VIDAS SECAS. Graciliano Ramos

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1 VIDAS SECAS Graciliano Ramos

2 I CONSIDERAÇÕES GERAIS Único romance de Graciliano Ramos escrito em terceira pessoa O narrador volta-se para o drama social do Nordeste, que encontra expressão nas figuras humanas marcadas pela seca e pela miséria. O romance conta o drama de uma família de pobres vaqueiros, que chega a uma fazenda abandonada, depois de fugir da seca. Ali, vive, servindo ao dono ausente, durante o período de bonança.

3 A paisagem não é mero cenário referencial, mas uma personagem a mais, integrada que está ao próprio homem, como uma lei natural naquela região. Fabiano projeta em suas características físicas a aridez da paisagem: - rosto crestado pelo sol, - pés rachados pelo calor e pelas pedras, - cabelo avermelhado como o solo nordestino. - olhos azuis como o céu sem nuvens.

4 Preso aos costumes de sua gente, Fabiano sente-se merecedor da opressão cometida contra seus antepassados. Mesmo sabendo-se injustiçado, Fabiano não consegue libertar-se desse destino, o que não ocorre com sua mulher, que sonha com um futuro melhor que o de vaqueiro para seus filhos.

5 Graciliano amplia a perspectiva de análise do sertanejo, aprofunda-se no estudo dessa alma atormentada - pelo medo da seca, - pela certeza de continuidade das injustiças sociais, - pelo sentimento de inferioridade - pela convicção de que não passa de um bruto, um animal privado dos dotes humanos.

6 Há três elementos integrados de maneira natural na composição de Vidas Secas: - o homem, - os animais - e os objetos da natureza. Essa interação não resulta do acaso, é um elo poderoso na investigação minuciosa da vida do homem do sertão, obrigado a condições subumanas de existência, reduzido à condição de bicho, tendo sua inteligência retardada e seu poder de linguagem restrito a sons guturais.

7 Fabiano reage por reflexos condicionados,porque sua consciência está enfraquecida por suas relações com a paisagem e seu nivelamento com o mundo animal. Ele aceita passivamente o mando dos poderosos, o sentimento trágico e o destino fatalista que lhe é reservado há gerações.

8 O social não chega a prevalecer sobre o psicológico: equivalem-se. O homem é investigado a partir do mundo regional que o cerca. Seu destino está ligado à terra hostil que tanto a abriga como expulsa. As incertezas silenciosas de Fabiano refletem o homem universal, isso significa que esta obra é um exemplo de regionalismo universalista.

9 O pessimismo é uma resultante imediata do contexto adverso da realidade analisada: não há saídas para as personagens, mas sim um eterno círculo vicioso. O romance inicia com a seca e a conseqüente retirada da família e encerrase com a volta da seca e a nova retirada, confirmando dessa forma o caráter cíclico da obra.

10 Vidas Secas ultrapassa o mero relato das misérias humanas, para tornar-se uma espécie de defesa contra a desumanização do sertanejo II CAPÍTULOS: 1. MUDANÇA: Alguns aspectos merecem destaque nesse capítulo: os meninos não têm nome, enquanto a cachorra se chama Baleia; a incompreensão entre pais e filhos, destacada pelo comportamento de Fabiano com o menino mais velho; e a quase ausência de comunicação entre as personagens, exceto por meio de sons guturais.

11 Levantaram-se todos gritando. O menino mais velho esfregou as pálpebras, afastando pedaços de sonho. Sinhá Vitória beijava o focinho de baleia, e como o focinho estava ensangüentado, lambia o sangue e tirava proveito do beijo O comportamento de Sinhá Vitória mostra bem a proximidade entre homens e animais no romance e evidencia o grau de degradação humana gerado pela seca e pela fome.

12 2. FABIANO: Esses movimentos eram inúteis, mas o vaqueiro, o pai do vaqueiro, o avô e outros antepassados mais antigos, haviam-se acostumado a percorrer veredas, afastando o mato com as mãos. E os filhos já começavam a reproduzir o gesto hereditário Fabiano é um homem embrutecido, por hereditariedade, mas capaz de analisar a si mesmo. Ele tem consciência social do papel que desempenha na sociedade rude em que vive. Essa visão consciente de Fabiano indica uma tendência fatalista na perspectiva do romance.

13 Você é um bicho, Fabiano.(...) Um bicho, Fabiano. (...) Vivia longe dos homens, só se dava bem com os animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia.

14 Fabiano é uma personagem que se aproxima da rudeza física dos animais, daí sentir-se melhor entre eles. Fabiano vê-se como um animal, um bicho, uma coisa. Às vezes utilizava na relação com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.

15 A admiração de Fabiano pela fala bonita dos homens da cidade traduz o respeito das pessoas humildes ao código culto da linguagem. Fabiano chega a imitar algumas palavras desse falar culto, mas percebe sua inutilidade dentro do mundo em que vive. Via-se que um sujeito como ele não tinha nascido para falar certo. O fatalismo da personagem manifesta-se agora em relação à norma culta.

16 O complexo de inferioridade de Fabiano é percebido em suas atitudes diante do patrão. Este abusa de seu poder diante do empregado, que tudo aceita, pois conhece seu lugar e sabe que o outro deseja apenas mostrar sua autoridade ao subalterno. Diante desse mundo marcado pela miséria física e humana, a única certeza de Fabiano é que a seca voltará e que terão de deixar o lugar, se quiserem sobreviver.

17 3. CADEIA Nesse ponto um soldado amarelo aproximou-se e bateu familiarmente no ombro de Fabiano: - Como é, camarada? Vamos jogar um trinta-e-um lá dentro? Fabiano atentou na farda com respeito e gaguejou, procurando as palavras de seu Tomás da bolandeira: - Isto é. Vamos e não vamos. Quer dizer. Enfim. Contanto, etc. É conforme. Levantou-se e caminhou atrás do amarelo, que era autoridade e mandava. Fabiano sempre havia obedecido. Tinha muque e substância, mas pensava pouco, desejava pouco e obedecia

18 Fabiano é submisso àqueles considerados por ele superiores. Fabiano obedece apenas pelo costume de aceitar ordens. 4. SINHÁ VITÓRIA: Era melhor esquecer o nó e pensar numa cama igual à de seu Tomás da bolandeira. Seu Tomás tinha uma cama de verdade, feita pelo carpinteiro, um estrado de sucupira (...) Ali podia um cristão estirar os ossos.

19 O sonho de Sinhá Vitória era uma cama igual ao do senhor Tomás da bolandeira. Seu único medo era a seca. 5. O menino mais novo: Quando fosse homem, caminharia assim, pesado, cambaio, importante, as rosetas das esporas tilintando. Saltaria no lombo de um cavalo brabo e voaria na catinga como pé-devento, levantando poeira. Ao regressar, apearse-ia num pulo e andaria no pátio assim torto, de perneiras, gibão, guarda-peito e chapéu de couro com barbicacho. O menino mais velho e Baleia ficariam admirados.

20 O episódio, o único marcado por toque humorístico, revela brilhantemente o momento em que o menino decide o seu ideal, ser igual ao pai. O garoto sente necessidade de chamar a atenção do grupo familiar. Está presente o tema da incomunicabilidade entre os membros da família.

21 6. O menino mais Velho. Deu-se aquilo porque Sinhá Vitória não conversou um instante com o menino mais velho. Ele nunca tinha ouvido falar em inferno. Estranhando a linguagem de sinhá Terta, pediu informações. Sinhá Vitória, distraída, aludiu vagamente a certo lugar ruim demais, e como o filho exigisse uma descrição, encolheu os ombros. (...) Não obteve resposta, voltou à cozinha, foi pendurar-se à sai da mãe.(...)sinhá Vitória falou em espetos quentes e fogueiras. - A senhora viu? Aí sinhá Vitória se zangou, achou-o insolente e aplicou-lhe um cocorote.

22 (...) O pequeno sentou-se, acomodou nas pernas a cabeça da cachorra, pôs-se a contar-lhe baixinho uma história. Tinha um vocabulário quase tão minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca. Valia-se, pois, de exclamações e de gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a língua, com movimentos fáceis de entender. Todos o abandonavam, a cadelinha era o único vivente que lhe mostrava simpatia.

23 O menino mais velho, diferentemente do irmão, não parece interessado em ser igual ao pai, mas deixa transparecer um ideal diferenciado. Seu desejo maior parece ser o de compreender, de querer saber e o de ser amado. Daí sua aproximação com a cachorrinha, a quem beija o focinho: todos o abandonavam, a cadelinha era o único vivente que lhe mostrava simpatia

24 (...) Entristeceu. Talvez sinhá Vitória dissesse a verdade. O inferno devia estar cheio de jararacas e suçuaranas, e as pessoas que moravam lá recebiam cocorotes, puxões de orelhas e pancadas com a bainha de faca. Na concepção infantil, o inferno só inclui elementos do cotidiano inimigo ao menino.

25 7. INVERNO A família estava reunida em torno do fogo, Fabiano sentado no pilão caído, sinhá Vitória de pernas cruzadas, as coxas servindo de travesseiro aos filhos. A cachorra Baleia, com o traseiro no chão e o reto do corpo levantado, olhava as brasas que se cobriam de cinza. Estava um frio medonho, as goteiras pingavam lá fora, o vento sacudia os ramos das catingueiras, e o barulho do rio era como um trovão distante.

26 Há, neste capítulo, uma aproximação entre os membros da família, uma espécie rara de integração momentânea. 8. FESTA: Fabiano, sinhá Vitória e os meninos iam à festa de Natal na cidade. Eram três horas, fazia grande calor, redemoinhos espalhavam por cima das árvores amarelas nuvens de poeira e folhas secas Um mundo novo aparece aos olhos dos meninos

27 Ocupavam-se em descobrir uma enorme quantidade de objetos.comunicaram baixinho um ao outro as surpresas que os enchiam. Impossível imaginar tantas maravilhas juntas. O menino mais novo teve uma dúvida e apresentou-a timidamente ao irmão. Seria que aquilo tinha sido feito por gente?(...) Provavelmente aquelas coisas tinham nome. O menino mais novo interrogou-o com os olhos. Sim, com certeza as preciosidades que se exibiam nos altares da igreja e nas prateleiras das lojas tinham nomes. Puseram-se a discutir a questão intrincada. Como podiam os homens guardar tantas palavras?

28 O tema da incomunicabilidade nessa família percorre a narrativa do começo ao fim. As crianças se espantam com a descoberta de grande quantidade de novos objetos e com o risco de tudo aquilo ter nomes. Fabiano evita falar com as pessoas da cidade, porque é sempre enganado por elas.

29 Comparando-se aos tipos da cidade, Fabiano reconhecia-se inferior. Por isso desconfiava que os outros mangavam dele. Fazia-se carrancudo e evitava conversas. Sé lhe falavam com o fim de tirar-lhe alguma coisa.(...) Todos lhe davam prejuízo. Os caixeiros, os comerciantes e o proprietário tiravam-lhe o couro, e os que não tinham negócios com ele riam vendo-o passar nas ruas, tropeçando.

30 9. BALEIA: Não poderia morder Fabiano: tinha nascido perto dele, numa camarinha, sob a cama de varas, e consumira a existência em submissão, ladrando para juntar o gado quando o vaqueiro batia palmas Ao contrário da animalização das personagens humanas, Baleia é capaz de um comportamento humano elevado: chega a censurar o dono por algumas atitudes dele.

31 Baleia encostava a cabecinha fatigada na pedra. A pedra estava fria, certamente Sinhá Vitória tinha deixado o fogo apagar-se muito cedo. Este capítulo, originalmente um conto, aproxima-se da fábula, uma vez que o protagonista é uma cachorra que pensa e sente como um ser humano. O processo de humanização do animal é aí evidente. A agonia de baleia é narrada e descrita de forma minuciosa, bem como todo o seu mundo interior.

32 10. CONTAS: Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo?trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria! O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda. Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à-toa, pedia desculpa. Era bruto, não fora ensinado. Atrevimento não tinha, conhecia o seu lugar.

33 O capítulo destaca a submissão de Fabiano, oprimido por aqueles que ele julga superiores. Os medos da completa miséria e da seca obrigam Fabiano a uma atitude de resignação. O vaqueiro percebe que é um bruto, que não consegue lidar com as palavras, daí ser enganado por tanta gente. O sentimento de injustiça é bastante forte, mas não consegue impor-se após tantos anos de submissão.

34 11. O Soldado Amarelo: Encontro de Fabiano, em seu ambiente natural, com o soldado que o prendeu e que, agora, se achava perdido na caatinga. Na caatinga deserta, Fabiano é bem superior ao soldado. Pode livrar-se da desonra que o atormenta. Entretanto, Fabiano tira o chapéu, curvase e ensina o caminho ao soldado amarelo. Tal atitude mais uma vez revela completa submissão e resignação.

35 12. O MUNDO COBERTO DE PENAS: A chegada das aves de arribação é sinal evidente de que a seca está de volta. Fabiano sente-se um covarde por ter matado Baleia e não ter liquidado o Soldado Amarelo e o patrão.

36 13. FUGA: O romance decorre entre duas situações idênticas: principia pela seca e a fuga das personagens e termina da mesma forma Esse caráter cíclico da obra sugere a ausência de saídas ou de esperanças para as personagens, que são empurradas pela seca e pela miséria a um destino fatalmente predeterminado pela conjunção dos fatores geográficos e socioeconômicos.

37 III- ESTRUTURA DA OBRA: Cada um dos capítulos de Vidas Secas compõe um conto ou episódio individualizado. A construção do romance é feita fragmentariamente com quadros quase destacados, nos quais os fatos se arranjam sem se integrarem aparentemente uns com os outros. A retomada da seca no último capítulo é intencional: fecha o círculo da paisagem sobre as personagens e deixa o caminho da imaginação aberto para o leitor.

38 Pode-se dizer, por isso, que não há um final determinado, o que caracteriza uma obra aberta. A) AÇÃO: não há propriamente ação nesse romance, como definem as teorias narrativas. Seu fio narrativo é formado por alguns fatos e pensamentos das personagens.o caráter psicológico da narrativa conduz o leitor mais para dentro das personagens do que para um enredo.

39 B) FOCO NARRATIVO: o narrador em terceira pessoa mantém o ponto de vista narrativo pela onisciência absoluta e mergulha na alma das personagens para revelar pensamentos intrincados e sentimentos humanizados. O narrador é dotado de onisciência múltipla, pois traduz em discurso indireto os sonhos, frustrações, medos e lembranças das personagens. Há também monólogos interiores.

40 C) TEMPO: o tempo na obra está mais voltado ao psicológico, já que não se estabelecem cronologicamente datas. D) ESPAÇO: o espaço da obra é o sertão nordestino, que aparece como elemento bem definido nas descrições e caracterizações minuciosas.

41 E) PERSONAGENS: FABIANO: representa o homem que apesar de embrutecido pelas condições enfrentadas e pela hereditariedade, é capaz de analisar a si mesmo ainda que sua consciência seja embotada e sua comunicação difícil. Comunica-se por meio de interjeições e sons guturais e identifica-se com o mundo animal. Seu sonho é saber falar tão bem quanto seu Tomás da Bolandeira. Fabiano sofre de complexo de inferioridade, daí ser submisso às autoridades e aos poderosos. Conformado com a situação em que vive, atribui ao destino a sua condição e a dos filhos. É fatalista e representa uma alegoria da própria seca.

42 SINHÁ VITÓRIA: Mulher de Fabiano, é forte e determinada. Cuida dos serviços domésticos e das crianças, com as quais se mostra impaciente. Acredita nas forças sobrenaturais. Sua percepção das coisas é muito superior à do marido e consegue raciocinar com clareza e objetividade. Sabe contar. Ao contrário de Fabiano, consegue manter viva a esperança de um futuro melhor para a família. Acredita que os filhos terão vida melhor na cidade. Seu sonho é ter uma cama de couro e sucupira igual à de seu Tomás da Bolandeira.

43 O MENINO MAIS NOVO: Quase não se comunica, mas tem necessidade de dialogar. Gosta de pensar que será respeitado e admirado pelo irmão e pela cachorra quando crescer. Seu sonho é ser vaqueiro, como o pai. O MENINO MAIS VELHO: Sente-se sozinho e sem amigos. Identifica na cachorra a única amizade possível. É curioso e gosta de perguntar, pelo que é sempre repreendido. Se sonho é ter um amigo.

44 BALEIA: Tem sentimentos e pensamentos humanos. Sente-se membro legítimo da família. Salva a todos da fome ao caçar um preá no início da narrativa. É morta por Fabiano, porque apresentava sintomas de raiva. Baleia representa a fidelidade ao dono e aos membros da família. Ela não entende as atitudes humanas, menos ainda os pontapés que recebe sem motivos. Não consegue entender a atitude de Fabiano ao atirar nela. Antes de morrer, sonha com um mundo cheio de preás gordos.

45 SOLDADO AMARELO: Simboliza a autoridade do governo e a injustiça contra os mais fracos e humildes. PATRÃO: Simboliza a opressão dos poderosos e o poder da exploração do trabalho alheio. TOMÁS DA BOLANDEIRA: Não aparece na história. É apenas sugerido nas falas de Fabiano e Sinhá Vitória. Simboliza o desejo de ascensão social e econômica da família: fala com perfeição, tem muitos livros e uma cama de madeira e couro. É dono de engenho(bolandeira)

46 F) ESTILO DE ÉPOCA: Graciliano Ramos está inserido na segunda fase do Modernismo brasileiro ( geração de 30) Vidas Secas é um romance exponencial dentro do chamado regionalismo nordestino, cujos romances têm por objetivo denunciar os problemas vividos pelo homem nordestino ao retratar os males sociais e a situação de miséria e exploração vivida pelo sertanejo por causa da seca, do coronelismo ou do declínio da lavoura canavieira, compondo um painel crítico da realidade nordestina. O tipo de temática e a lingüística fazem de Vidas Secas um romance regionalista de tendência neo-realista.

47 G) ESTILO INDIVIDUAL: Graciliano ultrapassa as tendências meramente regionalistas da geração de 30. Seu regionalismo tem algo de universal a partir de suas perspectivas psicológicas. O narrador penetra no interior das personagens com objetividade crítica, marcada pela amargura e pela severidade. O estilo de Graciliano é marcado pela concisão, pela sintaxe rigoroso.é perfeccionista, o que se destaca dos demais regionalistas de 30: dá preferência a verbos e substantivos, e evita a adjetivação e os diálogos, coerentemente com a precariedade da comunicação verbal entre os seres humanos em obras regionalistas.

48 Em Vidas Secas patenteia-se o zoomorfismo na permanente atribuição de características animais aos seres humanos Outro aspecto de destaque é a humanização dos animais (antropomorfização) H) PROBLEMÁTICA: O mundo interior das personagens DE Vidas Secas recria o mundo exterior, é seco, vazio de saídas ou possibilidades. Isso justifica o título, que aproxima o adjetivo secas do substantivo vidas aparentemente de maneira indevida. As personagens estão secas de sentimentos humanos assim como o cenário desolador que as cerca. O que resta ao homem é seguir seu destino, de cujo fatalismo ele não escapa.não há saídas ou esperanças concretas para as personagens: apenas a esperança de que pior não poderá ficar. A única saída é fugir sempre.

49 I) PRINCIPAIS TEMAS: Seca (principal). A problemática da marginalização social.(a miséria e o êxodo rural). Opressão x submissão. A incomunicabilidade e a incompreensão. nas relações familiares. A desumanização das personagens. A impotência do homem diante da seca. A revolta contra as injustiças. A solidão do homem.

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Graciliano Ramos ( )

Graciliano Ramos ( ) Vidas Secas Graciliano Ramos (1892-1953) Natural de Alagoas, fez do estado o principal cenário de seu trabalho. O mais engajado entre os autores do segundo tempo. Conhecido por sua linguagem seca e cortante.

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