Infecção das vias aéreas superiores no adulto

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Infecção das vias aéreas superiores no adulto"

Transcrição

1 AGOSTO.2015 Infecção das vias aéreas superiores no adulto 1. INTRODUÇÃO As infecções virais agudas das vias aéreas superiores (IVAS) são as condições mais comuns que afetam os seres humanos e acomete a população adulta em torno de dois a cinco episódios ao ano. A incidência é mais comum do início do outono ao início da primavera. Entre 0,5 a 2% das IVAS evoluem para rinossinusite bacteriana e, aproximadamente, 90% das rinossinusites bacterianas são precedidas por um episódio de infecção viral. Essas infecções podem ainda evoluir para otite, faringoamigdalite, laringite e pneumonia. As taxas de internação por complicações, associadas às infecções virais das vias aéreas superiores em indivíduos acima de 65 anos, variam de 200 a internações por ano para cada habitantes, enquanto, na faixa etária de 45 a 64 anos, essa taxa cai para 20 a 40 internações anuais. Mais de 200 sorotipos diferentes de vírus são responsáveis pelo resfriado comum. O rinovírus é o mais prevalente respondendo por cerca de 30-50% das infecções, enquanto o coronavírus é o segundo mais prevalente, responsável por 10-15% dos quadros. Outros vírus citados são o parainfluenza, vírus sincicial respiratório, adenovírus e enterovírus. Neste texto, serão abordados, de forma sucinta, os principais tipos de IVAS, com apresentação aguda, excetuando-se a gripe. No QUADRO 1, estão descritos principais tipos, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento dessas infecções no adulto.

2 2 QUADRO 1 Infecções virais agudas do trato respiratório superior no adulto, exceto gripe. Resfriado Rinorreia e obstrução nasal são os sintomas proeminentes. Adultos podem apresentar 2 a 3 episódios ao ano. Os rinovírus são responsáveis pela maioria dos casos. Também pode ser causado pelo coronavírus, metapneumovírus e vírus sincicial respiratório. A presença de mais de um patógeno é comum. Outros vírus respiratórios causam comumente sintomas de resfriado, mas frequentemente estão associados aos sintomas de infecção do trato respiratório inferior. Clínico Analgésicos comuns Faringoamigdalite Viral: dor de garganta, disfagia, mialgia, febre baixa, tosse, coriza hialina e espirros e ausência de adenomegalia. Bacteriana: dor de garganta intensa, disfagia, otalgia reflexa, febre de intensidade variável, que podem ser acompanhadas de queda do estado geral e presença de adenomegalia. Viral: Rinovírus, coronavírus, adenovírus, herpes simples, influenza, parainfluenza, coxsackie e outros. Bacteriana: Streptococos do Grupo A. Clínico. Oroscopia: Quadro viral: hiperemia e edema da mucosa faríngea e das amígdalas, com presença de exsudato (raramente). Quadro bacteriano: exame físico revela hiperemia, aumento de tonsilas e exsudato purulento Diagnóstico diferencial Vide quadro 2. Viral: analgésico e anti-inflamatórios não hormonais. Bacteriana: analgésico e antiinflamatórios e antibioticoterapia (A)

3 3 Laringite aguda Rinossinusite aguda (RSA) Síndrome clínica caracterizada por voz rouca com a diminuição da fonação e projeção de voz, que ocorre geralmente após uma infecção do trato respiratório superior com tosse. É mais comum em mulheres, do que em homens, com média de idade de 36 anos. Nos homens a média de idade é de 41 anos. Obstrução nasal, congestão, rinorreia anterior e/ou posterior, espirros, associados a manifestações sistêmicas infecciosas como febre baixa, halitose, mal-estar, tosse, pressão nos ouvidos, dor dentária e astenia Geralmente associada a outra IVAS. Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e, mais raramente, Moraxella catarrhalis ou Streptococcus pyogenes. O diagnóstico clínico é baseado na história e nas alterações da voz. Visualização da laringe revela edema e hiperemia vascular da membrana mucosa com eritema e edema das cordas vocais. Clínico na maioria das vezes. (B) A radiografia simples, realizada nas posições mentonaso, fronto-naso e perfil têm valor diagnóstico controverso. (C) Só deve ser solicitada nas seguintes situações: dúvida diagnóstica, com sintomas vagos, achados clínicos duvidosos ou resposta pobre ao tratamento clínico inicial. A tomografia computadorizada só é indicada quando não há melhora após o tratamento clínico adequado, após 5 dias ou se houver suspeita de complicações. Repouso da voz, analgésico e hidratação. Analgésico, lavagem nasal com solução salina, sprays nasais com corticosteroides, antibioticoterapia (D) se houver suspeita de infecção bacteriana (B)

4 4 Otites A otite média aguda é uma doença primária da infância e não será descrita. A otite externa (OE) pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas idosos são mais acometidos. Vide Manifestações Clínicas de acordo com os tipos no quadro 3. Vide quadro 3. Vide quadro 3. Vide quadro 3. A. Esquema de antibiótico sugerido para amigdalite bacteriana não complicada: primeira escolha - penicilina e seus derivados (penicilina benzatina UI via IM dose única OU amoxicilina 875mg mg VO de 12/12 horas OU amoxicilina clavulanato, mesma posologia da amoxicilina. Para alérgicos a penicilina como segunda escolha, podem ser utilizados macrolídeos, cefalosporina de primeira geração ou clindamicina. B. Distinguir uma infecção viral das vias aéreas superiores de uma infecção bacteriana dos seios da face é o principal problema em relação ao diagnóstico da rinossinusite aguda. De acordo com as diretrizes do Institute for Clinic Systems Improvement (ICSI), a probabilidade de um diagnóstico correto aumenta se os sintomas de IVAS viral persistirem por pelo menos sete dias e se o paciente tiver pelo menos dois dos seguintes sintomas: secreção nasal purulenta, dor facial agravada por manobra de Valssalva, alterações posturais ou cefaleia. Nesses casos, justificase o uso de antimicrobianos. C. Achados específicos: velamento total e nível hidroaéreo. Há correlação com cultura positiva também, assim como o espessamento de mucosa maior que 6 mm. D. Esquemas sugeridos: Amoxicilina 875 mg duas vezes ao dia 10 dias, OU Amoxicilina 875 mg associada a clavulanato duas vezes ao dia, OU para adultos alérgicos a penicilina: Levofloxacino 500 mg uma vez ao dia por 10 dias, OU Claritromicina 500 mg duas vezes ao dia, OU Clindamicina 300 mg três ou quatro vezes ao dia. Não se justifica, de forma sistemática, a utilização de corticosteroides sistêmicos.

5 5 QUADRO 2 - Principais diagnósticos diferenciais das faringites e faringoamigdalites agudas. Abscesso periamigdaliano Síndrome de Lemierre Paciente no curso da amigdalite aguda apresenta alteração no quadro, evoluindo com odinofagia acentuada e unilateral, piora da disfagia e da halitose, salivação, alteração no timbre da voz e trismo. Ao exame, observa-se edema dos tecidos localizados superiormente e lateralmente à amígdala envolvida e deslocamento da úvula. Mais comum em jovens. Inicia-se com faringite e propaga-se até a veia jugular interna, promovendo uma fonte de bacteremia contínua e êmbolos sépticos pulmonares. Manifestações clínicas incluem febre, alterações respiratórias e massa cervical. Flora mista composta de germes aeróbios e anaeróbios, sendo o Streptococcus pyogenes o mais comumente isolado. Fusobacterium necrophorum. Oroscopia: edema dos tecidos localizados superiormente e lateralmente à amígdala envolvida e deslocamento da úvula. Tomografia computadorizada e duplex scan, além de hemocultura ou cultura direta. Antibioticoterapia (penicilina cristalina + metronidazol; amoxicilina + clavulanato, clindamicina) associada a antiinflamatórios e punção para coleta de material para cultura e drenagem. Não é recomendada a realização de amigdalectomia ( a quente ) durante o processo infeccioso. Antibióticos betalactâmicos resistentes à beta-lactamases, sendo a cirurgia raramente necessária.

6 6 Mononucleose infecciosa Acomete com mais frequência jovens e adolescentes. Febre acompanhada de astenia, angina, poliadenopatia, hepatomegalia em 10% dos casos e esplenomegalia em 50% dos pacientes. A angina pode ser eritematosa, eritemato exsudativa ou pseudomembranosa. Causada em 70% dos casos pelo vírus Epstein- Barr (EBV)e 30% pelo Citomegalovírus (CMV). Hemograma: linfocitose com 10% ou mais de atipia linfocitária e aumento de transaminases. * Pesquisa de Ac IgM ou IgG para EBV e CMV. Hidratação e analgésicos, evitando-se uso de ampicilina, pelo risco de provocar aparecimento de rash cutâneo morbiliforme. Difteria Apresenta-se de forma insidiosa, com febre, queda do estado geral, pulso rápido, linfonodomegalia cervical, palidez, hipotensão, adinamia e albuminúria. Ao exame, observam-se pseudomembranas brancoacinzentadas, aderidas à mucosa, resistentes ao descolamento com espátulas, deixando o leito sangrante quando removidas, localizadas sobre as amígdalas, pilares amigdalianos, úvula e podendo se estender e até ocupar todo o trato aerodigestivo, resultando em obstrução das vias aéreas. Corynebcterium diphteriae. Exame bacterioscópico direto e pela cultura de exsudatos faríngeos ou de fragmentos de pseudomembrana em meios de Klebs-Loeffler. Internação - iniciar soro antidiftérico. Realizar eritromicina para eliminação do foco difftérico.

7 7 Angina de Plaut- Vincent Anginas vesiculosas Adulto jovem ou adolescente mais frequentemente, apresentando disfagia e odinofagia unilateral, geralmente sem elevação de temperatura e queda do estado geral. Ao exame, evidencia-se ulceração na amígdala, recoberta por pseudomembrana, facilmente desprendida e friável acompanhada de eliminação de odor fétido. Acometimento da faringe e da mucosa oral por vesículas, podendo ser múltiplas e disseminadas, que rompem com facilidade, dando lugar a ulcerações superficiais recobertas por exsudato esbranquiçado. Simbiose entre o bacilo fusiforme Fusobacterium plautvincentie e o espirilo Spirochaeta dentuim, saprófitos normais da cavidade bucal humana, que adquirem poder patogênico quando associados. Vírus herpes simples tipos 1 e 2 Coxsackie A, Coxsackie B e Echovírus (Herpangina), mais frequente em crianças. É sugerido pela unilateralidade das lesões e pela presença de lesões gengivais concomitantes próximas ao terceiro molar superior e confirmado pelo achado bacterioscópico fusoespiralar. Clínico. Pode ser utilizada cultura viral ou microscopia eletrônica. Antibioticoterapia (penicilina via parenteral ou metronidazol), gargarejos com soluções anti-sépticas, sintomáticos e tratamento dentário. Se a suspeita for o herpes vírus e na dependência da sintomatologia, utilizar aciclovir. Para os outros vírus, tratamento sintomático.

8 8 QUADRO 3 OTITES EXTERNAS DEFINIÇÃO, QUADRO CLÍNICO E TRATAMENTO Tipo de OE Definição Quadro clínico Tratamento Aguda difusa A Eczematosa Circunscrita (foliculite) É uma celulite da pele e do tecido subcutâneo do CAE (canal auditivo externo). É conhecida como otite do nadador. O patógeno mais frequente é a Pseudomonas, aeruginosa, seguido por Stafilolococcus, epidermidis e aureus. Várias patologias dermatológicas podem acometer a orelha externa, como dermatite atópica, dermatite seborreica, dermatite de contato, psoríase, lúpus eritematoso, entre outras. É a inflamação da unidade pilossebaceana porção cartilaginosa do CAE geralmente causada pelo S. aureus. Otalgia que pode se refletir em toda região periauricular, piora com a manipulação da orelha ou mastigação. Otorreia inicialmente clara podendo chegar a seropurulenta. Otoscopia: Pele do CAE edemaciada e hiperemiada, levando a obliteração parcial ou totaldo conduto. Membranas timpânicas sem sinais de infecção. Quadro clínico: prurido intenso Otoscopia: hiperemia e descamação da pele do CAE, podendo apresentar otorreia serosa. Se houver contaminação bacteriana a otorreia passa a ser amarelada. Quadro clínico: intensa otalgia que piora com a manipulação do tragus. Otoscopia: presença de abaulamento no terço externo do CAE, que pode demonstrar ponto de flutuação. Limpeza do CAE, medicações tópicas contendo polimixina B, neomicina e hidrocortisona quatro vezes ao dia, que devem ser evitadas em pacientes com perfuração da membrana timpânica devido à ototoxicidade dos antibióticos. Preparações com ciprofloxacino e ofloxacina, duas vezes ao dia, associadas ou não a hidrocortisona. Em casos de celulite ou extensão da infecção para tecidos periauriculares está indicado uso de antimicrobiano (quinolonas ou cefalosporinas de terceira geração). Analgésicos ou anti-infamatórios podem ser usados para controlar a dor. 1 Cremes a base de corticoide. Gotas otológicas com antibiótico podem ser utilizadas em casos de infecção secundária. Em estágios iniciais, tratamento tópico com mupirocina e AINEs. Na presença de coleção purulenta, celulite ao redor da lesão, febre ou linfadenopatia reacional, iniciar com antibioticoterapia sistêmica contra estafilococo.

9 9 Tipo de OE Definição Quadro clínico Tratamento Granulosa Inflamação do CAE, caracterizada por tecido de granulação na pele deste ou na camada superficial da membrana timpânica. Quadro clínico: exsudação serosa até purulenta. Otoscopia:há formação de tecido de granulação polipoide no terço interno do CAE, causada por Proteussp e P. aeruginosa. Tratar a infecção que está predispondo a formação do tecido de granulação e, se necessário, remoção da área da pele granulosa. Maligna É uma osteomielite do osso temporal e da base do crânio, potencialmente letal consequente a um quadro inicial de otite externa difusa. Principais fatores predisponentes: pacientes idosos, imunodeprimidos, diabéticos e pacientes em tratamento quimioterápico. Quadro clínico: otalgia que pode chegar a lancinante com pouca resposta a analgésicos e otorreia purulenta e fétida. Tecido de granulação ou pólipos na porção pósteroinferior do CAE secundários a osteíte são encontrados. Edema e hiperemia de CAE. Pode ocorrer ainda paralisia de pares cranianos, sendo o mais afetado o nervo facial. São critérios obrigatórios para o diagnóstico de OEM: Sinais de otite externa que não respondem à terapia adequada por 2 a 3 semanas. Tecido de granulação ou microabscessos na junção osteocartilaginosa do CAE. Ausência de carcinoma no exame microscópico após biópsia incisional do tecido de granulação. Internação hospitalar com instituição de antibioticoterapia endovenosa, controle da glicemia e limpeza do CAE. Utiliza-se ceftazidima associada a ciprofloxacino entre 4 a 8 semanas. O tratamento cirúrgico é limitado podendo ser feito o debridamento do tecido necrótico. A TC de osso temporal: Erosão do osso timpânico e da base do crânio, envolvimento dos tecidos moles parafaríngeos e do sistema nervoso central e acometimento da mastoide.

10 10 Tipo de OE Definição Quadro clínico Tratamento Herpética - Síndrome de Ramsay-Hunt Causada pelo vírus varicela zoster. Quadro clínico: vesículas no pavilhão, dor e sensação de queimação. Evolui com paresia ou paralisia facial podendo também apresentar vertigem e hipoacusia. Otoscopia: vesículas em pavilhão auricular. Aciclovir 1 a 4 g/dia, analgésicos e, se possível, corticoides para aliviar a neuralgia pós-herpética. Se a evolução for desfavorável e a paralisia facial não regredir, indicado descompressão cirúrgica do nervo facial. Pericondrite do pavilhão Secundário a otohemetoma infectado, queimaduras e geladuras do pavilhão e infecções superficiais. Agente etiológico: cocos e pseudomonas Quadro clínico: dor intensa. Exame físico: pavilhão auricular aumentado de volume, endurecido, deformado e congesto. Drenagem cirúrgica, antibióticos e corticoides. Erisipela do pavilhão Infecção aguda do pavilhão auricular causada pelo Streptococcus pyogenesgrupo A. Quadro clínico: dor e queimação em região do pavilhão auricular. Exame físico: a pele da orelha se torna edemaciada e congesta, e sua superfície lembra o aspecto em casca de laranja. Há febre, calafrios e pulso rápido. Penicilina ou derivados. Otomicose Processo inflamatório do CAE provocado por fungos do gênero Candida albicans e Aspergillusniger, fumigatus e cianus. Quadro clínico: prurido e dor. Pode estar associado à infecção bacteriana. Otoscopia: presença de massa e conglomerado de micélios de coloração variável de acordo com a espécie do fungo: branca, preta, amarelada ou azul clara. Remoção das secreções, medicação tópica a base de miconazol, cetoconazol. A. Prevenção: secar os ouvidos após nadar e mergulhar ou após o banho, com uma toalha apenas. Evitar nadar e mergulhar em águas poluídas. Não introduzir objetos, como cotonetes e lápis, no canal externo do ouvido. Nadadores com otite externa recorrente devem usar protetores auriculares.

11 11 2. REFERÊNCIAS 1. Rotinas em Otorrinolaringologia/organizadores, Otávio B. Piltcher, et al. - Porto Alegre: Artmed, p Campos CAH, Costa HOO. Tratado de Otorrinolaringologia. São Paulo: Roca, 2002; v.3. p Mandell GL, Bennett JE, Dolin R. Mandell, Douglas, and Bennett s principles and practice of infectious diseases. Churchill Livingstone. 8 th ed p. 4. Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervico Facial. Guideline IVAS Infeccção das Vias Aéreas Superiores [Acesso em 28 jun. 2015]. Disponível em Acesse este documento no site Sessões Clínicas em Rede:

Faringoamigdalites na Criança. Thaís Fontes de Magalhães Monitoria de Pediatria 17/03/2014

Faringoamigdalites na Criança. Thaís Fontes de Magalhães Monitoria de Pediatria 17/03/2014 Faringoamigdalites na Criança Thaís Fontes de Magalhães Monitoria de Pediatria 17/03/2014 Faringoamigdalites Quadro Clínico Inflamação de estruturas faríngeas com: Eritema Edema Exsudato faríngeo Úlcera

Leia mais

O QUE VOCÊ PRECISA SABER

O QUE VOCÊ PRECISA SABER DIAGNÓSTICO DE INFLUENZA E OUTROS VIRUS RESPIRATÓRIOS NO HIAE. O QUE VOCÊ PRECISA SABER Maio de 2013 Laboratório Clínico Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Apenas para lembrar alguns aspectos das

Leia mais

Infecções das vias aéreas superiores

Infecções das vias aéreas superiores Infecções das vias aéreas superiores INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES Morbidade elevada. Alta frequência de consultas ambulatoriais. Dificuldades diagnósticas Risco de complicações Uso abusivo de antibióticos

Leia mais

Otite externa Resumo de diretriz NHG M49 (primeira revisão, dezembro 2005)

Otite externa Resumo de diretriz NHG M49 (primeira revisão, dezembro 2005) Otite externa Resumo de diretriz NHG M49 (primeira revisão, dezembro 2005) Rooijackers-Lemmens E, Van Balen FAM, Opstelten W, Wiersma Tj traduzido do original em holandês por Luiz F.G. Comazzetto 2014

Leia mais

ADENÓIDE (Amígdala faringea) AMÍGDALAS PALATINAS AMÍGDALAS LINGUAIS

ADENÓIDE (Amígdala faringea) AMÍGDALAS PALATINAS AMÍGDALAS LINGUAIS INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES II Momento II Prof Ricardo Caraffa Pedro de 7 anos HPMA: Febre há 2 dias com queda do estado geral, adinamia e odinofagia EF: Prostado, febril (38,9 C) Gânglio submandibular

Leia mais

ANTIBIOTICOTERAPIA NA NCIA. Dulce Emilia Moreira

ANTIBIOTICOTERAPIA NA NCIA. Dulce Emilia Moreira INFÂ Dulce Emilia Moreira INFÂ O ANTIBIÓTICO TICO É REALMENTE INDICADO DIANTE DOS ACHADOS CLÍNICOS? INFÂ INFECÇÕES BACTERIANAS ÓBVIAS X INFECÇÕES BACTERIANAS PROVÁVEIS VEIS INFÂ Fatores que devem ser considerados

Leia mais

Graças a ele, podemos perceber melhor o mundo e nosso corpo.

Graças a ele, podemos perceber melhor o mundo e nosso corpo. Graças a ele, podemos perceber melhor o mundo e nosso corpo. Assim, além de boas sensações, podemos escapar de problemas sérios, como evitar a ingestão de um alimento estragado, ao sentir o cheiro e gosto

Leia mais

Universidade Federal do Ceará - UFC Faculdade de Medicina Programa de Ensino Tutorial - PET. Condutas Infecções de Vias Aéreas Superioes

Universidade Federal do Ceará - UFC Faculdade de Medicina Programa de Ensino Tutorial - PET. Condutas Infecções de Vias Aéreas Superioes Universidade Federal do Ceará - UFC Faculdade de Medicina Programa de Ensino Tutorial - PET Condutas Infecções de Vias Aéreas Superioes Fernando Klein Outubro/2010 Caso 1 Fridundino Eulâmpio, 6 anos. Há

Leia mais

Otite média aguda em crianças Resumo de diretriz NHG M09 (segunda revisão, fevereiro 2013)

Otite média aguda em crianças Resumo de diretriz NHG M09 (segunda revisão, fevereiro 2013) Otite média aguda em crianças Resumo de diretriz NHG M09 (segunda revisão, fevereiro 2013) Damoiseaux RAMJ, Van Balen FAM, Leenheer WAM, Kolnaar BGM traduzido do original em holandês por Luiz F.G. Comazzetto

Leia mais

Doenças Infecciosas que Acometem a Cavidade Oral

Doenças Infecciosas que Acometem a Cavidade Oral Disciplina: Semiologia Doenças Infecciosas que Acometem a Cavidade Oral PARTE 2 http://lucinei.wikispaces.com Prof.Dr. Lucinei Roberto de Oliveira 2012 FAMÍLIA HHV Alfaherpesvirinae HHV1(herpes bucal)

Leia mais

Diretrizes Assistenciais

Diretrizes Assistenciais Diretrizes Assistenciais Manuseio da Meningite Bacteriana Aguda Versão eletrônica atualizada em Novembro 2008 Manuseio da Meningite Bacteriana Aguda Introdução A meningite bacteriana aguda é um processo

Leia mais

Etiologia. Infecciosa Auto-imune Traumática. DCP / APN Dulce Cabelho Passarelli / André Passarelli Neto. Tratamento. Depende: Origem Diagnóstico

Etiologia. Infecciosa Auto-imune Traumática. DCP / APN Dulce Cabelho Passarelli / André Passarelli Neto. Tratamento. Depende: Origem Diagnóstico Infecciosa Auto-imune Traumática Evidência Clínica Inicialmente, vesículas ou bolhas, na pele ou mucosa, podendo ocorrer concomitantemente nessas regiões. Dulce Cabelho Passarelli / André Passarelli Neto

Leia mais

www.cpsol.com.br TEMA 003 CONHEÇA E PREVINA AS DOENÇAS DO INVERNO

www.cpsol.com.br TEMA 003 CONHEÇA E PREVINA AS DOENÇAS DO INVERNO TEMA 003 CONHEÇA E PREVINA AS DOENÇAS DO INVERNO 1/8 O inverno chegou e junto com ele maiores problemas com as doenças respiratórias entre outras Isso não ocorre por acaso já que pé nesta estação onde

Leia mais

P N E U M O N I A UNESC ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES 10/09/2015 CONCEITO

P N E U M O N I A UNESC ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES 10/09/2015 CONCEITO UNESC ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES P N E U M O N I A CONCEITO Processo inflamatório do parênquima pulmonar que, comumente, é causada por agentes infecciosos. 1 Uma

Leia mais

Influenza. João Pedro Marins Brum Brito da Costa (Instituto ABEL) Orientador: André Assis (UFRJ Medicina)

Influenza. João Pedro Marins Brum Brito da Costa (Instituto ABEL) Orientador: André Assis (UFRJ Medicina) Influenza João Pedro Marins Brum Brito da Costa (Instituto ABEL) Orientador: André Assis (UFRJ Medicina) O que éinfluenza Também conhecida como gripe, a influenza éuma infecção do sistema respiratório

Leia mais

XXXIII Congresso Médico da Paraíba. Dr. Marcus Sodré

XXXIII Congresso Médico da Paraíba. Dr. Marcus Sodré XXXIII Congresso Médico da Paraíba Dr. Marcus Sodré Chamamos sinusite aos processos inflamatórios e/ou infecciosos que acometem as cavidades paranasais. Referências anatômicas Nariz : septo, cornetos médios

Leia mais

Otosporin hidrocortisona sulfato de neomicina sulfato de polimixina B. Forma farmacêutica e apresentação Suspensão otológica Embalagem contendo 10 ml

Otosporin hidrocortisona sulfato de neomicina sulfato de polimixina B. Forma farmacêutica e apresentação Suspensão otológica Embalagem contendo 10 ml Otosporin hidrocortisona sulfato de neomicina sulfato de polimixina B Forma farmacêutica e apresentação Suspensão otológica Embalagem contendo 10 ml USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 ANO. VIA OTOLÓGICA

Leia mais

OTITES MÉDIAS AGUDAS. Prof. Pedro Serafim DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA Universidade Federal do Maranhão - UFMA

OTITES MÉDIAS AGUDAS. Prof. Pedro Serafim DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA Universidade Federal do Maranhão - UFMA OTITES MÉDIAS AGUDAS Prof. Pedro Serafim DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA Universidade Federal do Maranhão - UFMA Considerações anatômicas: Considerações funcionais: Energia mecânica (SOM) estímulos

Leia mais

Rinorréia Posterior: Diagnóstico Diferencial e Condutas Mesa Redonda

Rinorréia Posterior: Diagnóstico Diferencial e Condutas Mesa Redonda Rinorréia Posterior: Diagnóstico Diferencial e Condutas Mesa Redonda, Antônio Carlos Cedin,, Luiz Vicente Ferreira da Silva Filho e A associação entre a presença de secreção na cavidade nasal ou na parede

Leia mais

Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria

Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria Criado em 22/04/15 10h50 e atualizado em 22/04/15 11h27 Por Sociedade Brasileira de Pediatria Para se ter sucesso no tratamento da criança alérgica ou

Leia mais

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS - IRAs Estima-se se que morram de IRA 4 milhões de crianças de 0 a 5 anos por ano/mundo Prof. Enf. Hygor Elias 75% das mortes Rinofaringite Amigdalite Otite Sinusite Trato

Leia mais

03/07/2012 PNEUMONIA POR INFLUENZA: PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO, ONDE ESTAMOS? Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose

03/07/2012 PNEUMONIA POR INFLUENZA: PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO, ONDE ESTAMOS? Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose PNEUMONIA POR INFLUENZA: PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO, ONDE ESTAMOS? Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose Goiânia

Leia mais

Introdução. ATB na infância. ( Schappert, 1992 ). Primeiros anos de vida. ( Alho; Koivu; Sorri, 1991). Aleitamento materno. Creches e berçários.

Introdução. ATB na infância. ( Schappert, 1992 ). Primeiros anos de vida. ( Alho; Koivu; Sorri, 1991). Aleitamento materno. Creches e berçários. Introdução ATB na infância. ( Schappert, 1992 ). Primeiros anos de vida. ( Alho; Koivu; Sorri, 1991). Aleitamento materno. Creches e berçários. Definições Otite média aguda(oma): É a presença de secreção

Leia mais

Uso de antibióticos no tratamento das feridas. Dra Tâmea Pôssa

Uso de antibióticos no tratamento das feridas. Dra Tâmea Pôssa Uso de antibióticos no tratamento das feridas Dra Tâmea Pôssa Ferida infectada Ruptura da integridade da pele, quebra da barreira de proteção Início do processo inflamatório: Dor Hiperemia Edema Aumento

Leia mais

DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO

DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO UNESC ENFERMAGEM SAÚDE DO ADULTO PROFª: : FLÁVIA NUNES DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO ENDOCARDITE REUMÁTICA O desenvolvimento da endocardite reumática é atribuído diretamente à febre reumática, uma doença

Leia mais

www.drapriscilaalves.com.br [COMPLEXO RESPIRATÓRIO VIRAL FELINO]

www.drapriscilaalves.com.br [COMPLEXO RESPIRATÓRIO VIRAL FELINO] [COMPLEXO RESPIRATÓRIO VIRAL FELINO] 2 Complexo Respiratório Viral Felino É um conjunto de sintomas causado pelas doenças Rinotraqueíte Felina e Calicivirose Felina. São doenças virais cujos sinais clínicos

Leia mais

Forma farmacêutica e apresentação Suspensão otológica - Embalagem contendo 5 ml de suspensão acompanhado de conta-gotas.

Forma farmacêutica e apresentação Suspensão otológica - Embalagem contendo 5 ml de suspensão acompanhado de conta-gotas. Otociriax ciprofloxacino hidrocortisona Forma farmacêutica e apresentação Suspensão otológica - Embalagem contendo 5 ml de suspensão acompanhado de conta-gotas. USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 ANO.

Leia mais

Dilemas Diagnósticos entre Tonsilite Viral e Bacteriana

Dilemas Diagnósticos entre Tonsilite Viral e Bacteriana Dilemas Diagnósticos entre Tonsilite Viral e Bacteriana Mesa Redonda Moderador: Jayme Murahovshi Participantes: Edigar R. de Almeida, Luiza H. Endo e Sílvio Luiz Zuquim Prof. Dr. Jayme Murahovschi (Pediatra)

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Osteomielite. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Osteomielite. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA PROTOCOLO MÉDICO Assunto: Osteomielite Especialidade: Infectologia Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA Data de Realização: 15/04/2009 Data de Revisão: Data da Última Atualização: 1.

Leia mais

PROF.DR.JOÃO ROBERTO ANTONIO

PROF.DR.JOÃO ROBERTO ANTONIO DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO DAS FERIDAS NEM SEMPRE SE ACERTA, MAS SEMPRE SE APRENDE... PROF.DR.JOÃO ROBERTO ANTONIO RELATO DE CASO AF: n.d.n. ID: masculino, 39 anos, branco, casado, natural e procedente

Leia mais

Infecções de Vias Aéreas Superiores

Infecções de Vias Aéreas Superiores Infecções de Vias Aéreas Superiores As infecções das vias aéreas superiores (IVAS) são um dos problemas mais comuns encontrados em serviços de atendimento médico pediátricos, resultando em uma morbidade

Leia mais

PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS

PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS A maior parte dos casos são as chamadas comunitárias ou não nosocomiais Típica Não relacionada à faixa etária. Causada por S. pneumoniae, H. influenzae e S. aureus. Sintomatologia

Leia mais

DISTÚRBIOS DA ATM. Dra.SUSANA C. FOGAÇA Prof. Faculdade Medicina da Universidade de Passo Fundo

DISTÚRBIOS DA ATM. Dra.SUSANA C. FOGAÇA Prof. Faculdade Medicina da Universidade de Passo Fundo Dra.SUSANA C. FOGAÇA Prof. Faculdade Medicina da Universidade de Passo Fundo SINAIS E SINTOMAS 3 SINAIS CARDINAIS DA DTM: DOR OROFACIAL BARULHOS NA ATM RESTRIÇÃO FC. MANDIBULAR OUTROS SINTOMAS CEFALÉIA

Leia mais

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA DEFINIÇÕES Febre neutropénica: T. auricular > 38ºC mantida durante 1 h, em doente com contagem absoluta de neutrófilos (CAN) < 500/mm 3, ou < 1000/mm

Leia mais

Orientações gerais para as famílias. Ambulatório

Orientações gerais para as famílias. Ambulatório 2015 Orientações gerais para as famílias Ambulatório Orientações gerais para as famílias O Ambulatório do Colégio Albert Sabin dispõe de uma médica, uma enfermeira e uma auxiliar de enfermagem, para oferecer

Leia mais

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da 2 A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da inflamação, o que dificulta a realização das trocas gasosas.

Leia mais

Infecções do trato respiratório

Infecções do trato respiratório Infecções do trato respiratório Anatomia do trato respiratório Estrutura do ouvido Fonte: Black, 2002. Defesas do hospedeiro As infecções do TR podem ser adquiridas através da exposição direta do agente,

Leia mais

Otite Externa. Tania Sih

Otite Externa. Tania Sih Otite Externa Tania Sih Definição, freqüência e fatores predisponentes A Otite externa (OE) é uma afecção inflamatória e/ou infecciosa do canal ou conduto auditivo externo (CAE) e da região auricular.

Leia mais

SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO RESPONSÁVEL: DRA MARIA CRISTINA DE SOUZA NETO ALTERADA: 10/07/2013

SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO RESPONSÁVEL: DRA MARIA CRISTINA DE SOUZA NETO ALTERADA: 10/07/2013 SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO PROTOCOLO DE ATENDIMENTO ROTINA: NUMERO 02 2013 TÍTULO: OTITE MÉDIA AGUDA FLUXOGRAMA IMPLANTAÇÃO: SETOR: EMERGÊNCIA EXTERNA HIJG VERSÃO: 02

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do Trato Urinário. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio C Cotrim Neto-Médico Residente e Equipe Gipea

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do Trato Urinário. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio C Cotrim Neto-Médico Residente e Equipe Gipea PROTOCOLO MÉDICO Assunto: Infecção do Trato Urinário Especialidade: Infectologia Autor: Cláudio C Cotrim Neto-Médico Residente e Equipe Gipea Data de Realização: 23/03/2009 Data de Revisão: Data da Última

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL Versão eletrônica atualizada em fev/2012 O agente etiológico e seu habitat A doença estreptocócica neonatal é causada por uma bactéria,

Leia mais

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS EPIDEMIOLOGIA

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS EPIDEMIOLOGIA IRA (definição) São infecções de etiologia viral ou bacteriana que podem acometer qualquer segmento do aparelho respiratório, com duração aproximada de 7 dias. Correspondem a diversas síndromes clínicas

Leia mais

Caso Clínico. Lucas de Araujo Aquino

Caso Clínico. Lucas de Araujo Aquino Caso Clínico Lucas de Araujo Aquino Identificação - A.M.P. - 17 anos - Sexo masculino - Branco - Estudante secundário Queixa Principal - Alergia no rosto há 10 dias, que não fica boa História da Doença

Leia mais

Precauções Padrão. Precaução Padrão

Precauções Padrão. Precaução Padrão Precauções Padrão Precaução Padrão Por todos os profissionais para todos os pacientes, na presença de risco de contato com sangue; fluidos corpóreos, secreções e excreções (exceção: suor); pele com solução

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do sítio cirúrgico. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do sítio cirúrgico. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA PROTOCOLO MÉDICO Assunto: Infecção do sítio cirúrgico Especialidade: Infectologia Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA Data de Realização: 29/04/2009 Data de Revisão: Data da Última Atualização:

Leia mais

FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM ENFª MARÍLIA M. VARELA

FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM ENFª MARÍLIA M. VARELA FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM ENFª MARÍLIA M. VARELA INFECÇÃO As infecções são doenças que envolvem bactérias, fungos, vírus ou protozoários e sua proliferação pode ser vista quando o paciente tem os sintomas,

Leia mais

infectadas. O período de contagiosidade estimado estende-se do quinto dia antes

infectadas. O período de contagiosidade estimado estende-se do quinto dia antes Sarampo Introdução O sarampo é uma doença infecciosa aguda de alta transmissibilidade, causada por um vírus da família Paramixoviridae, gênero Morbillivirus A transmissão ocorre através de secreções e

Leia mais

-.BORDETELOSE CANINA "TOSSE DOS CANIS"

-.BORDETELOSE CANINA TOSSE DOS CANIS -.BORDETELOSE CANINA "TOSSE DOS CANIS" A bactéria Bordetella bronchiséptica é a causa primária da traqueobronquite infecciosa canina (tosse dos canis).embora a tosse dos canis seja a manifestação clínica

Leia mais

Caso 14. 1ª Parte. Refletindo e Discutindo

Caso 14. 1ª Parte. Refletindo e Discutindo Caso 14 1ª Parte Gabriel, 17 anos, procurou Maria, agente comunitária de saúde, para saber onde poderia tratar de seus vários dentes com buracos porque queria servir ao Exército. Maria pergunta se esse

Leia mais

Quinta Edição/2015 Quinta Região de Polícia Militar - Quarta Companhia Independente

Quinta Edição/2015 Quinta Região de Polícia Militar - Quarta Companhia Independente GRIPE X RESFRIADO GRIPE e RESFRIADO são as mesmas coisas? Não. A gripe é uma doença grave, contagiosa, causada pelo vírus Influenza (tipos A,B e C) e o resfriado é menos agressivo e de menor duração, causado

Leia mais

Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico

Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico Gripe Perguntas Frequentes Perguntas frequentes sobre a gripe sazonal O que é a

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO DIRETORIA DE ENFERMAGEM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO DIRETORIA DE ENFERMAGEM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO DIRETORIA DE ENFERMAGEM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM MINICURSO: Assistência de enfermagem ao cliente com feridas Ferida cirúrgica 1º Semestre de 2013 Instrutora:

Leia mais

AMIGDALITE. Graça Rocha Margarida Martins

AMIGDALITE. Graça Rocha Margarida Martins Graça Rocha Margarida Martins Anatomia orofaríngea Flora Normal do Organismo Introdução As infecções das vias respiratórias superiores são comuns na procura de cuidados pediátricos. A amigdalite é uma

Leia mais

Estes artigos estão publicados no sítio do Consultório de Pediatria do Dr. Paulo Coutinho. http://www.paulocoutinhopediatra.pt

Estes artigos estão publicados no sítio do Consultório de Pediatria do Dr. Paulo Coutinho. http://www.paulocoutinhopediatra.pt Estes artigos estão publicados no sítio do Consultório de Pediatria do Dr. Paulo Coutinho. Pág. 01 A bronquiolite é uma infeção respiratória causada por vírus, ocorrendo em crianças com menos de 2 anos.

Leia mais

Orientações gerais para as famílias. Ambulatório

Orientações gerais para as famílias. Ambulatório Ambulatório O Ambulatório do Colégio Albert Sabin dispõe de uma médica, uma enfermeira e uma auxiliar de enfermagem para oferecer o primeiro atendimento aos alunos e funcionários. O primeiro atendimento

Leia mais

Diagnóstico Diferencial de Tosse

Diagnóstico Diferencial de Tosse Diagnóstico Diferencial de Tosse A tosse constitui um sintoma de uma grande variedade de patologias, pulmonares e extrapulmonares, e por isto mesmo é muito comum, sendo, com certeza, uma das maiores causas

Leia mais

As principais causas das perdas condutivas são:

As principais causas das perdas condutivas são: Perda auditiva: Existem três partes principais da orelha envolvidas no processo de audição: a orelha externa, a orelha média e a orelha interna. O processo auditivo começa quando as ondas sonoras entram

Leia mais

ANEXO I - ENPI DEFINIÇÕES DE MCGEER PARA AS INFEÇÕES EM UNIDADES DE CUIDADOS CONTINUADOS

ANEXO I - ENPI DEFINIÇÕES DE MCGEER PARA AS INFEÇÕES EM UNIDADES DE CUIDADOS CONTINUADOS ANXO I - NPI Nota: Dia 20 de Abril de 2012, após realização de todas as sessões de formação, foram introduzidas pequenas alterações neste protocolo que estão realçadas a sombreado. DFINIÇÕS D MCGR PARA

Leia mais

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO Perguntas frequentes sobre a gripe sazonal O que é a gripe? É uma doença infecciosa aguda das vias respiratórias, causada pelo vírus da gripe. Em

Leia mais

Boletim Epidemiológico Volume 01, Nº 2, 04 de Julho 2013.

Boletim Epidemiológico Volume 01, Nº 2, 04 de Julho 2013. Boletim Epidemiológico Volume 0, Nº 2, 04 de Julho 20. Influenza O controle da Influenza no país continua sendo feito por monitoramento - vigilância de Síndrome Gripal (SG) e da Síndrome Respiratória Aguda

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande FURG VACINAS AULA II. Prof. Edison Luiz Devos Barlem ebarlem@gmail.com

Universidade Federal do Rio Grande FURG VACINAS AULA II. Prof. Edison Luiz Devos Barlem ebarlem@gmail.com Universidade Federal do Rio Grande FURG VACINAS AULA II Prof. Edison Luiz Devos Barlem ebarlem@gmail.com Calendário de Vacinação Infantil 2011 1. BCG (contra Tuberculose); 2. Vacina contra Hepatite B;

Leia mais

Sinusites: Dificuldades Diagnósticas e Diagnóstico Diferencial

Sinusites: Dificuldades Diagnósticas e Diagnóstico Diferencial Sinusites: Dificuldades Diagnósticas e Diagnóstico Diferencial Mesa Redonda Moderador: Participantes: Eulália Sakano Elizabeth Araújo, Enrique Azuara, Rainer Haetinger e Washington Almeida Eulália Sakano.

Leia mais

TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA em ODONTOPEDIATRIA SANDRA ECHEVERRIA

TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA em ODONTOPEDIATRIA SANDRA ECHEVERRIA TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA em ODONTOPEDIATRIA SANDRA ECHEVERRIA Frequência cardíaca em função da idade Idade (anos) Andrade, 2002 Batimentos/minuto 1 110-130 2 90-115 3 80-105 7-14 80-105 14-21 78-85 Acima

Leia mais

Especialização em SAÚDE DA FAMÍLIA. Caso complexo Sandra e Sofia. Fundamentação teórica Infecções respiratórias agudas

Especialização em SAÚDE DA FAMÍLIA. Caso complexo Sandra e Sofia. Fundamentação teórica Infecções respiratórias agudas Caso complexo Sandra e Sofia Especialização em Fundamentação teórica INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS Gilberto Petty da Silva Na faixa etária de seis meses aos três anos, as crianças têm de seis a nove infecções

Leia mais

Otite Externa. Peggy E. Kelley e Alessandro Danesi

Otite Externa. Peggy E. Kelley e Alessandro Danesi Otite Externa Peggy E. Kelley e Alessandro Danesi Introdução Alessandro Danesi A otite externa constitui uma afecção das mais freqüentes nos consultórios pediátricos e otorrinolaringológicos, assim como

Leia mais

PROFILAXIA CIRÚRGICA. Valquíria Alves

PROFILAXIA CIRÚRGICA. Valquíria Alves PROFILAXIA CIRÚRGICA Valquíria Alves INFECÇÃO DO LOCAL CIRÚRGICO (ILC) Placeholder for your own subheadline A infecção do local cirúrgico (ILC) é uma complicação comum da cirurgia, com taxas de incidência

Leia mais

TUMORES DA FARINGE SERVIÇO DE CABEÇA E PESCOÇO HUWC

TUMORES DA FARINGE SERVIÇO DE CABEÇA E PESCOÇO HUWC TUMORES DA FARINGE SERVIÇO DE CABEÇA E PESCOÇO HUWC Mário Sérgio Rocha Macêdo TUMORES DA FARINGE Embriologia e Anatomia Embrião 4 semanas Faringe Embrionária TUMORES DA FARINGE Embriologia e Anatomia TUMORES

Leia mais

Sindrome respiratória felina. Rinotraquiete viral Clamidiose Calicivirose

Sindrome respiratória felina. Rinotraquiete viral Clamidiose Calicivirose DOENÇAS DE FELINOS Sindrome respiratória felina Rinotraquiete viral Clamidiose Calicivirose RINOTRAQUEÍTE Agente etiológico: Herpesvírus felino Conhecida como "a gripe do gato", pois os sintomas são parecidos

Leia mais

Diretrizes Assistenciais

Diretrizes Assistenciais Diretrizes Assistenciais Protocolo de Encefalite Versão eletrônica atualizada em fevereiro 2012 Protocolo de Encefalite Encefalite é uma Síndrome aguda do Sistema Nervoso Central (SNC), associada à alta

Leia mais

Formadora: Dr.ª Maria João Marques Formandas: Anabela Magno; Andreia Sampaio; Paula Sá; Sónia Santos

Formadora: Dr.ª Maria João Marques Formandas: Anabela Magno; Andreia Sampaio; Paula Sá; Sónia Santos Formadora: Dr.ª Maria João Marques Formandas: Anabela Magno; Andreia Sampaio; Paula Sá; Sónia Santos 1 O que é? A bronquiolite é uma doença que se carateriza por uma inflamação nos bronquíolos e que, geralmente,

Leia mais

INFECÇÃO POR Staphylococcus aureus

INFECÇÃO POR Staphylococcus aureus INFECÇÃO POR Staphylococcus aureus Atualmente no HUCFF quase 100% das amostras de MRSA isoladas em infecções hospitalares apresentam o fenótipo de CA-MRSA (S. aureus resistente a oxacilina adquirido na

Leia mais

Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 37 de 2015

Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 37 de 2015 Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 37 de 2015 A vigilância da influenza no Brasil é composta pela vigilância

Leia mais

Informe Técnico: Vigilância das Meningites no Estado de Santa Catarina

Informe Técnico: Vigilância das Meningites no Estado de Santa Catarina GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica Gerência de Vigilância de Doenças Imunopreveníveis e Imunização Informe

Leia mais

ANTIBIÓTICOS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS INFECÇÕES NO RN

ANTIBIÓTICOS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS INFECÇÕES NO RN ANTIBIÓTICOS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS INFECÇÕES NO RN MAGNÓLIA CARVALHO ANTIBIÓTICOS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS ARTRITE CELULITE DIARRÉIA IMPETIGO ITU MENINGITE OTITE ONFALITE OSTEOMIELITE OFTALMIA PNEUMONIA

Leia mais

Otite Pediatria. Definições

Otite Pediatria. Definições Otite Pediatria Definições - Otite Média Aguda (OMA): presença de secreção no ouvido médio associada ao início rápido de um ou mais sinais ou sintomas de inflamação. - Otite Média Recorrente (OMR): ocorrência

Leia mais

Secretaria Municipal de Saúde. Atualização - Dengue. Situação epidemiológica e manejo clínico

Secretaria Municipal de Saúde. Atualização - Dengue. Situação epidemiológica e manejo clínico Secretaria Municipal de Saúde Atualização - Dengue Situação epidemiológica e manejo clínico Agente Etiológico Arbovírus do gênero Flavivírus: Den-1, Den-2, Den-3 e Den- 4. Modo de Transmissão: Aspectos

Leia mais

Linfonodomegalias na Infância

Linfonodomegalias na Infância XII Curso de Atualização em Pediatria de Londrina - Módulo 03 Linfonodomegalias na Infância Tony Tannous Tahan Coordenador da Infectopediatria do Departamento de Pediatria do HC-UFPR Membro do Comitê de

Leia mais

COMANDO DA AERONÁUTICA EXAME DE ADMISSÃO AO CURSO DE ADAPTAÇÃO DE MÉDICOS DA AERONÁUTICA (CAMAR 2013) LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO.

COMANDO DA AERONÁUTICA EXAME DE ADMISSÃO AO CURSO DE ADAPTAÇÃO DE MÉDICOS DA AERONÁUTICA (CAMAR 2013) LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO. COMANDO DA AERONÁUTICA VERSÃO B EXAME DE ADMISSÃO AO CURSO DE ADAPTAÇÃO DE MÉDICOS DA AERONÁUTICA (CAMAR 2013) ESPECIALIDADE: OTORRINOLARINGOLOGIA LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO. 1. Este caderno

Leia mais

Curso de Atualização Clínica para CD da Estratégia Saúde da Família. Urgências Pulpares. Fábio de Almeida Gomes Universidade de Fortaleza

Curso de Atualização Clínica para CD da Estratégia Saúde da Família. Urgências Pulpares. Fábio de Almeida Gomes Universidade de Fortaleza Curso de Atualização Clínica para CD da Estratégia Saúde da Família Urgências Pulpares Fábio de Almeida Gomes Universidade de Fortaleza Diagnóstico Anamnese Paciente deve ser motivado a relatar a história

Leia mais

Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria

Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria 2012 Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria UNIPAC-Araguari Santa Casa de Araguari 2012 2 INTRODUÇÃO Pneumonia é uma inflamação ou infecção dos pulmões que afeta as unidades de troca

Leia mais

Principais Sintomas. Medidas de Prevenção

Principais Sintomas. Medidas de Prevenção A gripe é uma doença causada pelo vírus da Influenza, que ocorre predominantemente nos meses mais frios do ano. Esse vírus apresenta diferentes subtipos que produzem a chamada gripe ou influenza sazonal.

Leia mais

Infecção Por Enterovirus

Infecção Por Enterovirus Infecção Por Enterovirus 2012.05.22 O enterovirus constitui um grupo de vírus que inclui Coxsackievírus, Echovírus e Enterovirus 71 (EV71), entre outros, infectando principalmente crianças com idade inferior

Leia mais

Doente do sexo feminino, obesa, com 60 anos apresenta insuficiência venosa crónica, febre, sinais inflamatórios numa perna e não é diabética.

Doente do sexo feminino, obesa, com 60 anos apresenta insuficiência venosa crónica, febre, sinais inflamatórios numa perna e não é diabética. REVISÃO INTEGRADA DOS ANTIBACTERIANOS Casos clínicos Caso 1 infecções da pele Doente do sexo feminino, obesa, com 60 anos apresenta insuficiência venosa crónica, febre, sinais inflamatórios numa perna

Leia mais

O que é câncer de mama?

O que é câncer de mama? Câncer de Mama O que é câncer de mama? O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células

Leia mais

Meningite Bacteriana

Meningite Bacteriana Meningite Bacteriana Conceito Infecção aguda que acomete as leptomeninges (aracnóide e pia-máter), envolvendo o cérebro e a medula espinhal. Page 2 Epidemiologia Doença comum, de alta mortalidade e morbidade

Leia mais

Introdução. Comum Primária ou secundária Identificar causa base

Introdução. Comum Primária ou secundária Identificar causa base Piodermite Canina Introdução Comum Primária ou secundária Identificar causa base Bactérias residentes Etiopatogenese Staphylococcus pseudintermedius Não são particularmente virulentos. Necessário distúrbio

Leia mais

Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão. Não, porque contêm químicos e está clorada.

Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão. Não, porque contêm químicos e está clorada. Influenza A H1N1 /GRIPE SUÍNA PERGUNTAS E RESPOSTAS: PERGUNTA 1. Quanto tempo o vírus da gripe suína permanece vivo numa maçaneta ou superfície lisa? 2. O álcool em gel é útil para limpar as mãos? 3. Qual

Leia mais

Aula 12: Doenças do sistema respiratório

Aula 12: Doenças do sistema respiratório Aula 12: Doenças do sistema respiratório Doenças do sistema respiratório Doenças respiratórias são aquelas que atingem órgãos do sistema respiratório (pulmões, boca, faringe, fossas nasais, laringe, brônquios,

Leia mais

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações 1. Introdução A evolução da epidemia causada pelo vírus da gripe pandémica (H1N1) 2009 implica que as medidas sejam adaptadas

Leia mais

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. OUTUBRO ROSA ^ um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA ~ prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. ~ ^ O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete

Leia mais

Nota Técnica Varicela 2012

Nota Técnica Varicela 2012 Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Coordenação

Leia mais

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC.

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC. Objetivos Ao final desta aula o aluno deverá: Ser capaz de definir a DPOC, e seus dois tipos: enfisema pulmonar e bronquite crônica. Reconhecer os sintomas e sinais

Leia mais

nfecção das Vias Aéreas Superiores

nfecção das Vias Aéreas Superiores UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA FACULDADE DE MEDICINA INTERNATO EM PEDIATRIA nfecção das Vias Aéreas Superiores INTERNAS: CAROLINA PARANAGUÁ GABRIELA CAMPOS ORIENTADORA: DRA. CARMEM LÍVIA www.paulomargotto.com.br

Leia mais

Paralisia facial periférica Resumo de diretriz NHG M93 (agosto 2010)

Paralisia facial periférica Resumo de diretriz NHG M93 (agosto 2010) Paralisia facial periférica Resumo de diretriz NHG M93 (agosto 2010) Klomp MA, Striekwold MP, Teunissen H, Verdaasdonk AL traduzido do original em holandês por Luiz F.G. Comazzetto 2014 autorização para

Leia mais