abismo, minha

Leia mais

O Planejamento Participativo

O Planejamento Participativo O Planejamento Participativo Textos de um livro em preparação, a ser publicado em breve pela Ed. Vozes e que, provavelmente, se chamará Soluções de Planejamento para uma Visão Estratégica. Autor: Danilo

Leia mais

como a arte pode mudar a vida?

como a arte pode mudar a vida? como a arte pode mudar a vida? LONGE DAQUI, AQUI MESMO 1 / 2 Longe daqui, aqui mesmo 1 Em um caderno, crie um diário para você. Pode usar a escrita, desenhos, recortes de revista ou jornais e qualquer

Leia mais

Areias 19 de Janeiro de 2005. Querida Mãezita

Areias 19 de Janeiro de 2005. Querida Mãezita Areias 19 de Janeiro de 2005 Querida Mãezita Escrevo-te esta carta para te dizer o quanto gosto de ti. Sem ti, eu não teria nascido, sem ti eu não seria ninguém. Mãe, adoro- -te. Tu és muito importante

Leia mais

A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO CURSO A PRÁTICA DA FRATERNIDADE NOS CENTROS ESPÍRITAS A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO Vimos na videoaula anterior que nas diversas

Leia mais

7º ano - Criação e percepção - de si, do outro e do mundo

7º ano - Criação e percepção - de si, do outro e do mundo RELATÓRIO DE ARTES 1º Semestre/2015 Turma: 7º ano Professora: Mirna Rolim Coordenação pedagógica: Maria Aparecida de Lima Leme 7º ano - Criação e percepção - de si, do outro e do mundo Sinto que o 7º ano

Leia mais

A teoria da Matriz de Identidade e a Teoria dos Papéis. Cybele Ramalho (PROFINT)

A teoria da Matriz de Identidade e a Teoria dos Papéis. Cybele Ramalho (PROFINT) A teoria da Matriz de Identidade e a Teoria dos Papéis Cybele Ramalho (PROFINT) Matriz de Identidade A matriz de identidade é o lugar onde a criança se insere desde o nascimento, relacionando-se com outros

Leia mais

Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates

Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates 1º ano do Ensino Fundamental I O que você gosta de fazer junto com a sua mã e? - Dançar e jogar um jogo de tabuleiro. - Eu gosto de jogar futebol

Leia mais

Vivendo a Liturgia - ano A / outubro 2011

Vivendo a Liturgia - ano A / outubro 2011 Vivendo a Liturgia - ano A / outubro 2011 27ºDOMINGO DO TEMPO COMUM (02/10/11) Parábola dos Vinhateiros Poderia ser feito um mural específico para esta celebração com uma das frases: Construir a Igreja

Leia mais

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa MARIA LÚCIA AMARAL * Introdução 1. Agradeço muito o convite que me foi feito para participar neste colóquio luso-italiano de direito

Leia mais